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NOME: Lucas Pereira Pessoa MATRÍCULA: 201512810541 EPI-NPJ PRESIDENTE VARGAS CONTESTAÇÃO EM AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA AO JUÍZO DE DIREITO DA _____ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA ESTADO/UF Processo n°.... JOSELINA DA SILVA, já qualificada nos autos da ação de EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS que lhe move JUVÊNCIO DA SILVA, também já qualificado, vem por meio de seu advogado inscrito na OAB/UF sob nº infra-assinado, com endereço profissional em ______, constante na procuração em anexo, com fulcro nos arts. 335 e seguintes do CPC apresentar a seguinte: CONTESTAÇÃO I. DA DEMANDA O presente diz em relação sobre o pedido de exoneração de pensão alimentícia na qual foi determinada em sentença judicial da 18ª Vara de Família da comarca do Rio de Janeiro/RJ. O requerente aduz que a requerida atingiu a maioridade, que não está mais estudando, uma vez que concluiu o ensino superior e que possui plenas condições para se sustentar sozinha, tendo em vista que já possui emprego. II. DO DIREITO A requerida está desempregada e está cursando Gestão de Recurso Humanos em uma universidade particular. Embora, já tenha concluído anteriormente curso superior em Tecnólogo de Processamentos Gerenciais, ainda não obteve oportunidade de emprego. É importante salientar que até 01 de julho de 2019, estagiava na empresa FLASH LTDA a receber uma bolsa de R$ 900,00 (novecentos reais). Contudo, seu contrato de estágio foi cancelado. Neste momento não possui nenhuma outra fonte de renda. Exceto a pensão alimentícia no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), prestada pelo requerente. Não possui, dessa forma, plena condição para sozinha, prover seu sustento, conforme foi alegado. Alega também o alimentante maioridade do alimentando para se exonerar das prestações alimentícias. Entretanto, essa obrigação não se encerra com a simples maioridade, uma vez que a maioridade do filho capaz encerra o poder familiar e o dever obrigacional de sustento, porém ainda permanece a relação de parentesco entre os pais e os filhos. Devido a esse fato, quando o filho maior de idade não puder por si se sustentar e provar a necessidade da pensão alimentícia, o alimentante deverá continuar com o pagamento em questão. Diz o art. 1.694 do Código Civil que: “podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação”. Portanto, dada às exigências do mercado atual de trabalho, a alimentada continua sendo jus ao direito de auxílio do genitor, mesmo após a maioridade civil do alimentado. É o que tem decidido os tribunais. Confira-se: EXONERAÇÃO DE ALIMENTOS – Maioridade – Comprovação pelo filho de que frequenta curso de ensino superior – Alimentando que ainda não reúne condições para prover a própria subsistência – Necessidade do auxílio financeiro paterno – Ausente prova de que o genitor está impossibilitado de prestar alimentos – Sentença mantida – Aplicação do disposto no art. 252 do Regimento Interno deste Tribunal – RECURSO NÃO PROVIDO. (TJ-SP; Apelação 0066921-42.2012.8.26.0576; Relator: Elcio Trujillo; Órgão Julgador: 10ª Câmara de Direito Privado; Foro de São José do Rio Preto - 2ª Vara de Família e Sucessões; Data do Julgamento: 02/12/2014; Data de Registro: 03/12/2014). Segue no mesmo sentido: Ação de Alimentos. Filha maior que necessita de ajuda para custear o curso de Farmácia. Maioridade, por si, não autoriza a automática cessação da obrigação alimentar. Comprovada a possibilidade do Réu e a necessidade da Autora. Condenação do Réu ao pagamento de multa no importe de 20% do valor da causa, nos termos do parágrafo único, do artigo 14 do CPC. Afastamento excepcional. Sentença reformada em parte. Recursos parcialmente providos. (TJ-SP; Apelação 0103894-71.2009.8.26.0003; Relator: João Pazine Neto; Órgão Julgador: 3ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional III - Jabaquara - 1ª Vara da Família e Sucessões; Data do Julgamento: 15/05/2012; Data de Registro: 16/05/2012). Portanto, mesmo a requerida sendo maior de idade, formada em nível superior e não dispor dos meios para seu próprio sustento, a alimentada preenche os requisitos para o recebimento dos referidos alimentos. III. DA CONCLUSÃO Diante do que foi exposto, requer à alimentada que seja julgado improcedente o pedido formulado pelo requerente, com a consequente condenação destes nos ônus da sucumbência. Protesta provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, principalmente, as provas testemunhais, bem como o depoimento pessoal da requerente, o que fica desde já requerido. Nestes termos, Pede deferimento Local e data _____________________________________ Advogado (OAB/UF nº_____)
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