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FACULDADE ANHANGUERA EDUARDA ALMEIDA PAIM AGUIR MANUFATURA MECANICA SOLDAGEM CAXIAS DO SUL, 08 DE JUNHO DE 2020. Processos de soldagem não convencionais Os processos não convencionais de soldagem são comuns nos diversos segmentos industriais, por isso é importante conhecer os tipos, os processos, os parâmetros e as tecnologias utilizadas nesses processos. Assim falaremos de dois tipos de soldagem não convencionais a soldagem por difusão e a soldagem por resistência. Soldagem por difusão A soldagem por difusão é um processo que liga materiais por meio de aplicação simultânea de pressão e calor. Quando ocorre deformação plástica por ação de calor, as camadas de átomos que compõem a estrutura cristalina do metal vibram e se movimentam em várias direções, ocupando lugares diferentes nos planos cristalinos; a essa movimentação dá-se o nome de difusão. Uma temperatura definida é aplicada na região de soldagem ou em toda a peça, durante certo tempo, resultando em uma deformação plástica localizada. O contato entre as superfícies provoca difusão dos átomos, que se movimentam pelo interior das superfícies, promovendo a ligação perfeita das partes. Parâmetros de soldagem Os parâmetros mais importantes para o sucesso da solda por difusão são a temperatura (e a variável mais influente, sendo que, combinada com a pressão, determina a extensão da área de contato durante a fase inicial do processo), pressão (é apenas necessária na etapa inicial do processo de solda para aumentar a área de contato entre as superfícies, à temperatura de solda selecionada).tempo de solda(a duração da aplicação da pressão e da temperatura deverá ser, na maioria dos casos, a mínima possível tendo em conta considerações físicas dos materiais e razões económicas. A duração da aplicação da pressão deverá ser apenas a suficiente para ser formado um contato entre as superfícies e a duração da aplicação da temperatura deverá ser apenas a necessária para que ocorra o processo de soldadura completo). Vantagens e desvantagens As vantagens do processo de soldagem por difusão são várias; o processo não modifica o estado do material; permite montagens de grandes superfícies e montagens complexas, próximas ao estágio final; apresenta menores deformações, quando comparado à soldagem por fusão; trabalha com juntas múltiplas em uma só operação e permite união de metais e materiais considerados não soldáveis ou de difícil soldabilidade por fusão, como cerâmicas e ligas refratárias, além da união de metais dissimilares sob o aspecto metalúrgico, a exemplo dos aços austeníticos com liga de alumínio. As desvantagens da soldagem por difusão são o custo do investimento inicial e o fato de que o processo não é aplicável na produção em grande escala. Limitações do processo Apesar das diversas vantagens do processo, existem algumas limitações que maioritariamente se prendem com fatores económicos. O custo dos equipamentos é geralmente elevado e as suas dimensões e características limitam o tamanho dos componentes que podem ser produzidos com vantagens económicas. Além disso, o processo não se adapta a elevada cadência de produção, no entanto podem ser realizadas varias uniões em simultâneo. O ciclo térmico é geralmente mais longo que o da solda convencional e as superfícies a soldar geralmente requerem elevada preparação, tornando-se mais dispendioso em energia e em mão-de-obra. Em termos de controle de qualidade, ainda não estão disponíveis técnicas de controle não destrutivas para as uniões produzidas por este processo. Aplicações A soldagem por difusão é aplicada preferencialmente nas situações em que a união por processos de soldagem convencionais, notadamente os processos por fusão a arco elétrico, não é possível. Como exemplos, podem-se destacar a soldagem de seções transversais com revestimentos anticorrosivos e a união de materiais diferentes e metalurgicamente incompatíveis, como o aço e o alumínio. A soldagem por difusão confere alta qualidade à junta, podendo alcançar valores de resistência mecânica semelhante aos do material de base. Soldagem por resistência Uma importante característica da soldagem por resistência é o rápido aquecimento que ela produz. A corrente elétrica é conduzida até a junta por um par de eletrodos e a resistência das peças à passagem da corrente elétrica gera o aquecimento da superfície a ser soldada. Os eletrodos fixam as peças por meio de pressão, a fim de garantir um ótimo contato elétrico e conter o metal fundido na junta. As superfícies da junta devem estar limpas, de modo a obter um perfeito contato elétrico e produzir uma solda perfeita com dimensão uniforme. Parâmetros de soldagem Os parâmetros do processo são a corrente de soldagem (A corrente de soldagem tem maior influência do que os outros fatores; a corrente alternada ou a contínua podem ser utilizadas na soldagem por pontos, por costura e por projeção.), o tempo de soldagem (O tempo de soldagem determina o calor total, desde que os outros parâmetros permaneçam constantes.), a pressão de soldagem (A pressão de soldagem é produzida pela força externa aplicada pelos eletrodos sobre as juntas e influencia o valor da resistência total por meio das resistências de contato das interfaces das peças; as peças a serem soldadas devem ser bem fixadas na região onde fará a solda, para garantir a passagem da corrente.) e o eletrodo (conduzir a corrente de soldagem para a peça, sendo que no caso da soldagem por pontos e por costura, os eletrodos determinam a densidade de corrente na zona da solda; no caso de soldagem por projeção, a densidade da corrente é determinada pela forma, dimensão e número de projeções). Vantagens e desvantagens A solda produzida por resistência é de excelente qualidade, sendo às vezes invisível, o que simplifica as operações de acabamento. As desvantagens da soldagem por resistência são os custos do equipamento, geralmente maiores do que os custos do equipamento para soldagem por arco elétrico, menor resistência à fadiga, além de limitações à espessura dos materiais. Aplicações A soldagem por resistência é um dos métodos mais utilizados para unir metais, pois serve para variadas espessuras, formas e tipo de material, além de que o equipamento, com pequenas modificações, pode ser adaptado para soldar várias peças diferentes. Utiliza-se a soldagem por resistência nas indústrias de automóvel, de eletroeletrônicos, na fabricação de eletrodomésticos, de tubulações, de equipamento ferroviário e esportivo, entre outras. Bibliografia https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-sena-i/processos/182-soldagem-por- resistenciacaracteristicas https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/processos/196-soldagem-por- difusao https://www.aquecimentoindustrial.com.br/soldagem-por-difusao-o-processo https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-sena-i/processos/182-soldagem-por-resistenciacaracteristicas https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-sena-i/processos/182-soldagem-por-resistenciacaracteristicas https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/processos/196-soldagem-por-difusao https://infosolda.com.br/biblioteca-digital/livros-senai/processos/196-soldagem-por-difusao https://www.aquecimentoindustrial.com.br/soldagem-por-difusao-o-processo
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