Buscar

DIREITO EMPRESARIAL APLICADO 2 - ARQUIVOS PESSOAIS

Prévia do material em texto

CURSO: DIREITO 
CÓD/ DISCIPLINA: CCJ0134–DIREITO EMPRESARIAL II 
PROFª: SOLANGE RICARTE TURNO: MANHÃ 
TURMA: 1003 SALA:Teams 
MAT: 
201510756868 
NOTA 
GRADUAÇÃO ALUNO(A): DION ALIF CRUZ DE SOUZA 
DATA: 14/05/2020 AV1 ( X ) – AV2 ( ) – AV3 ( ) 
 
 
GABARITO 
01 02 03 04 05 06 07 
E B E D E D A 
 
 
 CADA QUESTÃO OBJETIVA VALE 0,5 PONTO. 
 
1) Paulo Antunes depositou em sua conta corrente um cheque emitido por 
Sorocaba Fagundes no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). No verso do 
cheque, o beneficiário realizou um endosso em favor do sacado. Em 
conformidade com as normas legais referentes ao cheque, é correto afirmar 
que: 
 
a) o sacado não poderá efetuar a compensação deste cheque porque ele não pode figurar 
como endossatário; 
b) o sacado não poderá efetuar a compensação desse cheque porque o endosso ao sacado 
é nulo; 
c) o sacado torna–se coobrigado pelo pagamento do cheque, respondendo solidariamente 
com o emitente; 
d) com o endosso ao sacado, o emitente está se exonerando da garantia em caso de não 
pagamento do cheque; 
e) o endosso ao sacado vale apenas como quitação, não podendo o cheque ser transferido 
por novo endosso. 
 
 
2) Relativamente aos títulos de crédito, observadas as proposições abaixo, assinale 
a alternativa correta: 
 
I. Atos consubstanciados em documentos apartados, ainda que válidos e eficazes entre 
os sujeitos envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do título. 
II. Pelo princípio da autonomia das obrigações cambiais, os vícios que comprometem a 
validade de uma relação jurídica, documentada em título de crédito, não se estendem 
às demais relações abrangidas no mesmo documento. 
III. Pelo princípio da cartularidade, o credor do título de crédito deve provar que se 
encontra na posse do documento ou com fotocópia devidamente autenticada para 
exercer o direito nele mencionado. 
IV. As pessoas acionadas em virtude de uma letra poderão opor ao portador exceções 
fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores 
anteriores, caso o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em 
detrimento do devedor. 
V. Quando o título de crédito é posto em circulação, diz-se que se opera a abstração, 
isto é, a desvinculação do ato ou negócio jurídico que deu ensejo à sua criação. 
 
a) Somente as proposições III e IV estão incorretas. 
b) Todas as proposições estão corretas. 
c) Somente as proposições II e V estão corretas. 
d) Somente a proposição III está incorreta. 
e) Todas as proposições estão incorretas. 
 
 
 
 
3) Sobre o endosso e o aval de letras de câmbio e de notas promissórias, 
I. pelo endosso transmitem-se todos os direitos emergentes da letra de câmbio e da 
nota promissória e o endossante, salvo cláusula em contrário, garante o pagamento 
desses títulos. 
II. no endosso condicional a condição considera-se como não escrita, mas o endosso 
parcial será nulo. 
III. o pagamento de uma letra de câmbio ou de uma nota promissória pode ser no todo 
ou em parte garantido por aval. 
IV. o avalista é equiparado àquele por quem deu o aval, mas sua obrigação se mantém 
mesmo que o avalizado seja isento de responsabilidade, a menos que o título incorra em 
vício de forma. 
A. o endossante acionado não pode opor ao portador de uma nota promissória as 
exceções fundadas sobre as relações pessoais dele com os portadores 
anteriores, salvo se o portador ao adquirir a nota promissória tiver procedido 
conscientemente em detrimento do devedor. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
 
a) II, III e IV. 
b) I, IV e V. 
c) I, II e III. 
d) I, II e V. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
 
 
4) Uma letra de câmbio foi sacada por Z contra X para um beneficiário Y e foi aceita. 
Posteriormente, foi endossada sucessivamente para A, B, C e D. Nessa situação 
hipotética, 
 
I – Z é o sacado, X é o endossante, Y é o tomador. 
II – aposto o aceite na letra, X torna-se o obrigado principal. 
III – se, na data do vencimento, o aceitante se recusar a pagar a letra, o portador não 
precisará encaminhar o título ao protesto para garantir o seu direito de ação cambial ou de 
execução contra os coobrigados indiretos. 
IV – se A promover o pagamento ao portador D, os endossantes B e C estarão 
desonerados da obrigação. 
Estão certos apenas os itens 
a) I e III. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
 
 
5) Maurício emitiu uma letra de câmbio, a qual foi devidamente aceita por 
Maciel, no valor de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais) em favor de Leonardo, 
no dia 25 de setembro de 2015, com vencimento para o dia 18 de junho de 
2016. Não ocorrendo o pagamento, posteriormente, em 22 de julho de 2016, o 
beneficiário endossou a letra para Pedro, sem menção na cártula à data do 
endosso. De conformidade com as disposições do Decreto 57.663/66, que 
dispõe sobre a letra, assinale a afirmativa correta. 
a) O endosso em favor de Pedro tem efeito de cessão de crédito, haja vista ter sido 
realizado após o prazo de apresentação a pagamento. 
b) O endosso em favor de Pedro tem efeito de endosso, haja vista ter sido realizado antes 
do decurso do prazo de protesto por falta de pagamento. 
c) O endosso em favor de Pedro tem efeito de endosso, haja vista ter sido realizado dentro 
do prazo prescricional. 
d) O endosso em favor de Pedro tem efeito de cessão de crédito, haja vista ter sido 
realizado após o prazo para o protesto por falta de pagamento. 
e) O endosso em favor de Pedro tem efeito de endosso, haja vista não ter sido datado; 
portanto, presumidamente ocorreu antes da expiração do prazo de protesto. 
 
 
 
 
 
6) Em relação aos títulos de crédito, assinale a assertiva correta. 
(A) a execução do portador contra o emitente da letra de câmbio prescreve em cinco anos a 
contar de seu vencimento; 
 (B) O portador de uma letra de câmbio pode acionar cambiariamente o avalista do aceitante 
que recusou o pagamento, mas para tanto é indispensável que promova o protesto por falta 
de pagamento. 
(C) Numa letra de câmbio, o avalista do endossante se desobriga em relação ao pagamento se 
for descoberto que a pessoa por ele avalizada era incapaz ao tempo em que lançou sua 
assinatura no título. 
(D) Para que vigore o princípio da inoponibilidade das exceções, é imprescindível que uma 
letra de câmbio circule, pois, se a cártula ficar restrita à posse do credor originário na relação 
causal, o emitente poderá eximir-se do pagamento, alegando, por exemplo, defeito na 
mercadoria vendida por aquele. 
 
 
7) Em relação ao Direito Cambiário, é correto afirmar que 
 
A) o protesto não é necessário para garantir o direito de regresso contra o(s) 
endossante(s) e o(s) avalista(s) do aceitante de uma letra de câmbio. 
 
 
B) o aceite no cheque é dado pelo banco ou instituição financeira a ele equivalente, 
devendo ser firmado no verso do título. (errado) 
 
C) o aval dado em uma nota promissória não pode ser parcial, ainda que sucessivo. 
(errado) 
 
D) a duplicata, quando de prestação de serviços, pode ser emitida com vencimento a 
tempo certo da vista. (errado) 
 
 
8) (Vale 1 ponto) Pedro Martins emitiu um cheque em benefício de Maisa Lago em 
05 de janeiro de 2020, no valor de 8.000,00 (oito mil reais) e sua agência bancária 
se encontra em município distinto do da emissão. Roberto Araújo, apôs sua 
assinatura no cheque, configurando um aval, mas não indicou por quem presta o 
aval. Maisa Lago endossou o cheque a Luana do Crato, esta apresentou o cheque 
ao sacado para pagamento, no dia 28 de março de 2020. Vindo o cheque a ser 
devolvido por insuficiência de fundos. Com base no enunciado disserte acerca da 
exigibilidade do crédito, mencionando quais a medidas a serem tomados pelo 
credor e contra quais pessoas, bem como os efeitos da apresentação do cheque a 
pagamento na data indicada. Fundamente sua resposta. 
 
RESPOSTA 
SACADOR: Pedro MartinsSACADO: Banco de seu município 
TOMADOR: Maisa lago AVALISTA: Roberto Araujo 
VALOR: R$ 8.000,00 ENDOSSANTE: Maisa lago 
PORTADOR: Luana do Crato APRESENTAÇÃO DO CHEQUE AO SACADO: 
28.03.2020 
SITUAÇÃO DO CHEQUE: Sem fundos 
Em primeira análise, verifica-se que se trata de cheque com praças diferentes, então o 
prazo de apresentação é de 60 dias. O Cheque apresentado no prazo e que conste sem fundo, 
cabe ação de Execução, conforme art. Art. 47, contra o emitente e seu avalista, e contra os 
endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de 
pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada 
sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita 
e datada por câmara de compensação. 
 Em segundo momento, vemos que o cheque acima não foi apresentado no prazo 
previsto, os 60 dias. Entretanto, ainda sim, é possível uma ação de execução, conforme 
SUM 600 do STF, contra seu emitente e avalista, mesmo não apresentado dentro do 
prazo legal, desde que não prescrita a ação Cambiária. A prescrição cambiária esta 
prevista no art. 59, que diz que deve ser realizar em 6 meses. Em se tratando do 
avalista, verifica-se que Roberto Araújo é seu avalista, isto porque é o que se aduz do 
artigo 30 § único, em sua falta de indicação, Vejamos: 
Parágrafo único - o aval deve indicar o avalizado. Na falta de 
indicação, considera-se avalizado o emitente. 
Assim, verifica-se que cabe ação de execução contra Pedro Martins e seu 
avalista Roberto Araújo. 
 
 
9) (Vale 1,5) Sérgio saca uma letra de câmbio contra Mauro, tendo como 
beneficiário Felipe. Antes do vencimento e da apresentação para aceite, Felipe 
endossa em preto a letra para Ana, que, na mesma data, a endossa em preto para 
Bruna. De posse do título, Bruna verifica que na face anterior da letra há a 
assinatura de Paulo, sem que seja discriminada a sua responsabilidade cambiária. 
Com base nessa questão, responda aos itens a seguir fundamentando-os. 
 
A) Paulo poderá ser considerado devedor cambiário? 
 
Professora, Conforme artigo 31 da LUG, temos que 
 
 Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. 
Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula 
equivalente; e assinado pelo dador do aval. 
O aval considera-se como resultante da simples assinatura do 
dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das 
assinaturas do sacado ou do sacador. 
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de 
indicação, entender-se-á pelo sacador. 
Desta forma, verifica-se que se trata de um Aval em Branco, assim, ele será do 
Sacador, no caso Sérgio. Gabriel é avalista de Sérgio. Então a resposta do ítem é sim, 
pois o mesmo é avalista. 
 
 
B) Caso Bruna venha a cobrar o título de Paulo e ele lhe pague, poderia este 
demandar Ana em ação cambial regressiva? De quem poderia cobrá-lo? 
Responda justificadamente, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a 
fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
 
Sacador: Sérgio 
Sacado: Mauro 
Tomador: Felipe 
Endossante em preto: Felipe, Ana 
Assinatura em Verso: Paulo – Avalista de Sérgio 
Na relação acima, vemos que a ordem é Sergio ->(<-aval Paulo) Mauro -> Felipe 
->Ana 
 
Conforme art. 24 da lei 2044/0, diz que o pagamento feito pelo aceitante ou pelos 
respectivos avalistas, que é o caso, desonera da responsabilidade cambial os 
coobrigados. Assim os endossantes citados são todos desobrigados, pois são 
posteriores. Assim ele não poderia cobrar de Ana, pois é posterior. Mas poderia cobrar 
de Sergio, o Sacador. Conforme artigo 32 LUG, ficar sub-rogado nos direitos 
emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado aval, In verbis: 
Art. 32. LUG: O dador de aval é responsável da mesma maneira que a 
pessoa por ele afiançada. 
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele 
garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. 
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da 
letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para 
com esta em virtude da letra. 
Assim poderá cobrar de Sergio, o SACADOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÃO FAZ PARTE DA PROVA, APENAS UM COMENTÁRIO ACERCA DA QUESTÃO 7, 
OBSERVAÇÃO – LIVRO TÍTULOS DE CRÉDITOS E CONTRATOS MERCANTIS: 
 
não há ninguém que lhes preceda. O s devedores cambiários subsidiários ou de regresso são 
aqueles cujo pagamento não extingue a vida cambiária do título, pois poderão voltar-se 
contra os devedores que lhes sejam anteriores. Eles adquirem o direito decorrente do título. 
Ficarão, todavia, excluídos dessa cobrança os endossantes “sem garantia”, isto é, 
aqueles que apõem no título essa cláusula que significa justamente que eles não garantem o 
pagamento aos endossantes posteriores. 
 
Os devedores cambiários subsidiários na letra de câmbio são o sacador, os endossantes e 
respectivos avalistas. Com efeito, com o aceite pelo sacado, a responsabilidade do sacador e 
dos endossantes e seus avalistas só se efetuará em caráter regressivo e, desde que 
comprovada a falta de pagamento por parte do aceitante, pelo protesto feito em tempo útil. 
O coobrigado não precisa pagar título que não foi protestado ou que o tenha sido fora do 
prazo legal. 
 
Neste caso, a aquestão 7, marquei o ítem A, pois me parece mais certo. Porém, sobre o 
ítem A, Pelo que entendi, o protesto só é necessário para garantir o direito de regresso 
contra os endossantes e seus avalistas, nesse caso a questão pode ficar errada?

Continue navegando