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O MÉTODO LÓGICO PARA REDAÇÃO CIÊNTÍFICA O artigo intitulado “O método lógico para redação científica” publicado em 2015 pela revista eletrônica de comunicação informação & inovação em saúde e escrito por Gilson Luiz Volpato, biólogo, mestre, doutor e pós graduado no exterior, objetiva apresentar alguns requisitos essenciais para a construção de um bom artigo científico. No decorrer do trabalho, o autor pontua falhas na produção científica brasileira e dá dicas de como mudar o cenário. Segundo ele, nossas publicações melhorarão quando o patamar de ciência estiver elevado, uma vez que as falhas nas redações científicas, na verdade, são falhas de pensamento sobre ciência. Critica várias vezes a ideia de que seguir regras é a chave para um bom trabalho e defende a liberdade criativa do autor. Gilson diz que para que um artigo tenha qualidade é necessário atender três requisitos: trazer novidades; utilizar metodologia de pesquisa robusta e evidenciar os dados qualitativos ou quantitativos. Enfatiza ainda que assim como um argumento lógico deve possuir somente as premissas essenciais para sustentar a conclusão, o trabalho deve possuir apenas as informações necessárias para defender a conclusão, ou seja, ambos devem ser enxutos. Além de tudo isso, aventa 3 tipos lógicos de pesquisa que englobam qualquer pesquisa na ciência empírica e ensina como aplicar o método lógico em cada tópico do artigo. É enorme a contribuição feita pelo autor, ao escrever este artigo, à comunidade científica brasileira, posto que não auxiliará apenas aqueles que estão engatinhando nas pesquisas, mas até aos profissionais mais experientes a alcançar a eficiência e a eficácia e a aumentar a qualidade de seus projetos. Embora muito coerente em suas colocações, o escritor, para enriquecer ainda mais a discussão, ao discorrer sobre a baixa qualidade da produção científica brasileira, poderia apontar também, mesmo que brevemente, o baixo investimento do Brasil em pesquisa e inovação. Segundo levantamento realizado pela ONG Battelle em 2014, o país ocupa a 36° posição na lista de países avaliados de acordo com seu investimento em pesquisa e desenvolvimento como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB). Isso porque, ao não abordar este tópico faz parecer que a responsabilidade pela qualidade das pesquisas é unicamente dos pesquisadores, o que não é aceitável, uma vez que mesmo adotando os melhores métodos de pesquisa, sem verba ou sem equipamentos apropriados se torna impossível entregar um resultado espetacular. Este artigo possui linguagem acessível e se destina a acadêmicos e pesquisadores que almejam elevar o nível de suas publicações. REFERÊNCIAS CALEIRO, João Pedro. 15 países que mais investem em pesquisa. Exame, 2014. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/economia/15-paises-que-mais-investem- em-pesquisa-e-o-brasil-em-36o/>. Acesso em: 01 de maio de 2020. VOLPADO, Gilson Luiz. O método lógico para redação científica. RECIIS, 2015 jan./mar. https://exame.abril.com.br/economia/15-paises-que-mais-investem-em-pesquisa-e-o-brasil-em-36o/ https://exame.abril.com.br/economia/15-paises-que-mais-investem-em-pesquisa-e-o-brasil-em-36o/
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