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Conhecimentos gerais sobre gestão estratégica

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Centro de Formação e 
Aperfeiçoamento de 
Servidores do Poder Judiciário
Conhecimentos gerais 
sobre gestão estratégica 
e estratégia nacional
Módulo 3
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
Presidente
Ministro José Antonio Dias Toffoli
Corregedor Nacional de Justiça
Ministro Humberto Eustáquio Soares Martins
Conselheiros
Emmanoel Pereira
Luiz Fernando Tomasi Keppen
Rubens de Mendonça Canuto Neto
Valtércio Ronaldo de Oliveira
Mário Augusto Figueiredo de Lacerda Guerreiro
Candice Lavocat Galvão Jobim
Francisco Luciano de Azevedo Frota
Maria Cristiana Simões Amorim Ziouva
Ivana Farina Navarrete Pena
Marcos Vinícius Jardim Rodrigues
André Luis Guimarães Godinho
Maria Tereza Uille Gomes
Henrique de Almeida Ávila
Secretário-Geral
Carlos Vieira von Adamek
Secretário Especial de Programas, 
Pesquisas e Gestão Estratégica
Richard Pae Kim
Diretor-Geral
Johaness Eck
Organização
Centro de Formação e Aperfeiçoamento 
de Servidores do Poder Judiciário
EXPEDIENTE
SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
Secretário de Comunicação Social
Rodrigo Farhat
Projeto gráfico
Eron Castro
Revisão
Carmem Menezes
2020
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
SAF SUL Quadra 2 Lotes 5/6 - CEP: 70070-600
Endereço eletrônico: www.cnj.jus.br
http://www.cnj.jus.br
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Módulo 3
 
Conteúdo
Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Componentes da Estratégia Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Missão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Atributos de valor para a sociedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Macrodesafios do Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Macrodesafios do Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Mapa Estratégico do Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Glossário dos Macrodesafios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Estrutura da Rede de Governança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Competências da Rede de Governança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Metas Nacionais do Poder Judiciário . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Metas Nacionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Processo de formulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Metas Nacionais 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
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Objetivos
Promover o desenvolvimento inicial dos servidores 
ingressantes nas carreiras judiciárias, disponibilizando 
conhecimentos sobre a Estratégia Nacional do Poder 
Judiciário e seus componentes, os Macrodesafios e as 
Metas Nacionais do Poder Judiciário e sobre a Rede 
de Governança Colaborativa do Poder Judiciário.
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Objetivos específicos
Ao final desta unidade, espera-se que você seja capaz de:
 > Conhecer a Estratégia Nacional do Poder 
Judiciário e seus componentes;
 > Entender os Macrodesafios da Estratégia Nacional;
 > Reconhecer a importância dos Macrodesafios 
para o Poder Judiciário;
 > Identificar quais são as Metas Nacionais vigentes;
 > Entender como são definidas as Metas Nacionais;
 > Conhecer a estrutura da Rede de Governança 
Colaborativa do Poder Judiciário; e
 > Identificar as atribuições da Rede de Governança 
Colaborativa do Poder Judiciário.
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Introdução
A Estratégia Nacional do Poder Judiciário 2015–2020 foi estabelecida pela Resolução CNJ n. 198, 
de 1º de julho de 2014. Foi formulada com a contribuição de magistrados e servidores que com-
põem a Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário, refletindo premissas importantes 
para o processo estratégico de todo o Poder Judiciário.
Neste curso, usaremos sempre o termo “Estratégia Nacional” para se referir à Estratégia Nacio-
nal do Poder Judiciário 2015–2020 e “Rede de Governança” para Rede de Governança Colaborativa 
do Poder Judiciário, que será objeto de um tópico deste curso.
A Estratégia Nacional instituiu diretrizes vinculando todos os órgãos do Poder Judiciário, à 
exceção do Supremo Tribunal Federal, considerando a unicidade do Poder Judiciário e a necessi-
dade de implementação de diretrizes nacionais para nortear a atuação institucional dos órgãos.
A Estratégia Nacional pode ser desdobrada em três níveis de abrangência:
II – Nacional: Conforme os Macrodesafios estabelecidos, de aplicação obrigatória a todos 
os segmentos de justiça;
II – por Segmento de Justiça: de caráter facultativo;
III – por Órgão do Poder Judiciário: de caráter obrigatório, sem prejuízos da inclusão das 
especificidades de cada órgão.
Assim, após a publicação da Estratégia Nacional, os órgãos do Poder Judiciário elaboraram 
seus respectivos planos estratégicos institucionais alinhados aos Macrodesafios e às diretrizes 
contidas na citada Resolução, com a possibilidade de realizar revisões periódicas.
A Estratégia Nacional tem vigência de 6 anos, de 2015 a 2020, e pode ser sintetizada em quatro 
componentes a serem explicitados nos tópicos a seguir, quais sejam: Missão; Visão; Valores e 
Macrodesafiosdo Poder Judiciário.
Saiba mais
Saiba Mais: Resolução CNJ n. 198/2014
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2029
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Componentes da 
Estratégia Nacional
São componentes da Estratégia Nacional a Missão, a Visão, os Valores e os Macrodesafios.
Missão
A missão é uma declaração sobre o que a organização é, sobre sua razão de ser, seus clien-
tes e os serviços que presta. A missão define o que é a organização hoje, seu propósito e como 
pretende atuar no seu dia a dia.
A missão cria um clima de comprometimento da equipe de colaboradores (servidores e ges-
tores) com o trabalho que é realizado. A definição de missão serve de critério geral para orientar 
a tomada de decisões, para definir objetivos e auxiliar na escolha das decisões estratégicas.
Posto isso, a Resolução CNJ n. 198 /2014 estabeleceu uma missão visando a unicidade do 
Poder Judiciário:
Missão do Poder Judiciário – Realizar Justiça.
O significado dessa missão é “fortalecer o Estado Democrático e fomentar a construção de 
uma sociedade livre, justa e solidária, por meio de uma efetiva prestação jurisdicional”.
Visão
A visão de futuro sintetiza as aspirações de uma organização, criando clima de envolvimento 
e comprometimento com seu futuro. A definição de aonde se pretende chegar permite entender 
com clareza o que é preciso mudar em uma organização ou como ela precisa evoluir para que a 
visão seja concretizada.
Uma visão compartilhada une as pessoas e as impulsiona a buscar seus objetivos apesar 
de todas as dificuldades.
Com isso, foi estabelecida uma visão para o Poder Judiciário:
Visão do Poder Judiciário – Ser reconhecido pela sociedade como instrumento efetivo de 
Justiça, equidade e paz social.
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Essa visão indica que o Poder Judiciário pretende “Ter credibilidade e ser reconhecido como 
um Poder célere, acessível, responsável, imparcial, efetivo e justo, que busca o ideal democrático 
e promove a paz social, garantindo o exercício pleno dos direitos de cidadania”.
Atributos de valor para a sociedade
Valores representam as convicções dominantes, as crenças básicas, aquilo em que as pes-
soas de uma organização acreditam. Os valores permeiam todas as atividades e relações com 
os clientes. Os valores descrevem como uma organização pretende atuar no cotidiano enquanto 
busca realizar sua visão.
Podemos entender os valores como elementos motivadores que direcionam as ações das 
pessoas em uma organização, contribuindo para a unidade e a coerência do trabalho.
Assim, os valores estabelecidos para o Poder Judiciário sinalizam o que se persegue em ter-
mos de padrão de comportamento de magistrados e servidores na busca da excelência de seu 
trabalho.
São premissas para a execução da Estratégia Nacional os seguintes valores:
 > Credibilidade: atuar com o compromisso de realizar efetiva justiça, equidade e paz social, 
gerando confiabilidade aos atos emanados do Poder Judiciário.
 > Celeridade: o andamento dos processos deve ser realizado com a devida presteza, com 
duração razoável, sem a perda da qualidade das decisões. Este valor revela necessidade 
de serem adotadas condutas procedimentais adequadas e de aperfeiçoamento da legis-
lação processual e dos instrumentos de informatização dos tribunais.
 > Modernidade: incentivar soluções criativas e condizentes com práticas gerenciais inova-
doras com o objetivo de aprimorar a prestação de serviços à sociedade.
 > Acessibilidade: permitir que a Justiça esteja ao alcance de todos. Promover o amplo e 
irrestrito acesso de pessoas com deficiência às suas dependências, aos serviços que 
prestam e às respectivas carreiras, a fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência 
em todo o processo judicial.
 > Transparência e Controle Social: observância ao princípio constitucional da publicidade 
em relação à sua atuação, mantendo sempre informações disponíveis para a sociedade.
 > Responsabilidade Social e Ambiental: observância aos princípios gerais de sustentabi-
lidade e de responsabilidade socioambiental. Esse princípio busca valorizar e garantir 
a integração das dimensões social e ambiental em todas as suas atividades e no rela-
cionamento com seus públicos.
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 > Imparcialidade: É um pressuposto da Justiça. Consiste em agir sem privilegiar as partes, 
isto é, não considerando a personalidade do administrado nem as relações pessoais 
entre os envolvidos, evitando, assim, todo tipo de comportamento que possa refletir 
favorecimento pessoal, predisposição ou preconceito.
 > Ética: o Poder Judiciário deve pautar suas ações pela honestidade e probidade. Nor-
teando-se pelos princípios da independência, da imparcialidade, do conhecimento e 
capacitação, da cortesia, da transparência, do segredo profissional, da prudência, da 
diligência, da integridade profissional e pessoal, da dignidade, da honra e do decoro.
 > Probidade: os atos emanados do Poder Judiciário devem estar de acordo com regras 
éticas e ser realizados com dignidade, integridade, respeitabilidade e honestidade. 
Observância rigorosa dos deveres funcionais e da moralidade administrativa.
Macrodesafios do Poder Judiciário
Os Macrodesafios do Poder Judiciário assinalam grandes temas, ou mesmo problemas-chave, 
que serão objeto de atuação sistêmica dos tribunais e conselhos de justiça para aprimoramento 
dos serviços judiciais.
São muito importantes e serão trabalhados detalhadamente no próximo tópico.
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Macrodesafios do 
Poder Judiciário
Os Macrodesafios do Poder Judiciário são grandes blocos temáticos que norteiam a atuação 
dos órgãos do Poder Judiciário. Eles refletem as prioridades em face da missão, da visão e dos 
valores do Poder Judiciário.
Importante ressaltar que, por serem diretrizes, eles orientam a atuação dos Tribunais e dos 
Conselhos, mas, ao mesmo tempo, permitem que os órgãos escolham as ações que pretendem 
desenvolver para o alcance dos Macrodesafios. Assim, é mantida a autonomia dos entes do 
Poder Judiciário, uma vez que cada um define o caminho mais adequado a sua realidade em 
busca do objetivo proposto.
Mapa Estratégico do Poder Judiciário
O mapa estratégico nada mais é do que a representação gráfica da estratégia. O fato de ser 
a representação gráfica da estratégia ajuda os gestores a visualizar a estratégia de forma mais 
simples, garantindo coerência e facilitando todo o processo de comunicação, divulgação e apre-
sentação da estratégia de uma organização.
O mapa evidencia os desafios que a organização deve suplantar para concretizar a visão de 
futuro e cumprir sua missão.
O Mapa Estratégico do Poder Judiciário faz parte do Anexo da Resolução CNJ n. 198/2014. Nele 
estão dispostos todos os Macrodesafios estabelecidos na Estratégia Nacional e, também, pode-se 
ver qual segmento de justiça é vinculado a cada Macrodesafio.
Em que pese a Justiça ser uma, é importante lembrar que cada segmento tem suas especi-
ficidades e, por esse motivo, alguns Macrodesafios não são pertinentes a todos os segmentos 
de Justiça.
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Glossário dos Macrodesafios
Nessa parte, serão apresentados todos os Macrodesafios relacionados aos segmentos de 
Justiça a eles vinculadose com os respectivos glossários para melhor entendimento.
O mapa estratégico do Poder Judiciário e o glossário dos Macrodesafios fazem parte do anexo 
da Resolução CNJ n. 198/2014.
 > Garantia dos direitos de cidadania (Todos os segmentos de justiça)
Refere-se ao desafio de garantir, no plano concreto os direitos da cidadania (CF, art. 1º, inc. II), 
em sua múltipla manifestação social: cidadão-administrador (usuário dos serviços públicos), 
cidadão-eleitor, cidadão trabalhador-produtor, cidadão-consumidor e cidadão-contribuinte, 
buscando-se atenuar as desigualdades sociais e garantir os direitos de minorias, observan-
do-se, para tanto, práticas socioambientais sustentáveis e uso de tecnologia limpa.
 > Combate à corrupção e à improbidade administrativa (Todos os segmentos de justiça)
Conjunto de atos que visem à proteção da coisa pública, à lisura nos processos eleitorais, à 
preservação da probidade administrativa e à persecução dos crimes contra a administração 
pública e eleitorais, entre outros. Para tanto, deve-se priorizar a tramitação dos processos judi-
ciais que tratem do desvio de recursos públicos e de improbidade e de crimes eleitorais, além 
de medidas administrativas relacionadas à melhoria do controle e da fiscalização do gasto 
público no âmbito do Poder Judiciário.
 > Celeridade e produtividade na prestação jurisdicional (Todos os segmentos de Justiça)
Tem por finalidade materializar, na prática judiciária, o comando constitucional da razoável 
duração do processo. Trata-se de garantir a prestação jurisdicional efetiva e ágil, com segurança 
jurídica e procedimental na tramitação dos processos judiciais, bem como elevar a produtividade 
dos servidores e magistrados.
 > Adoção de soluções alternativas de conflito (STJ, Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça do 
Trabalho)
Refere-se ao fomento de meios extrajudiciais para resolução negociada de conflitos, com a 
participação ativa do cidadão. Visa a estimular a comunidade a dirimir suas contendas sem 
necessidade de processo judicial, mediante conciliação, mediação e arbitragem; a formar agen-
tes comunitários de Justiça; e, ainda, à celebração de parcerias com a Defensoria Pública, Secre-
tarias de Assistência Social, Conselhos Tutelares, Ministério Público, e outras entidades afins.
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 > Gestão das demandas repetitivas e dos grandes litigantes (STJ, Justiça Estadual, Justiça Fede-
ral, Justiça do Trabalho)
Refere-se à redução do acúmulo de processos relativos à litigância serial, advindos dos entes 
públicos, do sistema financeiro, das operadoras de telefonia, entre outros, por meio da gestão 
da informação e do uso de sistemas eletrônicos. Visa reverter a cultura da excessiva judiciali-
zação, com a proposição de inovações legislativas, a criação e a aplicação de mecanismos para 
penalizar a litigância protelatória e o monitoramento sistemático dos assuntos repetitivos e 
dos grandes litigantes.
 > Impulso às execuções fiscais, cíveis e trabalhistas (Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça 
do Trabalho)
Implantação de ações visando à efetividade das ações judiciais, propiciando a recuperação de 
bens e valores aos cofres públicos (execuções fiscais) e a solução definitiva dos litígios cíveis 
e trabalhistas. Para tanto, podem ser adotados mecanismos como a utilização tempestiva 
dos sistemas de bloqueio de ativos do devedor (BACENJUD, RENAJUD, INFOJUD); a realização de 
leilões judiciais; a celebração de parcerias com as Procuradorias de Fazenda, juntas comerciais, 
cartórios de registro de imóveis e de protesto de títulos; a inscrição da dívida nos sistemas de 
proteção ao crédito, a exemplo do Serasa e SPC, entre outras ações.
 > Aprimoramento da gestão da justiça criminal (Justiça Estadual, Justiça Federal, Justiça Militar)
Refere-se à adoção de medidas preventivas à criminalidade e ao aprimoramento do sistema 
criminal, por meio de maior aplicação de penas e medidas alternativas, investimento na Justiça 
Restaurativa, aperfeiçoamento do sistema penitenciário, fortalecimento dos conselhos de comu-
nidade, penitenciários e dos patronatos e combate ao uso de drogas ilícitas. Pretende reduzir 
o número de processos, as taxas de encarceramento e a reincidência; estabelecer mecanismos 
para minimizar a sensação de impunidade e insegurança social; e a construção de uma visão 
de Justiça Criminal vinculada à Justiça Social.
 > Fortalecimento da segurança do processo eleitoral (Justiça Eleitoral)
Está relacionado a objetivos e iniciativas que visem garantir à sociedade o aprimoramento 
contínuo da segurança dos pleitos eleitorais, com utilização de tecnologias e com a melhoria 
de processos de trabalho.
 > Melhoria da Gestão de Pessoas (Todos os segmentos de Justiça)
Refere-se a políticas, métodos e práticas adotados na gestão de comportamentos internos, 
objetivando potencializar o capital humano nos órgãos do Poder Judiciário. Considera programas 
e ações relacionados à avaliação e ao desenvolvimento de competências gerenciais e técnicas 
dos servidores e magistrados; à valorização dos colaboradores; à humanização nas relações 
de trabalho; ao estabelecimento de sistemas de recompensas, à modernização das carreiras 
e à adequada distribuição da força de trabalho.
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 > Aperfeiçoamento da Gestão de Custos (Todos os segmentos de Justiça)
Refere-se à utilização de mecanismos para alinhar as necessidades orçamentárias de custeio, 
investimentos e pessoal ao aprimoramento da prestação jurisdicional, atendendo aos prin-
cípios constitucionais da administração pública. Envolve estabelecer uma cultura de redução 
do desperdício de recursos públicos, de forma a assegurar o direcionamento dos gastos para 
atendimento das necessidades prioritárias e essenciais dos órgãos da Justiça.
 > Instituição da Governança Judiciária (Todos os segmentos de Justiça)
Formulação, implantação e monitoramento de estratégias flexíveis e aderentes às especificida-
des regionais e próprias de cada segmento de Justiça, produzidas de forma colaborativa pelos 
órgãos da Justiça e pela sociedade. Visa à eficiência operacional, à transparência institucional, 
ao fortalecimento da autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário e à adoção das 
melhores práticas de comunicação da estratégia, de gestão documental, da informação, de 
processos de trabalho e de projetos.
 > Melhoria da Infraestrutura e Governança de TI (Todos os segmentos de Justiça)
Uso racional dos instrumentos de Tecnologia da Informação e Comunicação, alinhado às políti-
cas de TIC definidas pelo Conselho Nacional de Justiça. Visa garantir confiabilidade, integralidade 
e disponibilidade das informações, dos serviços e sistemas essenciais da Justiça, por meio do 
incremento e da modernização dos mecanismos tecnológicos, controles efetivos dos processos 
de segurança e de riscos, assim como a otimização de recursos humanos, orçamentários e 
tecnológicos.
VOCÊ SABIA?
A REVISÃO DA ESTRATÉGIA NACIONAL ESTÁ EM 
ANDAMENTO E OS MACRODESAFIOS PARA O PROXIMO 
CICLO (2021-2026) FORAM APROVADOS NO XIII 
ENCONTRO NACIONAL DO PODER JUDICIÁRIO.
CLIQUE AQUI PARA SABER MAIS
https://www.cnj.jus.br/gestao-estrategica-e-planejamento/encontros-nacionais/xiii-encontro-nacional-do-poder-judiciario/
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Rede de Governança 
Colaborativa do 
Poder Judiciário
Segundo o Decreto n. 9.203, de 22 de novembro de 2017, governança pública é o conjunto 
de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e 
monitorar a gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação deserviços de 
interesse da sociedade.
A Resolução CNJ n. 221, de 10 de maio de 2016, preceitua que a governança em rede consiste 
na atuação coordenada de comitês e subcomitês, comissões, conselhos consultivos e outras 
estruturas similares compostas por integrantes de diferentes órgãos do Poder Judiciário e que 
atuam de forma colaborativa para a realização de objetivo comum.
A Governança da Estratégia Nacional do Poder Judiciário é exercida pela Rede de Governança 
Colaborativa do Poder Judiciário, instituída pela Portaria n. 138 de 13 de agosto de 2013. Inicial-
mente sua função era para auxiliar o processo de construção da Estratégia Nacional do Poder 
judiciário 2015–2020, e, a partir da Resolução CNJ n. 198, de 1º julho de 2014, para coordenar o 
processo de formulação das metas nacionais.
Em 2019, vista a necessidade de atualizar as competências atribuídas à Rede de Governança 
Colaborativa do Poder Judiciário e a iminente revisão da estratégia nacional foi publicada a 
Portaria CNJ n. 59, de 23 de abril de 2019. Este normativo aperfeiçou o anterior ao regulamentar 
o funcionamento e estabelecer procedimentos sobre a Rede de Governança.
A Rede de Governança Colaborativa é formada por representantes de todos os órgãos do 
Poder Judiciário, à exceção do Supremo Tribunal Federal. Esses representantes são indicados 
pelos respectivos presidentes dos tribunais ou conselhos e comunicados ao CNJ por meio de ofício.
Os representantes da Rede de Governança têm exercido papel de liderança na gestão da Estra-
tégia Nacional, em especial, pela coordenação dos trabalhos de proposição das metas que serão 
submetidas à aprovação dos presidentes dos tribunais em Encontro Nacional do Poder Judiciário.
Uma das principais características da Rede de Governança Colaborativa é possibilitar o desen-
volvimento da gestão estratégica de forma adaptada com a realidade de cada segmento de 
Justiça. A Rede de Governança tem por finalidade também permitir maior diálogo entre o CNJ e os 
segmentos de Justiça, com o fim de construir gestão mais aberta e democrática do Poder Judiciário.
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Estrutura da Rede de Governança
Conforme falado anteriormente, a Rede de Governança é formada por representantes dos 
órgãos do Poder Judiciário.
A composição da Rede é fundamental para a implementação da Estratégia Nacional, pois 
cada segmento conduz à descentralização administrativa, à democratização interna e ao com-
prometimento com a definição das diretrizes estratégicas.
Por isso, a Rede de Governança foi estruturada em Comitês, que possibilitam a representação 
de todos os segmentos de justiça:
 > Comitê Gestor Nacional;
 > Comitês Gestores dos Segmentos de Justiça; e
 > Subcomitês Gestores.
A figura a seguir demonstra a composição dos Comitês Gestores.
Comitê Gestor Nacional Comitês gestores dos segmentos
Subcomitês Gestores 
dos segmentos
• Secretário Especial de 
Programas, Pesquisas e Gestão 
Estratégica do CNJ, que o 
coordenará;
• Secretário Adjunto Especial de 
Programas, Pesquisas e Gestão 
Estratégica do CNJ
• Diretor do DGE do CNJ
• Representante do STJ
• Representante do CJF
• Representante do TST
• Representante do CSJT
• Representante do TSE
• Representante do STM
• Representante eleitos 
coordenadores dos Comitês dos 
Segmentos de Justiça
• Um representante de cada 
tribunal do respectivo segmento 
FEDERAL e MILITAR
OU
• Representantes eleitos quando 
houver subcomitês ESTADUAL, 
TRABALHO e ELEITORAL
• Justiça Eleitoral – “por região”
• Justiça do Trabalho – por porte
• Justiça Estadual – por região
Por que somente a Justiça eleitoral, a estadual e a do trabalho possuem subcomitês?
Devido ao grande número de tribunais de cada um desses segmentos de justiça, verificou-se 
a necessidade de uma subdivisão para melhor coordenação dos trabalhos.
As competências de cada Comitê serão objeto do próximo tópico.
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Conhecimentos gerais sobre gestão estratégica e estratégia nacional
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Módulo 3
Competências da Rede de Governança
Como já foi falado a princípio, a Rede de Governança foi instituída, para revisão do Planeja-
mento Estratégico do Poder Judiciário e seus integrantes trabalham diretamente com a Estratégia 
Nacional.
Aprendemos também que ela é composta por Comitês Gestores. Mas qual a função de cada 
Comitê?
Em linhas gerais, o Comitê Gestor Nacional é responsável pelas diretrizes nacionais, assim, 
as diretrizes, propostas, metas e outros assuntos relacionados à Estratégia do Poder Judiciário, 
com repercussão nacional são tratados por este Comitê.
A tabela a seguir apresenta algumas competências de cada comitê:
COMPETÊNCIA
Comitê Gestor 
Nacional
• Responsável por consolidar e divulgar padrões e diretrizes para a execução dos 
trabalhos voltados ao desenvolvimento da revisão, monitoramento e avaliação da 
Estratégia Nacional;
• Fomentar os trabalhos dos Comitês Gestores dos Segmentos;
• Promover reuniões, encontros e workshops para desenvolvimento dos trabalhos; e
• Monitorar e avaliar os resultados da Estratégia Nacional do Poder Judiciário.
Comitê Gestor 
de Segmento 
de Justiça.
• Responsável por discutir aspectos essenciais do segmento, objetivando a revisão, 
execução e monitoramento da Estratégia Nacional e do Plano Estratégico do Segmento 
de Justiça;
• Elaborar a proposta inicial de metas;
• Consolidar e apresentar a proposta de metas do segmento de justiça;
• Promover a interlocução entre o Comitê Gestor Nacional e os Subcomitês Gestores; e
• Zelar pela observância dos padrões e das diretrizes estabelecidas para a execução dos 
trabalhos voltados ao desenvolvimento das propostas dos Planejamentos Estratégicos.
Subcomitê 
Gestor de 
Segmento 
de Justiça
• Responsável por discutir aspectos específicos do Subcomitê, objetivando a revisão, 
execução e monitoramento da Estratégia Nacional e do Plano Estratégico do Segmento 
de Justiça;
• Coordenar os trabalhos dos representantes dos tribunais no Subcomitê;
• Consolidar as propostas apresentadas pelos Tribunais e submeter ao Comitê Gestor do 
Segmento;
• Promover a interlocução entre o Comitê Gestor do Segmento e os tribunais.
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Módulo 3
Importante ressaltar que esse modelo participativo proporciona que cada segmento de Justiça 
e tribunal mantenham sua autonomia perante suas ações estratégicas.
Ainda, os magistrados e servidores podem contribuir com as atividades da Rede de Gover-
nança, participando dos processos participativos de elaboração das Metas Nacionais do Poder 
Judiciário.
A contribuição dos magistrados e dos servidores é de grande relevância para o processo de 
formulação das metas, visto que refletem a realidade de cada Tribunal para a definição das 
prioridades na prestação jurisdicional.
As Metas Nacionais serão objeto de tópico específico.
Sugestões de Leitura
Resolução CNJ n. 198/2014
Portaria CNJ n. 59/2019
CADERNO DE FORMULAÇÃO DE METAS NACIONAIS
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2029
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2887
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/05/2916e18870b20eb3b3c1efd220619b75.pdf
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Módulo 3
Metas Nacionais do 
Poder Judiciário
Metas Nacionais
O que são Metas? As metas representam os resultados a serem alcançados para atingir os 
objetivos propostos. Elas podem ser definidas, ainda, como o padrão ideal de desempenho a ser 
alcançado ou mantido.
As Metas Nacionais do Poder Judiciário representam o compromisso dos tribunais brasileiros 
com o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, buscando proporcionar à sociedade serviçomais célere, com maior eficiência e qualidade.
As Metas Nacionais foram traçadas pela primeira vez em 2009, resultantes de acordo firmado 
entre os presidentes dos tribunais para o aperfeiçoamento da Justiça brasileira. O grande des-
taque foi a Meta 2, que teve por objetivo a identificação e o julgamento dos processos judiciais 
mais antigos, distribuídos aos magistrados até 31/12/2005.
Com a Meta 2, o Poder Judiciário buscou estabelecer a duração razoável do processo na Jus-
tiça. Foi o começo de uma luta que contagiou o Poder Judiciário do País a acabar com o estoque 
de processos causadores de altas taxas de congestionamento nos tribunais. Já a Meta 1, que foi 
criada em 2010, tem por foco a produtividade e o ataque aos estoques de processos dos tribunais 
e para tal, preconiza o julgamento de quantidade maior de processos do que os distribuídos no 
ano corrente. Juntamente com a Meta 2, são as únicas metas comuns a todos os segmentos de 
Justiça e as mais antigas e consolidadas no Judiciário.
Tradicionalmente as Metas Nacionais são votadas e aprovadas pelos presidentes dos tri-
bunais no Encontro Nacional do Poder Judiciário (ENPJ), evento organizado pelo CNJ que ocorre 
anualmente e que reúne a alta administração dos tribunais brasileiros.
Diversos foram os desafios que as metas do Judiciário se propuseram a enfrentar. A celeri-
dade processual foi, sem dúvida, tema predominante nesses últimos anos. Cabe destacar que 
os dados do Relatório Justiça em Números permitem a formulação de metas para o Judiciário, 
considerando a realidade dos segmentos de Justiça.
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Módulo 3
A partir de 2013, com a instituição da Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário 
(Portaria CNJ n.138), houve maior inclusão de atores, representantes de tribunais, para participar 
da revisão da estratégia para o período 2015–2020 (que culminou na Resolução CNJ n. 198/2014) 
e de reuniões preparatórias de elaboração das Metas Nacionais.
Assim, no ciclo da Estratégia Nacional 2015–2020, o processo de formulação das Metas Nacio-
nais passou a ser mais democrático e participativo e, a cada ano, o CNJ vem buscando aperfeiçoar 
esse processo, a fim de torná-lo mais transparente e possibilitando maior envolvimento das pes-
soas. Ademais, as Metas Nacionais são uma das formas de verificar o alcance dos Macrodesafios 
estabelecidos na Estratégia Nacional 2015–2020.
Processo de formulação
Como já foi mencionado, as Metas Nacionais são definidas e aprovadas anualmente em um 
trabalho conjunto entre a Rede de Governança Colaborativa e o CNJ.
O CNJ comunica o início do processo de formulação das Metas Nacionais e publica o Caderno 
de Orientações de Formulação das Metas Nacionais. Nesse caderno, constam todas as etapas e 
o cronograma previsto dos trabalhos a serem realizados no ano.
A figura a seguir demonstra todas as etapas do processo de formulação das Metas Nacionais:
Início
• O CNJ comunica o início do processo.
• Publicação do Caderno de orientações.
Proposta Inicial de Metas (PIME)
• Os coordenadores de Segmento na Rede de Governança elaboram a Proposta Inicial de Metas e encaminham 
aos tribunais para servir de base nos processos participativos.
Processos Participativos – Tribunais – Tribunais
• De posse da PIME, os tribunais realizam seus processos participativos.
• Após os resultados, os tribunais manifestam sua posição à Rede de Governança.
Consolidação da Proposta do Segmento de Justiça
• Os Coordenadores de Segmento Consolidam a Proposta de Metas recebidas dos tribunais.
• É aberto prazo para manifestação dos tribunais sobre a proposta consolidada. 
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Apresentação da Proposto do Segmento ao CNJ
• Apresentação da proposta do Segmento ao CNJ em Reunião Preparatória para o Encontro Nacional do Poder 
Judiciário.
• Durante a realização do evento, ainda é possível promover ajustes na proposta.
Análise CNJ
• O CNJ analisa as propostas encaminhadas por cada segmento de Justiça de acordo com os Macrodesafios, 
resultados estatísticos e diagnósticos do Poder Judiciário, séries históricas de desempenhos anteriores nas 
Metas Nacionais, políticas judiciárias, sem prejuízo de outros critérios considerados relevantes.
Consulta Pública
• A proposta de metas analisada e ajustada pelo CNJ é submetida à Consulta Pública.
• Os resultados são compilados e analisados pelo CNJ.
Definição das Metas Nacionais – Encontro Nacional do Poder Judiciário
• O Encontro Nacional do Poder Judiciário tem como objetivo principal a definição das Metas Nacionais do Poder 
Judiciário para o ano subsequente. As metas e diretrizes estratégicas para o ano subsequente são votadas e 
aprovadas pelos presidentes dos tribunais neste evento
A realização dos processos participativos possibilita que os atores responsáveis pela execu-
ção das Metas Nacionais tenham oportunidade de se manifestar, dando maior credibilidade e 
legitimidade a todo o processo. Além disso, o envolvimento de magistrados e servidores na dis-
cussão das Metas Nacionais promove maior comprometimento e, consequentemente, aumenta 
a efetividade dos serviços prestados pelo Judiciário.
Metas Nacionais 2020
Para 2020 foram aprovadas 12 Metas Nacionais com temas relacionados: (i) a produtividade; (ii) 
a celeridade na prestação jurisdicional; (iii) ao aumento dos casos solucionados por conciliação; 
(iv) a priorização no julgamento das causas relacionadas à improbidade administrativa e aos 
crimes contra a Administração Pública; (v) ao impulso aos processos na fase de cumprimento de 
sentença e execução não fiscal e de execução fiscal; (vi) as ações coletivas; (vii) ao julgamento 
de processos dos maiores litigantes e dos recursos repetitivos; (viii) a priorização no julgamento 
dos processos relacionados ao feminicídio e à violência doméstica e familiar contra as mulheres; 
(ix) a integração da Agenda 2030 ao Poder Judiciário; (x) a promoção da saúde de magistrados e 
servidores; (xi) a promoção dos direitos da criança e do adolescente; e (xii) ao impulso de processos 
relacionados com obras públicas paralisadas.
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Módulo 3
A tabela abaixo apresenta cada Meta Nacional relacionada com o Macrodesafio, o foco da 
Meta e os segmentos aderentes a ela.
Meta 2020 Macrodesafio Foco Segmentos
Meta 1
Julgar mais processos 
que os distribuídos
Celeridade e 
produtividade na 
prestação jurisdicional
Produtividade Todos
Meta 2
Julgar processos mais antigos
Celeridade e 
produtividade na 
prestação jurisdicional
Celeridade Todos
Meta 3
Estimular a conciliação
Adoção de soluções 
alternativas 
de conflito
Conciliação
Justiça Federal
Justiça do Trabalho
Justiça Estadual
Meta 4
Priorizar o julgamento dos 
processos relativos a crimes 
contra a Administração Pública, 
à improbidade administrativa 
e aos ilícitos eleitorais
Combate à corrupção 
e à improbidade 
administrativa
Julgamento de ações 
de improbidade 
administrativa e 
de crimes contra a 
Administração Pública
STJ
Justiça Eleitoral
Justiça Estadual
Justiça Federal
Justiça Militar
Meta 5
Impulsionar processos à execução
Impulso às execuções 
fiscais, cíveis e 
trabalhistas
Processos de Execução Justiça FederalJustiça do Trabalho
Meta 6
Priorizar o julgamento 
das ações coletivas
Celeridade e 
produtividade na 
prestação jurisdicional
Priorização das 
ações coletivas e 
recursos oriundos 
de ações coletivas
STJ TST
Justiça Estadual 
Justiça Federal
Justiça do Trabalho
Meta 7
Priorizar o julgamento dos 
processos dos maiores litigantes 
e dos recursos repetitivos
Gestão das demandas 
repetitivas e 
grandes litigantes
Maiores litigantese 
demandas repetitivas
STJ
TST
Justiça do Trabalho
Meta 8
Priorizar o julgamento dos 
processos relacionados ao 
feminicídio e à violência doméstica 
e familiar contra as mulheres
Garantia dos direitos 
de cidadania
Feminicídio e violência 
doméstica e familiar 
contra as mulheres.
Justiça Estadual
Meta 9
Integrar a agenda 2030 
ao Poder Judiciário
Garantia dos direitos 
de cidadania
Integração do Poder 
Judiciário com a 
agenda 2030 da ONU
STJ
TST
Justiça Estadual
Justiça Federal
Justiça do Trabalho
Justiça Militar
Meta 10
Promover a saúde de 
magistrados e servidores
Melhoria da gestão 
de pessoas
Saúde de magistrados 
e servidores
Justiça do Trabalho
Justiça Militar
Meta 11
Promover os direitos da 
criança e do adolescente
Garantia dos direitos 
de cidadania Trabalho infantil Justiça do Trabalho
Meta 12
Impulsionar os processos 
relacionados com obras 
públicas paralisadas
Celeridade e 
produtividade na 
prestação jurisdicional
Obras públicas 
paralisadas
Justiça Federal
Justiça Estadual
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No Portal das Metas Nacionais (http://www.cnj.jus.br/gestao-e-planejamento/metas) é 
possível verificar como é o processo de formulação das Metas, o Glossário de cada segmento de 
Justiça e as ferramentas de monitoramento e avaliação dos resultados.
O Glossário de Metas é elaborado pelo Departamento de Gestão Estratégica com a colaboração 
dos tribunais por meio da Rede de Governança do Poder Judiciário e é o documento que define 
e norteia a execução das Metas Nacionais de cada ano. Cada segmento de Justiça possui o seu 
glossário com particularidades e critérios das metas de cada ramo. Seu conteúdo está disponível 
na página destinada a cada segmento de Justiça do Portal das Metas.
Atualmente os dados das Metas 2020 podem ser visualizados em tempo real no Painel do 
Qlikview, com relatórios gráficos e tabelas com as informações mais relevantes de cada Meta 
Nacional. A imagem abaixo, por exemplo, mostra o relatório da Meta 1 com a quantidade de 
processos julgados e distribuídos por tribunal e por mês de referência.
Além desse resultado, a ferramenta permite inúmeras combinações de filtros como instâncias, 
mês de referência e segmentos de Justiça, o que ajuda a gestão dos tribunais a identificar onde 
atuar em cada Meta Nacional. A aba que direciona para a ferramenta é a “Resultados das Metas 
Nacionais” no portal das Metas.
O esforço dos tribunais brasileiros no cumprimento das Metas Nacionais e os principais pontos 
observados durante o ano, são verificados no Relatório de Metas publicado até o final do primeiro 
quadrimestre do ano subsequente das Metas avaliadas.
http://www.cnj.jus.br/gestao-e-planejamento/metas)
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Saiba mais:
Link dos relatórios das Metas Nacionais: <http://www.cnj.jus.br/gestao-e-planejamento/metas>.
Resolução CNJ n. 221/2016 – Institui princípios de gestão participativa e democrática na elaboração 
das metas nacionais do Poder Judiciário e das políticas judiciárias do Conselho Nacional de Justiça.
Portaria CNJ n. 114/2016 – Estabelece as diretrizes do processo participativo na formulação das 
metas nacionais do Poder Judiciário, nos termos da Resolução CNJ n. 221, de 10 de maio de 2016.
Caderno de orientação para a Formulação das Metas Nacionais do Poder Judiciário
http://www.cnj.jus.br/gestao-e-planejamento/metas
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2279
https://atos.cnj.jus.br/atos/detalhar/2338
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2019/05/2916e18870b20eb3b3c1efd220619b75.pdf
	Objetivos
	Objetivos específicos
	Introdução
	Componentes da Estratégia Nacional
	Missão
	Visão
	Atributos de valor para a sociedade
	Macrodesafios do Poder Judiciário
	Macrodesafios do Poder Judiciário
	Mapa Estratégico do Poder Judiciário
	Glossário dos Macrodesafios
	Rede de Governança Colaborativa do Poder Judiciário
	Estrutura da Rede de Governança
	Competências da Rede de Governança
	Metas Nacionais do Poder Judiciário
	Metas Nacionais
	Processo de formulação
	Metas Nacionais 2020
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