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FILOSOFIA DO DIREITO CAIO BALDINI JOÃO GABRIEL STAMATO A Relação Entre o Amor Platônico e o Capitalismo Atualmente, vivemos em um sistema econômico capitalista, no qual o ter tem substituído o ser, talvez pela falta de amor próprio do ser humano contemporâneo, já que muitos tem se importado mais com o que o outro pensa do que com sua própria opinião. Vendo por este prisma, percebe-se que muitos acreditam que é melhor ter do que ser, já que neste mundo capitalista alguns dão mais valor ao que as pessoas aparentam do que o que elas realmente são. Com isso, muitos, deixam de lado sua essência. Essa valorização do ter torna as pessoas mais superficiais e interesseiras. No capitalismo, tudo é movido por dinheiro e tem quem acredite que até mesmo a felicidade. Dentro deste pensamento podemos fazer uma relação entre o capitalismo e o amor platônico, já que o amor platônico é o desejo por algo que não se tem, ou seja, quando se conquista o objeto, ou objetivo, não é mais amor, tendo em vista que o desejo passou. porém a felicidade está ali presente no momento da conquista, mesmo que de forma breve, já que em seguida aparecerá outro objeto ou objetivo. De certa forma o amor platônico é um combustível para o capitalismo e vice- versa em um looping infinito, já que enquanto houver um dos dois o outro existirá. Pessoas da área de marketing entendem como ninguém o porque disto, além de o aplicarem a relação de consumo. Exemplificando fica mais fácil. Os celulares são um grande exemplo. Queremos muito um celular, de modo que para realizar o desejo, o compramos. Porém, logo depois de comprá-lo, surge um novo modelo de celular, com apenas algumas poucas diferenças, diferenças essas que são suficientes para que a mídia novamente entre em nossas cabeças com a ideia de que a felicidade já tem um novo nome, e que de alguma forma precisamos tê-lo. O mais irônico de tudo isso é que assim que compramos o objeto que antes era desejado, logo este perde o brilho, pois novamente existem novos objetos de desejo, mais bonitos, sofisticados e tecnológicos, e a mídia novamente coloca em nossa cabeça a ideia de que a felicidade está ali, assim esse looping nunca se encerra.