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Virgílio Andrade abril/2017 ▪Interpretação = é o ato de descobrir o sentido, significado e alcance do texto ou da norma, que foi atribuído por seu autor. ▪ ORIENTAÇÕES GERAIS: ▪ 1. Ler duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes; ▪ Lembrar-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia. ▪ 2. Ler duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede; ▪ 3. Ler duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são; ▪ 4. Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução ou conclusão; ▪ 5. Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. ▪ 6. Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem do texto. O PRINCÍPIO QUE VEDA A PROVA ILÍCITA É POSITIVADO EM NOSSA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Art. 5º LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. 1. O que é que se admite no processo? 2. O que são Provas ilícitas? 1. são aquelas que, em si mesmas consideradas, fere o ordenamento jurídico ou, 2. Aquelas cuja forma de obtenção, de constituição, de formação, fere o ordenamento jurídico. É ou não ético roubar um remédio cujo preço é inacessível, a fim de salvar alguém, que, sem ele, morreria? Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para questões desse tipo. Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia Antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo legítimo. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Ética. Brasília, 2012. Disponível em: <portal.mec.gov.br>. Acesso em: 16 jul. 2012 (adaptado). ▪Um texto é composto por personagens que falam, dialogam entre si, manifestam, enfim, o seu discurso. ▪Há três recursos para citar o discurso alheio: ▪ a) Discurso direto; ▪ b) Discurso indireto; ▪ c) Discurso indireto livre. ▪É a forma como o narrador (testemunha) desenvolve sua narrativa. Sempre apresenta dinamismo, exatamente por sua formação cultural. Parece que a agulha não disse nada: mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: - Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar a vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: - Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária! (Um apólogo.) Machado de Assis ▪ O texto reproduz a fala do alfinete e do professor de melancolia. Em ambos os casos, a reprodução da fala é com as próprias palavras deles, como se o leitor estivesse ouvindo esses personagens literalmente. ▪ Esse tipo de expediente é denominado de discurso direto, cujas marcas típicas são: ▪ - vem introduzido por verbo que anuncia a fala do personagem (murmurou, disse). Esses verbos são chamados de verbos de dizer (dizer, responder, retrucar, afirmar, falar). ▪ - normalmente, antes da fala do personagem, há dois pontos ou travessão. ▪ - os pronomes, o tempo verbal e palavras que dependem de situação são usados literalmente, determinados pelo contexto. D. Paula perguntou-lhe se o escritório era ainda o mesmo, e disse-lhe que descansasse, que não era nada; dali a duas horas tudo estaria acabado. ▪Nessa passagem o narrador reproduz a fala da personagem literalmente, mas usa suas próprias palavras. ▪ A fala de D. Paula chega ao leitor por via indireta, por isso esse expediente é denominado de discurso indireto, cujas marcas são: - discurso indireto também é introduzido por verbo de dizer. - vem separado da fala do narrador por uma partícula introdutória, normalmente a conjunção que ou se. - os pronomes, o tempo verbal e elementos que dependem de situação são determinados pelo contexto do narrador: o verbo ocorre na 3ª pessoa. ❖Baleia encostava a cabecinha fatigada na pedra. A pedra estava fria, certamente Sinhá Vitória tinha deixado o fogo apagar-se muito cedo. ❖Baleia queria dormir. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. ▪ Aqui, quase não conseguimos observar os limites entre a fala do narrador e a do personagem. ▪Somente observando o tempo verbal e os adjetivos é que supomos tratar-se do discurso do personagem. ➢ o narrador (testemunha), "intromete-se" ao emitir opinião a respeito do fato narrado, confundindo o leitor/interlocutor que muitas vezes não percebe a própria intromissão. ▪ - Discurso direto: Baleia pensava: O mundo ficará todo cheio de preás, gordos, enormes. ▪ - Discurso indireto: Baleia pensava que o mundo todo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. ▪ - Discurso indireto livre: O mundo ficaria todo cheio de preás, gordos, enormes. oNotamos que o discurso indireto livre é um discurso que exclui os verbos de dizer e a partícula introdutória. - Discurso direto: ▪ D. Paula disse: - Daqui a duas horas tudo estará acabado. o Empolgado, dirigi-me aos amigos e perguntei desafiador: - só eu vi o crime? Vocês não? - Discurso indireto: ▪ D. Paula disse que dali a duas horas tudo estaria acabado. o Dirigiu-se aos amigos e desafiador se fora o único a presenciar o crime." ✓Na conversão do discurso direto para o indireto, as frases interrogativas, exclamativas e imperativas passam todas para a forma declarativa. ▪ Ao escolher o discurso direto, cria-se um efeito de verdade, dando a impressão de preservar a integridade do discurso. ▪ Já a opção pelo discurso indireto cria-se diferentes efeitos de sentidos. ▪O primeiro, que elimina elementos emocionais ou afetivos gera um efeito de sentido de objetividade analítica, depreendendo apenas o que o personagem diz e não como diz. ▪O segundo tipo serve para analisar as palavras e o modo de dizer dos outros e não somente o conteúdo de sua comunicação. ▪ E o discurso indireto livre mescla a fala do narrador e do personagem. Do ponto de vista gramatical, o discurso é do narrador; do ponto de vista do significado, o discurso é do personagem. ▪O efeito de sentido do discurso indireto livre está entre a subjetividade e a objetividade. ▪ A dissertação argumentativa, em função de sua natureza persuasiva, e a base que sustem o discurso forense. ▪ A arte de dissertar caracteriza-se pela exposição objetiva de ideias, bem como pela análise crítica, ora parcial (dissertação opinativa), ora imparcial (dissertação argumentativa) de um tema predeterminado. ▪ Assim, sempre que opinamos, debatemos, pormenorizamos o que nos foi proposto em discussão, estamos dissertando. E seguramente a composição mais complexa e que requer conhecimento específico e aprofundado da matéria. ▪Dissertar diz respeito ao desenvolvimento de ideias, de juízos, de pensamentos. Exemplos: "As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem..." "Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado.“ A linguagem, que no texto escrito deve ser culta - no entanto, deve ser sem pedantismos ou arcaísmos Foco na coesão em sua estrutura sintático-semântica, caso contrário as ideias não serão articuladas de modo clara, objetivo, coerente e lógico, concorrendo para desvalorizar o conteúdo a ser transmitido e posto em defesa na argumentação. ▪ Divide-se em três componentes significativos que se desdobram e interligam-se: introdução ou exórdio, desenvolvimento e conclusãoou peroração. ▪ Introdução = promove-se a delimitação do assunto que será abordado do tema, como será sua tese (tópico frasal central) e apresenta dos argumentos sustentáveis (dois ou três), evitar ultrapassar de cinco frases. ▪ Desenvolvimento = será a parte mais extensa do texto com vários parágrafos que dependerá dos argumentos apresentados. Aqui será demonstrado: evidências, explicações, valorações para sustentar a tese proposta. ▪ Conclusão = retoma-se a tese e elabora uma síntese das ideias discutidas ou propor-se, se for o caso, a solução para o problema discutido sem ultrapassar duas ou três frases completas e complementares. ▪ O texto produzido irá propor uma análise crítica, uma opinião fundamentada de determinado tema. ▪PARÁFRASE E ▪PERÍFRASE. ▪ Paráfrase é o comentário amplificativo de um texto ou a explicação desenvolvida de um texto. ▪ Nela o autor procura seguir mais o sentido do texto que a sua letra; metáfrase. ▪ Surge uma nova apresentação de um texto (entrecho, obra etc.) que visa torná-lo mais inteligível ou que sugere novo enfoque para o seu sentido. ▪ Perífrase é o rodeio de palavras ou a frase que substitui o nome comum do próprio. Na perífrase sempre se destaca algum atributo do ser. ▪ Nela a frase ou recurso verbal que exprime aquilo que poderia ser expresso por menor número de palavras;circunlóquio. ▪ Exemplo:à Visitei a Cidade Maravilhosa. (= Rio de Janeiro) ▪ A síntese de texto é um tipo especial de composição que consiste em reproduzir, em poucas palavras, o que o autor expressou amplamente. ▪ Desse modo, só devem ser aproveitadas as ideias essenciais, dispensando-se tudo o que for secundário. ▪ Leia atentamente o texto, a fim de conhecer o assunto e assimilar as ideias principais; ▪ Leia novamente o texto, sublinhando as partes mais importantes, ou anotando à parte os pontos que devem ser conservados; ▪ Resuma cada parágrafo separadamente, mantendo a seqüência de ideias do texto original; ▪ Agora, faça seu próprio resumo, unindo os parágrafos, ou fazendo quaisquer adaptações conforme desejar; ▪ Evite copiar partes do texto original. Procure exercitar seu vocabulário. Mantenha, porém, o nível de linguagem do autor; ▪Não se envolva nem participe do texto. Limite-se a sintetizá-lo. ▪ Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as ideias expressas em um texto não é difícil. Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse. ▪ Ler todo o texto para descobrir do que se trata. ▪ Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar. ▪Distinguir os exemplos ou detalhes das ideias principais. ▪Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes ideias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma". ▪ Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma ideia diferente. ▪ Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo. ▪Num resumo, não se devem comentar as ideias do autor. Deve-se registrar apenas o que ele escreveu, sem usar expressões como "segundo o autor", "o autor afirmou que". ▪O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. Recomenda-se nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original. ▪Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados. ▪ ▪Exercícios É ou não ético roubar um remédio cujo preço é inacessível, a fim de salvar alguém, que, sem ele, morreria? Seria um erro pensar que, desde sempre, os homens têm as mesmas respostas para questões desse tipo. Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Na Grécia Antiga, por exemplo, a existência de escravos era perfeitamente legítima: as pessoas não eram consideradas iguais entre si, e o fato de umas não terem liberdade era considerado normal. Hoje em dia, ainda que nem sempre respeitados, os Direitos Humanos impedem que alguém ouse defender, explicitamente, a escravidão como algo legítimo. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Ética. Brasília, 2012. Disponível em: <portal.mec.gov.br>. Acesso em: 16 jul. 2012 (adaptado). Legisladores do mundo se comprometem a alcançar os objetivos da Rio+20 Reunidos na cidade do Rio de Janeiro, 300 parlamentares de 85 países se comprometeram a ajudar seus governantes a alcançar os objetivos estabelecidos nas conferências Rio+20 e Rio 92, assim como a utilizar a legislação para promover um crescimento mais verde e socialmente inclusivo para todos. Após três dias de encontros na Cúpula Mundial de Legisladores, promovida pela GLOBE International — uma rede internacional de parlamentares que discute ações legislativas em relação ao meio ambiente —, os participantes assinaram um protocolo que tem como objetivo sanar as falhas no processo da Rio 92. Em discurso durante a sessão de encerramento do evento, o vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe afirmou: “Esta Cúpula de Legisladores mostrou claramente que, apesar dos acordos globais serem úteis, não precisamos esperar. Podemos agir e avançar agora, porque as escolhas feitas hoje nas áreas de infraestrutura, energia e tecnologia determinarão o futuro”. Disponível em: <www.worldbank.org/pt/news/2012/06/20>. Acesso em: 22 jul. 2012 (adaptado). Pyongyang comemorou neste sábado (15) com um desfile militar o "Dia do Sol", data do nascimento do líder fundador da dinastia, Kim Il-Sung, avô do atual líder norte-coreano. O governo aproveitou a ocasião para mandar um recado à Washington, Seul, Tóquio e Pequim sobre seu poderio bélico. Depois de inspecionar a guarda de honra, o atual líder norte-coreano Kim Jong-Un, vestido com um terno preto, supervisionou as tropas que marcharam pela praça Kim Il- Sung, ao lado de autoridades do alto escalão militar do país. Após uma salva de 21 canhões, dezenas de milhares de soldados da força de infantaria, da Marinha e da Aviação, desfilaram com o passo de ganso, virando a cabeça para o balcão onde o líder norte-coreano estava. Alguns destacamentos portavam rifles ou lança-granadas e outros tinham óculos de visão noturna e o rosto pintado. Atrás deles, tanques e armas que preocupam a comunidade internacional: um total de 56 mísseis de 10 classes diferentes, transportados por reboques e caminhões. Pyongyang tem sido alvo de várias resoluções da ONU que procuram impedir o país de adquirir tecnologia nuclear e balística. O país asiático, que já realizou cinco testes nucleares nos últimos meses, quer desenvolver um míssil intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos, o que, de acordo com o presidente americano Donald Trump, "não vai acontecer".
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