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PAGE 2 FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ CAMPUS ILHA DO GOVERNADOR CURSO DE DIREITO RESENHA AV1 – DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO I Professora: Marco Antonio Santiago Pinto Junior Aluno: Ana Carolina Fernandes Matrícula: 201608323471 Empréstimo Compulsório Durante o COVID-19 O empréstimo compulsório possui previsão legal e constitucional, através do artigo 15, inciso II do CTN: Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; E do artigo 148, inciso I, da Constituição Federal: Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; Os artigos mencionados deixam explícita a necessidade da instauração do estado de calamidade pública para que seja autorizado o empréstimo compulsório, e tal situação foi decretada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo nº 6, de 2020, em 20 de Março de 2020, por conta da pandemia mundial do COVID-19. Tal empréstimo tem duas características próprias: 1) o fato gerador é circunstância para a qual não participam nem o Sujeito Ativo (o Fisco), nem o Sujeito Passivo (o cidadão) e 2) são restituíveis ao fim de certo tempo. Muito se discutiu sobre o empréstimo compulsório ser ou não um tributo por conta da sua cláusula de restituição, mas hoje a doutrina majoritária reconhece que a obrigação de restituir não é de natureza tributária e não se faz necessária para a caracterização do tributo, sendo o empréstimo compulsório denominado como tributo restituível. Outra característica importante do empréstimo compulsório é de que toda a sua arrecadação terá que obrigatoriamente ser destinada em função das despesas inerentes à situação que fundamentou a sua instituição. Dessa forma, não poderão ser utilizados os recursos arrecadados para outra finalidade estatal, vide o parágrafo único do artigo 148 da Constituição Federal: Art.148 - Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. No enunciado do texto informa que “Uma vez aprovado, sujeitar-se-ão ao empréstimo compulsório as pessoas jurídicas domiciliadas no país com patrimônio líquido igual ou superior a R$1.000.000.000 (um bilhão de reais) na data de publicação desta lei, conforme publicado em seu último demonstrativo contábil.”, e no meu entendimento, visto o caráter restituível do tributo e o fato dos Sujeitos Passivos gozarem de uma situação econômica estável, trata-se de uma forma válida, eficaz e até justa de se tentar amenizar o impacto que um estado de calamidade pública pode trazer o país. Fontes de pesquisa: http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei5172-1966-codigo-tributario-nacional-ctn.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7257.htm http://www.portaltributario.com.br/artigos/emprestimos-compulsorios.htm https://www.migalhas.com.br/depeso/322528/a-calamidade-publica-causada-pela-covid-19-e-a-possibilidade-da-instituicao-do-emprestimo-compulsorio https://direitotributario.blog/2018/01/08/dt-vii-emprestimo-compulsorio/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7257.htm https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/141114
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