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AULA EXAME FÍSICO NEUROLÓGICO

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EXAME FÍSICO 
NEUROLÓGICO
Aula 06
Prof. Ma. Joyce Freitas
Introdução
• O exame neurológico é complexo e extenso, fato que, às vezes, dificulta sua
realização
• O objetivo da avaliação neurológica conduzida pelo enfermeiro compreende a
realização do exame neurológico inicial na admissão do paciente, a identificação
de disfunções no sistema nervoso, a determinação dos efeitos dessas disfunções
na vida diária do indivíduo e a detecção de situações de risco de vida.
• A frequência de realização desse exame dependerá das condições de admissão e
da estabilidade do paciente.
Anamnese
Modo de instalação 
e evolução 
cronológica dos 
sintomas
Início da doença
Exames e 
tratamentos 
realizados
Antecedentes 
pessoais
Antecedentes 
familiares
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008)
Alterações do ritmo de 
sono, perdas de 
consciência, possíveis 
acidentes e 
traumatismos, cirurgias, 
parasitoses,
alergias e doenças 
venéreas.
devemos questionar
sobre patologias hereditárias, como 
esclerose tuberosa, degeneração 
muscular
progressiva, entre outras.
abordar os dados 
referentes a condições de 
habitação e alimentação 
(avitaminoses), vícios, 
trabalho e condições 
emocionais (histeria).
• Para essa avaliação, utiliza-se o Mini-Mental State Examination (Mini-exame do Estado Mental
(MEEM)) universalmente adotado e de fácil aplicação.
• Orientação, a retenção, a atenção e cálculo, a evocação e a linguagem
Avaliação do estado mental
Avaliação do estado mental
Para saber o resultado do teste deve-se somar todos os pontos 
obtidos durante o teste e depois comparar com os intervalos 
abaixo. A pessoa é considerada com defeito cognitivo quando a 
pontuação é igual ou inferior a:
•Em analfabetos: 18
•Em pessoas com escolaridade entre 1 a 3 anos: 21
•Em pessoas com escolaridade entre 4 a 7 anos: 24
•Em pessoas com mais de 7 anos de escolaridade: 26
• Existem inúmeros termos para descrever alterações no nível de consciência.
Avaliação do nível de consciência
• Lúcido
• Letárgico – sonolência
• Torporoso – diminuição da sensibilidade
• Coma
• A Escala de Coma de Glasgow (ECG) tem sido amplamente utilizada para deter minar e avaliar a 
profundidade e a duração do coma e prognosticar a evolução dos pacientes com ou sem trauma 
cranioencefálico. A avaliação tanto da função e do dano cerebral quanto da evolução do nível de 
consciência é feita com base em três indicadores:
Avaliação do nível de consciência
Avaliação do nível de consciência
Avaliação do nível de consciência
Mudança na forma de representação dos resultados
Para escrever o resultado da avalição você escreverá a letra da etapa e a pontuação, e depois somará os números: 
Exemplo: O3V4M6 = 13 
Avaliação pupilar
• O exame das pupilas deve ser realizado
observando-se o diâmetro, a simetria e a reação à
luz.
• Na avaliação das pupilas, deve-se sempre
comparar uma pupila com a outra.
• O diâmetro pupilar é mantido pelo sistema
nervoso autônomo sendo que o simpático dilata a
pupila (midríase) e o parassimpático a contrai
(miose).
• O diâmetro da pupila varia de 1 a 9 mm, sendo
considerada uma variação normal de 2 a 6 mm,
com um diâmetro médio em torno de 3,5 mm
Avaliação pupilar
Função motora e tônus muscular
• Observa-se se os movimentos são realizados em toda a sua amplitude.
• Alterações: hipotonia, hipertonia, paresia
Hipertonia Hipotonia
• A hipertonia consiste num aumento anormal do tônus muscular e da
redução da sua capacidade de estiramento (aumento da rigidez)
• A hipotonia é uma condição na qual o tônus muscular está anormalmente
baixo, geralmente envolvendo redução da força muscular.
Paresia facial
É perda de movimentos da face ocasionada por problemas nos nervos. Associados ou não à 
hiperacúsia, xeroftalmia, perda do paladar nos 2/3 anteriores da língua
• Prova dedo-nariz, movimentos
alternados
Ataxia, dismetria.
Coordenação
•
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
Dismetria
Avaliação da marcha ou equilíbrio dinâmico: disbasia
Avaliação do equilíbrio estático: astasia, distasia
Força muscular
A avaliação da função motora mede a força dos membros superiores e inferiores, com a finalidade de 
verificar a dependência ou independência do paciente para realizar atividades diárias. 
Durante a avaliação, um membro é sempre comparado com o seu par contralateral.
A técnica utilizada para a avaliação da força muscular depende do nível de consciência do paciente.
Pescoço e coluna cervical
Limitação dos movimentos Sinal de Brudzinsky Sinal de Kernig
Coluna lombossacra
Limitação dos movimentos Prova de estiramento da raiz nervosa Sinal de Lasegue
Avaliação dos nervos cranianos
• Sensação olfativa.
• Alterações:
-Hiposmia: redução do olfato
-Anosmia: ausência do olfato
-Cacosmia
desagradável
sensação olfativa
na ausência de
dequalquer substância capaz
originar odor.
I – OLFATÓRIO
I I- ÓPTICO
• Acuidade visual, campo visual e fundoscopia.
• Alterações:
-Hemianopsia: ausência da
visão em metade do campo
visual de cada olho.
-Ambliopia: diminuição da 
acuidade visual.
-Amaurose: perda total da 
visão.
Fonte: Google Imagens
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
III- OCULOMOTOR; IV – TROCLEAR; VI –
ABDUCENTE
• Motilidade dos globos oculares.
• É observada a presença de queda da pálpebra superior
(ptose) e os reflexos pupilares.
• É testada a capacidade de movimentar o olho além da
linha média, seja espontaneamente ou enquanto o
indivíduo fixa um alvo.
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
• Alterações:
Fonte: Google Imagens
- Paralisia aguda do nervo abducente esquerdo:
Fonte: Google Imagens
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
V- TRIGÊMEO
• Sensação facial, reflexo córneo e mastigação.
• São testadas a sensação de áreas afetadas da face e a fraqueza ou
paralisia dos músculos que controlam a capacidade da mandíbula 
de cerrar os dentes.
• Reflexo córneopalpebral.
Fonte: Google Imagens (POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
VII- NERVO FACIAL
• Avaliar a simetria dos movimentos faciais, enquanto o paciente
sorri, assobia, eleva as sobrancelhas.
•
-
-
-
Alterações:
Hemiparesia facial
Paralisia da face
Desvio da boca
Fonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens (POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
VIII- VESTIBULOCOCLEAR
• Sensibilidade auditiva.
• Percepção do movimento e equilíbrio.
• Alterações:
hipoacusia,
Sinal de Romberg (desequilíbrio do corpo),
desvio lateral durante a marcha.
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
Diminuição da audição
IX- GLOSSOFARÍNGEO; X – VAGO
• Avaliar a sensibilidade gustativa
língua.
do terço posterior da
• Reflexo de deglutição e de vômito.
• Alteração: Ausência ou assimetria do
palato mole, disfagia.
XI- ACESSÓRIO
• Movimento do trapézio e rotação da cabeça.
• Observar a presença de fraqueza
do pescoço.
ou atrofia dos músculos
XII – HIPOGLOSSO
• Observar simetria e posição da
língua.
• Alterações: atrofia, tremores,
presença de desvio.
Fonte: Google Imagens
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
Reflexos
•
•
Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza.
Alterações: espasmo clônico, hiperreflexia, hiporreflexia, sinal
positivo de Babinski.
Fonte: Google ImagensFonte: Google Imagens
Fonte: Google Imagens
(POTTER;PERRY,2013; PORTO, 2008; MORTON;FONTAINE, 2014)
Espasmos Clônicos
Hiperreflexia ou hiporreflexia
Sinal de Babinski
Espasmo é a contração muscular
involuntária,súbita, anormal e
geralmente acompanhado de
uma dor localizada e
enrijecimento prolongado do
músculo (espasmo tônico) ou
uma série de contrações
muscular involuntárias
alternando com relaxamento
(espasmo clônico).
Hiperreflexia é definido como
reflexos muito ativos ou
responsivos em excesso
Hiporreflexia: Diminuição ou
fraqueza dos reflexos do corpo
humano.
O termo sinal de Babinski refere-se
ao sinal do reflexo plantar patológico,
quando há a extensão do hálux (1º
dedo do pé). A presença do reflexo
(extensão do hálux) é uma reação
normal em crianças até 2 anos de
idade. Em adultos indica lesão
neurológica (medula espinhal ou
cérebro)

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