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Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 1 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 2 Sumário Sumário........................................................................................................................................ 2 Introdução ao Processo Penal ................................................................................................. 9 I. Fontes do direito processual penal ........................................................................................... 9 II. Sistemas processuais penais .................................................................................................. 10 III. Princípios processuais penais e constitucionais ................................................................... 11 IV. Política Criminal Atuarial....................................................................................................... 45 Lei processual penal: eficácia no tempo e no espaço ........................................................... 46 I. Lei processual penal no espaço .............................................................................................. 46 II. Lei processual penal no tempo .............................................................................................. 48 III. Conflito intertemporal, diante da reforma introduzida ao CPP pelas Leis 11.689/08 e 11.719/08 .................................................................................................................................. 49 IV. Normas processuais heterotópicas ....................................................................................... 49 V. Normas processuais híbridas ou mistas ................................................................................. 50 VI. Atividade e extratividade...................................................................................................... 51 VII. Lei penal em relação às pessoas: imunidades processuais penais ...................................... 51 Sujeitos do Processo .............................................................................................................. 61 I. Juiz criminal ............................................................................................................................ 62 II. Ministério Público .................................................................................................................. 71 III. Acusado ................................................................................................................................ 76 IV. Defensor................................................................................................................................ 78 V. Assistente de acusação .......................................................................................................... 82 Comunicação dos atos processuais ....................................................................................... 85 I. Citações................................................................................................................................... 85 II. Intimações e notificações ...................................................................................................... 95 Inquérito Policial .................................................................................................................... 98 I. Introdução .............................................................................................................................. 98 II. Características ...................................................................................................................... 104 III. Formas de instauração do IP .............................................................................................. 113 IV. Diligências investigatórias ................................................................................................... 118 V. Prazos de conclusão do IP .................................................................................................... 126 VI. Natureza dos prazos de conclusão do inquérito policial .................................................... 127 VII. Incomunicabilidade ........................................................................................................... 128 VIII. Sigilo do IP ........................................................................................................................ 128 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 3 IX. Conclusão ou encerramento do IP ..................................................................................... 130 X. Destino do IP ao ser encaminhado ao juízo ........................................................................ 140 XI. Arquivamento do IP e surgimento de novas provas ........................................................... 151 XII. Arquivamento implícito ..................................................................................................... 151 XIII. Arquivamento indireto ..................................................................................................... 152 XIV. Arquivamento provisório .................................................................................................. 152 XV. Autoridade coatora para fins de impetração de habeas corpus contra inquérito policial 155 XVI. Desarquivamento do inquérito ........................................................................................ 155 XVII. Trancamento do inquérito policial .................................................................................. 156 Ação Penal ........................................................................................................................... 156 I. Introdução ............................................................................................................................ 156 II. Ação penal secundária ......................................................................................................... 169 III. Ação penal popular ............................................................................................................. 169 IV. Ação penal pública incondicionada .................................................................................... 171 V. Ação penal pública condicionada ........................................................................................ 174 VI. Ação penal privada exclusiva .............................................................................................. 177 VII. Ação penal privada subsidiária da pública ........................................................................ 185 VIII. Denúncia e queixa-crime .................................................................................................. 186 IX. Recebimento da denúncia e da queixa-crime .................................................................... 190 X. Rejeição da denúncia e da queixa-crime ............................................................................. 192 XI. Acusação geral e acusação genérica ................................................................................... 193 Ação Civil Ex Delicto ............................................................................................................. 195 I. Introdução ............................................................................................................................ 195 II. Sistemas atinentes à relação entre a ação civil ex delicto e o processo penal .................... 195 III. Efeitos civis da absolvição penal ......................................................................................... 198 Questões e Processos Incidentes ........................................................................................ 202 I. Questões prejudiciais ........................................................................................................... 202 II. Questões preliminares ......................................................................................................... 207 III. Exceções ............................................................................................................................. 207 IV. Conflitos de jurisdição ........................................................................................................ 216 V. Avocatória ............................................................................................................................ 217 VI. Restituição das coisas apreendidas .................................................................................... 219 VII. Pedido de restituição e incidente de restituição ............................................................... 220 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 4 VIII. Medidas assecuratórias .................................................................................................... 223 Jurisdição e competência .................................................................................................... 243 I. Conceito ................................................................................................................................ 243 II. Princípios ............................................................................................................................. 243 III. Fixação da competência ..................................................................................................... 246 IV. 1ª Etapa – Competência ratione personae (em razão da pessoa) ...................................... 247 V. 2ª Etapa – Competência ratione materiae (em razão da matéria) ...................................... 258 VI. 3ª Etapa – Definição do foro competente .......................................................................... 269 VII. Utilização dos critérios secundários .................................................................................. 271 Prova penal .......................................................................................................................... 280 I. Conceito de prova ................................................................................................................. 280 II. Objeto da prova ................................................................................................................... 285 III. Princípios gerais da prova penal ......................................................................................... 288 IV. Sistemas de apreciação das provas ..................................................................................... 289 V. Ônus da prova ...................................................................................................................... 290 VI. Produção antecipada de provas ex officio pelo juiz ........................................................... 291 VII. Produção incidental de provas ex officio pelo juiz ............................................................ 292 VIII. Prova emprestada ............................................................................................................ 292 IX. Provas ilícitas ...................................................................................................................... 294 X. Exame de corpo de delito .................................................................................................... 310 XI. Exumação ........................................................................................................................... 321 XII. Lesões corporais graves pela incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias ................................................................................................................................................. 323 XIII. Interrogatório do réu ........................................................................................................ 323 XIV. Confissão ........................................................................................................................... 330 XV. Perguntas ao ofendido ....................................................................................................... 330 XVI. Alterações introduzidas pela Lei 11.690/08 ..................................................................... 331 XVII. Prova testemunhal .......................................................................................................... 332 XVIII. Audiência de instrução ................................................................................................... 338 XIX. Carta rogatória .................................................................................................................. 342 XX. Testemunho do militar, do funcionário público e do preso ............................................... 343 XXI. Reconhecimento de pessoas e coisas ............................................................................... 343 XXII. Acareações....................................................................................................................... 345 XXIII. Prova documental ........................................................................................................... 346 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 5 XXIV. Busca e apreensão .......................................................................................................... 347 Procedimentos ..................................................................................................................... 356 I. O procedimento comum e o procedimento especial ........................................................... 356 II. Arts. 395 a 397 do CPP ........................................................................................................ 357 III. Procedimento comum ordinário ........................................................................................ 359 IV. Procedimento comum sumário .......................................................................................... 362 V. Juizados especiais criminais ................................................................................................. 363 VI. Procedimento de apuração dos crimes falimentares ......................................................... 371 VII. Procedimento dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração pública ..................................................................................................................................... 373 VIII. Procedimentos dos crimes contra honra ......................................................................... 374 IX. Procedimento nos crimes contra a propriedade imaterial ................................................. 378 X. Procedimento do crime de abuso de autoridade ................................................................ 379 XI. Procedimento da Lei de Drogas .......................................................................................... 380 XII. Procedimento de apuração das infrações de competência originária dos Tribunais ........ 384 XIII. Procedimento no caso de prefeitos municipais (DL 201/67) ........................................... 386 XIV. Procedimento relativo aos processos da competência do Tribunal do Júri ..................... 387 XV. Procedimento do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) ......................................................... 409 XVI. Procedimento de violência doméstica e familiar contra a mulher (Lei 11.340/06) ......... 410 XVII. Suspensão condicional do processo ................................................................................ 415 XVIII. Instauração de colegiado nos procedimento envolvendo crimes praticados por organizações criminosas .......................................................................................................... 419 Prisão processual, medidas cautelares e liberdade provisória ............................................ 421 I. Medidas cautelares ............................................................................................................... 421 II. Características cautelares .................................................................................................... 422 III. Requisitos das medidas cautelares em geral ...................................................................... 423 IV. Oportunidade ..................................................................................................................... 423 V. Legitimidade ........................................................................................................................ 424 VI. Procedimento contraditório ............................................................................................... 424 VII. Recursos e impugnações ................................................................................................... 424 VIII. Medidas cautelares diversas da prisão............................................................................. 426 IX. Medidas em espécie ........................................................................................................... 430 X. Prisão provisória .................................................................................................................. 433 XI. Liberdade provisória ........................................................................................................... 477 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 6 Sentença penal .................................................................................................................... 494 I. Introdução ............................................................................................................................ 494 II. Classificação das sentenças ................................................................................................. 496 III. Requisitos formais da sentença .......................................................................................... 500 IV. Sentença absolutória .......................................................................................................... 501 V. Sentença condenatória ........................................................................................................ 503 VI. Detração ............................................................................................................................. 510 VII. Emendatio libelli e mutatio libelli ...................................................................................... 511 VIII. Sentença condenatória: breves considerações sobre a aplicação das penas .................. 517 IX. Publicação da sentença ...................................................................................................... 520 X. Intimação das partes da sentença ....................................................................................... 520 Nulidades ............................................................................................................................. 523 I. Introdução ............................................................................................................................ 523 II. Sistemas de nulidade ........................................................................................................... 523 III. Classificação dos vícios que podem atingir o ato jurídico .................................................. 524 IV. Princípios que informam as nulidades ................................................................................ 528 V. Nulidade em espécie, segundo a classificação do CPP ........................................................ 529 Recursos criminais ............................................................................................................... 539 I. Voluntariedade e reexame necessário ................................................................................. 539 II. Previsões legais do reexame necessário .............................................................................. 540 III. Juízo de admissibilidade dos recursos: a prelibação .......................................................... 541 IV. Efeito extensivo no julgamento dos recursos ..................................................................... 551 V. Desistência do recurso e renúncia ao direito de recorrer ................................................... 551 VI. Efeitos dos recursos ............................................................................................................ 552 VII. Recursos em espécie ......................................................................................................... 556 Habeas corpus ..................................................................................................................... 600 I. Natureza jurídica ................................................................................................................... 600 II. Espécies ............................................................................................................................... 601 III. O constrangimento ilegal .................................................................................................... 602 IV. Sujeitos do habeas corpus .................................................................................................. 604 V. Petição de habeas corpus .................................................................................................... 605 VI. Habeas corpus e punição disciplinar militar ....................................................................... 606 VII. Habeas corpus e estado excepcional (sítio) ...................................................................... 606 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 7 VIII. Possibilidade de liminar em habeas corpus ..................................................................... 607 IX. Competência para o habeas corpus ................................................................................... 608 X. Habeas corpus substitutivo de via ordinária recursal.......................................................... 611 XI. Processamento do habeas corpus impetrado perante o juiz de direito ............................. 612 XII. Processamento do habeas corpus impetrado perante o Tribunal de Justiça e os Tribunais Regionais Federais ................................................................................................................... 612 XIII. Processamento do habeas corpus impetrado perante os Tribunais Superiores .............. 613 XIV. Impugnação das decisões no habeas corpus .................................................................... 613 XV. Habeas corpus coletivo ...................................................................................................... 614 Revisão criminal ................................................................................................................... 615 I. Conceito ................................................................................................................................ 615 II. Pressupostos ........................................................................................................................ 616 III. Cabimento .......................................................................................................................... 616 IV. Dilação probatória .............................................................................................................. 618 V. Legitimidade perante o ajuizamento ................................................................................... 618 VI. Ausência de prazo para o ingresso ..................................................................................... 618 VII. Competência para julgamento da revisão criminal ........................................................... 619 VIII. Revisão criminal e o reconhecimento de nulidades ......................................................... 619 IX. Procedimento da revisão criminal ...................................................................................... 619 X. Consequências jurídicas da procedência da revisão criminal ............................................. 620 XI. Reconhecimento ao direito de indenização na decisão que julgar procedente a revisão criminal .................................................................................................................................... 621 XII. Revisão criminal no âmbito dos juizados especiais criminais............................................ 621 Mandado de segurança em matéria criminal ...................................................................... 622 I. Conceito ................................................................................................................................ 622 II. Vedações ao uso do mandado de segurança ...................................................................... 623 III. Competência para o processo e julgamento ...................................................................... 623 IV. Natureza jurídica, forma e prazo ........................................................................................ 625 V. Procedimento ...................................................................................................................... 625 VI. Recurso em relação às decisões de mérito proferidas em sede de mandado de segurança ................................................................................................................................................. 627 Correição parcial .................................................................................................................. 628 I. Conceito ................................................................................................................................ 628 II. Prazo .................................................................................................................................... 629 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 8 III. Efeitos ................................................................................................................................. 629 Reclamação .......................................................................................................................... 629 I. Conceito ................................................................................................................................ 629 II. Prazo .................................................................................................................................... 630 III. Procedimento ..................................................................................................................... 631 Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. 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Por outro lado, não se confunda com o direito penitenciário, que é de competência legislativa concorrente da União, Estados e Distrito Federal, os quais irão tratar de questões específicas, devendo observar as normas gerais fixadas pela União. Compete ainda à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre procedimento em matéria processual. Procedimento não é processo, como é o caso de inquérito policial. O STF, quando analisou uma questão similar, considerou constitucional uma lei do Estado do RJ que estabelece que após 30 dias, em se tratando de investigado solto, caso o delegado de polícia não tivesse concluído o procedimento, poderia o MP requisitar justificativa para tanto. A lei estadual prevê isto, mas o STF a considerou constitucional, pois inquérito não é processo e sim procedimento. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 10 b) Fontes formais Fonte formal busca saber como foi feita a norma. A fonte formal poderá ser: Imediata (direta): é a lei em sentido amplo, abrangendo a CF, legislação infraconstitucional, tratados e regras de direitos internacional. Mediatas (indireta): segundo Avena, são os princípios gerais do direito, analogia, costumes, doutrina, direito comparado e a jurisprudência. Ex.: ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. A analogia é aplicada em situação que não tem norma reguladora, devendo se utilizar de um caso similar para aplicar ao caso. O direito comparado é o que os outros Estados regulamentam a matéria. A jurisprudência é a posição que um tribunal adota, após reiteradamente ter enfrentado a matéria. Atualmente, há uma questão que ganha relevância, que é a denominada súmula vinculante. Esta súmula vincula os demais órgãos do poder judiciário e a administração direta e indireta. Neste caso, seria considerada fonte formal imediata. Todavia, a doutrina prevalente entende que a súmula vinculante não possui força de lei, motivo pelo qual seria ela uma fonte formal mediata (ou indireta) do direito processual penal. II. Sistemas processuais penais Existem 3 sistemas processuais penais: Sistema acusatório: no sistema acusatório há uma separação entre o órgão acusado, órgão defensor e órgão julgador. Aqui, assegura-se ao réu o contraditório e a ampla defesa. Incumbe à acusação o Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 11 ônus da prova de que o acusado praticou o crime, bem como incumbirá à defesa a tarefa de apresentar excludente de ilicitude. O juiz não é proibido de produzir provas, desde que isso não implique quebra da imparcialidade. Perceba que a função de acusar e provar que o réu praticou o crime deverá ser feita pelo MP. Caso não o faça, o sujeito será inocente, por conta do princípio da presunção de inocência. O processo é público e há prevalência da oralidade. Sistema inquisitivo: no sistema inquisitivo, o juiz poderá acusar, defender e julgar. O juiz concentra essas funções. Não há contraditório e ampla defesa, pois quem acusa e defende é a mesma pessoa. Como quem acusa e quem defende é quem julga, é forçoso compreender que é em razão de que o sujeito acredita que o acusado cometeu o crime, pois, do contrário, não acusaria. E como é o acusador que irá julgar, então significa dizer que a acusação é presumida. O processo é secreto e há prevalência do processo escrito. Sistema misto (ou francês): no sistema misto, há uma divisão das funções, pois um órgão acusará, outro defende e outro julgará. Todavia, é possível que o magistrado, em determinadas situações, substitua as partes. É observado o princípio do contraditório e à ampla defesa. No Brasil, prevalece o entendimento de que foi adotado o sistema acusatório. III. Princípios processuais penais e constitucionais a) Princípio da verdade real (material ou substancial) x Princípio da verdade formal (ou busca da verdade) No âmbito processual penal, estando em discussão a liberdade de locomoção do acusado, direito indisponível, o magistrado seria dotado de Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 12 amplos poderes instrutórios, podendo determinar a produção de provas ex officio, sempre na busca da verdade material. Dizia-se então que, no processo penal, vigorava o princípio da verdade material, também conhecido como princípio da verdade substancial ou real. A descoberta da verdade, obtida a qualquer preço, era a premissa indispensável para a realização da pretensão punitiva do Estado. Essa busca da verdade material era, assim, utilizada como justificativa para a prática de arbitrariedades e violações de direitos, transformando-se, assim, num valor mais precioso do que a própria proteção da liberdade individual. A doutrina faz uma crítica, afirmando que esta verdade real é impossível, motivo pelo qual deveria ser considerado apenas a verdade dos autos, sendo, portanto, uma verdade formal. Esta busca da verdade real, que legitima uma atuação do magistrado no sentido de descobrir efetivamente o que ocorreu, não legitima a inobservância de direitos e garantias estabelecidos na CF e na legislação infraconstitucional. Ex.: não se admite a produção de provas por meios ilícitos, motivo pelo qual a verdade real não irá se sobrepor à ilicitude da prova. Da mesma forma, caso o sujeito seja absolvido, tendo a sua sentença transitado em julgado, não é possível revisão criminal, ainda que surjam novas provas. Ou seja, não é possível revisão criminal pro societate. No caso da sentença de óbito falsa é diferente, pois a sentença é inexistente, razão pela qual seria admissível a propositura de uma nova ação penal. Atualmente, essa dicotomia entre verdade formal e material deixou de existir. Já não há mais espaço para a dicotomia entre verdade formal, típica do processo civil, e verdade material, própria do processo penal. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 13 No âmbito processual penal, hodiernamente, admite-se que é impossível que se atinja uma verdade absoluta. A prova produzida em juízo, por mais robusta e contundente que seja, é incapaz de dar ao magistrado um juízo de certeza absoluta. O que vai haver é uma aproximação, maior ou menor, da certeza dos fatos. Há de se buscar, por conseguinte, a maior exatidão possível na reconstituição do fato controverso, mas jamais com a pretensão de que se possa atingir uma verdade real, mas sim uma aproximação da realidade, que tenda a refletir ao máximo a verdade. Enfim, a verdade absoluta, coincidente com os fatos ocorridos, é um ideal, porém inatingível. Por esse motivo, tem prevalecido na doutrina mais moderna que o princípio que vigora no processo penal não é o da verdade material ou real, mas sim o da busca da verdade. Seu fundamento legal consta do art. 156 do Código de Processo Penal. Por força dele, admite-se que o magistrado produza provas de oficio, porém apenas na fase processual, devendo sua atuação ser sempre complementar, subsidiária. Na fase preliminar de investigações, não é dado ao magistrado produzir provas de oficio, sob pena de evidente violação ao princípio do devido processo legal e à garantia da imparcialidade do magistrado. E o que se entende por princípio da busca da verdade consensual no âmbito dos Juizados? De acordo com Renato Brasileiro, a Lei n° 9.099/95 trouxe consigo quatro importantes medidas despenalizadoras: 1) Nas infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, contravenções penais e crimes cuja pena máxima não seja superior a 2 anos, cumulada ou não com multa, e submetidos ou não os crimes a procedimento especial, havendo composição Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 14 civil dos danos, estará extinta a punibilidade nos casos de infrações de iniciativa privada ou pública condicionada à representação (art. 74, parágrafo único); 2) Não havendo composição civil, a lei prevê a aplicat1,ão imediata de pena restritiva de direitos ou multa através da transação penal (art. 76); 3) Os crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa passaram a exigir representação da vítima (art. 88); 4) Desde que o crime tenha pena mínima igual ou inferior a um ano, e estejam preenchidos outros requisitos de natureza subjetiva, será cabível a suspensão condicional do processo (art. 89). Com a criação desses institutos despenalizadores, percebe-se que, no âmbito dos Juizados, a busca da verdade processual cede espaço à prevalência da vontade convergente das partes. Nos casos de transação penal ou de suspensão condicional do processo, não há necessidade de verificação judicial da veracidade dos fatos. O conflito penal é solucionado através de um acordo de vontade, dando origem ao que a doutrina denomina de verdade consensuada. b) Princípio do devido processo legal O devido processo legal encontra previsão no art. 5º, LIV, da CF, mas também há vários outros dispositivos no mesmo sentido. Por conta disso, ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. São corolários do devido processo legal o contraditório e a ampla defesa. No aspecto material, o devido processo legal é defendido como sendo a proporcionalidade. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 15 Do devido processo legal, há uma série de direitos consagrados: Direito do acusado ser ouvido pessoalmente pelo juiz no seu interrogatório Direito de defesa com capacidade técnica por um advogado ou por um defensor público Direito de observância das regras jurídicas processuais e procedimentais estabelecidas c) Princípio da vedação à utilização de provas ilícitas Este é um “freio” ao princípio da verdade real. Segundo a CF, são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Ou seja, não se admitem provas ilícitas como fator de convicção do magistrado. Na verdade, há algumas exceções que o CPP traz, como a teoria da descoberta inevitável e da prova independente, que será estudado mais à frente. Segundo o art. 157, são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. O §1º afirma que são também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando: Não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras; ou As derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 16 O §2º explica que se considera fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. O §3º diz que, preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente. A doutrina diferencia prova proibida, vedada ou ilegal como gênero, mas há duas espécies: Prova ilegítima: é uma prova com relação ao direito processual. Ex.: juntada fora do prazo uma documentação ou testemunha. Prova ilícita: há uma relação com uma regra de direito material ou com uma regra de direito constitucional. Ex.: interceptação telefônica sem que houvesse decisão judicial nesse sentido. Prova obtida por meio de tortura também é exemplo. As teorias estão descritas no capítulo das provas, mencionando a teoria da fonte independente (§1º do art. 157 do CPP) e a teoria da descoberta inevitável. Poderá o juiz que tomou conhecimento sobre as provas ilícitas julgar o processo? SIM. Mesmo a prova sendo desentranhada, poderá o juiz julgar o processo. A doutrina e jurisprudência entendem que é possível a utilização de prova ilícita pelo réu, quando for a única forma de o réu comprovar algo em seu favor, importante à sua defesa. Neste caso, haverá a aplicação do princípio da proporcionalidade. Isto é, haverá uma colisão de direitos fundamentais, pois o réu estaria violando o Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 17 direito à intimidade, mas consegue uma prova que justifica a sua inocência. A prova é ilícita, mas serve para evitar uma condenação injusta. Sendo assim, há de ser feita uma ponderação. d) Princípio da presunção de inocência (não culpabilidade ou do estado de inocência) Trata-se de um desdobramento do devido processo legal, pois, segundo o art. 5º, LVII, da CF, ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória. Por isso, decorre do devido processo legal, visto que enquanto não transitar em julgado o sujeito não poderá ser considerado culpado. Segundo Badaró, não há diferença entre presunção de inocência e presunção de não culpabilidade, sendo inútil e contraproducente a tentativa de apartar ambas as ideias - se é que isto é possível -, devendo ser reconhecida a equivalência de tais fórmulas. Contudo, há fundamento para a terminologia distinta: Convenção Americana de Direitos Humanos (presunção de inocência): CADH, art. 8º, § 2º: “Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa”. Constituição Federal de 1988 (presunção de não culpabilidade): CF, art. 5º, LVII: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” Geralmente, os tratados internacionais sobre direitos humanos usam a palavra “inocência” e “presunção”. Assim, normalmente fala-se em “presunção de inocência”. Assim, pelo menos enquanto o processo criminal não for concluído, o indivíduo é presumido inocente. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 18 Já na Constituição Federal a terminologia é um pouco diversa porque ela não usa o termo “inocente”. Ela é redigida de maneira negativa dizendo que “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” – presunção de não culpabilidade. Trata-se de um princípio reitor do processo penal, impondo um dever de tratamento ao réu, surgindo daí 3 regras: Regra de tratamento: a presunção de inocência impede qualquer antecipação de juízo condenatório. Para a doutrina, antes do trânsito em julgado o acusado deve permanecer em liberdade, sendo que eventuais medidas cautelares somente poderão ser adotadas se demonstrada sua necessidade. Sabe-se, no entanto, que o STF já reconheceu a possibilidade de cumprimento antecipado da pena, desde que haja acórdão condenatório ou confirmatório da sentença condenatória em segunda instância, ainda que se trate de processo de competência originária. Regra probatória: em razão da presunção de inocência, a parte acusadora tem o ônus de comprovar a culpabilidade do acusado além de qualquer dúvida razoável, sendo que, em caso de dúvida, o acusado deve ser absolvido. Tem-se, aqui, o chamado in dubio pro reo. Na dúvida, prevalece a absolvição. O juiz precisa ter certeza para a condenação. O princípio do in dubio pro reo aplica-se à revisão criminal? Não se aplica ao julgamento da revisão criminal, que pressupõe o trânsito em julgado de sentença condenatória ou absolutória imprópria. O ônus da demonstração da procedência da revisão criminal é do réu. Na dúvida, o tribunal manterá a sentença penal condenatória. Regra de julgamento: o princípio da presunção de inocência serve em benefício do réu tanto na hipótese de dúvida, no ato judicial de Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 19 prolação da sentença, quando caberá ao magistrado aplicar a máxima do in dubio pro reo, absolvendo-o, bem como forma de aplicação do ônus da prova. Isto é, o princípio da presunção de inocência não é utilizado tão somente quando o magistrado, ao sentenciar, absolve o réu por haver dúvida que emerge do acervo probatório, seja no que denota à autoria ou materialidade de eventual crime, mas também, incumbindo à acusação, de todo o ônus probatório, devendo a mesma se desvincular dele a fim de almejar a sentença condenatória. Aury Lopes Júnior aponta que o princípio da presunção da inocência como regra de tratamento, subdivide-se em duas espécies: Dimensão interna: a presunção de inocência milita em favor do réu na análise dos pedidos de cautelares pessoais requeridas em seu desfavor. Dever que deve ser observado por todos, sobremaneira pelo juiz, dentro do processo. Manifesta-se por meio de duas regras: probatória e de tratamento Dimensão externa: a presunção de inocência serve de mitigação da publicidade do processo que pode ser utilizada em detrimento do réu, que ainda não tem sentença condenatória com trânsito em julgado em seu desfavor, mas tão somente o transcorrer de processo penal tendo ele como ocupante do polo passivo. Interessante notar que Aury Lopes Júnior não trata a presunção de inocência como regra de tratamento, mas, em verdade, dever de tratamento. A dimensão interna teria 3 facetas: Ônus da prova cabe à acusação: é dever da acusação comprovar os elementos para que o réu seja culpado. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 20 In dubio pro reo: em caso de dúvida sobre a autoria, haverá a absolvição do réu; Prisão é ultima ratio: prisão é exceção. O STF já entendeu que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da presunção de inocência (Informativo 814). Isso porque, após a 2ª instância, os fatos não são mais discutíveis, mas apenas o direito, em sede de recurso extraordinário e o recurso especial. O entendimento foi de que, em se tratando de recurso extraordinário e de recurso especial, não se discutem mais os fatos, mas apenas o direito, motivo pelo qual os efeitos da decisão recorrida podem surtir seus efeitos. Ademais, os recursos extraordinários em sentido amplo não possuem efeito suspensivo, de modo que a decisão de segunda instância já poderia iniciar suas determinações. No Informativo 842, o STF reafirmou a tese de que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de apelação, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência e não viola o texto do art. 283 do CPP. Cabe ressaltar que o ministro Celso de Mello já julgou um processo no sentido de que não seria possível o cumprimento da pena antes do trânsito em julgado. Além disso, no informativo 842, o ministro Celso de Mello foi voto vencido. Recentemente, o STJ decidiu que não é possível a execução provisória da pena se foram opostos embargos de declaração contra o acórdão condenatório proferido pelo Tribunal de 2ª instância e este recurso ainda não foi julgado. Para a Corte Cidadã, a execução da pena depois da prolação de Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 21 acórdão em segundo grau de jurisdição e antes do trânsito em julgado da condenação não é automática quando a decisão ainda é passível de integração pelo Tribunal de Justiça (Inf. 595). Cabe mencionar que o STJ já decidiu que não se pode executar provisoriamente a pena restritiva de direitos antes do trânsito em julgado (AREsp 998641). Atente-se ao fato de que o examinador Vico Mañas do TJ-SP (VUNESP e FCC) entende que o supracitado entendimento do STF não obriga a que, julgada a apelação e confirmado o decreto condenatório, a execução da pena privativa de liberdade tenha início imediato, especialmente se mantido em segundo grau o direito ao recurso em liberdade (2245096- 64.2016.8.26.0000). Segundo o Supremo Tribunal Federal, não viola o princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade a execução da condenação pelo Tribunal do Júri, independentemente do julgamento da apelação ou de qualquer outro recurso. Isso porque a Constituição Federal prevê a competência do Tribunal do Júri para o julgamento de crimes dolosos contra a vida. Prevê, ademais, a soberania dos veredictos, a significar que os tribunais não podem substituir a decisão proferida pelo júri popular. Ademais, essa decisão está em consonância com a lógica do precedente firmado em repercussão geral no ARE 964.246-RG, Rel. Min. Teori Zavascki, já que, também no caso de decisão do Júri, o Tribunal não poderá reapreciar os fatos e provas, na medida em que a responsabilidade penal do réu já foi assentada soberanamente pelo Júri. Firmou-se a seguinte tese de julgamento: “A prisão de réu condenado por decisão do Tribunal do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.” (HC 118770, julgado em 07/03/2017). Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 22 Vale frisar ainda que, em se tratando de matéria penal, o empate somente pode beneficiar aquele que sofre a persecução estatal, de tal modo que, em não havendo maioria em sentido contrário, o empate importará, necessariamente, em respeito à presunção constitucional de inocência (CF, art. 5º, LVII). Este foi o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF. Plenário. AP 565 ED-ED/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/12/2017 – Info 888). A norma regimental que confere ao Presidente do Plenário ou ao Presidente de cada uma das Turmas o voto de qualidade não pode nem deve incidir na hipótese de empate que eventualmente se registre em julgamentos penais, como sucede na espécie. Em suma, verificado empate no julgamento de ação penal, deve prevalecer a decisão mais favorável ao réu. Esse mesmo entendimento deve ser aplicado em caso de empate no julgamento dos embargos de declaração opostos contra o acórdão que julgou a ação penal. Terminando o julgamento dos embargos empatado, aplica-se a decisão mais favorável ao réu. Cabe mencionar que o STF já se manifestou no sentido de que é possível executar provisoriamente a condenação enquanto se aguarda o julgamento do recurso extraordinário. Dito de outra forma, é possível que o réu condenado em 2ª instância seja obrigado a iniciar o cumprimento da pena restritiva de direitos mesmo sem ter havido ainda o trânsito em julgado (STF. 1ª Turma. HC 141978 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/06/2017.). Contudo, em 2019, o Min Celso de Melo ressaltou que a PRD não pode sofrer execução provisória, pois essa hipótese não fora apreciada pelo Supremo quando da análise da pena privativa de liberdade. Esse já era o entendimento consolidado do STJ. Resumindo a celeuma: STF - 2009 - HC n. 84.078: NÃO é possível a execução provisória da PPL. A presunção de inocência teria como limite temporal o trânsito em Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 23 julgado de sentença condenatória. Assim, conforme a regra de tratamento, o indivíduo só poderia ser preso definitivamente com o trânsito em julgado, a não ser que, a título de prisão cautelar, fosse decretada sua prisão durante o curso do processo. (STF, Pleno, HC 84.078, Rel. Min. Eros Grau, j. 05/02/2009). STF – 2016 - HC n. 126.292: POSSÍVEL a execução provisória da PPL. Passou a admitir a execução provisória de acórdão condenatório proferidopor Tribunal de 2ª instância, ainda que sujeito a recursos extraordinários. Após essa decisão, a matéria foi reiterada pelo Supremo em duas cautelares indeferidas nas ADCs n. 43 e 44 e alterada, posteriormente, pelo Plenário virtual na análise do ARE n. 964.246 (com repercussão geral reconhecida e, portanto, deve ser aplicados aos demais processos). Desse modo, desde fevereiro de 2016, a posição que prevalecia no STF é a de que era possível a execução provisória da pena se resta apenas o julgamento de recursos especial e/ou extraordinário. STF – 2018 - HC 152752/PR: POSSÍVEL a execução provisória da PPL. Ao julgar habeas corpus impetrado pelo ex-Presidente Lula, decidiu manter o seu entendimento e reafirmar que é possível a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário. A execução provisória da pena não ofende o princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, da CF/88). STF. Plenário. HC 152752/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 4/4/2018 (Info 896). STF - 07/11/2019 – julgamento das ADCs 43, 44 e 54 (Rel. Min. Marco Aurélio): NÃO é possível a execução provisória da PPL. Afirmou que o cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos. Assim, hoje, é proibida a execução provisória da pena privativa de liberdade. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. 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Ademais, a motivação assegura o exercício da ampla defesa, pois se o juiz profere uma condenação, poderá o réu alegar fatos contrários para o tribunal. Veja, o fundamento permite que o indivíduo exerça a ampla defesa. Não existe violação pela fundamentação per relationem (motivação aliunde), que é aquela em que o juiz faz uma remissão a uma outra manifestação existente nos autos, como é o caso do parecer do MP, a fim de justificar a decisão, desde que se dê de forma clara. O princípio da obrigatoriedade das motivações não é absoluto, comportando temperamentos, como é o caso do sistema da íntima convicção, adotado no procedimento do júri com relação aos jurados. f) Princípio da publicidade Segundo o art. 5º, LX, da CF, a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. O art. 5º, XXXIII, da CF, estabelece que todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 25 coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado. Por meio desse princípio, é necessário que se dê transparência aos atos do processo, tendo em vista que o Brasil adota a república, a qual comporta prestação de contas e responsabilização pelos atos praticados. Segundo Luigi Ferrajoli, cuida-se de garantia de segundo grau, ou garantia de garantia. Isso porque, para que seja possível o controle da observância das garantias primárias da contestação da acusação, do ônus da prova e do contraditório com a defesa, é indispensável que o processo se desenvolva em público. Em regra, a publicidade é ampla, geral, popular e plena. No entanto, o princípio da publicidade na seara processual penal comporta exceções, como é o caso da publicidade restrita. Determinados atos serão públicos apenas para as partes, ou apenas para as partes e seus advogados. Como observa a doutrina, a publicidade do processo implica os direitos de: a) assistência, pelo público em geral, à realização dos atos processuais; b) narração dos atos processuais, ou reprodução de seus termos, pelos meios de comunicação social; c) consulta dos autos e obtenção de cópias, extratos e certidões de quaisquer partes dele. Há uma publicidade diminuída e específica, conforme estabelece o art. 93, IX, o qual permite que a lei limite a presença das próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, para determinados atos, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Veja que há um embate entre o interesse público à informação e o direito à intimidade, prevalecendo, nos casos em que não viole o direito de informação, a instauração de segredo de justiça do processo pelo magistrado. Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 26 Outro exemplo é a retirada de pessoas da audiência para estabelecer a ordem. g) Princípio do contraditório Segundo o art. 5º, LV, da CF, aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. O contraditório sempre deve ser visto sob 3 viés: Informação: o réu deve ser informado sobre a acusação e sobre os atos processuais. Reação: com essas informações, o réu poderá reagir, por meio de defesa, recursos, etc. Participação: é a atuação de autodefesa, interrogatório, etc. O princípio do contraditório é corolário do devido processo legal, assegurando às partes de serem cientificadas de todos os atos no curso do processo, podendo se manifestar sobre esses atos. Ademais, as partes poderão produzir provas que reputarem necessárias. Perceba que, havendo um ato no processo, antes de o juiz decidir, a parte deverá ser cientificada do ato, a fim de se manifestar sobre o ato, produzindo a sua prova acerca do ato. Posteriormente, o juiz deverá prolatar a sua decisão. O contraditório pode ser imediato, direto ou real, sendo aquele em que ocorre no momento de colheita ou feitura da prova. Assim como todos os outros, o contraditório poderá ser mitigado, como é o caso do contraditório diferido ou postergado. Nesse caso, é assegurada Licenciado para - Mariane Santos Pereira - 04184951147 - Protegido por Eduzz.com Juris Planner www.jurisplanner.com.br @jurisplanner É vedado a reprodução deste material sem expressa autorização, ainda que sem fins lucrativos. O seu CPF e o seu Internet Protocol (IP) ficam registrados conosco, razão pela qual os dados passam a marcar este arquivo. Caso haja o descumprimento dessa orientação, serão tomadas medidas judiciais cabíveis. Agradecemos a preferência por escolher o Juris Planner como parceiro. Atualização: Luciana Norina de Souza Daniel 10 de janeiro de 2020. 27 posteriormente a possibilidade de impugnação da parte sobre pronunciamentos judiciais. Ex.: é inviável, por exemplo, que o juiz intime o acusado sobre a sua prisão preventiva. Neste caso, haveria um grande risco de inviabilidade da medida. Por conta disso, deve o juiz determinar a prisão inaudita altera pars. O mesmo ocorre com relação à interceptação telefônica, a qual perderá a eficácia, caso seja informada ao acusado no momento processual em que será determinada. O art. 155 do CPP dispõe que o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas
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