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Monitoras: Sofia Militão e Vitória Minhos. Roteiro de Estudo – Disciplina de Cinesiologia I 1. Anatomia – ATM A articulação temporomandibular (ATM) é sinovial do tipo gínglimo, que permite o deslizamento (translação) e um pequeno grau de rotação (giro), além dos movimentos de flexão (elevação) e extensão (abaixamento) típicos das articulações do tipo gínglimo. As faces articulares ósseas participantes são a fossa mandibular e o tubérculo articular do temporal superiormente, e a cabeça da mandíbula inferiormente. A frouxa membrana fibrosa da cápsula articular se fixa às margens da cartilagem articular no temporal e ao redor do colo da mandíbula. As duas faces articulares ósseas são totalmente separadas por fibrocartilagem interposta, o disco articular da ATM, fixado em sua periferia à face interna da cápsula fibrosa. Isso cria cavidades articulares, ou compartimentos, superior e inferior separadas, revestidas por membranas sinoviais superior e inferior separadas. Ossos da ATM A mandíbula articula-se com o osso temporal e, ao mastigar e ao falar, somente esta se move; a maxila permanece estática. Os dentes inferiores estão contidos na parte alveolar da mandíbula. A ATM consiste em duas articulações sinoviais em uma única articulação, separadas por um disco articular. As faces articulares da maioria das articulações sinoviais são cobertas por cartilagem hialina, mas as faces articulares da ATM são cobertas por fibrocartilagem. HANSEN, 2015. HANSEN, 2015. Ponto Clínico: por causa de sua localização vulnerável, a mandíbula é o segundo osso facial mais comumente fraturado (o osso nasal é o primeiro). Pode ocorrer o deslocamento da ATM quando o processo condilar da mandíbula move-se anteriormente à eminência articular (logo anterior à “posição aberta” observada na parte E). Às vezes, um bocejo mais amplo é suficiente para causar o deslocamento, que pode ser bastante doloroso. Ligamentos e movimentos da ATM Os movimentos deslizantes de protrusão e retrusão (translação) ocorrem entre o temporal e o disco articular (cavidade superior); os movimentos de dobradiça de depressão e elevação e os movimentos de rotação ou giro ocorrem no compartimento inferior. Uma parte espessada da cápsula articular forma o ligamento lateral intrínseco da ATM, que reforça a articulação lateralmente e, com o tubérculo pós- glenoidal, evita a luxação posterior da articulação. Dois ligamentos extrínsecos e o ligamento lateral unem a mandíbula ao crânio. O ligamento estilomandibular que, na verdade, é um espessamento da cápsula fibrosa da glândula parótida, segue do processo estiloide até o ângulo da mandíbula. Não contribui significativamente para a força da articulação. O ligamento esfenomandibular segue da espinha do esfenoide até a língula da mandíbula. É o principal responsável pela sustentação passiva da mandíbula, embora o tônus dos músculos da mastigação geralmente sustente o peso da mandíbula. Entretanto, os ligamentos esfenomandibulares atuam como uma “dobradiça oscilante” para a mandíbula, servindo como fulcro e como ligamento controlador para os movimentos da mandíbula nas ATM. Músculos da ATM Os movimentos da ATM são produzidos principalmente pelos músculos da mastigação. Os músculos da mastigação incluem quatro pares de músculos (lados esquerdo e direito) que se inserem na mandíbula e derivam embriologicamente do primeiro arco faríngeo; todos os músculos da mastigação são inervados pela divisão mandibular do nervo trigêmeo (V par craniano) e são importantes para as ações de morder e mastigar a comida. O músculo platisma pode ser usado de modo semelhante. Em geral a depressão da mandíbula é produzida pela gravidade. Os músculos supra-hióideos e infra- hióideos estão localizados de cada lado do pescoço e são usados basicamente para elevar e abaixar o hioide e a laringe, respectivamente — por exemplo, durante a deglutição. Indiretamente, também podem ajudar a abaixar a mandíbula, em especial ao abrir a boca subitamente, contra resistência ou quando invertidos (p. ex., de cabeça para baixo). MOORE, 2014. a. O agonista normalmente é a gravidade; esses músculos são ativos principalmente contra resistência. b. O músculo pterigóideo lateral é o agonista nesse caso; os músculos masseter e pterigóideo medial têm pequenos papéis secundários. Os músculos da mastigação encontram-se resumidos na tabela a seguir: HANSEN, 2015. Colorir os seguintes músculos de acordo com a numeração: 1.Temporal: um músculo largo que emerge da fossa temporal e da fáscia sobrejacente que eleva a mandíbula; pode-se observar a contração desse músculo na parte lateral da cabeça ao se mastigar 2.Masseter: um músculo potente que eleva a mandíbula e é evidente nas pessoas que têm o hábito de mastigar chiclete, quando se pode observar a contração desse músculo; indivíduos que mastigam muitos chicletes tendem a apresentar bochechas mais volumosas, porque os músculos ficam mais alargados em virtude do uso crônico. 3.Pterigóideo lateral: localiza-se lateralmente ao ramo da mandíbula; tem grande importância nos movimentos lado a lado requeridos durante a mastigação (trituramento) da comida. 4.Pterigóideo medial: localiza-se medialmente ao ramo da mandíbula; também participa na mastigação da comida (já que suas fibras seguem na mesma direção que as fibras do músculo masseter, esse músculo também auxilia no fechamento da mandíbula). HANSEN, 2015. Ponto Clínico: O tétano é uma doença causada por uma toxina neurotrópica (Clostridium tetani) que pode afetar o sistema nervoso central e causar uma contração tônica dolorosa dos músculos, especialmente o masseter, levando à condição denominada “mandíbula trancada”. Há uma vacina para prevenir essa doença, motivo pelo qual é extremamente importante manter sua imunização sempre atualizada. Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=kG3-E1FVIHo https://www.youtube.com/watch?v=OOcScmVONcg https://www.youtube.com/watch?v=b8m7fgOkK9Y https://www.youtube.com/watch?v=kG3-E1FVIHo https://www.youtube.com/watch?v=OOcScmVONcg https://www.youtube.com/watch?v=b8m7fgOkK9Y 2. Anatomia – Coluna Cervical Ossos do Pescoço Vértebras cervicais: O pescoço é uma estrutura de união móvel com um esqueleto axial segmentado. Os corpos vertebrais empilhados e posicionados centralmente sustentam a cabeça. As articulações intervertebrais – sobretudo as articulações craniovertebrais em sua extremidade superior – garantem a flexibilidade necessária para permitir o posicionamento da cabeça de modo a maximizar o uso de seus órgãos sensitivos. Vários processos das vértebras proporcionam as fixações e a alavanca necessária para movimentar a cabeça e mantê-la nessas posições. Os forames das vértebras cervicais asseguram a passagem protegida da medula espinal e das artérias vertebrais que nutrem os ossos e são um importante componente da vascularização do encéfalo. As vértebras protegem pouco as outras estruturas do pescoço. Hioide: Único em termos de seu isolamento do restante do esqueleto, o hioide, que tem formato de U, está suspenso entre o corpo da mandíbula superiormente e o manúbrio do esterno inferiormente. O hioide garante uma base móvel para a língua e fixação para a parte média da faringe. O hioide também mantém a permeabilidade da faringe, necessária para a deglutição e a respiração MOORE, 2014. Articulações Craniovertebrais As articulações craniovertebrais são articulações sinoviais que oferecem um arco de movimento relativamente amplo quando comparadas com a maioria das articulações da coluna; as articulações craniovertebrais incluem: ● Articulação atlantoccipital, entre a vértebra atlas (C1) e o osso occipital do crânio; permite os movimentos de flexão e extensão (como no movimento de balançar a cabeça para dizer “sim”) ● Articulação atlantoaxial, entre as vértebras atlas e áxis (C2); permite movimentos de rotação(como no movimento de balançar a cabeça para dizer “não”) HANSEN, 2015. Colorir os seguintes ligamentos das articulações craniovertebrais (partes A-D), utilizando diferentes cores para cada ligamento: 1. Cápsula da articulação atlantoccipital 2. Cápsula da articulação atlantoaxial 3. Ligamento longitudinal posterior 4. Ligamentos alares 5. Ligamento cruciforme do atlas: feixes superior e inferior do ligamento transverso do atlas HANSEN, 2015. Ponto Clínico: Lesão em “chicote” é um termo leigo que caracteriza a lesão por hiperextensão cervical (muscular, ligamentar, dano ósseo), que geralmente está associada aos acidentes de trânsito. O pescoço relaxado é jogado para trás, em hiperextensão, enquanto o veículo acelera rapidamente para frente. Logo em seguida, ocorre um rápido recuo do pescoço para a posição de flexão extrema. Descansos para cabeça devidamente ajustados podem reduzir significativamente a ocorrência de lesão por hiperextensão. Músculos do Pescoço Os músculos do pescoço dividem esta região anatômica em diversos “trígonos” descritivos, os quais são utilizados por cirurgiões a fim de identificar estruturas principais nessas áreas. Geralmente, os músculos do pescoço posicionam a laringe durante a deglutição, estabilizam o osso hioide, movimentam a cabeça e o membro superior, ou agem como músculos posturais inseridos na cabeça e/ou nas vértebras. Os músculos abaixo do osso hioide são chamados “infra-hióideos”, enquanto aqueles localizados acima deste osso são denominados de músculos “supra-hióideos”. Os principais músculos encontram-se resumidos na tabela a seguir: HANSEN, 2015. MOORE, 2014. Esternocleidomastóideo: parte para diante de uma inclinação comum com o músculo trapézio (Inervação igual). Ele estende-se obliquamente do proc. mastóide para frente e para baixo e está integrado na lâmina superficial da fáscia cervical Músculos Supra-hióideos: formam o assoalho da cavidade oral e são antagonistas dos músculos infra-hióideos. Superficialmente, localiza-se o ventre anterior do M. digástrico. O M. milo-hióideo fecha, como uma larga lâmina, o assoalho da cavidade oral por baixo. Internamente a ele, situa- se o M. gênio-hióideo como um tirante arredondado. O ventre posterior do M. digástrico e o M. estilo-hióideo ficam um tanto profundos e dorsais. Músculos Infra-hióideos: são distinguidos pelos seus locais de fixação em M esterno-hióideo, M. esternotireóideo, M. tíreo-hióideo e M. omo-hióideo. Os quatro músculos são embainhados pela lâmina pré-traqueal da fáscia cervical. HANSEN, 2015. Músculos pré-vertebrais: os músculos vertebrais anteriores e laterais ou pré-vertebrais situam- se profundamente à lâmina pré-vertebral da fáscia cervical. Os músculos vertebrais anteriores, que consistem nos músculos longos do pescoço e da cabeça, reto anterior da cabeça e escaleno anterior, ocupam posição diretamente posterior ao espaço retrofaríngeo e medial ao plano neurovascular dos plexos cervical e braquial e à artéria subclávia. Os músculos vertebrais laterais, representados pelos músculos reto lateral da cabeça, esplênio da cabeça, levantador da escápula e escalenos médio e posterior, situam-se em posição posterior a esse plano neurovascular e (com exceção do músculo reto lateral da cabeça em posição alta) formam o assoalho da região cervical lateral. HANSEN, 2015. MOORE, 2014. Os músculos pré-vertebrais estão resumidos na tabela a seguir. MOORE, 2014. Ponto Clínico: O pescoço provê um conduto que conecta a cabeça ao tórax. Os músculos, vasos e estruturas viscerais (traqueia e esôfago) estão todos comprimidos dentro de três camadas fasciais que criam compartimentos dentro do pescoço. Infecções ou massas (tumores) em um ou outro desses espaços apertados podem comprimir tecidos moles e causar dores significativas. As camadas fasciais, por elas mesmas, podem limitar que as infecções se espalhem entre os compartimentos. No diagrama do pescoço em secção transversa (onde as figuras estão nomeadas), pinte as três camadas fasciais a fim de realçar suas extensões. As três camadas fasciais incluem: • Lâmina superficial da fáscia cervical: envolve o pescoço e se projeta para os músculos trapézio e esternocleidomastóideo • Lâmina pré-traqueal: limitada à porção anterior do pescoço, esta fáscia se projeta nos músculos infra- hióideos, na glândula tireoide, na traqueia e no esôfago. • Lâmina pré-vertebral: uma bainha tubular que se projeta sobre os músculos pré-vertebrais e sobre a coluna vertebral. A bainha carótida mistura-se a estas camadas fasciais, mas se mantém distinta; esta bainha contém a artéria carótida comum, a veia jugular interna e o nervo vago. Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=f9mnHrQoWwI https://www.youtube.com/watch?v=O_lW27IRSoc https://www.youtube.com/watch?v=P39crQl9Y2E 3. Anatomia – Coluna Torácica Ossos da coluna torácica A região torácica da coluna é composta de 12 vértebras. Os 12 pares de costelas articulam-se com as vértebras torácicas, e esta região da coluna é mais rígida e inflexível que a região cervical da coluna. Os componentes principais das vértebras torácicas incluem: • Corpo em forma de coração, com faces para articulação com as costelas • Pequenos forames vertebrais circulares (a medula espinal passa através do forame vertebral) • Processos transversos longos, com fóveas costais para articulação das costelas (somente T1-T10) • Processos espinhosos longos, que se inclinam posteriormente e se sobrepõem à vértebra subjacente Colorir os seguintes componentes das vértebras torácicas (partes D e E) de acordo coma numeração: 10. Corpo 11. Fóvea costal superior (costela) 12. Canal vertebral 13. Processo espinhoso 14. Fóvea costal do processo transverso 15. Fóvea costal inferior https://www.youtube.com/watch?v=f9mnHrQoWwI https://www.youtube.com/watch?v=O_lW27IRSoc https://www.youtube.com/watch?v=P39crQl9Y2E HANSEN, 2015. Caixa torácica A caixa torácica é parte do esqueleto axial e inclui o esterno (na linha mediana) e 12 pares de costelas, que contêm: • Cabeça: articula-se com a fóvea costal inferior do corpo vertebral acima e com a fóvea costal superior do corpo de sua própria vértebra (p. ex., 3a costela com a vértebra T3) • Colo • Tubérculo: articula-se com o processo transverso de sua própria vértebra • Ângulo As costelas 1 a 7 articulam-se diretamente com o esterno e denominadas costelas verdadeiras. As costelas 8 a 10 articulam-se com as cartilagens costais das costelas acima e denominadas costelas falsas. As costelas 11 e 12 articulam-se somente com as vértebras e denominadas costelas flutuantes. Funcionalmente, a caixa torácica participa na ventilação (através de suas inserções musculares) e na proteção dos órgãos vitais (incluindo o coração e os pulmões) e funciona como um conduto para a passagem de importantes estruturas que se relacionam à cabeça e também ao abdome. A abertura no topo da caixa torácica é denominada abertura torácica superior, e aquela na região mais baixa denominada abertura torácica inferior. A abertura inferior é amplamente recoberta pelo diafragma, um importante músculo esquelético utilizado na ventilação. O membro superior fixa-se à caixa torácica no nível do cíngulo do membro superior, que inclui: • Clavícula: age como uma escora para manter o membro ao lado da parede do corpo • Escápula: um osso triangular achatado no qual se localizam as inserções de 17 músculos diferentes que agem na articulação do ombro. Colorir os seguintes componentes da caixa torácica de acordo com a numeração: 1. Cartilagens costais 2. Clavícula 3. Osso esterno e suas três partes: 3A. Manúbrio 3B. Corpo 3C. Processo xifoide 4. Fóvea costal superior: articulação para a cabeça da costela de mesmo número que a vértebra 5. Fóvea costal inferior: articulaçãopara a cabeça da costela de um número a mais que a vértebra anterior 6. Partes de uma costela típica (6A, cabeça; 6B, colo; 6C, tubérculo; 6D, ângulo e restante da costela) HANSEN, 2015. Ponto Clínico: O trauma torácico geralmente inclui fraturas nas costelas (a 1a, a 11a e a 12a costelas geralmente são poupadas), lesões por esmagamento (comumente com fraturas das costelas) e lesões penetrantes no peito (ferimento por arma branca ou ferimento por projétil de arma de fogo). A dor associada à fratura de costela geralmente é intensa, por causa da expansão e contração da caixa torácica durante a ventilação. Articulações da parede torácica. MOORE, 2014. Músculos da parede torácica: Os músculos da parede torácica preenchem os espaços entre as costelas adjacentes, ou se inserem no esterno ou nas vértebras, para depois se inserirem nas costelas ou nas cartilagens costais. Funcionalmente, os músculos da parede torácica mantêm os espaços costais rígidos, impedindo que tais espaços fiquem inchados na expiração ou sejam sugados para dentro na inspiração. É difícil interpretar o papel individual exato dos músculos intercostais nos movimentos das costelas, apesar dos diversos estudos eletromiográficos nesta área. Na parede torácica anterior, os músculos peitorais (maior e menor) se sobrepõem aos músculos intercostais, mas, de fato, esses dois músculos agem no membro superior (discutidos posteriormente). Como é possível observar em secções transversas da parede torácica, os nervos intercostais segmentares e vasos passam entre os músculos intercostais internos e os músculos intercostais íntimos. HANSEN, 2015. Colorir os seguintes músculos de acordo com a numeração: 1. Intercostais externos: camada mais externa dos três músculos intercostais 2. Intercostais internos: camada média de intercostais; suas fibras tendem a seguir da direção superomedial para a direção inferolateral 3. Intercostais íntimos: as fibras quase ficam paralelas às fibras dos intercostais internos e algumas vezes se fundem com esses músculos 4. Transverso do tórax HANSEN, 2015. Ponto Clínico: Algumas vezes, é preciso introduzir uma agulha ou cateter através da parede torácica anterior na cavidade pleural subjacente, geralmente para drenar líquido (sangue ou líquido extracelular e pus) ou ar, que se acumulam nesse espaço e são passíveis de causar um colapso no pulmão. Faz- se necessário um cuidado extremo no posicionamento da agulha ou cateter, a fim de evitar lesões nos nervos e vasos intercostais, que passam inferiormente em cada uma das costelas (nos sulcos costais). Vídeos: https://youtu.be/BTBz5Zrf1Qw https://www.youtube.com/watch?v=FNT_N1IoziM https://www.youtube.com/watch?v=APOEkqViCOg 4. Anatomia – Coluna Lombar https://youtu.be/BTBz5Zrf1Qw https://www.youtube.com/watch?v=FNT_N1IoziM https://www.youtube.com/watch?v=APOEkqViCOg Ossos da coluna lombar A região lombar da coluna é composta de cinco vértebras. Estas vértebras são comparativamente maiores por suportarem o peso do tronco e, também, são bastante móveis, mas, nem de perto, tão móveis quanto a região cervical da coluna. HANSEN, 2015. Colorir os seguintes componentes das vértebras lombares (parte A), utilizando diferentes cores para cada um destes componentes: 1. Forame intervertebral: atravessado por um nervo espinal ao deixar a medula espinal e dirigir-se à periferia 2. Disco intervertebral 3. Corpo vertebral 4. Processo articular superior 5. Processo espinhoso 10. Ligamento longitudinal anterior 11. Disco intervertebral 12. Nervos espinais (colorir em amarelo) 13. Ligamento interespinal 14. Ligamento supraespinal 15. O núcleo pulposo em processo de herniação, ao comprimir um nervo espinhal HANSEN, 2015. Articulações e ligamentos da coluna vertebral As articulações dos arcos vertebrais são articulações sinoviais planas entre as faces articulares superior e inferior, que permitem algum movimento de deslizamento. As articulações dos corpos vertebrais são articulações cartilagíneas secundárias entre os corpos vertebrais adjacentes. Estas articulações estáveis, que suportam peso, também ajudam na absorção de choques. Os discos intervertebrais consistem em uma camada externa fibrocartilagínea, o anel fibroso, e um núcleo pulposo interno. Os discos lombares são os mais espessos, e os discos torácicos são os mais finos. Os ligamentos longitudinais anterior e posterior ajudam na estabilização destas articulações. HANSEN, 2015. Ponto Clínico: O estresse ou as mudanças relacionadas à idade podem levar à desidratação dos discos intervertebrais. Neste processo, o núcleo pulposo central cria uma hérnia através do anel fibroso; se a hérnia for posterolateral – o tipo mais comum – pode ocorrer compressão do nervo espinal ou de sua raiz, enquanto estas estruturas atravessam o forame intervertebral. Músculos da parede abdominal posterior Os músculos da parede abdominal posterior localizam-se atrás da cavidade peritoneal, e suas faces anteriores são separadas da cavidade através das seguintes estruturas: • Fáscia transversal • Camada de gordura extraperitoneal de espessura variável • Peritônio parietal que reveste a cavidade peritoneal Esses músculos preenchem os espaços entre a borda inferior do gradil costal e o início da pelve verdadeira. Frequentemente, inclui-se o diafragma entre esses músculos, porque sua extensão superior emerge quase até a altura do corpo da 8ª vértebra torácica. A contração do diafragma puxa o centro tendíneo inferiormente e aumenta o volume da caixa torácica, causando uma queda na pressão, ligeiramente abaixo da pressão ambiente (fora do corpo). Em consequência a isso, o ar entra passivamente pela traqueia e pelos pulmões. O relaxamento do diafragma e o recuo elástico dos pulmões expelem o ar durante a expiração normal. Os músculos psoas menor não está sempre presente mas age como um fraco flexor da região lombar da coluna vertebral. HANSEN, 2015. Colorir os seguintes músculos da parede abdominal posterior, utilizando uma cor diferente para cada um deles: 1. Diafragma (deixe o centro tendíneo sem cor) 2. Quadrado do lombo 3. Psoas maior 4. Ilíaco: este músculo funde-se com o psoas maior para funcionar como um único músculo, o iliopsoas HANSEN, 2015. Ponto Clínico: Uma infecção em um disco intervertebral no nível do músculo psoas maior pode levar à formação de um abscesso no psoas, que, primeiramente, aparece na inserção superior do músculo. Essa infecção pode espalhar-se por baixo da bainha fascial do psoas (que recobre este músculo) e estender-se inferiormente até o ligamento inguinal. 5. Anatomia – Sacro e Cóccix Ossos do sacro e do cóccix O sacro é composto de cinco vértebras fundidas que formam um osso único, em forma de cunha. O sacro serve de suporte para a pelve. O cóccix é um remanescente da cauda embrionária e geralmente consiste em quatro vértebras, com as últimas três sendo fundidas em um osso único. O cóccix não apresenta arcos vertebrais e não tem canal vertebral. HANSEN, 2015. Colorir os seguintes componentes sacrais (partes B, C e E) e coccígeas (partes B, C e E), utilizando diferentes cores para cada um destes componentes: 6. Face articular lombossacral: articula-se com o corpo da vértebra L5 7. Forames sacrais anteriores: para passagem dos nervos espinais 8. Vértebras coccígeas 9. Crista sacral mediana: equivalente aos processos espinhosos vertebrais das demais regiões da coluna HANSEN, 2015. Articulações e ligamentos Articulações sacroilíacas: são compostas, fortes, que sustentam peso, formadas por uma articulação sinovial anterior (entre as faces auriculares do sacro e do ílio, cobertas por cartilagem articular)e uma sindesmose posterior (entre as tuberosidades desses ossos). As faces auriculares dessa articulação sinovial têm elevações e depressões irregulares, mas congruentes que se encaixam. As articulações sacroilíacas diferem da maioria das articulações sinoviais porque a mobilidade é limitada, uma consequência de seu papel na transmissão de peso da maior parte do corpo para os ossos do quadril. Articulações lombossacrais: As vértebras L V e S I articulam-se na sínfise intervertebral anterior formada pelo disco L V/S I entre seus corpos e nas duas articulações dos processos articulares posteriores entre os processos articulares dessas vértebras. Os processos articulares na vértebra S I estão voltados posteromedialmente, entrelaçando-se com os processos articulares inferiores, voltados anterolateralmente, da vértebra L V, o que impede o deslizamento anterior da vértebra lombar sobre a inclinação do sacro. Essas articulações são ainda mais fortalecidas por ligamentos iliolombares que se irradiam dos processos transversos da vértebra L V até os ílios. Articulação sacrococcígea: é uma articulação cartilagínea secundária com um disco intervertebral. A fibrocartilagem e os ligamentos unem o ápice do sacro à base do cóccix. Os ligamentos sacrococcígeos anterior e posterior são longos filamentos que reforçam a articulação. MOORE, 2014. Os delgados ligamentos sacroilíacos anteriores são apenas a porção anterior da cápsula fibrosa da parte sinovial da articulação. Os amplos ligamentos sacroilíacos interósseos (que estão situados profundamente entre as tuberosidades do sacro e ílio e ocupam uma área de aproximadamente 10 cm2) são as principais estruturas associadas à transferência de peso da parte superior do corpo do esqueleto axial para os dois ílios do esqueleto apendicular. Os ligamentos sacroilíacos posteriores são a continuação externa posterior da mesma massa de tecido fibroso. Como as fibras dos ligamentos interósseos e sacroilíacos posteriores seguem do sacro obliquamente para cima e para fora, o peso axial que empurra o sacro para baixo, na verdade, empurra os ílios para dentro (medialmente), de modo que comprimam o sacro entre eles, unindo as faces irregulares, mas congruentes das articulações sacroilíacas. Os ligamentos iliolombares são ligamentos acessórios desse mecanismo. MOORE, 2014. Músculos da pelve Os músculos da pelve margeiam as paredes pélvicas laterais (obturador interno e piriforme) e inserem- se no fêmur (osso da coxa) ou recobrem o assoalho pélvico (levantador do ânus e coccígeo), formando o “diafragma pélvico”. Os dois músculos que formam o diafragma da pelve foram adaptados a funções diferentes daquelas para as quais foram originalmente desenvolvidos em vertebrados terrestres. A maioria dos mamíferos terrestres, por exemplo, é quadrúpede, enquanto os seres humanos são bípedes e têm postura ereta. A postura bípede exerce uma enorme pressão no assoalho pélvico inferior ao suportar as vísceras abdominais e pélvicas. Dessa forma, os músculos antes destinados a esconder a cauda entre as patas traseiras (coccígeo) ou a balançar a cauda (levantador do ânus), passaram a desempenhar a função de suportar as vísceras. HANSEN, 2015. Colorir os seguintes músculos pélvicos, utilizando uma cor diferente para cada um deles: 1. Levantador do ânus: composto de três músculos fundidos (o músculo de “abanar a cauda” em outros mamíferos terrestres) 2. Obturador interno 3. Coccígeo: parcialmente fi broso (o músculo de “esconder a cauda” em outros mamíferos terrestres) 4. Piriforme: um músculo em forma de pera; mais largo em uma extremidade que na outra HANSEN, 2015. Vídeos: https://www.youtube.com/watch?v=RIJOVU1b6jI&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=zNIOEIo4FTw&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=XO0JQtXY2m8&feature=youtu.be https://m.youtube.com/watch?v=kXzvWPi6Ymc https://www.youtube.com/watch?v=FNT_N1IoziM https://www.youtube.com/watch?v=RIJOVU1b6jI&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=zNIOEIo4FTw&feature=youtu.be https://www.youtube.com/watch?v=XO0JQtXY2m8&feature=youtu.be https://m.youtube.com/watch?v=kXzvWPi6Ymc https://www.youtube.com/watch?v=FNT_N1IoziM Referências Bibliográficas: 1. HANSEN, John T. Netter anatomia para colorir. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 2. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
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