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AULA 30 03 - PENHORA E AVALIAÇÃO

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
 
• EXECUÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA 
 
 
 
 
 
 
 
(...) 
 
• PENHORA -Art. 831 
 
o Deve recair sobre o patrimônio do Executado, que seja SUFICIENTE 
para a satisfação do crédito do Exequente; 
o ANTES DA PENHORA: Todos os bens servem de garantia da 
Execução; 
o DEPOIS DA PENHORA: Há concentração da Execução, sendo os 
bens penhorados vinculados à Execução; 
o Art. 832 – Bens IMPENHORÁVEIS e INALIENÁVEIS não podem ser 
objeto de penhora; 
§ A lei vai determinar ou um ato volitivo (vontade das partes); 
• Ex.: Bem de família (art. 1.711, CC/02) ou um bem 
deixado de herança em testamento com clausula de 
inalienabilidade; 
• Obs.: Bens incomunicáveis também não entram na 
penhorabilidade em eventual execução contra um 
cônjuge executado (art. 1.668, CC/02) 
 
o IMPENHORABILIDADE (Art. 833 – rol, em tese, de 
impenhorabilidade absoluta – exceção: §§ do art. 833): 
POSTULATÓRIA APREENSÃO AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO SATISFAÇÃO 
§ Bens públicos e os particulares declarados por ato voluntario 
(I) 
• REsp 1.070.735/2008 – BENS DE CONCESSIONÁRIAS (seja SEM 
ou EP) DE SERVIÇO PÚBLICO NÃO PODEM ser penhorados, 
desde que esses bens sejam afetados à finalidade pública – 
principio da continuidade do serviço público; 
§ Bens e pertences pessoais do Executado (II) 
§ Vestuários e bens de uso pessoal (III) 
§ Fruto do trabalho, ou seja, salários de modo geral - até 
aposentadoria entra – (IV) 
• Inclui-se TODOS os tipos de honorários, mesmo 
aqueles direcionados à sociedade de adv (Resp 
566.190), sucumbencial ou contratual 
• Ocorre que, em alguns casos, é possível penhorar uma 
porcentagem dos salários 
• Crédito trabalhista também entra nesse conceito 
• ATENÇÃO: Não se aplica ao pagamento de qualquer 
espécie de prestação alimentícia!!! (§ 2º do art. 833) 
o Mesmo havendo embargos ou impugnação com efeito 
suspensivo, poderá ser feito o levantamento da quantia 
o Não se poderá ultrapassar 50% dos ganhos líquidos do 
salário 
• ATENÇÃO 2: O que ultrapassar 50 salários mínimos, 
poderá ser penhorado (§ 2º do art. 833) 
§ Bens necessários ao exercício a profissão (V) 
• Aplica-se à MEI (AgRgResp 1.381.709) 
• Pode-se penhorar o estabelecimento comercial (imóvel) 
– Súmula 451/STJ 
• Exceção (§3º) : Dívida trabalhista, alimentar ou 
previdenciária, além de divida relativa ao próprio bem 
(lógica do § 1º) 
§ Seguro de vida (VI) 
§ Materiais de obra, exceto quando o próprio objeto obra é 
penhorada (VII) 
§ Pequena propriedade rural (VIII) 
• Basta que 1. O imóvel seja enquadrado como pequena 
propriedade rural + 2. Seja trabalhado pela família (Info 
616) 
§ Recursos públicos aplicados à educação, saúde ou 
assistência social por entidades privadas (OS e OSCIP) – 
(IX) 
§ Fundo partidário (XI) 
§ Caderneta de poupança em até 40 salários mínimos 
• Demais fundos de rendimento: NÃO (AgRg Aresp 
382.316) 
• Várias poupanças: Valor global, ou seja, não importa ter 
várias poupanças (Resp 1.234.123) 
• ATENÇÃO - Poupança de natureza mista, ou seja, que 
há muita movimentação – perde-se a impenhorabilidade! 
HÁ DESVIRTUALIDADE DA POUPANÇA 
• Vide súmula 328 do STJ – Não há impenhorabilidade na 
execução contra o banco! Visto que o contrato do 
correntista com o banco é depósito irregular, onde há 
transferência de propriedade. 
§ Valor da venda de imóveis para incorporação (XII), pois é 
um patrimônio de afetação, ou seja, direcionado à finalidade de 
construção de um imóvel na planta, NÃO podendo ser 
penhorado para pagamento de dívidas genéricas da 
construtora. 
 
§ Lei 8.009/90 – Além de outras matérias, trata do regime de 
impenhorabilidade do bem de família 
 
• ALÉM DO CONTEÚDO: ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL 
SOBRE IMPENHORABILIDADE DO BEM DE FAMIÍLIA: 
o Súm. 486 do STJ: Impossibilidade de penhora o ÚNICO 
bem do devedor que tenha locado o seu imóvel e 
convertido a renda em outra moradia. 
§ Estende-se ao único imóvel COMERCIAL (Info 
591) 
o Súm. 549 do STJ: É válida a penhora do bem de família 
do fiador do contrato de locação; 
§ Note, que o LOCATÁRIO não poderá ter seu 
bem penhorado, mas o FIADOR poderá; 
§ Fundamentação do STJ: Tornaria ilógica a 
fiança e seriam requeridas mais garantias do 
Locatário. 
§ Essa súmula não é aplicada quando a fiança é 
para locação COMERCIAL – RE 605709/SP – 
Info 906 do STF 
o Súm. 364 do STJ: Abrange os imóveis de pessoas 
solteiras, separadas e viúvas; 
o Súm. 205 do STJ: A impenhorabilidade do bem de 
família é aplicada para penhoras realizadas antes da 
vigência da lei 8.009/90, pois as normas processuais 
são aplicadas de imediato; 
o REsp 1595832/SC– Bem de família não pode ser dado em 
garantia (renúncia à impenhorabilidade), pois é princípio de 
ordem pública, no entanto, essa impenhorabilidade não 
significa inalienabilidade, ou seja, pode o proprietário vender 
o bem. Ocorre que, se o fizer de modo abusivo (p.ex.: para 
fraudar a execução – Resp 1575243/DF), afastar-se-á a 
impenhorabilidade concedida pela lei. 
o REsp 143484/RS – Condôminos podem responder pela dívida 
do condomínio, podendo inclusive haver penhora do 
apartamento que é bem de família; 
o AgInt no REsp 1.505.028/SP – Imóveis de alto valor (luxo) não 
estão excluídos, por conta do alto valor, da impenhorabilidade 
do bem de família; 
o REsp 1688721/DF – É possível a penhora do bem de família 
para pagamento de dívidas oriundas de despesas 
condominiais do próprio bem 
o AREso 665.233/SC – Não se pode alegar a impenhorabilidade 
de um bem hipotecado quando a dívida garantida se reverteu 
em proveito da entidade familiar 
o AGint no REsp 1619189/SP – O bem de família pode ser 
penhorado para pagamento de pensão alimentícia (família ou 
decorrente de ato ilícito) ou para pagamento de indenização 
por ato ilícito que seja reconhecido como crime na esfera penal 
(AgInt no REsp – 619189/SP) 
o AgRg no REsp 1349180/SP - Qualquer integrante da entidade 
familiar é parte legítima para opor a impenhorabilidade 
 
o ASPECTOS GERAIS SOBRE A IMPENHORABILIDADE 
 
§ É possível a realização de um negócio jurídico processual 
de pacto de impenhorabilidade, ou seja, as partes podem 
CRIAR NOVAS HIPÓTESES DE IMPENHORABILIDADE OU 
RENUNCIAR ESSE DIREITO (CUIDADO! A proteção do bem 
de família é princípio de ordem pública) – Enunciado 19 do 
FPPC; 
§ A impenhorabilidade pode ser reconhecida de ofício (STJ, 
Ag. 47.251), mas está submetida à preclusão* (EAResp 
223.196/2013), salvo o bem de família! 
• *Nem toda matéria de ordem pública/que possa ser 
conhecida de ofício não estão sujeitas à ausência de 
preclusão, v.g. § 3º do art. 63; 
 
o IMPENHORABILIDADE RELATIVA (art. 834): Frutos e rendimentos 
de bens inalienáveis (art. 825, III); 
§ Será possível quando não houver outros bens a serem 
penhorados; 
§ O bem não sai da propriedade do Executado; 
§ Ex.: Bem de família VOLUNTÁRIO que é alugado; Ex2.: Frutos 
da pequena propriedade rural; 
§ Necessidade de nomear um administrador-depositário. A 
nomeação de administrador ocorre: 
• Penhora de faturamento = Apenas do faturamento da 
empresa 
• Penhora de empresa = DO ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL 
• Apropriação de rendimentos – art. 867 
 
 
 
 
 
 
 
 
o ORDEM DE PENHORA (art. 835) 
 
§ Segue a lógica de MAIOR LIQUIDEZ dos bens; 
§ A ordem do art. 835 não é absoluta, ou seja, eventual 
inobservância à ordem não gera nulidade; 
• Ex.: Em tese, um veículo tem mais liquidez que um 
imóvel, no entanto, em determinado caso concreto, pode 
ser mais útil penhorar um imóvel com boa localização ao 
invés de penhorar uma limousine 
 
§ 1º: DINHEIRO em espécie/depósito/aplicação 
PENHORA AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO 
• A penhora em dinheiro possui ordem de preferência de 
caráter ABSOLUTO, conforme § 1º do art. 835 
o Com essa interpretação literal, a súmula 417/STJ 
perdeu os seus efeitos. 
• Não há a fase de expropriação liquidação 
• BACENJUD – Bloqueio da quantia por ordem judicial≠ 
penhora 
o O juiz não faz mais um requerimento ao gerente 
do banco, mas realiza o bloqueio 
• O Exequente REQUER e o juiz ORDENA O BLOQUEIO 
sem dar ciência prévia ao Executado (art. 854) 
o NÃO PODE OCORRER DE OFÍCIO!!! 
o O que o juiz ordena NÃO É A PENHORA! MAS 
SIM A INDISPONIBILIDADE, que possui natureza 
cautelar e precede aquela, que possui natureza 
executiva. 
o O juiz determinará, em 24h, o cancelamento de 
eventual indisponibilidade excessiva, que deverá 
ser cumprida em 24h 
o O Executado será intimado e, no prazo de 5 dias, 
provar eventual impenhorabilidade ou 
indisponibilidade excessiva remanescente (mini-
impugnação, pois a cognição é LIMITADA à 
indisponibilidade) 
o ATENÇÃO! A alegação de fruto de trabalho só 
vale se esse for indisponibilizado no mesmo mês, 
pois, ocorrendo a “virada” de mês, perde a 
natureza de salario e se torna investimento. 
o REJEITADA OU NÃO APRESENTADA 
manifestação, CONVERSÃO EM PENHORA 
o A indisponibilidade por BACENJUD por não pode 
acontecer antes da citação da Execução 
autônoma, conforme entendimento majoritário 
(HÁ DIVERGÊNCIA) 
• O Executado pode substituir a penhora em dinheiro por 
fiança bancária OU seguro garantia judicial (§2º do art. 
835) – Direito Subjetivo do Executado 
§ 2º Títulos da dívida pública e 3º valores mobiliários com cotação 
§ 4º veículos de via terrestre e 5º bens imóveis 
§ 6º bens móveis em geral e 7º semoventes (cavalos, gado...) 
§ 8º Navios e aeronaves 
§ 9º ações e quotas da sociedade (novidade no CPC) 
• LTDA – sociedade com intuito personae, é possível! 
• De acordo com o art. 861 do CPC: 
o 1º, os sócios podem adquirir as cotas 
penhoradas (direito de preferência), visando 
manter a integridade da sociedade; 
o Para evitar a liquidação, a sociedade adquire as 
cotas – 2º cotas de tesouraria, não reduzindo o 
capital social; 
o Caso os sócios não queiram e não seja feita a 
aquisição pela sociedade, ocorrerá a 3º 
liquidação 
§ Não se aplica à SA de capital aberto!; 
o Por fim, 4º poderá ser feito o leilão; 
 
§ 10º percentual do faturamento da empresa devedora 
• ≠ da penhora da empresa, pois no caso do inciso X, não 
será realizada a penhora da empresa, mas do percentual 
mensal (que poderá oscilar), que será administrada por 
um 3º enquanto durar a execução; 
• É possível desde que (AgRg no AResp 518.189/SP): 
o Inexistam outros bens passíveis de garantia à 
execução OU sejam difíceis de alienação 
(SUBSIDIARIEDADE) – VIDE ART. 866, caput) 
o Seja nomeado um administrador (§2º do art. 866); 
o O percentual fixado não torne inviável o 
funcionamento da empresa (§ 1º do art. 866); 
 
§ 11º Pedras e metais preciosos e 12º Direito aquisitivo de 
promessa de compra e venda e alienação fiduciária de garantia 
• No caso do XII, p.ex., o carro não será penhorado, mas 
sim o direito de adquirir um carro financiado; 
 
§ 13º Penhora de outros direitos 
• NORMA DE ENCERRAMENTO, ou seja, rol 
exemplificativo; Ex.: 
• A penhora da empresa inclui-se nessa hipótese, quando 
também é nomeado um administrador até a total 
alienação da empresa; 
• Penhora de precatório; 
o Precatório não é dinheiro, portanto, pode ser 
recusada a sua substituição por bem penhorado 
(Súm. 406/STJ) 
 
§ OU SEJA, TUDO pode ser penhorado! Desde que não esteja 
nos artigos 833/inalienáveis; 
 
o EXECUÇÃO DE CRÉDITO COM GARANTIA REAL E A 
PREFERÊNCIA DA PENHORA SOBRE O BEM DADO EM 
GARANTIA 
 
§ Prevista no §3º do art. 835, que diz que a penhora recairá sobre 
um bem dado em garantia; 
§ A responsabilidade patrimonial do terceiro que dá a garantia 
real está no limite do valor do bem, portanto, se o terceiro dá 
um bem em garantia, a penhora recairá somente sobre esse 
bem do patrimônio do terceiro e eventual valor remanescente 
deverá recair sobre o patrimônio do Executado ≠ fiança; 
 
o NÃO ocorrerá penhora quando todo o produto dessa recair sobre um 
valor que será absorvido somente pelas custas, ou seja, a penhora 
deverá ser ÚTIL (princípio da utilidade) à execução – art. 836; 
o Os bens não penhoráveis encontrados pelo Oficial de Justiça serão 
descriminados em certidão, tornando-se o Executado o depositário até 
posterior decisão do juiz (§§ 1º e 2º do art. 836); 
§ Isso, pois, pode-se entender que determinado bem é 
penhorável, p.ex.: Determinada televisão; relógios... 
 
o PENHORA POR MEIO ELETRÔNICO 
§ Plenamente possível, conforme preceitua o art. 837, podendo 
ser de dinheiro (BACENJUD); de veiculo (RENAJUD); imóvel 
(INFOJUD); 
 
o A penhora é feita por: 
§ Auto: Pelo oficial de justiça ou Termo: Pelo escrivão do 
juízo (art. 838) 
• Conterá: 
o Data da penhora e local em que foi realizada 
o Dados do Exequente e Executado 
o Descrição dos bens penhorados 
o Nomeação do depositário (art. 840) 
§ Se dinheiro: CEF ou BB 
§ Se bens moveis ou imóveis: depositário 
• Depositário pode se recusar a ser 
depositário, por se tratar de um 
múnus público 
• O depositário pode ser qualquer das 
partes, a instituição financeira ou 
um terceiro nomeado; 
o Eventual inobservância dos requisitos do 
termo/auto de penhora é passível de nulidade 
RELATIVA; 
 
o APERFEIÇOAMENTO DA PENHORA 
 
§ A penhora será considerada FEITA quando houver a apreensão 
e o depósito dos bens; 
§ Em regra, lavra-se apenas um auto de penhora, caso haja mais 
de uma penhora, será necessário outro auto de penhora; 
§ O DIREITO DE PREFÊNCIA DA PENHORA valerá a partir da 
apreensão e depósito do bem, independente de quando for 
apresentado o auto ao juízo! 
• A penhora ocorre NO LOCAL onde está o bem (art. 845) 
§ CUIDADO! A penhora de bem imóvel ocorrerá com a 
LAVRATURA DO TERMO, pois não há possibilidade de 
apreender e depositar (§ 1º do art. 845) 
§ Formalizada a penhora, o Executado será INTIMADO para se 
manifestar sobre eventual defeito da penhora (Por meio de 
impugnação ou embargos à execução) 
 
o REGIME DE BENS E PENHORA 
 
§ Em regra, o cônjuge ou companheiro do Executado deverá ser 
intimado quando a penhora recair sobre imóvel ou direito real 
sobre imóvel, com exceção dos casados em SEPARAÇÃO 
ABOSLUTA (art. 842), pois os patrimônios não se confundem 
na separação absoluta; 
 
• Vide art. 790. IV, CPC 
• Possibilidade de o cônjuge opor embargos à execução 
E embargos de terceiro, pois esse irá defender a parte 
da meação do cônjuge (alegando eventual ilicitude, 
p.ex.), enquanto aquele vai visar atingir a relação 
processual/material do título executivo; 
o Vide S. 134 do STJ 
• ATENÇÃO! A copropriedade não se dá unicamente pelo 
casamento, assim, em eventual copropriedade, a 
penhora de bem indivisível recai sobre a QUOTA-
PARTE do bem; 
o Poderá ser feita a alienação de bem em que haja 
copropriedade em que um coproprietário seja 
alheio à execução, desde que esse receba sua 
quota-parte pelo produto da alienação. Se o bem 
for indivisível, o coproprietário alheio à execução 
deverá receber, PELO MENOS, 50% da 
avaliação; Por tanto, o bem não poderá ser 
alienado se não cumprir esse requisito (Vide info 
655 do STJ; 
o Vide art. 843, § 2º 
 
§ Presunção de COMUNICABILIDADE da dívida, ou seja, o 
cônjuge do Executado deve provar que não deve ser afetado 
pela execução 
• Ex.: REsp 874.273/RS O cônjuge do Executado prova 
que a dívida contraída não foi convertida em beneficio da 
entidade familiar – ÔNUS DA PROVA DE FATO 
NEGATIVO; 
 
§ O coproprietário terá direito de preferência na aquisição do bem 
(§1º do art. 843) 
 
o EVITAR FRAUDE À EXECUÇÃO COM PENHORA/ARRESTO 
 
§ Após a penhora/arresto, o Exequente deverá realizar a 
averbação no Registro competente (CRI/DETRAN, p.ex.) com 
a finalidade de presunção absoluta de conhecimento de 
terceiros sobre a penhora, INDEPENDENTE DE MANDADO 
JUDICIAL – Vide art. 844. CPC 
§ Finalidade de PUBLICIZAR a penhora, não constituí-la; 
 
o MODIFICAÇÃO (qualitativa) DA PENHORA 
 
§ O Executado pode modificar a penhora no prazode 10 dias da 
intimação dela – PRINCÍPIO DA MENOR ONEROSIDADE DA 
EXECUÇÃO; 
• Se houver solicitação de modificação de um bem 
MENOS líquido por um MAIS líquido, não há 
necessidade de respeitar o prazo de 10 dias (não há 
preclusão), pois essa alteração irá beneficiar a 
Execução; 
• Ou seja, NÃO HAVERÁ PRECLUSÃO, quando a 
modificação for para bem de classe superior -vide 
Art. 848, CPC! 
§ No caso do art. 847 busca-se mudar a CLASSE do bem, desde 
que prove ser menos oneroso ao Executado e não cause dano 
ao Exequente; 
• Ex.: Escolher que o carro X substitua o carro Y; 
• Por modificação de penhora de mesma classe – HÁ 
PRECLUSÃO 
§ Modificação de para classe inferior, pode ser feita a qualquer 
momento (NÃO HÁ PRECLUSÃO), desde que o Exequente 
aceite. 
• ATENÇÃO! Onde há somente cônjuge no § 4º do art. 
847, leia-se CÔNJUGE e COMPANHEIRO – vide art. 
790, IV 
§ Se houver requerimento de modificação, a parte contrária 
deverá se manifestar no prazo de 3 dias (art. 853) 
§ Possibilidade de requerer a substituição da penhora (art. 848): 
• Não respeitar a ordem legal; 
• Não incidir sobre os bens designados; 
• Não penhorados os bens do foro da execução; 
• Não penhorando bens livres, mas recair sobre bens já 
penhorados; 
• Quando recair sobre bens de baixa liquidez; 
• Quando a alienação fracassar; 
• Quando o Executado não indica valor ou omite 
informações; 
• Quando o Executado quiser substituir por FIANÇA 
BANCÁRIA ou SEGURO GARANTIA + 30% 
o ART. 835, § 2º = art. 848 do CPC - Equiparam-se 
a dinheiro 
§ Havendo modificação – LAVRADO NOVO TERMO DE 
PENHORA, tendo em vista tratar de uma nova penhora (art. 
849) 
 
o MODIFICAÇÃO (quantitativa) DA PENHORA 
 
§ Poderá ocorrer redução ou ampliação da penhora se houver 
modificação do valor de mercado NO CURSO DO PROCESSO 
(art. 850), inclusive DE OFÍCIO; 
• CUIDADO! ≠ do art. 847, tendo em vista que o art. 850 
trata da alteração do valor do bem por conta do 
MERCADO no CURSO DO PROCESSO (o bem 
ATENDIA a execução), enquanto aquele trata da 
alteração do valor do bem por inequívoco erro de 
avaliação (o bem, a priori, não atendia a execução); 
 
o SEGUNDA PENHORA 
 
§ Em regra, não ocorrerá, somente se 1. A primeira for 
ANULADA; 2. O produto da primeira NÃO FOR SUFICIENTE; 
3. O Exequente DESISTIR da primeira, por conta de litígio 
sobre o bem penhorado – art. 851 – rol taxativo; 
• É possível novos Embargos á Execução para atingir 
aspectos FORMAIS (REsp 12.032/RS) 
 
o ALIENAÇÃO ANTECIPADA DOS BENS PENHORADOS 
 
§ O Juiz poderá, DE OFÍCIO, determinar a alienação antecipada 
visando evitar depreciação ou deterioração do bem (carro, 
metais preciosos, p.ex., além de ser possível quando as partes 
manifestarem essa vontade (art. 852) 
 
o Eventual decisão proferida no processo de execução poderá ser 
atacada por Agravo de Instrumento (art. 1.015, parágrafo único); 
 
o PENHORAS EM ESPÉCIES (art. 854 – 869) 
 
§ Dinheiro 
§ Crédito 
§ Quotas/ações 
§ Empresa – Nomeação de administrador com plano de pagamento 
§ Percentual de faturamento de empresa - Nomeação de 
administrador com plano de pagamento 
§ Frutos de coisa móvel/imóvel - Nomeação de administrador com plano 
de pagamento 
 
• AVALIAÇÃO DO BEM PENHORADO 
 
o Ato sempre necessário ao prosseguimento da expropriação, pois, a 
alienação pressupõe uma avaliação anterior; 
o Será feita, em regra, pelo Oficial de Justiça (art. 870), mas não só por 
ele 
§ É possível que a avaliação seja feita pelas partes, desde que 
não haja indícios de má-fé; 
§ Pode ser feita pelo Executado (art. 847, §1º, V c/c 848, VII); 
§ Outro servidor com capacidade para fazer a avaliação (STJ, 
MC 15.976/PR); 
§ Perito, quando houver necessidade de um conhecimento 
técnico específico (parágrafo único do art. 870) 
 
o Não é possível assistente técnico na avaliação! 
o O juiz NÃO ESTÁ VINCULADO à avaliação do OJ; 
o A avaliação pode ser impugnada pelas partes; 
o Hipóteses de DISPENSA DA AVALIAÇÃO JUDICIAL (art. 870): 
§ Uma das partes aceita a estimativa feita pela parte contrária; 
• Caso a parte contrária incorra em omissão: 
PRECLUSÃO 
• O juiz pode requerer a avalição judicial caso haja dúvida 
quando ao valor do bem (parágrafo único do art. 871) 
§ Títulos/mercadorias com cotação em bolsa; 
§ Veículos automotores 
o A avaliação terá dados descritivos do bem e seu atual estado; 
o É possível realizar o desmembramento de um imóvel, para que seja 
expropriado uma parte dele (§§ 1º e 2º do art. 870) 
o Possibilidade de NOVA avaliação (art. 873) 
§ Quando a parte requerer de modo fundamentado com base em 
erro do avaliador; 
§ Posterior modificação do valor do bem; 
§ Fundada dúvida do Juiz; 
 
o REDUÇÃO E AMPLIAÇÃO DA PENHORA 
 
§ Só pode ocorrer APÓS a avaliação (art. 874) 
§ Independe da alteração do valor do bem no curso do processo, 
pois há incompatibilidade do objeto da penhora com a execução 
(penhora é pequena ou grande se comparada com o crédito do 
Exequente) 
§ As partes podem, respeitando-se o contraditório, requerer o 
aumento ou a diminuição da penhora, caso essa seja inferior 
ou superior ao crédito da execução; 
§ A substituição/reforço da penhora NÃO PODE SER 
REALIZADA DE OFÍCIO, mesmo quando há uma recusa do juiz 
pela avaliação. 
§ Redução ou ampliação pode ser feito por SIMPLES PETIÇÃO, 
pois não se trata de avaliação/penhora errônea, que deve ser 
tratada em Embargos à Execução; 
o APÓS A AVALIAÇÃO, O JUIZ PASSARÁ À FASE DE 
EXPROPRIAÇÃO (art. 875, CPC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• EXPROPRIAÇÃO – ART. 876 e ss. 
o Pode ocorrer de 3 formas (art. 825): 
§ Adjudicação (meio preferencial de expropriação) 
§ Alienação 
§ Apropriação de frutos e rendimentos 
 
 
 
 
APROPRIAÇÃO DE 
FRUTOS E 
RENDIMENTOS 
PENHORA AVALIAÇÃO EXPROPRIAÇÃO 
ADJUDICAÇÃO 
ALIENAÇÃO 
APROPRIAÇÃO DE 
FRUTOS E 
RENDIMENTOS 
INICIATIVA 
PARTICULAR 
LEILÃO

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