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av1 Introdução ao comércio (1)

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
INSTITUTO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS
GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA : INTRODUÇÃO AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
PROFESSOR : ALEX JOBIM
ALUNA: THAÍS CORRÊA DE ARAÚJO
AVALIAÇÃO 2 – 2017.2
NITERÓI
2017
1) Apresente a crítica de Paul Krugman à industrialização por substituição de importação (ISI) 
 Em grande parte dos países em desenvolvimento, entre os anos de 1970, a principal estratégia para promover a industrialização pautou-se no desenvolvimento de indústrias voltadas para o atendimento do mercado doméstico. Para tal, utilizou-se restrições comerciais como tarifas e cotas. Consequentemente, limitou-se a demanda de bens importados com intuito de aprofundar a demanda de produtos fabricados internamente. 
 No âmbito da industrialização por substituição de importação (ISI), para Krugman (2005) ,ainda que seja possível contrair vantagem comparativa no setor produtivo que o governo visou investir, isso não quer dizer que o país tenha que tentar desenvolver essas indústrias imediatamente. Cabe ressaltar a diferença de visões sobre o estabelecimento indústrias nascentes da perspectiva governamental e a dos investidores privados. Ao focar neste último, o autor verifica que investidores privados consideram, principalmente, os retornos correntes da indústria a ser instalada e desconsideram aspectos futuros. Entretanto, isto não é condizente com o comportamento do mercado. O apoio a projetos com retornos incertos e demorados tem frequentemente o apoio dos investidores, nos países mais avançados, com isso, o apoio do governo torna-se dispensável. 
 As justificativas para proteção das indústrias nascentes abrangem as falhas de mercado. Os mercados imperfeitos de capitais, que são uma falha de mercado, relacionam-se com a ausência de instituições financeiras como bolsa e bancos eficientes no financiamento de grandes investimentos. Dessa forma, os setores com lucros baixos não são financeiramente atrativos. A segunda falha de mercado a ser apontada é sobre o problema da apropriabilidade. No investimento de novos setores produtivos decorre alguns benefícios como o conhecimento no mercado daquele determinado setor. Entretanto, pode ocorrer também custos na adequação tecnológicas referente a circunstâncias locais e na própria consolidação destes novos mercados. Vale destacar também a possibilidade que Krugman cita sobre a entrada de concorrentes nos novos setores, sem os custos que as primeiras tiveram, e como estas concorrentes podem afetar o retorno financeiro que as primeiras empresas desembolsaram. As tarifas só se justificariam, portanto, em casos como estes, uma vez que as empresas optam por não pagar pelo custo de oportunidade inerente na criação de novos mercados. 
 Nesta perspectiva, o autor considera ainda que o impulso da substituição de importações parou próximo de seu limite lógico: os bens manufaturados sofisticados, como computadores e máquinas-ferramenta de precisão, continuaram a ser importados (KRUGMAN,2005,p. 194). Notoriamente, nos países da América Latina a industrialização por substituição de importações tornou, atualmente, a produção de bens manufaturados dos países em desenvolvimento similar com a dos países avançados. 
	O questionamento sobre a ISI refere-se se esta política gerou desenvolvimento econômico aos países que a adotaram. A crítica do autor também é relacionada com a estagnação da renda per capta observada nos países como Argentina e México, que adotaram a ISI. Dentro disso, Krugman aponta que a ISI não obteve sucesso, em razão do modelo de investir em indústria nascente não ser verificado em todos os casos. Um exemplo que demostra a esterilidade do modelo encontra-se justamente pelos países pobres não possuírem alguns elementos que seriam relevantes para o sucesso das indústrias nascentes que obtiveram investimentos significativos para restringir a entrada de produtos importados. Entre os tais elementos destacam-se: mão-de-obra qualificada, oferta diversificada de insumos, energia para o abastecimento das indústrias, empreendedores e competências gerenciais, entre outros. 
	Em suma, esses entraves encontram resistência para serem solucionados apenas pela política comercial. Para Krugman, a solução abrange, sobretudo, a política econômica. Seguindo sua linha de pensamento, métodos excessivamente complexos deterioram os efeitos da proteção. Exemplo disso são as cotas, controles cambiais e políticas regulatórias sobre tarifas simples tornam difícil medir o nível de proteção.
2) Segundo Chang (2006), qual o papel da política comercial no desenvolvimento industrial dos países do Leste Asiático? Qual a sua justificativa para o seu sucesso? 
 Em seu argumento, o autor posiciona-se notadamente contra a doutrina das vantagens comparativas e as medidas liberais proscritas para o desenvolvimento. Entretanto, não por esta doutrina possuir uma falha lógica, mas sim porque ela pouco diz sobre a relações entre comércio, política comercial e desenvolvimento econômico. Além disso, Chang demonstra como os próprios países quebraram os princípios que eles mesmos descrevem para alcançar o desenvolvimento. O autor fundamenta esta perspectiva sob o argumento de que a doutrina das vantagens comparativas é um arcabouço estático que nos diz quanto ganhamos com a especialização, de acordo com a nossa dotação de fatores atuais, mas não muito sobre o que nós temos que fazer para melhorar nossa posição ao longo do tempo (CHANG, 2006, p. 33).
 O desenvolvimento das indústrias infantes requer índices significativos na exportação, para que estes setores possam ser internacionalizados e fortalecerem seu desenvolvimento. Dada essas considerações, a importância de superávits na balança comercial, em um contexto de atraso no desenvolvimento econômico, não pode deixar de não ser enfatizado. Nota-se como a política comercial atua significativamente no sucesso das exportações, e este é um elemento fundamental para a promoção dos setores infantes, ao contrário do que a doutrinal convencional menciona sobre como deve ser o desenvolvimento de indústrias infantes (CHANG, 2006). Neste ponto, um importante aspecto, ao contrário do que matriz econômica liberal aponta, é que os superávits na exportação não significa que o país deve adotar a política do livre comércio. Como a experiência do leste asiático demostra, a relação entre os altos índices de exportações e o crescimento de novos setores pode ser grandemente auxiliada por políticas comerciais governamentais apropriadas.
 Além disso, cabe destacar a importância das trocas estrangeiras que podem ser utilizadas para adquirir novas tecnologias e constituem um elemento fundamental para o aprimoramento técnico destes setores produtivos. Sem o fornecimento estável destas trocas estrangeiras e consequente de novas tecnológicas, o desenvolvimento destes países, que não possuem independência de pesquisa, fica seriamente comprometido. 
 Os auxílios financeiros e relativos à informação do governo também podem ser cruciais para ajudas as empresas a exportarem. Em ordem, para promover as exportações das empresas, os governos do Leste Asiático forneceram significativas contribuições para exportação, os quais não podemos esquecer que também viola o princípio das vantagens comparativas. Estes incentivos estavam na forma de empréstimos subsidiados e drawbacks para exportações, descontos em tarifas de produtos de exportação e desvalorização cambial. Com isso, verifica-se como mesmos os países que se diziam aderentes do livre comércio estavam repletos de tarifas e restrições quantitativas. 
 Segundo Chang (2006), os governos do Leste Asiático forneceram informações nos mercados estrangeiros, geralmente através de agências governamentais de troca, como IETRO, no Japão e KOTRA, na Coréia do Sul. Além de utilizarem também o serviço diplomático para obter trocas informacionais. Havia ainda, porparte dos governos, esforços para promover o desenvolvimento de setores organizacionais privados nas quais podiam executar algumas funções como a associações de exportadores, associações industriais e companhias de trocas gerais.
 Em resumo, o segredo das políticas comerciais nos Estados do Leste Asiático foi simultaneamente coordenado na perseguição de proteção às indústrias emergentes para promover as exportações destas. O sucesso do programa dos setores infantes necessitou de índices crescentes nas exportações e isso foi sustentado por um ingresso contínuo de vantagens tecnológicas. Por outro lado, os sucessivos superávits na balança comercial destes países baseou-se pelo crescimento destes novos setores e a intervenção estatal se deu também em áreas de trocas gerenciamento, trocas provisões de créditos e mercados de serviço de informação. No contorno de um programa bem sucedido de indústria infantes, o princípio das vantagens comparativas pode ajudar, como também podem dar aos ‘polices markers’ alguns sentidos de qual é o preço que as economias deles pagam pela proteção destes novos setores. Entretanto, a utilidade do princípio das vantagens comparativas para apenas por aqui, pois elas não informam muito sobre como a economia pode maximizar estes retornos vindos de tal proteção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHANG, Ha-Joon. The East Asian Development Experience: the Miracle, the Crisis and the Future. Londrea: Zed Books, 2006.
KRUGMAN, Paul; OBSTFELD, Maurice. Economia Internacional: Teoria e Prática. São Paulo: Ed. Pearson Addinson Wesley, 2005.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
 
INSTITUTO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS
 
GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
 
DISCIPLINA : INTRODUÇÃO AO COMÉRCIO INTERNACIONAL
 
PROFESSOR : ALEX JOBIM
 
ALUNA: THAÍS CORRÊA DE ARAÚJO
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO 2 
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2017.2
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI
 
2017
 
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE 
INSTITUTO DE ESTUDOS ESTRATÉGICOS 
GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
DISCIPLINA : INTRODUÇÃO AO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
PROFESSOR : ALEX JOBIM 
ALUNA: THAÍS CORRÊA DE ARAÚJO 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO 2 – 2017.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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