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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE BELO HORIZONTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Processo de Execução nº ... (espaço de 10 linhas) LUCAS, já qualificado nos autos do Processo de Execução em epígrafe, por seu advogado que esta subscreve, não se conformando com a respeitável decisão que ..., vem, respeitosamente, perante de Vossa Excelência, dentro do prazo legal, interpor AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no art. 197, da Lei de Execução Penal. Requer seja recebido, conhecido e processado o presente agravo, clamando desde logo por retratação nos termos do art. 589, do Código de Processo Penal. Caso Vossa Excelência entenda que deva manter a respeitável decisão, que seja encaminhado, com as inclusas razões, ao Egrégio Tribunal de Justiça, bem com as cópias dos documentos abaixo arrolados: a) Procuração b) Cópia da Guia de Execução c) Cópia da decisão do magistrado d)Cópia da intimação. Termos em que, Pede deferimento. Local, 01 de dezembro de 2017. Advogado... OAB/UF nº ... Endereço ... RAZÕES DE AGRAVO EM EXECUÇÃO AGRAVANTE: LUCAS... AGRAVADO: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCESSO DE EXECUÇÃO N°: ... Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais Colenda Câmara Criminal Douto Procurador de Justiça Em que pese o indiscutível saber jurídico do Meritíssimo juiz “a quo”, impõe-se a reforma da respeitável decisão que indeferiu a progressão de regime, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas. DOS FATOS O agravante foi condenado pela pratica do pela prática de crime de associação para o tráfico, previsto no Art. 35 da Lei no 11.343/06, sendo, em razão das circunstâncias do crime, aplicando a pena de 06 anos de reclusão em regime inicial semiaberto, entendendo o juiz de conhecimento que o crime não seria hediondo, não tendo sido reconhecida a presença de qualquer agravante ou atenuante. No mês seguinte, após o início do cumprimento da pena, o agravante vem a sofrer nova condenação definitiva, dessa vez pela prática de crime de ameaça anterior ao de associação, sendo-lhe aplicada exclusivamente a pena de multa, razão pela qual não foi determinada a regressão de regime. Após cumprir 01 ano da pena aplicada pelo crime de associação, o defensor público apresenta requerimento de progressão de regime, destacando que o apenado não sofreu qualquer sanção disciplinar. O magistrado indefere o pedido de progressão, sob os seguintes fundamentos: a) o crime de associação para o tráfico, no entender do magistrado, é crime hediondo, tanto que o livramento condicional somente poderá ser deferido após o cumprimento de 2/3 da pena aplicada; b) o apenado é reincidente, diante da nova condenação pela prática de crime de ameaça; c) o requisito objetivo para a progressão de regime seria o cumprimento de 3/5 da pena aplicada e, caso ele não fosse reincidente, seria de 2/5, períodos esses ainda não ultrapassados; d) em relação ao requisito subjetivo, é indispensável a realização de exame criminológico, diante da gravidade dos crimes de associação para o tráfico em geral. I – DO CABIMENTO DO AGRAVO EM EXECUÇÃO O presente recurso visa atacar decisão que indeferiu a progressão de regime do agravante sendo plenamente aplicável conforme disposto no art. 197, da Lei 7210/84. II – DA TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO EM EXECUÇÃO O prazo para interposição do Agravo em Execução é de 05 dias, conforme se extrai da súmula 700 do STF, que assim dispõe: É de cinco dias o prazo para interposição de agravo contradecisão do juiz da execução penal. Assim sendo, o presente recurso se encontra tempestivo já que a decisão agravada foi publicada na data de 24 de novembro de 2017, vindo a recorrer a data de 01 de dezembro de 2017. III – DO FUNDAMENTO DO RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO A defesa, segura do conhecimento de Vossas Excelências, vem aduzir os argumentos que demonstram ser a respeitável decisão incorreta, impedindo que a decisão ora recorrida prospere, senão vejamos: O magistrado no processo de conhecimento, ao aplicar a pena, reconheceu que o crime praticado pelo agravante não é crime hediondo e não reconhecendo a presença de qualquer agravante ou atenuante. Houve nova condenação ao apenado, entretanto a pena aplicada foi a de multa, não interferindo na contagem do prazo para a progressão de regime. Ocorre que o magistrado da vara das execuções penais, indeferiu o beneficio da progressão de regime, fundamentando que o crime cometido seria hediondo, contrariando o transito em julgado da decisão de conhecimento. Assim,o prazo para a progressão de regime é o cumprimento da pena de 1/6 da pena, conforme o art. 112 da LEP. Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva, com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo Juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior e seu mérito indicar a progressão. Sendo que o agravante já cumpriu um ano da pena ,enquadrando nos requisitos para a progressão de regime. No caso em tela o Magistrado considerou indispensável a realização do exame criminológico, diante da gravidade dos crimes de associação para o tráfico em geral. Entretanto, o exame criminológico não é obrigatório, bastando, para verificar o requisito subjetivo, atestado de bom comportamento carcerário, expedindo pelo diretor do estabelecimento carcerário, nos termos do artigo 112 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984). DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, para que seja dado provimento ao recurso, deferindo a progressão de regime do agravante como medida de direito e justiça. Local, 01 de dezembro de 2017. Advogado... OAB/UF nº ... Endereço Profissional...
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