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Slide 7 - Dos vicios no Negocio Juridico

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Art. 166. É nulo o negócio jurídico quando:
I - celebrado por pessoa absolutamente incapaz;
II - for ilícito, impossível ou indeterminável o seu objeto;
III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilícito;
IV - não revestir a forma prescrita em lei;
V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a sua validade;
VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa;
VII - a lei taxativamente o declarar nulo, ou proibir-lhe a prática, sem cominar sanção.
Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
Art. 172. O negócio anulável pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro.
Art. 173. O ato de confirmação deve conter a substância do negócio celebrado e a vontade expressa de mantê-lo.
Art. 174. É escusada a confirmação expressa, quando o negócio já foi cumprido em parte pelo devedor, ciente do vício que o inquinava.
A anulabilidade deriva da vontade viciada ou da declaração de vontade que não corresponde à realidade. Contudo, ela difere da nulidade, posto que não opera de per si, mas precisa ser reconhecida pelo juiz, decretada mediante provocação da parte interessada.
Além dos casos previstos em lei, são anuláveis os negócios jurídicos praticados por pessoa relativamente incapaz ou derivados de vícios resultantes de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão o fraude contra credores, segundo o art. 171 do CC/2002
O que são defeitos ou vícios dos negócios jurídicos?
São problemas que podem aparecer na formação do ato ou negócio jurídico interferindo na manifestação de vontade e que podem conduzir a ineficácia do ato ou do negócio jurídico, então o vício é um problema, um defeito existente no momento em que o negócio jurídico se forma, e este vício pode conduzir a ineficácia do ato porque será considerado inválido. 
A doutrina divide esses vícios em dois grupos: os vícios do consentimento e os vícios sociais.
Vícios do Consentimento: Protegem a parte que realiza o ato ou negócio jurídico quando ela manifestou a vontade de maneira viciada, defeituosa. 
São vícios do consentimento, como o erro, o dolo, a coação, o estado de perigo e a lesão, que se fundam no desequilíbrio da atuação volitiva relativamente a sua declaração. Esses vícios aderem à vontade, aparecem sob forma de motivos que forçam a deliberação e estabelecem divergência entre a vontade real, ou não possibilitam que esta se forme.
Se o declarante tivesse real conhecimento da situação, não teria manifestado sua vontade da forma a qual foi declarada.
Ex: Compra e venda de imóvel com defeito oculto;
Vícios sociais: Protegem normalmente terceiros, que não são parte no negócio jurídico. Nos vícios sociais as pessoas sabem exatamente o que elas estão fazendo, tem plena consciência, e portanto o problema delas não está na vontade.
A lei nos vícios sociais, que são simulação e fralde contra credores protegem direitos de terceiros. Os vícios e defeitos estão na formação dos negócios jurídico.
EX: Pai que vende um bem a um filho sem o consentimento dos demais, com a simulação do bem a terceiro.
I - Vícios do Consentimento: 
Erro ou ignorância e a falsa percepção da realidade, faz com que alguém manifeste sua vontade de forma diversa daquela que faria se a conhecesse perfeitamente.
No erro, o problema está na formação da vontade, e causa invalidade se ele for essencial, substancial, escusável, e real.
Erro essencial ou Substancial: Se conhecido o agente o sujeito de direitos não teria manifestado a vontade, se o erro fosse conhecido, se a realidade fosse perfeitamente conhecida, o agente não teria manifestado sua vontade.
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio.
Dolo: é o induzimento malicioso de uma pessoa a erro – quem erra, erra sozinho, no dolo a pessoa é induzida. O dolo torna o negócio jurídico anulável (prazo de 4 anos a contar da celebração.)
É o uso de artifício, uso de subterfúgios para induzir alguém a praticar um ato que o prejudica, e beneficia o autor do dolo ou um terceiro. O dolo é induzir alguém ao erro. 
1- Indução da vítima, mediante artifícios fraudulentos e grave (capaz de viciar o consentimento). A simples exaltação da qualidade do bem, ainda que exagerada não configura o vício. 
2- O dolo deve ser a causa determinante do ato, ou seja, se não fosse aquele artifício fraudulento grave o ato não teria sido praticado;
3- O dolo só vicia o ato se ele foi praticado pelo beneficiado ou se ele era conhecido ou podia ser conhecido pelo beneficiado. 
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
Coação: é a pressão ou ameaça, física ou moral, exercida sobre uma pessoa para que essa realize um determinado negócio jurídico. A coação torna o negócio jurídico anulável (prazo de 4 anos a contar da celebração.).
Coação física: A manifestação de vontade é obtida com o emprego de força física.
Coação moral: A vítima da coação recebe uma opção, praticar o ato ou sofrer as consequências de determinada ameaça.
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.”
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
Lesão: caracteriza-se quando uma pessoa, por premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta. A lesão torna o negócio jurídico anulável (prazo de 4 anos a contar da celebração.).
A lesão é o prejuízo resultante da enorme desproporção entre prestações de um contrato causado pela premente necessidade ou inexperiência de uma das partes, e encontra-se nos negócios jurídicos bilaterais sinalagmáticos
Premente necessidade ou experiência do contratante: Uma das partes aceitou celebrar um negócio jurídico com prestações consideravelmente excepcionais ou porque era inexperiente. 
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1 o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
§ 2 o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Estado de perigo: caracteriza-se quando alguém assume obrigação excessivamente onerosa, premido da necessidade de salvar a si próprio, ou de salvar alguma pessoa próxima (parente, cônjugue, companheiro, amigo íntimo...) de grave dano conhecido pela outra parte. O estado de perigo torna o negócio jurídico anulável (prazo de 4 anos a contar da celebração.)
É a situação que se verifica quando alguém premido pela necessidade de salvar a si ou a terceiro de dano grave assume obrigação excessivamente onerosa, ou seja, uma pessoa está em situação de perigo e para salvar a si ou a um terceiro, acaba assumindo uma obrigação excessivamente onerosa, uma obrigação desproporcional.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de gravedano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
II - Vícios Sociais: 
Simulação é a declaração falsa de vontade destinada a produzir efeitos diversos daqueles que ostensivamente declarados, é uma desconformidade consciente daquele que exteriorizou, e daquilo que ele declarou. Ao que se leva a simulação? Pode levar a possibilidade de nulidade (não à anulabilidade).
 Simulação é o ato de fingir, enganar e até mesmo dissimular. 
Art. 167. É nulo o negocio jurídico simulado, mas subsistirá o que se dissimulou, se valido for na substância e na forma.
§ 1º Haverá simulação nos negócios jurídicos quando:
I - aparentarem conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se conferem, ou transmitem;
II - contiverem declaração, confissão, condição ou cláusula não verdadeira;
III - os instrumentos particulares forem antedatados, ou pós-datados.
§ 2º Ressalvam-se os direitos de terceiros de boa-fé́ em face dos contraentes do negocio jurídico simulado.”
Fraude contra credores é a conduta do devedor insolvente ou prestes a se tornar insolvente que pratica atos capazes de reduzir o seu patrimônio prejudicando seus credores. Não há uma divergência entre a vontade e declaração. Na fraude contra credores eu pratico atos que prejudicam o meu patrimônio e como eu já estou insolvente isso prejudica os meus credores.
Requisito objetivo consiste na existência de prejuízo aos credores porque o devedor praticou o ato estando devendo ou se tornando insolvente em razão dele. Uma pessoa insolvente é quem tem um patrimônio menor que as suas dívidas.
Requisito subjetivo é a má fé. Em relação ao devedor, ao insolvente, ela consiste no fato dele saber que é insolvente e de que o ato prejudica o seu patrimônio. Em relação ao terceiro que contratou com devedor, a má fé consiste em ter ciência efetiva ou presumida da situação de insolvência do devedor. Ele sabe ou devia saber que o devedor não podia praticar aquele ato.
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.

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