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Atividade Avaliativa Especial - Prova 1 (1)

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2/8
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS
Curso: LETRAS INGLÊS
Semestre: 4º 
Disciplina: LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA III
ATIVIDADE AVALIATIVA ESPECIAL (AAE) 1 - referente as aulas 1 A 4
Professor: Msc.Rute Josgrilberg
ORIENTAÇÕES 
As respostas devem ser salvas em WORD. 
As respostas são individuais, elaboradas com suas palavras e, caso faça citações, siga as normas da ABNT..
Cada questão vale 1,0 ponto.
Cópias zeram a atividade.
A correção e clareza da escrita é parte da avaliação.
QUESTÕES DISSERTATIVAS
1. Explique a seguinte afirmação de Bloom: “a ironia de dois períodos literários distintos, raramente, será a mesma”.
Resp: Bloom, ao afirmar que a ironia de dois períodos literários distintos, raramente, será a mesma, assegura que existem mudanças significativas de um período literário para outro. Essas mudanças são evidentes tanto na literatura como no contexto de cada época. Cada época tem suas peculiaridades, seus hábitos e costumes e dessa forma, cada um desses períodos tem uma ironia diferenciada e peculiar.
.
2. No capítulo IV, O escritor e o público, da obra Literatura e Sociedade, de Antonio Candido, lê-se: “A literatura é, pois um sistema vivo de obras, agindo umas sobre as outras e sobre os leitores; e só vive na medida em que estes a vivem, decifrando-a, aceitando-a, deformando-a. A obra não é produto fixo, unívoco ante qualquer público; nem este é passivo, homogêneo, registrando uniformemente o seu efeito. São dois termos que atuam um sobre o outro, e aos quais se junta o autor, termo inicial desse processo de circulação literária, para configurar a realidade da literatura atuando no tempo”. Comente o excerto apresentado, relacionando-o ao tema estudado neste semestre. Sua resposta deve revelar a leitura do capítulo mencionado.
Resp: Ao afirmar que a literatura é, pois um sistema vivo de obras, o autor nos remete à pluralidade de pensamentos e obras existentes, ou seja, a multiplicidade desse sistema que não depende só do que é escrito, mas sim do que é compreendido pelos leitores, passando pela disseminação dos veículos de transmissão que permitem um verdadeiro relacionamento. Nesse viés, as obras agindo uma sobre as outras nos remete à realidade de que os textos contém uma soma de referências do passado, assim compreender uma obra seria como descobrir seus nexos e de onde veio com o tempo, lugar, circunstâncias dentre outras. Mostrando ainda que mesmo sendo referência de outra obra, geralmente as obras também tem componentes representados pela interferência do autor, que colocam ali algo que nela eles querem encontrar. Não obstante dessa característica, o leitor, ao ter contato com a obra e repassa-la à frente também adiciona algo a esse ecossistema vivo e metamorfo que se transforma dia a dia.
QUESTÕES OBJETIVAS: PREENCHA O QUADRO DE RESPOSTAS.
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	 D
	 B
	 B
	 C
	 C
	 A
	 C
	 D
3. A PALAVRA (Rubem Braga)
 
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito - como não imaginar que, sem querer, feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. Imprudente ofício é este, de viver em voz alta.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.
Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento - e depois esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.
Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven - e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro?
Alguma coisa que eu disse distraído - talvez palavras de algum poeta antigo - foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo, iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças. (Disponível em http://geminianas.blogspot.com.br/2008/03/palavra.html Acesso em 18/03/2015).
 
Imprudente ofício é este, de viver em voz alta. (l. 3)
O ofício a que Rubem Braga se refere é o seu próprio, o de escritor. Para caracterizá-lo, além do adjetivo “imprudente”, ele recorre a uma metáfora: “viver em voz alta”.O sentido dessa metáfora, relativa ao ofício de escrever, pode ser entendido como:
a) superar conceitos antigos.
b) prestar atenção aos leitores.
c) criticar prováveis interlocutores.
d) tornar públicos seus pensamentos.
4. Nos trechos abaixo, de Dom Casmurro, de Machado de Assis, o narrador deixa de praticar a metalinguagem em:
a) Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso, porém, digamos os motivos que me põem a pena na mão.
b) Tio Cosme vivia com minha mãe, desde que ela enviuvou. Já então era viúvo, como prima Justina; era a casa dos três viúvos.
c) Releva-me estas metáforas; cheiram ao mar e à maré que deram morte ao meu amigo e comborço Escobar.
d) D. Sancha, peço-lhe que não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui, abandone o resto.e) Todos apresentam metalinguagem.
5. O quadro A perspicácia, do belga René Magritte, é um exemplo de 
metalinguagem porque:
a) destaca a qualidade do traço artístico
b) mostra o pintor no momento da criação
c) implica a valorização da arte tradicional
d) indica a necessidade de inspiração concreta
6. Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto,
ficou urbe tão notória,
prima-rica do Rio de Janeiro,
que já tem cinco favelas
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
 
 ENEM/2004) Entre os recursos expressivos empregados no texto, destaca-se a:
 
a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-se à própria linguagem.
b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora outros textos. 
c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se pensa, com intenção crítica.
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu sentido próprio e objetivo.
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas inanimadas, atribuindo-lhes vida.
7. Sobre a origem da poesia, de Arnaldo Antunes, A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem. Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não-poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas. Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade entre nome e coisa — que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram de separar no decorrer da história. A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos flashbacks de uma possível infância da linguagem, antes que a representação rompesse seu cordão umbilical, gerando essas duas metades — significante e significado. Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo o que se dizia? Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, seutamanho, seu peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se haviam desfeito, então música, poesia, pensamento, dança, imagem, cheiro, sabor, consistência se conjugavam em experiências integrais, associadas a utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras? Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um passado pré-babélico, tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do futuro que o presente alcança cria, com sua ocorrência, um pouco desse passado. Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que ele chamava a atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não existir o verbo ser, enquanto verbo de ligação. Assim, o ser das coisas ditas se manifestaria nelas próprias (substantivos), não numa partícula verbal externa a elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas à composição analógica. Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios americanos falando, na maioria dos filmes de cowboy — Eles dizem "maçã vermelha", "água boa", "cavalo veloz"; em vez de "a maçã é vermelha", "essa água é boa", "aquele cavalo é veloz". Essa forma mais sintética, telegráfica, aproxima os nomes da própria existência — como se a fala não estivesse se referindo àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se apresenta).No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermediam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação pois vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo.Segundo Mikhail Bakhtin, (em "Marxismo e Filosofia da Linguagem") "o estudo das línguas dos povos primitivos e a paleontologia contemporânea das significações levam-nos a uma conclusão acerca da chamada 'complexidade' do pensamento primitivo. O homem pré-histórico usava uma mesma e única palavra para designar manifestações muito diversas, que, do nosso ponto de vista, não apresentam nenhum elo entre si. Além disso, uma mesma e única palavra podia designar conceitos diametralmente opostos: o alto e o baixo, a terra e o céu, o bem e o mal, etc". Tais usos são inteiramente estranhos à linguagem referencial, mas bastante comuns à poesia, que elabora seus paradoxos, duplos sentidos, analogias e ambiguidades para gerar novas significações nos signos de sempre.Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis — os poemas — contaminando o deserto da referencialidade. (Disponível em http://www.arnaldoantunes.com.br/new/sec_textos_list.php?page=1&id=27 Acesso em 20/3/2015)
a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas. (l. 4-6)
A comparação entre a poesia e outros usos da linguagem põe em destaque a seguinte característica do discurso poético:
 
a) revela-se como expressão subjetiva
b) manifesta-se na referência ao tempo
c) afasta-se das praticidades cotidianas
d) conjuga-se com necessidades concretas
8. Intertextualidade é quando percebemos a presença de um texto em outro texto, Observe os excertos a seguir.
 
I. Quando nasci, um anjo torto
Desses que vivem na sombra
Disse: Vai Carlos! Ser “gauche" na vida
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Aguilar, 1964)
 
II. Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim.
(BUARQUE, Chico. Letra e Música. São Paulo: Cia das Letras, 1989)
 
III. Quando nasci um anjo esbelto
Desses que tocam trombeta, anunciou:
Vai carregar bandeira.
Carga muito pesada pra mulher
Esta espécie ainda envergonhada.
(PRADO, Adélia. Bagagem. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986)
 
Marque a opção que traduza o tipo de intertextualidade estabelecida  por Adélia Prado e por Chico Buarque, em relação a Drummond.
a) intertextualidade por reiteração de imagens.
b) intertextualidade por duplo sentido.
c) intertextualidade por falta de criatividade.
d) intertextualidade por negação dos versos.
e) intertextualidade por ausência de recursos.
9. Remissão
Tua memória, pasto de poesia,
tua poesia, pasto dos vulgares,
vão se engastando numa coisa fria
a que tu chamas: vida e seus pesares.
Mas pesares de quê? perguntaria,
se esse travo de angústia nos cantares,
se o que dorme na base da elegia
vai correndo e secando pelos ares,
e nada resta, mesmo, do que escreves
e te forçou ao exílio das palavras,
senão contentamento de escrever,
enquanto o tempo, em suas formas breves
ou longas, que sutil interpretavas,
se evapora no fundo de teu ser?
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,  2002.
É  correto dizer: 
a) é um soneto dividido em dois quartetos e dois tercetos, cujo tema é a angústia decorrente da perda da mulher amada, que morreu muito cedo.
b) o uso do soneto é típico do Modernismo brasileiro da década de 20, que questiona as rígidas normas de elaboração literária.
 c) trata-se de um metapoema, um poema que tematiza o fazer poético, algo recorrente na obra drummondiana, como se verifica pelo uso de diversas expressões e palavras.
d) é um soneto, com versos decassílabos, no qual o sujeito poético afirma que não há nenhuma relação entre memória e poesia, como se verifica no primeiro quarteto.
e) este soneto aborda a relação do sujeito poético com a poesia de modo categórico, sem elaborar nenhuma pergunta, como se depreende da leitura do segundo quarteto e do último terceto.
10. De acordo com a obra Metalinguagem, de Walty r Cury, marque a única opção que não se encaixa no conceito de metalinguagem.
a) Quando alguém diz: “isto é”, rediz, em outras palavras, o que já havia dito.
b) Na lata de azeite Charbonell, vemos a figura de uma camponesa que mostra, em sua mão, uma lata de azeite Charbonell. Essa lata, por sua vez, reduplica a camponesa, que mostra o azeite Charbonell, e assim por diante, até o ponto zero, onde não mais enxergamos a lata de azeite.
c) A canção de Caetano Veloso: “Eu vou fazer uma canção pra ela/ Uma canção singela, brasileira.”
d) A tradução de um texto de uma língua para outra.
e) Apresenta a sensação de indecisão, hesitação, imprecisão, incerteza e indeterminação. Exemplo: “Não sei se gosto do frio ou do calor”. “Não sei se vou ou fico”. Ou ainda: Pedro disse ao amigo que havia chegado”. (Quem havia chegado? Pedro ou o amigo?).
SUCESSO!

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