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APOL 2 HISTÓRIA DA LITERATURA

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Questão 1/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“O romântico não teme as demasias do sentimento nem os riscos da ênfase patriótica, nem falseia de propósito a realidade, como anacronicamente se poderia hoje inferir: é a sua forma mental que está saturada de projeções e identificações violentas, resultando-lhe natural a mitização dos temas que escolhe. Ora, é esse complexo ideoafetivo que vai cedendo a um processo de crítica na literatura dita ‘realista’. Há um esforço, por parte do escritor antirromântico, de acercar-se impessoalmente dos objetos, das pessoas. E uma sede de objetividade que responde aos métodos científicos cada vez mais exatos nas últimas décadas do século”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BOSI, Alfredo. História concisa da Literatura Brasileira. São Paulo: Cultrix, 1996, p. 167. 
Levando-se em consideração a citação e as informações do livro-base História da Literatura Universal sobre as características do Realismo, leia as afirmativas a seguir e assinale (V) para as afirmativas verdadeiras ou (F) para as afirmativas falsas:
I. ( ) O Realismo procura fazer uma análise objetiva da realidade social.
II. ( ) A linguagem rebuscada e ornamental representa a complexidade com que os escritores realistas buscavam retratar a realidade de seu contexto sócio-histórico.
III. ( ) Correntes científico-filosóficas como o positivismo, o determinismo e o darwinismo influenciam a postura analítica e racional dos escritores realistas.
IV. ( ) O pensamento cientificista que orientou os escritores realistas fez com que estes percebessem o homem como produto do seu meio e, por esse motivo, buscaram uma arte mais comprometida com a crítica social.
V. ( ) O Naturalismo foi uma corrente literária que surgiu juntamente com o Realismo e que se opôs a ele, por manter o sentimentalismo romântico na abordagem da realidade.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	F – V – V – V – F
	
	B
	V – F – F – V – V
	
	C
	V – F – V – V – F
Você acertou!
As afirmativas I, III e IV são verdadeiras porque a perspectiva do realismo é objetiva em relação à realidade social; tal objetividade está associada às correntes filosóficas da época e à compreensão de que o homem era produto do meio fez os realistas se concentrarem nas questões sociais: “Esse contexto tem como característica o antirromantismo, antissubjetivo e adepto da objetividade, pois o que interessa é o objeto, aquilo que está fora de nós [...]. Preferia-se uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis, isto é, o que pressupunha uma base científica, revelando o condicionamento do homem ao meio físico e social” (livro-base, p.  229-230); essa objetividade está associada às correntes filosóficas do período: “[...] o positivismo de Auguste Comte [...]; o determinismo, criado por Hippolyte Taine [...]; e o darwinismo [...]” (p. 229). As afirmativas II e V são falsas porque a linguagem utilizada pelos realistas é objetiva e clara e os naturalistas convergiam com os realistas no que se refere à objetividade, entre outros aspectos (p. 228, 229).
	
	D
	V– F – V – V – V
	
	E
	F – F – V – F – V
Questão 2/10 - História da Literatura
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Medeia – [...] De todos os seres que respiram e pensam, nós outras, as mulheres, somos as mais miseráveis. Precisamos primeiro comprar muito caro um marido, para depois termos nele um senhor absoluto da nossa pessoa, segundo flagelo ainda pior que o primeiro. [...] Para uma mulher abandonar o marido é escandaloso, repudiá-lo impossível. [...] O homem, dono do lar, sai para distrair-se de seu tédio junto de algum amigo ou de pessoas de sua idade; mas nós, é preciso não termos olhos a não ser para eles [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EURÍPIDES. Medeia. In: ÉSQUILO; SÓFOCLES; EURÍPIDES. Prometeu acorrentado; Édipo Rei; Medeia. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 171.
Autor de tragédias gregas, Eurípides levou para o palco situações ligadas ao dia a dia da sociedade grega e à condição da mulher. Entre suas maiores criações estão as personagens femininas, como Medeia. Considerando o fragmento citado e o livro-base História da Literatura Universal, o tema central da tragédia Medeia é...
Nota: 10.0
	
	A
	a mulher que procura se vingar da cidade de Atenas por ciúmes.
	
	B
	a mãe que mata os próprios filhos por ciúmes e ódio ao marido.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque Eurípedes “escreveu por volta de 100 peças, tornou-se mais popular que Ésquilo e Sófocles e teve os enredos de suas tragédias aproveitados por dramaturgos posteriores [...]. Sua versão do mito de Medeia, a história da mãe que mata os próprios filhos por ciúmes, emocionou os gregos e é encenada até hoje” (livro-base, p. 69, 70).
	
	C
	a escrava que se rebela contra a sua condição de opressão.
	
	D
	a mãe que superprotege os filhos em suas aventuras.
	
	E
	a mãe que chora a morte dos filhos na guerra.
Questão 3/10 - História da Literatura
Leia os fragmentos de poemas abaixo: 
“[A luta] desperta até o indolente para o trabalho:
pois um sente desejo de trabalho tendo visto
o outro rico apressado em plantar, semear e a
casa beneficiar; o vizinho inveja ao vizinho apressado
atrás de riqueza; boa Luta para os homens esta é,
o oleiro ao oleiro cobiça, o carpinteiro ao carpinteiro,
o mendigo ao mendigo inveja e o aedo ao aedo.
...................................................................................”.
 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HESÍODO. Os trabalhos e os dias. Trad. Mary de C. N. Lafer. São Paulo: Iluminuras, 2006, p. 21, 22.
 
“Fala-me, Musa, do homem astuto que tanto vagueou,
depois que de Troia destruiu a cidadela sagrada.
Muitos foram os povos cujas cidades observou,
cujos espíritos conheceu; e foram muitos no mar
os sofrimentos por que passou para salvar a vida
...............................................................................”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOMERO. Odisseia. Trad. Frederico Lourenço. São Paulo: Penguin Classics/ Cia. das Letras, 2011, p. 119.
A literatura grega é a formadora da literatura Ocidental. As obras de Homero e Hesíodo estão entre aquelas que influenciaram escritores e povos que os sucederam. Considerando os versos citados e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal a respeito da Odisseia, de Homero, e dos Trabalhos e os dias, de Hesíodo, leia as afirmativas a seguir.
I. Graças à obra de Homero, a palavra odisseia adquiriu o significado de “viagem longa e atribulada”.
II. Os trabalhos e os dias tratam das origens do cosmo e dos deuses, além de guerras e aventuras entre reis e entidades mitológicas.
III. A Odisseia narra as aventuras de Ulisses durante a guerra de Troia, como sua luta com Heitor, herói troiano morto por ele.
IV. Os Trabalhos e os dias é uma obra que ensina técnicas de cultivo, regras de educação destinada a um público mais simples do que o de Homero. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	II e III
	
	B
	I e III
	
	C
	III e IV
	
	D
	I e IV
Você acertou!
As afirmativas I e IV estão corretas porque a Odisseia narra as aventuras que Ulisses protagoniza ao longo de sua volta para Ítaca. Prolongando-se por 10 anos, essa viagem foi repleta de atribulações e riscos.  Por essa razão, com o tempo, a palavra odisseia “passou a significar qualquer viagem longa e atribulada” (livro-base, p. 55). E de fato a obra de Hesíodo é “ [...] ‘uma espécie de poema didático, que estabelece normas de agricultura, de educação dos filhos, de práticas supersticiosas na vida cotidiana’” (p. 58). As afirmativas II e III estão erradas, porque Os trabalhos e os dias não tratam da origem do mundo nem dos deuses, isso se conta na Teogonia; e a obra que conta as peripécias da guerra de Troia é a Ilíada, na qual Aquiles mata Heitor, filho do rei Príamo.
	
	E
	II e IV
Questão4/10 - História da Literatura
Leia a citação: 
“O domínio próprio da tragédia situa-se nessa zona fronteiriça onde os atos humanos vêm articular-se com as potências divinas, mas onde revelam seu verdadeiro sentido, ignorado até por aqueles que os praticam e por eles são responsáveis, inserindo-se numa ordem que ultrapassa o homem e a ele escapa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 17.
A citação de Jean Pierre Vernant e Pierre Vidal-Naquet comentam sobre o sentido da tragédia. Na Poética, Aristóteles descreve as características da tragédia, mencionando a catarse como um dos seus elementos centrais. Considerando a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre a catarse, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	é o processo de alívio e purificação experimentado pelo público diante da punição da personagem que cometeu uma ação incorreta aos olhos dos deuses.
Você acertou!
A tragédia para Aristóteles deve levar ao bem. Nesse sentido, a catarse ocorre no momento decisivo da tragédia em que uma personagem que violou uma lei divina, ainda que a desconheça, é punida, e tal punição é sentida como um alívio pelo público por não estar no lugar dela: “Quando o público se depara com as ações incorretas do vilão e o vê sendo castigado, ao se identificar com esse personagem, teme ser punido como ele, sente alívio por não estar em seu lugar e passa por um processo de purificação, que o faz querer imitar apenas as ações virtuosas do herói [...]” (livro-base, p. 52).
	
	B
	é o sentimento de satisfação em face da identificação do público com uma personagem virtuosa da tragédia, a qual segue estritamente as regras prescritas pelos deuses.
	
	C
	é o sentimento de ódio ao vilão da tragédia que cometeu uma ação considerada radicalmente estranha à cultura do público.
	
	D
	é a revolta do público pela condenação injusta sofrida pela personagem, sinalizando uma ruptura em relação às regras divinas.
	
	E
	é o amor que a personagem principal tem pelo vilão da tragédia, como ocorre com Medeia em relação a Jasão.
Questão 5/10 - História da Literatura
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“[...] Deus disse: ‘Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente’, e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GORGULHO, G. da S.; STORNIOLO, I.; ANDERSON, A. F. (coordenadores). Gênesis. In: ______. A Bíblia de Jerusalém. Trad. Vários. Nova edição revista. São Paulo: Paulinas,1985, p.31, 32.
As narrativas consideradas inaugurais da história da literatura universal têm semelhanças de forma e conteúdo que as aproximam para além das diferenças contextuais que as geraram. Considerando o fragmento de texto citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre questões e temas comuns a essas obras, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Os temas mais recorrentes eram os relativos aos tratados de etiqueta, ligados às cortes das cidades-Estado regidas por príncipes e afins.
	
	B
	As questões que aparecem em todos esses textos se ligam às perguntas sobre a constituição da literatura e dos gêneros literários.
	
	C
	A questão da autonomia da mulher em face da dominação patriarcal está presente nesses textos inaugurais.
	
	D
	Entre as questões centrais estavam as reflexões sobre a criação do mundo, do homem, do lugar de onde vem o homem ou para onde ele vai.
Você acertou!
Textos como o Gilgamesh, O livro dos Mortos, o Velho Testamento, entre outros buscam responder a essas questões: “Pensando nessas obras tidas como inaugurais, uma das questões centrais, que inquietava os primeiros pensadores ou artistas, era a de compreender a criação do mundo ou saber quem somos nós e de onde viemos. Assim, as primeiras narrativas tinham como tema a criação do mundo e eram longos textos, provavelmente em versos [...] (livro base, p. 32). As demais alternativas estão erradas porque não eram temas comuns à discussão sobre a etiqueta da corte, debate que começou no Renascimento, com obras como O cortesão, entre outras; nem sobre os gêneros literários, ainda que haja passagens sobre a origem da linguagem, o poder das palavras, etc. A discussão inicial sobre gêneros se dará na esfera da filosofia, com Platão e Aristóteles; tampouco se discutem a autonomia da mulher, algo que só virá muito mais tarde, ainda que já na Antiguidade haja personagens femininas poderosas como Antígone e Medeia e até Xerazade, das Mil e uma noites; e muito menos os feitos de cavalaria, que são temas pertencentes à literatura medieval.
	
	E
	Os temas estavam ligados aos feitos dos heróis de cavalaria, cuja ênfase recaía nos valores como a honra, coragem e a fortaleza.
Questão 6/10 - História da Literatura
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O entardecer não chegava nunca, a vibração do sol sobre as pistas e as carrocerias dilatavam a vertigem até a náusea. Os óculos pretos, os lenços com água de colônia na cabeça, os recursos improvisados para se proteger, para evitar um reflexo ofuscante ou a fumaça dos canos de escapamento em cada avançada, eram organizados e aperfeiçoados, eram objeto de comunicação e comentário”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CORTÁZAR, Júlio. A autoestrada do sul. In: _____. Todos os fogos o fogo. Rio de Janeiro: Civilizaçao Brasileira, 1972, p. 5. 
Julio Cortázar, escritor argentino, rompeu em sua obra com premissas espaço-temporais mais tradicionais, como faz em O jogo da amarelinha, romance que pode ser lido em ordens diferentes; ou no conto “A autoestrada do sul”, em que um congestionamento monstro nas imediações de Paris muda radicalmente a relação das pessoas com o tempo e o espaço. Levando-se em consideração a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre a obra de Cortázar, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	A obra do autor se caracterizou por um forte intimismo, construído em função da ampla utilização do fluxo de consciência que desencadeia a falta de sentido e, consequentemente, configurando o que foi chamado de realismo mágico.
	
	B
	Escreveu contos curtos em prosa poética, que privilegiaram o rompimento da linearidade temporal, investindo no aprofundamento psicológico das personagens, construindo para tanto universos mágicos e simbólicos, como nas Histórias de cronópios e famas.
Você acertou!
“Julio Cortázar é um dos autores mais inovadores e originais do seu tempo, mestre do conto curto e da prosa poética, comparável a Jorge Luis Borges e Edgar Allan Poe [...]. Criou uma nova forma de fazer literatura, rompendo com os moldes clássicos mediante narrações que escapam da linearidade temporal e nas quais os personagens adquirem autonomia e profundidade psicológicas inéditas” (livro-base, p. 303, 304).
	
	C
	O realismo mágico na obra de Cortázar propõe um processo de alienação da realidade, um artifício que resgata o desejo de evasão dos românticos por meio da fantasia exacerbada.
	
	D
	A obra de Cortázar traz ruptura no plano das personagens, pois no plano da estrutura da obra o autor é extremamente tradicional, construindo narrativas lineares que privilegiam a organização de início, meio e fim.
	
	E
	Seus contos assemelham-se aos de Hemingway, por serem construídos com muitos diálogos, quase sem a presença de um narrador, de modo a deixar o texto o mais realista possível.
 
Questão 7/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“Kitâb el-Mayytûn, literalmente Livro dos Mortos, foi o nome árabe empregado pelos violadores das necrópoles dos faraós para todo rolo de papiro encontradonas tumbas. Nome muito genérico evidentemente, pois os papiros tratavam dos mais variados assuntos, de receituário mágico a contrato de cessão de terras, de projeto arquitetônico a estudos médicos ou matemáticos.
Este termo foi acolhido no século passado [séc. XIX] pelos pioneiros das pesquisas de egiptologia e assim convencionalmente permaneceu, limitado, contudo, à miscelânea de fórmulas, difundidas no Novo Império [egípcio], voltadas para proteger o defunto contra os perigos do reino dos mortos, além de ser um texto útil para os vivos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RACHEWILTZ, Boris de (introdução, notas e tradução). Il Libro dei Morti degli antichi egizi. 2ªed. Roma: 2001, p. 11 (trad. autor da questão).
Tendo como referência as informações mencionadas e a leitura de seu livro-base História da Literatura Universal, leia as afirmativas a seguir, assinalando (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as afirmativas falsas:
I. (  ) Os egípcios passaram a comportarem-se temendo o veredito de Anúbis, o deus que apontava quem ia ou não para Aaru, o paraíso.
II. (   ) Os textos que integram o que hoje se denomina Livro dos mortos não foram escritos por um único autor nem são todos da mesma época histórica.
III. ( ) O Livro dos Mortos continha instruções de como falar, respirar e beber no Além.
IV. ( ) Depois de ser embalsamado por Anúbis, que entoava cantos para sua ressuscitação, Osíris se tornou senhor dos mortos. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	V– V – V – F
	
	C
	F – V – V – V
Você acertou!
A afirmativa I é falsa, porque não é Anúbis, mas sim Osíris o deus dos mortos: “Durante o processo de embalsamento, Anúbis entoava encantos que ressuscitaram Osíris e tornaram-no o senhor dos mortos, incumbido do julgamento das almas e da permissão ou proibição de entrada dos espíritos no Aaru, o paraíso” (livro-base, p. 38). As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque a finalidade do Livro dos Mortos “[...] era guiar os mortos para o além por meio de orações e rituais. [...] Na verdade, não se trata de um ‘livro’ de acordo com seu conceito atual, que prevê a existência de um autor que intencionalmente escreve um texto com começo meio e fim. [...] os escritos que integram o que hoje se denomina por Livro dos Mortos não foram elaborados por um único autor nem são todos da mesma época histórica [...]” (livro-base, p. 37).
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 8/10 - História da Literatura
Leia a passagem a seguir: 
 “[...] e o rei Xariar continuou a se casar a cada noite com uma jovem filha de mercadores ou de gente do vulgo – com ela ficando uma só noite e em seguida mandando matá-la ao amanhecer – até que as jovens escassearam as mães choraram, as mulheres se irritaram e os pais e as mães começaram a rogar pragas contra o rei, queixando-se ao criador dos céus e implorando ajuda àquele que ouve as vozes e atende às preces”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Anônimo. Livro das Mil e uma Noites, v. 1, ramo sírio. Trad. Mamede Mustafá Jarouche. São Paulo: Globo, 2005, p. 49. 
O Livro das mil e uma noites é um clássico da literatura mundial. A obra é uma coletânea de histórias maravilhosas que foram produzidas e circularam por várias regiões de cultura árabe. A primeira vez que se ouviu falar no livro foi no século IX, mas boa parte dele foi escrita na segunda metade do século XIII. O que unifica os diversos contos de as Mil e uma noites é a narrativa de Xerazade. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, a estratégia de Xerazade na história é:
Nota: 10.0
	
	A
	contar histórias para aguçar a curiosidade do rei e interrompê-las ao amanhecer para continuá-las na noite seguinte.
Você acertou!
“O ponto em comum nas variadas versões reside no modo de organizar os contos, que são narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar” (livro-base, p. 99). Xerazade tenta se livrar da fatalidade de ser morta na manhã seguinte, como as demais esposas do rei, mantendo sua curiosidade, contando diferentes histórias. Sua estratégia era contar parte da história, interrompendo-a de manhã, e continuá-la na noite seguinte (p. 99).
	
	B
	contar histórias para Xariar, seu pai, na esperança de que não fosse mandada a uma terra distante, para desposar o filho de um tirano.
	
	C
	livrar-se do ciúme do rei Xariar, contando-lhe histórias edificantes e com final feliz.
	
	D
	convencer o rei Xariar de que o melhor era deixá-la partir e ensinar a outros povos a tradição do Oriente.
	
	E
	ajudar o rei Xariar a escolher novas virgens para se casar. Nos intervalos em que ficava só, ela contava-lhe histórias.
Questão 9/10 - História da Literatura
Leia a citação a seguir: 
“Ressalta-se nele a ruptura do equilíbrio da vida interior, com o triunfo da intuição e da fantasia, as quais alimentam o contraste entre as aspirações e a realidade. Necessariamente se oporia ao predomínio da razão, que, como se sabe, levava os clássicos a aceitar a vida e a sociedade de maneira relativamente pacífica ou com atitude espiritual e moral estáticas. Ao contrário destes, o romântico exprime a insatisfação do mundo contemporâneo: inquietude, tristeza, aspiração vaga e imprecisa, anseio de algo melhor do que a realidade, inconformismo social, ideais políticos e de liberdade, entusiasmo nacionalista. Dá grande ênfase à vida sentimental, tornando-se intimista e egocêntrico, enquanto o coração é a medida mais exata da sua existência”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CASTELO, José Aderaldo; CANDIDO, Antonio. Presença da Literatura Brasileira – Das origens ao Romantismo. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1974. p.204.
O texto mencionado mostra que o Romantismo expressa uma insatisfação em relação a seu tempo, um inconformismo que leva os românticos a aspirarem por uma outra realidade. De acordo com a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, em relação ao descontentamento romântico, é correto afirmar que ele se devia...
Nota: 10.0
	
	A
	às novidades trazidas pelo progresso econômico, que escondiam as diferenças entre as classes sociais, as quais se intensificaram no decorrer do século XVIII.
Você acertou!
“O romantismo designa um movimento estético cuja principal característica consistiu no descontentamento com as novidades trazidas pelo progresso econômico, que mascararam a indignidade produzida pelo distanciamento entre as classes sociais” (livro-base, p. 182). As demais informações estão incorretas, porque não procedem historicamente.
	
	B
	à intensificação do controle político e religioso por parte da Igreja, a qual passou a perseguir os escritores, gerando um clima de terror e pessimismo.
	
	C
	ao fortalecimento do regime monárquico na Europa, pois os escritores românticos, em sua maioria, eram burgueses.
	
	D
	à adesão do proletariado à classe burguesa, expressando a falta de saída para a sociedade e os escritores do período.
	
	E
	à queda do número de leitores e a consequente crise do mercado editorial do período.
	
	F
	à queda do número de leitores e a consequente crise do mercado editorial do período.
Questão 10/10 - História da Literatura
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Suas casacas, mais bem cortadas, pareciam feitas de um tecido mais macio e seus cabelos, puxados em caracóis em direção às têmporas, pareciam brilhar com uma pomada mais fina. Possuíam a tez da riqueza, aquela tez branca realçada pela palidez das porcelanas, pelo reflexo dos cetins, pelo verniz dos belos móveis e cuja saúde é mantida por um regime discreto de alimentos requintados. Seus pescoços movimentavam-se à vontade sobre suas gravatas baixas, suas longas suíças caíam sobre colarinhos voltados; enxugavam os lábios em lenços bordados com um grande monograma de onde saía um aroma suave”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FLAUBERT,Gustave. Madame Bovary. Trad. Fúlvia Moretto. São Paulo: Nova Alexandria, 2007, p. 58. 
O trecho citado de Madame Bovary compõe a cena da residência do Marquês d’Andervilles, o castelo de Vaubyessard. É a descrição dos jovens aristocratas presentes no baile do marquês. A cena é expressiva do estilo realista. Pode-se saber muito sobre as personagens pelos detalhes que são mostrados por um narrador quase invisível, como o monograma no lenço perfumado, denunciando o que havia neles de refinado, mas fútil. Considerando o trecho citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Realismo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	surgiu em meados do século XX e teve como representantes no Brasil Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Lúcio Cardoso.
	
	B
	prezava a subjetividade como forma de romper com a tradição e voltar-se contra as desigualdades sociais.
	
	C
	se notabilizou pela poesia, priorizando temas nacionais, o que vimos no Brasil nas obras de Gonçalves Dias e Castro Alves.
	
	D
	via nos símbolos e na fantasia a forma de chegar mais perto da realidade, como fizeram os poetas franceses Rimbaud e Verlaine.
	
	E
	valorizou o pensamento objetivo, interessou-se por fatos observáveis e procurou mostrar criticamente a sociedade burguesa.
Você acertou!
Emma Bovary é casada com um médico de província, um pequeno-burguês. A vida desse casal é apresentada ao leitor de forma crítica, corrosiva até. O trecho retirado do livro faz parte da atração de Emma pelo universo aristocrático, ao qual não pode aceder, e o qual irá aniquilá-la. Nesse sentido, esse romance realista atende às características dessa corrente, assim apresentada no livro-base: o realismo “[...] prima pelo pensamento objetivo e científico e pelo uso da razão. Surgiu na França, em 1857, com a publicação de Madame Bovary, de Gustave Flaubert [...]. [...] tem como característica o antirromantismo, o que significa ser antissubjetivo e adepto da objetividade [...]. Prefere uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis [...] é um movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo capitalista e suas contradições” (livro-base, p. 226, 227, 228).

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