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Reações Pozolânica
As pozolonas são substâncias naturais (rochas vulcânicas submetidas a meteorizarão) ou artificiais (subprodutos industriais) que em contato com hidróxido de cálcio, na presença de umidade, formam compostos estáveis a água e com propriedades aglomerantes. 
O cimento pozolânico, devido a reação pozolana com o hidróxido de cálcio liberado durante a hidratação do C2S e C3S, apresenta uma resistência química maior, pois o hidróxido de cálcio (solúvel) encontra-se combinado na forma de silicato de cálcio (difícil solubilização).
Efeito químico: Reação Pozolânica 
· Substituição do hidróxido de cálcio por CSH
· Redução do pH da solução do poro.
Cimento + H2O – CSH + Ca(OH)2
O calor de hidratação do cimento pozolânico é menor, assim como a temperatura máxima atingida, tornando este cimento muito adequado para a construção de estruturas maciças de concreto, como as construções de barragens, onde a resistência química e o baixo calor de hidratação são importantes. 
Vantagens no emprego das pozolanas na fabricação do cimento pozolânico:
a) Economia no custo do cimento;
b) Maior trabalhabilidade;
c) Menor calor de hidratação;
d) Menor permeabilidade e menor segregação do agregado;
e) Maior estabilidade de volume.
Carbonatação do Cimento
A carbonatação é uma patologia desencadeada a partir de um processo físico-químico entre o gás carbônico (CO2) presente na atmosfera e os compostos da paste de cimento. Este processo acontece quando há a penetração do CO2 dentro dos poros do concreto, assim se diluindo na umidade presente na estrutura e formando o composto ácido carbônico (H2CO3). Este ácido reage com a pasta de cimento hidratado, resultando em carbonato de cálcio (CaCO3) e água, criando-se a carbonatação do concreto.
O carbonato de cálcio não causa o desgaste do concreto, contudo, esse composto consome os álcalis presentes na pasta de cimento, reduzindo seu pH. Isto é, a alteração do pH facilita o desencadeamento da corrosão, pois a alcalinidade mantém o aço do concreto armado protegido.
A carbonatação começa de fora para dentro do concreto, a partir do meio de uma frente carbonata. Quando atinge a profundidade das armaduras, provoca desestabilização (despassivação) da camada passiva protetora, proporcionando, assim, o início da corrosão.
A despassivação das armaduras acontece quando o ácido carbônico Ca(OH)2 reage com o gás carbônico (CO2), formando CaCo3 e água, deste modo, causando a queda do pH para valores inferiores a 9, ou o teor de cloretos ultrapassa o valor crítico, ocorrendo a dissolução da película passiva. 
Como ocorre a carbonatação do concreto?
Para que ocorra a carbonatação, três fatores precisam está dentro do concreto. São eles: umidade, gás carbônico e oxigênio. 
Este processo se inicia quando a água (H2O) entra nos poros do concreto pelas fissuras, dissolvendo o Ca formando a reação Ca(OH)2. O gás carbônico (CO2) entra pelas fissuras no concreto e reage com a água presente, formando o ácido carbônico (H2CO3). O ácido carbônico reage com o Ca(OH)2 formando o CaCo3 (cristais). Desta forma, o consumo do Ca diminui o pH do concreto, deixando o aço exposto à corrosão.
Reações:
H2O + Ca – Ca(OH)2 
CO2 + H2O – H2CO3
H2CO3 + Ca(OH)2 – CACO3
Consequências:
Os primeiros sinais da carbonatação são o aparecimento de manchas brancas na superfície do material, ficando mais evidente quando surgem fissuras na peça e o desplacamento da camada de recobrimento do concreto.
Além da queda do pH do concreto, o processo de carbonatação também pode gerar microfissuras provocadas pela formação de novos produtos que ocasionam o aumento do volume, ou seja, causando modificação da estrutura dos poros e alteração das condições de penetração dos gases envolvidos no processo.
Medidas preventivas:
A carbonatação do concreto se dá através de fissuras na estrutura desse material. Isso ocorre devido à facilidade da entrada de CO2.
Da mesma forma, em locais com muita umidade, o processo pode ocorrer com mais rapidez. Além das consequências na superfície do concreto e a despassivação do aço, também pode acontecer a perda da armadura e da aderência desta com o concreto.
Outra forma de prevenir o efeito da carbonatação é garantir uma boa cura do cimento, pois ela afeta as condições de hidratação presentes na estrutura. Assim, quanto maior tempo de cura, maior será o grau de hidratação do cimento e menor será a porosidade e permeabilidade do concreto, diminuindo as chances de ocorrer a reação.

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