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DIREITO PROCESSUAL CIVIL • EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA (...) • PENHORA -Art. 831 o Deve recair sobre o patrimônio do Executado, que seja SUFICIENTE para a satisfação do crédito do Exequente; o ANTES DA PENHORA: Todos os bens servem de garantia da Execução; o DEPOIS DA PENHORA: Há concentração da Execução, sendo os bens penhorados vinculados à Execução; o Art. 832 – Bens IMPENHORÁVEIS e INALIENÁVEIS não podem ser objeto de penhora; § A lei vai determinar ou um ato volitivo (vontade das partes); • Ex.: Bem de família (art. 1.711, CC/02) ou um bem deixado de herança em testamento com clausula de inalienabilidade; • Obs.: Bens incomunicáveis também não entram na penhorabilidade em eventual execução contra um cônjuge executado (art. 1.668, CC/02) o IMPENHORABILIDADE (Art. 833 – rol, em tese, de impenhorabilidade absoluta – exceção: §§ do art. 833): POSTULATÓRIA APREENSÃO AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO SATISFAÇÃO § Bens públicos e os particulares declarados por ato voluntario (I) • REsp 1.070.735/2008 – BENS DE CONCESSIONÁRIAS (seja SEM ou EP) DE SERVIÇO PÚBLICO NÃO PODEM ser penhorados, desde que esses bens sejam afetados à finalidade pública – principio da continuidade do serviço público; § Bens e pertences pessoais do Executado (II) § Vestuários e bens de uso pessoal (III) § Fruto do trabalho, ou seja, salários de modo geral - até aposentadoria entra – (IV) • Inclui-se TODOS os tipos de honorários, mesmo aqueles direcionados à sociedade de adv (Resp 566.190), sucumbencial ou contratual • Ocorre que, em alguns casos, é possível penhorar uma porcentagem dos salários • Crédito trabalhista também entra nesse conceito • ATENÇÃO: Não se aplica ao pagamento de qualquer espécie de prestação alimentícia!!! (§ 2º do art. 833) o Mesmo havendo embargos ou impugnação com efeito suspensivo, poderá ser feito o levantamento da quantia o Não se poderá ultrapassar 50% dos ganhos líquidos do salário • ATENÇÃO 2: O que ultrapassar 50 salários mínimos, poderá ser penhorado (§ 2º do art. 833) § Bens necessários ao exercício a profissão (V) • Aplica-se à MEI (AgRgResp 1.381.709) • Pode-se penhorar o estabelecimento comercial (imóvel) – Súmula 451/STJ • Exceção (§3º) : Dívida trabalhista, alimentar ou previdenciária, além de divida relativa ao próprio bem (lógica do § 1º) § Seguro de vida (VI) § Materiais de obra, exceto quando o próprio objeto obra é penhorada (VII) § Pequena propriedade rural (VIII) • Basta que 1. O imóvel seja enquadrado como pequena propriedade rural + 2. Seja trabalhado pela família (Info 616) § Recursos públicos aplicados à educação, saúde ou assistência social por entidades privadas (OS e OSCIP) – (IX) § Fundo partidário (XI) § Caderneta de poupança em até 40 salários mínimos • Demais fundos de rendimento: NÃO (AgRg Aresp 382.316) • Várias poupanças: Valor global, ou seja, não importa ter várias poupanças (Resp 1.234.123) • ATENÇÃO - Poupança de natureza mista, ou seja, que há muita movimentação – perde-se a impenhorabilidade! HÁ DESVIRTUALIDADE DA POUPANÇA • Vide súmula 328 do STJ – Não há impenhorabilidade na execução contra o banco! Visto que o contrato do correntista com o banco é depósito irregular, onde há transferência de propriedade. § Valor da venda de imóveis para incorporação (XII), pois é um patrimônio de afetação, ou seja, direcionado à finalidade de construção de um imóvel na planta, NÃO podendo ser penhorado para pagamento de dívidas genéricas da construtora. § Lei 8.009/90 – Além de outras matérias, trata do regime de impenhorabilidade do bem de família • ALÉM DO CONTEÚDO: ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL SOBRE IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMIÍLIA: o Súm. 486 do STJ: Impossibilidade de penhora o ÚNICO bem do devedor que tenha locado o seu imóvel e convertido a renda em outra moradia. § Estende-se ao único imóvel COMERCIAL (Info 591) o Súm. 549 do STJ: É válida a penhora do bem de família do fiador do contrato de locação; § Note, que o LOCATÁRIO não poderá ter seu bem penhorado, mas o FIADOR poderá; § Fundamentação do STJ: Tornaria ilógica a fiança e seriam requeridas mais garantias do Locatário. § Essa súmula não é aplicada quando a fiança é para locação COMERCIAL – RE 605709/SP – Info 906 do STF o Súm. 364 do STJ: Abrange os imóveis de pessoas solteiras, separadas e viúvas; o Súm. 205 do STJ: A impenhorabilidade do bem de família é aplicada para penhoras realizadas antes da vigência da lei 8.009/90, pois as normas processuais são aplicadas de imediato; o REsp 1595832/SC– Bem de família não pode ser dado em garantia (renúncia à impenhorabilidade), pois é princípio de ordem pública, no entanto, essa impenhorabilidade não significa inalienabilidade, ou seja, pode o proprietário vender o bem. Ocorre que, se o fizer de modo abusivo (p.ex.: para fraudar a execução – Resp 1575243/DF), afastar-se-á a impenhorabilidade concedida pela lei. o REsp 143484/RS – Condôminos podem responder pela dívida do condomínio, podendo inclusive haver penhora do apartamento que é bem de família; o AgInt no REsp 1.505.028/SP – Imóveis de alto valor (luxo) não estão excluídos, por conta do alto valor, da impenhorabilidade do bem de família; o REsp 1688721/DF – É possível a penhora do bem de família para pagamento de dívidas oriundas de despesas condominiais do próprio bem o AREso 665.233/SC – Não se pode alegar a impenhorabilidade de um bem hipotecado quando a dívida garantida se reverteu em proveito da entidade familiar o AGint no REsp 1619189/SP – O bem de família pode ser penhorado para pagamento de pensão alimentícia (família ou decorrente de ato ilícito) ou para pagamento de indenização por ato ilícito que seja reconhecido como crime na esfera penal (AgInt no REsp – 619189/SP) o AgRg no REsp 1349180/SP - Qualquer integrante da entidade familiar é parte legítima para opor a impenhorabilidade o ASPECTOS GERAIS SOBRE A IMPENHORABILIDADE § É possível a realização de um negócio jurídico processual de pacto de impenhorabilidade, ou seja, as partes podem CRIAR NOVAS HIPÓTESES DE IMPENHORABILIDADE OU RENUNCIAR ESSE DIREITO (CUIDADO! A proteção do bem de família é princípio de ordem pública) – Enunciado 19 do FPPC; § A impenhorabilidade pode ser reconhecida de ofício (STJ, Ag. 47.251), mas está submetida à preclusão* (EAResp 223.196/2013), salvo o bem de família! • *Nem toda matéria de ordem pública/que possa ser conhecida de ofício não estão sujeitas à ausência de preclusão, v.g. § 3º do art. 63; o IMPENHORABILIDADE RELATIVA (art. 834): Frutos e rendimentos de bens inalienáveis (art. 825, III); § Será possível quando não houver outros bens a serem penhorados; § O bem não sai da propriedade do Executado; § Ex.: Bem de família VOLUNTÁRIO que é alugado; Ex2.: Frutos da pequena propriedade rural; § Necessidade de nomear um administrador-depositário. A nomeação de administrador ocorre: • Penhora de faturamento = Apenas do faturamento da empresa • Penhora de empresa = DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL • Apropriação de rendimentos – art. 867 o ORDEM DE PENHORA (art. 835) § Segue a lógica de MAIOR LIQUIDEZ dos bens; § A ordem do art. 835 não é absoluta, ou seja, eventual inobservância à ordem não gera nulidade; • Ex.: Em tese, um veículo tem mais liquidez que um imóvel, no entanto, em determinado caso concreto, pode ser mais útil penhorar um imóvel com boa localização ao invés de penhorar uma limousine § 1º: DINHEIRO em espécie/depósito/aplicação PENHORA AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO • A penhora em dinheiro possui ordem de preferência de caráter ABSOLUTO, conforme § 1º do art. 835 o Com essa interpretação literal, a súmula 417/STJ perdeu os seus efeitos. • Não há a fase de expropriação liquidação • BACENJUD – Bloqueio da quantia por ordem judicial≠ penhora o O juiz não faz mais um requerimento ao gerente do banco, mas realiza o bloqueio • O Exequente REQUER e o juiz ORDENA O BLOQUEIO sem dar ciência prévia ao Executado (art. 854) o NÃO PODE OCORRER DE OFÍCIO!!! o O que o juiz ordena NÃO É A PENHORA! MAS SIM A INDISPONIBILIDADE, que possui natureza cautelar e precede aquela, que possui natureza executiva. o O juiz determinará, em 24h, o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, que deverá ser cumprida em 24h o O Executado será intimado e, no prazo de 5 dias, provar eventual impenhorabilidade ou indisponibilidade excessiva remanescente (mini- impugnação, pois a cognição é LIMITADA à indisponibilidade) o ATENÇÃO! A alegação de fruto de trabalho só vale se esse for indisponibilizado no mesmo mês, pois, ocorrendo a “virada” de mês, perde a natureza de salario e se torna investimento. o REJEITADA OU NÃO APRESENTADA manifestação, CONVERSÃO EM PENHORA o A indisponibilidade por BACENJUD por não pode acontecer antes da citação da Execução autônoma, conforme entendimento majoritário (HÁ DIVERGÊNCIA) • O Executado pode substituir a penhora em dinheiro por fiança bancária OU seguro garantia judicial (§2º do art. 835) – Direito Subjetivo do Executado § 2º Títulos da dívida pública e 3º valores mobiliários com cotação § 4º veículos de via terrestre e 5º bens imóveis § 6º bens móveis em geral e 7º semoventes (cavalos, gado...) § 8º Navios e aeronaves § 9º ações e quotas da sociedade (novidade no CPC) • LTDA – sociedade com intuito personae, é possível! • De acordo com o art. 861 do CPC: o 1º, os sócios podem adquirir as cotas penhoradas (direito de preferência), visando manter a integridade da sociedade; o Para evitar a liquidação, a sociedade adquire as cotas – 2º cotas de tesouraria, não reduzindo o capital social; o Caso os sócios não queiram e não seja feita a aquisição pela sociedade, ocorrerá a 3º liquidação § Não se aplica à SA de capital aberto!; o Por fim, 4º poderá ser feito o leilão; § 10º percentual do faturamento da empresa devedora • ≠ da penhora da empresa, pois no caso do inciso X, não será realizada a penhora da empresa, mas do percentual mensal (que poderá oscilar), que será administrada por um 3º enquanto durar a execução; • É possível desde que (AgRg no AResp 518.189/SP): o Inexistam outros bens passíveis de garantia à execução OU sejam difíceis de alienação (SUBSIDIARIEDADE) – VIDE ART. 866, caput) o Seja nomeado um administrador (§2º do art. 866); o O percentual fixado não torne inviável o funcionamento da empresa (§ 1º do art. 866); § 11º Pedras e metais preciosos e 12º Direito aquisitivo de promessa de compra e venda e alienação fiduciária de garantia • No caso do XII, p.ex., o carro não será penhorado, mas sim o direito de adquirir um carro financiado; § 13º Penhora de outros direitos • NORMA DE ENCERRAMENTO, ou seja, rol exemplificativo; Ex.: • A penhora da empresa inclui-se nessa hipótese, quando também é nomeado um administrador até a total alienação da empresa; • Penhora de precatório; o Precatório não é dinheiro, portanto, pode ser recusada a sua substituição por bem penhorado (Súm. 406/STJ) § OU SEJA, TUDO pode ser penhorado! Desde que não esteja nos artigos 833/inalienáveis; o EXECUÇÃO DE CRÉDITO COM GARANTIA REAL E A PREFERÊNCIA DA PENHORA SOBRE O BEM DADO EM GARANTIA § Prevista no §3º do art. 835, que diz que a penhora recairá sobre um bem dado em garantia; § A responsabilidade patrimonial do terceiro que dá a garantia real está no limite do valor do bem, portanto, se o terceiro dá um bem em garantia, a penhora recairá somente sobre esse bem do patrimônio do terceiro e eventual valor remanescente deverá recair sobre o patrimônio do Executado ≠ fiança; o NÃO ocorrerá penhora quando todo o produto dessa recair sobre um valor que será absorvido somente pelas custas, ou seja, a penhora deverá ser ÚTIL (princípio da utilidade) à execução – art. 836; o Os bens não penhoráveis encontrados pelo Oficial de Justiça serão descriminados em certidão, tornando-se o Executado o depositário até posterior decisão do juiz (§§ 1º e 2º do art. 836); § Isso, pois, pode-se entender que determinado bem é penhorável, p.ex.: Determinada televisão; relógios... o PENHORA POR MEIO ELETRÔNICO § Plenamente possível, conforme preceitua o art. 837, podendo ser de dinheiro (BACENJUD); de veiculo (RENAJUD); imóvel (INFOJUD); o A penhora é feita por: § Auto: Pelo oficial de justiça ou Termo: Pelo escrivão do juízo (art. 838) • Conterá: o Data da penhora e local em que foi realizada o Dados do Exequente e Executado o Descrição dos bens penhorados o Nomeação do depositário (art. 840) § Se dinheiro: CEF ou BB § Se bens moveis ou imóveis: depositário • Depositário pode se recusar a ser depositário, por se tratar de um múnus público • O depositário pode ser qualquer das partes, a instituição financeira ou um terceiro nomeado; o Eventual inobservância dos requisitos do termo/auto de penhora é passível de nulidade RELATIVA; o APERFEIÇOAMENTO DA PENHORA § A penhora será considerada FEITA quando houver a apreensão e o depósito dos bens; § Em regra, lavra-se apenas um auto de penhora, caso haja mais de uma penhora, será necessário outro auto de penhora; § O DIREITO DE PREFÊNCIA DA PENHORA valerá a partir da apreensão e depósito do bem, independente de quando for apresentado o auto ao juízo! • A penhora ocorre NO LOCAL onde está o bem (art. 845) § CUIDADO! A penhora de bem imóvel ocorrerá com a LAVRATURA DO TERMO, pois não há possibilidade de apreender e depositar (§ 1º do art. 845) § Formalizada a penhora, o Executado será INTIMADO para se manifestar sobre eventual defeito da penhora (Por meio de impugnação ou embargos à execução) o REGIME DE BENS E PENHORA § Em regra, o cônjuge ou companheiro do Executado deverá ser intimado quando a penhora recair sobre imóvel ou direito real sobre imóvel, com exceção dos casados em SEPARAÇÃO ABOSLUTA (art. 842), pois os patrimônios não se confundem na separação absoluta; • Vide art. 790. IV, CPC • Possibilidade de o cônjuge opor embargos à execução E embargos de terceiro, pois esse irá defender a parte da meação do cônjuge (alegando eventual ilicitude, p.ex.), enquanto aquele vai visar atingir a relação processual/material do título executivo; o Vide S. 134 do STJ • ATENÇÃO! A copropriedade não se dá unicamente pelo casamento, assim, em eventual copropriedade, a penhora de bem indivisível recai sobre a QUOTA- PARTE do bem; o Poderá ser feita a alienação de bem em que haja copropriedade em que um coproprietário seja alheio à execução, desde que esse receba sua quota-parte pelo produto da alienação. Se o bem for indivisível, o coproprietário alheio à execução deverá receber, PELO MENOS, 50% da avaliação; Por tanto, o bem não poderá ser alienado se não cumprir esse requisito (Vide info 655 do STJ; o Vide art. 843, § 2º § Presunção de COMUNICABILIDADE da dívida, ou seja, o cônjuge do Executado deve provar que não deve ser afetado pela execução • Ex.: REsp 874.273/RS O cônjuge do Executado prova que a dívida contraída não foi convertida em beneficio da entidade familiar – ÔNUS DA PROVA DE FATO NEGATIVO; § O coproprietário terá direito de preferência na aquisição do bem (§1º do art. 843) o EVITAR FRAUDE À EXECUÇÃO COM PENHORA/ARRESTO § Após a penhora/arresto, o Exequente deverá realizar a averbação no Registro competente (CRI/DETRAN, p.ex.) com a finalidade de presunção absoluta de conhecimento de terceiros sobre a penhora, INDEPENDENTE DE MANDADO JUDICIAL – Vide art. 844. CPC § Finalidade de PUBLICIZAR a penhora, não constituí-la; o MODIFICAÇÃO (qualitativa) DA PENHORA § O Executado pode modificar a penhora no prazode 10 dias da intimação dela – PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE DA EXECUÇÃO; • Se houver solicitação de modificação de um bem MENOS líquido por um MAIS líquido, não há necessidade de respeitar o prazo de 10 dias (não há preclusão), pois essa alteração irá beneficiar a Execução; • Ou seja, NÃO HAVERÁ PRECLUSÃO, quando a modificação for para bem de classe superior -vide Art. 848, CPC! § No caso do art. 847 busca-se mudar a CLASSE do bem, desde que prove ser menos oneroso ao Executado e não cause dano ao Exequente; • Ex.: Escolher que o carro X substitua o carro Y; • Por modificação de penhora de mesma classe – HÁ PRECLUSÃO § Modificação de para classe inferior, pode ser feita a qualquer momento (NÃO HÁ PRECLUSÃO), desde que o Exequente aceite. • ATENÇÃO! Onde há somente cônjuge no § 4º do art. 847, leia-se CÔNJUGE e COMPANHEIRO – vide art. 790, IV § Se houver requerimento de modificação, a parte contrária deverá se manifestar no prazo de 3 dias (art. 853) § Possibilidade de requerer a substituição da penhora (art. 848): • Não respeitar a ordem legal; • Não incidir sobre os bens designados; • Não penhorados os bens do foro da execução; • Não penhorando bens livres, mas recair sobre bens já penhorados; • Quando recair sobre bens de baixa liquidez; • Quando a alienação fracassar; • Quando o Executado não indica valor ou omite informações; • Quando o Executado quiser substituir por FIANÇA BANCÁRIA ou SEGURO GARANTIA + 30% o ART. 835, § 2º = art. 848 do CPC - Equiparam-se a dinheiro § Havendo modificação – LAVRADO NOVO TERMO DE PENHORA, tendo em vista tratar de uma nova penhora (art. 849) o MODIFICAÇÃO (quantitativa) DA PENHORA § Poderá ocorrer redução ou ampliação da penhora se houver modificação do valor de mercado NO CURSO DO PROCESSO (art. 850), inclusive DE OFÍCIO; • CUIDADO! ≠ do art. 847, tendo em vista que o art. 850 trata da alteração do valor do bem por conta do MERCADO no CURSO DO PROCESSO (o bem ATENDIA a execução), enquanto aquele trata da alteração do valor do bem por inequívoco erro de avaliação (o bem, a priori, não atendia a execução); o SEGUNDA PENHORA § Em regra, não ocorrerá, somente se 1. A primeira for ANULADA; 2. O produto da primeira NÃO FOR SUFICIENTE; 3. O Exequente DESISTIR da primeira, por conta de litígio sobre o bem penhorado – art. 851 – rol taxativo; • É possível novos Embargos á Execução para atingir aspectos FORMAIS (REsp 12.032/RS) o ALIENAÇÃO ANTECIPADA DOS BENS PENHORADOS § O Juiz poderá, DE OFÍCIO, determinar a alienação antecipada visando evitar depreciação ou deterioração do bem (carro, metais preciosos, p.ex., além de ser possível quando as partes manifestarem essa vontade (art. 852) o Eventual decisão proferida no processo de execução poderá ser atacada por Agravo de Instrumento (art. 1.015, parágrafo único); o PENHORAS EM ESPÉCIES (art. 854 – 869) § Dinheiro § Crédito § Quotas/ações § Empresa – Nomeação de administrador com plano de pagamento § Percentual de faturamento de empresa - Nomeação de administrador com plano de pagamento § Frutos de coisa móvel/imóvel - Nomeação de administrador com plano de pagamento • AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO o Ato sempre necessário ao prosseguimento da expropriação, pois, a alienação pressupõe uma avaliação anterior; o Será feita, em regra, pelo Oficial de Justiça (art. 870), mas não só por ele § É possível que a avaliação seja feita pelas partes, desde que não haja indícios de má-fé; § Pode ser feita pelo Executado (art. 847, §1º, V c/c 848, VII); § Outro servidor com capacidade para fazer a avaliação (STJ, MC 15.976/PR); § Perito, quando houver necessidade de um conhecimento técnico específico (parágrafo único do art. 870) o Não é possível assistente técnico na avaliação! o O juiz NÃO ESTÁ VINCULADO à avaliação do OJ; o A avaliação pode ser impugnada pelas partes; o Hipóteses de DISPENSA DA AVALIAÇÃO JUDICIAL (art. 870): § Uma das partes aceita a estimativa feita pela parte contrária; • Caso a parte contrária incorra em omissão: PRECLUSÃO • O juiz pode requerer a avalição judicial caso haja dúvida quando ao valor do bem (parágrafo único do art. 871) § Títulos/mercadorias com cotação em bolsa; § Veículos automotores o A avaliação terá dados descritivos do bem e seu atual estado; o É possível realizar o desmembramento de um imóvel, para que seja expropriado uma parte dele (§§ 1º e 2º do art. 870) o Possibilidade de NOVA avaliação (art. 873) § Quando a parte requerer de modo fundamentado com base em erro do avaliador; § Posterior modificação do valor do bem; § Fundada dúvida do Juiz; o REDUÇÃO E AMPLIAÇÃO DA PENHORA § Só pode ocorrer APÓS a avaliação (art. 874) § Independe da alteração do valor do bem no curso do processo, pois há incompatibilidade do objeto da penhora com a execução (penhora é pequena ou grande se comparada com o crédito do Exequente) § As partes podem, respeitando-se o contraditório, requerer o aumento ou a diminuição da penhora, caso essa seja inferior ou superior ao crédito da execução; § A substituição/reforço da penhora NÃO PODE SER REALIZADA DE OFÍCIO, mesmo quando há uma recusa do juiz pela avaliação. § Redução ou ampliação pode ser feito por SIMPLES PETIÇÃO, pois não se trata de avaliação/penhora errônea, que deve ser tratada em Embargos à Execução; o APÓS A AVALIAÇÃO, O JUIZ PASSARÁ À FASE DE EXPROPRIAÇÃO (art. 875, CPC) • EXPROPRIAÇÃO – ART. 876 e ss. o Pode ocorrer de 3 formas (art. 825): § Adjudicação (meio preferencial de expropriação) § Alienação § Apropriação de frutos e rendimentos APROPRIAÇÃO DE FRUTOS E RENDIMENTOS PENHORA AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO ADJUDICAÇÃO ALIENAÇÃO APROPRIAÇÃO DE FRUTOS E RENDIMENTOS INICIATIVA PARTICULAR LEILÃO
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