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Casos Concreto Prática V

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Aluno: Jader Maia de Jesus Matrícula: 201512794821 
Disciplina: Prática Simulada V 
Caso Concreto 8 
Resposta: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 PARTIDO POLITICO PXY, com representação no Congresso Nacional, 
representado por seus Presidente, CNPJ nº ___, com sede na ___, bairro ___, cidade ___, por 
seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na ___, onde receberá as intimações 
e/ou notificações, para fins do artigo 106, I do Código de Processo Civil, devidamente 
constituído, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 
102, I, a/ 103, VIII da CRFB/88, propor 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
COM PEDIDO CAUTELAR 
pelo procedimento especial da Lei 9.868/99, em defesa da Lei Complementar nº. 
135/2010, conforme especificará ao longo desta peça, nos termos e fundamentos que passa a 
expor. 
DOS FATOS 
 A Lei Complementar nº 135, de junho de 2010 introduziu no ordenamento 
jurídico pátrio regras que regulam a questão da inelegibilidade infraconstitucional, na forma 
do disposto o artigo 14, §9º da Constituição de 1988, sendo previsto ainda a sua aplicação até 
mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido diploma 
legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao princípio da irretroatividade das leis e da 
segurança jurídica. 
 Em que pesa a importância das alterações introduzidas pela Lei 
Complementar nº. 135/2010 para a promoção da moralidade e o resgate na confiança das 
instituições e do processo democrático, surgiu controvérsia relevante sobre a aplicação da 
citada lei, uma vez que há divergência nos Tribunais Eleitorais sobre a aplicação dos 
dispositivos trazidos pela Lei Complementar nº. 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes 
do advento do novel diploma de inelegibilidade. 
 Para ilustrar a controvérsia, é de se esclarecer que o TRE de Sergipe adotou 
entendimento segundo o qual a lei constitui ofensa aos princípios da irretroatividade da lei 
mais gravosa e da segurança jurídica (conforme julgados). Já o TRE de Minas Gerais optou 
por adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às 
condenações anteriores. 
 Assim, como há controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das hipóteses 
de inelegibilidade instituída pela Lei Complementar nº 135/2010, a aos jurídicos que tenham 
ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido autor, temeroso de que surjam 
questionamentos dos candidatos que vierem a ser impugnados nas eleições de 20xx, sobre a 
constitucionalidade da aplicação da referida lei, já que a indefinição da questão pode causar 
grave insegurança jurídica nas eleições vindouras, vem propor a presente ação para que haja 
pronunciamento sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar que a aplicação dos 
dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta não ofende o dispositivo 
nos incisos XXXVI e XL do artigo 5º da Constituição. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
DA LEGITIMIDADE ATIVA 
 A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente tem 
previsão no artigo 103, VIII da Constituição e, conforme pacífica jurisprudência desta Corte, 
independe de pertinência temática: “os partidos políticos têm legitimidade para ajuizamento 
de ação direta de constitucionalidade, independente da matéria versada na norma sob 
análise”. 
 O reconhecimento da legitimidade passiva das agremiações partidárias para a 
instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vínculo de 
pertinência, constituo natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais que 
justificam a existência em nosso sistema normativo de partidos políticos. 
 Portanto, o requerente pode ser considerado autor neutro e universal encontra-
se dispensado de demonstrar Pertinência Temática. 
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 Na forma do artigo 102, I, “a” da Constituição, é de competência originária 
do STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade de lei o 
de ato normativo federal. 
 No caso sob análise, a edição da Lei Complementar nº 135/2010 gerou 
insegurança jurídica, uma vez que não há uniformidade na jurisprudência dos Tribunais 
Regionais Eleitorais acerca da validade da norma no que diz respeito a alcançar ou não fatos 
pretéritos à sua vigência. 
 
Caso Concreto 9 
Resposta: EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
PARTIDO POLÍTICO qualificação completa na forma do art.319 do CPC, por seu advogado 
com endereço profissional situado na rua... (endereço completo) onde receberá intimação vem 
propor 
 
 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO 
 
 
Pelo rito especial da lei 9868/99 do art.37 X por omissão do governador do estado de Santa 
Catarina na elaboração da lei regulamentadora do art. 37, X CRFB/88, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos 
 
 DOS FATOS 
 
 Em face do descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do 
disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos 
servidores 
públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos 
do Estado de Santa Catarina. Alega o Partido a omissão do Governador do Estado de Santa 
Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão 
geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servido res públicos 
daquela unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal. A 
agremiação política afirma que a última revisão remuneratória ocorrida naquele Estado-
membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003. Sustenta que os servidores acumulam, 
desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação. Assevera que, mesmo após 
decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual pretenda cumprir 
o ditame ora destacado. Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder 
Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuai concedidos a determinadas 
carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos 
anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende propor ação para 
ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art.37, X, 
da Carta Magna, bem como o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo.Sr. 
Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei 
específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos 
vencimentos. 
 
 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
 
Da ausência de norma regulamentadora. Trata-se de norma constitucional de eficácia limitada, 
e a ausência de norma infraconstitucional regulamentadora faz com que esse direito previsto 
na constituição não tenha condições de ser exercido pelo servidor. E o que tem acontecido é a 
defasagem dos vencimentos, a infração está corroendo o vencimento dos servidores públicos e 
necessita de uma revisão. governador com a sua omissão está gerando a defasagem total do 
vencimento dos servidores e está violando o princípio da irredutibilidade dos seus vencimentos. 
 
 
DOS PEDIDOS: 
 
Diante do exposto, o autor requer: 
 
1- A notificação do governador do estado de Santa Catarina; 
2- A intimação do Procurador Geral da República e da Advocacia Geral da União; 
3- A procedência do pedido de declaração de omissão, fixando o prazo de 30 dias para 
elaboração do projeto de lei. 
 
 
DAS PROVAS 
 
O autor demonstra os fatos alegadosatravés de prova documental anexa 
 
VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se a causa o valor de R$... 
 
 
Nestes Termos, Pede Deferimento 
 
 Local Data 
 
ADV/OAB 
 
 
 
 
 
Caso Concreto 10 
Resposta: Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF. A questão deixa 
claro tratar-se de direito pré-constitucional e direito municipal em relação à CRFB/88. A 
fundamentação encontra-se nas disposições do art. 1º, parágrafo único, inciso I, e do Art. 4º, § 
1º, ambos da Lei nº 9.882/99 (estes dispositivos podem ser apresentados pelo examinando ao 
longo da peça, ou em um tópico específico denominado “DO CABIMENTO”, deixando clara 
a natureza subsidiária da referida ação). 
Sem novidade alguma, o endereçamento da peça é para o Supremo Tribunal Federal, sendo 
competente para processamento do feito, em razão da previsão constitucional do Art. 102, § 
1º, da CRFB/88. Nesse sentido, igual previsão no art. 1º da Lei nº 9.882/99. (Importante 
também fazer a citação) 
No que toca à legitimidade, conforme o art. 2º, inciso I, da Lei nº 9.882/99, bem assim a 
previsão constitucional do art. 103 da CRFB/88, a legitimidade ativa caberia ao partido 
político, que possui representação no Congresso Nacional. E, aqui, não há maiores 
dificuldades, pois, a questão deixou muito claro essa legitimidade. Neste ponto, poderia ser 
mencionado a desnecessidade da comprovação da pertinência temática, já que o partido político 
é legitimado ativo universal. 
Importante a abertura de tópico próprio acerca do ato do Poder Público que está sendo 
impugnado, que no caso prático seriam os art. 11 e art. 12 da Lei Orgânica do Município Alfa, 
deixando claro que a única forma de impugná-la no processo objetivo é através da ADPF. 
Outro ponto fundamental. No mérito, caberia indicar os preceitos fundamentais violados, 
valendo aqui de plano demonstrar que a norma municipal viola o art. 22, I, da CRFB/88, tendo 
em vista que matéria é de direito penal e a competência é legislativa e privativa da União. Desta 
forma, houve violação ao princípio federativo. 
Há, inclusive, Súmula vinculante 46 do STF: “A definição dos crimes de responsabilidade e 
o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são de competência 
legislativa privativa da União”. Nesse sentido, caberia a citação em referência ao aspecto 
jurisprudencial. 
• A violação ao princípio da separação dos poderes (art. 2º, CRFB/88); 
• A necessidade de observância da regra do art. 29, caput e inciso X, da Constituição, 
visto que, sobre as respectivas leis orgânicas, os municípios devem observar os 
preceitos da Constituição da República, especialmente garantindo aos Prefeitos a 
prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justiça em crimes comuns. 
 
 
 
Pedido liminar, de acordo com art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/99. Aqui, deveria ser indicado a 
necessidade de tutela provisória com o objetivo específico de sustar a eficácia da norma 
impugnada (art. 11 em questão), requerendo, outrossim, a suspensão do trâmite da 
representação por crime de responsabilidade oferecida em desfavor do Prefeito. 
Ademais, no desfecho da peça, era importante formular pedido principal requerendo a 
procedência da arguição para que a norma impugnada seja revogada em razão de sua 
incompatibilidade material, na forma do art. 102, §2º e art. 1º da Lei. 9.882/99. 
Adicionalmente, vale o requerimento de oitiva do PGR (art. 7º, Lei. 9.882/99); solicitação de 
informações aos responsáveis pela edição da Lei (§2º, art. 5º e art. 6º da Lei. 9.882/99) e juntada 
de cópia do ato impugnado (parágrafo único do art. 3º da Lei. 9.882/99).

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