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apostila 1 biologia

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Apostila 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
1 
Aula 1 – Introdução ao Estudo da 
Biologia 
 
Biologia, do grego biós, que significa ‘vida’, e logos, que 
significa ‘tratado sobre’, é a ciência que trata dos seres vivos nas 
suas diversas formas, estudando-os sob os aspectos de suas 
origens, evolução, variedade, etc. 
Um dos primeiros pensadores a escrever sobre temas de 
natureza biológica foi o filósofo grego Aristóteles, sendo por isso 
muitas vezes considerado o primeiro biólogo da História e “Pai da 
Biologia”. O termo Biologia, entretanto só foi se popularizar no 
início do século XIX, por volta de 1802, com Treviranus. Antes 
disso, a Biologia fazia parte das Ciências Naturais, junto à Física, 
à Química e à Geologia, e estava dividida em dois campos, na 
época distintos: a Botânica, estudo dos vegetais, e a Zoologia, 
estudo dos animais. Com o advento da Teoria Celular em 1838, e 
o reconhecimento das semelhanças entre plantas e animais em 
nível microscópico, houve uma fusão desses campos, originando a 
moderna Biologia. 
É de comum acordo entre os estudiosos de hoje que o 
planeta Terra tenha surgido há cerca de 4,7 bilhões de anos. Num 
espaço de tempo que teria durado aproximadamente 1 bilhão de 
anos, compostos inorgânicos teriam reagido em condições 
repetidas hoje apenas em laboratório para dar origem às primeiras 
moléculas orgânicas e estas, organizadas em compostos 
complexos, aos primeiros seres vivos. O que viria a marcar a 
transição destes sistemas de compostos orgânicos para um 
organismo considerado vivo diz respeito ao próprio conceito de 
vida e, consequentemente, ao próprio objeto de estudo da 
Biologia. 
 
O que é vida? 
 
O que, entretanto, é vida? Taí uma definição complicada... 
Se alguém dissesse que vida é a ausência de morte, talvez tivesse 
dado um conceito tão bom como qualquer outro... Alguns 
estudiosos que escreveram sobre o tema, entretanto, forneceram 
algumas definições um pouquinho mais elaboradas do que essa... 
Veja algumas delas: 
 
“Vida é algo que metaboliza, isto é, usa os materiais de 
seu ambiente para se construir, fabricando, além disso, cópias de 
si mesmo.” 
François Jacob, do Instituto Pasteur, Paris, França. 
 
“Penso que vida é um sistema capaz de evoluir, de gerar o 
que for necessário para lograr esse fim, fundamental para a 
diversidade e complexidade maiores. Mas hipoteticamente é 
possível imaginar sistemas de computadores evoluindo, ou outras 
coisas, além de compostos de carbono.” 
Joshua Lederberg, da Universidade Rockfeller, Nova York, EUA. 
 
“A vida é um sistema informático que se reproduz e leva à 
diversidade. É a reprodução suficientemente fiel da informação 
para memorizar o que se acumulou durante a evolução e a 
reprodução suficientemente infiel para que haja mudanças, 
aumentando a diversidade.” 
Miroslav Radman, do Instituto Jacques Monod, Paris, França. 
O físico Erwin Schrödinger sugeriu que uma propriedade 
que define um sistema vivo é que ele se autoconstrói contra a 
tendência da Natureza, na direção da desordem, ou da entropia. 
A “definição de trabalho”, do químico Gerald Joyce, 
adotada pela NASA, é que a vida é um “sistema químico 
autossustentável capaz de evolução darwiniana”. 
Na “definição cibernética” de Bernard Korzeniewski, a vida 
é uma rede de mecanismos de feedbacks. 
 
Scientific American Brasil, outubro de 2009 
 
Note que as definições são complexas, mas há alguns 
detalhes em comum: a capacidade de reprodução (“produção de 
cópias”) e a capacidade de adaptação ao meio (graças à 
“variabilidade”, ingrediente fundamental da evolução orgânica). 
Como a definição de vida é complicada, reconhecemos os 
organismos vivos pelas suas características particulares. A 
principal dessas características, provavelmente, é a habilidade de 
se reproduzir utilizando informações próprias (genéticas) e a 
transformação de matéria e energia do meio. 
 
Características gerais dos seres vivos 
 
1. Os organismos vivos têm composição química e 
organização totalmente diferenciadas dos corpos 
brutos 
 
Apenas seis elementos químicos apenas correspondem a 
cerca de 99% de todos os átomos presentes nos seres vivos 
(sendo eles carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e 
enxofre, o famosíssimo “CHONPS” da química orgânica). 
Observe: 
 
Elemento químico Universo Terra Homem 
Carbono 0,02% 0,2% 10,6% 
Hidrogênio 91% 0,2% 61,5% 
Nitrogênio 0,04% traços 2,4% 
Oxigênio 0,06% 47% 23% 
Fósforo traços traços 0,13% 
Enxofre traços traços 0,13% 
Outros 0,91% 52% 2,2% 
 
Do ponto de vista da organização molecular, os seres 
vivos apresentam em sua composição, além de sais minerais, 
típicos da matéria bruta, compostos não encontrados em corpos 
brutos e representados basicamente por macromoléculas como 
proteínas, ácidos nucleicos, açúcares e gorduras. Estas são 
moléculas ditas moléculas orgânicas. Tais compostos 
apresentam obrigatoriamente átomos de carbono, normalmente 
ligados covalentemente a hidrogênio, mas podendo também 
estar acompanhados de oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo, 
principalmente. 
 
Duas propriedades das moléculas orgânicas são 
particularmente úteis aos seres vivos: estabilidade e 
versatilidade. 
 
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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
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Moléculas orgânicas são bastante estáveis, uma vez que 
as ligações entre carbono e hidrogênio são praticamente apolares 
(já que a diferença de eletronegatividade entre carbono e 
hidrogênio é muito pequena, quase nula...). Isto permite uma 
maior estabilidade de composição aos seres vivos (ver 
homeostase mais a frente). 
Já a tetravalência do carbono permite a formação de 
cadeias carbônicas com várias possíveis conformações, o que 
proporciona uma grande versatilidade para as moléculas 
orgânicas, o que por sua vez está relacionado às demais 
propriedades dos organismos vivos. 
Durante muito tempo, acreditava-se que tais compostos só 
poderiam ser sintetizados por organismos vivos (sendo inclusive o 
termo “orgânico” significando “derivado de seres vivos”). Estes 
organismos possuiriam um “princípio ou força vital”, sem o qual 
era impossível esta síntese. Esta ideia foi popularizada pelos 
trabalhos de Jons Jacob Berzelius. Isto fazia da Biologia um 
campo à parte das demais ciências. Afinal de contas, era difícil 
pensar em termos científicos com esta força vital quase mágica... 
Só em 1828, o químico alemão Friedrich Wöhler produziu, a 
partir de um composto inorgânico, o cianato de amônia, um 
composto orgânico, a ureia, derrubando o princípio da “força vital”. 
 
Cianato de amônio (inorgânico)  Ureia (orgânico) 
 
Assim, se iniciou a produção de outros compostos 
orgânicos, e os pesquisadores perceberam que Química Orgânica 
e Biologia não eram diferentes das outras ciências da natureza: os 
seres vivos obedecem às mesmas leis da física e da química 
às quais o resto da natureza obedece. 
Mesmo podendo ocorrer fora de seres vivos, alguns 
desses compostos orgânicos tornaram-se praticamente sinônimos 
de presença de vida: os ácidos nucleicos, por exemplo, 
respondem pelo controle de funções vitais como reprodução e 
metabolismo em todos os organismos vivos, de maneira a ser 
inviável a ocorrência de vida na ausência destas moléculas. 
As moléculas orgânicas são os principais compostos 
químicos (qualitativamente falando) em seres vivos, fornecendo 
aos mesmos estabilidade em sua composição, armazenando 
energia, armazenando informações (genéticas) e possibilitando a 
eles a capacidade de reprodução (essas duas últimas realizadas 
pelos ácidos nucleicos). Apesar dessa importânciatoda, a água é 
o composto químico mais abundante na matéria viva. 
É interessante lembrar que a simples presença de 
compostos orgânicos e água não é suficiente para caracterizar 
uma determinada estrutura como viva. Mesmo sendo possível a 
produção de moléculas orgânicas em laboratório, o homem não 
conseguiu ainda produzir células inteiras, nem ao menos as mais 
simples, como as de bactérias, por um motivo muito simples: o 
alto grau de organização das estruturas vivas se mostrou até 
agora impossível de ser reproduzido em laboratório sem que se 
parta de outro organismo vivo. 
 
2. Os seres vivos são homeostáticos 
 
Não apenas os seres vivos são organizados, como 
também possuem a capacidade de manter sua organização 
aproximadamente constante, propriedade essa conhecida como 
homeostase. O termo homeostático significa "que permanece o 
mesmo". Assim, a manutenção de uma temperatura corporal 
constante e independente da temperatura do meio exterior em 
mamíferos e aves é a mais conhecida manifestação da 
homeostase. Embora nem todos os seres vivos mantenham sua 
temperatura constante, todos são homeostáticos em sua 
composição química. 
Os seres vivos possuem um meio interno notadamente 
diferente do externo em composição e organização. A homeostase 
diz respeito à capacidade que os seres vivos têm de manter este 
meio interno constante e diferente do externo ao mesmo tempo 
em que podem trocar substâncias com este meio externo. (Aliás, 
como o meio interno dos seres vivos apresenta mudanças a toda 
hora, através da produção de excretas e metabólitos, alguns 
tóxicos, e do consumo de substância importantes para o 
funcionamento celular, a homeostase implica na troca de material 
entre o meio interno e externo. Assim, eliminam-se excretas e 
metabólitos e adquirem-se mais das substâncias biologicamente 
importantes exatamente para manter esta constância. E é também 
uma característica dos seres vivos a existência de mecanismos 
que permitam esta troca ao mesmo tempo em que impeçam a 
saída de material útil e a entrada de material indesejado. No caso 
da célula, é a membrana plasmática a principal responsável pelo 
controle da homeostase, uma vez que regula a passagem de 
substâncias e consequentemente a composição do meio interno 
da célula.) 
 
3. Organismos vivos tomam matéria e energia do 
ambiente e as transformam através do metabolismo 
 
Para manterem a homeostase, os seres vivos precisam 
realizar reações químicas. Alguns organismos, como plantas e 
algas, são capazes de absorver a energia radiante emitida pelo 
Sol e transformá-la em energia química acumulada nas ligações 
covalentes de certos compostos químicos, basicamente açúcares. 
Tais organismos são considerados fototróficos (autótrofos 
fotossintetizantes) e o processo descrito é, como sabemos, a 
fotossíntese. Esta energia química armazenada será utilizada pelo 
próprio organismo fotossintetizante para a realização de suas 
funções vitais, como síntese de substâncias diversas, transporte 
de nutrientes, etc. Outros organismos, ditos heterotróficos ou 
organotróficos, por serem incapazes de realizar processos como 
o fotossintético, valem-se da energia química armazenada em 
compostos orgânicos em plantas, algas e outros heterótrofos para 
sobreviver. Esta é liberada dos nutrientes obtidos na alimentação 
através de processos como a respiração e a fermentação. 
 Energia é fundamental para os organismos vivos porque a 
síntese de moléculas das quais os seres vivos são constituídos 
requer energia. Além disso, precisa-se de energia para o 
transporte de substâncias entrem o meio interno e externo do 
organismo (e vice-versa), para a realização de movimentos e para 
a manutenção de uma temperatura compatível com a realização 
de reações químicas vitais. Assim, precisa-se converter a energia 
química armazenada em vários compostos em outras formas de 
energia como mecânica, térmica, luminosa, elétrica e o que mais 
for necessário e possível ao organismo, de acordo com suas 
necessidades. 
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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
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Dá-se o nome de metabolismo (do grego metabole, 
‘transformar’) ao conjunto de processos químicos responsáveis 
pela transformação e utilização da matéria e energia em seres 
vivos. Assim, o metabolismo corresponde ao anabolismo e ao 
catabolismo: 
 
1. Reações anabólicas (do grego ana, ‘erguer’) são reações de 
síntese de compostos com consumo de energia, sendo ditas pois 
endotérmicas ou endergônicas: 
 
A + B + energia  AB 
 
São exemplos desse processo a fotossíntese, a 
quimiossíntese e a síntese por desidratação. 
As reações de síntese por desidratação ou condensação 
ou polimerização são reações de síntese onde há liberação de 
água no processo. Por exemplo, ao sintetizar-se uma proteína a 
partir de seus aminoácidos constituintes, tem-se uma reação 
desse tipo: 
 
aminoácido 1 + aminoácido 2 + ...  proteína + H2O 
 
2. Reações catabólicas (do grego cata, ‘para baixo’) são reações 
inversas às anabólicas, envolvendo a quebra (degradação) de 
substâncias com liberação de energia no processo, sendo ditas 
pois exotérmicas ou exergônicas: 
 
AB  A + B + energia 
 
São exemplos desse processo a respiração, a 
fermentação e a hidrólise. 
As reações de hidrólise são reações de quebra de 
substâncias com consumo de água no processo. Por exemplo, ao 
quebrar-se uma proteína em seus aminoácidos constituintes, tem-
se uma reação desse tipo: 
 
Proteína + H2O  aminoácido 1 + aminoácido 2 + ... 
 
O que marca a transição de “vivo” para “morto”? 
 
O que marca a transição do “vivo” para o “morto” é 
basicamente a perda do metabolismo e a consequente perda da 
capacidade manter a homeostase. No caso do ser humano, a 
definição de morte é mais complicada, uma vez que se trata de um 
organismo pluricelular e nem todas as células morrem 
necessariamente ao mesmo tempo. Assim, é a morte cerebral que 
caracteriza a morte do corpo humano. Isso implica na morte de 
todas as estruturas do encéfalo, principalmente do bulbo, que é o 
responsável pelo controle de funções vitais involuntárias tais como 
respiração e ritmo cardíaco. Essa definição clínica de morte nem 
sempre foi a utilizada, uma vez que critérios como parada cardíaca 
e parada respiratória já foram usados para definir a morte. No 
entanto, o uso de aparelhos como desfibriladores para reversão de 
parada cardíaca e ventiladores artificiais para garantir a respiração 
de pacientes com parada respiratória possibilitou essa mudança 
nos parâmetros para “vida” e “morte”. 
 
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales 
 
 
4. Os seres vivos respondem a estímulos, através 
de irritabilidade e movimentos 
 
A irritabilidade é a capacidade de responder a estímulos 
do meio e é uma característica própria de seres vivos. As plantas, 
por exemplo, apesar de não possuírem nervos ou músculos não 
se encontram alheias ao que ocorre no mundo à sua volta, sendo 
capazes de captar certos estímulos e apresentar uma resposta, 
graças ao fenômeno conhecido como irritabilidade. A flor do 
girassol, por exemplo, movimenta-se sempre em direção a fontes 
de luz. Raízes e caules crescem respectivamente em direção ao 
centro da Terra e em direção da luz. Algumas plantas fecham suas 
folhas em contato com algum corpo ou mesmo o vento. Desta 
forma, a resposta a estímulos em organismos vegetais acontece 
na forma de movimentos. 
Nos animais, a expressão do fenômeno da irritabilidade 
chega ao máximo, graças ao desenvolvimento de sistemas 
fisiológicos como o nervoso e o endócrino. Aparece então uma 
forma mais complexa de se responder aos estímulos, à qual se dá 
o nome de sensibilidade. 
 
Enquanto a irritabilidade limita-se a captar estímulos e 
respondê-los, a sensibilidadecapta os estímulos, interpreta os 
mesmos e oferece uma resposta adequada de acordo com a 
natureza do estímulo. Assim, organismos sem células nervosas, 
que não são dotados de sensibilidade, oferecem sempre a mesma 
resposta para o mesmo estímulo, enquanto que organismos com 
células nervosas, dotados de sensibilidade, podem oferecer 
respostas diferentes para um mesmo estímulo, de acordo com a 
situação. 
 
A resposta, por sua vez, também se torna bem mais 
elaborada, devido ao advento de um sistema muscular, às vezes 
músculo-esquelético. Este último permite a locomoção do 
indivíduo, fazendo com que a correta interpretação de 
determinados estímulos o conduza a fontes de alimentos ou o 
afaste de algum perigo. A locomoção se diferencia do simples 
movimento porque implica num deslocamento por forças próprias. 
 
Todo ser vivo apresenta movimento. Mesmo os vegetais 
apresentam movimentos como os tropismos, que estão 
 
 
 
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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
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relacionados ao seu crescimento. Além disso, os vegetais 
apresentam movimento microscópico, dentro de suas células. 
Nem todo ser vivo, entretanto, apresenta a capacidade de 
locomoção, restrita a organismos providos de estruturas como 
pseudópodes, cílios, flagelos e/ou células musculares. 
 
5. Os seres vivos crescem e se desenvolvem 
 
Crescimento e desenvolvimento são processos pelos 
quais, por exemplo, uma única célula viva, o ovo fertilizado, se 
torna uma árvore, um elefante, ou uma criança. 
O crescimento apresentado pelos corpos brutos acontece 
simplesmente pela aposição de mais matéria à sua estrutura, 
portanto, "de fora para dentro". 
O crescimento em seres vivos dá-se devido à obtenção e 
incorporação de matéria por meios diversos relacionados ao 
metabolismo do indivíduo, envolvendo processos energéticos, 
sendo um crescimento chamado de intuscepção, normalmente 
caracterizado como "de dentro para fora". 
 
Fala-se em hipertrofia quando o crescimento se dá por 
aumento no volume celular. Fala-se em hiperplasia quando o 
crescimento se dá por aumento na quantidade de células. 
Em vegetais, há predomínio do crescimento por hipertrofia. 
Nos animais, há predomínio do crescimento por hiperplasia, 
apesar de tecidos como nervoso e muscular estriado só poderem 
crescer por hipertrofia no adulto. 
 
O desenvolvimento, entretanto, é um processo exclusivo 
de seres vivos. Para que a referida célula-ovo origine uma árvore, 
ela precisa passar por processos de divisão celular e 
diferenciação (onde a diferenciação é um processo pelo qual um 
grupo de células origina outro com características distintas), que 
são o que caracterizam o desenvolvimento, um aumento de 
complexidade. 
 
6. Os seres vivos se reproduzem 
 
O fato que talvez tenha marcado a transição entre o vivo e 
o não vivo nos primórdios do aparecimento da vida provavelmente 
foi o desenvolvimento da capacidade de reprodução. A partir do 
momento que os primeiros sistemas de matéria orgânica 
conseguiram manter-se num meio isolado do ambiente que os 
rodeava e conseguiram gerar cópias fiéis de si mesmos, começou 
a se caracterizar a vida como nós a conhecemos. 
Isto, como sabemos, foi possível graças ao aparecimento 
de moléculas conhecidas como ácidos nucleicos, através da 
molécula de DNA, capaz de armazenar todas as informações 
inerentes ao ser vivo e de se autoduplicar, passando adiante tais 
informações. 
 
Reprodução assexuada 
 
Na reprodução assexuada, os organismos criam cópias 
idênticas a si (não há variabilidade genética, ou seja, o material 
genético da prole é idêntico ao do organismo parental). A 
vantagem desse processo reprodutivo está no fato de os 
descendentes (clones) guardarem as mesmas qualidades dos 
genitores (matrizes), além de não necessitar de parceiros para a 
reprodução e muitas vezes ser rápida e capaz de gerar grande 
quantidade de descendentes. Por outro lado, a desvantagem 
desse processo está no fato de os descendentes guardarem 
também as mesmas qualidades negativas dos genitores. 
Para ambientes estáveis, a reprodução assexuada se 
mostra positiva, uma vez que as matrizes (e consequentemente 
seus descendentes) já devem estar bem adaptadas ao meio. Para 
ambientes em mudança, a reprodução assexuada se mostra 
problemática, pois as matrizes (e seus descendentes) 
provavelmente estavam bem adaptados ao meio antes da 
mudança, mas não estarão tão bem adaptados ao ambiente 
mudado. 
Em lavouras, onde se tenta conseguir o máximo de 
produtividade dos vegetais plantados, a utilização de reprodução 
assexuada para formação de novas mudas é bastante vantajosa, 
pois a partir de uma planta de grande produtividade pode-se 
produzir toda uma população de plantas idênticas com alta 
produtividade também. Entretanto, as plantas geradas por 
reprodução assexuada guardariam todas as vulnerabilidades da 
planta matriz. 
Mesmo na reprodução assexuada, erros em mecanismos 
de replicação do material genético, denominados mutações, 
podem levar ao surgimento de variabilidade genética, com 
surgimento de novas características. Entretanto, em condições 
ideais, tais erros não ocorreriam e a variabilidade genética seria 
completamente inexistente em mecanismos de divisão celular do 
tipo mitose, base para o processo de reprodução assexuada. 
 
Alguns tipos de reprodução assexuada 
 
Mecanismos de reprodução assexuada ocorrem em 
organismos de todos os grupos de seres vivos, sendo exemplos: 
- bipartição ou divisão binária (termo usado para uni ou 
pluricelulares) ou cissiparidade (termo usado para unicelulares 
somente) em vários grupos, como bactérias, protozoários, algas, 
fungos e hidras; 
- esporulação em vários grupos, como bactérias, protozoários, 
algas e fungos; 
- brotamento ou gemiparidade em esponjas, corais, hidras e 
fungos; 
- gemulação, um tipo de brotamento exclusivo de esponjas de 
água doce; 
- regeneração ou fragmentação na maioria dos animais 
invertebrados; 
- laceração em planárias; 
- estrobilização em cnidários; 
- esquizogênese em anelídeos poliquetos; 
- propagação vegetativa natural e produção artificial de 
mudas em vegetais (por processos como estaquia, mergulhia, 
alporquia ou enxertia). 
 
Reprodução sexuada 
 
Na reprodução sexuada, os organismos criam geram 
descendentes com ligeiras diferenças em relação ao organismo 
parental (há variabilidade genética, ou seja, o material genético 
da prole é diferente do organismo parental ou dos organismos 
parentais). Esta variabilidade é a base para a adaptação dos seres 
 
 
 
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Simétrico Pré-Universitário – Curso de Biologia – Prof. Landim – www.simetrico.com.br 
 
5 
a novos ambientes, uma vez que a variabilidade pode gerar 
descendentes adaptados às novas características ambientais. 
A variabilidade genética na reprodução sexuada envolve 
alterações programadas no material genético da prole às custas 
de um processo especial de divisão celular denominado meiose, 
em fenômenos conhecidos como segregação independente dos 
cromossomos homólogos e crossing-over, que permitem a 
geração de grande quantidade de células sexuais geneticamente 
diferentes. A recombinação genética é ampliada pela mistura de 
material genético em mecanismos de fecundação, mesmo entre 
gametas de um mesmo indivíduo (autofecundação), sendo 
maximizada em processos de fecundação entre gametas de 
indivíduos distintos (fecundação cruzada) que resulta numa 
população com grande capacidade de adaptação a variações 
ambientais. Na fecundação, a fusão de gametas haploides origina 
um zigoto diploide que dará origem ao novo organismo. 
Processos de parassexualidade, onde há reprodução 
sexuada sem a ocorrência de gametas, também são 
caracterizados como recombinação gênica, como a conjugação(troca de material genético através de pontes de citoplasma) em 
bactérias, protozoários e algas, a transformação bacteriana e a 
transdução bacteriana são também considerados mecanismos de 
reprodução sexuada, apesar de não envolverem gametas ou 
fecundação. 
 
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales 
 
 
E aí, quais são os tipos de reprodução nas tirinhas? 
7. Os seres vivos são adaptados ao meio em que 
vivem 
 
As características apresentadas por um ser vivo refletem 
algumas das características do ambiente em que vivem. Desta 
maneira, há uma perfeita interação entre o organismo e o 
ambiente que lhe é natural. Esta interação é tal, que, em algumas 
ocasiões, pode se fazer especulações a respeito do ambiente em 
que um ser vive devido a suas características anátomo-
fisiológicas. Assim, ao observarmos um urso polar, analisando 
suas reservas de gordura (para proteção contra o frio), sua cor 
branca (para poder camuflar-se na neve e caçar com mais 
sucesso) e seus pelos na sola das patas (para não derrapar no 
gelo), podemos chegar à conclusão de que este é um animal que 
vive em regiões polares. 
O termo adaptação pode ser analisado em Biologia 
segundo dois aspectos, a adaptação individual e a adaptação 
evolutiva. 
 
- Adaptação individual: A adaptação individual não está 
relacionada ao material genético de maneira transmissível, isto é, 
não é hereditária. Por exemplo, diante de exposição prolongada 
ao sol, aumenta a produção de melanina para proteger contra os 
prejudiciais raios ultravioletas do sol. Um outro exemplo é a 
policitemia fisiológica, um aumento no número de hemácias na 
corrente sanguínea de indivíduos em ambientes pouco 
oxigenados, como grandes altitudes onde o oxigênio é rarefeito, 
para compensar esta pequena quantidade de oxigênio 
atmosférico, garantindo a atividade respiratória celular normal. 
Ambas as situações são reversíveis quando cessado o estímulo e 
não são transmissíveis hereditariamente. 
- Adaptação evolutiva: A adaptação evolutiva é dependente do 
fenômeno de variabilidade genética e é hereditária. 
 
Algumas características da reprodução e do material 
genético desempenham papel fundamental na manutenção desta 
adaptabilidade. Como já dito, a reprodução trata de gerar 
indivíduos muito semelhantes aos genitores graças à informação 
presente no DNA deste indivíduo. Isto leva os indivíduos gerados 
a manterem as características que lhes levaram à adaptação. Por 
outro lado, o material genético garante a presença de certa 
variabilidade nos descendentes em relação aos genitores. Esta 
variação poderia levar a um estado de melhor ou pior adaptação 
ao meio. Como os organismos que habitam um meio encontram-
se normalmente muito bem adaptados a ele, é muito pouco 
provável que venha a aparecer dentro desta variação algum 
aspecto benéfico. Apesar disso, esta variação pode tornar-se 
benéfica por ocasião de alguma mudança no ambiente, fazendo 
com que haja a possibilidade de adaptação a um novo meio. 
Como os ecossistemas são dinâmicos, a variação e a adaptação 
tornam-se vitais para a sobrevivência de qualquer espécie. 
 
Não é interessante que uma população seja formada por 
clones, ou seja, réplicas idênticas genéticas uns dos outros, por 
mais que estejam bem adaptados ao meio. Esta situação de 
aparente adaptação é dependente das condições do meio. Uma 
população de clones geneticamente adaptados a uma condição 
pode ser eliminada como um todo caso as condições ambientais 
 
 
 
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se alterem; nesse caso, os indivíduos idênticos vão estar sujeitos 
aos mesmos problemas da mesma maneira. 
A variação permite que nem todos os indivíduos sejam 
afetados pela alteração, podendo acontecer que indivíduos pouco 
adaptados às condições originais tornem-se adaptados às novas 
condições, garantindo a adaptação da espécie como um todo. Se 
os ecossistemas fossem estruturas estáticas, imutáveis, talvez 
fosse interessante a ocorrência de reprodução assexuada como 
forma predominante de reprodução. Em ambientes muito estáveis, 
a reprodução assexuada mantém as características de adaptação 
da população. 
 
8. A informação pela qual os seres vivos organizam 
suas estruturas e funções dotadas de finalidade, 
mantêm homeostase, convertem energia, 
respondem a estímulos, se reproduzem e se 
desenvolvem está toda contida no próprio 
organismo na forma do material genético 
 
A possibilidade de que se construa uma máquina ou 
dispositivo que manipule e transforme matéria, seja capaz de 
incorporar matéria do meio, crescer e produzir cópias fiéis de si 
mesma, bem como responda a certos estímulos do meio existe, 
mesmo que não seja possível a fiel reprodução daquilo que ocorre 
em seres vivos. Um fato que por si só nos permitiria considerar 
uma estrutura complexa como esta como não viva é exatamente o 
fato de a informação para tudo isto ter tido origem externa. 
 
9. Todo ser vivo é formado por células 
 
A célula é considerada a unidade básica morfofisiológica 
da vida. Do metabolismo ao movimento, todos os fenômenos vitais 
começam dentro de uma célula. A quase totalidade das células, 
porém, tem dimensões que torna impossível a sua visualização 
pelo olho humano nu. O olho humano só pode discriminar, ou seja, 
diferenciar dois pontos separados por uma distância de mais de 
0,1mm. Como a maioria das células é bem menor, sua 
visualização só é possível através da utilização de sistemas 
artificiais de visualização, ou seja, com o emprego do microscópio. 
O desenvolvimento das primeiras lentes ópticas e sua 
combinação para construir o microscópio (do grego mikros, 
'pequeno', e skopein, 'ver', 'examinar') deu-se no século XVII. O 
nome célula (do grego kytos, 'célula', e do latim, cella, 'espaço 
vazio') foi pela primeira vez empregado por Robert Hooke (1655) 
para descrever suas observações sobre "a textura da cortiça 
através de lentes de aumento". 
No início do século XIX, várias descobertas a respeito da 
estrutura dos tecidos vegetais e animais foram realizadas. Em 
1838, o botânico Mathias Jakob Schleiden viria a postular que 
todos os vegetais são formados por células. No ano seguinte, em 
1839, o zoólogo Theodor Schwann estenderia a afirmação aos 
animais. A descoberta de seres microscópicos unicelulares não 
mudou, obviamente, a ideia generalizada que foi estabelecida na 
Teoria Celular: "todos os seres vivos são formados por 
células". 
A estrutura básica da célula é bem simples: uma estrutura 
lipoproteica que a delimita e é conhecida como membrana 
celular, responsável principal pela homeostase; o citoplasma, um 
meio composto de água e contendo moléculas orgânicas diversas, 
muitas delas organizadas de maneira a formar organelas e, por 
fim, um núcleo ou nucleóide, que contém o material genético do 
indivíduo. No caso do núcleo, o material genético é envolvido por 
uma dupla membrana, também lipoproteica, denominada 
carioteca, de modo que a célula é chamada eucariótica; no caso 
do nucleóide, não há carioteca, e material genético fica disperso 
no citoplasma, de modo que a célula é chamada de procariótica. 
A célula se reproduz, tem seu metabolismo e, como dito, é a base 
para todas as funções desempenhadas por um organismo vivo. 
De maneira resumida, pode-se dizer que uma célula deve 
ter: 
 
- uma membrana celular lipoproteica para proporcionar 
homeostase; 
- material genético próprio na forma de moléculas de DNA para 
controlar aspectos de metabolismo e reprodução; 
- metabolismo próprio, no mínimo para a produção de energia e 
de proteínas (de modo que as estruturas que produzem as 
proteínas, os ribossomos são obrigatórios em todas as células). 
 
Vírus, a dúvida 
 
Em 1892, porém, o botânico russo Dimitri Ivanovsky, 
pesquisandoa transmissão de uma doença das folhas do fumo 
conhecida como mosaico do tabaco, descobriu o que hoje se 
chama vírus. O vírus do mosaico do tabaco causa uma doença 
letal para as folhas do fumo, e daí veio o termo vírus, que significa 
'veneno'. Partículas cuja visualização e consequente compreensão 
da estrutura só foi possível com o advento do microscópio 
eletrônico, os vírus tornaram-se o grande problema para a idéia de 
o que é vida que se tinha até então. 
A primeira característica dos vírus que fugia ao conceito 
vigente de vida era a ausência de organização celular nos 
mesmos. Os vírus são molecularmente formados por 
nucleoproteínas. Há um envoltório proteico, dito cápside ou 
capsídeo e formado por numerosas unidades polipeptídicas ditas 
capsômeros. Alguns vírus, ditos envelopados, possuem, 
externamente ao capsídeo, um envelope, que corresponde a uma 
membrana de base lipídica. O capsídeo encerra o material 
genético do vírus, que pode ser RNA (vírus da gripe, da 
poliomielite, da AIDS, do mosaico do tabaco) ou DNA (vírus do 
herpes, da varíola), nunca os dois (com raras exceções, como o 
citomegalovírus, possuidor de DNA e RNA simultaneamente). 
Células, é bom recordar, possuem os dois tipos de ácido nucleico, 
mas apenas o DNA é material genético. 
O mais interessante, porém, é o fato de que os vírus não 
possuem sistemas enzimáticos próprios, constituindo organismos 
sem metabolismo próprio. Para realizar processos como 
reprodução e liberação de energia, os vírus têm que invadir 
células e controlar, através de seu material genético, os sistemas 
enzimáticos destas. É por isso que são conhecidos como parasitas 
intracelulares obrigatórios. Fora das células, os vírus não 
apresentam característica alguma de ser vivo, comportando-se 
como seres inanimados e tendo inclusive sido cristalizados, em 
1953, como se fossem sais comuns, por tempo indeterminado. 
 
 
 
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Note bem que, estruturalmente, o vírus não corresponde a 
uma célula. De maneira resumida, pode-se afirmar que um vírus 
apresenta: 
 
- um capsídeo proteico; 
- material genético próprio na forma de DNA ou RNA, mas não 
os dois; 
- ausência de metabolismo próprio. 
 
Apesar de não possuírem um metabolismo próprio e 
comportarem-se como seres inanimados fora da célula, os vírus 
apresentam algumas das características descritas para seres 
vivos, como a reprodução e a adaptação ao meio através da 
variabilidade proporcionada por mutações. 
Por isto, muitos autores classificam os vírus como os 
únicos seres vivos sem organização celular. Outros preferem 
considerá-los como não-vivos. Eis o posicionamento de algumas 
obras e autores a respeito do caso: 
 
"Enquanto dentro da célula, os vírus comportam-se como se 
fossem vivos, mas fora, parecem tão sem vida como uma pedra. 
Na classificação dos seres vivos, vimos casos em que organismos 
não se encaixam perfeitamente nos nossos grupamentos. Aqui 
está um problema semelhante. É evidente, contudo, que não é 
necessário decidir se os vírus são ou não vivos para estudá-los." 
Versão Verde, BSCS. 
 
"Os vírus são vivos? São organismos? Essa questão não pode ser 
respondida dogmaticamente com base nas propriedades dos vírus 
atualmente conhecidas. Se são vivos ou não, isso é 
completamente irrelevante na prática." 
Botany, de Wilson e Loomis. 
 
"Se os vírus são vivos ou não, depende unicamente do conceito 
que cada um tem de vida." 
Foundations of Biology, de MacElroy e Swanson. 
 
Assim, quanto à sua natureza: 
 
- Fora de uma célula, o vírus é inerte, ou seja, não possui 
metabolismo nem reage a estímulos ambientais; 
- Dentro de uma célula, o vírus liga seu material genético ao da 
célula hospedeira, passando a controlar seu metabolismo. 
Controlando o metabolismo celular, o vírus passa a utilizar a 
energia e proteínas produzidas pela célula hospedeira para se 
reproduzir. Nesse processo de reprodução, ocorre a 
variabilidade genética que garante a capacidade de se adaptar ao 
meio ambiente. 
 
Os vírus claramente não apresentam organização celular. 
Isso invalida a Teoria Celular? Se considerar-se o vírus como não 
sendo ser vivo, a Teoria Celular é obviamente validada. 
Entretanto, mesmo considerando o vírus como ser vivo, a Teoria 
Celular também é validada, pois o vírus só atuaria no interior de 
uma célula, estando inerte fora da mesma. Assim, mesmo não 
havendo uma posição definida em relação ao vírus ser vivo ou 
não, vale a Teoria Celular: "Todo ser vivo é formado por células". 
 
Viróides, Virusóides e Príons: formas 
particulares de vida? 
 
Vírus são muito simples para serem considerados formas 
de vida, pelo menos segundo alguns autores. Ainda assim, há 
outros autores que os consideram formas particulares de vida. 
Mais simples ainda que os vírus são os viróides. 
Enquanto os vírus são formados pelo nucleocapsídeo (material 
genético envolto por um capsídeo proteico), os viróides possuem 
apenas o material genético, na forma de uma molécula circular de 
RNA, não envolta por capa proteica alguma. Essa molécula fica 
sempre dentro da célula hospedeira e pode se autoduplicar, mas 
não consegue controlar a síntese proteica. Como não possuem 
capa proteica, os viróides são incapazes de saírem da célula 
hospedeira sozinhas, precisando que a membrana desta se rompa 
e seu citoplasma entre em contato com o citoplasma de outra 
célula que possa ser uma hospedeira em potencial. Os viróides 
podem levar plantas a um desenvolvimento anormal e até à morte. 
Observe que, se os vírus forem considerados vivos, porque não 
considerar assim também os viróides? Entretanto, se os viróides 
forem considerados vivos, estaremos afirmando que uma molécula 
de RNA é viva, e que então podemos fabricar vida em laboratório 
(bastaria juntar nucleotídeos na sequência específica do viróide...). 
Virusóides guardam as mesmas características de um 
viróide, com a diferença de que precisa de um vírus para se 
propagar. Por exemplo, o vírus da hepatite D (HVD) não possui 
capsídeo, sendo transportado no capsídeo do vírus da hepatite B 
(HVB), sendo então possível considerá-lo como um virusóide. 
Outro caso estranho é o dos príons. Príons são proteínas 
componentes das membranas dos neurônios e não causam 
problema algum. Entretanto, ao reagir com príons defeituosos 
surgidos por mutação ou adquiridos de um outro animal onde a 
mutação ocorreu, podem passar também a apresentar defeitos. 
Assim, começa uma reação em cadeia, em que cada príon 
defeituoso gera defeitos em outros (e o pior é que os príons 
defeituosos parecem ser resistentes a proteases e anticorpos). De 
certa maneira, é como se os príons defeituosos se reproduzissem. 
Os príons defeituosos são resistentes à digestão por enzimas 
lisossomiais, de modo que, quando o segmento de membrana 
com príons defeituosos tenta ser reciclado por autofagia, se 
acumulam no vacúolo digestivo e promovem autólise do neurônio, 
que então morre. Com o tempo, surgem lesões no sistema 
nervoso. 
Os príons causam uma doença chamada de doença de 
Creutzfeldt-Jakob. Em 1993, houve um surto dessa doença em 
ovelhas, onde ficou conhecida como “scrapie” (do inglês ‘tosar’). 
As ovelhas afetadas desenvolviam lesões nervosas que as 
levavam a ficar se esfregando em paredes e cercas até que sua lã 
e pele acabassem sendo removidas, causando sérias lesões e 
mortes. Como não se conhecia ao certo a causa da doença, as 
ovelhas mortas foram aproveitadas como ração para aumentar o 
teor proteico na dieta do gado. O estrago foi grande: os príons 
mutantes que surgiram nas ovelhas e causaram a doença 
passaram para o gado. 
No gado, os príons levaram a uma versão da doença que 
foi chamada de encefalopatia espongiforme bovina, mais 
popularmenteconhecida como doença da vaca louca, uma vez 
 
 
 
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que os animais afetados desenvolviam problemas de coordenação 
motora e dificuldades de equilíbrio. 
Os humanos que ingeriram carne de gado contaminado 
acabaram adquirindo os príons mutantes, levando a uma versão 
humana do mal da vaca louca (doença de Creutzfeldt-Jakob). 
Houve uma grande apreensão nos vorazes consumidores de 
carne espalhados mundo afora, especialmente na Europa, onde 
os únicos casos da doença já registrados foram detectados. A 
doença é um caso de demência grave, com perda de coordenação 
motora, e incapacidade de falar ou comer, em animais e humanos. 
A autópsia revela muitos neurônios mortos, deixando o cérebro 
‘esburacado’, ou seja, esponjoso. 
Como os príons são muito pequenos, podem ser 
absorvidos intactos pelo sistema digestivo; como são altamente 
resistentes a calor, não são desnaturados facilmente. 
Principalmente, como não são vivos, não podem ser mortos. Por 
enquanto, não há cura. Talvez fosse até melhor virar vegetariano... 
Felizmente, novos casos não têm sido registrados ultimamente. 
Diante de características tão peculiares, será que 
devemos considerar viróides e príons como formas particulares de 
vida? Eles não se reproduzem e se adaptam ao meio? Para se 
responder a essa pergunta, tem-se que levar em consideração o 
critério adotado para definir vida. O que você acha? 
 
Níveis de organização 
 
Uma das características mais marcantes dos seres vivos 
diz respeito à sua notável e complexa organização. Estudos atuais 
sobre a matéria viva demonstraram que uma série de níveis de 
organização integrados resulta nas manifestações vitais de um 
organismo. 
O conceito de níveis de organização foi estabelecido pelo 
inglês John Needham ainda no século XVII. Do nível mais 
simples para o mais complexo, pode-se afirmar que átomos se 
agrupam em moléculas, que por sua vez irão se organizar para 
formar os componentes celulares, e estes, as células. A célula é 
considerada a menor unidade da vida. Grupos de células 
organizadas e que realizam determinada função em conjunto 
constituem um tecido. Tecidos se reúnem para formar órgãos, 
que se reúnem para formar sistemas. Alguns sistemas agem em 
conjunto, formando aparelhos. A reunião de todos os sistemas 
forma organismo. Indivíduos da mesma espécie convivendo 
juntos formam uma população. Populações de diversas espécies 
reunidas formam uma comunidade. A comunidade se 
relacionando com o meio ambiente forma o ecossistema. Todos 
os ecossistemas do planeta, em conjunto, formam a Biosfera. 
 
átomos – moléculas – células – tecidos – órgãos – 
sistemas – organismos – populações – 
comunidades – ecossistemas – Biosfera 
 
Subdivisões particulares da Biologia estudam níveis de 
organização particulares. A estrutura e função das moléculas que 
constituem a matéria viva são estudadas na Bioquímica. A 
estrutura e função do organismo como um todo são 
respectivamente estudados pela Morfologia (do grego morpho, 
‘forma’) e Fisiologia (do grego physio, ‘natureza’). A Morfologia 
divide-se em Citologia (do grego kytos, ‘célula’), que estuda os 
componentes celulares e as células em si, Histologia (do grego 
hystos, ‘tecido’), que estuda a estrutura microscópica dos seres 
vivos, ou seja, os tecidos (a Histologia equivale à anatomia 
microscópica) e a Anatomia (do grego anatome, ‘dissecação’), 
que estuda a estrutura macroscópica dos seres vivos. Os níveis de 
organização acima de organismo são conjuntamente estudados na 
Ecologia (do grego oikos, ‘casa’, no sentido de ambiente). 
Outras subdivisões são a Embriologia (do grego 
embryon, ‘embrião’; também é chamada Ontogenia), que estuda 
o desenvolvimento pré-natal dos organismos, a Genética (do 
grego genetikos, ‘que procria’), que estuda os fenômenos 
relacionados à hereditariedade, a Paleontologia (do grego 
palaios, ‘antigo’, e ontos, ‘ser’), que estuda os fósseis, a Evolução, 
que estuda as modificações das espécies no decorrer do tempo e 
outras. 
A Taxionomia (do grego taxis, ‘ordem’, e nomos, ‘lei’) ou 
Sistemática trata da classificação dos seres vivos. A partir desta 
classificação, várias subdivisões podem aparecer: a 
Microbiologia estuda microorganismos como bactérias e fungos, 
sendo que os primeiros são estudados na Bacteriologia e os 
segundos na Micologia; a Protozoologia estuda os protozoários; 
a Parasitologia estuda parasitas em geral, em particular 
protozoários e vermes; a Botânica estuda os vegetais e a 
Zoologia, que estuda os animais. 
Algumas ciências são derivadas da Biologia e são 
chamadas genericamente de Ciências Biomédicas, como a 
Medicina, a Odontologia, a Farmácia, a Enfermagem, a 
Medicina Veterinária e outras. Dessas, vários campos de estudo 
aparecem como derivados, tais como a Patologia (que estuda as 
doenças), a Semiologia (que estuda os sintomas e sinais das 
doenças e sua identificação), a Farmacologia (que estuda a ação 
de drogas e medicamentos nos organismos) e outras. 
Além destas, várias outras ciências surgem como 
resultado da interação da Biologia com outras áreas, como a 
Biofísica, a Biologia Molecular, a Bioestatística e outras. Ainda 
assim, muitas vezes a Biologia vai buscar suporte em outras áreas 
do conhecimento científico para entender melhor a si mesma, 
sendo imprescindíveis à Biologia ciências como a Química, a 
Física, a Matemática, a Geografia, a História e várias outras mais. 
 
NÍQUEL NÁUSEA – Fernando Gonsales 
 
Você sabe o que diabos é um planorbídeo? E um balanoglossus, 
tem ideia do que se trata? Biologia tem seus mistérios... 
 
 
 
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Leitura Complementar – Craig Venter 
anuncia a 'célula sintética' 
 
O pioneiro da pesquisa genômica Craig Venter deu um 
novo passo em sua busca para criar vida artificial, ao sintetizar o 
genoma completo de uma bactéria e usá-lo para criar uma célula. 
Venter chamou o resultado de "célula sintética" e apresentou a 
pesquisa como um marco que abrirá o caminho para criar 
micróbios úteis para o surgimento de produtos como vacinas e 
biocombustíveis. 
Numa entrevista coletiva na quinta-feira, Venter descreveu 
a célula como "a primeira espécie auto-replicante que temos no 
planeta, cujo parente mais próximo é um computador". "Esse é um 
avanço filosófico, muito mais que um avanço técnico", disse, ao 
sugerir que a "célula sintética" trará novas questões sobre a 
natureza da vida. 
Outros cientistas concordam que ele alcançou uma 
façanha tecnológica ao sintetizar a maior parte do DNA até agora 
– um milhão de unidades de comprimento – e em torná-lo 
suficientemente precisos para substituir o próprio DNA da célula. 
A abordagem ainda é considerada uma promessa, porque 
serão necessários muitos anos para se desenhar novos 
organismos e o desenvolvimento na fabricação de biocombustíveis 
vem sendo obtido com abordagens tradicionais de engenharia 
molecular, nas quais organismos existentes são modificados. 
O objetivo de Venter é obter o controle total sobre o 
genoma da bactéria, primeiro sintetizando seu DNA em laboratório 
e depois desenhando um novo genoma despojado de suas 
funções naturais e equipado com novos genes que regulem a 
produtos de produtos químicos úteis. "É muito poderoso ser capaz 
de reconstruir cada uma das letras em um genoma e isso significa 
que você pode colocá-los em genes diferentes", disse o biólogo do 
Instituto de Pesquisa. A abordagem de Venter "não é 
necessariamente o caminho" para a produção de microorganismos 
úteis, disse George Church, pesquisador do genoma da Harvard 
Medical School. Para Leroy Hood, do Instituto de Sistemas 
Biológicos de Seattle, o estudo deVenter é "chamativo". 
Em 2002, Eckard Wimmer, da Universidade Estadual de 
Nova York, sintetizou o genoma do vírus da poliomielite. O 
genoma construído a partir de um vírus vivo da poliomielite 
infectou e matou ratos de laboratório. O trabalho de Venter sobre a 
bactéria é semelhante, em princípio, exceto que o genoma do 
vírus da poliomielite tem somente 7 500 unidades de comprimento, 
e do genoma da bactéria é 100 vezes maior. 
O grupo ambientalista Amigos da Terra denunciou o 
genoma sintético como uma nova tecnologia perigosa e afirmou 
que "Venter deveria parar todo o tipo de pesquisa antes que 
existisse uma legislação para elas". A cópia sintetizada do 
genoma de Venter veio de uma bactéria natural que infecta 
cabras. Ele garantiu que antes de copiar o DNA extirpou 14 genes 
possivelmente patológicos, de forma que a nova bactéria seria 
incapaz de causar danos. A afirmação de Venter de que criou uma 
célula "sintética" alarmou pessoas que imaginam que ele teria 
dado origem a uma nova forma de vida ou feito uma célula 
artificial. "É claro que isso é errado, seus ancestrais eram uma 
forma de vida biológica", disse Joyce, da Scripps. 
Venter copiou o DNA de uma espécie de bactéria e a 
inseriu em outra. A segunda bactéria produziu todas as proteínas 
e organelas na chamada "célula sintética", seguindo 
especificações implícitas na estrutura do DNA inserido. "Minha 
preocupação é que algumas pessoas vão chegar à conclusão que 
eles criaram uma nova forma de vida", diz Jim Collins, um 
bioengenheiro da Universidade de Boston. "O que eles criaram é 
um organismo com um genoma sintetizado natural. Mas isso não 
representa a criação da vida a partir do zero ou a criação de uma 
nova forma de vida", disse ele. 
The New York Times 
 
Exercícios 
 
Questões estilo múltipla escolha 
 
1. (ENEM) 
Todas as reações químicas de um ser vivo seguem um programa 
operado por uma central de informações. A meta desse programa 
é a auto-replicação de todos os componentes do sistema, 
incluindo-se a duplicação do próprio programa ou mais 
precisamente do material no qual o programa está inscrito. Cada 
reprodução pode estar associada a pequenas modificações do 
programa. 
M. O. Murphy e L. O’Neill (Orgs.). O que é vida? 50 anos depois – especulações sobre o futuro 
da biologia. São Paulo: UNESP. 1997 (com adaptações). 
São indispensáveis à execução do “programa” mencionado acima 
processos relacionados a metabolismo, auto-replicação e 
mutação, que podem ser exemplificados, respectivamente, por: 
A) fotossíntese, respiração e alterações na seqüência de bases 
nitrogenadas do código genético. 
B) duplicação do RNA, pareamento de bases nitrogenadas e 
digestão de constituintes dos alimentos. 
C) excreção de compostos nitrogenados, respiração celular e 
digestão de constituintes dos alimentos. 
D) respiração celular, duplicação do DNA e alterações na 
seqüência de bases nitrogenadas do código genético. 
E) fotossíntese, duplicação do DNA e excreção de compostos 
nitrogenados. 
 
2. (ENEM) 
 
Fernando Gonsales. Vá Pentear Macacos! São Paulo: Devir, 2004. 
 
 
 
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São características do tipo de reprodução representado na tirinha: 
A) simplicidade, permuta de material gênico e variabilidade 
genética. 
B) rapidez, simplicidade e semelhança genética. 
C) variabilidade genética, mutação e evolução lenta. 
D) gametogênese, troca de material gênico e complexidade. 
E) clonagem, gemulação e partenogênese. 
 
3. (UNIFOR) Após uma grande mudança ambiental, as espécies 
com maior chance de sobrevivência seriam as: 
A) que apresentam gametogênese. 
B) que apresentam exclusivamente reprodução assexuada. 
C) plantas que se reproduzem exclusivamente por rebrotamento. 
D) da comunidade clímax. 
E) mais evoluídas. 
 
4. (UNIFOR) Ultimamente a clonagem humana tem sido 
amplamente discutida na mídia. Entretanto, a clonagem de outros 
organismos ocorre naturalmente sem estardalhaço. Considere os 
seguintes tipos de reprodução: 
I. divisão binária; II. brotamento; III. transformação; 
IV. transdução; V. conjugação. 
Podem ser considerados clonagem, somente 
A) II. B) IV. C) I e II. D) III e IV. E) III e V. 
 
5. (UNIFOR) Os tipos de reprodução que ocorrem nos seres vivos 
permitem: 
I. manutenção das espécies; II. variabilidade genética; III. 
manutenção do patrimônio genético com pouca ou nenhuma 
alteração; IV. maior probabilidade de sobrevivência quando o 
ambiente sofre modificação desfavorável. 
A reprodução sexuada é responsável somente por 
A) I e II. B) I e III. C) II e IV. D) I, II e IV. E) II, III e IV. 
 
6. (INTA) 
VÍRUS GIGANTE É DESCOBERTO NA AMAZÔNIA 
As águas do rio Negro, nas vizinhanças de Manaus, abrigam o 
maior vírus já descoberto no Brasil, um parasita microscópico 
comparativamente tão grande que chega a superar algumas 
bactérias em tamanho e complexidade do DNA. Batizado de 
SMBV, ou simplesmente vírus Samba, ele foi descrito por 
pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), 
em parceria com colegas franceses, na revista especializada 
“Virology Journal” (...) A descoberta pode ser importante tanto para 
a saúde humana – já que alguns vírus gigantes como o Samba 
parecem ser capazes de causar pneumonia – quanto para 
entender melhor a natureza dos vírus. 
Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=93232 Acesso: maio de 2014- Editado. 
Ainda em relação aos vírus, podemos afirmar: 
A) São parasitas exclusivamente de células animais. 
B) São parasitas eventuais das células. 
C) Só metabolizam no interior de células. 
D) Suas estruturas são mais complexas que as bactérias. 
E) Surgiram a partir de células eucarióticas. 
 
7. (INTA) 
A energia existente em nosso corpo parece o dinheiro depositado 
em um banco. Entra e sai dinheiro de sua conta corrente, mas 
nela nunca “brota” dinheiro do nada, nem ele some sozinho. 
Também não surge energia do nada, no nosso corpo, nem ela 
pode ser aniquilada. Portanto, a energia total de um jogador de 
futebol, quando o juiz apita o fim da partida, é igual à que ele tinha 
quando a partida começou, menos a que perdeu sob a forma de 
movimento e calor. Como a energia fica armazenada em nosso 
corpo? Sob a forma de substâncias orgânicas, por exemplo, a 
gordura. Mesmo em completo repouso, o corpo gasta energia para 
se aquecer e manter movimentos internos, como os do coração. 
Esta energia mínima, gasta em repouso, pode ser medida e se 
chama metabolismo basal. De onde ela surge? Da combinação de 
certos alimentos, como a glicose, com o oxigênio respiratório, que 
desprende energia para aquecer o corpo e fazer os músculos 
trabalharem. O jogador de futebol fica muito ofegante porque tem 
de retirar muito oxigênio do ar. 
Disponível em: http://saude.hsw.uol.com.br. Acesso em 10 fev. 2013. 
O texto se refere ao metabolismo, que é uma das características 
que diferencia os seres vivos dos seres sem vida. Sobre o 
metabolismo, assinale a opção incorreta. 
A) No interior das células vivas ocorre uma série de 
transformações químicas, que em conjunto são chamadas de 
metabolismo. 
B) Os nutrientes servem basicamente para a produção de matéria 
viva e para a liberação de energia para as atividades vitais. 
C) Quando as reações do metabolismo param, o organismo morre. 
D) O metabolismo envolve reações de síntese e de degradação. 
E) O anabolismo se refere ao processo que leva à quebra e à 
degradação de compostos em moléculas menores. 
 
8. (UECE) Atente para o seguinte excerto: 
“Os organismos vivos são compostos de moléculas destituídas de 
vida. Quando essas moléculas são isoladas e examinadas 
individualmente, elas obedecem às leis físicas e químicas quedescrevem o comportamento da matéria inanimada. Não obstante, 
os organismos vivos possuem atributos extraordinários que não 
são exibidos por uma coleção de moléculas escolhidas ao acaso.” 
Lehninger, Princípios de Bioquímica, 2005. 
Sobre a construção lógica dos organismos vivos, é incorreto 
afirmar que 
A) a maioria dos constituintes moleculares dos sistemas vivos é 
composta de átomos de carbono unidos covalentemente a outros 
átomos de carbono e átomos de hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. 
B) os aminoácidos, nucleotídeos e monossacarídeos, servem 
como subunidades monoméricas de proteínas, ácidos nucleicos e 
polissacarídeos, respectivamente. 
C) a estrutura de uma macromolécula determina sua função 
biológica específica, e todos os organismos vivos constroem 
moléculas a partir dos mesmos tipos de subunidades 
monoméricas. 
D) os ácidos desoxirribonucleicos (DNA) são constituídos de 
apenas 4 tipos de diferentes unidades monoméricas simples, os 
ribonucleotídeos. 
 
9. (UECE) Uma das características dos seres vivos é a 
homeostase. Entende-se por homeostase a constância do(a) 
A) temperatura do corpo. B) meio interno. 
C) absorção de nutrientes. D) modo de se reproduzir. 
 
10. (UECE) Com relação aos vírus, assinale a alternativa correta. 
 
 
 
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A) São seres que possuem membrana plasmática, envoltório 
fundamental à proteção do seu material genético interno. 
B) São auto-suficientes, uma vez que sintetizam ácidos nucléicos 
e proteínas indispensáveis à sua reprodução. 
C) Por apresentarem metabolismo próprio, são microrganismos 
bastante patogênicos, capazes de causar epidemias que afetam 
diretamente à espécie humana. 
D) Apresentam apenas um tipo de ácido nucleico que, 
dependendo do vírus, pode ser o DNA ou o RNA. 
 
11. (UECE) São exemplos de reprodução assexuada: 
A) cissiparidade e gemulação. 
B) conjugação e plasmogamia. 
C) parassexualidade e cissiparidade. 
D) brotamento e cariogamia. 
 
12. (UECE) Os vírus não têm estrutura celular, dependendo 
totalmente da célula viva para evidenciar a seguinte característica 
inerente aos seres vivos: 
A) nutrição. B) sensibilidade. 
C) reprodução. D) metabolismo próprio. 
 
13. (UECE) Com relação à matéria viva é correto afirmar: 
A) A diferença entre os seres vivos e os seres não vivos é a 
presença de uma força vital que lhes confere a capacidade de se 
movimentar, reagir a estímulos externos e crescer. 
B) A célula é a unidade estrutural básica de todos os seres vivos 
incluindo os vírus. 
C) Os seres vivos têm a capacidade de adaptar o seu 
metabolismo de acordo com as condições de meio externo através 
do mecanismo regulador denominado de homeostase. 
D) Das substâncias presentes, na composição química dos seres 
vivos os carboidratos são encontrados em maior proporção. 
 
14. (UECE) Durante o desenvolvimento de um organismo 
multicelular a partir de um zigoto ou célula assexuada, as células 
assumem formas e funções diferentes em conseqüência de 
transformações estruturais e bioquímicas. As alterações que 
ocorrem durante o crescimento de um organismo após a 
fertilização são conhecidas como: 
A) reprodução. B) diferenciação. C) crescimento. D) adaptação. 
 
15. (UECE) É um fator comum entre as substâncias orgânicas 
encontradas nos seres vivos: 
A) todas serem, exclusivamente, energéticas. 
B) na união das suas unidades constituintes, preponderar a 
síntese por desidratação. 
C) serem moléculas simples, quando comparadas com as que 
formam a matéria mineral. 
D) enquanto os glicídios e proteínas são moléculas informacionais, 
ácidos nucléicos e lipídios são moléculas energéticas. 
 
16. (FACID) Parasitas constituídos apenas por pequenas 
moléculas circulares de RNA de fita única, são os menores 
agentes patogênicos conhecidos pela ciência atual. De fato, sem 
um capsídeo, o estado extracelular desses parasitas consiste 
apenas desse RNA desnudo. Infectam plantas, causando várias 
doenças, algumas economicamente importantes, trazendo assim 
grandes prejuízos às lavouras. Como exemplo, tem-se a exocorte 
cítrica, doença que ataca laranjas e outras frutas cítricas 
provocando o descascamento dos tecidos superficiais, seguido por 
um acentuado nanismo. Do ponto de vista biológico é correto 
afirmar que: 
A) o agente etiológico da referida doença é um virusóide que ataca 
plantas Liliopsidas, onde a camada histológica mais atingida é a 
periderme. O nanismo é provocado pela insuficiência na produção 
de citocininas e ácido abscísico. 
B) essa doença é provocada por um viróide que ataca as plantas 
Magnoliopsidas. Tecidos adultos ou permanentes com células 
achatadas e justapostas são os mais afetados; hormônios como 
as giberelinas deixam de ser produzidos, o que provoca o nanismo 
vegetal. 
C) a anomalia tem como causa a infestação provocada por um 
príon, que só ataca células de vegetais pertencentes ao grupo das 
Gyncófitas. Tecidos como a feloderma e o periciclo são 
destruídos. Esse grupo histológico infectado para de produzir as 
auxinas (hormônio de crescimento), o que causa o nanismo na 
planta. 
D) a doença tem como agente etiológico, um vírus destruidor de 
células dos vegetais pertencentes ao grupo das Lycopodíneas. O 
xilema e o floema são os tecidos atacados e o nanismo é 
provocado pela insuficiência na produção de pigmento fitocromo, 
hormônio controlador do crescimento. 
E) o causador da doença é uma bactéria, destruidora de células 
da epiderme de frutos. Esse parasita inibe a produção de etileno 
impedindo o amadurecimento normal das laranjas, bem como 
retardando o crescimento de plantas pertencentes ao grupo das 
Filicíneas. 
 
17. (FCM-JP) 
A chamada doença da vaca louca assustou o mundo nos anos 80 
e 90, ao dizimar rebanhos inteiros na Europa e levar a morte 
pessoas que ingeriram carne contaminada, essa doença ataca 
animais e humanos, e intrigam os cientistas em diversos países, 
inclusive no Brasil. 
Revista Ciência Hoje, agosto de 2006. 
Essa doença tem um agente causador inesperado: 
A) Não é um vírus ou uma bactéria, e sim uma proteína 
defeituosa, o príon. 
B) É um vírus geneticamente denominado bacteriófago. 
C) São bacterioides, com ciclo reprodutivo lítico, gerando príons. 
D) E uma bactéria do tipo vibrião, com uma proteína defeituosa. 
E) É um fungo defeituoso, denominado príon. 
 
18. (FCM-CG) Do ponto de vista da Ciência Moderna, há 
evidências de que a Terra se formou há aproximadamente 4,56 
bilhões de anos e desde então vem se transformando, se 
modificando. No curso da dinâmica planetária, de acordo com a 
teoria da evolução molecular, há aproximadamente 3,5 bilhões de 
anos, as condições planetárias propiciaram o aparecimento da 
vida na sua forma mais rudimentar. Desde então, a Terra vem se 
transformando, se modificando quantitativa e qualitativamente – 
processo denominado evolução biológica. A partir da 
compreensão dessa dinâmica evolutiva, considerando-se, 
sobretudo, a diversidade presente, do ponto de vista do 
conhecimento biológico, definem-se os níveis de organização da 
vida. Nesse sentido, analise as proposições a seguir e estabeleça 
a associação correta. 
 
 
 
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I. Unidades básicas de constituição da matéria. 
II. União química de átomos. 
III. Estruturas celulares especializadas em 
diversas funções, resultantes da organização 
molecular. 
IV. Unidade básica comum à estruturação de 
todos os seres vivos, exceto os vírus. 
V. Estruturas formadas por células 
especializadas, comuns aos multicelulares. 
VI. Unidades anatômicas e funcionais 
formadas por tecidos especializados, comunsaos multicelulares complexos. 
VII. Conjunto de estruturas anatômicas 
integradas do ponto de vista funcional, comum 
aos multicelulares complexos. 
VIII. Integração anatômico-funcional de 
sistemas de órgãos. 
IX. Conjunto de organismos de uma mesma 
espécie que habita determinada região 
geográfica. 
X. Conjunto de populações diferentes 
coexistentes em determinada região, direta ou 
indiretamente em interação. 
XI. Estrutura resultante da interação da 
comunidade biológica e do biótopo. 
XII. Hierarquia biológica que reúne todos os 
ecossistemas da Terra. 
(_) Biosfera 
(_) Ecossistema 
(_) Biocenose 
(_) População 
biológica 
(_) Organismo 
(_) Sistema de 
órgãos 
(_) Órgãos 
(_) Tecidos 
(_) Célula 
(_) Organelas 
(_) Molécula 
(_) Átomo 
 
A sequência correta da associação é: 
A) I - II - III - IV - V - VI - XII - XI - X - IX - VIII - VII. 
B) I - II - III - IV - V - VI - VII - VIII - IX - X - XI - XII. 
C) XII - XI - X - IX -VIII - VII - VI - V - IV - III - II - I. 
D) XII - XI - X - IX - VIII - VII - VI - V - IV - III - I - II. 
E) XII - XI - X - IX - VII - VIII - VI - V - IV - III - II - I. 
 
19. (FCM-CG) Comparando-se os vírus com os organismos vivos, 
percebe-se que, entre eles, algumas características são comuns e 
outras os fazem diferenciar. Entre as características citadas, os 
vírus não apresentam 
A) hereditariedade, organização celular e mutação. 
B) organização celular, reprodução e mutação. 
C) mutação, crescimento e hereditariedade. 
D) reprodução, metabolismo próprio e sensibilidade aos 
antibióticos. 
E) metabolismo próprio, organização celular e crescimento. 
 
20. (UNP) Embora a continuidade da vida na Terra dependa 
substancialmente de todo o elenco de características que definem 
os sistemas viventes, duas dessas características assumem maior 
importância para a preservação da vida no planeta. São elas 
A) capacidade de reprodução e hereditariedade. 
B) elevado grau de organização e execução das funções vitais. 
C) manutenção da homeostase e alto nível de individualidade. 
D) composição química complexa e estado coloidal. 
 
21. (UESPI) Não são características comuns à maioria dos seres 
vivos: 
A) metabolismo e crescimento. 
B) hereditariedade e constância genética. 
C) reprodução e adaptação. 
D) reação e movimento. 
E) composição química e organização celular. 
 
22. (UESPI) O que os vírus HIV e os príons têm em comum? 
A) Material genético envolto por capsídeo proteico. 
B) Envelope icosaédrico com espículas que se projetam dos 
vértices. 
C) Replicação intracelular e extracelular. 
D) São causadores de doenças degenerativas do sistema nervoso 
central. 
E) São agentes infecciosos transmissíveis. 
 
23. (FUVEST) As plantas podem reproduzir se sexuada ou 
assexuadamente, e cada um desses modos de reprodução tem 
impacto diferente sobre a variabilidade genética gerada. Analise 
as seguintes situações: 
I. plantação de feijão para subsistência, em agricultura familiar; 
II. plantação de variedade de cana de açúcar adequada à região, 
em escala industrial; 
III. recuperação de área degradada, com o repovoamento por 
espécies de plantas nativas. 
Com base na adequação de maior ou menor variabilidade 
genética para cada situação, a escolha da reprodução assexuada 
é a indicada para 
A) I, apenas. B) II, apenas. 
C) III, apenas. D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
 
24. (FUVEST) Considere as seguintes características atribuídas 
aos seres vivos: 
I. Os seres vivos são constituídos por uma ou mais células. 
II. Os seres vivos têm material genético interpretado por um código 
universal. 
III. Quando considerados como populações, os seres vivos se 
modificam ao longo do tempo. 
 Admitindo que possuir todas essas características seja requisito 
obrigatório para ser classificado como “ser vivo”, é correto afirmar 
que 
A) os vírus e as bactérias são seres vivos, porque ambos 
preenchem os requisitos I, II e III. 
B) os vírus e as bactérias não são seres vivos, porque ambos não 
preenchem o requisito I. 
C) os vírus não são seres vivos, porque preenchem os requisitos II 
e III, mas não o requisito I. 
D) os vírus não são seres vivos, porque preenchem o requisito III, 
mas não os requisitos I e II. 
E) os vírus não são seres vivos, porque não preenchem os 
requisitos I, II e III. 
 
25. (FUVEST) Um argumento correto que pode ser usado para 
apoiar a idéia de que os vírus são seres vivos é o de que eles 
A) não dependem do hospedeiro para a reprodução. 
B) possuem número de genes semelhante ao dos organismos 
multicelulares. 
C) utilizam o mesmo código genético das outras formas de vida. 
D) sintetizam carboidratos e lipídios, independentemente do 
hospedeiro. 
E) sintetizam suas proteínas independentemente do hospedeiro. 
 
 
 
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26. (UFPI) Dentre todos os elementos da Tabela Periódica, sabe-
se atualmente, que cerca de 26 são considerados essenciais para 
os animais, ou seja, os animais têm que adquiri-los a partir de sua 
dieta. Assinale a opção cujos elementos os animais devem ingerir 
em maior quantidade. 
A) Cálcio, fósforo, potássio. B) Potássio, enxofre e sódio. 
C) Sódio, cloreto e magnésio. D) Nitrogênio, cálcio e fósforo. 
E) Oxigênio, carbono e hidrogênio. 
 
27. (UFPB) 
NADA DE SOL, QUEIMADURAS OU CREMES MELEQUENTOS. 
BASTA UMA INJEÇÃO – E O SEU CORPO COMEÇA A MUDAR 
DE COR, DEIXANDO A PELE BRONZEADA POR ATÉ 60 DIAS 
Esqueça as horas torrando na praia, os cremes autobronzeadores 
ou as sessões de bronzeamento artificial. A nova solução para 
pegar uma corzinha é outra: o bronzeador injetável. O produto, 
que se chama Scenesse, acaba de ser aprovado e deve chegar ao 
mercado este ano. Ele foi desenvolvido para tratar vítimas de 
porfiria (doença de base genética – atua no DNA presente no 
núcleo das células que provoca hipersensibilidade ao sol) e 
estimula a produção de melanina, substância que dá o aspecto 
bronzeado à pele. Inicialmente, o Scenesse só será vendido como 
medicamento para o tratamento da doença, mas seu uso estético 
já tem despertado interesse na comunidade médica, pois os 
efeitos colaterais são brandos (náuseas e dor de cabeça 
passageira após a aplicação). [...]. A injeção é aplicada na região 
do quadril (área escolhida por conter mais gordura, o que torna a 
picada menos dolorosa) e o princípio ativo do remédio começa a 
agir. Após 48 horas, a pele de todo o corpo já está visivelmente 
escurecida, num efeito que dura dois meses. O medicamento 
consegue fazer isso porque contém uma substância chamada 
afamelanotide, versão sintética do hormônio que estimula a 
produção de melanina no organismo. 
Adaptado de MACHADO, P. Super Interessante, Mar. 2012. Disponível: 
<http://super.abril.com.br/ciencia/bronzeador-injetavel-680685.shtml> Acesso em 5 jun. 2012. 
Considerando os níveis de organização em Biologia, é correto 
afirmar que os termos núcleo, melanina, pele e corpo, em 
destaque no texto, correspondem, respectivamente, a: 
A) célula/ molécula/ órgão/ sistema. 
B) organela celular/ molécula/ órgão/ organismo. 
C) molécula/ célula/ sistema/ organismo. 
D) organela celular/ células/ órgão/ sistema. 
E) átomo/ molécula/ tecido/ sistema. 
 
28. (UFPB) Os seres vivos apresentam diversas características 
que lhes permitem, por exemplo, apresentar uma grande 
diversidade morfológica e sobreviver em diferentes ambientes. 
Uma dessas características está ilustrada na figura a seguir, que 
mostra a Dionaea muscipula, um tipo de planta insetívora, que 
captura e digere insetos como forma de obtenção de energia. 
 
Disponível em: <http://correiociencia.files.wordpress.com/2009/07/dionea1.jpg>. Acesso em: 28 
set. 2009. 
O mecanismo peloqual a D. muscipula captura o inseto pode ser 
definido como: 
A) reação. B) catabolismo. C) metabolismo. 
D) canibalismo. E) fototropismo. 
 
29. (UFPB) Sobre as características gerais dos seres vivos e seus 
níveis de organização, pode-se afirmar: 
I. Substâncias orgânicas têm o carbono como elemento químico 
principal. Portanto, o carbono é o elemento químico mais 
abundante do corpo dos seres vivos. 
II. Um rio saudável é um corpo de água corrente que interage com 
o solo pelo qual se desloca e com os elementos bióticos e 
abióticos de suas margens. Esse rio sofre ação da luz, 
temperatura, chuvas e ventos, e a ele estão associados 
organismos vivos, podendo ser considerado um ecossistema. 
III. O zigoto origina todos os tecidos do corpo ao longo do 
desenvolvimento embrionário através da divisão mitótica, de forma 
que todas as células formadas, incluindo as gaméticas, são 
geneticamente idênticas ao zigoto. 
Está(ão) correta(s): 
A) apenas II. B) apenas III. C) apenas I e II. 
D) apenas I e III. E) I, II e III. 
 
30. (UFPB) 
Podemos afirmar que uma borboleta, um cajueiro, um cogumelo e 
um humano são seres vivos, enquanto uma rocha, o vento e a 
água não são. Fazemos isto porque os seres vivos compartilham 
características que os distinguem de seres não vivos. Estas 
características incluem determinados tipos de organização e a 
presença de uma variedade de reações químicas que os 
capacitam a manter o ambiente interno estável, mesmo quando o 
ambiente externo varia, permitindo-lhes obter energia, deslocar-se 
no ambiente, responder a estímulos provindos dele e perpetuar a 
vida. Para realizar tais funções, os seres vivos são compostos por 
unidades básicas que constituem a totalidade do seu corpo, ou 
estas unidades estão agregadas, formando estruturas complexas 
que realizam determinadas funções, como impulsionar o sangue. 
Estas formas vivas podem produzir outras idênticas ou muito 
similares a si próprias, um processo realizado por uma série de 
estruturas que agem em conjunto. No início de suas vidas, essas 
formas vivas podem ser idênticas aos organismos que as 
formaram ou sofrerem mudanças que as tornam similares a esses 
organismos num estágio posterior, além de aumentarem o 
tamanho dos seus corpos durante este processo. 
No texto, estão citadas as conceituações das seguintes 
características dos seres vivos: 
A) metabolismo, movimento, reatividade, crescimento, reprodução. 
B) evolução, reatividade, ambiente, reprodução, crescimento. 
C) evolução, composição química, movimento, reprodução, 
crescimento. 
D) respiração, reprodução, composição química, movimento, 
crescimento. 
E) metabolismo, ambiente, movimento, reatividade, crescimento. 
 
31. (UFRN) Em um experimento, um tipo de planta que se 
reproduz tanto de forma sexuada como assexuada é cultivada em 
dois ambientes artificiais distintos (I e II). No ambiente I, as 
condições de temperatura e umidade são constantes e não há 
 
 
 
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presença de insetos. No ambiente II, há presença de insetos e a 
temperatura e a umidade são instáveis. Considerando os dois 
ambientes, a reprodução que teria melhor resultado na produção 
vegetal é: 
A) Nos dois ambientes, reprodução sexuada, pois esta gera 
indivíduos idênticos que produzem um maior número de plantas. 
B) No ambiente II, reprodução assexuada, pois uma planta bem 
adaptada irá gerar um descendente também bem adaptado. 
C) Nos dois ambientes, reprodução assexuada, pois esta gera 
plantas já maduras e adaptadas, não apresentando fragilidades 
em presença de pragas. 
D) No ambiente II, reprodução sexuada, pois esta gera sempre 
uma variedade de indivíduos que irão se adaptar a qualquer 
ambiente. 
 
32. (UFRN) Embora os seres vivos sejam diferentes entre si, todos 
apresentam as quatro principais macromoléculas biológicas. Em 
relação a cada uma delas, é correto afirmar: 
A) Carboidratos funcionam como reserva energética e apresentam 
função hormonal. 
B) Lipídeos armazenam energia e participam do processo de 
codificação gênica. 
C) Proteínas desempenham atividade catalítica e função 
estrutural. 
D) Ácidos nucléicos participam nos processos de expressão 
gênica e de defesa. 
 
33. (UFRN) Preocupado com a qualidade dos peixes que 
cultivava, um criador tomava muito cuidado para impedir a entrada 
de peixes de outra procedência nos viveiros de cultivo. Uma 
possível conseqüência dessa prática para a população de peixes 
do criador é 
A) aumentar a variabilidade genética dos peixes adultos. 
B) diminuir a ocorrência de peixes resistentes a patógenos. 
C) diminuir a taxa de mutações na população. 
D) aumentar a frequência de variações fenotípicas. 
 
34. (UFF) Os seres vivos possuem composição química diferente 
da composição do meio onde vivem (gráficos abaixo). Os 
elementos presentes nos seres vivos se organizam, desde níveis 
mais simples e específicos até os níveis mais complexos e gerais. 
 
Assinale a opção que identifica o gráfico que representa a 
composição química média e a ordem crescente dos níveis de 
organização dos seres vivos. 
A) Gráfico 1, molécula, célula, tecido, órgão, organismo, 
população e comunidade. 
B) Gráfico 1, molécula, célula, órgão, tecido, organismo, 
população e comunidade. 
C) Gráfico 2, molécula, célula, órgão, tecido, organismo, 
população e comunidade. 
D) Gráfico 2, molécula, célula, tecido, órgão, organismo, 
comunidade e população. 
E) Gráfico 2, molécula, célula, tecido, órgão, organismo, 
população e comunidade. 
 
Questões estilo V ou F 
 
35. (UFPE) No ano de 2010, o respeitado cientista americano 
Craig Venter, cuja equipe já havia elucidado o código genético 
humano em 2000, anunciou a produção de vida artificial. Em seu 
experimento, um genoma bacteriano foi sintetizado em laboratório 
e inserido em uma bactéria de outra espécie, que estava livre de 
seu próprio material genético. A seguir, esta passou a reproduzir-
se de forma independente, sob o comando de seu novo genoma 
sintético. Considerando tal descoberta e os princípios que 
caracterizam a vida tal como a conhecemos, considere as 
assertivas a seguir: 
(_) o experimento acima confirma a teoria da geração espontânea, 
proposta para explicar a origem da vida a partir de compostos 
inertes. 
(_) bactérias com material genético sintético não são realmente 
seres vivos, segundo os princípios da “teoria celular”. 
(_) como a célula recipiente do material genético sintético não fora 
sintetizada artificialmente, não pode-se afirmar que o experimento 
gerou vida artificial. 
(_) crescimento, metabolismo e resposta a estímulos devem estar 
presentes na bactéria artificialmente produzida, para que seja 
considerada viva. 
(_) o experimento descrito ilustra o “design inteligente”, 
pensamento que reafirma o criacionismo como responsável pelo 
surgimento da vida no planeta. 
 
Questões discursivas 
 
36. (UNICAMP) Após um surto de uma doença misteriosa (início 
com febre, coriza, mal-estar, dores abdominais, diarreia, manchas 
avermelhadas espalhadas pelo corpo) que acometeu crianças com 
até cinco anos de idade em uma creche, os pesquisadores da 
UNICAMP conseguiram sequenciar o material genético do agente 
causador da doença e concluíram que se tratava de um vírus. Um 
segmento dessa sequência era UACCCGUUAAAG. 
A) Explique por que os pesquisadores concluíram que o agente 
infeccioso era um vírus. 
B) Dê duas características que expliquem por que os vírus não 
são considerados seres vivos. 
C) Sabendo-se que a sequência mostrada acima 
(UACCCGUUAAAG) dará origem a uma fita de DNA, escreva a 
sequência dessa fita complementar. 
 
37. (UERJ) As populações de um caramujo que pode se 
reproduzir tanto de modo

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