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Evolução do Direito Empresarial no Brasil e no Mundo

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PUC Minas Virtual • 1 
 
1. Conceito e Fases do Direito Comercial: Evolução Histórica. 
Do comerciante ao empresário. 
Pontos Importantes: 
a) Nomenclatura 
O Direito Empresarial tem suas origens na Idade Média. Na verdade, era então chamado de Direito Co-
mercial. 
 
 
 
b) Definição e Relação com o Direito Civil 
Podemos definir o direito empresarial, na atualidade como sendo o ramo do direito privado que tutela as 
relações jurídicas daqueles que exercem atividade econômica organizada para a produção ou circulação 
de bens ou serviços, de forma profissional e com objetivo de lucro. 
O direito privado regula as relações entre particulares e seus bens na esfera privada. Disciplina, portanto, 
as pessoas, no que se refere a seu estado, suas relações familiares, sua sucessão, seu bens, as obriga-
ções e os contratos que assume 
Na esfera da atividade econômica podemos dizer que 
 
ATIVIDADE ECONÔMICA (Profissionalismo e intuito de lucro) 
DIREITO PRIVADO 
Atividades regidas pelo direito 
civil:- atividade de prestação de 
serviços intelectuais, sem orga-
nização na forma da empresa 
 
DIREITO PRIVADO 
Atividades regidas pelo direito 
empresarial: atividades econô-
micas organizadas para a produ-
ção ou circulação de bens ou 
serviço 
DIREITO PÚBLICO 
Normas de direito público apli-
cáveis à atividade econômica 
(Ex: regime de concorrência, 
direito do consumidor, direito 
tributário) 
 
 
Síntese da Unidade 1 
 
Daniella Bernucci Paulino 
 
 
As expressões são hoje sinônimas já que o direito comercial é hoje o direito das em-
presas, ou seja, o direito empresarial. Na verdade, as denominações – direito comer-
cial e direito empresarial – indicam o mesmo ramo da ciência jurídica. 
PUC Minas Virtual • 2 
Vale lembrar que a empresa (atividade econômica organizada) é regida por vários ramos do direito. Gravi-
tam, em torno da empresa, várias regras e normas jurídicas. 
 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas Virtual • 3 
c) Surgimento e Evolução Histórica 
Embora sempre tenha se regulado o comércio é, na Idade Média, com o surgimento e fortalecimento dos 
mercadores (burguesia mercantil) que surge a necessidade de se criar regras sistematizadas para tratar 
da atividade comercial. A partir daí, teremos o surgimento de um conjunto de regras organizado e destina-
do tão somente aos comerciantes. 
A discussão das fases do direito comercial nos leva sempre a buscar resposta para a seguintes indaga-
ções: 
 
 
 
 
Isso porque, desde o reflorescimento comercial na idade média, há a divisão do direito privado (dicotomia 
do direito privado) aplicando-se regras gerais para reger a atividade econômica geral (direito civil) e regras 
especiais para reger a atividade econômica empresarial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A quem se aplicam as normas especiais do Direito Empresarial? 
Qual é o objeto do Direito Empresarial? 
 
 ? 
REQUIÃO “Com a invasão bárbara e o retalhamento 
do território romano, inicia-se a fase feudal. Nos sécu-
los VIII e IX surgem em Bizâncio, oriundas das Insti-
tutas de Justiniano, as leis pseudórias e o jus greco-
romano incorporando os costumes Mediterrâneos, 
bem como a origem do direito comercial medieval. 
[...] no século XI se inicia o desenvolvimento econô-
mico da Europa, ainda mal visto pelos preceitos do 
direito canônico, o qual tem aversão às atividades 
lucrativas, citando o versículo bíblico de Deuteronô-
mio, 
 
 
Paulatinamente o homem promoveu uma série de evo-
luções que facilitaram o fluxo de mercadorias e as ati-
vidades comerciais, então foram criadas moedas, ban-
cos, bolsas de valores e diversos outros institutos. No 
entanto, nessas civilizações clássicas não havia uma 
legislação comercial especial, o que se inicia a partir 
da Idade Média. Ricardo Negrão (1999, p. 28-29), as-
sim assevera em relação ao comércio medieval:Nesse 
período, o comércio, estava ligado ao comércio itine-
rante: o comerciante levava mercadorias de uma cida-
de para outra através de estradas, em caravanas, 
sempre em direção a feiras que ocorriam e tornavam 
famosas as cidades européias [...] Em sua evolução, 
PUC Minas Virtual • 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
as feiras se especializam, surgem os mercados (feiras cobertas) [...] As lojas, 
cuja função é a venda constante, num mesmo local, surgem quase que simul-
taneamente às feiras [...] Os mascates completam o quadro de distribuição de 
mercadorias.É nessa época que se pode falar do surgimento de um direito or-
ganizado para o comércio vigente, afinal já existia um considerável sistema 
comercial em funcionamento, distante do sistema de trocas dos povos antigos. 
Então, diante da fragmentação social provocada pelo sistema feudal, tornou-se 
necessária a formação de associações, as chamadas corporações de ofício, 
nascedouro do Direito Comercial, que era baseado nos costumes e tradições 
dos comerciantes de então” http://jus.com.br/artigos/18219/evolucao-
historica-do- 
 
 
TOMAZETTE “Essa mudança foi provocada pela cri-
se do sistema feudal, resultado da subutilização dos 
recursos do solo, da baixa produtividade do traba-
lho servil, aliadas ao aumento da pressão exercida 
pelos senhores feudais sobre a população. Em fun-
ção da citada crise, houve uma grande migração 
que envolveu, dentre outros, os mercadores ambu-
lantes, que viajavam em grupos e conseguiram um 
capital inicial, que permitiu a estabilização de uma 
segunda geração de mercadores nas cidades, de-
senvolvendo um novo modo de produção.”“Assim, 
nascem as corporações de mercadores, onde se re-
únem os comerciantes, que detém riquezas, porém 
não possuem títulos de nobreza. 
Essas corporações visavam à proteção dos comerciantes frente ao decadente 
sistema feudal. Assim, vão paulatinamente ganhando poder político e militar, 
chegando a conseguir a autonomia de centros comerciais, como as cidades itali-
anas de Veneza, Florença e Gênova”. 
 
 
PUC Minas Virtual • 5 
FASES DA EVOLUÇÃO HISTÓRICA – Qual o objeto do direito empresarial? 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas Virtual • 6 
 
LEI Nº 556, DE 
25 DE JUNHO 
DE 1850. 
Código Comercial 
(revogado) 
 
 
DECRETO No 737, 
DE 25 DE 
NOVEMBRO 
DE 1850. 
Determina a ordem do 
Juizo no Processo 
Commercial 
(revogado) 
 
 
 
 
LEI Nº 10.406, DE 
10 DE JANEIRO 
DE 2002. 
Institui o Código 
Civil 
 
 
 
Art. 4 - Ninguém é reputado comerciante para efeito de gozar da proteção que este Código libe-
raliza em favor do comércio, sem que se tenha matriculado em algum dos Tribunais do Comér-
cio do Império, e faça da mercancia profissão habitual. 
Traduzindo o “Juridiques”: 
O comerciante é aquele que pratica como profissão atos de comércio (listados no reg. 737) e 
esse deve ter registro no órgão competente. 
 
 
• Art. 19. Considera-se mercancia: 
• § 1º A compra e venda ou troca de effeitos moveis ou semoventes para os vender por grosso ou a retalho, na mesma especie ou manufac-
turados, ou para alugar o seu uso. 
• § 2º As operações de cambio, banco e corretagem. 
• § 3° As emprezas de fabricas; de com missões ; de depositos ; de expedição, consignação e transporte de mercadorias; de espectaculos 
publicos. (Vide Decreto nº 1.102, de 1903) 
• § 4. Os seguros, fretamentos, risco, e quaesquer contratos relativos ao commercio maritimo 
• § 5. º A armação e expediç1to de navios 
• Traduzindo o “Juridiques”: 
• Considera-se um ato de comercio: 
• § 1º comprar e vender bens moveis ou que se movem (ex: um boi) no varejo ou atacado. Os bens pode ser vendidos como estão ou passar 
por um processo qualquer de industrialização. Também é ato de comercio trocar esses bens ou aluga-los. (atividade de comércio); 
• § 2º realizar operações bancárias. (Instituições Financeiras). 
• § 3° atividade de indústria, de deposito, de transporte e expedição de mercadorias e a organização de shows e outros espetáculos. 
• § 4.° atividades de gestão náutica para fins comerciais (seguro, fretamento, armação,expedição)• Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção 
ou a circulação de bens ou de serviços. 
• Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou ar-
tística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de 
empresa. 
• Traduzindo o “Juridiques”: 
• É empresário a pessoa jurídica ou física que exerce profissionalmente uma atividade organizada na forma de empresa 
(produz bens – indústria, por ex., circula bens, comércio, por ex. produz e circula serviços – prestadores de serviços, 
por ex. 
• O prestador de serviços intelectual, autônomo ou sociedade de prestadores de serviços intelectuais, mesmo que tenha 
colaboradores e empregados não é considerado empresário. Essa situação muda quando a atividade intelectual é exer-
cida como parte de uma organização empresarial. Nesse caso a atividade intelectual ela se despersonaliza, o prestador 
vira um organizador de serviços e outras, a atividade intelectual é inserida dentro de uma atividade empresarial 
 
 
LEIS PERTINENTES 
 
PUC Minas Virtual • 7 
 
2. O conceito de empresário 
A) Atualmente, é considerado empresário toda pessoa que exerce uma atividade econômica organizada 
para produzir ou circular bens ou serviços. 
 As sociedades anônimas serão sempre empresárias e as cooperativas simples, por força de lei. 
B) O prestador de serviços intelectuais no novo código civil 
 Enquanto se aplicava a teoria dos atos de comércio (aplicação do Direito Empresarial era restrita às 
pessoas listadas no rol de atos de comércio) estavam excluídas do regime jurídico do direito empresa-
rial três atividades: 
 
 
Mas, a situação do prestador de serviços intelectuais sempre foi vista de forma diversa. Esse prestador 
por critérios éticos e históricos sempre teve sua regulamentação apartada. 
O que é um prestador de serviços intelectuais? 
Como pode se essa atividade prestada? 
Porque ela é diferentemente regida sendo sempre separada das demais prestações de serviços? 
“A jurisprudência é firme em excluir o prestador de serviços intelectuais típico das profissões 
protegidas e regulamentadas. Estas atividades não podem constituir objeto da atividade em-
presarial, dado o caráter personalíssimo da prestação e da relação de confiança entre presta-
dor e cliente que caracteriza este tipo de atividade laboral [...] o prestador nestes casos não 
exercita uma atividade econômica organizada para produzir e circular bens ou serviços”. MA-
LATESTA 
PUC Minas Virtual • 8 
“Profissionais intelectuais são aqueles que produzem bens ou serviços sem que haja organi-
zação dos fatores de produção. Há, porém, pessoas que exercem profissionalmente uma ati-
vidade criadora de bens ou serviços, mas não devem e não podem ser considerados empre-
sários – referimo-nos às pessoas que exercem profissão intelectual – pela simples razão de 
que o profissional intelectual pode produzir bens, como fazem os artistas; podem produzir 
serviços, como fazem os chamados profissionais liberais; mas nessa atividade profissional, 
exercida por essas pessoas, falta aquele elemento de organização dos fatores da produção; 
porque na prestação desse serviço ou na criação desse bem, os fatores de produção, ou a 
coordenação de fatores, é meramente acidental; o esforço criador se implanta na própria 
mente do autor, que cria o bem ou o serviço”. MARCONDES 
 
 
 
Mas, prevê o Código, uma exceção. Se a prestação de serviços intelectuais se tornar um elemento de 
empresa, ele será considerado empresário 
E, o que é o elemento de empresa? Trata-se de uma situação na qual um prestador de serviços intelectu-
ais se torna empresário porque se torna um elemento (compondo uma empresa e a formando) de uma 
atividade empresarial. Tanto porque se torna o organizador dessa atividade (complexidade), como porque 
pode o serviço intelectual ser apenas uma das parcelas dos serviços prestados. Enfim, no caso concreto, 
se verifica a mudança na natureza da atividade (mas não no objeto que continua sendo um serviço artísti-
co, literário ou cientifico). Ela se despersonaliza. 
PUC Minas Virtual • 9 
 
 
 
 
 
 
PUC Minas Virtual • 10 
 
No que se refere ao elemento de empresa, tendemos a concluir que é o caráter personalista (ou sua au-
sência) que excluirá ou incluirá o prestador de serviços intelectuais na definição de empresário. Ainda que 
existam colaboradores estes não serão mais do que meros cooperadores, exercentes de atividades fins 
que auxiliarão o prestador de serviços intelectuais. É exclusivamente da mente deste – cerne da sua ativi-
dade – que surgirá o bem ou o serviço intelectual de natureza científica, literária ou artística”. STAJZN 
O trabalho intelectual seria um elemento de empresa quando representasse um mero componente, às 
vezes até o mais importante, do produto ou serviço fornecido pela empresa, mas não esse produto ou 
serviço em si mesmo. BORBA 
 
Exemplos: (Tavares Borba) 
A casa de saúde ou o hospital seriam uma sociedade empresária porque, não obstante o labor científico 
dos médicos seja extremamente relevante, é esse labor apenas um componente do objeto social, tanto 
que um hospital compreende hotelaria, farmácia, equipamentos de alta tecnologia, além de salas de cirur-
gia e de exames com todo um aparato de meios materiais. Já uma clínica médica, ou um laboratório de 
análises clínicas (uniprofissional ou não), compostos por vários profissionais sócios e contratados, ainda 
que dotados de uma estrutura organizacional, mas cujo produto fosse o próprio serviço médico, que se 
exerceria através de consultas, diagnósticos e exames, e que portanto teriam no exercício de profissão de 
natureza intelectual a base de sua atividade, seriam evidentemente uma sociedade simples. No primeiro 
caso (o hospital), o trabalho intelectual é uma elemento da empresa (um componente); no segundo caso 
(a clínica médica), o trabalho intelectual é o próprio serviço oferecido pela sociedade. 
Uma sociedade de pesquisa científica pura seria uma sociedade simples. Se, no entanto, a pesquisa se 
destina ao aperfeiçoamento dos produtos desenvolvidos industrialmente pela sociedade, o trabalho inte-
lectual não passaria de um componente elemento de empresa e a sociedade seria empresária. 
A sociedade que concebe roteiros para a televisão desenvolve um trabalho literário, próprio de sociedade 
simples, mas se esse trabalho é produzido pela própria sociedade que, concomitantemente, é uma emis-
sora de televisão, a criação literária seria elemento da empresa, e a sociedade seria empresária, posto 
que o produto final não seria a criação intelectual propriamente dita. 
Uma sociedade que reúna artistas plásticos, inclusive contratados, e que pintem e exponham apoiados em 
uma organização, seria simples, mas a sociedade que, a partir desse trabalho intelectual, promovesse a 
sua reprodução em série para distribuição no mercado, seria empresária. 
PUC Minas Virtual • 11 
E qual a consequência de ser considerado empresário? 
 
 
Leis Pertinentes 
Código Civl 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercan-
tis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual 
deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de 
sociedade empresária. 
02. Espécies de empresários e sua caracterização 
Lei 8934/94 – Lei de Registro de Empresas 
Dec 1800/96 – Registro de Empresas 
 
Código Civl 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a docu-
mentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
 
PUC Minas Virtual • 12 
Lei 11.101/2005 
Art.1o Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e 
da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. 
Art. 2o Esta Lei não se aplica a: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência 
complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade 
de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 
 
Pontos Importantes 
Os empresários podem ser pessoas físicas ou jurídicas. 
 
Empresários no Brasil 
Pessoa Jurídica Pessoa Física 
EIRELI Sociedades Empresárias Empresário Individual 
Responsabilidade da pessoa 
física é limitada a constituição 
do capital da Eireli. Não há 
responsabilidade pessoal. 
Responsabilidade da sociedade 
é ilimitada, mas a dos sócios 
pode ser limitada por lei, con-
forme o tipo societário. 
Responsabilidade pessoal e ilimitada. 
A firma ou denominação são 
acrescidas do termo EIRELI. 
Pode usar firma ou denomina-
ção ou optar entre as duas 
espécies, dependendo do tipo 
societário. 
Usa firma individual. 
Surgiu para oferecer uma 
alternativa de limitação da 
responsabilidade para quem 
quer exercer a atividade eco-
nômica isoladamente. 
As sociedades podem ou não ter 
personalidade jurídica. A socie-
dade que não se registra (soci-
edade em comum) é desperso-
nalizada. 
As sociedades limitadas e anô-
nimas precisar ter um docu-
mento escrito e registrado nas 
juntas para se constituir e ad-
quirir personalidade jurídica. 
a) Para adquirir a condição de empresário tem que 
praticar efetiva e profissionalmente a atividade 
econômica organizada e ter capacidade civil. 
b) O registro tem efeitos declaratórios e o torna 
regular. 
c) Os impedidos por lei, se exercerem a atividade 
não se tornam empresários, mas ficam obriga-
dos a responder pessoalmente pelas obrigações 
assumidas. 
 
 
 
 
PUC Minas Virtual • 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas sobre a EIRELI 
Motivação do legislador: 
“Antes da promulgação da Lei que introduziu a EIRELI o empresário pessoa física ficava respon-
sável pelas obrigações contraídas na atividade empresarial com todos os seus bens. Isso porque 
no Direito Brasileiro cada pessoa tem um único patrimônio. Logo, o patrimônio pessoal e o patri-
mônio reservado à atividade econômica são considerados um só e respondem integralmente por 
todas as obrigações assumidas pela pessoa física (tanto as “particulares” como as “empresariais). 
A atividade empresarial tem em si o risco. Assim era desinteressante ter todo o patrimônio com-
prometido com essa atividade. Sendo assim, era comum a criação de sociedades fictícias, com 
apoio de sócios de fachada, que não assumiam qualquer função ou poder na sociedade. Outra 
possibilidade era respassar os custos dessa responsabilidade para os bens ou serviços ofertados. 
Pontos Polêmicos da Lei 
1. Pode a EIRELI ser constituída por pessoa jurídica? 
2. É validade a limitação da lei de uma EIRELI por pessoa? 
3. O capital mínimo (100 vezes o salário mínimo) atende às necessidades dos empreendedores? 
4. Era necessário dar a EIRELI a condição de pessoa jurídica? 
 
Legislação pertinente: 
Art. 980-A. A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única 
pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 
100 (cem) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. 
§ 1º O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão "EIRELI" após a firma 
ou a denominação social da empresa individual de responsabilidade limitada. 
§ 2º A pessoa natural que constituir empresa individual de responsabilidade limitada somente 
poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade. 
§ 3º A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da concentração 
das quotas de outra modalidade societária num único sócio, independentemente das razões que 
motivaram tal concentração. 
§ 5º Poderá ser atribuída à empresa individual de responsabilidade limitada constituída para a 
prestação de serviços de qualquer natureza a remuneração decorrente da cessão de direitos pa-
trimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja detentor o titular da pessoa 
jurídica, vinculados à atividade profissional 
§ 6º Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as regras pre-
vistas para as sociedades limitadas. 
 
PUC Minas Virtual • 14 
3. Obrigações do empresário 
Pontos Importantes 
a) O empresário deve cumprir várias obrigações (trabalhista, previdenciárias, tributárias, etc.). No campo 
do direito empresarial deve o empresário. 
 
 
 
 
 
 
 
a.1) O Registro de Empresas 
Pontos Importantes 
Sistema de Registro 
(O antigo DNRC – Departamento Nacional de Registro de Comércio foi substituído pelo DREI – 
Departamento de Registro de empresas e Integração). 
 
 
PUC Minas Virtual • 15 
 
PUC Minas Virtual • 16 
 
 
 
Atos do registro de empresas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arquivamento: ato formal do registro relativo 
a constituição, alteração e extinção de empresários. 
Autenticação: ato formal do registro dos 
documentos de escrituração. 
 
Matrícula: ato de inscrição dos auxiliares do comércio. 
Assentamento: ato de registro dos usos e costumes 
comerciais de uma determinada localidade. 
 
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Consequências da falta de registro 
“A obrigação de arquivamento dos atos constitutivos, como ressaltado, é imprescindível á legalidade da 
atividade empresarial, bem como á aquisição, por parte das sociedades empresárias, de personalidade 
jurídica. Aquele que não cumprir esse dever será considerado empresário irregular ou de fato e, como 
conseqüência, sofrerá severas sanções, dentre elas: 
1) Não poderia, nos termos da antiga lei falimentar, requerer o benefício da concordata preventiva, salvo 
se seu passivo fosse inferior a 100 salários mínimos (Dec-Lei n. 7.661/45, art. 140 I) a concordata, me-
dida judicial de recuperação da empresa, que podia ser preventiva ou suspensiva, foi extinta pela nova 
lei falimentar, sendo substituída pelo instituto da recuperação judicial. Igualmente para requerê-lo, o 
devedor deverá comprovar que exerce regularmente suas atividades há mais de 2 anos e que atende a 
outros requisitos (Lei n. 11.101/2005, art. 48). Assim, aquele que não registrou seus atos constitutivos 
não exerce atividade regular, de modo que não poderá ser beneficiado pelo instituto da recuperação 
judicial de empresas. 
Cumpre aqui um parêntese de esclarecimento de modo que não sejam feitas confusões acerca do te-
ma falimentar. 
A nova Lei de Falência (lei n. 11.101/2005) disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial 
e a falência do empresário e da sociedade empresaria (art. 1°). A antiga lei falimentar (Dec.- Lei n. 
7.661/45) foi expressamente revogada pela nova lei (art.200), que entrou em vigor em 8 de junho de 
2005. Toda via, quanto aos procedimentos em curso, a nova lei assevera, em seu art. 192 que os pro-
cessos de falência e concordância já ajuizados anteriormente ao inicio de sua vigência serão concluí-
dos de acordo com a legislação anterior, co algumas ressalvas. Assim, antes da entrada em vigor da 
nova lei falimentar, aplicam-se ás falências e concordatas já ajuizadas os mandamentos do antigo De-
creto Lei n.7661/45. A nova lei incidirá, portanto, sobre os pedidos de falência ou de recuperação judi-
cial proposto a partir de 8 de junho de 2005. 
2) A empresa irregular não pode requerer a falência de um devedor seu, embora possa no pólo passivo 
de um pedido de falência, bem como requerer sua autofalência (Lei n. 11.101/2005, art. 97). A vedação 
impõe-se, pois o credor empresário que deseja requerer a falênciade seu devedor deve comprovar a 
regularidade de sua atividade mediante apresentação de certidão da Junta Comercial, que o empresá-
rio irregular não possui. Já para a decretação da falência de alguém, basta a efetiva pratica de ativida-
de empresarial e não a regularidade registral. 
3) Os livros comerciais de empresa irregular sem registro não poderão ser autenticados e, conseqüente-
mente, não gozarão de eficácia probatória em seu favor. 
4) As sociedades irregulares sem registro não poderão participar de licitações públicas nem contratar com 
o Poder Público. 
5) Os sócios de sociedade irregulares responderão solidaria e ilimitadamente pelas obrigações da empre-
sa (art.990) 
PUC Minas Virtual • 19 
6) As sociedades não poderão ter Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), respondendo pelo des-
cumprimento das obrigações tributarias disso decorrentes. Não terão, por exemplo, como emitir nota 
fiscal. 
7) As sociedades e os empresários não serão cadastrados junto ao INSS e arcarão com as sanções de-
correntes dessa irregularidade, inclusive penais, dependendo do caso. 
8) Os bens e dividas sociais serão patrimônio comum dos sócios, ou seja, não haverá autonomia entre o 
patrimônio da sociedade e o dos sócios. Os bens de ambos responderão ilimitadamente pelas obriga-
ções sociais (art. 988). 
9) Os sócios só provarão as relações entre si e com terceiros por escrito (art. 987) 
10) Não poderá ser adotada a forma de microempresa, não se beneficiando das vantagens disso decor-
rentes. 
Cumpre ressaltar ainda que a proteção ao nome empresarial (firma ou denominação) decorre automati-
camente do arquivamento dos atos constitutivos na Junta Comercial”. 
 
Leis Pertinentes 
Código Civl 
Art. 1.150. O empresário e a sociedade empresária vinculam-se ao Registro Público de Empresas Mercan-
tis a cargo das Juntas Comerciais, e a sociedade simples ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, o qual 
deverá obedecer às normas fixadas para aquele registro, se a sociedade simples adotar um dos tipos de 
sociedade empresária. 
02. Espécies de empresários e sua caracterização 
Lei 8934/94 – Lei de Registro de Empresas 
Dec 1800/96 – Registro de Empresas 
a) Os livros 
Pontos Importantes 
Definição : livro é um documento contábil no qual o empresário realiza sua escrituração. 
Espécies: obrigatório (comum e especial) e facultativo 
Valor probante: O livro é um documento particular, sigiloso e unilateral. Faz sempre prova contra o em-
presário e a seu favor se estiver em perfeitas condições e houver outra prova corroborando as alega-
ções. 
Requisitos de validade: intrínsecos e extrínsecos. 
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Exibição- pode ser judicial ou administrativa. No caso da judicial pode ser integral ou parcial. A lei prevê 
uma lista taxativa de hipóteses nas quais o livro tem que ser exibido por inteiro, resultando no seu de-
posito no juízo competente. A exibição parcial ocorre sempre que o Juiz, em um caso concreto, enten-
der que partes do livro são necessárias para esclarecer pontos na lide. No caso da administrativa ape-
nas para as autoridades com poderes de fiscalização. 
 
 
Leis Pertinentes 
Código Civl 
OBRIGACAO DE ESCRITURAR 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, 
mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a docu-
mentação respectiva, ... 
ESPECIES DE LIVROS 
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados. 
TRATAMENTO DIFERENCIADO § 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a 
que se refere o art. 970. 
LIVRO OBRIGATORIO COMUM 
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por 
fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço 
patrimonial e do de resultado econômico. 
REQUISITO EXTRINSECO OU EXTERNO DE VALIDADE 
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de pos-
tos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis. 
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empre-
sária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios. 
REQUISITOS INTRINSECOS OU INTERNOS 
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabi-
lista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. 
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Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem 
cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou 
transportes para as margens. 
EXIBIÇÃO DOS LIVROS: HIPOTESES 
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer 
pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária 
observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei. 
EXIBIÇÃO INTEGRAL 
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando neces-
sária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à 
conta de outrem, ou em caso de falência. 
EXIBIÇÃO PARCIAL § 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requeri-
mento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na 
presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nome-
adas, para deles se extrair o que interessar à questão. 
§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz. 
SANÇAO PELA RECUSA EM EXIBIR 
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judi-
cialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos 
livros. 
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário. 
EXIBIÇÃO ADMINISTRATIVA 
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, 
não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos 
termos estritos das respectivas leis especiais. 
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a es-
crituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição 
ou decadência no tocante aos atos neles consignados. 
As demonstrações contábeis e financeiras: 
b) Pontos Importantes: O empresário e a sociedade empresária são obrigados a levantar anualmente o 
balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
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c) Leis Pertinentes 
Código Civil 
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, 
atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o 
ativo e o passivo. 
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em 
caso de sociedades coligadas. 
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanha-
rá o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial. 
Casos Julgados sobre exibição de livros 
 
 
4. Nome empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Leis Pertinentes 
Art. 1.155. Considera-se nome empresarial a firma ou a denominação adotada, de conformidade com este 
Capítulo, para o exercício de empresa. 
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituídapor seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, 
se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade. 
Art. 1.157. A sociedade em que houver sócios de responsabilidade ilimitada operará sob firma, na qual 
somente os nomes daqueles poderão figurar, bastando para formá-la aditar ao nome de um deles a ex-
pressão "e companhia" ou sua abreviatura. 
Art. 1.158. Pode a sociedade limitada adotar firma ou denominação, integradas pela palavra final "limitada" 
ou a sua abreviatura. 
§ 1o A firma será composta com o nome de um ou mais sócios, desde que pessoas físicas, de modo indi-
cativo da relação social. 
§ 2o A denominação deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou 
mais sócios. 
§ 3o A omissão da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidária e ilimitada dos administrado-
res que assim empregarem a firma ou a denominação da sociedade. 
Art. 1.159. A sociedade cooperativa funciona sob denominação integrada pelo vocábulo "cooperativa". 
Art. 1.160. A sociedade anônima opera sob denominação designativa do objeto social, integrada pelas 
expressões "sociedade anônima" ou "companhia", por extenso ou abreviadamente. 
Parágrafo único. Pode constar da denominação o nome do fundador, acionista, ou pessoa que haja con-
corrido para o bom êxito da formação da empresa. 
Art. 1.161. A sociedade em comandita por ações pode, em lugar de firma, adotar denominação designativa 
do objeto social, aditada da expressão "comandita por ações". 
Art. 1.162. A sociedade em conta de participação não pode ter firma ou denominação. 
Art. 1.163. O nome de empresário deve distinguir-se de qualquer outro já inscrito no mesmo registro. 
Parágrafo único. Se o empresário tiver nome idêntico ao de outros já inscritos, deverá acrescentar desig-
nação que o distinga. 
Art. 1.165. O nome de sócio que vier a falecer, for excluído ou se retirar, não pode ser conservado na firma 
social. 
Art. 1.166. A inscrição do empresário, ou dos atos constitutivos das pessoas jurídicas, ou as respectivas 
averbações, no registro próprio, asseguram o uso exclusivo do nome nos limites do respectivo Estado. 
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Parágrafo único. O uso previsto neste artigo estender-se-á a todo o território nacional, se registrado na 
forma da lei especial. 
 
 
 
 
5. Estabelecimento Empresarial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leis Pertinentes 
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, 
por empresário, ou por sociedade empresária. 
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transfe-
rência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado 
pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data 
do vencimento. 
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrên-
cia ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. 
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Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste 
artigo persistirá durante o prazo do contrato. 
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contra-
tos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros 
rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, res-
salvada, neste caso, a responsabilidade do alienante. 
 
 
6. Propriedade Industrial

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