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História da América pré-colombiana

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Complementação Pedagógica 
Coordenação Pedagógica – IBRA 
 
 
 
DISCIPLINA 
 
 
 
História da América pré-colombiana 
 
1 
 
SUMÁRIO 
 
APRESENTAÇÃO .......................................................................... 2 
1. FATOS GERAIS ........................................................................ 4 
2. ANTIGUIDADE NA AMÉRICA: POVOS PRÉ-COLOMBIANOS 6 
2.1. Civilização Maia ........................................................................ 6 
2.2. Civilização Asteca ................................................................... 16 
2.3. Civilização inca ........................................................................ 27 
2.4. Resumo .................................................................................... 38 
MATERIAIS COMPLEMENTARES ............................................... 40 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................. 41 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Prezado (a) aluno (a), 
 
Durante essa disciplina discorremos sobre a História da América 
pré-colombiana. Entretanto, por se trará de assunto extenso ao final da 
apostila estarei disponibilizando uma leitura complementar. 
Segundo Cardoso (1981), “a vinda dos europeus ao continente 
americano, no século XV e XVI, foi interpretada pelos europeus como a 
descoberta de novas terras, mas estas terras já eram ocupadas por povos 
indígenas.” E de acordo com Prous (2007): 
 
“os primeiros povos da América não foram nem os europeus 
nem os índios, e estudos em sítios arqueológicos já encontraram 
vestígios, como os do povo de Lagoa Santa, que datam de, em 
média, 11.000 anos atrás. Esses vestígios arqueológicos de 
esqueletos encontrados em Lagoa Santa, por exemplo, 
apresentam características cranianas que se aproximam de 
populações australianas e africanas, tanto atuais como do 
passado, e não tanto de asiáticos atuais.” 
 
Logo, os conquistadores europeus extinguiram monumentos e 
obras de arte, esbrasearam quase todos os códices (manuscritos pré-
colombianos descobertos especialmente no México centro-meridional). 
Cardoso (1981), também explica que a vinda dos europeus a América 
acarretou a dizimação dos índios por meio de epidemias frequentes, 
escravidão, além dos trabalhos forçados, confisco de terras, protrusão 
violenta da organização social, familiar, religiosa, cultural. Por causa 
disso, afetou o acesso ao conhecimento sobre as populações pré-
colombianas. 
3 
 
Dessa forma, tornou-se escassos os matérias de pesquisa e por 
isso a dificuldade em saber exatamente como era América pré-
colombiana. Tendo alguma dúvida, não deixe de encaminhar as suas 
perguntas ao setor pedagógico por meio do protocolo ou atendimento aos 
alunos. 
 
Bons estudos! 
4 
 
1. FATOS GERAIS 
 
Fonte: Veja Abril1 
 
No período pré-colombiano as populações a dominarem 
demograficamente o território americano, contudo, antes dos europeus, 
constituíram como os índios, dos quais diferentes civilizações se tornaram 
icônicas, e atualmente é interessam aos arqueólogos. Uma de muitas 
delas, os Maias, desenvolveu-se e obteve o seu ápice na região que 
presentemente é o sul do México, e sua história apresenta um período de 
mais de 3.000 anos. Na época Clássica dessa sociedade se deu entre o 
final do século III ao século IX. 
 
“Os aspectos religiosos da cultura Maia eram fortemente ligados 
à astronomia, e os estudos astronômicos, por sua utilidade, 
influenciavam várias outras práticas, como, por exemplo, a 
agricultura. Talvez os Maias sejam justamente famosos pelo seu 
sistema de calendários. Uma das referências mais importantes 
para a compreensão dos estudos arqueológicos em sítios Maias 
é o Códice Dresden, o qual referência datas de eclipses.” 
(SALLES, 2018). 
 
1 Retirado em: http://veja.abril.com.br 
5 
 
 
Bem como em diversas culturas, o desenvolvimento da astronomia 
aconteceu fortemente ligado ao da matemática, e os Maias foram um dos 
muitos que a desenvolveram, sendo que possuía dois sistemas 
numéricos, um utilizado pela alta classe, disseminado pelos religiosos, e 
outro utilizado pelas demais pessoas. 
 
“Outro povo a florescer nas américas foi o dos Anasazi, contando 
com vestígios que datam do ano 500, e desenvolvimento 
arquitetônico que, ao final do ano 1.000 construía casas de 
pedra com significativa complexidade, e possuía rotas 
comercias e que ligavam o território do atual México com 
territórios norte-americanos como Arizona, Novo México e Utah. 
Após o colapso da civilização Anasazi, diversas outras tribos se 
originaram desta, como os Zuni, que, em 1680, participaram de 
revoltas contra os espanhóis, e até hoje vivem nas mesmas 
áreas de seus antepassados. Diversas culturas, por todo o 
território americano, floresceram antes da chegada dos 
europeus. Algumas destas possuíam alta complexidade cultural 
e social em diversas áreas, como as mencionadas acima, e 
muitas outras. O homem europeu, ao chegar às Américas, não 
se deparou com povos primitivos, mas sim com culturas 
altamente ricas e desenvolvidas.” (SALLES, 2018). 
 
Além disso, temos que o desenvolvimento da agricultura das 
sociedades Pré-Colombianas pode se conferir ao dos europeu, porquanto 
esta era já empregada há mais de 7000 anos, fundamentada nas culturas 
de milho, abóbora e feijão, todos advindos da América, juntamente com a 
mandioca, que era cultivada nas áreas de floresta tropical. O 
desenvolvimento de outros plantios foi limitado, porquanto poucos eram 
os animais domesticáveis e que se apresentavam ao trabalho para ajudar 
na preparação da terra e transporte. 
 
6 
 
2. ANTIGUIDADE NA AMÉRICA: POVOS PRÉ-COLOMBIANOS 
Fonte: Incrível história2 
 
2.1. Civilização Maia 
 
Sua origem é advinda da América do Norte. Sua localização exata 
se encontrava na Península de Yucatán e suas adjacência por volta de 
900 a.C. A área sustada pode ser desconexa em duas regiões, as terras 
Altas, compostas pelas áreas atualmente conhecidas como Guatemala e 
El Salvador. Já as terras Baixas, compostas pelas áreas conhecidas com 
Guatemala, México e Península de Yucatán. 
 
 
2 Retirado em: http:incrivelhistoria.com.br 
7 
 
O processo de organismo da civilização Maia é desmembrado em 
dois períodos, o primeiro acontece entre 317 e 987 d. C. e o segundo 
acontece entre 987 e 1697 d. C.. Estas datas são assinaladas por meio 
dos conhecimentos já viventes sobre a civilização. 
 
“Primeira Fase: os Maias foram influenciados pelas culturas: 
izapa e olmeca. Assim já possuíam o conhecimento de 
construção de templos e pirâmides. Edificaram grandes cidades 
como Palenque, Pedra Negra e Tekal, consideradas as cidades 
mais importantes. Apartir de 731 d.C. tem-se início um grande 
processo de expansão, o que levou os Maias a dominar toda a 
Península de Yucatán e a um fantástico florescimento cultural. 
Segunda Fase: é representada pelo apogeu e pela decadência 
da civilização Maia. Nesta segunda fase os Maias sofreram 
novas influências vindas do Norte (Região do México), o que 
levou às cidades Maias a se desenvolverem mais, passando de 
centros religiosos as cidades estruturadas militarmente.” 
(PERDIGÃO, 2006). 
 
8 
 
 
Fonte: Pinterest3 
 
Note que no desenvolvimento dos Maia destacam-se três cidades: 
Chicenitza, Mayapan e Uxnal. Em 1004 é formada por estas cidades a 
 
3 Retirado em: http://www.pinterest.pt 
9 
 
Confederação Maia, depois a confederação, dezenas de cidades 
constituíram-se nos dois séculos posteriores, suscitando um 
acrescentamento no poder político da Confederação. 
 
“Entre os séculos X e XI as três principais cidades entram em 
guerra, na qual Mayapan sai vitoriosa. Mayapan exerce uma 
hegemonia sustentada pelo militarismo. Várias revoltas 
explodem na região, levando Mayapan, em 1441, a ser 
incendiada. As guerrasacabam gerando êxodo urbano nas 
grandes cidades. A decadência dos Maias é gerada 
principalmente pelo declínio da agricultura, mas outros fatores 
com, lutas internas, catástrofes naturais (terremotos, epidemias 
etc.) e guerras externas foram influências para a decadência 
Maia. Quando os europeus chegaram, em 1559, os sinais do 
enfraquecimento era evidente e tornaram fácil a conquista. 
Tayasal foi a última cidade Maia a ser tomada pelos europeus 
em 1697.” (PERDIGÃO, 2006). 
 
Veja que as cidades Estados que os Maias edificaram não era um 
Estado unificado e centralizado. Contudo, na verdade era que as cidades 
que se destacavam pela as suas importâncias, desempenhavam o 
controle sobre as vilas, aldeias e regiões próximas. 
Logo, a grandiosidade da sociedade maia foi arquitetada com o 
trabalho de uma população ajuizada e disciplinada. A organização social 
era intransigente. Haviam três camadas sociais. 
 A camada mais elevada era a da família real, dos ocupantes dos 
basilares postos do governo e dos comerciantes. 
 Na segunda camada jaziam os servidores do Estado, como os 
inspetores de impostos, os responsáveis pela defesa e os dirigentes 
das cerimônias. 
 Na última camada jaziam os trabalhadores braçais e os agricultores. 
10 
 
“O grupo social mais poderoso, o dos sacerdotes, monopolizava 
a escrita e os conhecimentos científicos, principalmente a 
astronomia e a matemática. Os maias acreditavam que o destino 
da humanidade era regido pelos deuses, por isso a religião 
esteve presente em todas as atividades culturais do povo. Eles 
desenvolveram um sistema próprio de escrita, até hoje quase 
indecifrável, baseava-se na representação de objetos e ideias. 
Sabe-se que possuía alto grau de abstração.” (PERDIGÃO, 
2006). 
 
Escrita Maia 
11 
 
Cidade maia 
 
Assim, as cidades eram comumente controladas por famílias e 
tinham autonomia política e econômica. Não obstante, a unidade 
constituída na Conferencia Maia, a regra era a disputa em meio às 
cidades por independência, novas terras, tributos, matéria-prima etc. 
12 
 
A economia maia era, em grande parte, proveniente da agricultura. 
 
 
“Economia e Sociedade: sua economia era baseada na 
agricultura, que tecnologicamente era primitiva, porém sua 
produtividade é grande, principalmente de milho (principal base 
alimentar). Essa produção gerava excedentes, assim era 
possível deslocar um grande contingente para as construções 
de templos, pirâmides, reservatórios de água etc. Os Maias eram 
obrigados a realizarem o rodízio das terras, pois estas eram 
pouco férteis, assim poderiam então garantir a fertilidade delas 
por até 8 ou 10 anos antes de passarem para outra área cada 
vez mais distante das aldeias e cidades.” (PERDIGÃO, 2006). 
 
A religião era a alicerce da sociedade Maia, ela autenticava o poder 
conferidos por famílias: TEOCRÁTICO: 
13 
 
Ahaucan (supremo sacerdote): tinha o poder de recomendar os 
sacerdotes, conduzia as cerimônias, recebia tributos e deliberava sobre 
as coisas do Estado. Existia sacerdotes com cargos específicos como 
adivinhadores, os escribas e os designados dos sacrifícios etc. 
Halach Uinic (chefe supremo): o cargo é hereditário, o chefe 
mantinha uma serie de altos funcionários como administrantes e 
magistrados (Batab), administradores militares (Nacom), polícia (Tupil) 
etc. Os díspares escalões da burocracia e do sacerdócio constituíam 
maior ou menor status social. 
Mazehualob (camponeses e artesãos): compugnavam a maior parte 
da população, pagavam impostos, trabalhavam nas construções e 
moravam afastadas dos centros. 
Putunes (grandes mercadores): faziam parte de um grupo 
marginalizado pelos Maias e aguentavam pressão dos povos nativos da 
região do atual México, com o tempo auferiram status e seriedade por 
causa das suas atividades: comércio de penas, mantas, produtos 
agrícolas, mel, cera, cerâmica, sal e produtos artísticos etc. 
14 
 
Pintura Maia 
 
Já os escravos: comumente eram espólios de guerra, trabalhavam 
para um senhor, contudo não trabalhavam na produção. 
Note que, os avançados conhecimentos que os maias tinham sobre 
astronomia (eclipses solares e oscilações dos planetas) e matemática 
lhes deixaram criar um calendário cíclico de extraordinária precisão. Na 
verdade, são dois calendários justapostos: o tzolkin, de 260 dias, e o haab 
de 365. 
 
“O haab era dividido em dezoito meses de vinte dias, mais cinco 
dias livres. Para datar os acontecimentos utilizavam a "conta 
curta", de 256 anos, ou então a "conta longa" que principiava no 
início da era maia. Além disso, determinaram com notável 
exatidão o ano lunar, a trajetória de Vênus e o ano solar (365, 
242 dias).” (PERDIGÃO, 2006). 
15 
 
Logo, inventaram um código de numeração com base 20 e incluíam 
a noção do número zero, cujo atribuíram um símbolo. Os maias 
empregavam uma escrita hieroglífica que embora não foi totalmente 
decifrada. 
 
“A arte maia expressa-se, sobretudo, na arquitetura e na 
escultura. Suas monumentais construções - como a torre de 
Palenque, o observatório astronômico de El Caracol ou os 
palácios e pirâmides de Chichén Itzá, Palenque, Copán e 
Quiriguá - eram adornadas com elegantes esculturas, estuques 
e relevos. Podemos contemplar sua pintura nos grandes murais 
coloridos dos palácios. Utilizavam várias cores. As cenas tinham 
motivos religiosos ou históricos. Destacam-se os afrescos de 
Bonampak e Chichén Itzá. Também realizavam representações 
teatrais em que participavam homens e mulheres com 
máscaras, representando animais”. (PERDIGÃO, 2006). 
 
A partir do século IX iniciou-se o declínio lento e consecutivo da 
civilização maia que possui diversas são as hipóteses a respeito desse 
fato. Determinados estudiosos creem que pode ter sido por causa das 
guerras, lutas internas, incursões ou a má chefia em relação à exploração 
da terra. O esgotamento do solo teria volvido a produção faltosa para às 
necessidades de consumo e compelido os maias a abdicarem suas 
principais cidades. O que se afiançar, certamente, é que quando os 
espanhóis abordaram à América, a civilização maia não existia mais 
sinais de vivência. 
 
16 
 
2.2. Civilização Asteca 
 
Fonte: Jornal Joca4 
 
Sua origem ocorreu por sofreram influencias dos olmecas, estes 
viveram, em tempos distantes, na mesma região. Os olmecas 
compuseram uma hegemonia na região, que depois as invasões dos 
povos procedentes do norte da América, chegou a seu fim. 
 
• Localizavam-se no Vale do México, e sua capital foi construída 
onde hoje fica a Cidade do México. 
 
4 Retirado em: http://www.jornaljoca.com.br 
17 
 
• Originários dos povos mexicas, estabeleceram-se no Vale do 
México após avistarem um presságio dos deuses. 
• Inicialmente, estavam sob a tutela dos tepanecas, mas uma 
revolta no século XV garantiu a independência dos astecas. 
• Possuíam uma sociedade hierarquizada com quatro grupos 
na pirâmide social: o imperador, a nobreza, os homens comuns 
e os escravos. 
• Eram politeístas e acreditavam que os sacrifícios humanos 
eram vitais para o funcionamento do Sol. 
• Grande parte de seu sustento vinha da agricultura que era 
próspera por conta das chinampas, ilhas artificias construídas 
com material orgânico. 
• Foram conquistados pelos espanhóis liderados por Hernán 
Cortés em 1521. Fonte: História do mundo5 
 
Logo, os povos do Norte (denominados de Nahua, ascendência 
linguística nahuatl) edificaram na região mexicana a cidade de 
Teotihuacán em meados de 500 a 600 d. C., influenciados pela cultura 
olmeca, sendo está é uma das grandes cidades da era com enormes 
construções, pirâmides de tributo ao Sol, a Lua e ao deus maior 
Quetzacoatl. Não existe muitos dados dessa civilização. 
Já os toltecas, oriundos da América do Norte, semelham por 
conterem influencias da cultura olmeca e se dominados pelos sacerdotes 
da grande cidade Teotihuacán,porquanto deram continuação à cultura e 
 
5 Retirado em: https://www.historiadomundo.com.br/asteca 
18 
 
à administração da cidade, aparelhando um Estado forte e uma cultura 
rica, chegando ao fim visivelmente por causa das disputas internas e a 
guerras externas em 1194 d. C. 
Contudo, o povo mexica é oriundo da região Sul da América do 
Norte, cognominada Aztlán, por isso o nome de Asteca. Se ativeram na 
região do lago Texcoco, ao lado de outros povos e depois 1325 iniciaram 
a construção do que significaria a maior cidade do séc XV, a ampla e 
majestosa Tenochtitlán. 
 
“Os astecas foram uma civilização pré-colombiana e 
desenvolveram-se na Mesoamérica. A capital dos astecas era a 
cidade de Tenochtitlán, conhecida por sua grandeza e localizada 
onde hoje fica a Cidade do México, capital do México. Os 
astecas ficaram conhecidos por formarem uma civilização com 
estilo de vida sofisticado. Foram dominados pelos espanhóis em 
1521.” (GWEBER, 2019). 
 
Dessa forma, a área tomada pelos astecas foi nas adjacência do 
lago Texcoco situado no sul da América do Norte, onde Tenochtitlán foi 
edificada a partir de 1325 d. C. 
19 
 
 
Mapa que mostra o tamanho do Lago Texcoco e a composição das principais 
cidades existentes ali. Em vermelho está o tamanho atual da Cidade do México. 
Fonte: História do mundo6 
 
6 Retirado em: https://www.historiadomundo.com.br/asteca 
20 
 
 
“Formação do Império Asteca: a formação do Império Asteca 
teve como base a união de três cidades: a capital Tenochtitlán, 
Texcoco e Tlacopán, que juntas estenderam seu poder por toda 
a região. Como eram as relações políticas entre as três cidades 
e as demais não são muito claras, porém não era muito 
centralizada com nos Incas. “Na confederação Asteca conviviam 
comunidades de diferentes culturas, costumes e idiomas, porem 
a unidade era marcada pela religião, pela centralização militar e 
pela arrecadação de impostos feitos em Tenochtitlán. As 
províncias da Região subordinavam-se aos Astecas, de maneira 
a não apenas pagarem impostos, mas também serem obrigados 
a fornecerem contingentes militares e a serem submetidos aos 
tribunais da capital.” (GWEBER, 2019). 
 
Assim, o Império Asteca apresenta ter 1440 a 1520 o seu auge, 
antes de ser completamente destruído pelos colonizadores, com a 
chegada de Cortez, que posteriormente a várias incursões em agosto de 
1521 o império foi totalmente conquistado. Uma das causas da ruína dos 
Astecas foi o poderio militar, outro motivo foi que os Astecas não 
batalhavam para matar, contudo para submeter os demais povos ao seu 
predomínio, para os espanhóis a guerra era um momento de conquista e 
extermínio. 
 
“Outro fator pequeno, mas importante foi a proliferação de 
doenças (a mais forte foi a epidemia de varíola), mas o fator 
realmente decisivo foi a união de alguns povos dominados pelo 
Astecas com os espanhóis. Esses povos queriam acabar com a 
hegemonia dos Astecas na região e os espanhóis eram fortes 
aliados, porém não imaginavam o que aconteceria após a 
derrota dos Astecas e a consolidação da colonização espanhola. 
Guerra e Economia: a guerra tinha vínculo com aspectos 
religiosos e econômicos, não destruíam os inimigos e suas 
riquezas, pois a ideia era submetê-los ao domínio e desfrutar das 
riquezas por meio dos impostos. Desta forma as regiões 
dominadas pelos Astecas mantinham seus costumes, deuses, 
idiomas etc. Algumas vezes os Astecas negociavam a rendição 
de determinada região ou cidade.” (GWEBER, 2019). 
21 
 
 
Logo, a economia era amparada precisamente pelas regiões 
dominadas, com tributos pagos em mercadorias. Aferisse que 
Tenochtitlán angariava toneladas de: milho, cacau, pimenta seca; grande 
quantidade de litros de mel; milhares de fardos de algodão, manufaturas 
têxteis, cerâmicas, armas, afora os animais, aves, perfumes, papel etc. 
A produção agrícola era fundamentada nos cereais, sobre tudo o 
milho, que compunha a base alimentar das culturas pré-colombianas. 
Sendo que se tivessem outro apoio alimentar estas civilizações não teriam 
se formado sem o que permitia o crescimento de suas populações. 
 
“A posse das terras tinha uma característica muito interessante, 
pois o Estado detinha a posse de todas as terras e as distribuía 
aos templos, cidades e bairros. Nas cidades de bairros as terras 
tinham um caráter coletivo, pois todos os adultos tinham o direito 
de cultivar um pedaço de terra para a sobrevivência. No final do 
império os sacerdotes, comerciantes, e chefes militares se 
desobrigaram dessa prática desenvolvendo-se assim uma forma 
de diferenciação social.” (GWEBER, 2019). 
 
A sociedade era composta por: 
 
 Administradores dos bairros (calpullec): primeiramente 
escolhidos pelos habitadores dos bairros que em seguida 
passaram a ser recomendados pelo soberano; 
 Artesão: trabalhavam em regra vinculados a um senhor 
(tecuhtli), a maior parte mantinha fábricas em templos e 
palácios, saldavam os impostos com artigos e não eram 
compelidos ao trabalho coletivo; 
22 
 
 Chefes militares e altos funcionários (Tecuhtli – dignitário): 
selecionados pelo Soberano que era o general ao mesmo 
tempo do exército, além de sumo pontífice sacerdotal e 
haviam uma série de prerrogativas como não saldar impostos 
e conviviam em grandes residências; 
 Comerciantes (pochtecas): usurpavam o comércio de luxo, 
por causa do rápido enriquecimento granjearam poder e 
distinção; 
 Homens livre (macehuali): tinham o direito de agricultar um 
pedaço de terra, tinham a coação de prestar o serviço militar, 
o trabalho grupal e a prestação dos impostos eram realizadas 
com mercadorias, no caso com a maior parte da arrecadação. 
 Prisioneiro, condenados e degredados (tlatlacotin): este eram 
da classe social mais baixa, cuja em troca de casa, comida e 
trabalho se vinculavam a um amo, não sendo escravos, 
porquanto podiam tornar-se livres. 
 Sacerdotes: conduzia as cerimônias, recebia tributos e 
deliberava sobre as coisas do Estado. Existia sacerdotes com 
cargos específicos como adivinhadores, os escribas e os 
designados dos sacrifícios etc. 
 
“Os guerreiros constituíam um dos grupos mais importantes na 
civilização asteca. No início, eram escolhidos entre os indivíduos 
mais corajosos e valentes do povo. Com o tempo, entretanto, a 
função de guerreiro começou a ser passada de pai para filho, e 
apenas algumas famílias, privilegiadas, mantiveram o direito de 
ter guerreiros entre os seus membros.” (KARNAL, 1996). 
23 
 
 
Representação moderna de Tezcatlipoca, um dos principais deuses do panteão 
asteca. 
Fonte: História do Mundo 
 
A religião asteca era politeísta, pois eles adoravam mais de um 
deus. A religião asteca, como era característico na região, agrupou 
elementos peculiares da religião de outros povos. Um modelo bem 
versado era o do deus asteca Quetzacoatl, que ainda fazia parte do 
panteão maia e era denominado de Kukulkán. 
24 
 
 
“O deus mais poderoso, conforme acreditavam os astecas, era 
Tezcatlipoca. Outros deuses importantes do panteão asteca 
eram Quetzacoatl, Tlaloc e Tezcatlipoca. Uma característica 
importante da religião asteca era a realização de sacrifícios 
humanos. Essa prática acontecia por meio da retirada do 
coração com a vítima acordada. A realização dessa prática 
justificava-se por meio dos mitos de fundação que os astecas 
acreditavam. Segundo as lendas astecas, o deus Quetzacoatl 
ofereceu o próprio coração em um ato de autossacrifício. Os 
astecas acreditavam que o funcionamento do Sol se dava por 
meio da realização regular de sacrifícios humanos.” (GWEBER, 
2019). 
 
Mitos e ritos eram ricos e conexos à natureza, os cultos mais 
estimados estavam correlacionados ao Sol. Era corriqueiro rituais de 
sacrifício, cujo a guerra era grande aprovisionadora de prisioneiros 
destinados aos sacrifícios. A potência da comunidadejazia comumente 
canalizada para as atividades que se relacionava aos rituais, feitos com 
grande minúcia nas representações e procedimentos. 
 
“Nas atividades artísticas acha-se as influências das civilizações 
olmecas e toltecas, anteriores aos astecas. A escultura em jade 
e as grandes construções. A arquitetura estava ligada a 
religiosidade, sendo a forma mais frequente a pirâmide com 
escadaria culminando em um santuário no topo.” (GWEBER, 
2019). 
25 
 
 
26 
 
Esculturas asteca 
Fonte: ArtOut7 
 
As pinturas e afrescos coloridos além disso tinham estima nas artes 
astecas, cuja a figura dos escribas era importantíssima, porquanto unido 
aos hieroglifos surgia as pinturas. 
 
“De caráter religioso mais, a música e a poesia (intimamente 
relacionadas), eram acompanhadas de instrumentos, danças e 
encenações. A colonização infelizmente destruiu grande parte 
desta produção cultural.” (GWEBER, 2019). 
 
 
 
7 Retirado em: http://artout.com.br 
27 
 
2.3. Civilização inca 
 
Fonte: Hipercultura8 
 
Sua origem está entre o lago Titicaca e a cidade de Cuzco (Peru). 
Sua localização fica na Região oeste da América do Sul, regressada para 
o Pacífico. A área ocupada começa na região de origem, posteriormente 
se ampliaram sustando regiões atualmente conhecidas como sul da 
Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, norte da Argentina chgando ao sul do 
Chile. 
 
 
8 Retirado em: http://hipercultura.com.br 
28 
 
 
Fonte: São Paulo São9 
 
Note que o império Inca chegou a aglomerar cerca de 15 milhões 
de pessoas, povos que tinham costumes, culturas e idiomas distintos. Na 
região conviviam povos avançados alcunhados pré-incaicos, jaziam 
disseminados por toda a costa lesta da América do Sul, além das serras 
e no altiplano andino. 
 
9 Retirado em: http://saopaulosao.com.br 
29 
 
“Os povos habitavam várias regiões como: os chavin que viviam 
nas serras peruanas; os manabi no litoral do Equador; os chimu 
no norte do Peru; e ainda haviam os chincas, mochicas, nazca e 
outros. A maioria possuía centros urbanos organizados, templos 
cerimoniais, agricultura diversificada (milho, batata e outros), 
alguns domesticavam lhamas, vicunhas, alpacas e cachorros-
do-mato.A grande cidade era Tiahuanaco, centro cerimonial que 
recebeia milhares de pessoas por ano, apresenta influência dos 
chavin, estabeleceu-se por volta do séc X d. C.” (PERDIGÃO, 
2006). 
 
 
Fonte: R710 
 
A expansão e formação do Império Inca foi composto pela 
absolvição as distintas culturas e colocando-as a serviço do crescente 
Império. O começo do Império ficou assinalado pela conquista dos 
 
10 Retirado em: http://conhecimentoscientificos.r7.com 
30 
 
chancas pelo inca Yupanqui em 1438 d.C. Ele tomou aproximadamente 
quase todo o Peru, chegando até a demarcação com o Equador. A 
dilatação do Império induziu à conquista do altiplano boliviano, norte da 
Argentina, Chile (Tope Inca) e Equador, até mesmo o sul do Chile 
(Huayana Capac, 1493 – 1528). 
 
“O processo de expansão do Império foi interrompido devido a 
disputas entre o irmão Huascar e Atahualpa, filhos de Huayana. 
Huascar centralizou-se em Cuzco e Atahualpa em Quito, a 
revalidade gerou uma guerra civil que enfraqueceu o império, a 
vitória de Atahualpa de nada serviu, pois os espanhóis liderados 
por Pizzaro destruíram o que sobrou do Império. A organização 
da sociedade: o Estado Inca era imperial capaz de controlas toda 
a sua extensão, o Inca era chefe do Estado, dotado de poderes 
sagrados hereditários e reverenciado por todos.” (PERDIGÃO, 
2006). 
 
Note que os sacerdotes eram selecionados por ele através da 
nobreza, seus cargos iam da manutenção dos templos, sacrifícios, 
adivinhações, curas e até mesmo feitiçaria, além de serem oráculos. As 
cerimônias eram na sua maior parte das vezes para reverenciar o Deus 
Sol, no qual o representante vivo era o Inca. 
Os sacerdotes ainda tinham a função de divulgar unido aos 
historiadores, os mitos, lendas e histórias sobre a sua cultura. É 
importante compreender que existiam duas religiões, uma regressada a 
nobreza e outra para a população pobre. 
 
“A integridade do Império foi conquistada devido a uma 
complexa burocracia administrativa e militar. Os cargos eram 
distribuídos entre a nobreza e chegaram a adquirir caráter 
hereditário. Havia uma educação e formação militar. Assim como 
os burocratas esta camada era mantida com os tributos 
arrecadados. O controle da arrecadação e o poder das cidades 
31 
 
e ayllus (terras doadas pelo Estado) era feito pelos curacas 
(funcionários do Estado) e seus assistentes espalhados pelo 
Império. Os llactaruna (camponeses), cultivavam as terras do 
Inca e dos curacas e pagavam tributos em forma de mercadoria 
em troca recebiam o direto de trabalhar nos ayllus. Ainda o 
Estada obrigava-os a trabalhar nas construções de pirâmides, 
caminhos, pontes, canais de irrigação e terraços. Os Incas 
utilizavam o sistema de mita para a extração de minerais, é um 
trabalho compulsório, não remunerado, baseado na rotação da 
mão-de-obra, na qual os espanhóis utilizariam anos mais tarde.” 
(PERDIGÃO, 2006). 
 
Existiam ainda artesão, curandeiros e feiticeiros, os primeiros eram 
respeitados como artistas, pintores, escultores, ceramistas, tapeceiros, 
ourives dentre outros; os segundos faziam os trabalhos de cirurgiões, 
farmacêuticos, sabedores de plantas medicinais entre outras atividades. 
Os escravos eram denominados de yanaconas, a palavra é 
provinda da cidade de Yanacu. Em determinados momentos alguns povos 
conquistados se tornavam escravos, seus afazeres eram domesticas e 
não podiam trabalhar nas plantações e nem edificações. 
 
“Economia e Planejamento: a base da economia Inca provinha 
dos ayllu, os llactaruna deveriam trabalhar nas terras do Estado, 
dos funcionários e nas construções para possuírem uma parte 
de terra para sua própria sobrevivência. A base da produção 
agrícola era: milho, batata, tomate, abóbora, amendoim etc. Nas 
partes altas o milho era plantado em terraços construídos nas 
encostas das serras e irrigados pelos canais de irrigação. 
Domesticavam lhama, vicunhas e alpacas para o fornecimento 
de lã, couro e transporte. O comercio era precário e restringia-
se a bens de luxo destinados, portanto, à corte. Os censos, 
pontes e caminhos: os incas utilizavam de censo populacional 
pra controlar o Império. Utilizavam o quipo (calculadora manual, 
constituía de cordões coloridos e nós) nos cálculos matemáticos, 
os funcionários quipucamayucus realizavam o levantamento.” 
(PERDIGÃO, 2006). 
 
32 
 
Desse modo, oi Estado Inca realizava a utilização dos censos com 
base para planejamentos, porquanto orientava nos comandos: controlar 
a quantificação de população/arrecadação de impostos; a precisão de 
mão-de-obra para alguma obra pública; controle do desenvolvimento 
demográfico; planejamento de arranjos populacionais para áreas não 
exploradas, afim de suavizar a densidade demográfica. 
Por causa do imenso Império, foi indispensável uma infraestrutura 
que admitisse a circulação de impostos, empregados, trabalhadores pelo 
Império, dessa maneira, foram edificadas várias pontes, estradas, no 
decorrer desses caminhos existia tabernas e construções que abrigavam 
alimento e água para os viajantes. 
 
“Sobre a Cultura pode0se dizer que o idioma quéchua serviu de 
instrumento unificador do império inca. Como não tinham escrita, 
a cultura era transmitida oralmente. Com um conjunto de nós e 
barbantes coloridos, chamados quipos, os incas desenvolveram 
um engenhoso sistema de contabilidade. Na matemática, 
utilizavam o sistema numérico decimal. Os artesãos eram peritos 
no trabalho com o ouro. Mesmo sem conhecer o torno, 
alcançaram um bom domínio da cerâmica. Seus vasos tinham 
complicadas formasgeométricas e de animais, ou uma 
combinação de ambas. A religião inca era uma mistura de culto 
à natureza (sol, terra, lua, mar e montanhas) e crenças mágicas. 
Os maiores templos eram dedicados ao Sol (Inti). Realizavam 
sacrifícios tanto de animais como de humanos.” (PERDIGÃO, 
2006). 
 
A sociedade inca se desenvolveu nos declives da cordilheira dos 
Andes. Atualmente, essas terras abrangem o Peru, a Colômbia, o 
Equador, o oeste da Bolívia, o norte do Chile e o noroeste da Argentina. 
Logo os incas, bem como os astecas e os maias, compuseram 
importantes civilizações na América antes mesmo do domínio espanhol. 
33 
 
 
“O termo inca, que hoje designa um povo e uma sociedade, 
originalmente significava chefe, título dado aos imperadores e 
aos nobres. O Inca, filho do deus do Sol, misto de deus e 
imperador, reunia centenas de tribos sob sua autoridade. O 
imperador era o guardião dos bens do Estado, especialmente da 
terra e submetia a sociedade ao rigor de suas decisões. Abaixo 
do imperador estavam seus parentes, os nobres, e os escolhidos 
para ocupar os postos de comando, como governadores de 
províncias, chefes militares, sábios, juízes e sacerdotes. A 
camada seguinte era formada de funcionários públicos e 
trabalhadores especializados, como ourives, marceneiros, 
pedreiros etc. Na base da hierarquia estavam os agricultores.” 
(PERDIGÃO, 2006). 
 
Como já mencionado a base da economia era a agricultura, 
desenvolvida principalmente na zona montanhosa dos Andes. Cultivos se 
desdobravam por encostas íngremes, com o famoso sistema de terraços, 
espécie de degraus arquitetados com paredes de pedras. As terras 
estatais eram lavradas por todos as áreas e a produção era guardada 
para sustentar a nobreza, os sacerdotes e os militares. 
 
34 
 
 
Sistema de terraço dos Incas 
Fonte: Magnus Mundi11 
 
“Os excedentes eram estocados em armazéns instalados ao 
longo de todo o império e repartidos em tempo de carência ou 
épocas de calamidades. Para melhorar a produtividade da terra 
eram usados dois recursos: a adubação, feita com esterco de 
lhama e de pássaros; e a irrigação, com tanques e canais. 
Criavam a lhama, que serviam para o transporte, a alpaca e a 
vicunha, das quais obtinham a lã e a carne. No litoral, as 
populações viviam principalmente da pesca.” (PERDIGÃO, 
2006). 
 
Para contabilizar os impostos recolhidos e administrar a produção 
era utilizado o quipu, que constitui em nó, em quéchuca. O quipo versava 
em um cordão, cujo estava presa uma série de pequenos cordões 
coloridos, suspensos em formato de franja e com múltiplos nós. 
 
11 Retirado em: http://magnusmundi.com.br 
35 
 
 
 
Exemplo de um quipu utilizado pelos incas 
 
O Império Inca possuía na época mais 4.000.000 de km, uma 
população de 15 milhões de pessoas divididas em 200 povos díspares e 
a capital era Cusco. Para dar coerência a este vasto império, se conferiu 
um idioma o quéchua e estabeleceu-se o culto ao deus Sol, Inti. 
 
Celebração meses de junho e julho em Cusco. Culto ao deus do sol 
As divindades recebiam oferendas, inclusive sacrifício humano, e esperavam dos 
deuses um retorno em forma de chuva, proteção, boa colheita, etc. Em homenagem 
ao deus Sol – Inti – foi construído um grande templo em Cusco. 
Fonte: Qual Viagem12 
 
 
12 Retirado em: http://queviagem.com.br 
36 
 
 
Representações físicas dos deuses Incas 
Fonte: Amino13 
 
“Viracocha (ou Wiracocha) – deus criador e fundacional. Aquele 
que emergiu em forma humana das águas do lago Titicaca para 
ordenar os homens sem leis. Organizou o mundo em três níveis, 
deu função a cada um dos povos, criou as planta e animais. Uma 
vez terminada sua missão, saiu caminhando pelo mar. 
Inti (ou Apu Inti) – identificado como o deus Sol que seria o “servo 
de Viracocha”. Os fiéis acudiam a Inti para pedir boas colheitas 
e o fim das doenças. Sua energia alimentava a terra e seus seres 
que nela habitavam. Sua companheira e irmã era Mama Quilla, 
indentificada com a lua, que eram pais dos imperadores incas. 
Mama Quilla – deusa identificada com a lua e principal deidade 
feminina. Era servida por uma classe sacerdotal de mulheres e 
sua importância era enorme em todos os assuntos femininos 
como os nascimentos, casamentos, fertilidade, os ciclos das 
colheitas, etc. Irmã e esposa de Inti e de cuja união nasceram os 
imperadores incas. 
Pachamama – não é propriamente uma deusa criadora. Seu 
nome significa pacha – terra e mama, mãe. É um mito entendido 
em toda a América, pois se trata da própria terra, dos cultivos e 
pastos. A Pachamama era reverenciada com uma parte das 
colheitas ou dos animais que pastavam. “ (PERDIGÃO, 2006). 
 
 
13 Retirado em: http://amino.apps.com.br 
37 
 
 
Dessa forma, estabelecia-se uma afinidade de reciprocidade entre 
os fiéis. 
 
Fiéis realizam oferendas a Pachamama no dia 1º de agosto 
 
O fim do Império Inca iniciou a se desagregar no final do século XV, 
depois de enfrentar diversas rebeliões internas. Bem como a chegada dos 
espanhóis, estes se congregavam com os inimigos dos incas e 
terminaram por conquista-los em 1533. 
 
“O imperador Atahualpa foi executado e após sua morte os incas 
se refugiaram nas montanhas, onde resistiram até 1571, quando 
foi capturado e morto o último líder – Tupac Amaru. Seu neto, 
Tupac Amaru II, liderou a última insurreição inca, mas também 
foi assassinado.” (PERDIGÃO, 2006). 
 
Atualmente a cultura inca, ao contrário do que possa parecer, ainda 
está viva e presente nas sociedades andinas. De mesmo modo, no Peru, 
38 
 
principalmente na cidade de Cusco, é plausível visitar diversos lugares e 
conhecer a cultura inca como: 
 
“Machu Picchu – situada no topo de uma montanha, a 2400 
metros de altitude, não foi encontrada pelos colonizadores; só 
foi descoberta em 1912, por um pesquisador norte-americano. 
Tratava-se, provavelmente, de um santuário religioso. Vale 
Sagrado – reúne uma série de cidades como Sacsayhuamán, 
Ollantaytambo e Písaca. Ali se conservam costumes ancestrais, 
como realizar transações comerciais pelo sistema de trocas, 
morar nas mesmas casas de pedra construídas pelos incas, etc.” 
(PERDIGÃO, 2006). 
 
 
 
Ruínas de Ollantaytambo onde é possível ver as terraças de cultivo e as casas 
Fonte: Dos manos Peru14 
 
2.4. Resumo 
 
14 Retirado em: http://dosmanosperu.com 
39 
 
 
Fonte: Doc Sity15 
 
 
 
15 Retirado em: http://docsity.com.br 
40 
 
MATERIAIS COMPLEMENTARES 
 
Links “gratuitos” a serem consultados para um acrescentamento no 
estudo do aluno de assuntos que não poderão ser abordados na apostila 
em questão: 
 
Povos_pré-
colombianos_e_a_colonização_da_américa_por_espanhois_e_ingleses.
pdf 
Colonização da América 
Textos didáticos-História América.pdf 
Ficha Técnica - Aula Povos pré-colombianos 
 
 
 
http://www.ient.com.br/fotos/82034301813_-_povos_pre-colombianos_e_a_colonizacao_da_america_por_espanhois_e_ingleses.pdf
http://www.ient.com.br/fotos/82034301813_-_povos_pre-colombianos_e_a_colonizacao_da_america_por_espanhois_e_ingleses.pdf
http://www.ient.com.br/fotos/82034301813_-_povos_pre-colombianos_e_a_colonizacao_da_america_por_espanhois_e_ingleses.pdf
https://www.policiamilitar.mg.gov.br/conteudoportal/uploadFCK/ctpmbarbacena/06092017072222839.pdf
http://www.uel.br/pessoal/jneto/arqtxt/Textosdidaticos-HistoriaAmerica.pdf
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=28565
41 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CARDOSO, C. F. S. América pré-colombiana. São Paulo: Brasiliense, 
1981. v. 16. 120p. 
GWEMBE, Eusébio André Pedro. História Antiga das Américas. 2019. 
KARNAL, Leandro. A conquista do México. São Paulo: FTD, 1996, p. 13. 
PERDIGÃO, Ana Luiza Rocha Vieira. Antiguidade Na América: Povos 
Pré-Colombianos.Núcleo UFSCar-Escola, 2006. 
PROUS, André. O Brasil Antes dos Brasileiros: A Pré-história do Nosso 
País. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. 
SALLES, Jéssica Scheer. América pré-colombiana. 2018. 
SANTOS, Carlos Pereira dos; NETO, João Pedro; SILVA, Jorge Nuno. 10 
Livros, 10 Regiões, 10 Jogos para Aprender e Divertir-se: América Pré-
Colombiana – Iwathlaknannai. Portugal: Norprint, 2008.

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