Aula 06 - Esgoto Predial - Dimensionamento

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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Aula 06
Instalação de Esgoto Sanitário
As presentes instruções serão
baseadas na NBR 8160 – Sistemas
prediais de esgoto sanitário -
Projeto e execução, que
estabelece as exigências mínimas
quanto a higiene, segurança,
economia e conforto a que devem
obedecer as instalações prediais
de Esgoto Sanitário.
UHC - Unidades de Hunter de Contribuição
Fator numérico que representa a
contribuição considerada em função
da utilização habitual de cada tipo de
aparelho sanitário.
O dimensionamento das tubulações de esgoto é realizado a partir da somatória de pesos atribuídos às
peças sanitárias (UHC) e da consulta a tabelas apresentadas na norma.
Ramal de Descarga
Ramal de Esgoto
Tubo de Queda
Ramal de Ventilação
Coluna de Ventilação
Ramal de Descarga (RD)
Tubulação que recebe diretamente os esgotos do aparelho sanitário
RAMAL DE DESCARGA:
• Dimensionamento: Tabela NBR 8160
• DN mínimo é 40 mm para PVC
• Bacia Sanitária DN mínimo é de 100 mm.
• Bacia Sanitária: ligação direta com o tubo
de queda.
• Declividades mínimas: DN ≤ 75mm - 2%
DN ≥ 100mm - 1%
• Ramais descarga de pias de cozinha: ligação
direta com a caixa de gordura.
Tabela 1 - UNIDADE HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO dos Aparelhos Sanitários e DNMínimo dos Ramais de
Descarga
Para aparelhos não relacionados
na tabela 1, devem ser estimadas
as UHC e dimensionadas pela
tabela abaixo:
Tabela 2: Unidades de Hunter de Contribuição
para aparelhos não relacionados na Tabela 1
EXEMPLO 1
Ramal de descarga para lavatório de escola.
UHC = 2UHC = 2 → D = 40 mm
Ramal de Esgoto (RE)
Tubulação que recebe os esgotos dos ramais de descarga, diretamente ou a partir de um desconector
RAMAL DE ESGOTO:
• Dimensionamento: somatório de UHC
• Declividades mínimas: DN ≤ 75mm - 2%
DN ≥ 100mm - 1%
• É aconselhável adotar o DN 75 mm para
ramais de esgoto de máquina de lavar
roupa e banheiras para evitar o acúmulo
de espuma no interior das caixa sifonada.
Exemplo 2
Ramal de esgoto de banheiro edifício residencial com:
1 Lavatorio, 1 Chuveiro e 1 Bide.
4 UHC => 50mm
A partir da soma dos UHC dos aparelhos sanitários
da Tabela 1, determinar através da tabela 3 os
diâmetros dos ramais de esgoto.
Tabela 3: Dimensionamento dos ramais de esgoto. Aparelho UHC
Lavatório 1
Chuveiro 2
Bide 1
∑UHC 4
50 6 
Tubo de Queda (TQ)
Recebem os efluentes dos ramais de esgoto e ramais de descarga até os subcoletores
• Os tubos de queda devem ter diâmetro
uniforme e devem ser instalados em
um único alinhamento reto.
• Em caso de mudança de direção:
efetuadas com curvas de raio grande e
com ângulo superior a 90º.
• Devem ser previstos tubos de queda
especiais para pias de cozinha e
máquinas de lavar louças, os quais
devem descarregar em uma caixa de
gordura coletiva e em caixa de espuma,
respectivamente.
As seguintes restrições devem ser observadas:
a) Nenhum vaso sanitário pode descarregar em um tubo de queda de diâmetro inferior a 100 mm;
b) Nenhum tubo de queda pode ter diâmetro inferior ao da maior canalização a ele ligada;
c) Tubo de queda que recebe descargas de pias (de copa, cozinha ou despejo) não pode ter diâmetro
inferior a 75 mm. Faz-se exceção a prédios de até 2 andares, cujos tubos de queda recebem até 6
Unidades Hunter
Tabela 4 - Dimensionamento do tubo de queda.
Exemplo 3
Edifício residencial de 12 pavimentos
Banheiro Contendo 1 BS, 1 Lv, 1 Bi e 1 Ch
∑UHC = 6 + 1 + 1 + 2 = 10 UHC p/pavimento
Para todo o TQ: 10 UHC x 12 pavimentos => 120 UHC DN 100
500100
Prédio com mais de 3 pavimentos
Ramal de Ventilação (RV)
Todo desconector deverá ser ventilado. A
distância de um desconector à ligação do
tubo ventilador não deverá exceder aos
limites indicados na tabela abaixo.
Tabela 5. Distância máxima de um desconector (sifão) ao tubo
ventilador
Distancia máxima
Exemplo 4
Edifício residencial de 12 pavimentos
Banheiro Contendo 1 BS, 1 Lv, 1 Bi e 1 Ch
∑UHC = 6 + 1 + 1 + 2 = 10 UHC DN 50
Tabela 6. Diâmetro dos ramais de ventilação
Coluna de Ventilação (CV)
Tabela 7. Dimensionamento de colunas de ventilação
A extremidade aberta da coluna de ventilação deve ser conforme a figura 
Exemplo 5
Edifício residencial de 12 pavimentos
Banheiro Contendo 1 BS, 1 Lv, 1 Bi e 1 Ch
∑UHC = 6 + 1 + 1 + 2 = 10 UHC p/pavimento x 12 pavimentos => 120 UHC
Comprimento = Nº pav. x Pé direito
Comp. 12 x 2,8m = 33,6m
Comp. Adotado 35m
∑UHC = 120
DNTQ = 100
Comp. CV = 35 m
DNCV = 75mm
Subcoletores e Coletor Predial
Diâmetro nominal do tubo
(DN)
Número máximo de unidades
HUNTER de contribuição em função
das declividades mínimas (%)
0,5 1 2 4
100 180 216 250
150 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12000
Tabela 8 - Dimensionamento dos subcoletores e coletor predial.
Os subcoletores recebem efluentes de um ou
mais tubos de queda ou de ramais de esgoto e
podem ter declividade máxima de 5%.
O coletor predial é o trecho final da tubulação, de
propriedade particular, que conduz o esgoto de
um ou mais edifícios até a rede pública de coleta
de esgoto sanitário ou ao sistema particular de
tratamento, quando não houver rede pública de
coleta de esgoto sanitário.
Os subcoletores e coletor predial são
dimensionados pela somatória das UHC
conforme os valores da Tabela 8.
OBSERVAÇÕES:
• Edifícios residenciais aparelho sanitário de maior UHC de cada banheiro.
• Demais casos UHC de todos os aparelhos.
Exemplo 5: Subcoletor de edifício residencial com 12 pavimentos.
Banheiro contendo 1 BS, 1 Lv, 1 Bi e 1Ch.
Aparelho de maior UHC → BS = 6
Trecho AB:
6 UHC x12 pav. = 72 UHC → 100 mm, com imín = 1%
Trecho BC:
72 UHC x 2 = 144 UHC → 100 mm, com imín = 1% 
Diâmetro nominal do tubo
(DN)
Número máximo de unidades HUNTER de
contribuição em função das declividades
mínimas (%)
0,5 1 2 4
100 180 216 250
150 700 840 1000
200 1400 1600 1920 2300
250 2500 2900 3500 4200
300 3900 4600 5600 6700
400 7000 8300 10000 12000
Dispositivos Complementares
A. CAIXAS DE GORDURA
• a1. Caixa de gordura pequena (CGP),
cilíndrica (para a coleta de apenas 1 cozinha)
• diâmetro interno: 0,30 m
• parte submersa do septo: 0,20 m
• capacidade de retenção: 18 litros
• diâmetro da tubulação saída: 75 mm
• a2. Caixa de gordura simples (CGS), cilíndrica
(para a coleta de 1 cozinha ou 2 cozinhas)
• diâmetro interno: 0,40 m
• parte submersa do septo: 0,20 m
• capacidade de retenção: 31 litros
• diâmetro da tubulação saída: 75 mm
• a3. Caixa de gordura dupla (CGD), cilíndrica (para a coleta de 2 cozinhas ou 3 a 12 cozinhas)
• diâmetro interno: 0,60 m
• parte submersa do septo: 0,35 m
• capacidade de retenção: 120 litros
• diâmetro da tubulação saída: 100 mm
a4. Caixa de gordura especial (CGE), prismática de base retangular (para a coleta de mais de 12 cozinhas,
ou ainda, para cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais, quartéis, etc.)
Volume da câmara de retenção de gordura = 2 N + 20
onde:
N = no de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura no turno em que existe
maior afluxo;
V = volume em litros.
CAIXA DE GORDURA ESPECIAL (CGE)
• distância mínima entre o septo e a saída = 0,20 m
• altura molhada: 0,60 m
• parte submersa do septo: 0,40 m
• diâmetro mínimo da tubulação de saída: 100 mm
B. CAIXAS DE INSPEÇÃO
As caixas de inspeção devem ter:
• profundidade máxima de 1,00 m;
• base quadrada ou retangular de lado mínimo de 0,60 m, ou
diâmetro mínimo igual a 0,60 m;
• tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
• fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento
e evitar formação de depósitos
As caixas de plástico contam com conexões mais herméticas
Lembretes
Ramal de descarga
• DN mínimo é 40.
Ramal de esgoto
• Função do somatório de UHC.
Tubo de queda
• Função do somatório de UHC dos ramais de esgoto que se conectam ao tubo de queda.
• DN mínimo que descarregue vaso sanitário é 100 mm.
• DN ≥ ao maior diâmetro a ele ligado.
Coletor Predial
• Função do somatório de UHCe declividades mínimas
• DN mínimo é 100 mm;
• Considerar aparelho de maior descarga de cada sanitário para calculo de UHC (predios residenciais).
Lembretes
Ventilação
• Função do somatório de UHC;
• Para impedir que o esgoto penetre no ramal de ventilação e o obstrua, este deverá ser ligado por cima ao
ramal de esgoto. Esta ligação devera obedecer a distancia máxima da tabela 5;
• Ultrapassar a cobertura em pelo menos 30 cm.
Dimensionar o sistema de esgoto sanitário para o banheiro de um edifício residencial com 12 pavimentos
tipo, térreo e subsolo. Considerar pé direito de 2,80 m.
1. Ramais de descarga (TABELA 1)
Lv - 1 UHC → D = 40 mm
Bi - 1 UHC → D = 40 mm
Ch - 2 UHC → D = 40 mm
BS - 6 UHC → D = 100 mm
2. Ramal de esgoto (TABELA 3)
Aparelho UHC
1 Lv 1
1 Bi 1
1 Ch 2
4 UHC → D = 50mm
LV
BI
BS
RALO SECORALO SIFONADO
CH
3. Tubo de Queda (TABELA 4)
Aparelho UHC
1 BS 6
1 Lv 1
1 Bi 1
1 Ch 2
10 UHC x 12 Pav. = 120 UHC → D = 100 mm
4. Subcoletor (TABELA 8)
Aparelho de maior UHC → BS = 6
Trecho AB:
Aparelho de maior UHC → BS = 6
Trecho AB
6 UHC x12 pav. = 72 UHC → D = 100 mm, com imín = 1%
Trecho BC
72 UHC x 2 = 144 UHC → D = 100 mm, com imín = 1% 
5. Ventilação
5.1 Distância máxima da caixa sifonada ao tubo ventilador (TABELA 5)
Para dRE = 50 mm → dMÁX = 1,20 m
d = 1,05 m < dMÁX ∴ OK!
5.2. Ramal de ventilação (TABELA 6)
Aparelhos UHC
1 BS 6
1 Lv 1
1 Bi 1
1 Ch 2
10 UHC → D = 50mm
5.3 Coluna de ventilação (TABELA 7)
UHC = 12 x 10 = 120 H = 12 x 2,80 = 33,60 m → D = 75 mm
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