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AV2 Processo Civil IV

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
CAMPUS ILHA DO GOVERNADOR
CURSO DE DIREITO
AV2 – PROCESSO CIVIL IV
Professora: Francesco Aloise
Aluno: Ana Carolina Fernandes
Matrícula: 201608323471
QUESTÃO 1 ) Etelvina pode ingressar com uma ação de execução pedindo a penhora dos bens ou a prisão civil do devedor. Caso escolha a penhora, o devedor terá suas contas bloqueadas e o valor referente a todas as pensões atrasadas será transferido pra conta de Etelvina, já a prisão civil permite cobrar apenas os últimos três meses, mais as pensões vencidas durante o processo. Independente da modalidade escolhida, o devedor terá até três dias para pagar, provar que já pagou ou justificar a impossibilidade de pagar.
Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
QUESTÃO 2) O juiz não agiu corretamente, já que o mesmo não possui autorização legal, nem constitucional de isentar as partes de custas e honorários. Portanto, ao final o perdedor da demanda deve ser condenado em custas, despesas, taxas e honorários, ainda que seja beneficiário de justiça gratuita.
Artigo 12 da lei Lei 1060/50 - A parte beneficiada pela isenção do pagamento das custas ficará obrigada a pagá-las, desde que possa fazê-lo, sem prejuízo do sustento próprio ou da família, se dentro de cinco anos, a contar da sentença final, o assistido não puder satisfazer tal pagamento, a obrigação ficará prescrita.
“Os beneficiários da Justiça gratuita devem ser condenados aos ônus de sucumbência, com a ressalva de que essa condenação se faz nos termos do artigo 12 da Lei 1.060/50 que, como decidido por esta Corte no RE 184.841, foi recebido pela atual Constituição por não ser incompatível com o artigo 5º, LXXIV, da Constituição.
[RE 514.451 AgR, rel. min. Eros Grau, 2ª T, j. 11-12-2007, DJE 31 de 22-2-2008.]”
QUESTÃO 3) Tal assunto gera muitas controvérsias, mas o entendimento majoritário é de que, tendo em vista a finalidade da multa, que tem o dever de compelir o devedor a cumprir a obrigação, a sua eficácia é imediata, podendo seu valor e periodicidade serem alterados pelo juiz ou a requerimento da parte credora quando a mesma foi insuficiente ou excessiva. O juiz também poderá vislumbrar a presença de outros motivos suficientes para justificar a modificação dos parâmetros fixados na multa, sempre levando em consideração a orientação jurisprudencial do STJ no sentido de evitar a proliferação da chamada indústria das astreintes. A quantia resultante da aplicação da multa cominada ao devedor reverterá em favor da outra parte. 
PROCESSO CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. ASTREINTES. POSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA MULTA COM BASE NOS CRITÉRIOS DA PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE. PRAZO INICIAL PARA A CONTAGEM DOS JUROS MORATÓRIOS. DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO.
- É lícito ao julgador, a qualquer tempo, modificar o valor e a periodicidade da multa (art. 461, parágrafo 4º. c/c parágrafo 6º. do CPC), conforme se mostre insuficiente ou excessiva. Precedentes.
(...)
A finalidade da multa é compelir o devedor ao efetivo cumprimento da obrigação de fazer. Nesse sentido, a multa não pode se tornar mais desejável ao credor do que a satisfação da prestação principal, a ponto de ensejar o enriquecimento sem causa. O processo deve ser um instrumento ético para a efetivação da garantia constitucional de acesso à justiça, sendo vedado às partes utilizá-lo para obter pretensão manifestamente abusiva, a enriquecer indevidamente o postulante” 
(REsp 1.060.293-RS).
QUESTÃO 4) O juiz deverá decidir no sentido de esclarecer que de acordo com a jurisprudência, é possível execução provisória em face da Fazenda Pública e que caso a Fazenda entenda que os valores são exorbitantes, deverá impugná-los. 
AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE . A decisão do TRT está em conformidade com a jurisprudência desta Corte que tem entendimento de que é possível a execução provisória contra a Fazenda Pública, porquanto se trata apenas de procedimento preparatório, sem expropriação de bens ou emissão do precatório. Precedentes. Incide, portanto, a Súmula 333 desta Corte como óbice ao prosseguimento da revista, a pretexto da alegada ofensa aos dispositivos apontados. Agravo não provido. (…)” (Ag-AIRR-126541-85.2007.5.10.0016, 5ª Turma, Relator Ministro Breno Medeiros, DEJT 28/09/2018)
QUESTÃO 5) A coisa julgada secundum eventum probationis, refere-se especificamente quanto a improcedência por falta de provas, em razão do trato diferenciado dado pelo Código de Defesa do Consumidor quando a ação visa tutelar direitos difusos ou coletivos em sentido estrito, já a coisa julgada secundum eventum litis, refere-se ao desfecho do processo, ficando a eficácia erga omnes ou ultra partes dependente da procedência ou improcedência dos pedidos, cada qual com sua peculiaridade.
Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível “erga omnes”, exceto no caso de haver sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova
 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.     (Redação dada pela Lei nº 9.494, de 10.9.1997)
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada:
I – erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese do inciso I do parágrafo único do art. 81;
II – ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 81;
III – erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81.

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