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Contestação à Reclamatória Trabalhista

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE TRABALHO DA 80° VARA DA COMOCAR DE CUIABAR/ MT. 
Processo n° 1000/2018
SOCIEDADE EMPRESARIA TERCELAGEM FIO DE OURO S.A, já qualificada nos autos em epígrafe, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, com escritório profissional no endereço completo, onde recebe intimações e notificações, com fulcro no artigo 847 da CLT, OFERECER:	
CONTESTAÇÃO
À Reclamatória Trabalhista que lhe move JOANA DA SILVA, já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
I - DAS PRELIMINARES DE MÉRITO 
A reclamante Joana da silva ajuizou ação trabalhista no 15/10/2018, a reclamante requereu da ex-empregadora o pagamento de indenização por dano moral, alegando ser vítima de doença profissional, já que o mobiliário da empresa, segundo diz, não respeitava as normas de ergonomia. Disse, ainda, que a empresa fornecia plano odontológico gratuitamente, requerendo, então, a sua integração, para todos os fins, como salário utilidade. Afirma que, nos últimos dois anos, a sociedade empresária fornecia, a todos os empregados, uma cesta básica mensal, suprimida a partir de 1º de agosto de 2018, violando direito adquirido, pelo que requer o seu pagamento nos meses de agosto e setembro de 2018. Relata que, no ano de 2018, permanecia, duas vezes na semana, por mais uma hora na sede da sociedade empresária para participar de um culto ecumênico, caracterizando tempo à disposição do empregador, que deve ser remunerado como hora extra, o que requereu. 
Joana afirma que foi coagida moralmente a pedir demissão, pois, se não o fizesse, a sociedade empresária alegaria dispensa por justa causa, apesar de ela nada ter feito de errado. Assim, requer a anulação do pedido de demissão e o pagamento dos direitos como sendo uma dispensa sem justa causa. Ela reclama que foi contratada como cozinheira, mas que era obrigada, desde o início do contrato, após preparar os alimentos, a colocá-los em uma bandeja e levar a refeição para os 5 empregados do setor. Esse procedimento caracterizaria acúmulo funcional com a atividade de garçom, pelo que ela requer o pagamento de um plus salarial de 30% sobre o valor do seu salário. Por fim, formulou um pedido de adicional de periculosidade, mas não o fundamentou na causa de pedir. Joana juntou, com a petição inicial, os laudos de ressonância magnética da coluna vertebral, com o diagnóstico de doença degenerativa, e a cópia do cartão do plano odontológico, que lhe foi entregue pela empresa na admissão. Juntou, ainda, a cópia da convenção coletiva, que vigorou de julho de 2016 a julho de 2018, na qual consta a obrigação de os empregadores fornecerem uma cesta básica aos seus colaboradores a cada mês, e, como não foi entabulada nova convenção desde então, advoga que a anterior prorrogou-se automaticamente. Por fim, juntou a circular da empresa que informava a todos os empregados que eles poderiam participar de um culto na empresa, que ocorreria todos os dias ao fim do expediente. 
A ex-empregadora entregou a você o pedido de demissão escrito de próprio punho pela 
autora e o documento com a quitação dos direitos da ruptura considerando um pedido de demissão.
II DA PREJUDICIAL DE MÉRITO
INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL
Carece o reclamante da presente ação, de acordo com o disposto no artigo 3º do Código de Processo Civil, devendo assim ser declarada, nos termos do artigo 267 do Código de Processo Civil, por lhe faltar interesse e legitimidade para requerer a tutela jurisdicional, em razão de que em momento algum o reclamante sofreu qualquer acidente de trabalho junto à reclamada, como alegado na peça inaugural.
No caso presente, o reclamante apenas alega a existência de um acidente, sem entretanto, comprovar tal fato, eis que toda documentação trazida aos autos se refere a um benefício previdenciário (auxílio doença), o qual, não indica qualquer incapacidade laboral total e permanente, como alegado.
Também alega, sem comprovar, que teve indeferido o seu pedido de “Benefício Previdenciário”, em razão da ausência de recolhimentos correspondentes ao contrato de trabalho.
Com efeito, nenhuma prova carreou nesse sentido, eis que o despacho que negou a concessão do referido benefício, tem como fundamento a ausência de carência de tempo de contribuição. Portanto, o indeferimento tem diferente motivo daquele alegado pelo reclamante. Não se sustenta pois, sua tese, em qualquer base documental.
O reclamante, ao ajuizar a presente reclamatória, procedeu de forma não condizente com as normas do Direito Trabalhista Pátrio, uma vez que não ficou ali consignada a verdade real dos fatos, ao contrário, utilizou-se o autor de fatos inexistentes, evasivos e sem qualquer arrimo jurídico, e, em consequência, não provou nenhum dos fatos alegados.
Além disso, e de acordo com o artigo 818, da Consolidação das Leis do Trabalho, “A prova das alegações, incumbe à parte que a fizer”.
Portanto, no caso presente o “ônus probandi” do suposto acidente de trabalho incumbe ao reclamante que, já com a peça inaugural não trouxe sequer indícios da matéria fática alegada, o que seria imperativo que fizesse, de acordo com julgados pacificados nos Tribunais Superiores, eis que:
“Ao autor incumbe provar o fato constitutivo e ao réu os fatos extintivos ou impeditivos, ou, consoante antiga regra: o autor deve provar o fundamento de sua ação, e o réu o de sua exceção. Há sempre um tipo legal para o fato constitutivo, conforme os elementos de que se compõe. Negado pelo réu o fato constitutivo, contínua competindo ao autor a sua prova” (TJMT, Anais Fr. 19/203, apud Alexandre de Paula, v. II/186).
Em que pese não ter trazido comprovação se suas alegações, o reclamante deixou de cumprir especialmente os requisitos do artigo 282 do Código de Processo Civil.
Estão, pois, a desmerecer quaisquer créditos as assertivas do reclamante, posto que, claramente está falseando com a verdade dos fatos, além do que pretende a indenização por dano patrimonial sem qualquer suporte em documento hábil.
Avultam, pois, de toda procedência as preliminares invocadas, cuja decretação requer a Vossa Excelência para tornar extintos os pedidos impugnados na preambular, sem julgamento do mérito, nos termos do artigo 267, do Código de Processo Civil.
Finalmente, em razão de que as preliminares arguidas confundem-se com o próprio mérito, devendo com ele ser apreciada e, pelo princípio da eventualidade e especificidade, contesta-se todo o pedido meritório, sob a forma de verbas indevidas.
Efetivamente, o reclamante ativou-se na reclamada, segundo as datas de admissão e demissão noticiadas na peça inaugural. Entretanto, a reclamada não possuía conhecimento oficial acerca de seu afastamento por motivo de doença, e muito menos que seu pedido de benefício junto ao INSS fora indeferido. Isso porque, o reclamante não encaminhou à reclamada atestado médico para justificar sua ausência ao trabalho nos quinze (15) dias posteriores a 20/02/2004. Tal documento seria suficiente para suspender o termo final do contrato por obra certa (12/03/2004), apenas no caso de haver, na sequência do atestado, requerimento formal ao Órgão Previdenciário do benefício por incapacidade (auxílio doença).
Entretanto, de acordo com o consignado no documento de fls. 13, tal pedido somente foi elaborado junto àquele órgão em data de ……/……/ ……, quando já encerrado o contrato por obra certa. De se ressaltar ainda, que após a elaboração do mesmo, certo período de tempo foi demandado, para o envio ao escritório central da reclamada a fim de fosse colhida à assinatura necessária.
De se salientar que o reclamante encaminhou referido documento diretamente ao escritório central da reclamada na cidade de São Paulo, sem dar ciência ao administrador da reclamada, no local de trabalho.
Na verdade, assim posta questão, resta patente que nenhuma razão assiste ao reclamante, uma vez que quando do requerimento junto ao Órgão Previdenciário, seu contrato de trabalho com a reclamada já era findo, não produzindo assimo requerimento, qualquer efeito para a suspensão do contrato, como pretendido acintosamente pelo reclamante.
Portanto, não faz jus o reclamante a qualquer verba salarial decorrente de dito afastamento, não importando tenha sido deferido ou não pelo Órgão Previdenciário.
Da mesma forma, e nessa mesma esteira, restam indevidas as verbas pleiteadas a título de 13º salário, férias + 1/3 e FGTS + 40%, correspondentes ao período pleiteado.
Cumpre a reclamada impugnar especificamente o salário mensal noticiado na peça inaugural. Na verdade, o reclamante mantinha com a reclamada um contrato de prestação de serviços por obra certa, cuja remuneração foi estabelecida por tarefa, e poderá ser facilmente verificado através da documentação encartada, que o reclamante percebia remuneração mensal variável.
III – MÉRITO
3.1. DO NÃO CABIMENTO DA HORA EXTRA
 
Fato O Reclamante postulou... 
Fundamento Não assiste razão ao Reclamante, pois Improcede o pedido de reflexos, pois demonstrado cabalmente a improcedência dos pedidos trazidos à confronto, pelo princípio insculpido no art. 59 do CC. Não sendo devido o principal a mesma sorte segue os reflexos e acessórios. 
IV – PEDIDOS/REQUERIMENTOS FINAIS 
Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidas, em especial o depoimento pessoal do Reclamante, sob pena de confissão. 
Por fim, requer o acolhimento da preliminar de mérito para … sucessivamente, o acolhimento da prejudicial de mérito para… e, sucessivamente, no mérito, a improcedência dos pedidos formulados pelo autor, condenando-o no pagamento de custas processuais. 
Nesses Termos, 
Pede deferimento. 
Local e data. 
Advogado 
OAB nº

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