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Você é procurado em seu consultório por uma família que está preocupada com o desenvolvimento da sexualidade em seus filhos.
A menina e o menino, um casal de gêmeos de oito anos de idade, têm apresentado uma curiosidade sexual crescente. A família relata, por exemplo, que, ao brincar com bonecas e bonecos, as crianças frequentemente removem todas as roupas dos brinquedos para brincar. 
A família indaga se há algo de errado com seus filhos. O que você responde?
Ao se observar os discursos de pais, verifica-se que as crianças são caracterizadas como "enigmáticos", "incompreensíveis", "inacessíveis", quase "impermeáveis" às orientações dos adultos e às ações educativas dos profissionais. A informação hoje globalizada permite ver como a problemática do adolescente também mobiliza sociedades com níveis de desenvolvimento e valores culturais bastante diferentes do brasileiro. No imaginário popular, a vida emocional e comportamental gera um sentimento de estranheza, inquietando aqueles que direta ou indiretamente com eles se relacionam.
Desde o nascimento a criança explora o prazer, os contatos afetivos e as relações de gênero. Apreciar a textura de um sorvete, relaxar numa massagem, desfrutar o beijo da pessoa amada: tudo o que se relaciona ao prazer com o corpo está ligado à sexualidade. Embora pelo senso comum ela se confunda com o erotismo, a genialidade e as relações sexuais, o fato é que esse campo do desenvolvimento humano pode ser entendido num sentido mais amplo e deve incluir a conscientização sobre o próprio corpo e a forma de se relacionar amorosamente, ainda que esse processo se estenda pelo resto da vida, ele se inicia na infância, desde o nascimento. “As crianças sentem prazer em explorar o corpo, em serem tocadas, acariciadas”. Elas experimentam a si próprias e ao entorno, vivenciam limites e possibilidades.
Tudo se inicia com a primeira percepção de prazer: o ato de mamar, uma ação que dá alívio ao desconforto da fome e que intensifica o vínculo afetivo, baseado na sensação de cuidado e acolhimento. "A ligação entre mãe e bebê é um embrião relacional que, mais adiante, será desafiado com a percepção de que a figura materna desvia sua atenção para outras pessoas, como o pai ou um irmão",
O prazer do vínculo afetivo e das interações sociais se dá em paralelo com a percepção das relações amorosas entre casais. Para compreender essa realidade do mundo, a criança se utiliza de recursos próprios da fase que vive: o faz de conta e a imitação.

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