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APOSTILA UNIDADE 05 AS PARTES DE UM SERMÃO 1 Objetivo: Entender a importância da sintonia entre o texto bíblico, o título e os tópicos, bem como aprender o processo de sua estruturação. Sumário: 1 Introdução 2 Pensando no esboço 3 Estrutura de um esboço 3.1 O Título 3.2 Os Tópicos 3.3 Os Subtópicos 4 Alguns exemplos práticos de como fazer e o que evitar 5 Trabalhando a Estrutrura 6 Resumo 1 Neste Tópico estudaremos a primeira parte do esboço, que contêm o texto bíblico, o título e os tópicos. As Ilustrações, Aplicações, Introdução e Conclusão, embora também façam parte do esboço, serão trabalhadas mais adiante, por questão de espaço. 1 Introdução Nesta Unidade enfocaremos na primeira parte da estrutura homilética de um sermão. inicialmente havíamos planejado trabalhar a estrutura toda, mas diante dos detalhes de cada parte, optamos fazê-lo em momentos distintos. Ou seja, na próxima Unidade é que trabalharemos sobre os cuidados que precisamos ter quanto às ilustrações, aplicações, introdução, conclusão e apresentação de nossa mensagem. 2 Pensando no esboço Para um bom estudo de uma passagem bíblica são necessárias muitas horas de pesquisa e oração. Por outro lado, o sermão não pode ser muito longo - devendo variar entre 10 e 40 minutos, dependendo da finalidade, da ocasião, do tipo e do público alvo. Assim, não posso simplesmente pegar todo o meu conhecimento adquirido e descarregá-lo diretamente sobre a igreja. Definitivamente não. Precisarei selecionar o que falar e a sequência de minha exposição bíblica. Por isto, nosso esboço precisa ser o mais claro possível, ter fidelidade ao texto bíblico, harmonia entre suas partes e conduzir a um clímax, concluindo de forma positiva. Imagine um sermão sobre o texto de Lc 23.39-43 (acesse ou abra a sua Bíblia e leia o texto antes de continuar) com o seguinte esboço: As três cruzes: 1) A do Salvador, que inocentemente se entregou por nós 2) A do ladrão temeroso, que pede misericórdia 3) A do ladrão contumaz e insultante Primeiro que o título parece mais um título descrevendo um texto qualquer e não um sermão, ou seja, ele não fala conosco. Segundo, termina da pior forma possível. Agora, veja como fica se fizermos algumas alterações: Três estilos de Vida comum em nossos dias: 1) Uma vida de arrogância (incapaz de aprender com seus próprios erros e ainda gasta energia debochando dos outros) 2) Uma vida de arrependimento (reconhecendo nossas limitações e buscando em Jesus o conserto das coisas) 3) Uma vida de abnegação (mesmo sendo injustiçado, Jesus tem palavras de consolo e acolhimento) Note que é muito mais próximo à nossa realidade e termina de forma mais positiva, valorizando o que devemos buscar. Com o intuito de ajudá-los a pensar na melhor forma de expor uma mensagem estudada, passaremos a trabalhar a estrutura de um esboço. 3 Estrutura de um esboço Lembra-se da estrutura que havíamos mostrado anteriormente? Segue de novo, logo abaixo: Lembre-se: depois da escolha e delimitação do texto e estudo da passagem é hora de gastar energia elaborando o título e os tópicos (com seus possíveis subtópicos). Indicados pelos números 2 e 3. Vamos por partes. 3.1 O Título Deve ser algo chamativo, criativo, direto e objetivo. Você já deve estar pensando que, apesar de ser algo tão curto, não é tão fácil elaborar um bom título. E está certo. Às vezes acontece de eu subir ao púlpito sem ter total satisfação com o título escolhido. Há vezes que ele surge por primeiro, antes mesmo dos tópicos. Noutros momentos ele vai sendo construído aos poucos, a partir da ideia central do texto bíblico e conforme vão surgindo os tópicos. Em contrapartida, há situações em que tenho os vários tópicos, que captaram muito bem as várias mensagens do texto, mas ainda não foi possível encontrar um título adequado Podemos e devemos usar da criatividade, mas cuidado para não ser pejorativo e não servir de distração em vez de ser o elo norteador. Foi-me contado como piada, mas não duvido que possa ter acontecido: um aluno de homilética, no afã de extrapolar sua criatividade decidiu pregar sobre o profeta Jonas e usou o seguinte título: “O Vômito que saiu andando”. É isto mesmo, a risada não pode ser contida. Embora seja bíblico e verdadeiro, não posso usar um título assim que perderei a atenção de meus ouvintes. Alguém me contou que um amigo foi pregar para um grupo de jovens, numa cidade que não conhecia, e usou um sermão que já havia pregado em sua igreja, com o seguinte título: “Jesus é o cara”. Entre a juventude de sua igreja foi bênção, mas na outra cidade, foi algo catastrófico. Afinal, para aquela comunidade, dizer que alguém é “o cara” era sinônimo de algo pejorativo e extremamente repugnante. Outra atenção que precisamos levar em consideração é o cuidado para não ser meramente descritivo ou narrativo. Por exemplo: “A parábola do sal da terra”. Pode servir como título a ser usado na Bíblia, antes do texto sobre o assunto ou até mesmo ser um título para estudo bíblico, mas para um sermão não serve. Deveria ser: “Vamos ser o Sal da Terra”, “Devemos dar gosto às coisas ao nosso redor”, “Jesus mandou sermos o sal da terra”, “Precisamos temperar”, entre outras possibilidades. Outro exemplo, se eu for pregar sobre I Sm 17, não posso simplesmente usar como título: “Davi e Golias”. Pois é muito descritivo, genérico e não tem nada a ver comigo. Se fosse: “Como Davi derrotou Golias?”, embora seja mais específico, continua com cara de estudo bíblico, no sentido de dar a ideia de que ainda está no passado e Davi era o queridinho de Deus, eu não, então por que poderia dar atenção a algo que não é comigo? Todavia, se o pregador diz: “Vença o seu gigante”, torna-se mais pessoal, é pra mim. Ou então: “Como vencer um grande desafio?”. Todos nós temos desafios e obstáculos e precisamos de sabedoria para contorná-los. Quanto ao tamanho, o título não deve ser muito longo. Imagine um título, ainda sobre Davi, descrito desta forma: “Como alguém tão pequeno e de gentil aspecto conseguiu ganhar a confiança do rei, para derrotar um valente tão forte e experimentado nas batalhas, mesmo sem o apoio de sua família e usando apenas uma funda?”. Não dá. Embora contenha verdade em sua formulação, não pode servir como título. Deixe-me aproveitar para dar outra dica: cuidado para não menosprezar a cultura nem aspectos relacionados no texto bíblico. Por exemplo, a frase “usando apenas uma funda” passa a ideia de que a funda era algo banal e insignificante, mas para a época, era considerado uma arma de guerra, capaz de matar um inimigo a 200 metros. Ele deve ser algo que as pessoas possam lembrar com facilidadee, principalmente, ter condições de ser divisível em tópicos. Por exemplo: se eu quero pregar sobre as atitudes esperadas de um bom servo de Deus, não posso simplesmente perguntar “Qual a função do servo?”. Pois, não consigo pensar em outra função, a não ser servir. Agora, se eu pergunto: “O que Deus espera de nós como servos?”, já posso pensar em várias respostas: que o sirvamos de bom grado, que o sirvamos com esmero, que o sirvamos através do serviço a nosso próximo etc. Em suma, o título deve ser uma frase que irá resumir e apresentar a ideia central do texto estudado, a fim de proporcionar o direcionamento necessário para o desenrolar da exposição do nosso sermão. 3.2 Os Tópicos São derivações do título capazes de responder, complementar, clarificar, enfatizar ou desdobrar o mesmo. Também são chamados de subtítulos. E precisam, indubitavelmente, estar em sintonia com a temática estudada. Ou seja, não posso perguntar: “Como ser um servo que agrada a Deus” e responder: “Serei mais feliz quando souber a diferença entre servir e mandar”. De fato, se vamos trabalhar a ideia de serviço em algum momento precisarei descrever quem é o servo e quem é o senhor que lhe dá as ordens, e certamente até mencionar o aspecto da felicidade, mas isto do jeito que está aqui não pode servir como tópico. Se a pergunta é “como ser um servo?”, a resposta precisa ser condizente com a mesma. Se meu título for um convite à alegria: “Alegrem-se já no Senhor”, deverei mostrar as vantagens disso, a obrigatoriedade, os motivos ou algo relacionado e que responda a contento a questão levantada. Não posso simplesmente responder: “Se alegrando”. Como diria o vovô, é “chover no molhado”. É ser redundante e cansativo. Já pensou, se após uma introdução muito boa e profunda, nos falando da importância de sermos alegres e do título que nos convida a termos isto como atitude, de repente você começa a ouvir: devemos ser alegres, nos regozijando; devemos ser alegres, nos alegrando; e devemos ser alegres, com alegria. Não dá. O tópico precisa ampliar o horizonte, nos convidando e dando opções de como, por que, pra que, de que jeito executar o que foi exigido no título. Geralmente tenho ouvido que um bom sermão tem apenas três tópicos. Se for temático até pode ser, pois como ele lida com vários textos bíblicos, se tiver mais divisões, acaba confundindo. Porém, quando aplicamos um sermão textual ou expositivo, o sermão terá quantos tópicos o texto permitir. Devemos, claro cuidar com os limites. Não tem como dividir um título em um único tópico, assim o sermão deverá ter no mínimo dois tópicos. E de igual modo, seria inconcebível ter um sermão com o seguinte título: “365 dicas para um ano novo abençoado”. Em geral, 5 tópicos tenho visto como uma boa quantidade de absorção. Mas, conforme disse anteriormente, é o texto a ser pregado que definirá isto. Se ele só nos permite dois tópicos, não queira formar a existência de um terceiro ou quarto, só para manter um padrão. Se isto ocorrer, certamente, será mais danoso do que útil. Muito provavelmente este(s) tópico(s) extra(s) seria(m) melhor aproveitado(s) como subtópico(s). As mesmas regras e dicas, quanto a tamanho, originalidade, objetividade, atualidade utilizadas para os títulos, também podem ser aplicadas na elaboração do subtítulo. Por exemplo: se tenho um título: “Alegrem-se no Senhor”, devo responder mais ou menos assim: “Porque ele é Bom”, “Porque nossa vida passa a ter mais sentido”. Seria estranho um tópico do tipo: “Porque tanto Paulo em Efésios, quanto Jesus em Mateus e os sábios de Israel, quando escreveram Provérbios, deixam isto muito bem claro”. Em vez disso poderíamos transformar em um tópico e três subtópicos: “Alegrem-se no Senhor” (título), “Porque a Bíblia assim nos ensina” (tópico), “Provérbios nos exorta a isto” (subtópico 1), “Paulo disse aos Efésios” (Subtópico 2) e “O Próprio Jesus nos Ensina” (subtópico 3). Volto também, a mencionar a importância de nos preocuparmos com a sequência de nossa apresentação. Por exemplo veja a seguinte estrutura, a partir da parábola do “Bom Samaritano”: “Três filosofias de vida” 2 1) Altruísta (Baseada na atitude do Samaritano que vivenciava a ideia de que aquilo que ele tinha era para ser utilizado para abençoar o próximo) 2) Individualista, (baseada na postura dos religiosos, que passaram de largo, pois pensaram somente em si mesmo) 3) Egoísta, (extraída do gesto hediondo daqueles bandidos, que saquearam e ainda bateram no viajante). Muito provavelmente você já deve ter percebido que soaria muito melhor, finalizarmos com o bom exemplo do samaritano e não com a atitude tão vil, daqueles assaltantes. Note que é diferente de eu ignorá-los. Não posso deixar de mencioná-los só porque é um exemplo negativo. Afinal também podemos tirar lições valiosas a partir de atitudes reprováveis. O grande problema é quando e como mencioná-los. É quase a mesma tragédia de alguém que vai dar um testemunho de sua vida e gasta 99% do tempo falando nos mínimos detalhes de como era sua vida de pecado e só 1% de sua nova vida. Às vezes, parece até que tem saudade. Isto é ruim, mas mencionar aquilo que é errado e vergonhoso a fim de tirarmos lições para uma vida melhor é salutar e recomendável. 3.3 Os Subtópicos Devem ser na quantidade que o tópico permitir sua divisão. Deve ter no mínimo dois e devem conter explicações que ajudem a compreender melhor o tópico. Desdobramentos do mesmo ou complementos significativos que venham trazer um maior entendimento do tópico em questão. Em outras palavras, enquanto o tópico 2 Esboço adaptado a partir de um sermão que ouvi quando era adolescente. Na época alguém pregou utilizando a seguinte estrutura: “Três filosofias de vida 1) O que é teu, é meu; 2) O que é meu, é meu; 3) O que é meu, é teu.”. Aproveito para destacar a importância de um bom esboço. Não me lembro quem pregou, nem a ocasião, acho que foi na Igreja Batista de Vila Antunes, em Cajati, SP, no início da década de 1990. Mas, nunca me esqueci desta estrutura. precisa ser criado a partir de um versículo bíblico ou de uma verdade bíblica, o subtópico não tem esta exigência. Por exemplo, se estou pregando sobre Jesus ser o Bom Pastor e um dos meus tópicos é sobre a necessidade que a ovelha tem de ter um pastor, meus subtópicos poderiam ser: Título: Jesus é o Bom pastor Um dos tópicos: Precisamos ser pastoreados a) Porque sofremos perigos externos (a ovelha pode ser roubada ou morta por animais ferozes) b) Porque somos perdidos por natureza (a ovelha não tem um senso de direção como vários animais, ao se perder, dificilmente voltará sozinha para o aprisco) c) Porque somos ávidos por novidade (as ovelhas são muito curiosas e não tem noção doperigo) d) Porque nos assustamos por qualquer coisa (a ovelha não consegue beber água se elas forem agitadas, tipo uma correnteza) Percebam que todos os subtópicos são pertinentes ao dia-a-dia das ovelhas e não saíram de nenhum texto bíblico, mas vão nos ajudar a entender e aceitar a grande lição de que precisamos ser pastoreados. Agora vamos treinar um pouquinho, a partir de novos exemplos. Lembra do texto de Sofonias 3.14-17 que você foi convidado a ler na Unidade anterior? Se não leu, faça-o já, antes de continuarmos. Leia o texto bíblico com atenção e observe as estruturas indicadas abaixo, procurando ver o que há de errado. Uma dica muito importante: a cada estrutura, haverá uma nota de rodapé, com dicas do que estaria acontecendo. Mas, primeiro, gaste um pouquinho de tempo, pensando sobre cada uma delas, para só depois olhar a resposta, conferindo seus apontamentos. 4 Alguns exemplos práticos de como fazer e o que evitar A partir do texto de Sofonias 3.14-17, trabalharemos vários esboços, com o objetivo de fixarmos algumas verdades importantes sobre o assunto. a) Alegrem-se no Senhor... 3 Que é Misericordioso Que é Protetor Que é Poderoso Que não Desiste de seu povo b) Alegrem-se no Senhor... 4 Senhor livra do mal O poder vem do Senhor Que prazer o Senhor se alegra em ti Hey! Não se desespere. Se não consegui ver os erros que foram apresentados. A ideia é de dar vários exemplos, mas que você vá gastando energia em cada um deles, a fim de assimilar o que foi explicado anteriormente. Continue se exercitando, que o aprendizado virá. c) Alegrem-se no Senhor... 5 O Senhor que te livra do inimigo O Senhor que está no meio de ti de forma poderosa e abundante O Senhor que te renova e fortalece d) Alegrem-se no Senhor... 6 Alegrem-se pois 3 Apontamentos ao Exemplo a: Há harmonia entre título e tópicos, porém os subtítulos 1 (Que é Misericordioso) e 4 (Que não desiste de seu povo) embora sejam bíblicos e verdadeiros não estão no texto escolhido, tornando o sermão uma mistura de textual com temático. 4 Apontamentos ao Exemplo b: As ideias em cada tópico foram extraída do texto bíblico, mas estão desconexas entre si e não casam com o título. Leia o título seguido de cada tópico: “Alegrem-se no Senhor, Senhor te livra do mal”. Soaria melhor se fosse: “Alegrem-se no Senhor, “que te livra do Mal”, “que tem poder para salvar”, “Que se alegra em ti”. Só teríamos que ver se salvar e livrar do mal não seriam sinônimos, ao ponto de ser um tópico só. 5 Apontamentos ao Exemplo c: A estrutura está ruim. Além do título não casar com os tópicos, o subtítulo 2 está muito longo e o terceiro é duplo e parece ser redundante (renova e fortalece). Uma sugestão seria: Em quem se alegrar? 1) No Senhor que te livra do inimigo, 2) No Senhor que está no meio de ti, 3) No Senhor que te fortalece. 6 Apontamentos ao Exemplo d: Semelhantemente ao anterior, a estrutura está caótica. Os tópicos não estão em sintonia entre si e não casam com o título. Além disso, o primeiro é redundante demais e o terceiro tornou-se dúbio. Devemos escolher uma única ideia. Sugestão de melhoria para esta estrutura: “Alegrem-se no Senhor”: 1) De forma evidente, 2) Por seu perdão, 3) Sem temer as circunstâncias, 4) Porque ele salva. O Senhor perdoa Não desanimes (ou não temas) A salvação vem de Deus e) Alegrem-se no Senhor... 7 Alegrando-se em Deus Cantando e alegrando Israel deve se alegrar em Deus O cristão deve descansar em Deus porque o seu agir podereoso é infinitamente maior que qualquer inimigo f) Alegrem-se no Senhor... 8 Porque tudo posso naquele que me fortalece Porque o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã Porque Deus se alegra daqueles que confiam nele g) Alegrem-se no Senhor... 9 Israel é chamado a cantar Porque nos mantém seguros contra as ciladas de Satanás Devemos trabalhar em prol do crescimento do reino (v.16 b) h) Alegrem-se no Senhor... 10 Porque é o Senhor quem luta por nós 7 Apontamentos ao Exemplo e: A estrutura está toda comprometida. Os três primeiros tópicos são redundantes com o título; o 2 ainda é duplo; o 3 é apenas descritivo e ligado ao passado (em vez de dizer sobre a alegria de Israel, deveria nos chamar à alegria); por fim, o 4º além de longo não está presente no texto bíblico. 8 Apontamentos ao Exemplo f: Além da estrutura ruim, pois o título está no imperativo, uma ordem para outra pessoa, e o primeiro tópico está na primeira pessoa. Ou seja, você deve se alegra, porque eu posso todas as coisas naquele que me fortalece. Também acabou misturando o tipo textual com o temático, pois os dois primeiros tópicos, embora sejam bíblicos, não aparecem em Sofonias. 9 Apontamentos ao Exemplo g: Estrutura ruim. Os tópicos não estão em sintonia. O 1º não é atual e meramente descritivo; o 2º tem cara de aplicação e o texto não fala sobre satã 3º é uma declaração bíblica e verdadeira, mas não tem correlação com o título. Talvez ficasse melhor se fosse: Aalegrem-se no Senhor, sem deixar de trabalhar (por que enfraquecer as mãos pode ser sinônimo de deixar de trabalhar). 10 Apontamentos ao Exemplo h: Em um texto tão rico de detalhes e ensinamentos, só são apresentadas duas lições e praticamente idênticas. Porque é Deus quem nos protege i) Alegrem-se no Senhor... 11 Por seu livramento Por sua Força Por sua Salvação j) Alegrem-se no Senhor... 12 Aceitando o seu perdão Observando o seu Livramento Confiando nele Sabendo que a alegria é certa E então, como se saiu. Conseguiu captar a ideia sobre a importância entre a relação entre texto, título e tópicos? 5 Trabalhando a Estrutrura Agora vamos trabalhar em nossa estrutura para um sermão baseado em Sofonias 3.14-17. Depois de termos selecionado o texto, feito as análises do DOICA e definido sua mensagem central: “Alegrar-se em Deus”, passemos a ler cada versículo, ou parte deles, procurando lições relacionadas ao tema em questão. Nesta fase faremos algo parecido com a da Observação, onde vamos anotando aspectos que achamos interessante. Mas agora estaremos atrás de lições que o texto nos mostram. Ou seja, na observação eu pude perceber que jerusalém, sião e Israel são sinônimos e exortados a se alegrar em Deus. Agora, a lição que eu tiro disso é que há uma ordem para o povo de Deus se alegrar. Em outras palavras: A partir do título Alegrem-se no Senhor... a) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 14? Leia novamente o texto bíblico. Nele percebemos que o verbo está no imperativo, o que configura uma ordem. 11 Apontamentos aoExemplo i: Estrutura perfeita. Bem sintonizados. Só que caiu na tentação de ficar com apenas três tópicos. 12 Apontamentos ao Exemplo j: Está boa. b) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 15? Leia novamente o texto bíblico. Em 15a, há a declaração de que nosso Deus afastou a condenação que havia contra o seu povo; na parte b é mencionado que o inimigo foi lançado fora; na parte c há a declaração de que Deus está no meio do seu povo; na parte d há uma declaração de que não temeremos mal algum. c) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 16? Leia novamente o texto bíblico. Nele percebemos que o agir de Deus retira o medo d) Que lição ou lições poderemos extrair do verso 17? Leia novamente o texto bíblico. O v. 17a diz que Deus é nosso Deus; na parte b volta a dizer que Deus está no meio do seu povo; na parte c diz que Deus é podersoso para salvar; na parte d Declara que Deus se alegra com júbilo pelo seu povo. Feito tais constatações acerca das lições possíveis que o texto nos ensina, dentro da temática da necessidade de nos alegramos em Deus, agora o desafio é retornar a cada lição e transformá-la em uma frase ou expressão que possa servir como tópico. Ou seja, a partir de nossa análise chegamos à conclusão de que Sofonias 3.14-17 nos traz os seguintes ensinamentos: v.14 Nele percebemos que o verbo está no imperativo, o que configura uma ordem. v. 15a, há a declaração de que nosso Deus afastou a condenação que havia contra o seu povo v.15b é mencionado que o inimigo foi lançado fora v. 15c há a declaração de que Deus está no meio do seu povo v. 15d há uma declaração de que não temeremos mal algum v. 16 percebemos que o agir de Deus retira o medo v. 17a diz que Deus é nosso Deus v. 17b volta a dizer que Deus está no meio do seu povo v. 17c diz que Deus é poderoso para salvar v. 17d declara que Deus se alegra com júbilo pelo seu povo Que expressão poderíamos usar, para resumir a lição sobre v.14 “Nele percebemos que o verbo está no imperativo, o que configura uma ordem”? Lembre-se do título “Alegrem-se no Senhor” e tente visualizar algo mais claro e direto. Por exemplo: “Alegrem-se no Senhor - Porque é uma ordem.” Ou “porque Ele mandou”. A expressão “porque é uma ordem” será um de nossos tópicos. Que expressão poderíamos usar, para resumir a lição sobre 15a, “há a declaração de que nosso Deus afastou a condenação que havia contra o seu povo”? Adote a mesma estratégia: lembre-se do título e procure resumir e objetivar a lição a fim de se complementarem. E então: “Alegrem-se no Senhor............................. Pense um pouquinho e só depois, confira a opção na nota de rodapé. 13 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v.15b que menciona que o inimigo foi lançado fora. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com minha proposta. 14 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 15c há “a declaração de que Deus está no meio do seu povo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com minha proposta. E, tome o devido cuidado para não ler as respostas a seguir, caso contrário este exercício perderá totalmente a sua funcionalidade. 15 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 15d onde há uma declaração de que não temeremos mal algum. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com minha proposta. 16 13 Porque não há mais condenação. 14 No v. 15b, a partir da menção de que o inimigo foi lançado fora, podemos criar o seguinte tópico: Porque o inimigo foi vencido. 15 A lição extraída da parte c do verso 15, “há a declaração de que Deus está no meio do seu povo” pode ser transformada no seguinte tópico: “Porque Deus está entre nós” 16 O tópico a ser criado a partir da lição de Sf 15 d “de que não temeremos mal algum” pode ser; “Porque não há o que temer”. Ou seja; “Alegrem-se no Senhor... Porque não há o que temer.” “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 16 que nos ensina que “o agir de Deus retira o medo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com a resposta. 17 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 17a “Deus é nosso Deus”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com a resposta. 18 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 17b “Novamente é dito que Deus está no meio do seu povo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com a resposta. 19 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 17c que “diz que Deus é podersoso para salvar”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com a resposta. 20 “Alegrem-se no Senhor...” _______________________________ crie este tópico a partir da lição do v. 17d que “declara que Deus se alegra com júbilo pelo seu povo”. Só depois de pensar um pouco e ter seu tópico, é que deverás olhar na nota de rodapé para comparar com a resposta. 21 6 Resumo Vimos até aqui que é essencial que procuremos manter a sintonia entre o texto bíblico, o título e os tópicos. A ordem de cada tópico deve ser pensada para um melhor impacto. O Título deve ser o mais atual, direto e convidativo possível. Os tópicos devem estar se relacionando entre si e respondendo ou dando suporte ao título, sem 17 Esta lição é redundante com a do v. 16d. assim, ela deverá ser agregada ao mesmo para reforçar a ideia. Ela não pode ser transformada em um novo tópico, porque tal lição só poderia ser transformada no seguinte tópico: “Porque Deus retira o medo”, que é a mesma coisa, em essência, que o tópico anterior. 18 No v. 17a diz que Deus é nosso Deus porque você pertence a Deus 19 Como o texto apenas nos relembra algo que já fora ensinado anteriormente, não podemos criar um tópico a partir desta porção. O verso 17b poderá ser usado para reforçar o tópico criado a partir do v. 15c. 20 Um tópico que pode ser criado a partir da lição do v. 17c que declara “Deus é podersoso para salvar”, pode ser “Porque Deus é Podersoso”.21 Por fim, o tópico a ser extraído da lição aprendida no v. 17d “que Deus se alegra com júbilo pelo seu povo”, pode ser “Porque Deus se alegra conosco”. serem redundantes com o mesmo. A utilização do DOICA é importante porque através dele é que eu entendo o texto e penso na melhor forma de transmiti-lo aos meus ouvintes. É um processo bastante trabalhoso, mas, muito aprazível e que com o tempo torna-se mais tranquilo e mais fácil.
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