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Conceitos de Garantia de Qualidade em Radiodiagnóstico

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Resumo
O trabalho apresenta alguns dos controles de qualidade exigidos pela Portaria 453/98 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde assim é possível produzir radiografias de com um ótimo padrão de qualidade. Os testes de controle de qualidade são parte do programa de garantia de qualidade que deve ser implantado em toda instalação de radiodiagnóstico e nos equipamentos e acessórios. Para garantia ser valida como prevê no programa de garantia de qualidade, deve incluir o seguinte conjunto mínimo de testes de constância, com frequência mínima: bianuais, anuais, semestrais e semanais. Todo profissional da área de radiodiagnóstico médico sabe que devido à falta de pessoas para fiscalizar as unidades de radiologia, muitas unidades mantém uma inadequada utilização qualidade tanto nos equipamentos quanto nos acessórios de radiologia, Atualmente o controle de qualidade é um fator muito importante em todos os setores inclusive o da área da saúde, a falta de controle e garantia de qualidade dos equipamentos e acessórios que são indispensáveis para a prática da radiologia.
 
 
 Sumário
Sumário..........................................................................................................Pág 2 a Pág 5
Introdução..................................................................................................................Pág 6
Unidade 1 - Conceitos gerais de Controle e Garantia da Qualidade em Radiodiagnóstico.........................................................................................................Pág 7
1.1 - Conceituação nos Elementos Envolvidos no Serviço de Radiodiagnóstico: Filme, Câmara Escura, Processamento, Equipamentos, Equipe e Qualificação Profissional..................Pág 7
1.2 - Conceitos Sobre Controle e Garantia da Qualidade..............................................Pág 7
Unidade 2 - Filme radiográfico e Propriedades Fotográficas.........................................Pág 8
2.1 - Exposição.............................................................................................................Pág 8
2.2 - Densidade de Óptica.............................................................................................Pág 9
2.3 - Curva Característica.............................................................................................Pág 9
2.4 - Contraste............................................................................................................Pág 10
2.5 - Velocidade..........................................................................................................Pág 10
2.6 - Latitude..............................................................................................................Pág 10
2.7 - Sensitometria, Traçando a Curva Característica..................................................Pág 11
Unidade 3 - Câmara Escura e Processamento..............................................................Pág 11
3.1 - Estruturação de uma Câmara Escura Manual e Automática................................Pág 11
3.1.1 - Acessório de Câmara Escura e Suas Aplicações.................................................Pág 11
3.1.2 - Dimensionamento da Frequência de Luz de Segurança......................................Pág 12
3.2 - Definições das Ações dos Compostos Químicos.................................................... Pág 12
3.2.1 - Procedimento do Preparo dos Compostos...........................................................Pág 12
3.3 - Sistema de Processamento Manual.......................................................................Pág 13
3.3.1 - Fases do Processamento e Químicos Utilizados...................................................Pág 14
3.4 - Sistema de Processamento Automático..................................................................Pág 14
3.4.1 - Fases do Processamento e Químicos Utilizados......................................Pág 14 a Pág 17
3.4.2 - Desmontagem e Montagem de Processadora.......................................................Pág 17
3.5 - Processamento de Limpeza do Sistema Manual e Automático.................Pág 17 a Pág 18
3.6 - Processamento de Manutenção em Processadoras..................................................Pág 18
Unidade 4 - P C Q nos Processamentos Manuais e Automáticos.......................................Pág 19
4.1 - Testes Sensitométricos............................................................................................Pág 19
4.2 - Levantamento da Curva Característica e Seleção dos Pontos de Interesse...............Pág 19
4.3 - Teste Sensitométrico da Câmara Escura (Teste dos 4 minutos)...............................Pág 20
4.4 - Teste Sensitométrico de Controle da Processadora..................................................Pág 20
4.5 - Teste de Taxa de Reposição....................................................................................Pág 20
4.6 - Teste do PH...........................................................................................................Pág 20
4.7 - Teste de Temperatura.............................................................................................Pág 20
4.8 - Teste de Contato Tela Filme...................................................................................Pág 21
4.9 - Teste Residual de Revelador e Fixador do Filme.....................................................Pág 21
4.10 - Manutenção de Chassis e Écran............................................................................Pág 22
Unidade 5 - Parâmetros de Avaliação de Filmes Radiográficos.......................................Pág 23
5.1 - Desenvolvimento de Planilhas em Análise de Imagens Rejeitadas.............Pág 23 a Pág 24
5.1.1 - Rejeição por Erro de Câmara Escura....................................................Pág 24 a Pág 25 
5.1.2 - Rejeição por Erro Técnico...................................................................................Pág 25
5.1.3 - Rejeição por Rrro de Equipamentos....................................................................Pág 25
5.1.4 - Análise dos Indicativos de Erro.............................................................Pág 25 a Pág 26
5.1.5 - Sugestões de Procedimentos de Correções...........................................................Pág 26
5.2 - Parâmetros de Qualidade de Imagens....................................................................Pág 27
5.2.1 - Parâmetros de Imagens da Região Torácica........................................................Pág 27
5.2.2 - Parâmetros de Imagens da Região Abdominal......................................Pág 27 e Pág 28
5.2.3 - Parâmetros de Imagens do Esqueleto Apendicular..............................................Pág 28
5.2.4 - Parâmetros de Imagens do Crânio Neural e Visceral...........................................Pág 29
Unidade 6 - Controle de Qualidade em Equipamentos de Radiodiagnóstico...................Pág 29
6.1 - Procedimentos para Avaliação da Radiação de Fuga...............................Pág 29 e Pág 30
6.1.1 - Teste de Radiação de Fuga do cabeçote...............................................................Pág 30
6.1.2 - Levantamento Radiométrico...............................................................................Pág 30
Unidade 7 - Controle de Qualidade em Equipamentos de Raio-X Convencional.............................................................................................................Pág 30 e Pág 31 
7.1 - Teste de Controle de Qualidade............................................................................Pág 31
7.2 - Teste de Sistema de Colimação e Alinhamento do Eixo Central do Feixe de Raio-XPág 31
7.3 - Teste de Exatidão e Reprodutibilidade da Tensão do Tubo...................................Pág 32
7.4 - Teste de Reprodutibilidade e Linearidade da Taxa de KERMA no Ar..................Pág 32
7.5 - Teste de Rendimento do Tubo de Raio-X.............................................................Pág32
7.6 - Teste de Exatidão e Reprodutibilidade do Tempo de Exposição............................Pág 33
7.7 - Teste de Reprodutibilidade do Controle Automático de Exposição.......................Pág 33
7.8 - Teste de Camada Semiredutora (CSR)................................................................Pág 33
7.9 - Teste do Ponto Focal............................................................................Pág 33 a Pág 34
7.10 - Teste da Dose de Entrada da Pele.....................................................................Pág 34
7.11 - Teste de Alinhamento de Grade........................................................................Pág 34
Unidade 8 - Controle de Qualidade de Equipamntos de Raio-X com Fluoroscopia......Pág 34
8.2 - Teste de Tempo Acumulado de Fluoroscopia......................................................Pág 35
8.3 - Teste de KERMA no Ar Típica e Taxa de KERMA no Ar na Entrada da Pele do Paciente...................................................................................................................Pág 35
8.4 - Teste de Resolução Espacial de Alto Contraste..................................................Pág 35
8.5 - Teste de Discriminação de Baixo Contraste.........................................Pág 35 a Pág 36
8.6 - Teste de Colimação do Feixe de Raio-X.............................................................Pág 36
8.7 - Teste de Ajuste Automático da Abertura do Colimador.....................................Pág 36
Unidade 9 - Controle de Qualidade de Equipamentos de Raio-X Odontológicos.........Pág 36
9.1 - Teste de Tamanho de Campo.............................................................................Pág 37
9.2 - Teste de Exatidão e Reprodutibilidade da Tensão do Tubo................................Pág 37
9.3 - Teste de Exatidão e Reprodutibilidade do Tempo de Exposição..........................Pág 37
Unidade 10 - Controle de Qualidade de Tomógrafos Computadorizados.......Pág 37 e Pág 38
10.1 - Teste do Sistema de Colimação do Feixe de Raio-X..........................................Pág 38
10.2 - Teste de Alinhamento da Mesa em Relação ao Gantry......................................Pág 38
10.3 - Teste de Deslocamento Longitudinal da Mesa...................................................Pág 39
10.4 - Teste de Inclinação do Gantry..........................................................................Pág 39
10.5 - Teste de Ruído, Exatidão, e Uniformidade de Número CT...................Pág 39 a Pág 40
10.6 - Teste de Resolução Espacial de Alto Contraste..................................................Pág 40
10.7 - Teste de Espessura de Corte..............................................................................Pág 40
10.8 - Teste de Dose Média em Cortes Múltiplos (MSAD)............................................Pág 40
Unidade 11 - Controle de Qualidade em Mamógrafos....................................Pág 40 a Pág 41
11.1 - Teste de Reprodutibilidade do AEC (Controle Automático de Exposição)..........Pág 41
11.2 - Teste de Desempenho do AEC...........................................................................Pág 41
11.3 - Teste de Desempenho do Controle de Densidade................................................Pág 42
11.4 - Teste de Força de Compressão...........................................................................Pág 42
11.5 - Teste de Qualidade da Imagem..........................................................................Pág 42
 
Introdução
Quando o assunto é diagnóstico por imagem, uma das questões pertinentes é o controle de qualidade dos equipamentos. Quanto é possível conar nos aparelhos onde se realizam os exames? Pequenas alterações no processo de aquisição das imagens podem gerar gigantescas divergências no resultado. Isto é, problemas de regulagem e manutenção de equipamentos (ressonância magnética, tomógrafo, raio-x) podem gerar exames com imagens não dedignas ao paciente. Isso pode levar o médico radiologista a diagnosticar alguma doença que o paciente não apresenta (o chamado “falso-positivo”). Em outros casos, pode haver  “falsos-negativos”, em que não se diagnostica alguma alteração ou doença que precise ser tratada. Portanto, é de extrema importância estabelecer um controle de qualidade, a parametrização e a manutenção dos equipamentos utilizados em centros de diagnóstico por imagem.
Unidade 1 – Conceitos Gerais de Controle e Garantia de Qualidade em Radiodiagnóstico:
Em radiodiagnóstico médico, o objetivo de um Programa de Garantia de Qualidade é produção continuada de imagens de alta qualidade com mínimo de exposição para os pacientes e operadores, segundo as normas vigentes.
1.1 - Conceituação dos elementos envolvidos no serviço de Radiodiagnóstico:
Filme: O filme radiográfico é o responsável pela formação e armazenamento da imagem radiográfica. Ele é o receptor dos fótons de raios X que conseguem emergir da tela intensificadora. Estes fótons sensibilizam o filme, formando a imagem. Câmara Escura: É o lugar na qual se desenvolvem os processos de revelação, fixação e lavagem das películas radiográficas, onde se carregam e descarregam os chassis. Deve ser localizada no centro de todas as salas, tendo comunicação direta. Divide-se em duas partes: Seca e Úmida. Na parte seca é onde ficam as colgaduras, filmes chassis e demais utensílios. Na parte úmida é onde encontramos os tanques nos quais os filmes serão submetidos aos diversos banhos necessários. Processamento: O processamento radiográfico tem como objetivo tornar a imagem latente (virtual), existente no filme, em imagem visível e permanente. Isto acontece através de um conjunto de reações químicas entre a emulsão do filme e as soluções reveladoras e fixadoras. Equipamentos: Existem diversos equipamentos que emitem radiação ionizante em radiologia, tais como: Raios-X Convencional; Raios-X Telecomandado (fluoroscopia); Mamografia; Densitometria Óssea; Tomografia Computadorizada; Cinefluoroscopia; Equipamento de Raios-X Móvel. Equipe: A equipe de radiologia é multidisciplinar, composta por técnicos e/ou tecnólogos em radiologia, e em muitos casos enfermeiros, técnicos em enfermagem, cardiologistas, ortopedistas, cirurgiões vasculares, neurologistas, e outros profissionais que muitas vezes não têm formação em proteção radiológica. Qualificação Profissional: Qualificar-se é desenvolver habilidades e especializar-se em determinadas áreas para executar da melhor forma suas atribuições. No caso da Radiologia existem as seguintes opções: Aperfeiçoamento de Exames, Odontologia, Radioterapia, Auditoria, Gestão e Veterinária.
1.2 – Conceitos sobre Controle e Garantia de Qualidade:
As normas vigentes listam como objetivos da implementação do Programa de Garantia de Qualidade (PGQ), integrante do Programa de Proteção Radiológica: Verificar, através dos testes de constância, a manutenção das características técnicas e requisitos de desempenho dos equipamentos de raios-x e do sistema de detecção/registro de imagem; Identificar, levando-se em consideração as informações fornecidas pelos fabricantes, possíveis falhas de equipamentos e erros humanos que possam resultar em exposições médicas indevidas e promover as medidas preventivas necessárias; Evitar que os equipamentos sejam operados fora das condições exigidas neste regulamento e assegurar que as ações reparadoras necessárias sejam executadas prontamente, mediante um programa adequado de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; Estabelecer e implementar padrões de qualidade de imagem e verificar a sua manutenção; Determinar os valores representativos das doses administradas nos pacientes em decorrência dos exames realizados no serviço e verificar se podem ser reduzidas, levando-se em consideração os níveis de referência de radiodiagnóstico estabelecidos neste Regulamento; Verificar a adequação da calibração e das condições de operação dos instrumentos de monitoração e de dosimetria de feixe; Averiguar a eficácia do programa de treinamento implementado.
Unidade 2
Filme Radiográficoe propriedades fotográficas:
Meio usado para registrar a imagem radiográfica depois de ter sido exposta à radiação X e processado nas soluções adequadas. O filme radiográfico compreende quatro componentes básicos; Uma base plástica, feita de acetato de celulose claro e transparente que atua como um suporte para a emulsão, mas não influi na imagem final. Uma fina camada de adesivo que fixa a emulsão na base. A emulsão em ambos os lados da base está composta de cristas de halogenado de prata (geralmente brometo) envoltos em uma matriz de gelatina. Os fótons de raios X sensibilizam os cristais de halogenados de prata que são por eles atingidos; estes cristais sensibilizados serão posteriormente reduzidos à prata negra metálica visível no processamento. Uma camada protetora de gelatina transparente para proteger a emulsão de acidentes mecânicos.
2.1 – Exposição:
Um estudo completo das técnicas radiológicas inclui todos os fatores ou variáveis relacionados à precisão da reprodução das estruturas e tecidos radiográficos ou em outros receptores de imagem. As três variáveis que podem, ser ajustadas no painel de controle do aparelho de raios X são: Kv, mA, Seg. A miliamperagem e o tempo, geralmente são combinados em uma fusão, isso acontece com a multiplicação dos valores, dessa multiplicação cria-se o mAs, esse valor é obtido nas fórmulas, a partir desse resultado efetua-se um novo cálculo para obter o mA e o Seg. O mAs (mA e Seg) é o fator que determina a quantidade de raios x durante a exposição.
2.2 - Densidade de Óptica:
Definição: Densidade radiográfica (óptica) pode ser descrita como o grau de enegrecimento da radiografia processada.
Quanto maior o grau de enegrecimento, é menor a quantidade de luz que atravessará a radiografia quando colocada na frente de um negatoscópio ou de um foco de luz.
Fatores de controle: O fator primário de controle da densidade é o mAs, que controla a quantidade de raios X emitida pelo tubo de raios X durante uma exposição. Assim, a duplicação do mAs duplicará a quantidade de raios X emitida e a densidade.
Regra de mudança da densidade: O ajuste de corrente (mAs) deve ser alterado em no mínimo 30 a 35 (por cento) para que haja uma modificação notável na densidade radiográfica. Portanto, se uma radiografia for subexposta o suficiente para ser inaceitável, um aumento de 30 a 35 por cento produziria uma alteração notável, mas geralmente não seria suficiente para corrigir a radiografia. Uma boa regra geral sugere que a duplicação geralmente é a alteração mínima do mais necessário para corrigir uma radiografia subexposta (uma que seja muito clara).
2.3 – Curva Característica:
Os filmes radiográficos utilizados na radiologia industrial apresentam diferenças nas características e composição em relação às películas utilizadas em radiologia diagnóstica. O objetivo deste trabalho é identificar os fatores físicos presentes nos diferentes filmes (industriais e para diagnóstico médico) que afetam a curva característica do filme. Este trabalho foi realizado com levantamento bibliográfico atualizado para identificar as características de cada filme (industrial e médico). Os filmes utilizados na radiologia industrial e no diagnóstico médico apresentam muitas semelhanças em suas composições: apresentam uma base composta de um derivado de celulose utilizada para suporte para as outras camadas, existe a dupla emulsão composta de brometo de prata responsável pela formação da imagem e a camada protetora que protege a emulsão de arranhões, pressão e contaminação. Porém, as diferenças entre os filmes estão nos tamanhos que atendem às necessidades específicas de cada modalidade, na espessura da emulsão (0,025mm nos filmes industriais e 0,003 a 0,005mm nos filmes para diagnóstico médico), na distribuição dos cristais brometo de prata na emulsão, o que afeta diretamente no resultado da sensibilidade, velocidade de exposição, contraste e resolução dos filmes, e consequentemente, no resultado da curva característica do filme. As diversas necessidades da radiologia industrial, como radiografar peças de tamanhos diferentes e composições diversas, levaram os fabricantes a produzir uma variedade de filmes industriais que seguem uma classificação estabelecida pelo ASTME-1815-96, que adota a sensibilidade e a velocidade de exposição critérios importantes na escolha dos filmes. As normas de qualidade da imagem na indústria vão determinar qual o melhor filme para determinada aplicação. A identificação das semelhanças e diferenças entre os filmes industriais e para diagnóstico médico permite compreender como alguns poucos fatores como a espessura, a distribuição e concentração dos grãos brometo de prata podem provocar grandes modificações nos resultados da imagem.
2.4 - Contraste:
O contraste na imagem radiográfica é a diferença de densidades nas estruturas presentes na radiografia. Quanto maior a diferença de densidades, maior o contraste. O contraste tem uma importante função, tornar visível os detalhes anatômicos de uma radiografia. O fator para controlar o contraste é a kilovoltagem (kV). O kV controla a penetração dos raios-x no objeto, quanto maior o kV, maior a penetração do feixe de raios-x nos tecidos do paciente. O contraste é a diferença entre tons de cinza na radiografia, quanto mais penetrante for o feixe de raios-x, menor será esta diferença e assim menor o contraste. O objetivo ou função do contraste é tornar mais visível os detalhes anatômicos de uma radiografia. Portanto, o contraste radiográfico ótimo é importante, sendo essencial uma compreensão do contraste na avaliação da qualidade. Um contraste menor significa escala de cinza mais longa, menor diferença entre densidades adjacentes. O fator de controle primário para contraste é a alta-tensão (kV). A kV controla a energia ou a capacidade de penetração do feixe primário. Quanto maior a kV, maior a energia e mais uniforme é a penetração do feixe de raios X nas várias densidades de massa de todos os tecidos. Assim, maior kV produz menor variação na atenuação (absorção diferencial), resultando em menor contraste. A alta-tensão (kV) também é um fator de controle secundário da densidade. Maior kV, em raios X de maior energia, e estes chegando ao filme produzem um aumento correspondente da densidade geral. Uma regra simples e prática afirma que um aumento de 15 (por cento) na kV produzirá aumento da densidade igual ao produto produzido pela duplicação do mAs. Deve ser usada a maior kV e o menor mAs que proporcionem informação diagnóstica suficiente em cada exame radiográfico. Isto reduzirá a exposição do paciente e, em geral resultará em radiografias com boas informações diagnósticas (o equipamento deve permitir).
2.5 – Velocidade:
A velocidade (Sensibilidade) refere-se à capacidade do filme de reproduzir imagens radiográficas com maior ou menor quantidade de radiação. E está relacionada com o tamanho, tipo, forma e distribuição dos grãos de prata da emulsão.
2.6 – Latitude:
A latitude de um filme é a medida da extensão de exposição que pode ser gravado com densidades distinguíveis em um filme, isto é, é a capacidade de um filme de ser tanto superexposto como subexposto e produzir imagens aceitáveis para diagnóstico. Exemplo: Existem três filmes, um com sensibilidade D, um com sensibilidade E e um terceiro com sensibilidade F. Ao realizar radiografias com um filme com sensibilidade D, foram feitas imagens com qualidade para diagnóstico na faixa de exposição de 0,4 à 1.0/s. Com o filme E, na faixa de 0,3 à 0,8/s e com o filme F, com 0,2 à 0,6/s. Assim o filme com maior latitude foi o filme D, que permitiu uma faixa maior de exposição sem ser sub ou superexposto. Ressalta-se que a latitude é inversamente proporcional à sensibilidade, ou seja, quanto maior a sensibilidade do filme, menor será sua latitude.
2.7 - Sensitometria: Traçando a curva característica:
Em geral expressamos a resposta de um filme a exposição a luz em unidades logarítmicas, o que é conveniente por vários motivos. Em primeiro lugar, a massa de prata por área unitáriada imagem revelada está relacionada com o logaritmo da transmitância do filme. Em segundo lugar, uma curva característica traçada em unidades logarítmicas tem um trecho linear grande. Por fim, na claridade o olho humano apresenta uma resposta aproximadamente logarítmica. Para traçar a curva característica do filme definimos duas grandezas: a densidade óptica D e a exposição E. Exposição é a quantidade de luz que incide em uma determinada área do filme, ou seja, exposição é o produto da irradiância ou iluminância E ( que antigamente costumava ser denominada intensidade) pelo tempo de exposição t. Essa definição se baseia na lei da reciprocidade, segundo a qual uma dada exposição produz uma resposta determinada, numa faixa ampla de irradiância e de tempo de exposição.
Unidade 3 – Câmara Escura e Processamento:
A câmara escura é o lugar específico onde desenvolvem-se os processos de manuseio e revelação das películas radiográficas. É caracterizado pela ausência de luz natural, sendo permitida apenas uma luz de segurança, de cor alaranjada e de baixa intensidade E, neste local, ocorre o processamento das imagens.
3.1 - Estruturação de uma Câmara Escura Manual e Automática:
Naturalmente uma câmara escura é composta por duas partes distintas: a parte seca e a parte úmida. A única distinção entre as câmaras escuras manuais e as automáticas é que nas automáticas os recipientes onde o técnico realiza os processos de revelação, fixação, lavagem e secagem é substituído por uma reveladora automática, a qual já realiza todos esses processos automaticamente. Na parte úmida das câmaras escuras encontram-se tanques de reposição de químicos, mangueiras, torneira, etc. E na parte seca encontram-se balcões, chassis, filmes, etc. 3.1.1 – Acessórios de uma Câmara Escura e suas Aplicações:
Dentre os acessórios de uma câmara escura encontram-se: Os chassis, que são acessórios utilizados para o transporte do filme radiográfico, evitando que eles sejam velados pela ação da luz. Sua composição externa é feita de alumínio, seu interior possui duas faces, sendo revestidas por espuma e um écran em cada lado, que funciona como um intensificador dos raios x, para que as imagens radiográficas sejam produzidas os filmes, que são feitos de uma película feita de poliéster, revestidos em ambos os lados por uma emulsão de cristais de prata. É também duplamente coberto por gelatina, que tem a função de proteger a emulsão de acidentes mecânicos. As colgaduras que são, basicamente, um suporte usado para prender filmes de exames de imagem, como por exemplo o Raio-X. Elas são feitas a partir de aço inoxidável, que não permite a oxidação por intempéries, com uma haste de fixação, servindo para sustentar os filmes. Sua haste de fixação é medida de acordo com a quantidade de filmes que a colgadura será capaz de segurar. Geralmente, elas existem com suporte de sete a quatorze filmes. Termômetro e timer: destinados a o controle de temperatura e tempo de revelação, no processo manual. A tabela de controle da temperatura e tempo encontra-se obrigatória conforme a norma 453/98. No processo automático o tempo e temperatura também devem ser medidos e averiguados com frequência. Higrômetro: utilizado para medir umidade relativa do ar na câmara escura. Exaustor blindado à prova de luz para eliminar os gases criados pelos químicos radiográficos. Lanternas de segurança. Secadoras de filmes radiográficos. Tanques para revelação de filmes radiográficos. 
3.1.2 - Dimensionamento da Frequência de Luz de Segurança:
A RDC 50, uma resolução da Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), estabelece normas de planejamento de estabelecimentos de assistência à saúde. Dentro desses estabelecimentos, temos salas de Raios X. A resolução estabelece os dimensionamentos mínimos para uma sala de Raios X. Por exemplo: O tubo de Raios X nunca pode chegar a menos de 1,5 m de qualquer parede; a mesa não pode chegar, considerando seu deslocamento, a menos de 1 m; e suas bases não podem chegar a menos de 0,6 m. Essas dimensões foram determinadas tendo em vista a qualidade da imagem e proteção radiológica do paciente, garantindo assim sua segurança. Para as energias que são utilizadas em salas de Raios-X convencional, como uma tomografia, a radiação sai do tubo, interage com o paciente, interage com as paredes e retorna ao paciente. Então, quanto menor a distância entre parede e tubo, maior a radiação que volta ao paciente e ao detector, reduzindo assim a qualidade da imagem. A esse efeito é dado o nome de retroespalhamento. Por conta desse efeito é fundamental que, durante o projeto de uma sala de Raios X, seja previsto o dimensionamento dessa sala com base na RDC 50, para que a sala seja otimizada e possa ser utilizada com a maior qualidade e segurança possíveis para pacientes e trabalhadores. 
3.2 – Definições das Ações dos Compostos Químicos:
Quando fótons de raios X atravessam um objeto e chegam ao filme radiográfico, eles alteram quimicamente os cristais fotossensíveis de haleto de prata da emulsão do filme com os quais eles interagem. Desta forma, estes cristais são quimicamente alterados, e o conjunto deles constitui a chamada imagem latente, que é invisível. As alterações produzidas pelos fótons de raios x (ou luz) tornam os cristais sensíveis a ação química do processo de revelação, que converte a imagem latente em uma imagem visível ou manifesta. Fundamental para o entendimento da produção da imagem em um filme radiográfico é o conceito de imagem latente. 
3.2.1 – Procedimento de Preparo dos Compostos:
O escurecimento adequado dentro de uma câmara escura é de grande importância, pois a presença de luz pode causar detrimento da qualidade da imagem radiográfica. Isto, entretanto, não significa que as paredes da câmara escura precisem ser pretas. Devem ser evitados materiais de revestimento que possam refletir qualquer entrada indevida de luz, contribuindo assim para a perda da qualidade da imagem. Por isso o operador deve certificar-se constantemente que não ocorre qualquer entrada de luminosidade.
3.3 – Sistemas de Processamento Manual:
Processamento manual - No processamento manual, o operador, antes de iniciar a revelação, deve verificar a temperatura e a homogeneização das soluções processadoras, para a determinação do tempo de revelação, em função do filme utilizado. Feito isto, o operador deve seguir as seguintes etapas: Banho no revelador Mergulhar integralmente, durante o tempo pré-determinado, o filme no recipiente contendo o revelador homogeneizado, de modo que a reação química se processe em todo o filme (transformação da imagem latente em imagem real). Banho no “STOP” Mergulhar integralmente no “STOP” o filme de modo a interromper a reação química do revelador. Banho no fixador Mergulhar integralmente o filme no fixador de modo a que todos os cristais de haleto de prata remanescentes sejam retirados, levando a um aumento do contraste. Banho de água corrente Banhar o filme em água corrente por cerca de 30 minutos, de modo que sejam retirados todos os agentes químicos empregados. Secagem Secar o filme em lugar isento de materiais que possam comprometer a imagem radiográfica (exemplo: poeira). Processadora automática É um sistema eletromecânico que reduz o tempo de revelação de um filme, tornando-o mais seguro e padronizado. Porém antes de iniciar a operação de uma processadora automática, o operador deve seguir as instruções do fabricante para a utilização e manutenção da máquina. Deve também planejar um controle de qualidade, de forma que qualquer falha no sistema seja facilmente detectável. É desejável que uma processadora automática contenha além das descrições básicas, as seguintes especificações: Sua capacidade de produção seco a seco, adequada à velocidade d utilização na unidade; O processamento de filmes deverá ser de 10 x 10cm a 35 x 43cm; Tanques de revelador e fixador devem ser de materiais resistentes a corrosão (Ex.: aço); Possuir recursos de stand-by; Permitir ajuste da temperatura de reveladores e secadores; Possuir ajustes docontrole de tempo de processamento; Possuir programas para armazenamento de parâmetros programáveis como tempo de processamento, tempos de revelador, fixador e secador; Permitir a alimentação de filmes através de câmara escura. Misturador de químicos: definir capacidade mínima com reservatório em material plástico (Ex.: 45 litros); O sistema de mistura de preferência deverá ser por gravidade; Possuir sistema de alarmes quando de níveis baixos; Faixa mínima de operação de pressão de água: 20-120 psi; Insumos e materiais de consumo: filmes apropriados para o uso – consumo de acordo com a rotina; Reveladores e fixadores adequados para mamografia – (consumo, conforme a rotina). A processadora automática é parte essencial de um departamento de raios-x. A processadora automática irá reduzir o tempo de processamento do filme em até 4 vezes comparado com o processamento manual. Para monitorar o funcionamento da processadora automática, fora a verificação mecânica e da temperatura, a verificação química e sensiométrica, deve se verificar o funcionamento do revelador e fixador. A verificação dos químicos envolve a medida dos valores de pH do fixador e revelador. Também, o peso específico e o nível de prata do fixador deve ser mensurado. O ideal é que se meça o pH diariamente e também é importante para registrar estas medidas e analisar estas constantemente. As medidas diárias dos valores do ph para o revelador e fixador podem então ser impressas para observar as linhas de variações destes valores comparados com os níveis normais operacionais do pH, e assim identificar problemas. O teste sensiométrico pode ser usado para avaliar se a performance dos filmes na processadora automática poderá ser maximizada. Estas análises envolvem a medida do nível de cinza, velocidade e gradiente de concentração feito a uma medida de intervalos de temperatura de 1°C; A faixa de temperatura depende do tipo de químico que está sendo usado, pode ser mais frio ou mais quente o fixador. Estas três medidas: nível de cinza, velocidade, e gradiente de concentração, devem ser impressas contra a temperatura e comparadas com os gráficos do fabricante. 
3.3.1 – Fases do Processamento e Químicos Utilizados:
Revelação: Esta etapa é realizada com uma solução química denominada revelador, e consiste na redução química de todos os íons de prata. A revelação depende dos seguintes fatores: Temperatura; Concentração; pH; Tempo.
Interrupção: É realizada com uma solução química denominada interruptor, que possui a função de interromper o processo de revelação. Essa não existe no processamento automático.
Fixação: É realizada com uma solução química denominada fixador. É constituída por dois processos que ocorrem simultaneamente.
Secagem: Após fixação, o filme radiográfico deve ser lavado em água corrente para que sejam removidos todos os traços dos produtos químicos utilizados.
Secagem: Após a lavagem, o filme radiográfico deve ser seco. No processamento manual, a secagem deve ser feita em local livre de poeira ou em uma secadora.
METOL - Agente revelador; produz o detalhe na revelação. HIDROQUINONA - Agente revelador; produz o contraste. CARBONATO DE SÓDIO - acelerador da revelação; provoca o amolecimento e proporciona à solução do meio alcalino necessário para a ação dos demais componentes da revelação. SULFITO DE SÓDIO - agente preservativo evita a oxidação da solução devido ao contato com o ar, entretanto, a ação preservativa não é total. BROMETO DE POTÁSSIO - agente retardador; contribui para regular a duração da revelação e evita a veladura. 
3.4 – Sistemas de Processamento Automático:
A demanda por radiografias fez com que os radiologistas e os departamentos de radiologia fossem desafiados a se tornarem cada vez mais eficientes no uso de instalações disponíveis para produzir radiografias ideais. A revelação automática de filme de Raios-X tem se tornado um grande fator no manuseio com sucesso, deste crescente volume de trabalho. A automatização da revelação é possível graças à combinação de três elementos: Processadoras; Substâncias químicas especiais; Filmes compatíveis. Trabalhando em conjunto, estes elementos oferecem um meio rápido de produzir radiografias adequadamente reveladas.
Interação dos componentes - A essência da revelação automática é a interação controlada do filme, substâncias químicas e processadoras. Para revelar, fixar, lavar e secar uma radiografia no curto tempo disponível no processo automático, requer vários fatores, entre eles substâncias químicas especialmente formuladas e rígido controle das temperaturas da solução, agitação e reforço. As características do filme devem naturalmente ser compatíveis com as condições de revelação com o diminuído tempo de revelação e com o sistema de transporte mecânico.
3.4.1 – Fases do Processamento e Químico Realizados:
Processadoras automáticas - O processamento de maneira geral é idêntico, com variações nos tempos seco a seco, de acordo com o tempo há variações de fluxo e temperaturas, é composta de três tanques e um secador, motor condutor, conjuntos de racks, termostatos de controle de temperatura de circulação, de fluxo, de tempo de processamento, etc. A instalação é feita com o corpo no lado de dentro da Câmara Escura (CE) executando algumas “corpo fora da Câmara Escura”. Na parte de dentro da câmara escura, esta localizada a gaveta onde são colocados os filmes para os processamentos, em seguida os filmes são impulsionados pelos roletes dos racks, que são movimentados por um motor central, e são colocados nos tanques que se movimentam em tempos controlados puxando os filmes de seco a seco, revelando, fixando, lavando e secando, o que demora em média de 45, 90, 150 a 180 segundos.
Sistemas dos processos automáticos - As processadoras automáticas incorporam vários sistemas, os quais transportam, revelam e secam o filme, além de reforçar e recircular as soluções de revelação.
Sistemas de transportes - Tem a função de transportar o filme através das soluções do revelador e do fixador e pelas seções de lavagem e secagem.  Mantém o filme em cada etapa do ciclo de revelação durante o exato tempo requerido.  E também, produz uma radiografia pronta pra ser analisada. O filme é transportado por um sistema de rolos que funcionam por um motor de velocidade constante. O sistema, ainda desempenha duas outras funções importantes para a rápida produção de radiografias de alta qualidade.
Em primeiro lugar, os rolos produzem agitação vigorosa e uniforme das soluções na superfície dos filmes, o que contribui pra a uniformidade da revelação.
Em segundo lugar, a ação espremedora dos últimos rolos remove a maioria das soluções do filme, reduzindo as substâncias, prolongando a vida do fixador e aumentando a eficiência da lavagem.
Sistema de água - O sistema de água na maioria dos reveladores tem duas funções: lavar o filme e ajudar a estabilizar a temperatura das soluções de revelação. A água temperada (fria e quente) passa por um regulador de fluxo que mantém um fluxo de água adequado e constante. Dependendo da processadora parte ou toda a água é usada para ajudar a controlar a temperatura do revelador. Em outras ajuda a regular também a temperatura do fixador. O controle adequado da temperatura do revelador e lavagem do filme é feito com água de diversas temperaturas.
Sistema de Recirculação - A recirculação das soluções do fixador e do revelador desempenham as funções de misturar uniformemente as soluções de revelação e reforço, ajudando a manter a temperatura adequada e a atividade química, e também mantém as soluções misturadas e agitadas em constante contato com o filme. A recirculação da solução do fixador é semelhante a do revelador, com a diferença de que a temperatura do fixador pode ser controlada pela temperatura do revelador ao invés de um ter um regulador separado.
Sistemas de Reforços - Sem o reforço a atividade química das soluções de revelação diminuiria com o seu uso. O reforço exato é essencial para a revelação adequada do filme para prolongar a vida das soluções de revelação.Além do mais em uma processadora automática, se as soluções não forem devidamente reforçadas, o filme pode não secar e nem ser transportado corretamente. O reforço é misturado nas soluções da processadora através de bombas de recirculação. As quantidades de reforço devem ser ajustadas e verificadas periodicamente. O reforço excessivo do revelador pode resultar em baixo contraste e menor densidade máxima, o reforço insuficiente resulta em ganho de velocidade e contraste, mas o bastante escasso resulta na perda dos dois.
Sistema de Secagem - A rápida secagem da radiografia revelada depende do adequado condicionamento do filme nas soluções de revelação, da remoção eficiente da umidade da superfície pelos rolos espremedores e do bom fornecimento de ar morno, que atinge ambas as superfícies da radiografia. O ar quente é fornecido para a seção do secador através de um compressor. A maioria do ar morno é re-circulados, o resto é ventilado para evitar a acumulação excessiva de umidade no secador e ar fresco é aspirado para dentro do sistema em substituição ao ar ventilado. Estes são os principais sistemas da revelação automática. É o meio pelo qual se efetua o meticuloso controle de revelação dia após dia. Entretanto, estes sistemas não podem por si só produzir radiografias de qualidade, prontas para serem analisadas.
Química de Revelação Automática
A revelação automática não é simplesmente a mecanização da revelação manual, mas sim processo que depende da revelação entre a mecânica, as substâncias químicas e o filme. Para responder as necessidades e condições especificas da revelação automática foram desenvolvidas substâncias químicas especiais.
Substâncias Químicas da Revelação Automática
a revelação automática impõe requisitos bem diferentes nas substâncias químicas. Revelar e fixar as imagens, as substâncias químicas de revelação devem evitar a excessiva dilatação, resvalamento ou pegajosidade da emulsão e devem permitir que o filme seja lavado e secado rapidamente. Em processadoras automáticas, se um filme se tornar escorregadio, pode atrasar-se no sistema de transporte de maneiras que os filmes que o seguem o alcancem e sobreponham-se a ele; ou pode tornar-se tão pegajoso que fica grudando e enrolado em um dos rolos. Se a emulsão se torna macia ela pode ser danificada pelos rolos. A melhor maneira de se controlar as variações das propriedades físicas do filme é através de substâncias químicas especiais. Para simplificar e para melhor beneficio possível de um departamento de radiologia a revelação deve ser rápida.
Alimentação do Filme – Processadoras Automáticas
As folhas de filmes devem ser colocadas na processadora automática de acordo com o diagrama fornecido pelo fabricante do equipamento. Filmes de tamanhos menores do que o recomendado, podem ser colocados na processadora somente após terem sido afixados com fita adesiva. Esta fita deve ser imune as soluções e temperaturas da processadora e seu lado adesivo não deve ser exposto. Uma leve pressão no rolo, assim que este é colocado na processadora, mantém o filme corretamente alimentado. Este procedimento impede qualquer agrupamento no sistema de rolos, que possa ocorrer se o filem se desviar. Para evitar arranhões ou quaisquer outros tipos de danos, devido ao manuseio, enrole o filem em carretel assim que ele surge da secção de secagem do revelador. As vezes surgem alguns problemas devido as aplicações deliberadas pelos usuários de condições de revelação diferente das recomendadas pelos fabricantes. Por exemplo é possível aumentar a velocidade e o contraste de um filme através de sua revelação a uma temperatura mais elevada do que a recomendada pelo fabricante, ou é possível aumentar a latitude de um filme através de uma revelação em soluções que não foram recomendadas. As recomendações dos fabricantes são meio termos feitos para oferecer margens de tolerâncias para variedades de possibilidades. É importante lembrar que as mudanças nas condições de revelação, poderão trazer grandes efeitos na imagem radiológica e que o controle cuidadoso das condições de revelação é essencial para se obter qualidade radiográfica constante.
Controle de Qualidade - O uso de um programa de controle de qualidade não irá somente fornecer uma reprodutibilidade, mas também dará ao usuário uma confiança no sistema de controle de exposição, que forem estabelecidas. Para que alcancem estes dois objetivos (reprodutibilidade e confiança), deverá ser estabelecido um tempo determinado para o uso dos químicos para que os mesmos não venham influenciar nas radiografias. Uma vez que foi estabelecido um programa de controle de qualidade para a revelação será mais fácil manter uma produtividade com qualidade radiográfica uniforme, por que as variações desta fonte serão reduzidas. O propósito de um programa de controle de qualidade é o de manter sempre radiografias excelentes, mas o que consiste na excelência de uma radiografia é uma questão subjetiva. Estabelecer o controle de qualidade deve-se estabelecer os critérios fundamentais, juntamente com a margem de tolerância para os fatores técnicos sendo monitorados. Estes critérios devem ser determinados e baseados nas necessidades diagnósticas do radiologista. 
3.4.2 - Desmontagem e Montagem da Processadora:
Manutenção das Processadoras - Alguns dos procedimentos padrões de manutenção para a adequada operação da processadora, são os seguintes:
Frequente verificação dos níveis de solução, proporção de reforço, temperaturas fornecimento de água e recirculação da solução. Limpeza dos tanques, dos bastidores de revelação, passadores, filtros e tubos de ar do secador. Os depósitos químicos devem ser removidos dos rolos. As soluções de limpezas dos sistemas devem ser utilizadas de acordo com as instruções do fabricante, se houver propagação biológica ela deve ser removida de acordo com as recomendações. Devem-se utilizar bandejas de escorrimento e protetores contra respingos ao se remover ou instalar os bastidores. Trocar os filtros nos sistemas de circulação e nos condutores de água. Ao iniciar o trabalho do ai, sugere-se colocar algumas folhas de filme de limpeza na processadora. Este procedimento ajuda a remover os precipitados, sujeiras e outras substâncias que podem ter sido depositadas nos rolos. Existem filmes de limpezas para os rolos de transporte fabricados com esta finalidade.
3.5 – Procedimentos de Limpeza do Sistema Manual e Automático:
A limpeza do ambiente de trabalho e da processadora é essencial para o perfeito controle de qualidade do filme revelado. A questão de artefatos no filme de mamografia é muito importante e só pode ser controlado com uma perfeita e periódica limpeza do equipamento, devido aos próprios resíduos fabricados pelos químicos utilizados no interior do equipamento. Antes de realizar as habituais tarefas de limpeza do aparelho, deverão ser tomadas algumas precauções, pois certos produtos químicos podem afetar seu funcionamento, e também formar misturas gasosas explosivas. Tenha cuidado ao escolher o produto de limpeza: Não utilize produtos químicos como soda cáustica, solvente ou abrasivo. Utilize somente soluções com sabão neutro para limpar as superfícies plásticas, pois outros produtos podem remover e danificar o material. Não utilize produtos com alto grau de álcool. Para a limpeza tome as seguintes precauções: Antes de iniciar a limpeza desligue completamente o aparelho e desconecte-o da tomada elétrica. Procure impedir que a água ou outros líquidos penetrem no interior no equipamento, evitando assim possíveis curtos-circuitos na rede elétrica e danos aos componentes internos. Somente limpe as superfícies envernizadas ou de metal com pano úmido secando-as em seguido com um pano seco. Desinfecção O método de desinfecção aplicado deve corresponder às disposições e normativas legais vigentes para desinfecção e proteção contra explosões. Não aplique produtos desinfetantes cáusticos, solventes e gasosos. A processadora não é um produto que fica em contato com o paciente, portanto não necessita de desinfecçãoperiódica, porém se desejar desinfetá-lo tome os seguintes cuidados: Antes de iniciar a desinfecção desligue completamente o aparelho e desconecte-o da tomada. Recomendamos não desinfetar por aspersão, uma vez que o produto pode penetrar no interior do equipamento e danificar seus componentes internos. No caso de desinfetar o local com um nebulizador, desconecte o aparelho da rede elétrica e cubra-o totalmente com um plástico. Assim que a solução estiver assentada sobre o recinto, retire a proteção plástica e desinfete o aparelho separadamente utilizando um pano. No caso de usar um desinfetante que possa formar misturas gasosas explosivas, deve-se esperar até que este esteja volatizado para voltar a ligar o equipamento.
3.6 – Procedimentos em Manutenção em Processadoras:
Manutenção Diária - com a processadora desligada, retirar os “crossovers” e o conjunto de rolos espremedores; Limpar os rolos com pano úmido ou esponja sintética, para a retirada dos resíduos químicos e depois enxugar até secar; Verificar o nível das soluções; Recolocar o conjunto no lugar com o cuidado de encaixar todas as engrenagens; Abrir os registros de água; Ligar a processadora; Ligar o termostato referente a água que mantém a temperatura das soluções processadoras; Checar o fluxo da água; Limpar os rolos mecânicos passando filmes já usados (como recomendam os fabricantes) somente uma hora após a processadora atingir a temperatura de uso; Expor alguns filmes no sensitômetro. Processar o primeiro antes de se iniciar a rotina, depois processar os outros filmes com intervalos de três horas; Comparar as densidades ópticas de cada filme processado; Ao final do dia checar toda a limpeza na câmara escura e na processadora. Deixar a tampa da processadora aberta para evitar a condensação e o possível chuvisco. 8.2.
Manutenção Semanal - Limpar os rolos utilizados utilizando água corrente e pano limpo, remover os resíduos químicos das engrenagens com escova macia. Obs.: ao remover os rolos dos recipientes com as soluções, não poderá ocorrer os respingos de uma solução em outra; Após completar a limpeza semanal, processe uma película exposta ao sensitômetro e verifique se a processadora está sob controle; Verificar se possui resíduo de fixador no filme; Limpar os filtros de água; Testar o fluxo de água; Testar os ecrãs, e verificar sujeiras ou falhas que possam afetar a imagem. 8.3. Manutenção Mensal - Deverá ser feito mensalmente ou de acordo com a utilização da processadora. Abrir a processadora e esvaziar os recipientes das soluções, com o cuidado de esvaziar uma de cada vez; Limpar todas as superfícies exposta (interna e externamente) com pano úmido, para remover todos os resíduos, independentemente da qualidade ou do tipo de resíduo. Obs.: não use nenhum tipo de produto de limpeza nos recipientes; Limpar os ecrãs com produtos apropriados, isto é, usar pano úmido e sabão neutro. 
Unidade 4 – Procedimentos para Controle de Qualidade nos Processamentos Manuais e Automáticos:
Para que o programa de garantia de qualidade da imagem radiográfica seja completo, tornasse também necessário que haja um programa de controle de qualidade para a processadora automática. Uma das principais causas de subprocessamento é a combinação incorreta de processadora-químicos-filmes, que pode resultar em aumento de doses e degradação da imagem radiográfica. O controle sensitométrico do processamento radiográfico é de grande importância quando do se trata de mamografia, em que altos valores de mAs são empregados. Para um processamento correto é absolutamente necessário que o sistema processadora-químicosfilmes seja do mesmo fabricante. Devido ao seu uso regular, testes periódicos são propostos para fornecer informações sobre falhas no sistema. Procedimentos de manutenção diária, semanal e mensal ajudarão a reduzir as possíveis repetições de radiografias. Isto irá facilitar o trabalho dos técnicos e ajudar a eliminar os problemas que possam afetar a qualidade do processamento radiográfico.
4.1 – Testes Sensitométricos
Sensitometria é a técnica que relaciona a resposta do filme com a exposição recebida. O método sensitométrico consiste em expor um filme à luz de um sensitômetro, obter uma tira sensitométrica com 21 degraus e avaliar os parâmetros de exposição. Os resultados obtidos são inseridos num protocolo de testes que registra a temperatura do revelador, a velocidade, o contraste e o valor de base+fog. Quando são observadas variações maiores do que as preestabelecidas, ações corretivas devem ser tomadas. Artefatos são quaisquer imagens irreais que aparecem no filme radiográfico processado. São "defeitos" nos filmes. Um dos maiores desafios na implantação de um PGQ, especialmente em mamografia, é a correta identificação e eliminação dos artefatos. As causas dos artefatos são: processamento, manuseio dos filmes, e, principalmente, sujeira na câmara escura. São classificados como positivos ou negativos, de acordo com a cor que apresentam (preto ou branco). Artefatos de manuseio podem originar-se antes ou depois da exposição e dependem da granulação do filme.
4.2 - Levantamento da Curva Característica e Seleção dos Pontos de Interesse:
A relação entre a densidade de um filme e a exposição é frequentemente apresentada em um gráfico que mostra a relação entre a densidade ótica e a exposição de valores referentes à figura anterior. Este tipo de gráfico é chamado de curva característica e descreve o comportamento do contraste em um amplo intervalo de valores de exposição. A forma da curva depende do tipo da emulsão do filme e do seu processamento. O contraste é representado pela inclinação da curva, ou seja, é a diferença entre densidades óticas produzidas por diferenças de exposição no filme. A curva característica de um filme tem três regiões distintas, com diferentes características de transferência de contraste. A porção da curva, associada a baixas exposições, corresponde às áreas de baixa densidade óptica do filme. A densidade mínima, na parte baixa, é a densidade residual, que é medida após o processamento de um filme não exposto cujo valor está entre 0,1 e 0,2 unidades de densidade. Esta densidade é produzida pela densidade natural inerente da base constituída de poliéster transparente no nível mínimo de densidade de fog da emulsão. A densidade máxima Dmáx, no ombro da curva, é determinada pela emulsão do filme e pelo processamento.
4.3 - Teste Sensitométrico da Câmara Escura (Teste dos 4 minutos):
Câmaras escuras que passam no teste de 4 minutos são consideradas em excelentes condições. As que passam no teste de 2 minutos são consideradas em boas condições. No entanto, se for aprovada apenas no teste de 1 minuto, deverá ser reavaliada.
4.4 - Teste Sinsítométrico de Controle da Processadora:
O método sensitométrico consiste em expor um filme à luz de um sensitômetro, obter uma tira sensitométrica com 21 degraus e avaliar os parâmetros de exposição. Os resultados obtidos são inseridos num protocolo de testes que registra a temperatura do revelador, a velocidade, o contraste e o valor de base+fog. Quando são observadas variações maiores do que as preestabelecidas, ações corretivas devem ser tomadas.
4.5 – Teste de Taxa de Reposição:
A taxa de reposição é definida como a quantidade de revelador e fixador que entra nos tanques da processadora após a inserção do filme na bandeja. Quando a processadora tem um baixo número de filmes por dia, a reposição por inundação é recomendada, a fim de manter a atividade dos produtos químicos constante. Este sistema consiste num temporizador acoplado à processadora, que é periodicamente ativado, por exemplo, 20 segundos a cada 5 minutos, com 65 ml por vez.
4.6 – Teste do pH
A medida do pH é utilizada para avaliar a atividade química do revelador e fixador, sendo os valores recomendados, respectivamente, entre 10 e 11 para o revelador e entre 4 e 5 para o fixador. – A análise da água utilizada no processamento é extremamente importante. O valor de pH deve ser = 7,0 caso contrário pode-se produzir alterações no pH dorevelador, por exemplo = 5,3, indicando que a água encontra-se ácida, acelerando a oxidação do revelador. 
4.7 –Teste de Temperatura
A temperatura ideal do revelador depende do tipo de filme, do ciclo de processamento e das recomendações do fabricante. A temperatura influi diretamente na velocidade do filme e, consequentemente, na exposição do paciente, no contraste radiográfico e no valor de base+fog. Consequentemente, é de extrema importância seguir atentamente as instruções dos fabricantes, mantendo a temperatura do revelador dentro dos limites de tolerância de ± 0,3°C. A temperatura do fixador pode oscilar entre 29,4°C e 35°C. Já a temperatura da água deve ficar entre 4,5°C e 29,5°C. Temperaturas extremas podem causar problemas de fixação e de lavagem, além do aparecimento de artefatos.
4.8 – Teste de Contato Tela Filme
Consiste em verificar se existe um bom contato entre a tela intensificadora (écran) e o filme, para se aferir a qualidade dos chassis; Os parâmetros utilizados no teste de contato tela-filme foram os seguintes: filmes de 40 x 35, 24 x 30 e 35 x 35; tensão de 40 kVp; tempo x corrente = 2 mAs; DFF (Distância foco-filme) = 100 cm.
4.9 – Teste residual de revelador e fixador do filme
Os efluentes gerados a partir de processamentos radiográficos consistem do líquido revelador, fixador e água de lavagem dos filmes radiográficos. Esses efluentes são constituídos de químicos altamente tóxicos, não podendo ser descartados no meio ambiente, pois se encontram fora dos padrões estabelecidos pelos órgãos públicos ambientais reguladores7-8. Consistem em soluções com altas concentrações de prata, hidroquinona, quinona, metol, tiossulfato de sódio, sulfito de sódio e ácido bórico, além de outros químicos altamente tóxicos à saúde ambiental e humana, como cianeto, cloreto, ferro, fósforo total, nitrogênio total e sulfito 3,9. As soluções fixadoras usadas devem; de acordo com a RDC nº 306/04 da ANVISA, ser submetidas a processo de recuperação da prata ou serem acondicionadas e identificadas em frascos de até dois litros compatíveis com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Esses recipientes devem ser identificados com o símbolo de risco associado conforme a NBR 7.500 e encaminhados ao Aterro Sanitário Industrial para Resíduos Perigosos ou ser submetidos a tratamento de acordo com as orientações do órgão local do meio ambiente, em instalações licenciadas para esse fim. Também devem ser observadas as exigências de compatibilidade de cada resíduo com os materiais das embalagens de forma a evitar a reação química entre os componentes do resíduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo. Com relação às soluções reveladoras usadas, a RDC nº 306/04 indica sua neutralização (pH 7-9) e seu descarte com grande quantidade de água no sistema de esgoto sanitário com sistema de tratamento. Os reveladores não utilizados e as soluções concentradas devem ser condicionados em frascos como descrito para a solução fixadora e encaminhados da mesma forma. Para a neutralização desse efluente pode-se utilizar a soda cáustica em solução ou o ácido muriático para aumentar ou diminuir o pH, respectivamente10. A utilização de vinagre (ácido acético), também é encontrado na literatura para a neutralização do revelador. Para o controle do pH, pode se fazer uso de uma fita indicadora (pH entre 7 e 9) e adicionar, para cada 1 litro de revelador, 10 litros de água e 100 mL de vinagre comum. A água resultante da lavagem intermediária e final no processamento radiográfico contém todos os compostos do revelador, do fixador e de seus produtos de reação, o que também a torna carente de tratamento antes de ser lançada na rede de esgotos. A tecnologia de imagem digital é uma opção disponível para a eliminação do uso de revelador e fixador. Entretanto, ainda há a questão financeira, pois tal tecnologia é onerosa, e isso inviabiliza sua aquisição pela maioria dos clínicos. Tendo em vista a dificuldade atual em alterar o processamento radiográfico convencional por meio de novos produtos, processos ou técnicas menos poluentes, a opção para sua otimização ambiental consiste no tratamento dos efluentes. Embora poluentes, se forem tratados apropriadamente, esses efluentes poderiam se tornar insumo, gerando receita e economia ao serviço por serem reutilizados. Essa pesquisa buscou avaliar a segregação e o destino dos resíduos radiológicos dado pelos cirurgiões-dentistas de Pelotas que possuem aparelhos de Raios-X, em uso no consultório odontológico e cadastrados na Vigilância Sanitária e analisar o conhecimento dos mesmos acerca de sustentabilidade.
4.10 – Manutenções de Chassis e écran
Chassis: Mais do que manter o filme protegido da luz ambiente durante a exposição e transporte entre a câmara escura e a sala de Raios X, os chassis têm o papel de promover um eficiente e uniforme contato dos filmes com as superfícies emissoras dos écrans. As áreas do filme que não estiverem em contato perfeito com o écran, podem apresentar uma imagem com pouca definição. É essencial o cuidado com o manuseio dos chassis para evitar danos mecânicos. A ocorrência de choques pode levar a danificação dos encaixes entre as partes estruturais, permitindo a infiltração de luz, o que pode velar o filme. Filmes com bordas veladas geralmente, são sinais de infiltração de luz nos chassis. Outro cuidado importante refere-se à limpeza dos mesmos, prevenindo o acúmulo de partículas de material absorvente de Raios X, cuja presença nas superfícies pode levar à formação de pontos de imagem falsa. Uma boa imagem radiológica depende de um uniforme contato entre o filme e os écrans. Isso será assegurado com chassis em bom estado, nos casos de chassis com empenamento ou fechos soltos haverá prejuízo na qualidade da imagem. A inspeção periódica e a manipulação cuidadosa são indispensáveis para a obtenção de boas imagens. 
Écrans: Com o uso, a superfície dos Écrans pode apresentar depósitos indesejáveis que absorvem parte da luz emitida por ele, levando a falhas na imagem. Em outros casos, podem ocorrer reduções na eficiência geral do sistema por absorção distribuída da luz emitida. Além disso, com o tempo, a adesão de material sobre as superfícies emissoras pode levar ao acúmulo de cargas eletroestáticas que, como resultado de grudamentos dos filmes com as mesmas, pode levar a ocorrência de descargas, quando da retirada das películas após a exposição, danificando as imagens. Ao se instalar écrans novos nos chassis e também durante o seu uso, deve-se verificar, periodicamente, a possível ocorrência de danos como falhas, riscos ou manchas na camada de proteção (superfície), observando por reflexão.
A camada de proteção é aplicada com o objetivo de evitar o acúmulo de cargas eletroestáticas sobre as superfícies, proteger a camada emissora propriamente dita, e também prover uma superfície resistente que permita a limpeza periódica, desde que cuidadosa, sem danos às mesmas.
A camada protetora pode se gastar com o tempo, tanto por excesso de atrito durante a introdução e retirada dos filmes dos chassis, como por inadequado processo de limpeza.
A limpeza cuidadosa deve ser feita com um algodão umedecido com solução anti-estática de boa qualidade sobre as superfícies para que estenda a vida útil dos écrans, que desta forma, mantém as superfícies livres de partículas abrasivas. Após a limpeza, deve-se deixar que sequer completamente antes de fechar os chassis.
Unidade 5 - Parâmetros de Avaliação de Filmes Radiográficos:
Filmes radiográficos são constituídos basicamente por uma película azulada e transparente que é denominada base, esta possui espessura que pode variar de 150 a 250 µm mantendo a estabilidade dimensional e excelente flexibilidade para manuseio. A base exerce a função de suporte para que seja aplicada a emulsão fotossensível. Detalhes referentes ao écran e ao chassi. Artefatos no filme provocados por manchas no écran interagempara que haja posteriormente o registro da imagem. No serviço radiológico utilizam-se filmes de emulsão simples, e de dupla emulsão. Os sistemas tela-filme, que possuem dupla emulsão e dupla tela, apresentam maior rapidez quando comparado ao sistema de emulsão simples e única tela (MAGALHÃES, 2007), no entanto esse conjunto pode aumentar o borramento da imagem o que inviabiliza o seu uso para o serviço de mamografia. A emulsão possui uma camada de 3 a 5 µm de gelatina de haleto de prata (principais brometo e iodeto), contendo aproximadamente 800.000 cristais/cm2 em sua superfície. A gelatina tem como principal função servir como elemento de proteção a emulsão quando a mesma for manipulada, além de manter os cristais bem dispersos e fixos. Também é função da gelatina fotográfica facilitar a penetração do revelador e fixador durante o processamento da imagem.
5.1 - Desenvolvimento de Planilhas em Análise de Imagens Rejeitadas:
Nas imagens radiográficas, uma das características mais significativas é o contraste radiográfico, definido pelas diferentes tonalidades de cinza que aparecem na imagem processada. A amplificação do contraste radiográfico é necessária para se diferenciar as estruturas anatômicas distintas do paciente. Desse modo, o controle de qualidade deve considerar a otimização dos parâmetros que interferem na formação do contraste radiográfico, para que o radiologista possa fazer um diagnóstico seguro. Os parâmetros operacionais associados à formação da imagem são os fatores de exposição, como a quilovoltagem de pico (kVp), a miliamperagem (mA) e o tempo de exposição (s). Esses fatores estão associados ao contraste radiográfico e a dose de radiação no paciente e, portanto, devem ser considerados pelo programa de controle de qualidade (PCQ). Da mesma forma, os fatores associados ao processamento da imagem, como as substâncias químicas utilizadas, temperatura e tempo de processamento também devem ser considerados pelo PCQ. A imagem, para ser considerada aceitável, deve apresentar um bom contraste radiográfico (densidade óptica média em torno de 1,0) e ausência de manchas, indicando que o processamento da imagem foi bem-sucedido em todas as etapas. Além disso, a região anatômica de interesse deve ser posicionada corretamente no campo de radiação. Pelo que foi exposto, o PCQ é constituído por procedimentos que avaliam as características e o funcionamento dos equipamentos envolvidos no processo de produção das imagens radiográficas. Uma vez especificados os problemas, a equipe responsável pela manutenção desses equipamentos deve ser comunicada, para a realização dos ajustes necessários. Um PCQ também visa informar aos trabalhadores e estagiários sobre as principais causas dos rejeitos das radiografias e alterações constatadas nos equipamentos de raios X e processadoras de filmes radiográficos. O PCQ também deve indicar as modificações necessárias para se manter a qualificação do serviço.
5.1.1 - Rejeição por Erro de Câmara Escura:
A Portaria 453/98 determina que toda instituição que fizer uso de radiações ionizantes deve implementar um Programa de Garantia de Qualidade (PGQ). O PGQ é formado por um conjunto de ações que visam otimizar as doses de radiação em pacientes submetidos a exames radiológicos, aliado aos testes de controle de qualidade (CQ) da imagem e do equipamento de raios X. O teste de sensitometria permite obter informações a respeito das condições da qualidade da imagem influenciada pelo processamento radiográfico. Os testes na câmara escura avaliam se os fatores ambientais influenciam nas características do filme segundo orientações do fabricante antes de serem processados. O conjunto dessas ações permite determinar um índice de rejeição radiográfico o qual é expresso pela razão entre o número de exames radiográficos repetidos e o número de radiografias realizadas no total, multiplicado por 100%. A determinação deste índice está vinculado ao item da Portaria 453 a respeito do memorial de proteção radiológica, associado às ocorrências radiológicas e informações com intuito de contribuir para a implantação de um PGQ em hospitais que fazem o uso das radiações ionizantes. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o Índice de rejeito radiográfico associado particularmente com as condições de processamento radiográfico no setor de radiologia convencional de um hospital público de Florianópolis / SC, de forma qualitativa e quantitativa. Com relação aos testes realizados na câmara escura, foram encontrados os valores médios para temperatura ambiente medida 1 (Outubro de 2009) foi 24,6 ± 0,6 ºC e medida 2 (Maio de 2010) de 24,8 ± 0,5 ºC. Durante este período, foram encontrados os valores médios de umidade relativa do ar, respectivamente de 54% e 75%,sendo que a temperatura de armazenagem dos filmes pelo fabricante deve se encontrar entre 10 e 21ºC), já para a umidade relativa tolerada, é recomendado que esteja entre 30 e 50%), o que foi excedido 25% na medida 2. Para os testes na processadora automática, o pH do revelador (recomendado pelo fabricante entre 10 e 11) da medida 1 e 2, foi 9,77 ± 0,3 e 9,88 ± 0,2 respectivamente. Já para os valores de pH do fixador na medida 1 e 2 foram 4,29 e 4,25, respectivamente, o que recomenda o fabricante (na faixa de 4,0 a 5,0). Após coleta e tratamentos dos dados obteve-se um índice total de rejeitos de 17,68%. Além das características e condições de processamento, contribuem para o índice de rejeição radiográfico, o posicionamento incorreto do paciente, a sub e superexposição dos filmes indicando, problemas de alinhamento e nivelamento da ampola, além de outros fatores. Porém, verificou-se que o índice rejeito, associado às condições de processamento (filmes velados, filmes superpostos, variações bruscas de pH e temperatura nos químicos) apresentaram valores inferiores a 10%. Constatou-se então que aos aparelhos e a câmara escura estudada estão em perfeitas condições de uso e a processadora automática, embora que houve variação de pH na atividade química do revelador. A partir da aplicação, execução dos testes e do acompanhamento dos exames, foi possível verificar as condições do serviço e identificar as principais causas de repetição de exames. Pretende-se, então, refazer testes na processadora a fim de garantir as informações obtidas e realizar a análise do índice de rejeição das radiografias com a equipe médica.
5.1.2 - Rejeição por Erro Técnico:
A imagem, para ser considerada aceitável, deve apresentar um bom contraste radiográfico (densidade óptica média em torno de 1,0) e ausência de manchas, indicando que o processamento da imagem foi bem-sucedido em todas as etapas. Além disso, a região anatômica de interesse deve ser posicionada corretamente no campo de radiação. Pelo que foi exposto, o PCQ é constituído por procedimentos que avaliam as características e o funcionamento dos equipamentos envolvidos no processo de produção das imagens radiográficas. Uma vez especificados os problemas, a equipe responsável pela manutenção desses equipamentos deve ser comunicada, para a realização dos ajustes necessários. Um PCQ também visa informar aos trabalhadores e estagiários sobre as principais causas dos rejeitos das radiografias e alterações constatadas nos equipamentos de raios X e processadoras de filmes radiográficos. O PCQ também deve indicar as modificações necessárias para se manter a qualificação do serviço.
5.1.3 - Rejeição por Erro de Equipamentos:
Segundo a Portaria 453/1998 da ANVISA, todo equipamento de Raios X  deve ser mantido em condições adequadas de funcionamento e submetido regularmente a verificações de desempenho. Além disso, atenção particular deve ser dada aos equipamentos antigos. Qualquer deterioração na qualidade das radiografias deve ser imediatamente investigada e o problema corrigido.
5.1.4 - Análise dos Indicativos de Erro:
Em um ambiente estrutural complexo, transbordando estresse, com diversos atendimentos simultâneos e em que decisões vitais devem ser tomadas em questão de segundos, é até natural imaginar que ocorrerãoerros, certo? Na verdade, as falhas humanas inerentes à atividade hospitalar são quase inevitáveis. Mas por mais que não consigamos eliminá-las, podemos sim avaliar melhor as razões de tais equívocos, a fim de projetar sistemas de trabalho mais seguros ao paciente.
Atrasos no diagnóstico - Eventuais atrasos na emissão de um laudo médico e o lapso decorrente entre sua retirada e a posterior análise pela equipe também podem gerar erros de diagnóstico. Quer um exemplo? Em quadros oncológicos, a velocidade da reprodução das células tumorais é responsável por revelar situações clínicas completamente diferentes em intervalos de dias!
Interpretação dos resultados - Em relação à falta de adequada interpretação de resultados de exame, os casos são inúmeros. Um deles aconteceu no Distrito Federal, em 2014, quando uma paciente se submeteu a um exame de sangue para verificar o antígeno do fator de Von Willebrand. O resultado deu positivo por um erro de interpretação do profissional e tal imprecisão gerou uma ação judicial que condenou o laboratório à indenização em função dos danos psicológicos causados.
Ação fora da especialidade - O Conselho Federal de Medicina e a legislação competente não proíbem que o médico atue em uma área em que não é especialista — lei de número 3.268, de 1957. Essa liberação faz com que alguns hospitais e laboratórios, especialmente de regiões com maior carência de médicos, permitam que profissionais de outras especialidades deem diagnósticos de fora de sua área de expertise. O resultado pode ser visto em forma de erro no laudo ou no tratamento recomendado ao paciente. Se é evitável, melhor apostar na cautela.
Falhas em equipamentos - Desconfigurações no equipamento hematológico podem alterar os resultados de um exame de sangue, bem como falhas no aparelho de ultrassonografia podem diagnosticar enfermidades inexistentes ou quadros clínicos diferentes da realidade.
Testes inadequados - A lógica nesse caso é simples: se a investigação toma um rumo incorreto, é evidente que o resultado será o tratamento inadequado e até um eventual agravamento da situação clínica não detectada.
5.1.5 - Sugestões de Procedimentos de Correções:
Os filmes radiográficos possuem sensibilidade ao calor, umidade, pressão, luz, radiação e a contaminação química. Sendo assim são necessários os devidos cuidados que remetem desde o armazenamento até o processamento da imagem. Negligenciar os cuidados com os filmes pode representar o comprometimento da imagem e consequentemente prejuízo do diagnóstico. Portanto devem-se ter os seguintes cuidados para os filmes: o manuseio deve ser suave, nunca dobrado, as mãos limpas e sem cremes ou loções. Os cuidados referentes ao armazenamento são: posição vertical das caixas, umidade do ar em cerca de 40 e 60% e temperatura de 20°C (TILLY JUNIOR, 2010).
5.2 - Parâmetros de Qualidade de Imagens:
A tecnologia digital traz novos desafios aos profissionais do serviço de diagnóstico por imagem, pois impõe  melhora na qualidade de imagem obtida, ao uso mais eficiente da radiação incidente, e uma padronização nas rotinas operacionais dos serviços radiodiagnósticos. Esta tecnologia apresenta uma nova forma de trabalho, seja na aquisição, na interpretação e no armazenamento das imagens. Em sistemas digitais de imagens médicas, as mudanças não se apresentam somente no sistema de captura, mas também na forma e nos métodos de avaliação, no entanto a física da aquisição permanece a mesma, trazendo maior número de informações sobre a qualidade das imagens produzidas. Vale lembrar que em sistemas digitais os cuidados com as variantes aplicadas a pacientes que se diferenciam do “homem padrão”, com os parâmetros aplicados na radiologia analógica permanecem ou até se acentuam. Os principais parâmetros físicos que devemos observar e analisar, para que os resultados sejam, no mínimo compatíveis ou iguais aos sistemas análogos são: Resolução espacial, Resolução de contraste, Relação sinal-ruído, dose de exposição, Distância do foco em relação  à placa de aquisição e colimação.
5.2.1 - Parâmetros de Imagens da Região Torácica:
O protocolo padrão e deve ser realizado sempre que possível, com o paciente em ortostase (de pé) e em inspiração profunda. Como a radiografia é uma representação bidimensional de uma estrutura tridimensional, a presença de duas incidências auxilia a localizar e caracterizar as alterações mais adequadamente. Devido a divergência dos feixes de raio-X emitidos pela ampola, a imagem em PA é preferida em relação à AP, pois aproxima o coração do detector e reduz sua magnificação. A posição em PA também auxilia a retirar as escápulas dos campos pulmonares. A distância mínima do paciente para a ampola (distância foco-objeto) deve ser de 1,5 m, sendo ideal a distância tecnicamente padronizada de 1,8 m4,9. O paciente pode elevar os membros superiores, em geral com apoio (segurando em algo), ou apoiar as mãos na cintura afastando os ombros, além de encostar a porção anterior do tórax no detector.
5.2.2 - Parâmetros de Imagens da Região Abdominal:
Nas radiografias do abdome é mais comum utilizarmos inicialmente apenas uma incidência – ântero-posterior (AP) – sendo as demais incidências (oblíqua, perfil, ortostático, etc) indicadas caso a caso. Como a radiografia é um método que utiliza raios-x para formação de imagens é um exame que implica em pequena exposição a este tipo de radiação ionizante. A imagem formada é representada em tons de cinza, onde diferentes tecidos vão apresentar tons (densidades) diversos. As quatro densidades básicas da radiografia, e que podem ser identificadas em um exame radiológico do abdome são, de mais escuro para mais branco, gás, gordura, líquido e cálcio. Órgãos sólidos, como fígado, baço e rins, apresentam densidade semelhante a líquido. Se o paciente apresentar algum implante metálico este se apresentará mais denso que as estruturas ósseas no esqueleto. As imagens são obtidas preferencialmente em apneia ou ao fim da expiração. Os tipos de incidência utilizados variam conforme a condição clínica do paciente e indicação do exame. Dentre as mais utilizadas, estão: Radiografia panorâmica em decúbito dorsal: o raio incide ao nível da crista ilíaca do paciente, inclui a sínfise púbica, o polo superior do rim mais elevado e, lateralmente, os flancos. Radiografia em posição ortostática: utilizada na rotina para abdome agudo esta incidência permite a identificação de pneumoperitônio (desde que inclua as cúpulas diafragmáticas) e níveis hidro-aéreos.
5.2.3 - Parâmetros de Imagens do Esqueleto Apendicular:
Os ossos do corpo humano podem ser divididos em dois grupos, formando a parte axial e a parte apendicular. Na parte axial, temos 28 ossos formando o crânio, 1 osso hioide, 26 ossos formando a coluna, 24 costelas e 1 esterno. Já na parte apendicular, temos 64 ossos nos membros superiores (incluindo a cintura escapular) e 62 ossos nos membros inferiores (incluindo a cintura pélvica). 
Esqueleto apendicular: O esqueleto apendicular é composto por 126 ossos, os quais formam nossos membros. Fazem parte do esqueleto apendicular:
Membros superiores: Os membros superiores são constituídos pelo úmero (osso do braço), ulna e rádio (ossos do antebraço), carpos (ossos do punho), metacarpos (ossos da palma da mão) e falanges (ossos dos dedos).
Membros inferiores: Os membros inferiores são constituídos pelo fêmur (osso da coxa), tíbia e fíbula (ossos da perna), patela (osso do joelho), tarsos, metatarsos e falanges (ossos dos dedos).
Cintura escapular: A cintura escapular é constituída pela clavícula e pela escápula.
Cintura pélvica: A cintura pélvica é constituída pelos ossos do quadril, também chamados de ossos pélvicos. 
Ossos do crânio: O crânio apresenta ossos que, em sua maioria, estão juntos em virtude das articulações imóveis. Esses ossos estão relacionados com funções importantes do organismo, como a proteção do encéfalo e o processo de fala e mastigação. Essa última função é possibilitada pela presença da mandíbula.
5.2.4 - Parâmetros de Imagens do Crânio

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