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Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 
 
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Sumário 
Sumário........................................................................................................................................ 2 
Introdução ao Processo Penal ................................................................................................. 9 
I. Fontes do direito processual penal ........................................................................................... 9 
II. Sistemas processuais penais .................................................................................................. 10 
III. Princípios processuais penais e constitucionais ................................................................... 11 
IV. Política Criminal Atuarial....................................................................................................... 45 
Lei processual penal: eficácia no tempo e no espaço ........................................................... 46 
I. Lei processual penal no espaço .............................................................................................. 46 
II. Lei processual penal no tempo .............................................................................................. 48 
III. Conflito intertemporal, diante da reforma introduzida ao CPP pelas Leis 11.689/08 e 
11.719/08 .................................................................................................................................. 49 
IV. Normas processuais heterotópicas ....................................................................................... 49 
V. Normas processuais híbridas ou mistas ................................................................................. 50 
VI. Atividade e extratividade...................................................................................................... 51 
VII. Lei penal em relação às pessoas: imunidades processuais penais ...................................... 51 
Sujeitos do Processo .............................................................................................................. 61 
I. Juiz criminal ............................................................................................................................ 62 
II. Ministério Público .................................................................................................................. 71 
III. Acusado ................................................................................................................................ 76 
IV. Defensor................................................................................................................................ 78 
V. Assistente de acusação .......................................................................................................... 82 
Comunicação dos atos processuais ....................................................................................... 85 
I. Citações................................................................................................................................... 85 
II. Intimações e notificações ...................................................................................................... 95 
Inquérito Policial .................................................................................................................... 98 
I. Introdução .............................................................................................................................. 98 
II. Características ...................................................................................................................... 104 
III. Formas de instauração do IP .............................................................................................. 113 
IV. Diligências investigatórias ................................................................................................... 118 
V. Prazos de conclusão do IP .................................................................................................... 126 
VI. Natureza dos prazos de conclusão do inquérito policial .................................................... 127 
VII. Incomunicabilidade ........................................................................................................... 128 
VIII. Sigilo do IP ........................................................................................................................ 128 
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IX. Conclusão ou encerramento do IP ..................................................................................... 130 
X. Destino do IP ao ser encaminhado ao juízo ........................................................................ 140 
XI. Arquivamento do IP e surgimento de novas provas ........................................................... 151 
XII. Arquivamento implícito ..................................................................................................... 151 
XIII. Arquivamento indireto ..................................................................................................... 152 
XIV. Arquivamento provisório .................................................................................................. 152 
XV. Autoridade coatora para fins de impetração de habeas corpus contra inquérito policial 155 
XVI. Desarquivamento do inquérito ........................................................................................ 155 
XVII. Trancamento do inquérito policial ..................................................................................
156 
Ação Penal ........................................................................................................................... 156 
I. Introdução ............................................................................................................................ 156 
II. Ação penal secundária ......................................................................................................... 169 
III. Ação penal popular ............................................................................................................. 169 
IV. Ação penal pública incondicionada .................................................................................... 171 
V. Ação penal pública condicionada ........................................................................................ 174 
VI. Ação penal privada exclusiva .............................................................................................. 177 
VII. Ação penal privada subsidiária da pública ........................................................................ 185 
VIII. Denúncia e queixa-crime .................................................................................................. 186 
IX. Recebimento da denúncia e da queixa-crime .................................................................... 190 
X. Rejeição da denúncia e da queixa-crime ............................................................................. 192 
XI. Acusação geral e acusação genérica ................................................................................... 193 
Ação Civil Ex Delicto ............................................................................................................. 195 
I. Introdução ............................................................................................................................ 195 
II. Sistemas atinentes à relação entre a ação civil ex delicto e o processo penal .................... 195 
III. Efeitos civis da absolvição penal ......................................................................................... 198 
Questões e Processos Incidentes ........................................................................................ 202 
I. Questões prejudiciais ........................................................................................................... 202 
II. Questões preliminares ......................................................................................................... 207 
III. Exceções ............................................................................................................................. 207 
IV. Conflitos de jurisdição ........................................................................................................ 216 
V. Avocatória ............................................................................................................................ 217 
VI. Restituição das coisas apreendidas .................................................................................... 219 
VII. Pedido de restituição e incidente de restituição ............................................................... 220 
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VIII. Medidas assecuratórias .................................................................................................... 223 
Jurisdição e competência .................................................................................................... 243 
I. Conceito ................................................................................................................................ 243 
II. Princípios ............................................................................................................................. 243 
III. Fixação da competência ..................................................................................................... 246 
IV. 1ª Etapa – Competência ratione personae (em razão da pessoa) ...................................... 247 
V. 2ª Etapa – Competência ratione materiae (em razão da matéria) ...................................... 258 
VI. 3ª Etapa – Definição do foro competente .......................................................................... 269 
VII. Utilização dos critérios secundários .................................................................................. 271 
Prova penal .......................................................................................................................... 280 
I. Conceito de prova ................................................................................................................. 280 
II. Objeto da prova ................................................................................................................... 285 
III. Princípios gerais da prova penal ......................................................................................... 288 
IV. Sistemas de apreciação das provas ..................................................................................... 289 
V. Ônus da prova ...................................................................................................................... 290 
VI. Produção antecipada de provas ex officio pelo juiz ........................................................... 291 
VII. Produção incidental de provas ex officio pelo juiz ............................................................ 292 
VIII. Prova emprestada ............................................................................................................ 292 
IX. Provas ilícitas ...................................................................................................................... 294 
X. Exame de corpo de delito .................................................................................................... 310 
XI. Exumação ........................................................................................................................... 321 
XII. Lesões corporais graves pela incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias
 ................................................................................................................................................. 323 
XIII. Interrogatório do réu ........................................................................................................ 323 
XIV. Confissão ........................................................................................................................... 330 
XV. Perguntas ao ofendido ....................................................................................................... 330 
XVI. Alterações introduzidas pela Lei 11.690/08 ..................................................................... 331 
XVII. Prova testemunhal .......................................................................................................... 332 
XVIII. Audiência de instrução ................................................................................................... 338 
XIX. Carta rogatória ..................................................................................................................
342 
XX. Testemunho do militar, do funcionário público e do preso ............................................... 343 
XXI. Reconhecimento de pessoas e coisas ............................................................................... 343 
XXII. Acareações....................................................................................................................... 345 
XXIII. Prova documental ........................................................................................................... 346 
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XXIV. Busca e apreensão .......................................................................................................... 347 
Procedimentos ..................................................................................................................... 356 
I. O procedimento comum e o procedimento especial ........................................................... 356 
II. Arts. 395 a 397 do CPP ........................................................................................................ 357 
III. Procedimento comum ordinário ........................................................................................ 359 
IV. Procedimento comum sumário .......................................................................................... 362 
V. Juizados especiais criminais ................................................................................................. 363 
VI. Procedimento de apuração dos crimes falimentares ......................................................... 371 
VII. Procedimento dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração 
pública ..................................................................................................................................... 373 
VIII. Procedimentos dos crimes contra honra ......................................................................... 374 
IX. Procedimento nos crimes contra a propriedade imaterial ................................................. 378 
X. Procedimento do crime de abuso de autoridade ................................................................ 379 
XI. Procedimento da Lei de Drogas .......................................................................................... 380 
XII. Procedimento de apuração das infrações de competência originária dos Tribunais ........ 384 
XIII. Procedimento no caso de prefeitos municipais (DL 201/67) ........................................... 386 
XIV. Procedimento relativo aos processos da competência do Tribunal do Júri ..................... 387 
XV. Procedimento do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) ......................................................... 409 
XVI. Procedimento de violência doméstica e familiar contra a mulher (Lei 11.340/06) ......... 410 
XVII. Suspensão condicional do processo ................................................................................ 415 
XVIII. Instauração de colegiado nos procedimento envolvendo crimes praticados por 
organizações criminosas .......................................................................................................... 419 
Prisão processual, medidas cautelares e liberdade provisória ............................................ 421 
I. Medidas cautelares ............................................................................................................... 421 
II. Características cautelares .................................................................................................... 422 
III. Requisitos das medidas cautelares em geral ...................................................................... 423 
IV. Oportunidade ..................................................................................................................... 423 
V. Legitimidade ........................................................................................................................ 424 
VI. Procedimento contraditório ............................................................................................... 424 
VII. Recursos e impugnações ................................................................................................... 424 
VIII. Medidas cautelares diversas da prisão............................................................................. 426 
IX. Medidas em espécie ........................................................................................................... 430 
X. Prisão provisória .................................................................................................................. 433 
XI. Liberdade provisória ........................................................................................................... 477 
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Sentença penal .................................................................................................................... 494 
I. Introdução ............................................................................................................................ 494 
II. Classificação das sentenças ................................................................................................. 496 
III. Requisitos formais da sentença .......................................................................................... 500 
IV. Sentença absolutória .......................................................................................................... 501 
V. Sentença condenatória ........................................................................................................ 503 
VI. Detração ............................................................................................................................. 510 
VII. Emendatio libelli e mutatio libelli ...................................................................................... 511 
VIII. Sentença condenatória: breves considerações sobre a aplicação das penas .................. 517 
IX. Publicação da sentença ...................................................................................................... 520 
X. Intimação das partes da sentença ....................................................................................... 520 
Nulidades .............................................................................................................................
523 
I. Introdução ............................................................................................................................ 523 
II. Sistemas de nulidade ........................................................................................................... 523 
III. Classificação dos vícios que podem atingir o ato jurídico .................................................. 524 
IV. Princípios que informam as nulidades ................................................................................ 528 
V. Nulidade em espécie, segundo a classificação do CPP ........................................................ 529 
Recursos criminais ............................................................................................................... 539 
I. Voluntariedade e reexame necessário ................................................................................. 539 
II. Previsões legais do reexame necessário .............................................................................. 540 
III. Juízo de admissibilidade dos recursos: a prelibação .......................................................... 541 
IV. Efeito extensivo no julgamento dos recursos ..................................................................... 551 
V. Desistência do recurso e renúncia ao direito de recorrer ................................................... 551 
VI. Efeitos dos recursos ............................................................................................................ 552 
VII. Recursos em espécie ......................................................................................................... 556 
Habeas corpus ..................................................................................................................... 600 
I. Natureza jurídica ................................................................................................................... 600 
II. Espécies ............................................................................................................................... 601 
III. O constrangimento ilegal .................................................................................................... 602 
IV. Sujeitos do habeas corpus .................................................................................................. 604 
V. Petição de habeas corpus .................................................................................................... 605 
VI. Habeas corpus e punição disciplinar militar ....................................................................... 606 
VII. Habeas corpus e estado excepcional (sítio) ...................................................................... 606 
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VIII. Possibilidade de liminar em habeas corpus ..................................................................... 607 
IX. Competência para o habeas corpus ................................................................................... 608 
X. Habeas corpus substitutivo de via ordinária recursal.......................................................... 611 
XI. Processamento do habeas corpus impetrado perante o juiz de direito ............................. 612 
XII. Processamento do habeas corpus impetrado perante o Tribunal de Justiça e os Tribunais 
Regionais Federais ................................................................................................................... 612 
XIII. Processamento do habeas corpus impetrado perante os Tribunais Superiores .............. 613 
XIV. Impugnação das decisões no habeas corpus .................................................................... 613 
XV. Habeas corpus coletivo ...................................................................................................... 614 
Revisão criminal ................................................................................................................... 615 
I. Conceito ................................................................................................................................ 615 
II. Pressupostos ........................................................................................................................ 616 
III. Cabimento .......................................................................................................................... 616 
IV. Dilação probatória .............................................................................................................. 618 
V. Legitimidade perante o ajuizamento ................................................................................... 618 
VI. Ausência de prazo para o ingresso ..................................................................................... 618 
VII. Competência para julgamento da revisão criminal ........................................................... 619 
VIII. Revisão criminal e o reconhecimento de nulidades ......................................................... 619 
IX. Procedimento da revisão criminal ...................................................................................... 619 
X. Consequências jurídicas da procedência da revisão criminal ............................................. 620 
XI. Reconhecimento ao direito de indenização na decisão que julgar procedente a revisão 
criminal .................................................................................................................................... 621 
XII. Revisão criminal no âmbito dos juizados especiais criminais............................................ 621 
Mandado de segurança em matéria criminal ...................................................................... 622 
I. Conceito ................................................................................................................................ 622 
II. Vedações ao uso do mandado de segurança ...................................................................... 623 
III. Competência para o processo e julgamento ...................................................................... 623 
IV. Natureza jurídica, forma e prazo ........................................................................................ 625 
V. Procedimento ...................................................................................................................... 625 
VI. Recurso em relação às decisões de mérito proferidas em sede de mandado de segurança
 ................................................................................................................................................. 627 
Correição parcial .................................................................................................................. 628 
I. Conceito ................................................................................................................................ 628 
II. Prazo .................................................................................................................................... 629 
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III. Efeitos ................................................................................................................................. 629 
Reclamação .......................................................................................................................... 629 
I. Conceito ................................................................................................................................ 629 
II. Prazo .................................................................................................................................... 630 
III. Procedimento ..................................................................................................................... 631 
 
 
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Introdução ao Processo Penal 
 O processo penal é um instrumento que viabiliza o exercício do poder 
punitivo do Estado. 
I. Fontes do direito processual penal 
A doutrina divide a classificação em: 
 Fontes materiais 
 Fontes formais 
a) Fontes materiais 
Nas fontes materiais, quer-se saber qual o sujeito ou a entidade que 
produziu a norma. A fonte, neste caso, é a União, pois a CF prevê que compete 
privativamente à União legislar sobre direito processual penal. Isto significa que, 
por meio de lei complementar, poderá delegar aos Estados para tratar sobre 
questões específicas. 
Por outro lado, não se confunda com o direito penitenciário, que é de 
competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito Federal, os 
quais irão tratar de questões específicas, devendo observar as normas gerais 
fixadas pela União. 
Compete ainda à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre procedimento em matéria processual. Procedimento 
não é processo, como é o caso de inquérito policial. 
O STF, quando analisou uma questão similar, considerou constitucional 
uma lei do Estado do RJ que estabelece que após 30 dias, em se tratando de 
investigado solto, caso o delegado de polícia não tivesse concluído o 
procedimento, poderia o MP requisitar justificativa para tanto. A lei estadual 
prevê isto, mas o STF a considerou constitucional, pois inquérito não é processo 
e sim procedimento. 
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b) Fontes formais 
Fonte formal busca saber como foi feita a norma. 
A fonte formal poderá ser: 
 Imediata (direta): é a lei em sentido amplo, abrangendo a CF, 
legislação infraconstitucional, tratados e regras de direitos 
internacional. 
 Mediatas (indireta): segundo Avena, são os princípios gerais do 
direito, analogia, costumes, doutrina, direito comparado e a 
jurisprudência. Ex.: ninguém é obrigado a produzir prova contra si 
mesmo. A analogia é aplicada em situação que não tem norma 
reguladora, devendo se utilizar de um caso similar para aplicar ao 
caso. O direito comparado é o que os outros Estados regulamentam 
a matéria. A jurisprudência é a posição que um tribunal adota, após 
reiteradamente ter enfrentado a matéria. 
Atualmente, há uma questão que ganha relevância, que é a 
denominada súmula vinculante. Esta súmula vincula os demais órgãos do 
poder judiciário e a administração direta e indireta. Neste caso, seria 
considerada fonte formal imediata. 
Todavia, a doutrina prevalente entende que a súmula vinculante não 
possui força de lei, motivo pelo qual seria ela uma fonte formal mediata (ou 
indireta) do direito processual penal. 
II. Sistemas processuais penais 
Existem 3 sistemas processuais penais: 
 Sistema acusatório: no sistema acusatório há uma separação entre o 
órgão acusado, órgão defensor e órgão julgador. Aqui, assegura-se 
ao réu o contraditório e a ampla defesa. Incumbe à acusação o 
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ônus da prova de que o acusado praticou o crime, bem como 
incumbirá à defesa a tarefa de apresentar excludente de ilicitude. O 
juiz não é proibido de produzir provas, desde que isso não implique 
quebra da imparcialidade. Perceba que a função de acusar e 
provar que o réu praticou o crime deverá ser feita pelo MP. Caso não 
o faça, o sujeito será inocente, por conta do princípio da presunção 
de inocência. O processo é público e há prevalência da oralidade. 
 Sistema inquisitivo: no sistema inquisitivo, o juiz poderá acusar, 
defender e julgar. O juiz concentra essas funções. Não há 
contraditório e ampla defesa, pois quem acusa e defende é a 
mesma pessoa. Como quem acusa e quem defende é quem julga, 
é forçoso compreender que é em razão de que o sujeito acredita 
que o acusado cometeu o crime, pois, do contrário, não acusaria. E 
como é o acusador que irá julgar, então significa dizer que a 
acusação é presumida. O processo é secreto e há prevalência do 
processo escrito. 
 Sistema misto (ou francês): no sistema misto, há uma
divisão das 
funções, pois um órgão acusará, outro defende e outro julgará. 
Todavia, é possível que o magistrado, em determinadas situações, 
substitua as partes. É observado o princípio do contraditório e à 
ampla defesa. 
No Brasil, prevalece o entendimento de que foi adotado o sistema 
acusatório. 
III. Princípios processuais penais e constitucionais 
a) Princípio da verdade real (material ou substancial) x Princípio da 
verdade formal (ou busca da verdade) 
No âmbito processual penal, estando em discussão a liberdade de 
locomoção do acusado, direito indisponível, o magistrado seria dotado de 
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amplos poderes instrutórios, podendo determinar a produção de provas ex 
officio, sempre na busca da verdade material. Dizia-se então que, no processo 
penal, vigorava o princípio da verdade material, também conhecido como 
princípio da verdade substancial ou real. 
A descoberta da verdade, obtida a qualquer preço, era a premissa 
indispensável para a realização da pretensão punitiva do Estado. Essa busca 
da verdade material era, assim, utilizada como justificativa para a prática de 
arbitrariedades e violações de direitos, transformando-se, assim, num valor mais 
precioso do que a própria proteção da liberdade individual. 
A doutrina faz uma crítica, afirmando que esta verdade real é impossível, 
motivo pelo qual deveria ser considerado apenas a verdade dos autos, sendo, 
portanto, uma verdade formal. 
Esta busca da verdade real, que legitima uma atuação do magistrado 
no sentido de descobrir efetivamente o que ocorreu, não legitima a 
inobservância de direitos e garantias estabelecidos na CF e na legislação 
infraconstitucional. 
Ex.: não se admite a produção de provas por meios ilícitos, motivo pelo 
qual a verdade real não irá se sobrepor à ilicitude da prova. Da mesma forma, 
caso o sujeito seja absolvido, tendo a sua sentença transitado em julgado, não 
é possível revisão criminal, ainda que surjam novas provas. Ou seja, não é 
possível revisão criminal pro societate. 
No caso da sentença de óbito falsa é diferente, pois a sentença é 
inexistente, razão pela qual seria admissível a propositura de uma nova ação 
penal. 
Atualmente, essa dicotomia entre verdade formal e material deixou de 
existir. Já não há mais espaço para a dicotomia entre verdade formal, típica 
do processo civil, e verdade material, própria do processo penal. 
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No âmbito processual penal, hodiernamente, admite-se que é impossível 
que se atinja uma verdade absoluta. A prova produzida em juízo, por mais 
robusta e contundente que seja, é incapaz de dar ao magistrado um juízo de 
certeza absoluta. O que vai haver é uma aproximação, maior ou menor, da 
certeza dos fatos. 
Há de se buscar, por conseguinte, a maior exatidão possível na 
reconstituição do fato controverso, mas jamais com a pretensão de que se 
possa atingir uma verdade real, mas sim uma aproximação da realidade, que 
tenda a refletir ao máximo a verdade. Enfim, a verdade absoluta, coincidente 
com os fatos ocorridos, é um ideal, porém inatingível. 
Por esse motivo, tem prevalecido na doutrina mais moderna que o 
princípio que vigora no processo penal não é o da verdade material ou real, 
mas sim o da busca da verdade. Seu fundamento legal consta do art. 156 do 
Código de Processo Penal. 
Por força dele, admite-se que o magistrado produza provas de oficio, 
porém apenas na fase processual, devendo sua atuação ser sempre 
complementar, subsidiária. Na fase preliminar de investigações, não é dado ao 
magistrado produzir provas de oficio, sob pena de evidente violação ao 
princípio do devido processo legal e à garantia da imparcialidade do 
magistrado. 
E o que se entende por princípio da busca da verdade consensual no 
âmbito dos Juizados? 
De acordo com Renato Brasileiro, a Lei n° 9.099/95 trouxe consigo quatro 
importantes medidas despenalizadoras: 
1) Nas infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, 
contravenções penais e crimes cuja pena máxima não seja 
superior a 2 anos, cumulada ou não com multa, e submetidos ou 
não os crimes a procedimento especial, havendo composição 
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civil dos danos, estará extinta a punibilidade nos casos de 
infrações de iniciativa privada ou pública condicionada à 
representação (art. 74, parágrafo único); 
2) Não havendo composição civil, a lei prevê a aplicat1,ão 
imediata de pena restritiva de direitos ou multa através da 
transação penal (art. 76); 
3) Os crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa 
passaram a exigir representação da vítima (art. 88); 
4) Desde que o crime tenha pena mínima igual ou inferior a um ano, 
e estejam preenchidos outros requisitos de natureza subjetiva, 
será cabível a suspensão condicional do processo (art. 89). 
Com a criação desses institutos despenalizadores, percebe-se que, no 
âmbito dos Juizados, a busca da verdade processual cede espaço à 
prevalência da vontade convergente das partes. 
Nos casos de transação penal ou de suspensão condicional do 
processo, não há necessidade de verificação judicial da veracidade dos fatos. 
O conflito penal é solucionado através de um acordo de vontade, dando 
origem ao que a doutrina denomina de verdade consensuada. 
b) Princípio do devido processo legal 
O devido processo legal encontra previsão no art. 5º, LIV, da CF, mas 
também há vários outros dispositivos no mesmo sentido. 
Por conta disso, ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem
o devido processo legal. 
São corolários do devido processo legal o contraditório e a ampla 
defesa. No aspecto material, o devido processo legal é defendido como sendo 
a proporcionalidade. 
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Do devido processo legal, há uma série de direitos consagrados: 
 Direito do acusado ser ouvido pessoalmente pelo juiz no seu 
interrogatório 
 Direito de defesa com capacidade técnica por um advogado ou 
por um defensor público 
 Direito de observância das regras jurídicas processuais e 
procedimentais estabelecidas 
c) Princípio da vedação à utilização de provas ilícitas 
Este é um “freio” ao princípio da verdade real. 
Segundo a CF, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por 
meios ilícitos. 
Ou seja, não se admitem provas ilícitas como fator de convicção do 
magistrado. Na verdade, há algumas exceções que o CPP traz, como a teoria 
da descoberta inevitável e da prova independente, que será estudado mais à 
frente. 
Segundo o art. 157, são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais. 
O §1º afirma que são também inadmissíveis as provas derivadas das 
ilícitas, salvo quando: 
 Não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras; ou 
 As derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das 
primeiras. 
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O §2º explica que se considera fonte independente aquela que por si só, 
seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução 
criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
O §3º diz que, preclusa a decisão de desentranhamento da prova 
declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às 
partes acompanhar o incidente. 
A doutrina diferencia prova proibida, vedada ou ilegal como gênero, 
mas há duas espécies: 
 Prova ilegítima: é uma prova com relação ao direito processual. Ex.: 
juntada fora do prazo uma documentação ou testemunha. 
 Prova ilícita: há uma relação com uma regra de direito material ou 
com uma regra de direito constitucional. Ex.: interceptação 
telefônica sem que houvesse decisão judicial nesse sentido. Prova 
obtida por meio de tortura também é exemplo. 
As teorias estão descritas no capítulo das provas, mencionando a teoria 
da fonte independente (§1º do art. 157 do CPP) e a teoria da descoberta 
inevitável. 
Poderá o juiz que tomou conhecimento sobre as provas ilícitas julgar o 
processo? 
SIM. Mesmo a prova sendo desentranhada, poderá o juiz julgar o 
processo. 
A doutrina e jurisprudência entendem que é possível a utilização de 
prova ilícita pelo réu, quando for a única forma de o réu comprovar algo em 
seu favor, importante à sua defesa. 
Neste caso, haverá a aplicação do princípio da proporcionalidade. Isto 
é, haverá uma colisão de direitos fundamentais, pois o réu estaria violando o 
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direito à intimidade, mas consegue uma prova que justifica a sua inocência. A 
prova é ilícita, mas serve para evitar uma condenação injusta. Sendo assim, há 
de ser feita uma ponderação. 
d) Princípio da presunção de inocência (não culpabilidade ou do estado 
de inocência) 
Trata-se de um desdobramento do devido processo legal, pois, segundo 
o art. 5º, LVII, da CF, ninguém será considerado culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal condenatória. 
Por isso, decorre do devido processo legal, visto que enquanto não 
transitar em julgado o sujeito não poderá ser considerado culpado. 
Segundo Badaró, não há diferença entre presunção de inocência e 
presunção de não culpabilidade, sendo inútil e contraproducente a tentativa 
de apartar ambas as ideias - se é que isto é possível -, devendo ser reconhecida 
a equivalência de tais fórmulas. 
Contudo, há fundamento para a terminologia distinta: 
 Convenção Americana de Direitos Humanos (presunção de inocência): 
CADH, art. 8º, § 2º: “Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que 
se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada 
sua culpa”. 
 Constituição Federal de 1988 (presunção de não culpabilidade): CF, art. 
5º, LVII: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado 
de sentença penal condenatória” 
Geralmente, os tratados internacionais sobre direitos humanos usam a 
palavra “inocência” e “presunção”. Assim, normalmente fala-se em 
“presunção de inocência”. Assim, pelo menos enquanto o processo criminal 
não for concluído, o indivíduo é presumido inocente. 
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Já na Constituição Federal a terminologia é um pouco diversa porque 
ela não usa o termo “inocente”. Ela é redigida de maneira
negativa dizendo 
que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de 
sentença penal condenatória” – presunção de não culpabilidade. 
Trata-se de um princípio reitor do processo penal, impondo um dever de 
tratamento ao réu, surgindo daí 3 regras: 
 Regra de tratamento: a presunção de inocência impede qualquer 
antecipação de juízo condenatório. Para a doutrina, antes do trânsito 
em julgado o acusado deve permanecer em liberdade, sendo que 
eventuais medidas cautelares somente poderão ser adotadas se 
demonstrada sua necessidade. Sabe-se, no entanto, que o STF já 
reconheceu a possibilidade de cumprimento antecipado da pena, 
desde que haja acórdão condenatório ou confirmatório da 
sentença condenatória em segunda instância, ainda que se trate de 
processo de competência originária. 
 Regra probatória: em razão da presunção de inocência, a parte 
acusadora tem o ônus de comprovar a culpabilidade do acusado 
além de qualquer dúvida razoável, sendo que, em caso de dúvida, 
o acusado deve ser absolvido. Tem-se, aqui, o chamado in dubio pro 
reo. Na dúvida, prevalece a absolvição. O juiz precisa ter certeza 
para a condenação. 
O princípio do in dubio pro reo aplica-se à revisão criminal? Não se 
aplica ao julgamento da revisão criminal, que pressupõe o trânsito 
em julgado de sentença condenatória ou absolutória imprópria. O 
ônus da demonstração da procedência da revisão criminal é do réu. 
Na dúvida, o tribunal manterá a sentença penal condenatória. 
 Regra de julgamento: o princípio da presunção de inocência serve 
em benefício do réu tanto na hipótese de dúvida, no ato judicial de 
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prolação da sentença, quando caberá ao magistrado aplicar a 
máxima do in dubio pro reo, absolvendo-o, bem como forma de 
aplicação do ônus da prova. Isto é, o princípio da presunção de 
inocência não é utilizado tão somente quando o magistrado, ao 
sentenciar, absolve o réu por haver dúvida que emerge do acervo 
probatório, seja no que denota à autoria ou materialidade de 
eventual crime, mas também, incumbindo à acusação, de todo o 
ônus probatório, devendo a mesma se desvincular dele a fim de 
almejar a sentença condenatória. 
Aury Lopes Júnior aponta que o princípio da presunção da inocência 
como regra de tratamento, subdivide-se em duas espécies: 
 Dimensão interna: a presunção de inocência milita em favor do réu 
na análise dos pedidos de cautelares pessoais requeridas em seu 
desfavor. Dever que deve ser observado por todos, sobremaneira 
pelo juiz, dentro do processo. Manifesta-se por meio de duas regras: 
probatória e de tratamento 
 Dimensão externa: a presunção de inocência serve de mitigação da 
publicidade do processo que pode ser utilizada em detrimento do 
réu, que ainda não tem sentença condenatória com trânsito em 
julgado em seu desfavor, mas tão somente o transcorrer de processo 
penal tendo ele como ocupante do polo passivo. 
Interessante notar que Aury Lopes Júnior não trata a presunção de 
inocência como regra de tratamento, mas, em verdade, dever de tratamento. 
A dimensão interna teria 3 facetas: 
 Ônus da prova cabe à acusação: é dever da acusação comprovar 
os elementos para que o réu seja culpado. 
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 In dubio pro reo: em caso de dúvida sobre a autoria, haverá a 
absolvição do réu; 
 Prisão é ultima ratio: prisão é exceção. 
O STF já entendeu que a execução provisória de acórdão penal 
condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso 
especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da 
presunção de inocência (Informativo 814). Isso porque, após a 2ª instância, os 
fatos não são mais discutíveis, mas apenas o direito, em sede de recurso 
extraordinário e o recurso especial. 
O entendimento foi de que, em se tratando de recurso extraordinário e 
de recurso especial, não se discutem mais os fatos, mas apenas o direito, 
motivo pelo qual os efeitos da decisão recorrida podem surtir seus efeitos. 
Ademais, os recursos extraordinários em sentido amplo não possuem efeito 
suspensivo, de modo que a decisão de segunda instância já poderia iniciar 
suas determinações. 
No Informativo 842, o STF reafirmou a tese de que a execução provisória 
de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que 
sujeito a recurso especial ou extraordinário, não ofende o princípio 
constitucional da presunção de inocência e não viola o texto do art. 283 do 
CPP. 
Cabe ressaltar que o ministro Celso de Mello já julgou um processo no 
sentido de que não seria possível o cumprimento da pena antes do trânsito em 
julgado. Além disso, no informativo 842, o ministro Celso de Mello foi voto 
vencido. 
Recentemente, o STJ decidiu que não é possível a execução provisória 
da pena se foram opostos embargos de declaração contra o acórdão 
condenatório proferido pelo Tribunal de 2ª instância e este recurso ainda não 
foi julgado. Para a Corte Cidadã, a execução da pena depois da prolação de 
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acórdão em segundo grau de jurisdição e antes do trânsito em julgado da 
condenação não é automática quando a decisão ainda é passível de 
integração pelo Tribunal de Justiça (Inf. 595). 
Cabe mencionar que o STJ já decidiu que não se pode executar 
provisoriamente a pena restritiva de direitos antes do trânsito em julgado (AREsp 
998641). 
Atente-se ao fato de que o examinador Vico Mañas do TJ-SP (VUNESP e 
FCC) entende que o supracitado entendimento do STF não
obriga a que, 
julgada a apelação e confirmado o decreto condenatório, a execução da 
pena privativa de liberdade tenha início imediato, especialmente se mantido 
em segundo grau o direito ao recurso em liberdade (2245096-
64.2016.8.26.0000). 
Segundo o Supremo Tribunal Federal, não viola o princípio da presunção 
de inocência ou da não culpabilidade a execução da condenação pelo 
Tribunal do Júri, independentemente do julgamento da apelação ou de 
qualquer outro recurso. Isso porque a Constituição Federal prevê a 
competência do Tribunal do Júri para o julgamento de crimes dolosos contra a 
vida. Prevê, ademais, a soberania dos veredictos, a significar que os tribunais 
não podem substituir a decisão proferida pelo júri popular. 
Ademais, essa decisão está em consonância com a lógica do 
precedente firmado em repercussão geral no ARE 964.246-RG, Rel. Min. Teori 
Zavascki, já que, também no caso de decisão do Júri, o Tribunal não poderá 
reapreciar os fatos e provas, na medida em que a responsabilidade penal do 
réu já foi assentada soberanamente pelo Júri. 
Firmou-se a seguinte tese de julgamento: “A prisão de réu condenado 
por decisão do Tribunal do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola o princípio 
constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (HC 118770, 
julgado em 07/03/2017). 
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Vale frisar ainda que, em se tratando de matéria penal, o empate 
somente pode beneficiar aquele que sofre a persecução estatal, de tal modo 
que, em não havendo maioria em sentido contrário, o empate importará, 
necessariamente, em respeito à presunção constitucional de inocência (CF, 
art. 5º, LVII). Este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF. Plenário. 
AP 565 ED-ED/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado 
em 14/12/2017 – Info 888). 
A norma regimental que confere ao Presidente do Plenário ou ao 
Presidente de cada uma das Turmas o voto de qualidade não pode nem deve 
incidir na hipótese de empate que eventualmente se registre em julgamentos 
penais, como sucede na espécie. 
Em suma, verificado empate no julgamento de ação penal, deve 
prevalecer a decisão mais favorável ao réu. Esse mesmo entendimento deve 
ser aplicado em caso de empate no julgamento dos embargos de declaração 
opostos contra o acórdão que julgou a ação penal. Terminando o julgamento 
dos embargos empatado, aplica-se a decisão mais favorável ao réu. 
Cabe mencionar que o STF já se manifestou no sentido de que é possível 
executar provisoriamente a condenação enquanto se aguarda o julgamento 
do recurso extraordinário. Dito de outra forma, é possível que o réu condenado 
em 2ª instância seja obrigado a iniciar o cumprimento da pena restritiva de 
direitos mesmo sem ter havido ainda o trânsito em julgado (STF. 1ª Turma. HC 
141978 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/06/2017.). Contudo, em 2019, o 
Min Celso de Melo ressaltou que a PRD não pode sofrer execução provisória, 
pois essa hipótese não fora apreciada pelo Supremo quando da análise da 
pena privativa de liberdade. Esse já era o entendimento consolidado do STJ. 
Resumindo a celeuma: 
 STF - 2009 - HC n. 84.078: NÃO é possível a execução provisória da PPL. 
A presunção de inocência teria como limite temporal o trânsito em 
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julgado de sentença condenatória. Assim, conforme a regra de 
tratamento, o indivíduo só poderia ser preso definitivamente com o 
trânsito em julgado, a não ser que, a título de prisão cautelar, fosse 
decretada sua prisão durante o curso do processo. (STF, Pleno, HC 
84.078, Rel. Min. Eros Grau, j. 05/02/2009). 
 STF – 2016 - HC n. 126.292: POSSÍVEL a execução provisória da PPL. 
Passou a admitir a execução provisória de acórdão condenatório 
proferidopor Tribunal de 2ª instância, ainda que sujeito a recursos 
extraordinários. Após essa decisão, a matéria foi reiterada pelo Supremo 
em duas cautelares indeferidas nas ADCs n. 43 e 44 e alterada, 
posteriormente, pelo Plenário virtual na análise do ARE n. 964.246 (com 
repercussão geral reconhecida e, portanto, deve ser aplicados aos 
demais processos). 
 Desse modo, desde fevereiro de 2016, a posição que prevalecia no STF 
é a de que era possível a execução provisória da pena se resta apenas 
o julgamento de recursos especial e/ou extraordinário. 
 STF – 2018 - HC 152752/PR: POSSÍVEL a execução provisória da PPL. Ao 
julgar habeas corpus impetrado pelo ex-Presidente Lula, decidiu manter 
o seu entendimento e reafirmar que é possível a execução provisória de 
acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que 
sujeito a recurso especial ou extraordinário. A execução provisória da 
pena não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência 
(art. 5º, LVII, da CF/88). STF. Plenário. HC 152752/PR, Rel. Min. Edson 
Fachin, julgado em 4/4/2018 (Info 896). 
 STF - 07/11/2019 – julgamento das ADCs 43, 44 e 54 (Rel. Min. Marco 
Aurélio): NÃO é possível a execução provisória da PPL. Afirmou que o 
cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de 
todos os recursos. 
Assim, hoje, é proibida a execução provisória da pena privativa de 
liberdade. 
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Vale ressaltar que é possível que o réu seja preso antes do trânsito em 
julgado (antes do esgotamento de todos os recursos), no entanto, para isso, é 
necessário que seja proferida uma decisão judicial individualmente 
fundamentada, na qual o magistrado demonstre que estão presentes
os 
requisitos para a prisão preventiva previstos no art. 312 do CPP. 
e) Princípio da obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais 
O art. 93, IX, da CF exige que as decisões judiciais sejam motivadas. 
O juiz não é eleito pelo povo, razão pela qual não goza de legitimidade 
da sua decisão, necessitando justificar seus atos, o que dará legitimidade à 
população. 
Ademais, a motivação assegura o exercício da ampla defesa, pois se o 
juiz profere uma condenação, poderá o réu alegar fatos contrários para o 
tribunal. Veja, o fundamento permite que o indivíduo exerça a ampla defesa. 
Não existe violação pela fundamentação per relationem (motivação 
aliunde), que é aquela em que o juiz faz uma remissão a uma outra 
manifestação existente nos autos, como é o caso do parecer do MP, a fim de 
justificar a decisão, desde que se dê de forma clara. 
O princípio da obrigatoriedade das motivações não é absoluto, 
comportando temperamentos, como é o caso do sistema da íntima 
convicção, adotado no procedimento do júri com relação aos jurados. 
f) Princípio da publicidade 
Segundo o art. 5º, LX, da CF, a lei só poderá restringir a publicidade dos 
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o 
exigirem. 
O art. 5º, XXXIII, da CF, estabelece que todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse 
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coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à 
segurança da sociedade e do Estado. 
Por meio desse princípio, é necessário que se dê transparência aos atos 
do processo, tendo em vista que o Brasil adota a república, a qual comporta 
prestação de contas e responsabilização pelos atos praticados. 
Segundo Luigi Ferrajoli, cuida-se de garantia de segundo grau, ou 
garantia de garantia. Isso porque, para que seja possível o controle da 
observância das garantias primárias da contestação da acusação, do ônus da 
prova e do contraditório com a defesa, é indispensável que o processo se 
desenvolva em público. 
Em regra, a publicidade é ampla, geral, popular e plena. No entanto, o 
princípio da publicidade na seara processual penal comporta exceções, como 
é o caso da publicidade restrita. Determinados atos serão públicos apenas 
para as partes, ou apenas para as partes e seus advogados. 
Como observa a doutrina, a publicidade do processo implica os direitos 
de: a) assistência, pelo público em geral, à realização dos atos processuais; b) 
narração dos atos processuais, ou reprodução de seus termos, pelos meios de 
comunicação social; c) consulta dos autos e obtenção de cópias, extratos e 
certidões de quaisquer partes dele. 
Há uma publicidade diminuída e específica, conforme estabelece o art. 
93, IX, o qual permite que a lei limite a presença das próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes, para determinados atos, em casos nos quais 
a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique 
o interesse público à informação. 
Veja que há um embate entre o interesse público à informação e o 
direito à intimidade, prevalecendo, nos casos em que não viole o direito de 
informação, a instauração de segredo de justiça do processo pelo magistrado. 
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Outro exemplo é a retirada de pessoas da audiência para estabelecer a 
ordem. 
g) Princípio do contraditório 
Segundo o art. 5º, LV, da CF, aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e 
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 
O contraditório sempre deve ser visto sob 3 viés: 
 Informação: o réu deve ser informado sobre a acusação e sobre os 
atos processuais. 
 Reação: com essas informações, o réu poderá reagir, por meio de 
defesa, recursos, etc. 
 Participação: é a atuação de autodefesa, interrogatório, etc. 
O princípio do contraditório é corolário do devido processo legal, 
assegurando às partes de serem cientificadas de todos os atos no curso do 
processo, podendo se manifestar sobre esses atos. 
Ademais, as partes poderão produzir provas que reputarem necessárias. 
Perceba que, havendo um ato no processo, antes de o juiz decidir, a 
parte deverá ser cientificada do ato, a fim de se manifestar sobre o ato, 
produzindo a sua prova acerca do ato. Posteriormente, o juiz deverá prolatar 
a sua decisão. 
O contraditório pode ser imediato, direto ou real, sendo aquele em que 
ocorre no momento de colheita ou feitura da prova. 
Assim como todos os outros, o contraditório poderá ser mitigado, como 
é o caso do contraditório diferido ou postergado. Nesse caso, é assegurada 
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posteriormente a possibilidade de impugnação da parte sobre 
pronunciamentos judiciais. 
Ex.: é inviável, por exemplo, que o juiz intime o acusado sobre a sua 
prisão preventiva. Neste caso, haveria um grande risco de inviabilidade da 
medida. Por conta disso, deve o juiz determinar a prisão inaudita altera pars. O 
mesmo ocorre com relação à interceptação telefônica, a qual perderá a 
eficácia, caso seja informada ao acusado no momento processual em que 
será determinada. 
O art. 155 do CPP dispõe que o juiz formará sua convicção pela livre 
apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo 
fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos 
na investigação, ressalvadas as provas

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