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PESTICIDAS TIPOS DE FORMULAÇÕES DE PRAGUICIDAS A formulação de um composto praguicida compreende a sua associação com componentes diversos para a obtenção de um produto final útil e eficiente segundo seus propósitos de uso e que, ao mesmo tempo, possibilite o seu emprego com o menor risco possível de intoxicação ao ser humano. OS TIPOS USUAIS DE FORMULAÇÕES DE PRAGUICIDAS SÃO: 1- PÓ SECO: O composto ativo é simplesmente misturado em um pó inerte, que deve apresentar uma série de características, essencialmente seu valor de pH, que deve ser quase sempre neutro. 2- PÓS MOLHÁVEIS: Os praguicidas são absorvidos em pós inertes cuja característica essencial, além daquela relativa ao seu pH, é a de possuir um elevado grau de adsorção para permitir a formulação de concentrações elevadas do componente ativo, juntamente com substância de natureza defloculante, isto é, que estabilizem a suspensão do produto após a adição de água. 3- CONCENTRADO DE EMULSIONÁVEIS: Os praguicidas são dissolvidos em solventes apropriados, geralmente em concentrações elevadas, juntamente com compostos tensoativos. O concentrado emulsionável é aplicado depois de diluído em água obtendo-se então uma emulsão de aspecto leitoso. 4- SOLUÇÃO: É a mais simples de todas as formulações, sendo obtida pela dissolução do praguicida em um solvente apropriado, usualmente o xileno e em menor escala o álcool n-butírico, a ciclohexanona, o etilenoglicol, propilenoglicol e outros. Os chamados inseticidas domésticos são, na maioria dos casos, apresentados sob este tipo de formulação, em embalagens metálicas, na forma de spray. Para estes produtos, também conhecidos por inseticidas domissanitários, somente são permitidos o emprego de componentes ativos cuja DL50 aguda, por via oral em ratos albinos machos, seja igual ou superior a 200mg/Kg para os compostos líquidos, ou 50mg/Kg para os compostos sólidos, até as concentrações máximas constantes das monografias publicadas pelo Ministério da Saúde. 5- GRANULADO: É uma formulação empregada principalmente para o combate de pragas que vivem no solo ou quando da necessidade da aplicação de compostos sistêmicos no solo. Este tipo de formulação é também empregada como iscas atrativas onde o composto praguicida é misturado com substância açucaradas. 6- ULTRA-BAIXO-VOLUME: É uma formulação altamente concentrada, obtida a partir de produtos de grau técnico dissolvidos em óleo. É também conhecida pela sigla LVC (Low Volume Concentrate). 7- ESPIRAL: O composto praguicida é misturado com substância de combustão lenta. É utilizada no combate de insetos domésticos. 8- COMPRIMIDOS: Contém sempre um composto praguicida de ação sistêmica. Esta formulação é indicada no controle e na prevenção das infestações de pulgas em cães e gatos ( lufenuron, Capstar). 9- PASTAS: Compreende a dissolução do praguicida em veículo apropriado, inerte e de pH neutro. É uma formulação normalmente utilizada no combate de ectoparasitas em animais domésticos. PESTICIDAS 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS: Termo genérico utilizado para designar as substâncias empregadas para exterminar os organismos daninhos ao homem e aos animais e as plantas que lhes são úteis. As intoxicações exógenas, vêm assumindo importância crescente no índice de morbidade e mortalidade. Isto decorre, entre outras fatos, do progresso tecnológico, como a introdução cada vez mais freqüente de produtos químicos complexos e potentes. 2. PESTICIDAS DE INTERECE TOXICOLÓGICOS. a) Organofosforados b) Carbamatos c) Organoclorados d) Piretróides e) Compostos de flúor f) Arsenicais PESTICIDAS DE INTERESSE NA VETERINÁRIA a) Organofosforados b) Carbamatos c) Organoclorados d) Piretróides ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS • são anticolinesterásicos. • Geralmente os sinais são observados dentro de minutos até uma hora após a exposição. • Os animais podem absorver o composto após lambedura das patas, focinhos, pelagem em geral. • OS PRINCIPAIS SINTOMAS SÃO: • salivação, lacrimejamento, micção e defecação. • As fasciculações são evidentes e as pupilas estão em estenose (miose). • Pode-se observar convulsões em casos graves, depressão, fraqueza e paralisia. • Broncoconstrição, congestão pulmonar e edema contribuem para a angústia respiratória. • A morte sobrevem muitas vezes em decorrência da paralisia da respiração e do edema pulmonar, acompanhados de choque circulatório. ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS • DIAGNÓSTICO – história de exposição, sinais patognomônicos e a resposta ao tratamento dão sustentação ao diagnóstico. • confirmação laboratorial dos níveis plasmáticos de colinesterase. • Em casos de óbito, colher conteúdo gástrico, fígado, urina e pêlo/pele para análise química por cromatografia gasosa (CG). ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS • TRATAMENTO – uma resposta à atropina, AGE0NTE BLOQUEADOR MUSCARÍNICO sustenta o diagnóstico. • Animais gravemente envenenados podem necessitar de oxigenação suplementar antes da atropinização. • A ATROPINA deve ser lentamente administrada na dose de 0,2 a 0,4 mg/Kg I.V. lentamente durante cinco minutos. • Em alguns casos, fazer dose adicional de atropina, sempre monitorando os batimentos cardíacos. • A resposta à atropina pode ser observada dentro de 3 a 5 minutos, com visível alívio do broncoespasmo e ressecamento das membranas mucosas orais. • Em geral, na intoxicação por CARBAMATOS, inibidor REVERSÍVEL da COLINESTERASE, o uso do sulfato de atropina é eficaz como antídoto, e o tratamento de suporte garante a eliminação sistêmica do agente tóxico. ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS ORGANOCLORADOS •Os organoclorados interferem com o fluxo de cátions através das membranas das células nervosas excitabilidade neuronal. •contrações mioclônicas, envolvendo pálpebras, orelhas e membros. •Os sinais podem persistir durante dias, principalmente se o animal for manipulado constantemente. •A temperatura corporal pode estar mais elevada que o esperado. INSETICIDAS PIRETRÓIDES • Exemplos - deltametrina, cipermetrina, outros • TOXICIDADE E SINAIS CLÍNICOS – são neurotóxicos, sendo que a gravidade dependerá sempre da dose de exposição. OS SINAIS SÃO TREMORES, AUMENTO DA SALIVAÇÃO, ATAXIA, DEPRESSÃO,EXCITABILIDADE, HIPERATIVIDADE, CONVULSÃO, DISPNÉIA E MORTE. • DIAGNÓSTICO – observar a história de exposição, ocorrência dos sinais clínicos, análise química de amostras de sangue e conteúdo gástrico, principalmente. • TRATAMENTO – controlar as convulsões ou hiperatividade. Remover o pesticiad da pele e trato digestivo, proporcionando os cuidados auxiliares. Em geral os animais recuperam-se dentro de 72 horas. 2.1.ORGANOFOSFORADOS 1- INTRODUÇÃO: Os organofosforados foram originalmente introduzidos como pesticidas pelos cientistas alemães antes e durante a Segunda Guerra Mundial; entretanto, houve considerável especulação, por muitos cientistas, sobre o uso dessas substâncias altamente tóxicas na guerra química. Subseqüentemente, uma grande variedade de compostos organofosforados foi sintetizada e amplamente investigada. O Diisopropilfosforoflouriabato (DFP) é o protótipo do agente anticolinesterásico organofosforados. C3H7O C3H7O P O HF Estes pesticidas têm substituído os compostos organoclorados proibidos subseqüentemente têm se tornado a principal causa de intoxicação animal. Em geral, eles oferecem uma vantagem distinta por não produzirem nenhum resíduo ambiental ou tecidual. Os organofosforados são apresentados das mais variadas formas: líquidos, oleosos, viscosos, pouco densos, de cor e cheiro variados, sólidos ou pós cristalinos ou não, incolores ou coloridos, são empregados em tipos de formulações e em concentrações variadas. 2- PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICA • São insolúveis em água e solúveis na maioria dos solventes orgânicos e consequentemente em lipídios, o que justifica a penetração ser cutânea. •Sua volatilidade é alta o que permite a inalação destes produtos, ocorrendouma considerável intoxicação por esta via. •A característica química essencial é a pouca estabilidade por serem facilmente hidrolisados por este motivo a persistência é moderada no ambiente e organismo. 3- CLASSIFICAÇÃO FÓRMULA GERAL R1 R2 P O ou X S 3.1- DERIVADOS DO ÁCIDO FOSFÓRICO *Diclorvós (bezerros: 10mg/Kg; eqüinos 25mg/Kg) *Fosfomidon (ratos: 7mg/Kg) *Mevinfós (ratos: 3mg/Kg) *Monocrotofós (ratos: 14mg/Kg) Tetraclorovinfós (1.125mg/kg) • Dicrotofós •Naled O O P O O Diclorvós: DDVP, Vapona CH3O CH3O P O CH CCl2 O PM: 220,98 É um líquido de coloração que vai do incolor ao amarelo, com densidade de 1,142 (25oC) e ponto de ebulição de 74oC. Hidrolisa-se com facilidade e é rapidamente decomposto em meio básico. MEVINFÓS: phosdrin, fosdrin. CH3O CH3O P O C C O PM: 224,16 CH3 C CH3 O O produto puro é um líquido claro, levemente amarelado, com ponto de ebulição de 106-107 oC e uma densidade de 1,25 pouco solúvel em água e solúvel em solventes orgânicos. É um composto dotado de elevada toxicidade aguda, oral e dérmica, sendo, em razão disso, pouco utilizado. MONOCROTOFÓS: Nuvaron, alacran, azodrin. CH3O CH3O P O C C O CH3 C NHCH3 O •O produto puro apresenta-se na forma de cristais com ponto de fusão de 53-54oC. O produto de grau técnico é de coloração marrom-amarelada. É solúvel em água e cetona. NALED: Dibrom, bromex CH3O CH3O P O C CH O PM: 380,78 Br C Cl Br Cl • O produto puro é um sólido cristalino, com ponto de fusão que oscila de 26,5 a 27,5oC. DICROTOFÓS: bidrin, carbicron CH3O CH3O P O C CH O PM: 237,21 CH3 C N(CH3)2 O • O produto puro é um líquido de coloração cinza, com o ponto de ebulição de 400oC. Sendo solúvel em acetona, etanol e em outros solventes orgânicos. O produto técnico contêm não mais do que 85% do produto puro. 3.2- DERIVADOS DO ÁCIDO TIOFOSFÓRICO *Clorpirifós (ratos: 97mg/Kg) *Diazinon (bezerros: 0,44mg/Kg; adulto:22mg/Kg) *Paration (ovinos: 22mg/Kg; bezerros: 0,44mg/Kg; adultos: 44mg/Kg) *Pirimifós (rato: 2018mg/Kg) *Fention (bovinos: 50mg/Kg fatal) *Vamidotion (rato: 103mg/Kg) O O P S O CLORPIRIFÓS: ETIL-CLORPIRIFÓS CH3O CH3O P O S PM: 322,51 N Cl Cl Cl •Sólido cristalino, com PF= 45 a 46oC, muito pouco solúvel na água e solúvel nos solventes orgânicos. Decompõem-se facilmente em meio alcalino. DIAZINON: Diazol, diazitol CH3O CH3O P O S PM: 304,36 N N CH (CH3)2 O produto técnico é um líquido de coloração que varia do amarelo ao pardo e contém cerca de 95% do composto puro. Apresenta um ponto de ebulição de 83- 84oC. Disponível no mercado como pó molhável ou concentrado emulsionável. PARATION: etil-paration, benzefós, DNPP C2H5O C2H5O P S O NO2 PM 291,30 Quando puro é um líquido amarelado. O produto técnico contêm mais de 90% da substância ativa, possui forte cheiro de alho. E apresenta como impureza uma pequena porção de p-nitrofenol. Pouco solúvel em água (12 ppm) e solúvel na maioria dos solventes orgânicos. FENTION: mercaptofós, beytex, tiguvon. C2H5O C2H5O P S O SCH3 PM 378,33 CH3 É um líquido de cor parda , com leve odor de alho, apresenta um ponto de ebulição de 87oC, e é praticamente insolúvel na água (55mg/L) e solúvel na maioria dos solventes orgânicos. VAMIDOTION : Kilval C2H5O C2H5O P S O S PM 279,35 (CH2)2 CH3 CH C NHCH3 Quando puro é um sólido branco. O produto de grau técnico tem aspecto de cera, de coloração amarelada, com ponto de fusão de 84-85oC. É praticamente insolúvel em água e solúvel em solventes orgânicos. 3.3- DERIVADOS DO ÁCIDO DITIOFOSFÓRICO DITIOFOSFATO • Azinfós etílico (bezerros: 0,44mg/Kg; bovinos e caprinos adultos 2,2mg/Kg; para ovinos 4,8mg/Kg) • Dimetoato (bovinos: 2,2mg/Kg) • Dissulfoton (bovinos: 2,2mg/Kg; ovino: 4,8mg/Kg) • Forato (bovinos: 1mg/Kg; ovinos: 0,75mg/Kg) • Malation (bovino: 100mg/Kg) O O P S S AZIFÓS ETÍLICO: Gusation, etil-gusation. C2H5O C2H5O P S S S PM 354,40 CH2 N N N O É um sólido cristalino , com o ponto de fusão de 53oC, insolúvel em água e solúvel na maioria dos solventes orgânicos. É disponível como pó molhável ou concentrado emulsionável. CH3 O P S S PM 229,28 CH2 DIMETOATO : Trimetion, perfection, benzetion C O N CH3 H É um sólido cirstalino branco com leve odor de cânfora. Apresenta um ponto de ebulição de 51-52oC. É muito pouco solúvel em água e no hexano e solúvel na maioria dos solventes orgânicos. CH3 O FORATO: Thimex, Granutox C2H5O C2H5O P S S PM 260,40 CH2 S C2 H5 O produto puro é um líquido claro , com o ponto de ebulição de 118-120oC. O produto de grau técnico contém não mais de 90% do composto ativo e apresenta uma densidade de 1, 167 a 25oC. É solúvel na maioria dos solventes orgânicos. MALATION: Malatox, MLT. CH3 O P S S PM 330,40 CH C COOC2 H5 CH3 O CH2 COOC2 H5 Quando puro é um líquido âmbar, com ponto de ebulição de 156- 157oC e densidade de 1,23 a 25oC. É pouco solúvel em água (145ppm) e solúvel na maioria dos solventes orgânicos. Possui cheiro de alho. 3.4- DERIVADOS O ÁCIDO FOSFÔNICO • Triclorfon (Bovinos, eqüinos e ovinos: 88mg/Kg) O O P O C 3.5- Outros • Tetraetilpirofosfato • Metamidofós (ratos: 30mg/Kg) Na sua grande maioria, são compostos líquidos de alta pressão de vapor, emitindo, portanto, vapores nas condições normais de pressão e temperatura. São lipossolúveis, dissolvendo-se ou misturando-se com solventes orgânicos, nos quais são normalmente formulados. CH3 O P S NH2 PM 141,12 CH3 O 4- ABSORÇÃO • A alta solubilidade e moderada estabilidade química. • Penetram por todas as vias de absorção: digestiva, pulmonar e cutânea. • A lipossolubilidade condiciona em parte a distribuição no organismo e a afinidade dos organofosforados por tecidos ricos em lipídios: o tecido nervoso, tecido adiposos e fígado. C2H5O C2H5O P O S NO2 [O] C2H5O C2H5O P O O NO2 MAIS LIPOSSOLÚVEL MAIS TÓXICO •estudos in vitro demonstram que a afinidade do paraoxon a soroalbumina é cerca de 100 vezes menor que a afinidade do paration. MECANISMO DE AÇÃO OLHO OCULOMOTOR G. CILIAR FACIAL G. ESFENOPALATINO Glândula lacrinal Glândula mandibular G. mandibular G. parótida Glossofaríngeo coração vago Pulmão, brônquios e bronquiolos Estômago, esôfago,rúmen, retículo, omaso e abomaso Pâncreas , intestino delgado Fígado, vesícula biliar Rim Cólon proximal s1 s2 s3 s4 Cólon distal bexiga Genitálias macho e fêmea N. pélvico CH3- N- CH2- CH2- OH CH3 CH3 ATP ADP+Pi CH3- N- CH2- CH2- OH + Acetil-CoA CH3 CH3 Colinacetiltransferase CH3- N- CH2- CH2- O- C CH3 CH3 CH3 O M N CH3- N- CH2- CH2- O-C CH3 CH3 CH3 O ACETILCOLINESTERASE + O HO-C- CH3 O AA 3Na+ 2K+ Ca+2 SNC SNC SNC SNC FIBRA MOTORA Nm ACh ACh ACh ACh MEDULAR DA ADRENAL M1 M2 M3 M4 M5 N NA ACh GDP GTP M1 M5 M3 Fosfolipase C PIP3 DAG IP3 Vesículas citoplasmática de cálcio Ca+2 Ca+2 + Calmodulina Calmodulinacinase NO sintase Arginina + O2 PKC Proteína Proteína + PO4 ATP ADP + Pi Ca+2 PO4 Gi GDP Adenililciclase AMPc ATP Fosfodiesterase Gq M2 M4 NO GDP GTP K+ G0 Acetilcolina 2 K+ 3Na+ Ca+2 N Na + Ca+2 M1 M3 M5 Células efetoras Gi AMPc Gq DAG IP3 Ca+2 M2 M4 Acetilcolina CH3 –N-CH2 -CH2-OH CH3 CH3 + ATP ADP +Pi CH3 –N-CH2 -CH2-OH CH3 CH3 + COLINO ACETILTRANSFERASE + ACETIL -CoA CH3 –N-CH2 -CH2-O- C-CH3 CH3 CH3 + 3Na+ 2K+ Ca+2 ACETILCOLINESTERASE Gânglio, N2 N4 Na+ Ca+2 Acetilcolina CH3 –N-CH2 -CH2-OH CH3 CH3 + ATP ADP +Pi CH3 –N-CH2 -CH2-OH CH3 CH3 + COLINO ACETILTRANSFERASE + ACETIL -CoA CH3 –N-CH2 -CH2-O- C-CH3 CH3 CH3 + 3Na+ 2K+ Ca+2 Mecanismo de ação • FOSFORILAÇÃO DA ACETRILCOLINESTERASE Aniônica Esterásica HO- P C3H7O C3H7O O F + Aniônica Esterásica O- P C3H7O C3H7OO FH TODA FOSPORILAÇÃO É IRREVERSÍVEL Aniônica Esterásica O- P C3H7O C3H7O O Envelhecimento 6.1- SISTEMA NERVOSO PARASSIMPATICO 6.1.1- MUSCARÍNICOS A) DISTÚRBIOS CARDIOCIRCULATÓRIOS • Diminuição da contratilidade cardíaca. • Bradicardia. • Vasodilatação (hipotensão arterial). B) DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS • Aumento dos movimentos peristálticos e do tônus intestinal. • Aumento das secreções digestivas. • Diarréia, cólicas abdominais, vômitos. C) DISTÚRBIOS DAS GLÂNDULAS EXÓCRINAS • Sudorese. • Sialorréia. • Lacrimejamento. D) DISTÚRBIOS OCULARES • Miose bilateral puntiforme. • Dor ocular. • Diminuição da visão. E) DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS • Rinorréia. • Hiperemia da orofaringe. • Broncoconstrição e hipersecreção brônquica. 6.1.2- SÍNDROME NICOTÍNICA Tremores de língua, lábios, olhos e pálpebras espasmos e tremores da musculatura esquelética, flacidez e paralisia muscular, fasciculações musculares. 6.1.3. SISTEMA NERVOSO CENTRAL Inquietação, insônia, tremores, ataxia, convulsão e coma. OBS: Os gatos que foram envolvidos com clorpirifós quase sempre têm letargia ou fraqueza como sinais únicos. Os níveis plasmáticos ou sangüíneos da colinesterase podem ser valiosos na diferenciação da intoxicação com clorpirifósde outras causas de letargia e fraqueza. Para ruminantes geralmente animais jovens ou estressados e privados de água e zebus e seus cruzamentos são as categorias mais suscetíveis de bovinos. 7. DIAGNÓSTICO • Avaliação da atividade da colinesterase: A depressão da atividade da colinestrase no sangue indica exposição. • A atividade da colinesterase no cérebro como um todo ou no núcleo caudato é usada comumente para o diagnóstico post mortem. • O conteúdo gástrico ou rumenal pode ser usado para confirmar a exposição se o inseticida for ingerido. • Amostras de pêlo e pele são úteis quando a exposição for dérmica. • A urina pode conter metabólitos de organofosforados. 8. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Carbamatos, bufotoxina, piretróides. LASÕES PATOLÓGICAS •CONGESTÃO PULMONAR (COM EXCESSO DE SECREÇÃO NO PULMÃO) •HEMORRAGIA GÁSTRICA 9. TRATAMENTO 9.1. MEDIDAS DE PRONTO SOCORRO • Retirar o animal do local de intoxicação. • Em caso de absorção dérmica o animal deve ser banhado e se possível tosado, para facilitar sua detoxicação. Em casos de absorção gastrointestinal, deve-se: • Provocar êmese (só carnívoros) - Apomorfina: Dose de 0,04mg/Kg IV ou IM - Xilazina: Dose 0,5mg/Kg IM (3 A 5 MINUTOS) - Cloreto de sódio: Dar 1 a 3 colheres de chá (início 5 minutos) - Xarope de ipeca a 7%: Cães: 1 a 2ml/Kg VO, gatos: 3,3ml/Kg VO (início 10 minutos) Água oxigenada (solução a 3%): Dose 1 a 2ml/Kg VO, pode-se repetir uma vez (início de 10 minutos) Proceder com a lavagem gástrica Aplicação de substâncias adsorventes: O carvão ativado na dose de 1 a 4g/Kg de peso corporal, misturar com 10 a 20ml de Kao-pectate ou sulfato de bário (radiográfico) e acrescentar uma quantidade adequada de água para criar uma liga fluida. 9.2. TRATAMENTO ESPECÍFICO - Sulfato de atropina: 0,5mg/Kg de peso vivo IV ou IM. - Tintura de beladona: 1-2ml em água, a cada 30 minutos. - Contrathion (Pralidoxima ou 2-PAM) Pequenos animais 20-50mg/Kg, solução a 10%, via IV ou IM. Grandes animais: 20-50mg/Kg, 20% via IV, em 6 minutos. Cloreto de doxapran (Dropran, Doxapram) Cães e gatos: 1,1-5,5mg/Kg IV Eqüinos: 0,44-0,55mg/Kg IV Ruminantes: 0,44-0,60mg/Kg IV - Aminofilina: 10mg/Kg - Furosemida:(Pode aumentar a acidose pois compete com a excreção do ácido úrico levando a hiperuricemia) Equinos: 1mg/Kg IV Ruminantes: 2,2-4,4mg/Kg IV Cães e gatos: 2-4 mg/Kg IV ou IM MANITOL 20% APLICAR 2g:kg (diurese osmótica) Difenidramina ou dimenidrinato (dramin):administre de 1 a 4 mg para cada quilo de peso via IM ou VO a cada 8 horas para avaliar os tremores musculares (sinais nicotínicos), comece com doses menores quando administrada IM. . CRITÉROS PARA ESPAÇAMENTO DAS DOSES DE ATROPINA (de 10/10 minutos ou 15/15 minutos e de 30/30 minutos, de 1/1 hora, de 2/2 horas): Reversão do quadro e sinais de intoxicação atropínica (secura na boca, rubor facial, taquicardia, midríase, agitação psicomotora, agressividade). A atropinização deve ser suspensa quando o animal estiver assintomático após algum tempo, com espaçamento de pelo menos 2 horas, e nunca antes disso, pois pode haver efeito rebote e reaparecimento do quadro muscarínico. A presença de taquicardia e hipertensão não contra-indicam a atropinização. ANTIDOTISMO OU ANTAGONISMO QUÍMICO •OBIDOXIMA 2-4 mg/kg IV (lento) •PRALIDOXIMA 20 – 50 mg/kg IV (lento) Aniônica Esterásica O- P C3H7O C3H7O O N CH3 CH=N - OH + 2-PAM Aniônica Esterásica O- P C3H7O C3H7O O N CH3 CH=N - O + - P C3H7O C3H7O O N CH3 CH=N - O + Aniônica Esterásica HO- 10. DROGAS QUE POTENCIALIZAM A TOXICIDADE DOS ORGANOFOFORADOS •a- Tranquilizantes Fenotiazínicos aumentam a toxicidade dos organofosforados e exacerbam o quadro convulsivo. •b- Haloxona, Triclorfon, Diclorvós são anti-helmínticos organofosforados inibidores da colinesterase, que podem potencializar os efeitos de outros organofosforados. •c- Levamisol, Tetramisol, são anti-helmínticos bloqueadores neuromuscular, semelhante à nicotina, pode aumentar os efeitos muscarínicos e nicotínicos dos organofosforados. 11. NEUROTOXICIDADE RETARDADA PROVOCADA POR ORGANOFOSFORADOS - Observado em bovinos geralmente a partir do segundo ao décimo quinto dia, após o contato com carrapaticida organofosforado. Possivelmente tais produtos atuam como estimulantes antigênicos no SNC, provocando uma reação tipo hipersensibilidade. - Clinicamente, observa-se ataxia, paralisia progressiva acompanhada de atrofia da massa muscular, opistótomo e morte. Nos exames anatomopatológicos, observam-se atrofia da musculatura dos membros posteriores congestão da substância branca do cérebro e cerebelo e aumento do líquido cefalorraquidiano. Ao microscópio, vacuolização com perda da mielina na substância branca, congestão vascular e glicose perivascular. Na substância branca da medula espinhal, principalmente na região lombossacra, dilatação e degeneração de axônios. Nos músculos esqueléticos, perda de estrias transversais, hialinização de miofibrilas e necrose celular, que se tornaram mais evidentes quando coradas transversalmente.
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