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DION ALIF CRUZ DE SOUZA 201510756868 EMPRESARIAL AP 2 Caso Concreto 6 (TJ/ DF /Juiz/ 2012) A respeito da assim chamada "duplicata virtual '', "duplicata escritural" ou "duplicata eletrônica", esclareça como se dá o seu saque e quais são os requisitos necessários para que tenha eficácia executiva, bem como forneça dois argumentos, retirados exclusivamente da Lei 5.474168 que, em tese, não permitiriam a constituição do crédito cambial na forma esclarecida. A Duplicata é titulo de crédito com regras estabelecidas na lei 5474/68, sua emissão tem como pressuposto uma compra e venda mercantil. São requisitos da duplicata os enumerados no art. 2 § , do referido diploma legal: Indicação no documento que instrumentaliza do nome da duplicata e individualização por um número de ordem, inc. I e II, a qualificação das partes, Inc IV, A delimitação da quantia de pagar, inc. V, A Data do vencimento da obrigação, a especificação do lugar do pagamento (inc. VI), o compromisso de assunção da dívida pelo devedor (inc. VIII) e também a assinatura do emitente (inc. IX). O art. 6º determina que deverá haver a remessa do título ao comprador pelo vendedor ou por intermédio de representantes, como instituições financeiras. Assim , pela literalidade da lei, restaria prejudicada a criação de duplicatas por meio eletrônico ou virtual, pois a ausência do documento físico tornaria prejudicada a remessa referida no art. 6º da Lei de duplicatas. E, sem a emissão material do título, a oposição da assinatura do vendedor no documento também não se apresenta possível, o que seria suficiente para concluir pela impossibilidade de emissão do título por meio virtual, diante da prejudicialidade de requisito essencial. Entretanto, a criação do título se demostrou possível a partir da lei de protestos, lei nº. 9492/97, que expressamente permitiu o protesto pela comprovação da dívida por instrumento de meio eletrônico, como por meio de fita magnética (parágrafo único do art. 22 da lei 9.492/97). Posteriormente, o atual código civil que é regime a suprir as lacunas da lei especial, art. 903 do CC, trouxe a previsão a respeito dos títulos a serem criados por meio eletrônico, nos termos do art. 889 §33, in verbis: O Título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalentem e que constem a escrituração especial em relação ao controle de emissão de duplicatas, nos termos do art. 19 da lei 5474/68. E assim, será contextualizado o registro forma de duplicatas expedidas por meio físico e também por meio virtual. Assim, a criação da duplicata escritural tem amparo legal, sendo dispensável a emissão material ou física de tal documento. Para agilizar as transações financeiras, os fornecedores, inclusive como meio de alavancar o capital de giro, mantém contratos com os bancos, que se encarregarão da cobrança de dívida instrumentalizada por meio da emissão de duplicatas, o que fazem por meio de boleto bancário, que realmente não é o título de crédito. Até porque se trata de instrumento de cobrança extrajudicial e seu uso foi disciplinado infralegalmente pelo BACE, por meio da Circular n 3598/2012. Judicialmente, a execução da duplicata virtual de modo semelhante ao extravio ou á não devolução da duplicata sacada por meio físico, por analogia, exatamente pela ausência de documento, também dependerá do protesto por indicações, bem como na comprovação da entrega das mercadorias, das notas fiscais correspondentes e do próprio boleto, nos termos do art. 15 inc. II, alínea A e B , da lei 5474/68. Observada tais cautelas, a execução judicial deverá seguir seu curso regular. Em resumo, a duplicata é um título causal, razão pelo qual só pode ser emitida havendo causa específica, ou seja, nos casos de compra e venda mercantil ou prestação de servições. Na duplicata virtual, há mitigação do princípio da cartularidade, justo que, de acordo com tal princípio, os títulos de crédito devem se consubstanciar no documento físico. QUESTÃO OBJETIVA: (Magistratura PE – FCC/2011) No que tange à duplicata: d) é título protestável por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, podendo o protesto ser tirado mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou ainda por simples indicações do portador, na falta de devolução do título.
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