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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS 3
RESUMO 4
ABSTRACT 4
LISTA DE FIGURAS 7
LISTA LINHAS DO TEMPO 9
LISTA DE MAPAS 10
INTRODUÇÃO 11
1. EDIFÍCIOS MISTOS 12
CONTEXTO HISTÓRICO, CONCEITUAÇÃO E SURGIMENTO DOS “EDIFÍCIOS MISTOS” 12
SERVIÇOS 14
Processos históricos e edifícios de escritórios no Brasil 14
COMÉRCIO 19
PRIMEIROS SINAIS DE COMÉRCIO 19
SURGIMENTO DOS SHOPPINGS CENTERS 20
O COMÉRCIO NO BRASIL 23
2. ARRANHA-CÉUS 23
O PRIMEIRO ARRANHA-CÉU 24
ESCOLA DE CHICAGO 25
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA DE CHICAGO 26
3. ASPECTOS DE EFICIÊNCIA AMBIENTAL 26
O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE 26
A SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA 28
O PROJETO SUSTENTÁVEL 29
CERTIFICAÇÕES 30
LEED 31
8
BREEAM 31
PROCEL EDIFICA 32
4. REFERÊNCIAS PROJETUAIS 33
EASTGATE BUILDING HARARE, ZIMBÁBUE 33
LEEZA SOHO, CHINA 35
OPUS, DUBAI 38
HABITAÇÃO O6A LOT, PARIS 40
5. LOCAL E CONTEXTO URBANO 43
LOCALIZAÇÃO 43
ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA 44
O TERRENO 46
O ENTORNO 46
MAPAS 47
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 47
GABARITOS 48
LOCALIZAÇÃO DAS RUAS 49
MAPA ZONEAMENTO 50
MAPA SISTEMA VIÁRIO 51
TOPOGRAFIA 52
FIGURA FUNDO – VIAS 53
FIGURA FUNDO – ESPAÇOS 54
ANÁLISE BIOCLIMÁTICA 55
6. CONCEITO E PARTIDO 57
7. PROGRAMAÇÃO 58
ÁREA ADMINISTRATIVA E DE SERVIÇOS 58
RESIDENCIAL 58
9
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Edifício Lakeside 13
Figura 2 - Chicago Building 25
Figura 3 - Pilares da Sustentabilidade 27
Figura 4 - Certificação Leed 31
Figura 5 - Certificação BREEAM 31
Figura 6 - Certificação Procel Edifica 32
Figura 7 - Certificação FSC 32
Figura 8 - Edifício Eastgate Building Harare 33
Figura 9 - Detalhe Fachada do edifício 33
Figura 10 - Estudos Realizados em Cupinzeiro 34
Figura 11 - Técnologia de conforto térmico 35
no projetoFigura 12 - Técnologia de conforto térmico 35
Figura 13 - Estudo de cupinzeiro aplicado no projetoFigura 14 - Técnologia de conforto térmico 35
Figura 15 - Estudo de cupinzeiro aplicado no projeto 35
Figura 16 - Setorização e Volumetria 35
Figura 17 - Detalhes do átrio central 36
Figura 18 - Átrio central 36
Figura 19 - Detalhe Passarela 36
Figura 20 – Edifício Leeza Soho 37
Figura 21 - Detalhe do Painel de vidro 37
Figura 22 - Edifício Opus 38
Figura 23 - Detalhe da ponte suspensa 39
Figura 24 - Forma do edifício 39
11
Figura 25 - Imagem Interna do Edifício 40
Figura 26 - Imagem interna do edifício 40
Figura 27 - Vista para o Playground 41
Figura 28 - Habitação O6A 41
Figura 29 - Paredes de Concreto 42
Figura 30 - Planta técnica 42
Figura 31 - Imagem interna do Edifício 42
Figura 32 - Bairro da área do projeto 43
Figura 33 - Localização área do projeto 43
Figura 34 - Área do projeto 43
Figura 35 - Estado da área do projeto 43
Figura 36 - Perfil Viário Av. Nicomedes Alves dos Santos e Alameda Rodolfo Moraes 45
Figura 37 - Perfil Viário Alameda Saúl Afonso da Silva e Alameda Luís Suzigani 45
Figura 38 - Carta Solar Face A 55
Figura 39 - Carta Solar Face B 55
Figura 40 - Carta Solar Face C 56
Figura 41 - Carta Solar Face D 56
Figura 42 - Ilustração Vitalidade 57
12
LISTA DE LINHAS DO TEMPO
LISTA LINHAS DO TEMPO
Linha do Tempo 1 - edifícios de escritórios no mundo 14
Linha do Tempo 2 - Edifícios de escritórios no Brasil 16
Linha do Tempo 3 - Evolução dos Shoppings Centers 20
Linha do Tempo 4 - Arranha-céus 22
Linha do Tempo 5 - Surgimento das Certificações 29
14
LISTA DE MAPAS
LISTA DE MAPAS
Mapa 1 - Uso e Ocupação do Solo 44
Mapa 2 - Gabaritos 45
Mapa 3 - Localização de Ruas 46
Mapa 4 - Zoneamento 47
Mapa 5 - Sistema Viário 48
Mapa 6 - Topografia 49
Mapa 7 - Figura Fundo - Vias 50
Mapa 8 - Figura Fundo - Espaços 51
16
INTRODUÇÃO
O uso dos edifícios mistos está cada vez maior, uma vez que eles
facilitam a vida de grande parte da população, além de movimentar a
economia. A geração de empregos nesse ramo consegue criar possibilidades
de desenvolvimento e potencializar o entorno de onde será locado.
O projeto do edifício atenderá na cidade de Uberlândia, no bairro
Karaíba, localizado na zona sul da cidade. Com áreas predominantemente
residenciais que crescem comercialmente, a edificação chega como um
potencializador do crescimento econômico com postos de trabalho e a criação
de áreas comuns, que estão em falta no local.
O primeiro capítulo retrata sobre os edifícios mistos, desde o surgimento
até os dias atuais, falando dos usos comerciais, de serviços e residenciais,
desde o seu surgimento até os dias de hoje.
Nos capítulos em diante o trabalho irá falar sobre os aspectos de
eficiência energética na arquitetura. Seus usos, conceitos, certificações e o
projeto sustentável.
Há também o capítulo sobre o estudo da área onde será locado o projeto
arquitetônico, com a história do bairro, análise do entorno do terreno, os mapas
e as cartas solares.
Para o desenvolvimento do presente estudo, foram feitas pesquisas em
sites referentes ao tema, livros e artigos. Foi necessário um profundo
conhecimento a respeito dos edifícios mistos e cada uso que será utilizado no
projeto separadamente, além de estudos sobre a sustentabilidade.
17
1. EDIFÍCIOS MISTOS
CONTEXTO HISTÓRICO, CONCEITUAÇÃO E SURGIMENTO DOS
“EDIFÍCIOS MISTOS”
Os edifícios mistos são organismos com diversos usos conectados,
prontos para atender as atividades necessárias como aquelas inesperadas da
cidade. A mistura desses diferentes usos é um sistema que estimula essas
atividades mais fracas, para que cada parte obtenha seu lucro. Os edifícios
híbridos são projetados para produzir uma mistura entre as atividades públicas
e privadas que ocorrem dentro dele.
“a interligação não existe, nem o enxerto de atividades. Os
relacionamentos não têm como objetivo aumentar o contato ou a
troca pessoal. O volume resultante é obtido pela adição de
recipientes simples que, sem controle, ocupam terras e são atraídos
entre si exclusivamente pela cor do dinheiro.” (HOLL, HÍBRIDOS,
p.21)
Eles devem ser instalados em áreas de alta densidade, com limitações
para a ocupação do solo. O esquema de misto propõe ambientes onde
diferentes tipos de atividades se misturam, melhorando as condições do habitat
e revitalizando as áreas circundantes. Geralmente, esses edifícios tendem a
ser super edifícios com mega estruturas que requerem uma alta infraestrutura.
A relação entre forma e função pode ser explicita ou implícita. No
primeiro caso, é por fragmentação, enquanto no segundo é por integração. O
edifício misto não possui uma morfologia definida que responda aos seus usos,
mas tenta responder a uma forma de contêiner, criando um habitat igual onde
todos os diferentes usos podem ser combinados.
19
Figura 1 - Edifício Lakeside
Fonte - Internet
Esses novos edifícios tem o potencial de se transformar em
condensadores sociais para novas comunidades, capazes de definir o espaço
público e produzir habitação, trabalho, lazer e atividades culturais para a
população. Como resultado, é mais importante a seção do híbrido do que sua
planta de piso. O novo desafio agora é a consolidação do edifício com a nova
experiencia espacial.
O termo edifício misto é usado há muito tempo, seu conceito é baseado
na concentração do espaço público, a interação do usuário e o arranjo
espacial, todos conectados entre si.
Segundo Joseph Fenton no seu primeiro estudo sobre edifícios híbridos,
ele constatou que eles surgiram no início do século 19 como uma tentativa de
revitalizar as cidades americanas e otimizar os usos dela. Ele afirma também
que esses edifícios nunca foram catalogados.
A combinação de diversas funções em uma única estrutura é um
costume que vem se repetindo ao longo da história, como por exemplo, as
termas romanas, que juntavam a higiene corporal e a terapia pela água e os
20
sobrados, que é a junção de um comércio na parte de baixo com uma
residência na parte de cima.
Contudo, tais edifícios eles se diferenciavam dos outros em escala e
forma. A escala dependia da dimensão da cidade, onde ele será locado e o
entorno. A forma variavacom as inovações do final do século XIX como a
fiação elétrica, aquecimento, sistemas de ventilação, telefone, entre outras.
Com o surgimento da revolução industrial, houve o aumento da
mobilidade da população e consequentemente aumentou a população nos
centros urbanos, com isso, esses tipos de edifícios foram uma resposta ao
aumento da população, aumento do preço da terra e à restrição da malha
urbana, pois como a malha urbana não tinha opção de crescer para os lados
acaba-se verticalizando a cidade. Sendo assim, os edifícios mistos surgiram, e
em um curto período já envolveram as instituições que faziam parte das
cidades do século XIX: residências, comércios, tribunais, indústrias, pontes,
terminais.
Desde o seu surgimento em 1880, o edifício híbrido teve um grande
desenvolvimento até a crise de 29. Quando a crise passa surge um conceito de
que a melhor opção era a separação de habitação, trabalho e lazer. No pós
segunda guerra com a necessidade de reconstrução dos centros urbanos o uso
desses edifícios caiu mais ainda.
SERVIÇOS
Processos históricos e edifícios de escritórios no Brasil
O trabalho de escritório sempre foi associado à produção administrativa
e intelectual. O tratamento de informações mais oportunas e a busca por uma
produtividade cada vez maior levaram a mudanças no espaço de trabalho ao
longo dos séculos. O escritório inicialmente foi isolado. Desde então os locais
de trabalho tornaram-se mais funcionais, produtivos, mas também eram locais
de interação e socialização.
21
A Roma antiga tinha seu próprio distrito comercial e
um vasto império para controlar, ou seja, a ordem e a
organização eram essenciais. No coração
de cada cidade romana ficava o fórum, uma grande
praça, cercada por lojas, escritórios e escritórios do
governo. Após o colapso do império romano, os
trabalhos de escritório eram realizados em casa, com
muitos donos de lojas morando acima de suas lojas e
empregavam funcionários que moravam na região
para ajudarem com as contas, papelada e as tarefas
domésticas diárias.
Em 1726, surge o primeiro prédio comercial
da Grã-Bretanha o chamado Ripley Building,
nome dado em homenagem ao arquiteto
Thomas Ripley. Em uma estrutura em forma
de “U” foi construído para a Marinha Real e
continha a sala de diretoria do Almirantado,
salas do Estado, escritórios e apartamentos
para os senhores do Almirantado. Nos
dias atuais, é ocupado pelo
Departamento de Desenvolvimento
Internacional.
Em 1729, na Índia foi
inaugurado o segundo prédio de
escritórios do país. O edifício
abrigava a Companhia das Índias
Orientais, que precisava de uma
sede para milhares de
funcionários que tinham o trabalho
de lidar com a complexa
burocracia que possuía em seus
negócios com a Ásia.
22
Em 1906, Frank Lloyd Wright criou o
conceito de escritórios de plano aberto.
Esse conceito consistia em um escritório
como uma fábrica de plano aberto, com
poucas paredes. O escritório criado
naquele momento era organizado, com
trabalhadores sentados em filas de mesas
e gerentes nos escritórios ao lado. O ar
condicionado e a iluminação fluorescente
significavam que os novos prédios tinham
pouca necessidade de luz natural e
ventilação o que acabava cortando os
trabalhadores do ambiente a fora.
Na década de 1980, paredes
modulares baratas e eficazes levaram
a uma longa extensão de cubículos
surgindo em escritórios no mundo
todo. Eles chegaram quando o
crescimento econômico criou um
aumento no número de gerentes, pois
estes eram trabalhadores importantes
para receberem sua mesa própria,
porém não eram importantes
suficientes para receberem seu
próprio escritório.
À medida que a tecnologia avançava, os
trabalhadores se tornavam mais móveis. Laptops,
telefones celulares, WiFi - sem necessidade
de cabos. O plano aberto então volta, permitindo
que os trabalhadores saíssem do isolamento de
cubículos, interagissem e colaborassem mais
livremente no local de trabalho. Atualmente, o hot-
desk – escritórios que usam uma única estação de
trabalho para todos os funcionários - e o trabalho
em equipe cresceram, pois, um aumento no
número de freelancers vê um aumento na
demanda por tempo parcial, espaço de escritório 
flexível e colaboração criativa
Linha do tempo 1 – Edifícios de escritórios no mundo 
Fonte – Elaborado pelo autor
23
Linha do tempo 1 – Edifícios de escritórios no mundo 
Fonte – Elaborado pelo autor
24
Os edifícios de escritórios no Brasil surgiram no início do século XX, na região
central do Rio de Janeiro e São Paulo. Mais precisamente nos anos de 1920 e
1930 foram os anos que estas edificações obtiveram impulso, sendo atrativos
para empresas multinacionais.
Essa localidade dos edifícios estava entre as principais vias das cidades,
onde passavam os principais meios de transporte, ou seja, o fluxo de pessoas
naquela região era bem alto.
Entretanto, o maior avanço que ocorreu na história dos edifícios de
escritórios no Brasil foi na década de 1970, onde o crescimento de
multinacionais no país e a expansão do setor de serviços aumentaram.
“Fruto da revolução industrial, é o prédio comercial para escritórios.
No brasil, ele domina o mercado há uns 30 anos, tendo surgido em
todos os pontos, como cogumelos, arranha-céus de vinte, trinta ou
até mais andares modificando totalmente a fisionomia das principais
cidades”. (BRUAND, 2003, p.21)
O símbolo dos edifícios comerciais em São Paulo foi o arquiteto Carlos
Bratke, com seus edifícios em concreto aparente, cores e materiais diferentes.
Contudo em 1980, começaram a surgir os edifícios com alta tecnologia que
vieram dos EUA o que acabou influenciando os edifícios brasileiros. Em São
Paulo, eles alcançaram um padrão construtivo elevado, com o uso de materiais
sofisticados e tecnológicos.
Lajes maiores, edifícios mais altos, acabamento em granito, fachada em
vidro, automatização, foyer, pé-direito duplo, central de ar-condicionado e
segurança eram algumas das tecnologias implementadas da época.
Porém, com o rápido crescimento desse tipo de edifício, construtoras
acabaram projetando esse tipo de edificação para locação ou venda, o que
gerou uma ausência de ligação entre o usuário e o projeto.
Atualmente o aspecto construtivo avançou, os acabamentos são os de
melhor qualidade, os pisos são mais resistentes e com conforto acústico e
luminárias anti-reflexos, mostrando a preocupação com os usuários. É nítido os
avanços no Brasil, entretanto, existem questões importantes que necessitam
maior atenção, como a análise climática, condicionantes naturais, para que os
projetos sejam mais eficientes.
25
Linha do Tempo 2 - Edifícios de escritórios no Brasil
Fonte – Elaborado pelo autor
26
COMÉRCIO
PRIMEIROS SINAIS DE COMÉRCIO
Os comércios são os pontos de maior aglomeração de pessoas. Nas
sociedades primitivas, apenas os eventos religiosos reuniam pessoas de
maneira comparável. Basicamente, comércio significa troca de bens, serviços
ou ambos. Ele existe por várias razões, mas a especialização e a divisão do
trabalho foram os pioneiros para o surgimento dele.
O comércio se originou em tempos pré históricos, quando as trocas
eram realizadas entre bens e serviços e nem se imaginava no dinheiro
propriamente dito. Acredita-se que o comercio tenha ocorrido ao longo de
grande parte da história humana registrada.
Os vikings e varangianos, povos Escandinávos, negociaram do século
VIII até o século XI. Os vikings seguiam seu caminho para a Europa ocidental
enquanto os varangianos foram para a Rússia.
Em 1498, Vasco da Gama volta com o comércio de especiarias
europeias. Antes de navegar pela África, o fluxo de especiarias na Europa era
controlado pelas potências Islâmicas, principalmente o Egito. Esse comércio de
especiarias foi de grande importância econômica e ajudou a incentivar a Era da
Exploração.
O comércio por sistemas de troca começa a ser substituído no século
XVI e XVIII quando chega. Foi nesse período que Adam Smith afirma que há a
importânciada especialização em produção e coloca o comércio internacional
em outro patamar. Na mesma época o economista David Ricardo surge com o
princípio da vantagem comparativa, que consistia em cada nação produzir
aquilo que tinha mais vocação.
Com a chegada da Primeira Guerra Mundial muda-se todo o cenário do
comércio mundial e os países fecham as fronteiras entre si para controlar a
mesma. O grande colapso foi quando a crise de 1929 chega. Houve um grande
revés no comércio e em outros indicadores econômicos durante esse período.
27
Somente durante a Segunda Guerra Mundial que essa economia voltaria a se
estabilizar.
SURGIMENTO DOS SHOPPINGS CENTERS
O shopping center é a adaptação moderna do mercado histórico, é uma
coleção de lojas de varejo, serviços, área de estacionamento, podendo conter
também restaurantes, bancos, teatros, escritórios etc.
Os centros comerciais existem desde as eras gregas e romana. Na
Grécia antiga, a área comercial central de uma cidade era chamada ágora e
consistia em uma grande área aberta na qual os comerciantes podiam exibir e
vender seus produtos. O primeiro shopping estabelecido foi construído
pelo imperador Trajanoem, quase 2.000 anos antes do moderno shopping
center. Esse mercado foi construído no fórum de Trajano e consistia em um
edifício semicircular com um grande salão abobadado, parecendo uma basílica,
no topo.
O primeiro shopping center foi tecnicamente uma praça comercial aberta
em 1922 em Kansas City. No entanto, o primeiro shopping que espelhava a
forma como pensamos nos shoppings hoje foi inaugurado em 1956 em Edina,
Minnesota. Os shoppings eram frequentemente ancorados por uma grande loja
de departamentos com um aglomerado de outras lojas ao redor.
O crescimento desses shopping centers foi correlacionado com o
crescimento dos automóveis. Com os carros disponíveis para as massas, mais
pessoas estavam saindo das cidades e viajando diariamente dos subúrbios.
O shopping foi concebido como um centro cultural e social onde as
pessoas podiam se reunir e não apenas fazer suas compras, mas também
fazer uma atividade.
1920-1940
O shopping center moderno, surgiu na década de 1920. Na Califórnia, os
supermercados serviriam de apoio para uma porção pequena de lojas vizinhas.
Os shoppings centers nos EUA começaram em 1907, em um bairro em
Baltimore, onde um grupo de lojas criou um estacionamento para seus clientes.
28
Em 1922, o “Nichol’s Country Club Plaza” foi construído como o distrito
comercial de um empreendimento residencial em larga escala. Esse plaza
apresentava uma arquitetura planejada e unificada, um estacionamento
pavimentado e uma variedade de lojas que eram gerenciadas e mantidas como
uma única unidade. Em 1928, foi inaugurado o Grandview Avenue Shopping
Center, em Columbus, Ohio. Este grande centro incluía cerca de 300 lojas e
um estacionamento que podia acomodar cerca de 400 carros.
1940-1970
O final das décadas de 1930 e 1940 testemunhou o estabelecimento e a
expansão das redes comerciais Sears Roebuck & Co. e Montgomery
Ward. Essas lojas estavam localizadas longe das grandes cidades,
acompanhadas de estacionamentos com amplo espaço. No início dos anos 50,
Northgate, em Seattle, apresentava filiais das principais lojas de departamento
do centro, cercadas por pequenas lojas comerciais. Logo depois, o Shoppers
World em Framingham, Massachusetts, foi o primeiro centro de dois níveis nos
Estados Unidos e foi estabelecido em 1951. Mais tarde, em 1954, o Northland
Center em Detroit, Michigan, utilizou um único departamento de loja no centro e
uma coleção de lojas menores ao seu redor. As características importantes de
Northland incluíam estacionamentos ao redor e ar-condicionado e aquecimento
centrais.
Nos anos imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, a expansão
do desenvolvimento suburbano e do crescimento populacional criou a
necessidade de opções adicionais de moradia e compras no varejo mais
convenientes.
Em 1976, a Rouse Company desenvolveu o Faneuil Hall Marketplace
em Boston, Massachusetts, que revolucionou a história do shopping. Este
mercado foi o primeiro mercado de festivais construído nos Estados Unidos. Os
mercados dos festivais geralmente se concentram em itens alimentares e de
varejo. Outros mercados similares foram seguidos em locais como Baltimore,
Nova York e Miami. Com a inauguração do Water Tower Place em Chicago,
Illinois, no final dos anos 70, o setor de shopping centers havia retornado a um
local mais urbano.
29
1980-2008
Mais de 16.000 centros foram construídos entre 1980 e 1990. Esta
década foi caracterizada pelo aumento de shopping centers super-regionais,
que eram shoppings com mais de 240000 metros quadrados. Os centros de
lojas tornaram-se cada vez mais populares ao longo dos anos 90. Os
shoppings oferecem aos fabricantes a oportunidade de vender seus próprios
produtos a preços promocionais.
Além das lojas, os centros de entretenimento tiveram um papel crucial
ao longo dos anos 90. Procurando incorporar formas de entretenimento, os
shopping centers começaram a oferecer uma variedade de atividades, como
áreas de recreação infantil, música ao vivo, filmes em cinemas grandes e
multiplex, praças de alimentação, parques de diversões, técnicas de
merchandising, exposições de animais robóticos e outras demonstrações
interativas.
30
Linha do Tempo 3 - Evolução dos Shoppings Centers
Fonte – Elaborado pelo autor
31
O COMÉRCIO NO BRASIL
Não se sabe ao certo quando se iniciou o comércio no Brasil. Com a
chegada dos portugueses no Brasil, os índios não eram familiarizados com
qualquer tipo de moeda. Foi daí que começaram os escambos, que eram as
trocas de mercadorias.
Com o surgimento das grandes lavouras, os proprietários de terra iam ao
mercado da cidade trocar o excesso de sua produção por outras mercadorias,
porém começaram os questionamentos sobre a diferença de valor para cada
mercadoria. A partir disso, houve-se a necessidade de criar uma moeda, onde
cada produto iria se basear. Sendo assim, as lojas e os mercados começaram
a comprar direto dos produtores e revender aos consumidores finais.
Segundo Alvin; Peirão (1985), citado por Cynthia Augusta (2005, p.39),
“ao contrário – e isso vale, pelo menos, até o início dos anos 40 -, os interesses
com comércio se confundem, primeiro com os da agricultura, depois com os da
indústria. No caso dos primeiros anos do século, época da instalação do
Mappin em São Paulo, o comércio floresce exatamente no mesmo quadro, e
nas mesmas linhas gerais, em que se apoiava a agricultura. Ou seja: trata-se
de um virtual subproduto das atividades dos grandes grupos estrangeiros que
controlavam o negócio do café”
2. ARRANHA-CÉUS
PROCESSOS HISTÓRICOS E ARRANHA-CÉUS NO BRASIL
Os primeiros arranha-céus - altos edifícios comerciais com estruturas
de ferro ou aço - surgiram no final do século XIX e início do século XX. O
primeiro arranha-céu é considerado o Edifício de Seguros Residenciais em
Chicago, embora tenha apenas 10 andares. Posteriormente, edifícios cada vez
mais altos foram possíveis através de uma série de inovações arquitetônicas e
de engenharia, incluindo a invenção do primeiro processo de produção em
massa de aço. Hoje, os arranha-céus mais altos do mundo têm mais de 100
andares e alturas com mais de 2.000 pés.
32
ESCOLA DE CHICAGO
O termo “Escola de Chicago” refere-se à arquitetura de arranha-céus
desenvolvida na época de 1879-1910. Ela surgiu por conta de um incêndio
ocorrido em 1871 o que gerou um “boom” na área de construção. Ao mesmo
tempo, a população da cidade estava se expandindo rapidamente. Tudo isso
acarretou um aumento do preço dos imóveis. Por conta disso, o único caminho
viável era construir para cima, pois isso significava um aumento do espaço e,
contudo, aumentava o lucro em cima dos aluguéis.
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLA DE CHICAGO
Fundações
O terreno da cidade de Chicago é pantanoso, o que era impossível de
suportar altos edifícios. Em 1873, FrederickBaumann havia sugerido que cada
fundação vertical de um edifício permanecesse em um amplo bloco que
distribuísse seu peso mais amplamente sobre a terra pantanosa, porém essa
estrutura era capaz de suportar um edifício de até 10 andares, além de ocupar
muito espaço no porão.
Armações de aço
Os primeiros prédios tinham paredes tradicionais de
suporte de pedra e tijolo. Entretanto, eles não podiam suportar
estruturas muito altas, o que estimulou os projetistas a criarem
uma estrutura de metal, permitindo a construção de arranha-
céus. Uma estrutura de metal era praticamente à prova de fogo e
como as paredes não suportavam mais o peso da estrutura,
pode-se usar umas paredes mais finas gerando mais espaço útil.
Figura
Building
2 - Chicago
Fonte - Internet
33
Linha do Tempo 4 - Arranha-céus
Fonte – Elaborado pelo autor
34
O PRIMEIRO ARRANHA-CÉU
O primeiro edifício que poderia ser considerado um arranha-céu foi o
Home Insurance Building, em Chicago, que foi concluído em 1885. O prédio
tinha 10 andares e alcançava uma altura de 138 pés. Dois andares foram
adicionados em 1891, elevando a altura a 180 pés. O prédio foi demolido em
1931 e substituído pelo Field Building, um arranha-céu ainda mais alto, com 45
andares.
Embora os primeiros arranha-céus fossem relativamente pequenos para
os padrões atuais, eles marcaram uma virada importante na construção e
desenvolvimento urbanos.
A construção de arranha-céus foi possível graças ao inglês Henry
Bessemer , que inventou o primeiro processo de produção em massa de aço a
baixo custo. Esse avanço na produção de aço abriu as portas para os
construtores começarem a criar estruturas cada vez mais altas. Hoje, o aço
moderno é fabricado usando ainda essa tecnologia.
35
“Em tempo de mudanças climáticas, aquecimento global e aumento
no custo de energia é fundamental que haja uma mudança de
paradigma no setor construtivo, para que possamos minimizar o
impacto ambiental das obras, visando economia e a conservação dos
recursos naturais.” (GILSON QUEIROZ, 2009, p.5)
O termo sustentabilidade cresceu muito rápido nos anos 80, mas muitas
das vezes foi utilizado sem o real significado. Nos dias de hoje, ao invés de se
focar na sustentabilidade ambiental, esse termo tem se expandido e sido
utilizado em diversas disciplinas e setores que na sua grande maioria não
relaciona com seu significado original, isso faz com que as pessoas não
percebam sua importância. Além desses abusos do conceito, essa discussão
rapidamente se passou para a sustentabilidade econômica, social e ambiental
mais conhecido como o “conceito dos três pilares”
1. Enquanto a
sustentabilidade social depende da sustentabilidade econômica e vice-versa,
ambos dependem fortemente da sustentabilidade ambiental, já que a
dependência do meio ambiente para os outros conceitos é muito menor. Por
isso, esse conceito embasado dos pilares da sustentabilidade não representa o
papel fundamental do meio ambiente.
1 DISPONÍVEL EM: HTTP://WWW.LAGOAPARQUESEHOTEIS.COM.BR/BLOG/ENTENDA-OS-TRES-
PILARES-DA-SUSTENTABILIDADE
Figura 3 - Pilares da Sustentabilidade
Fonte - Internet
ASPECTOS DE EFICIÊNCIA AMBIENTAL
O CONCEITO DE SUSTENTABILIDADE
O conceito de sustentabilidade e ecoeficiência são recentes e
conhecidos por um pequeno grupo de ambientalistas e economistas
ambientais, porém o homem dependia das práticas sustentáveis para que haja
um equilíbrio entre o consumo dos recursos naturais. Contudo, houve a
necessidade de uma conscientização de um consumo desenfreado dos
recursos naturais. Em 1972, foi colocada uma política internacional da ONU
que marca o surgimento do desenvolvimento sustentável, que é a otimização e
o equilíbrio dos recursos naturais, para que assim a produção dos mesmos não
seja menor que o consumo.
37
http://WWW.LAGOAPARQUESEHOTEIS.COM.BR/BLOG/ENTENDA-OS-TRES-
Com o surgimento da revolução industrial os inúmeros poluentes
liberados no ar e o consumo exacerbado dos recursos naturais gerado pelo
crescimento das indústrias, das cidades e da população começa a surgir um
pensamento de que a economia baseada no consumo desenfreado dos
recursos naturais para o desenvolvimento acaba por prejudicar mais a
população que sofrerá as consequências caso esses recursos se esgotem.
A SUSTENTABILIDADE NA ARQUITETURA
Segundo Lovelock, citado por Richard Rogers (1995, p.27) “O planeta
não é inanimado. É um organismo vivo. A terra, as rochas, oceanos, atmosfera
e todos os seres vivos são um grande organismo. Um sistema de vida holístico
e coerente e modifica a si mesmo”.
A sustentabilidade na arquitetura aborda os impactos ambientais e
sociais negativos dos edifícios, utilizando métodos de design, materiais,
energia e espaços de desenvolvimento que não são prejudiciais para o
ecossistema ou as comunidades vizinhas. O intuito é garantir que as ações
adotadas hoje não tenham consequências negativas para as gerações futuras
e cumpram os princípios de sustentabilidade social, econômica e ecológica.
“O desenvolvimento sustentável exige uma revisão completa de todos
os nossos processos de produção, realizada a partir do conhecimento
profundo dos impactos socioambientais de todas as nossas
atividades. Isso inclui a construção civil, responsável pela
transformação do ambiente natural em um ambiente construído.”
(BRUAND, 2003 p.21)
Ela precisa levar em consideração os recursos e condições naturais do
local, agregando-os ao projeto sempre que possível, utilizar materiais que
minimizem o gasto ambiental da edificação, seja devido a processos de
fabricação com uso intenso de energia ou longas distâncias de transportes.
Deve-se, também, usar sistemas de reaproveitamento que reutilizam os
materiais da maneira mais eficiente possível. Cada vez mais arquitetos estão
percebendo que um design percebendo que um bom design melhora a
qualidade de vida das pessoas e minimiza os impactos prejudiciais à nossa
saúde.
38
Além da preocupação com o gasto energético das
arquitetura sustentável envolve aspectos para que haja a
degradação do meio ambiente, para isso ela utiliza de
edificações, a
diminuição da
três principais
características: materiais de construção ecológicos, que são aqueles que são
reciclados ou renováveis, bem como aqueles que requerem menos energia
para serem fabricados, eficiência energética, que são a utilização de fontes de
energia renováveis, como eólica e solar e o uso eficiente do espaço que é
quando a qualidade interna afeta o modo como um indivíduo se sente em um
espaço, com ventilação adequada, controle de temperatura e uso de materiais
que não emitem
Um dos objetivos mais importantes para alcançar a sustentabilidade na
arquitetura é a eficiência energética durante a vida útil de um edifício. Isso
significa implementar técnicas passivas e ativas para reduzir as necessidades
de energia do edifício e aprimorar sua capacidade de capturar ou até gerar sua
própria energia. O posicionamento de um edifício é fundamental para minimizar
o consumo de energia, criando uma arquitetura que funcione com o ambiente
natural.
O PROJETO SUSTENTÁVEL
Os edifícios são bens de longa vida útil, construídos a partir da união de
diversos materiais provindos de diferentes produtores, que precisam de uma
mão-de-obra em grande escala. A necessidade de se produzir um edifício
sustentável tem como objetivo acabar com os impactos sociais e ambientais.
Para isso, é necessário tomar alguns cuidados em relação à esses aspectos
para que os três pilares que compõem a sustentabilidade se mantenham
estáveis, como por exemplo:
• Qualidade da implantação
• Controle do uso da água
• Controle do uso de energia
• Controle dos materiais e dos resíduos
• Prevenção de poluição
• Gestão ambiental
39
• Gestão da qualidade do ambiente interno
• Qualidade dos serviços
• Desempenho Econômico
A grande maioria dos sistemas de sustentabilidade não consideram
diversos aspectos sociais de uma construção, como por exemplo, a qualidade
dos canteirosde obras, contratação de mão-de-obra formal e treinamentos
dela.
Esses aspectos apresentados se manifestam em todas as fases do ciclo
de vida das edificações. Este que é dividido em cinco etapas, concepção,
planejamento/projeto, construção/Implantação,
requalificação/Desconstrução/Demolição. Mesmo assim,
fases do projeto o impacto das mesmas sobre
significativamente. 2
uso/Ocupação,
com todas essas
o ambiente varia
As primeiras fases que são a de concepção e a de planejamento tem os
menores custos e as maiores possibilidades de intervenção com foco na
sustentabilidade. Já a fase de projeto tem um custo relativamente baixo
comparado com as outras fases e um nível de intervenção menor que a
primeira fase e maior que as outras. Na fase da construção o custo aumenta
relativamente comparado às outras duas primeiras fases e a possibilidade de
intervenção cai drasticamente. A fase mais cara é a de uso e manutenção onde
a possibilidade de intervenção é quase inexistente. A última fase do ciclo de
vida de uma construção não existe a possibilidade de intervenção com foco na
sustentabilidade.
“São poucos os prédios contemporâneos nas regiões tropicais
capazes de prover conforto ambiental a seus ocupantes sem uma
forte dependência da emergia convencional para ar-condicionado. O
desenvolvimento de uma arquitetura fundamentalmente independente
dela é um dos desafios que enfrenta a presente geração de arquitetos
brasileiros.”3
2 MOACYR, VANDERLEY. GUIA DE SUSTENTABILIDADE
3 CORBELLA, OSCAR, EM BUSCA DE UMA ARQUITETURA SUSTENTÁVEL PARA OS
TÓPICOS, P.2
40
A sustentabilidade do projeto deve ser um requisito, não uma
caracteristica, e tem sido assim desde a construção das pirâmides do antigo
Egito. Um edificio não é sustentavel apenas porque usa paineis solares,
mesmo que isso torne menos impactante os gasto com energia, mas
sustentabilidade é a soma de todas as suas partes, que incluem os processos
sociais e econômicos.
CERTIFICAÇÕES
Os edifícios construídos consomem a maior parte da energia e recursos,
com isso, é necessário a criação de projetos que implementem práticas
construtivas que diminuam esse consumo. Essas certificações propõem o
objetivo de que as empresas conciliem seu crescimento socioeconômico com
as responsabilidades ambientais.
As principais certificações são a LEED, BREEAM, PROCEL EDIFICA e a
FSC
LEED
LEED (Leadership in Energy and Environmental Desing) é uma
certificação criada e concedida pela USGBC (US. Grren Building Council)
em resposta a uma necessidade percebida de que padrões específicos e a
verificação de terceiros sejam necessários para que a estrutura seja
considerada sustentável ou “verde”.
Os edifícios com certificação LEED, quando bem conservados,
produzem menos resíduos e são mais eficientes em termos energéticos do que
seriam. O sistema de classificação pelo qual os edifícios podem obter a
certificação, no entanto, tem sido objeto de críticas por conceder pontos que
exigem pouco ou nenhum esforço do construtor. Os pontos básicos para itens
da lista de verificação, como proximidade com transporte público ou localização
em uma área densamente povoada, podem significar a diferença entre as
certificações de prata, ouro ou platina.
Figura 4 -
Certificação Leed
Fonte - Internet
41
BREEAM
A BREEAM (Building Research Establishment Environmental Method)
utiliza uma ferramenta de auto-avaliação e avaliação corporativa. Ela tem
como foco os edifícios comerciais, porém certifica outras categorias, como
residências, prédios, infraestrutura, reformas, entre outros.
Essa certificação avalia a especificação e projeto das eficiências
energéticas do edifício, a saúde e o bem-estar das pessoas dentro do edifício,
desempenho e inovação exemplares, uso sustentável do solo e do material,
prevenção e controle da poluição e escoamento das águas superficiais, opções
de transporte sustentáveis, gerenciamento e reutilização de resíduos durante o
ciclo de vida do edifício e redução do uso de água potável para atividades
terceiras e eliminação de vazamentos de água.
PROCEL EDIFICA
A certificação PROCEL EDIFICA é voltada para a parte de energia
elétrica e reconhece os edifícios com a melhor classificação de eficiência
energética. Ele foi criado com o intuito de conservar e preservar os recursos
naturais, além de que ele incentiva o uso eficiente deles, para conseguir essa
certificação é necessário ter planejamento e eficiência desde o início da
construção.
Este selo possui duas diferentes classes para avaliação, nos edifícios
comerciais, de serviços e públicos são avaliados em envoltória, iluminação e
condicionamento de ar, já nas unidades habitacionais, envoltória e sistema de
água.
FSC
Figura 5 -
Certificação
BREEAM
Fonte -Internet
Figura 6
Certificação-
Procel Edifica
- FSC
O FSC (Forest Stewardship Council) é uma organização sem fins lucrativos
que estabelece certos padrões elevados para garantir que a silvicultura seja
praticada de maneira ambientalmente responsável e socialmente benéfica. A
certificação FSC é considerada a padrão ouro para madeira extraída das
florestas que são manejadas com responsabilidade, socialmente benéficas, 
conscientes do meio ambiente economicamente viáveis
,
Fonte - Internet
Fonte - Internet
42
Linha do Tempo 5 - Surgimento das Certificações
Fonte – Elaborado pelo autor
43
3. REFERÊNCIAS PROJETUAIS
No processo criativo de um projeto, a pesquisa é um instrumento de
extrema importância, pois nesses estudos é possível analisar as estratégias de
projetos que deram ou não certo, podendo ser aprimoradas ou não utilizadas,
conforme as consequências apresentadas. Os estudos de caso a seguir, foram
escolhidos pela importância que eles possuem em relação ao tema. São eles:
Eastgate Building Harare, Leeza SOHO, Opus e Habitação O6A Loft.
EASTGATE BUILDING HARARE, ZIMBÁBUE
Localizado em Harare, no Zimbábue na África, este edifício foi
inaugurado no ano de 1996, com 5.600 m² de área para lojas e 26.000 m² de
área para escritórios. Esse edifício surge como uma expressão de duas
arquiteturas: a de tijolo e pedra reconstruída e a do aço e vidro. Ele foge do
padrão internacional da torre de vidro e parte em direção de um estilo
regionalizado que responde à antiga arquitetura tradicional de pedra da região,
porém com temperaturas variando entre 2º C á noite a 40º C durante o dia, o
uso de aço e vidro seria ineficiente pela quantidade de energia gerada para
refrigerar o edifício.
Figura 9 - Detalhe Fachada do edifício
Fonte - Internet
Figura 8 - Edifício Eastgate Building Harare
Fonte – Internet
45
A tecnologia adotada pelo Mick Pearce foi a mesma utilizada nos
cupinzeiros da região, uma sofisticada rede de dutos que controlam a
temperatura interna. Os cupins do Zimbábue constroem montes gigantescos
nos quais cultivam um fungo que é sua principal fonte de alimento. O fungo
deve ser mantido exatamente a, 30,5º C. Os cupins conseguem abrir e fechar
constantemente uma série de aberturas de aquecimento e resfriamento ao
longo do dia. Com um sistema de correntes de convecção, o ar é aspirado na
parte inferior do cupinzeiro, em compartimentos com paredes enlameadas e
subindo por um canal até o pico dele. Os cupins constantemente cavam novas
aberturas e ligam as antigas para regular a temperatura
também consiste em dois edifícios lado a lado, separados por um espaço aberto 
coberto por vidro e aberto à brisa local.
46
O Eastgate Canter utiliza menos de 10% da energia de um edifício convencional do
seu tamanho. Essas eficiências se traduzem diretamente nos resultados: os
proprietários da Eastgate economizaram US $ 3,5 milhões sozinhos por causa
de um sistema de ar condicionado que não precisou ser implementado. Além de
ecoeficientes e melhores para o meio ambiente, essas economias também chegam
aos inquilinos cujos aluguéis são 20% menores que os dos ocupantes dos prédios
vizinhos.
Com 45 andares e projetado por Zaha Hadid, este edifício contém o seucom mais alta torção no centro, o prédio está localizado no distrito
átrio
Figura 15 - Estudo de cupinzeiro aplicado no
projeto
Figura 11 - Técnologia de conforto
térmico
Figura 16 - Setorização e Volumetria
Fonte - Internet
LEEZA SOHO, CHINA
47
Com essa posição sobre esse túnel, levou a arquiteta a dividir o edifício
em duas partes, o que resultou na formação de um átrio no centro. Esse átrio
percorre durante toda a altura do edifício, que a 194,15 metros o torna o mais
alto do mundo.
Figura 19 - Detalhe Passarela
Fonte - Internet
Figura 17 - Detalhes do átrio central 
Fonte - Internet
Figura 18 – Átrio central 
Fonte - Internet
À medida que aumenta, esse vazio torce 45 graus para parecer que os
dois lados da torre estão se movendo juntos. Isso também alinha os níveis
superiores da torre com as vistas de uma das principais ruas de Pequim.
48
A forma dinâmica do átrio cria aberturas convexas em ambos os lados da torre,
que permitem a entrada de luz natural no interior e proporcionam vistas da
cidade a partir de cada andar. O nível mais baixo do átrio foi projetado para
funcionar como uma praça pública do distrito comercial, ligando todos os
espaços dentro da torre e oferecendo vistas varidas por causa da sua forma
contorcida, criando um espaço público para a cidade além de estar
conectado á rede de transportes da cidade. Os dois edifícios são
conectados por passarelas que estão dentro do edifício e se localizam em
quatro pavimentos diferentes, enquanto externamente são conectadas por uma
fachada de cortina de vidro.
Tal fachada, possui isolamento duplo e é composta por vários painéis de
vidro angulados para a auxiliar a ventilação. A intenção é ajudar a manter um
clima interno confortável nas condições climáticas variáveis de Pequim.
Na tentativa de melhorar o desempenho ambiental do edifício, a torre
está equipada com recuperação de calor do ar de exaustão e bombas de alta
eficiência, instalação de coleta de água, descarga de água cinza e um teto
verde com painéis fotovoltaicos.
Existem também 2.680 vagas para estacionamento de bicicletas com
armários e chuveiros para incentivar os usuários a utilizarem a bicicleta como
meio de transporte diminuindo a emissão de gases poluentes.4
4DISPONÍVEL EM HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/928985/LEEZA-SOHO-
ZAHA-HADID-ARCHITECTS
Figura 21 - Detalhe do Painel de vidro
Fonte – Internet
Figura 20 – Edifício Leeza Soho
Fonte - Internet
49
http://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/928985/LEEZA-SOHO-
O Opus em Dubai, da Zaha Hadid Architects , um edifício de uso misto
formado por torres conjuntas com um vazio irregular no meio, ainda não
inaugurado, está situado em Burj Khalifa em Dubai e possui 84.345 m². O
edifício irá abrigar 12 restaurantes e um bar na cobertura, além de escritórios,
mas seu principal atrativo é o hotel ME Dubai que está sendo programado para
inaugurar em 2020.
O Opus é projetado como duas torres separadas que se encontram e
formam uma única estrutura em formato de um cubo, que possui uma forma
desconstrutiva criando um vazio central que é um volume importante dentro do
edifício por si só - fornecendo vistas para o exterior a partir do centro do
edifício. Além de possuir as duas torres envidraçadas, ele possui também um
átrio de quatro andares que conecta as torres e uma ponte suspensa a 71
metros de altura.
Figura 22 - Edifício Opus
Fonte - Internet
Figura 23 – Detalhe da ponte suspensa
Fonte - Internet
50
No primeiro estudo sobre o projeto, a fachada de vidros transparentes
era pretendida, porém com o clima e as condições do local onde o edifício se
situa, não teriam sido cumpridas as leis de construção locais.
A forma do edifício foi projetada a partir de um mergulho de um cubo de
gelo em água fervente para criar um vazio irregular e curvado no meio do cubo.
Devido à sua aparência e forma e por possuir sua fachada completa de vidro
curvo escurecido que se enfrentam através do vazio do edifício, foi necessário
usar uma tecnologia da indústria automobilista que fornecem esse vidro
curvado duplo esférico.
Figura 24 - Forma do edifício
Fonte - Internet
O edifício aproveita a disponibilidade da luz solar e possui um sistema
de aquecimento solar de água e o uso inteligente do sistema de refrigeração do
edifício fez com que a energia necessária para o resfriamento fosse reduzida.
Figura 25 - Imagem Interna do Edifício
Fonte - Internet
Figura 25 - Imagem Interna do Edifício
Fonte - Internet
51
HABITAÇÃO O6A LOT, PARIS
O projeto de 9554 m² localizado em uma área de regeneração urbana do
17º distrito parisiense. O lugar apresenta os sinais históricos das atividades de
transporte e logística, facilitada pela proximidade com a linha ferroviária. Logo,
o projeto visa a construção de um ambiente denso e construído para esse
bairro em específico.
O principal objetivo do projeto é obter o máximo de espaço de sol
possível para os playgrounds ao ar livre da escola e creche. Por isso, a
densificação das áreas habitacionais, com apartamentos em dois edifícios com
até 50 metros de altura, foi utilizada. As duas torres estão locadas de modo que
permita a quantidade máxima de sol para os playgrounds.
Figura 27 - Vista para o Playground
Fonte - Internet
Figura 28 - Habitação O6A
Fonte - Internet
O projeto coloca em conflito materiais estruturais e os materiais utilizados como
acabamento, criando uma camada de ornamentação, mesmo está sendo de uma
vida útil curta. Ele é focado em revelar a estrutura do edifício e cada função que
os materiais que ali estão apresentam, o que acaba gerando uma certa economia.
Os componentes do edifício são deixados visíveis para mostrar como ele é feito.
As paredes de concreto são uma forma de chamar a atenção para seu impacto
estrutural do edifício, demonstrando a simplicidade e elementos técnicos dele. A
mesma ideia é tratada quando se fala da madeira do jardim de infância e da escola,
essa estrutura pode ser percebida dentro e fora do edifício. Isso trata de projetar
para que a construção possua uma vida longa útil sem produzir um desperdício inútil
durante a sua existência. 52
Figura 30 - Planta técnica
Figura 29 - Paredes de Concreto
Fonte – Internet Fonte - Internet
Figura 31 - Imagem interna do Edifício
Fonte - Internet
53
4. LOCAL E CONTEXTO URBANO
LOCALIZAÇÃO
O terreno escolhido para o desenvolvimento deste projeto está
localizado no estado de Minas Gerais, na zona sul da cidade, no bairro
Karaíba. Localizado entre as vias Nicomedes Alves dos Santos (via estrutural)
e as vias locais, Alameda Luís Suzigani, Alameda Saúl Afonso da Silva e a
Alameda Rodolfo Moraes.
Figura 33 - Localização área do projeto
Fonte – Google Earth
Figura 34 - Área do projeto
Fonte – Google Earth
Figura 32 – Bairro da área do projeto
Fonte – Google Earth
Figura 35 – Estado da área do projeto
Fonte – Google Earth
55
A zona sul da cidade de Uberlândia é uma área nobre, com muitas
residências, condomínios fechados, loteamentos, edifícios com um padrão
mais elevado, shoppings. O bairro Karaíba, segundo a prefeitura de
Uberlândia, teve sua maior preocupação com o desenvolvimento de um projeto
urbanístico que oferecesse a classe média da época uma excelente qualidade
de vida com preços acessíveis. Este objetivo foi atingido com a utilização de
terrenos com metragens menores e com a definição de regras muito rígidas de
ocupação para manter as características iniciais, como uso e ocupação do
solo, afastamentos e arborização.
Segundo a legislação da prefeitura do município, pela lei nº 525, de 14
de abril de 2011, a área designada é classificada como ZR1 (Zona residencial
1) e definida como ADE2 (Área de diretrizes Especiais 2), no percurso entre a
Avenida Rondon Pacheco até a Avenida Vinhedos. Os lotes com testada para
a Avenida possuem a taxa de ocupação de 70%, com o coeficiente de
aproveitamento de 1,2 e afastamentos mínimos de 5,0m frontal e 1,5m lateral e
fundo.
ANÁLISE DA PAISAGEM URBANA
A zonasul de Uberlândia possui diversos atrativos desde centros
comerciais, como o Uberlândia Shopping, Galerias como Village Altamira,
Gávea Sul Pátio Shopping e The Garden. Alguns supermercados como D’ville,
Pão de Açúcar. Além de outros que surgirão a medida que o bairro for se
desenvolvendo.
Tendo isso em vista, essa região é residencial e os locais de trabalho
dessas pessoas estão muito distantes, muitas vezes tendo que percorrer
longas distâncias para chegar ao local de destino. Logo, o edifício chegaria
para atender as necessidades dos moradores da região, diminuindo o fluxo de
carros nas ruas da região.
Com a análise da área e do entorno podemos observar um perfil viário
na avenida Nicomedes Alves dos Santos com um canteiro central juntamente
com três caixas de rolamento, entretanto já na Alameda Rodolfo Moraes é
56
perceptível apenas uma caixa de rolamento para duas pistas mais
estacionamento. Na Alameda Luiz Suzigani, observamos uma caixa de
rolamento para duas de estacionamento.
Isso sugere um trânsito de velocidade alta na Avenida Nicomedes Alves
dos Santos, com poucos pedestres atravessando a via e não possuindo a área
de ciclovia. Nas alamedas que circundam o terreno o fluxo de carros é bem
menor comparado ao da avenida e o trânsito de pedestres é pouco.
Ao habitar e trabalhar no mesmo complexo, espera-se que os moradores
usufruam mais a rua – bem como pretende-se oferecer uma praça para os
trabalhadores dos pontos comerciais próximos para que eles possam se
apropriar também do espaço público da rua. Em consequência disso, a
arborização da região precisa ser melhorada e a construção de uma passarela
ligando um lado ao outro na avenida ajudará ainda mais o pedestre
Figura 36 - Perfil Viário Av. Nicomedes Alves dos Santos e Alameda Rodolfo
Moraes
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende 57
Figura 37 - Perfil Viário Alameda Saúl Afonso da Silva e Alameda Luís Suzigani
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
O TERRENO
O terreno escolhido encontra-se em ótimas condições com vegetação
rasteira e um árvore de grande porte localizada na lateral do lote. As vias que
circundam o lote estão em ótimo estado, porém em apenas uma lateral do
terreno possui calçada.
No projeto em si, a árvore será mantida e integrada ao restante do
paisagismo do programa, como a área não possui arborização ou área verde,
apenas lotes ou construções, a árvore servirá como elemento integrador.
58
O ENTORNO
A área do projeto possui grande fluxo de pessoas, tanto as que
trabalham, estudam quanto as que moram na região, o que frisa ainda mais a
escolha do terreno e reforçando a necessidade de se aproximar trabalho e
estudo de habitação. As principais vias de acesso são: Avenida Nicomedes
Alves dos Santos e Avenida Vinhedos, que são Avenidas que ligam a zona sul
da cidade ao restante da cidade. No entorno são encontrados diversos setores
de comércio e áreas com grande fluxo de pessoas. Fazendo com que o terreno
seja uma ótima escolha para a implantação do edifício.
A área onde está localizado o terreno é um local com bastantes
habitações e que está em constante crescimento comercial, o edifício chega
com o intuito de potencializar esse crescimento criando espaços de trabalho e
lazer, além de possuir uma praça interna que pode ser utilizada por toda a
população.
59
MAPAS
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
O terreno escolhido para o projeto está localizado em uma área
predominantemente residencial, mas há a presença de áreas comerciais e
áreas verdes com a predominância dos mesmos na Avenida Nicomedes Alves
dos Santos.
Mapa 1 - Uso e Ocupação do Solo
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
60
GABARITOS
No mapa de gabaritos da área escolhida, nota-se a predominância de
construções com um ou dois pavimentos, porém existem apenas dois com três
pavimentos ou mais. São eles a faculdade UNA e o centro empresarial Torre
Sul. A nova construção é bem maior do que os padrões da região, a construção
mais centralizada no terreno e as áreas comuns localizadas mais nas
extremidades, não geram um desconforto.
Mapa 2 - Gabaritos
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
61
LOCALIZAÇÃO DAS RUAS
O terreno está locado entre as alamedas Saúl Afonso da Silva, Luiz
Suzigani, Rodolfo Moraes, que são todas vias locais e da Avenida Nicomedes
Alves dos Santos, que é uma via estrutural.
Mapa 3 - Localização de Ruas
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
62
MAPA ZONEAMENTO
Segundo a legislação da prefeitura do município, pela lei nº 525, de 14
de abril de 2011, a área designada é classificada como ZR1 (Zona residencial
1) e definida como ADE2 (Área de diretrizes Especiais 2), no percurso entre a
Avenida Rondon Pacheco até a Avenida Vinhedos. Os lotes com testada para
a Avenida possuem a taxa de ocupação de 70%, com o coeficiente de
aproveitamento de 1,2 e afastamentos mínimos de 5,0m frontal e 1,5m lateral e
fundo.
Mapa 4 - Zoneamento
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
63
MAPA SISTEMA VIÁRIO
A área do projeto está localizada entre uma via estrutural e três arteriais,
permitindo fácil acesso, tanto para moradores quanto para terceiros. Todavia, o
fluxo de carros é bem maior, enquanto o de pedestres é quase nulo, isso
acontece pois há ausência de calçada em alguns pontos e as existentes
possuem buracos, desníveis e ausência de arborização, o que desestimula o
pedestre a se apropriar da área.
Mapa 5 - Sistema Viário
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
64
TOPOGRAFIA
O terreno apresenta uma declividade de 4 metros, o ponto mais alto
está situado na Alameda Saúl Afonso da Silva, e o mais baixo na Alameda
Rodolfo Moraes.
Mapa 6 - Topografia
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
65
FIGURA FUNDO – VIAS
O terreno escolhido está circundado por duas vias de acesso principais.
A malha é ortogonal, com áreas abertas no condomínio.
Mapa 7 - Figura Fundo - Vias
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
66
FIGURA FUNDO – ESPAÇOS
O terreno está
privados ou lotes vazios.
locado em uma área com grandes espaços
Mapa 8 - Figura Fundo - Espaços
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
67
Figura 39 - Carta Solar Face B
ANÁLISE BIOCLIMÁTICA
Partindo da análise da carta solar, a face
A recebe mais insolação no período entre
22 de junho e 22 de dezembro, de manhã e à
tarde.
Na análise de insolação na face B, essa face recebe insolação forte
entre 22 de junho a 22 de dezembro pela parte da manhã, o que a torna ideal
para as áreas residenciais.
Figura 38 - Carta Solar Face A
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
68
A face C do terreno recebe
insolação entre 16 de abril à 20 de
outubro durante toda manhã e na
parte da tarde a partir das 16h, isso
torna essa face do terreno, juntamente
com a face B, propícia em receber as
residências.
A face D
recebe insolação entre 22 de junho à
22 de dezembro durante a tarde.
Assim essa fachada necessita de
maior atenção devido à grande
incidência solar. Isso será resolvido
com a utilização de brises e as
fachadas duplas ventiladas.
Figura 40 - Carta Solar Face C
Figura 41 - Carta Solar Face D
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
Fonte – Elaborado por Caroline Rezende
69
5. CONCEITO E PARTIDO
Quando se trata de um edifício de alto padrão e localizado onde está,
seria necessário algo que acolha as pessoas e diferencie das demais
edificações ao redor. O conceito “vitalidade” surge por conta da localidade do
projeto, devido à sua diversidade dos perfis de moradores da região, tentando
agregar todos em um único ambiente.
Figura 42 - Ilustração Vitalidade
Fonte – Elaborado pelo autor
71
6. PROGRAMAÇÃO
O terreno no qual o Edifício será implantado possui uma área de
15.843,47 m². Uma parte do terreno será designada para gentileza urbana e o
restante irá compor o programa a seguir.
ÁREA ADMINISTRATIVA E DE SERVIÇOS
Essas áreas são destinadas á prestação de serviços, á área comercial.
Deste modo, essas áreas precisam ser em um ambientemais distante das
áreas residenciais.
• Lojas
• Cafeteria
• Auditório
• Salão Multiuso
• Salas de reunião
• Depósitos
• Salas comerciais
• Banheiros
RESIDENCIAL
Esta área é exclusiva para moradores. Seu acesso será restrito aos
proprietários.
• Apartamentos de 30 m²
• Apartamentos de 40 m²
• Apartamentos de 80 m²
• Apartamentos de 90 m²
• Apartamentos de 110 m²
73
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SEGAWA, Hugo. Arquitetura no Brasil 1900-1990. São 
Paulo: EDUSP,1997.
GALVÃO, Walter José Ferreira. COPAN/SP: A trajetória de 
um mega empreendimento da concepção ao uso. Estudo 
compreensivo do processo com base na Avaliação Pós-
Ocupação. Dissertação (mestrado). Faculdade de Arquitetura 
e Urbanismo da Universidade de São Paulo, 2007.
ISOLDI, Rosilaine André. TRADIÇÃO, INOVAÇÃO E 
SUSTENTABILIDADE: desafios e perspectivas do projeto 
sustentável em arquitetura e construção. Porto Alegre, 
2007. Dissertação (Doutorado). Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul.
GONÇALVES, Joana. ARQUITETURA SUSTENTÁVEL: UMA 
INTEGRAÇÃO ENTRE AMBIENTE, PROJETO E 
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<HTTPS://WWW.ARCHDAILY.COM.BR/BR/928985/LEEZA-SOHO-ZAHA-HADID-
ARCHITECTS>
OPUS/ ZAHA HADID ARCHITECTS – DISPONÍVEL EM 
<https://www.archdaily.com.br/br/924974/opus-zaha-hadid-architects>
HABITAÇÃO O6A LOT, PARIS – DISPONÍVEL EM 
<https://www.archdaily.com.br/br/936136/edificio-de-uso-misto-o6a-lot-
sam-architecture-plus-querkraft> 
EASTGATE CENTER – DISPONÍVEL EM 
<https://en.wikipedia.org/wiki/Eastgate_Centre,_Harare> 
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