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8ºAula
Princípios e convenções 
contábeis
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• entender os princípios contábeis;
• compreender as convenções contábeis;
• conhecer a aplicação dos princípios e das convenções contábeis. 
Olá, pessoal!
Na aula anterior, tratamos das demonstrações contábeis. Nesta aula, 
estudaremos os princípios e convenções contábeis. Os princípios de 
contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à ciência 
da contabilidade direcionada ao universo científico profissional. Diante de 
uma evolução contínua, houve a necessidade de propor diretrizes para registro 
de transações direcionadas à comparação e integridade das demonstrações 
contábeis, ou seja, os princípios contábeis direcionam critérios uniformes 
para o registro de toda a estrutura teórica para a escrituração e análise 
contábil. As convenções contábeis são consideradas restrições aos princípios 
contábeis, diante da grande margem de liberdade dos princípios contábeis as 
convenções são mais objetivas e regram a conduta que deve ser tomada pelo 
profissional de contabilidade, as convenções restringem a abrangência dos 
princípios contábeis.
Queridos(as) alunos(as), esta é a nossa última aula. Espero que 
estejam preparados(as) para desenvolver atividades financeiras e, também, 
a frente de um setor da área nas suas empresas ou no seu trabalho. Este 
é o primeiro passo de um longo caminho para essa deslumbrante área de 
atuação tão importante para as empresas e, também, para as pessoas. Por 
meio dessa fundamentação teórica, vocês estarão preparados para entender 
a contabilidade e o trabalho do contador. 
Vamos lá?
Bons estudos!
Contabilidade 64
1 - Princípios de Contabilidade
2 - Convenções Contábeis
1 - Princípios de contabilidade
A Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993 
(alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10) estabelece 
a obrigatoriedade do exercício da profi ssão contábil da 
observância dos Princípios de contabilidade. 
Os princípios de contabilidade são:
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo Valor Original;
• Princípio da Competência; 
• Princípio da Prudência. 
* O princípio da Atualização Monetária foi revogado pela 
Resolução CFC nº1.282/10, portanto não está em utilização. 
Após a apresentação dos princípios de contabilidade, 
analisaremos cada um deles diante da sua especifi cidade e, 
também, analisaremos a sua aplicação. Mas antes disso vamos 
ver como os princípios de contabilidade são utilizados no 
universo contábil de forma geral. 
Os Princípios Fundamentais de Contabilidade, como era 
disposto antes da Resolução CFC nº1.282/10, agora descrito 
como “Princípios de Contabilidade”, tem grande importância 
para a Ciência da Contabilidade, pois esses regram a aplicação, 
demonstração e estruturação da escrituração e análise contábil. 
Ou seja, diante da grandiosidade dessa ciência chamada 
contabilidade, são necessários princípios para direcionar 
critérios que possam operar através de diretrizes regrando 
estes procedimentos. 
1.1 Princípio da Entidade
Esse princípio deixa claro que a contabilidade é realizada 
para as entidades, como pessoas distintas dos sócios ou 
proprietários, ou seja, esse princípio declara autonomia 
patrimonial. Nesse sentido, o patrimônio de uma entidade 
não se confunde ao patrimônio de seus sócios ou proprietário. 
De acordo com a Resolução CFC nº 750, de Dezembro 
de 1993, Art. 4º:
O Princípio da ENTIDADE reconhece o 
Patrimônio como objeto da Contabilidade e 
afi rma a autonomia patrimonial, a necessidade 
da diferenciação de um Patrimônio particular 
no universo dos patrimônios existentes, 
independentemente de pertencer a uma pessoa, 
um conjunto de pessoas, uma sociedade ou 
instituição de qualquer natureza ou fi nalidade, 
com ou sem fi ns lucrativos. Por consequência, 
nesta acepção, o patrimônio não se confunde 
Seções de estudo
com aquele dos seus sócios ou proprietários, 
no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo Único – O PATRIMÔNIO 
pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não 
é verdadeira. A soma ou agregação contábil 
dos patrimônios autônomos não resulta em 
nova ENTIDADE, mas numa unidade de 
natureza econômico-contábil.
Vamos ver um exemplo deste princípio na empresa de 
Pedro? Lembrem-se da empresa de material de limpeza em 
que trabalhamos nas primeiras aulas. 
Exemplo: 
Pedro, proprietário da loja de material de limpeza, tem uma conta 
particular no Banco InvestMS. Ele a utiliza para realizar todas as 
transações pessoais e também da empresa. No último dia 10 ele 
efetuou um depósito no valor de R$4.000,00. Desse valor, R$2.000,00 
pertence à empresa e R$2.000,00 pertence às suas receitas pessoais. 
Sendo assim, nem Pedro deve lançar mão, para fi ns particulares, 
do dinheiro de sua empresa nem vice-versa. Nesse caso, o ideal é 
que, assim que possível, Pedro faça a distinção da conta pessoal e da 
empresa, ou seja, realize a abertura de uma conta para a empresa e 
continue utilizando a sua para fi nanças pessoais. 
1.2 Princípio da Continuidade
No princípio da continuidade, a empresa deve ser 
avaliada e escriturada na hipótese de que a entidade nunca 
irá se extinguir, estando em funcionamento contínuo. Esse 
princípio está ligado diretamente à avaliação dos ativos e 
passivos da empresa, sendo que todo ativo fi cará registrado 
pelo valor de entrada. Em caso de extinção, quando é 
constatado que a empresa não tem condições de prosseguir 
com sua existência, passam a interessar os valores de realização 
do ativo e da liquidação do passivo, sendo que os ativos são 
estimados pelo seu valor de saída, ou seja, valor de mercado, 
sendo uma expectativa futura de recebimentos fundamentada 
no preço de venda. 
 De acordo com a Resolução CFC nº 750, de Dezembro 
de 1993, Art. 5º:
Art. 5º O princípio da Continuidade pressupõe que a 
Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, 
a mensuração e a apresentação dos componentes do 
patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10).
Exemplo:
Pedro, quando montou sua empresa de material de limpeza, comprou 
algumas prateleiras no valor de R$10.000,00 e uma motocicleta para 
realizar entregas no valor de R$7.000,00. Dez meses mais tarde, a 
empresa de Pedro passou por difi culdades e acabou quebrando. 
Quando os ativos foram liquidados, as prateleiras e a motocicleta 
tinham perdido valor. Pedro conseguiu vender as prateleiras por 
R$6.000,00 e a motocicleta por R$6.500,00. Dessa forma, podemos 
ver que o valor de realização foi menor do que o custo original. 
1.3 Princípio da Oportunidade
Nesse princípio, as informações contábeis precisam 
65
ser tempestivas e íntegras, ou seja, “simultaneamente, à 
tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das 
suas mutações, determinando que este seja feito de imediato 
e com a extensão correta, independentemente das causas que 
os originaram”. (Resolução CFC nº 750, de Dezembro de 
1993, Art. 6º 
De acordo com a Resolução CFC nº 750, de Dezembro 
de 1993, Art. 6º:
O princípio da oportunidade refere-se ao 
processo de mensuração e apresentação dos 
componentes patrimoniais para produzir 
informações íntegras e tempestivas. 
Parágrafo único. A falta de integralidade e 
tempestividade na produção e na divulgação 
da informação contábil pode ocasionar a 
perda de sua relevância, por isso é necessário 
ponderar a relação entre a oportunidade e a 
confiabilidade da informação. (Redação dada 
pela Resolução CFC nº. 1.282/10).
Exemplo:
Na empresa de material de limpeza de Pedro, todas as mutações 
ocorridas no patrimônio são registradas e relatadas no momento 
em que acontecem, sendo assim, a empresa de Pedro atende a 
exigência deste princípio. Ou seja, Pedro preza pela tempestividade e 
a integridade do registro do patrimônio e das suas mutações. 
1.4 Princípio do Registro pelo Valor 
Original
No princípio do Registro pelo Valor Original,determina-
se que os componentes patrimoniais devam ser registrados 
pelos valores originais das operações. Nesse princípio, quando 
um ativo é adquirido, ele deve ser contabilizado pelo valor 
histórico, ou seja, pelo valor de sua compra ou aquisição dos 
insumos para produzir tal produto. 
De acordo com a Resolução CFC nº 750, de Dezembro 
de 1993, Art. 7º:
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor 
Original determina que os componentes do 
patrimônio devem ser inicialmente registrados 
pelos valores originais das transações, 
expressos em moeda nacional.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem 
ser utilizadas em graus distintos e combinadas, 
ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados 
pelos valores pagos ou a serem pagos em 
caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor 
justo dos recursos que são entregues para 
adquiri-los na data da aquisição. Os passivos 
são registrados pelos valores dos recursos que 
foram recebidos em troca da obrigação ou, 
em algumas circunstâncias, pelos valores em 
caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão 
necessários para liquidar o passivo no curso 
normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez 
integrado ao patrimônio, os componentes 
patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer 
variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos 
pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, 
os quais teriam de ser pagos se esses ativos 
ou ativos equivalentes fossem adquiridos 
na data ou no período das demonstrações 
contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos 
valores em caixa ou equivalentes de caixa, 
não descontados, que seriam necessários para 
liquidar a obrigação na data ou no período das 
demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos 
pelos valores em caixa ou equivalentes de 
caixa, os quais poderiam ser obtidos pela 
venda em uma forma ordenada. Os passivos 
são mantidos pelos valores em caixa e 
equivalentes de caixa, não descontados, 
que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal 
das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos 
pelo valor presente, descontado do fluxo 
futuro de entrada líquida de caixa que se 
espera seja gerado pelo item no curso normal 
das operações da Entidade. Os passivos são 
mantidos pelo valor presente, descontado do 
fluxo futuro de saída líquida de caixa que se 
espera seja necessário para liquidar o passivo 
no curso normal das operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo 
pode ser trocado, ou um passivo liquidado, 
entre partes conhecedoras, dispostas a isso, 
em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração 
do poder aquisitivo da moeda nacional devem 
ser reconhecidos nos registros contábeis 
mediante o ajustamento da expressão formal 
dos valores dos componentes patrimoniais. 
§ 2º São resultantes da adoção da atualização 
monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente 
como medida de valor, não representa unidade 
constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio 
possa manter os valores das transações 
originais, é necessário atualizar sua expressão 
formal em moeda nacional, a fim de que 
permaneçam substantivamente corretos os 
valores dos componentes patrimoniais e, por 
consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa 
nova avaliação, mas tão somente o ajustamento 
dos valores originais para determinada data, 
mediante a aplicação de indexadores ou outros 
elementos aptos a traduzir a variação do poder 
aquisitivo da moeda nacional em um dado 
período. (Redação dada pela Resolução CFC 
nº. 1.282/10).
Exemplo:
Pedro, quando constituiu sua empresa, comprou um veículo no 
valor de R$ 30.000,00. Ele pretende vender esse veículo pelo valor 
de R$ 35.000,00, porém, diante desse princípio, o contador de Pedro 
irá lançar na contabilidade o valor da compra. Agora, se Pedro, para 
Contabilidade 66
vender o veículo, precisar fazer algum desembolso para colocar o ativo 
em questão em condições de venda, este deverá ser incorporado nos 
registros contábeis. 
1.5 Princípio da Competência 
Para que possamos entender esse princípio, vamos tratar 
sobre dois regimes contábeis:
Regime de Caixa: executa o registro contábil no momento 
da efetivação do pagamento ou recebimento. 
Regime de Competência: executa o registro contábil no 
momento que ocorre independentemente se existe efetivação 
do pagamento ou recebimento. 
Sendo assim, esse princípio, baseado no regime de 
competência, estabelece que as receitas e despesas devam 
ser registradas durante o exercício social que ocorrem, sendo 
assim é determinado pela data do fato gerador e não quando 
existe pagamento ou recebimento. 
Vocês devem estar se perguntando: o que é exercício 
social?
Conceito: é o período determinado pela contabilidade 
para demonstrar a situação patrimonial e fi nanceira de uma 
empresa, geralmente é um ano e pode coincidir com o ano 
calendário ou não. 
De acordo com a Resolução CFC nº 750, de Dezembro 
de 1993, Art. 9º:
O Princípio da Competência determina que 
os efeitos das transações e outros eventos 
sejam reconhecidos nos períodos a que se 
referem, independentemente do recebimento 
ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência 
pressupõe a simultaneidade da confrontação 
de receitas e de despesas correlatas. (Redação 
dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10).
Exemplo:
Pedro, em sua empresa de material de limpeza, teve despesas com 
as contas de energia e água referente ao mês de agosto. Porém, ele 
pagou essas contas no mês subsequente, ou seja, em setembro. 
Dessa forma, essas despesas serão registradas no mês de agosto, de 
acordo com o princípio da competência, que diz que o fato gerador 
é a data que o serviço foi prestado e não a data em que irá ocorrer o 
pagamento do serviço. 
1.6 Princípio da Prudência
Este princípio determina adoção do menor valor para 
os componentes do ativo e do maior para os componentes 
do passivo sempre que apresentem alternativas igualmente 
válidas para a quantifi cação das mutações patrimoniais que 
alterem o Patrimônio Líquido. 
De acordo com a Resolução CFC nº 750, de Dezembro 
de 1993, Art. 10º:
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a 
adoção do menor valor para os componentes 
do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, 
sempre que se apresentem alternativas 
igualmente válidas para a quantifi cação 
das mutações patrimoniais que alterem o 
patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência 
pressupõe o emprego de certo grau de precaução 
no exercício dos julgamentos necessários às 
estimativas em certas condições de incerteza, 
no sentido de que ativos e receitas não sejam 
superestimados e que passivos e despesas 
não sejam subestimados, atribuindo maior 
confi abilidade ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais. 
(Redação dada pela Resolução CFC nº.
1.282/10).
Exemplo:
Pedro tem um montante de R$70.000,00 na conta clientes pelo total 
de venda na sua loja em determinado período. Porém, ele sabe que, 
desse valor, 3% não serão recebíveis, ou seja, por algum motivo, 
deixaram de realizar o pagamento, de acordo com o princípio da 
prudência, deve-se fazer esta estimativa de perda adequada. 
Nesta seção, tratamos os princípios contábeis, agora, 
estudaremos a respeito das convenções contábeis, assunto de 
muita importância para a contabilidade. Seguimos em frente!
2 - Convenções contábeis
De acordo com Iudícibus (2010 p.292), as Convenções 
Contábeis “Dentro da ampla margem de liberdade que os 
princípios permitem ao contador, no registro das operações, 
as convenções vêm restringir ou limitar ou mesmo modifi car 
parcialmente o conteúdo dos princípios, defi nindo mais 
precisamente seu signifi cado”. 
As convenções contábeis restringem os princípios 
contábeis porque, muitas vezes, são amplas e também propõem 
algumasabertura para interpretações e fl exibilizações em que 
o contador possa tomar decisões amplas diante desta abertura. 
Sendo assim, as convenções propõem limites e modifi cações 
diante dos princípios contábeis. 
As convenções contábeis são divididas em:
• Convenção da Consistência;
• Convenção do Conservadorismo;
• Convenção da Materialidade;
• Convenção da Objetividade. 
2.1 Convenção da Consistência
Para Iudícibus (2010 p.292):
A convenção da consistência diz-nos que, 
uma vez adotado determinado processo, entre 
os vários possíveis que podem atender a um 
mesmo princípio geral, ele não deverá ser 
mudado com demasiada frequência, pois assim 
estaria sendo prejudicada a comparabilidade 
dos relatórios contábeis.
Essa convenção determina que, após utilizarmos algum 
processo ou procedimento, ele deve ser mantido, ou seja, 
67
após adotar um critério dentro da contabilidade, ele deve 
prevalecer e, em caso de necessidade inadiável de se adotar 
outro critério, essa adoção deve constar juntamente com seus 
efeitos no resultado como nota explicativa. 
Exemplo:
Pedro, na sua loja, utilizou o método de avaliação de estoque PEPS 
(primeiro que entra primeiro que sai) para avaliar seu estoque no 
último mês. No próximo mês, Pedro deve utilizar o mesmo método. 
Por mais que outros métodos possam atender suas necessidades, 
de acordo com esta convenção, ele deve adotar o mesmo método. 
2.2 Convenção do Conservadorismo
De acordo com Iudícibus (2010 p.293):
Esta convenção consiste em que, por motivos 
de precaução, sempre que o contador defrontar 
com alternativas igualmente válidas de atribuir 
valores diferentes a um elemento do ativo (ou 
do passivo), deverá optar pelo mais baixo para 
o ativo e pelo mais alto para o passivo.
Essa convenção propõe que sempre que o contador 
defrontar alternativas válidas deve se elevar o passivo e 
diminuir o ativo, ou seja, em casos de avaliação de inventário 
quando os valores de mercado forem menores que o valor de 
custo deve se utilizar o valor de mercado. 
Exemplo:
Pedro tem uma dúvida, e chegou a dois valores referentes às dívidas 
com terceiros (passivo), ou seja, Pedro tem uma dívida com terceiros, 
porém, diante de um levantamento, ele chegou a dois valores. Neste 
caso, Pedro deve considerar o maior valor. Sendo assim, ele irá elevar 
o seu passivo. 
2.3 Convenção da Materialidade
Iudícibus (2010) afi rma que: “Esta convenção reza que, 
a fi m de evitar desperdícios de tempo e de dinheiro, deve-se 
registrar na Contabilidade apenas eventos dignos de atenção e 
na ocasião oportuna” 
A convenção da materialidade determina que o contador 
não deve se preocupar com irrelevantes, tanto no registro 
deste ou no controle. O contador deve levar em conta a 
relação custo benefício evitando assim custo e tempo diante 
de fato em que deverá ou não ser registrado. 
Exemplo:
Na empresa de Pedro, no setor administrativo, são utilizados papéis, 
canetas e lápis, esses fatos geram uma diminuição do ativo, porém, 
diante de valores mínimos, como exemplo utilização de uma folha 
de papel A4, esse fato não deve ser registrado imediatamente no 
momento em que esta ocorrendo. É considerado um fato irrelevante 
diante do seu valor, mas, deve ser apurado no fi nal do período. 
2.4 Convenção da Objetividade
Para Iudícibus (2010 p.294):
Esta convenção pode ser explicada da melhor 
forma possível pelo exemplo que, a seguir, 
será relatado. Suponha-se que o contador, para 
a avaliação de um bem, dispusesse de duas 
fontes, a saber: a fatura relativa à compra do 
bem e o laudo do maior especialista mundial 
em avaliação. Deverá escolher, como valor 
de registro, o indicado na fatura. Entre um 
critério subjetivo de valor, mesmo ponderável 
e outro objetivo, o contador deverá optar 
pela hipótese mais objetiva. A fi nalidade 
desta convenção é eliminar ou restringir 
áreas de excessivo liberalismo na escolha de 
critérios, principalmente de valor. Em tese, 
é uma convenção que contém seus méritos. 
Entretanto, seria necessário defi nir de forma 
mais precisa o que vem a ser objetivo. 
Essa convenção propõe, acima de tudo, a objetividade, 
ou seja, o contador, diante de uma situação onde tem um 
documento probatório e um laudo de um especialista, deve 
sempre optar pelo mais objetivo. Nesse caso, o documento. 
De acordo com essa convenção, o contador não se deve levar 
por infl uências internas ou externas, seja de trabalhadores, 
empresário, clientes, dentre outros. O contador deve sempre 
registrar um fato de acordo com documentos que comprovam 
tal. Caso não haja documentos, ele deve se basear em avaliação 
e laudos concretos. 
Exemplo:
Pedro precisa avaliar os bens da sua loja. Como é muito organizado, 
ele tem todas as notas fi scais. Pedro, então, pede ao seu contador 
que realize esta avaliação, seu contador então fez o levantamento de 
todos os bens da empresa e chegou ao seguinte valor R$ 150.000,00. 
Porém, o Administrador da empresa de Pedro, o Rogério, propõe 
que o patrimônio da empresa vale muito mais que R$150.000,00 ele 
afi rma que o valor do patrimônio é R$250.000,00. Nesse caso, o que 
o contador deve fazer de acordo com a convenção da objetividade? 
O contador vai optar pelos documentos probatórios, ou seja, eles são 
mais objetivos que a avaliação do administrador Rogério. 
Retomando a aula
Chegamos a nossa oitava e última aula, vamos 
recordar sobre o que aprendemos até aqui.
1 - Princípios de contabilidade
A Resolução CFC nº 750, de 29 de dezembro de 1993 
(alterada pela Resolução CFC nº 1.282/10) estabelece 
a obrigatoriedade do exercício da profi ssão contábil da 
observância dos Princípios de contabilidade. 
Os princípios de contabilidade são:
• princípio da entidade;
• princípio da continuidade;
• princípio da oportunidade;
• princípio do registro pelo valor original;
Contabilidade 68
• princípio da competência;
• princípio da prudência.
2 - Convenções Contábeis
De acordo com Iudícibus (2010 p.292), as Convenções 
Contábeis “Dentro da ampla margem de liberdade que os 
princípios permitem ao contador, no registro das operações, 
as convenções vêm restringir ou limitar ou mesmo modifi car 
parcialmente o conteúdo dos princípios, defi nindo mais 
precisamente seu signifi cado”. 
As convenções contábeis restringem os princípios 
contábeis, mesmo porque, muitas vezes, são amplas e também 
propõem algumas abertura para interpretações e fl exibilizações 
em que o contador possa tomar decisões amplas diante desta 
abertura, sendo assim as convenções propõem limites e 
modifi cações diante dos princípios contábeis. 
As convenções contábeis são divididas em:
• convenção da consistência;
• convenção do conservadorismo;
• convenção da materialidade;
• convenção da objetividade. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 29 ed. 
São Paulo: Saraiva, 2013.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Contabilidade Introdutória. 
11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso 
moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de contabilidade 
societária: aplicável a todas as sociedades: de acordo com as 
normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. 
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 
Resolução CFC nº750/93 de 29 de dezembro de 1993, 
publicada no DOU de 31.12.1993.
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, 
Resolução CFC nº1.282/10 de 28 de maio de 2010, 
publicada no DOU de 02.06.2010.
Vale a pena ler
Portal da Contabilidade. Disponível em: http://www.
portaldecontabilidade.com.br/. Acesso em: 29 abr. 2019.
Revista Brasileira de Contabilidade. Disponível em: 
http://rbc.cfc.org.br/index.php/rbc. Acesso em: 30 abr. 
2019.
Classe Contábil. Disponível em: https://classecontabil.
com.br/. Acesso em: 13 mai. 2019.
Vale a pena acessar
Vale a pena
GONÇALVES, Eugênio Celso; BAPTISTA, Antônio 
Eustáquio. Contabilidade Geral. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
FERRARI, Ed. Luiz. Contabilidade Geral: teoria e 1.000 
questões. 12. ed. rev. Rio de Janeiro: Impetus, 2012.RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 7. ed. Sã 
Paulo: Saraiva, 2010.
EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP. 
Contabilidade Introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso 
moderno e completo. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
IUDÍCIBUS, Sérgio de et al. Manual de contabilidade 
societária: aplicável a todas as sociedades: de acordo com as 
normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. 
RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 29 ed. São 
Paulo: Saraiva, 2013.
Referências
Minhas anotações

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