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FERRAMENTAS PARA A GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS Professor: Me. Reginaldo Aparecido Carneiro Diretoria Executiva Pedagógica Janes Fidelis Tomelin Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Projetos Educacionais Camilla Barreto Rodrigues Cochia Caetano Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia Gerência de Projetos Especiais Daniel Fuverki Hey Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Projeto Gráfico Thayla Guimarães Designer Educacional Nayara Garcia Valenciano Editoração Flávia Thaís Pedroso DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 As imagens utilizadas neste livro foram obtidas a partir do site shutterstock.com C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; CARNEIRO, Reginaldo Aparecido. Gerenciamento Ágil de Projetos. Reginaldo Aparecido Carneiro. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 50 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Gerenciamento 2. Projeto 3. EaD. I. Título. ISBN 978-85-459-0046-7 CDD - 22 ed. 350 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 sumário 07| PROJECT MODEL CANVAS 21| FERRAMENTAS PARA MÉTODOS ÁGEIS 30| TÉCNICA DE PRIORIZAÇÃO DO BACKLOG DO PRODUTO E AS ESTIMATIVAS ÁGEIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Exibir uma metodologia de gerenciamento de projetos conhecida como Project Model Canvas, que utiliza uma forma ágil de estruturação de um plano de projetos. • Relatar sobre uma técnica conhecida como Empathy Map que permite analisar os stakeholders sob o ponto de vista estratégico. • Demonstrar algumas ferramentas que poderão ser utilizadas em empresas que aplicam a metodologia ágil na execução de seus projetos, tais como: Mingle, Banana Scrum e VersionOne. • Abordar uma técnica para priorização do Backlog do Produto e algumas estimativas ágeis, tais como: Planning Poker, Story Point e Horas Ideais. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Project Model Canvas • Ferramentas para Métodos Ágeis • Técnica de Priorização do Backlog do Produto e as Estimativas Ágeis FERRAMENTAS PARA A GESTÃO ÁGIL DE PROJETOS INTRODUÇÃO introdução Prezado(a) Aluno(a), Muitas das empresas que estão em destaque no mercado de hoje são aquelas que inovaram em seu modelo de negócios. Elas não criaram nada, não inventaram, absolutamente, nada de novo, não criaram tecnologia nova, tampouco, lançaram produtos ou serviços novos. É provável que o diferencial dessas empresas esteja na forma diferente com que elas criam e entregam valor para o mercado. Tushman & Nadler (1986) destacaram em seus estudos que as empresas podem ganhar vantagem competitiva apenas por gerenciarem eficazmente para hoje, o que acaba por criar, simultaneamente, a inovação para amanhã. Nesse sentido, é importante destacar aqui o termo “inovação”. Além da inovação tecnológica, também tem a inovação de processos, a inovação de produtos e serviços, e a inovação de modelo de negócios. É esse último tipo de inovação que esse estudo abordará. Nela será apresentada uma metodologia de gerenciamento de projetos, conhecida como Project Model Canvas, no qual se farão as devidas relações junto às metodologias ágeis. Relatar sobre modelo de negócios ainda remete muitas confusões, haja vista que cada metodologia nova que surge, criam-se novas possibilidades de modelos de negócio. Em suma, um modelo de negócios descreve uma lógica de como uma organização cria, entrega e captura valor diante de seu mercado. Para tanto, as empresas que souberem lidar com metodologias e técnicas de gerenciamento estratégico disponíveis no mercado para serem inovadoras, certamente se sobressairão. Uma empresa ainda necessita se preocupar com as ferramentas disponíveis no mercado que poderão ser utilizadas no sentido de potencializar as suas ações, principalmente, as que estão envolvidas com métodos ágeis. A segunda parte desse estudo demonstrará algumas ferramentas aplicadas nos métodos ágeis, tais como: Empathy Map, Banana Scrum, Mingle, e VersionOne. INTRODUÇÃO introdução Para finalizar, a terceira e última parte explorará sobre a técnica de priorização do Backlog do Produto e a sua importância no desenvolvimento de produtos. Todos os dias você poderá receber várias ideias para os produtos do seu time, clientes, mercado, comercial, e todos ao seu redor. Todas essas ideias colocarão o responsável pelo produto em uma posição em que cada decisão tomada terá implicações em longo prazo sobre o produto e o negócio. Com isso, faz-se necessário que haja uma priorização condizente para uma decisão mais acertada. O último item também pontua sobre algumas estimativas ágeis, tais como: o Planning Poker, o Story Points e as Horas Ideais. Elas estão atreladas diretamente com os objetivos que pretende alcançar em um projeto. Para tal, faz-se necessário prover de estimativas, para que o cronograma proposto seja alcançado com a máxima eficácia. Boa leitura! Pós-Universo 7 PROJECT MODEL CANVAS Pós-Universo 8 O termo Modelo de Negócios é recente, de tal forma que essa expressão começou a ficar em evidência na década de 90 com o surgimento da internet. Nos últimos tempos, esse termo tem recebido uma atenção na área de gestão a partir de várias conceituações, porém, não existe um consenso entre os autores sobre a definição ou natureza do que é Modelo de Negócios, aparecendo na literatura com diferentes características e componentes. (OROFINO, 2011). De acordo com Teece (2010), um Modelo de Negócios evidencia o que os clientes querem, como querem e o quanto estão dispostos a pagar. Além disso, ainda descreve como uma empresa deve se organizar para atender às necessidades de seu público-alvo, a fim de obter os lucros oriundos de suas vendas. Já para Drucker (2002), um Modelo de Negócios consiste na definição de quem é o cliente, o valor que será entregue ao consumidor e como o produto/serviço será mais bem ofertado. De forma resumida, você pode perceber que um Modelo de Negócios é caracterizado como um esquema a ser utilizado para guiar uma empresa na definição e implementação de sua estratégia, ou seja, consiste na descrição dos fatores necessários para um empreendimento criar valor, bem como na definição das relações que ocorrerão entre o mercado e a organização. O que se pode constatar com muita naturalidade é que o ritmo das mudanças está cada vez maior, tornando o ambiente de negócios altamente complexo. Isso faz com que as empresas busquem novas estratégias e, nesse caso, a busca de um modelo de negócio é muito bem-vinda. Por sua vez, empresas que lidam com projetos podem envolver um número amplo de partes interessadas denominadas stakeholders, o que pode também impactar mais nas áreas de negócios. Como resultado final, tudo isso está tornando a função de um gerente de projetos mais complexa também (apenas um lembrete: em métodos ágeis não existe o papel específico de um gerente de projetos). Mas uma coisa não resta dúvida: o gerenciamento de projetos é uma área de conhecimento que tem despertado muito interesse em diversas empresas por oferecer elementos que suportam a tomada de decisão nas diversas fases de empreendimentos temporários, permitindo que esses obtenham os seus melhores resultados. Dentre as várias dificuldades que se pode encontrar na estruturação de um projeto, destaca-se que a comunicação e o envolvimento dos stakeholders são os de maior impacto, e os que requerem maior preocupação.É exatamente, nesse sentido, que surge uma solução para essas dificuldades: trata-se do Project Model Canvas (PMC). Condiz como uma metodologia de gerenciamento de projetos escrito pelo professor Finocchio Júnior (2014), presente no livro “Project Model Canvas: gerenciamento de projetos sem burocracia”, pela editora Elsevier Brasil. Pós-Universo 9 Nesse exato momento, talvez você faça a seguinte pergunta: e o que tem a ver os métodos ágeis com o PMC? Qual é a relação existente entre ambos? Nesse sentido, algumas informações importantes, por exemplo, tanto as metodologias ágeis SCRUM quanto o XP não costumam abordar a fase de concepção de um projeto. Por sua vez, o PMC, por se tratar de uma ferramenta de facilitação, promove aos indivíduos e as interações entre eles um valor maior que o normalmente visto nessa fase do projeto, sendo bastante indicado que o cliente participe dessa elaboração. Veja, nesse caso, uma relação muito direta com o primeiro princípio do manifesto ágil (indivíduos e interação entre eles mais que processos e ferramentas). Outra questão: destaca- se que o Brasil é reconhecido mundialmente como um país campeão da burocracia governamental. Como consequência, isso acaba gerando ineficiência operacional em várias camadas da sociedade. Por sua vez, essa situação exige das empresas processos internos que aceleram o tempo de resposta ao mercado de forma a tornar tais empresas competitivas. Exatamente esse desafio na busca pela desburocratização é o pilar central do PMC, pois, trata-se de um modelo de planejamento ágil de projetos com o objetivo de representar de forma visual, apenas em uma folha chamada “canvas”, os treze componentes essenciais e necessários para a formatação de um plano de projeto. O que as empresas de bens de consumo tais como: a Ambev e a Natura, assim como o banco francês PNB Paribas, além do Exército Brasileiro têm em comum? Pense rapidamente. Você tem ou desconfia de alguma resposta? Na verdade, todas essas empresas citadas têm utilizado o PMC para a realização do planejamento de seus projetos de modo ágil, envolvendo ao máximo as partes interessadas, também conhecidas como stakeholders. Fonte: o autor. reflita Pós-Universo 10 Agora que você já tem conhecimento da relação entre o PMC e os métodos ágeis, os próximos parágrafos darão maior profundidade sobre esta metodologia. A metodologia Project Model Canvas utiliza como suporte 4 (quatro) princípios da neurociência: a. Simplificação (ideia de simplicidade); b. Agrupamento (para o ser humano isso faz mais sentido); c. Engajar os stakeholders (envolvimento de todos); d. Visualização (para facilitar a memorização do que está vendo). A neurociência tornou-se uma das mais prósperas áreas de pesquisa multidisciplinar dos nossos tempos. O objetivo da neurociência é compreender os processos mentais pelos quais percebemos, agimos, aprendemos e nos lembramos. Busca explicar o comportamento em termos das atividades neurais, e como o sistema nervoso organiza milhões de células nervosas individuais para gerar o comportamento. Fonte: Cury (2007, p. 164). saiba mais Em linhas gerais, o Project Model Canvas é uma metodologia que une tendências a pesquisas em neurociências, propondo uma nova forma para planejar projetos. Importante destacar que o canvas (tela) não se resume somente em colar post-its (papéis em que descrições curtas serão disponibilizadas de acordo com o avanço do projeto) para definição dos aspectos atinentes ao projeto. Sabe-se da existência de 4 etapas fundamentais para a aplicação dessa metodologia, sendo: Pós-Universo 11 1. Conceber - Cada área demarcada no Canvas (tela) condiz com uma função de planejamento específica, cada qual agrupada em blocos que respondem às principais questões do projeto. Conforme Figura 1, percebe-se que as 6 perguntas centrais (e suas respectivas respostas) são de extrema importância para a construção do Canvas: • Por quê? Qual é a missão desse projeto? Quais os objetivos ele deverá cumprir? Por que ele deve ser desenvolvido? • O quê? Está relacionado diretamente com o resultado do projeto • Quem? Trata-se dos stakeholders que estão envolvidos no projeto; • Como? Está atrelado à forma de execução; • Quando? Quanto? Condiz com um cronograma com seus respectivos prazos e custos envolvidos no desenvolvimento do projeto. Figura 1: As seis perguntas fundamentais do Project Model Canvas Fonte: Massaro (2014, online). Pós-Universo 12 2. Integrar - Nessa segunda etapa, os blocos são agrupados para fazer as amarrações necessárias. Isto é, faz-se necessário que haja consistência entre os blocos com o objetivo de se estabelecer uma integração entre os componentes. Até porque ele é resultado da interação de pessoas, fluxo de ideias, pensamentos e debates. Como consequência, pode se dizer que esse processo de integração torna o modelo mental representado no Canvas mais forte. 3. Resolver - Nessa ocasião busca-se identificar os pontos cuja montagem do Canvas ficou com algumas pendências em função de indefinições, ausência de alguma informação ou a presença de algumas contradições. Esses problemas devem ser levados como “lição de casa”. Logo, ações de balanceamento do projeto devem ter o respaldo da equipe, dos clientes e dos patrocinadores. 4. Compartilha - Essa etapa tem relação direta com a comunicação, ou seja, trata-se de comunicar a informação do projeto em grupos para evolução dos demais membros da empresa. A ausência de entendimento entre os envolvidos no projeto gera insegurança e medo. Por isso, diferente de um documento criado apenas para cumprir ordens (com grandes possibilidades de não ser lido), o Project Model Canvas é um modelo mental simplificado (lembra-se da neurociência?). Condiz com uma ferramenta para unir as pessoas, suas ideias e definir, de modo colaborativo, o que necessita ser realizado para colocar um projeto em prática. O problema que se pretende resolver a partir da utilização do Project Model Canvas é facilitar a concepção rápida e colaborativa de um projeto, ao mesmo tempo em que se consideram várias perspectivas no objetivo de levantar possíveis problemas já na origem. Fonte: o autor. reflita Pós-Universo 13 Conforme visualizado na Figura 2, o modelo oferece uma forma de visualizar as interconexões entre os elementos, o que ajuda a identificar problemas. Na verdade, as perguntas fundamentais são as que definem seu projeto. Elas facilitam a compreensão por seguir uma ordem que auxilia na organização de sua concepção. Figura 2: Modelo de um Canvas Fonte: Canvas (online). Faz-se necessário a utilização de uma folha A1 para fixação dos post-its no quadro (canvas), conforme destacado na Figura 2. As informações dispostas nele segue um workflow. A composição, conforme demonstrada, é a seguinte: justificativas, objetivos, benefícios, produto, requisitos, stakeholders (externos), equipe (interno), premissas, grupos de entregas, restrições, riscos, linha do tempo e custos. Na Figura 2 ficou evidente que o questionamento “Por quê?” engloba os itens “justificativas, objetivos e benefícios”, assim como a pergunta “O quê?” envolve o “produto e os requisitos”, a indagação “Quem?” engloba os stakeholders e a equipe, o “Como?” está associado com as premissas, o grupo de entrega e as restrições, e, por fim, as perguntas “Quando? Quanto?” envolvem os riscos, as linhas do tempo, e os custos do projeto. Pós-Universo 14 Na Figura 2, você pode perceber a presença da expressão PITCH. Na verdade, trata-se de uma maneira mais simples de descrever o seu projeto, utilizando o mínimo de palavras possível. Sendo assim, o Pitch é a primeira parte a ser preenchida do seu PMC. Nele, você deverá resumir seu projeto em apenas uma frase. Exemplo: Escritório de projetos rodando. Fonte: o autor. atenção Talvez você esteja se perguntando o que cada componente desse bloco tem como função. Em linhas gerais, seguemalgumas considerações importantes. Com relação ao questionamento “Por que a realização do projeto?”, a justificativa evidencia o problema com exatidão, apontando as necessidades que não estão sendo atendidas naquela ocasião. Como exemplo dessa etapa, pode-se citar a presença de projetos fora do padrão, insatisfação do patrocinador, gerentes de projetos gastando tempo apagando incêndio, perda de faturamento e perda de cliente. Os objetivos de um projeto devem ser SMART, ou seja, devem ser: • ESpecíficos (focados e claros em relação a que, quando e como a situação deverá mudar – não deve ser abrangente); • Mensuráveis (capazes de identificar alvos e benefícios – facilidade em lidar com dados quantitativos); • Atingíveis (capazes de realizar seus objetivos, conhecendo os recursos e a capacitação à disposição da comunidade – apropriados ou adequados); • Realísticos (capazes de obter o nível de mudança refletido no objetivo – deve ser alcançável) e • Ligados ao Tempo (definem o período no qual os objetivos devem ser alcançados – associação com prazo). Pós-Universo 15 Um exemplo SMART poderia ser o seguinte: implantação de um escritório corporativo de projetos na Empresa Setorize, responsável pela padronização de gestão de projetos, capacitando os gerentes de projetos na sua metodologia, dando suporte aos projetos estratégicos da empresa até 31 de dezembro de 2015, com um gasto na ordem de R$ 100 mil. Por fim, os benefícios devem projetar a provável conquista que obterá após a implantação daquele projeto. Em termos de exemplificação, destaca-se o aumento do faturamento da empresa Setorize, ampliação do nível de satisfação de sua clientela, redução dos custos, e melhoria na qualidade de vida para o gerente de projeto. Acrônimo condiz com uma palavra cuja formação parte de suas iniciais. O objetivo é o de facilitar a memorização de algum conceito. E um dos acrônimos mais conhecidos e utilizados pelas empresas é o SMART: em inglês tem o significado de inteligente, ou esperto. A partir da observação de suas cinco variáveis, você terá mais segurança quanto ao objetivo que pretende alcançar. Destaca-se que a maior discussão incide sobre a letra A. Alguns atribuem o significado de alcançável. Outros atribuem algo como ajustável. Entretanto, a tradução mais utilizada é o apropriado (ou adequado). Para facilitar, segue um exemplo: trata-se da realização do Campeonato Mundial de Futebol da FIFA no Brasil em 2014 – a Copa do Mundo. Pode-se dizer que ela foi acertada com antecedência entre o governo brasileiro, a CBF e a FIFA. O projeto foi bem especificado, tinha um prazo bem determinado, foi quantitativamente equacionado e chegou à conclusão de que era factível. Contudo, pode-se levantar uma questão: o projeto foi adequado naquela ocasião em que o país detinha tantas prioridades? Talvez fosse mais pertinente “arrumar a casa” para somente depois trazer o evento. De qualquer forma, pode-se dizer que o referido projeto partiu de um objetivo SMART. Fonte: o autor. atenção Com relação ao questionamento “O que será atendido?”, o produto (pode-se destacar aqui, também, uma prestação de serviço) condiz com o resultado final de um projeto. E nos requisitos há necessidade de especificar os pontos de qualidade que o cliente receberá, não se esquecendo do valor agregado nessa ação. Pós-Universo 16 Figura 3: Exemplo de Canvas de um projeto Fonte: Massaro (2014, online). De forma clara e objetiva, relata-se que o produto resultante seria um escritório implantado e operando na empresa Setorize. Em se tratando de exemplo de requisitos, ressalta-se a necessidade da existência de um fluxograma da gestão de projetos, de uma metodologia padrão de gestão de projetos, a aplicação de um treinamento padrão da metodologia de gestão de projetos, necessidade de implantação de um software de gestão de projetos, havendo necessidade de uma festa de encerramento assim que findar o projeto. Uma vez questionado Quem participa do projeto? tem-se a apresentação de itens relacionados com fatores externos (stakeholders) e fatores internos (equipe). Os fatores externos condizem com todos aqueles que estão envolvidos com o projeto, porém sem subordinação direta ao gerente de projetos. Eles podem afetar o projeto de alguma forma. Seria, por exemplo, uma consultoria em gestão de projetos, o fornecedor do software de gestão de projetos, as diretorias e os gerentes funcionais da empresa Setorize. Pós-Universo 17 Em contrapartida, os fatores internos estão representados pelos colaboradores que são os responsáveis na produção do projeto e na entrega do projeto em si. Como exemplificação, nesse caso, destaco a presença de todos os participantes que são responsáveis por produzir as entregas do projeto. Logo, trata-se do gerente do projeto, o analista do escritório de gestão de projetos, o consultor de projeto, o analista de processos e o instrutor. O próximo questionamento Como o trabalho será entregue? envolve as premissas, os grupos de entregas e as restrições. Nas premissas, apontam-se algumas suposições atinentes ao projeto, uma vez que não se tem o total controle sobre todas as variáveis envolvidas. Isto é, condiz com tudo aquilo que se toma por verdade para o projeto. Eu poderia dar continuidade na exemplificação destacando o seguinte: 90% dos gerentes de projetos vão aderir ao projeto, o software de gestão de projetos será implantado até 31 de dezembro de 2015. Os grupos de entregas se referem a tudo aquilo de concreto, mensurável e tangível que será entregue pelo projeto. Então, exemplificando, tem-se o seguinte: 1) estratégia de implantação; 2) processo de gestão de projeto; 3) apresentação do processo, 4) aplicação do treinamento, e 5) festa de encerramento. E, por último, as restrições estão atreladas as limitações do projeto, ou seja, aquilo que poderá impactar no desenvolvimento do projeto. É o caso, por exemplo, de destacar que os gerentes funcionais não poderão se ausentar por mais de 8 horas de suas funções, não poderá ser gasto mais de 25% do orçamento com serviços externos, e a equipe de TI não dará suporte a nova aplicação. Perceba que a restrição limita a forma de trabalho da equipe. Para o atendimento da última pergunta. Quando será concluído e quanto custará? Tem-se a preocupação com os eventos incertos provenientes do futuro (riscos). Nesse caso, deve-se levar em consideração o de maior relevância, buscando e implantando alguma resposta. Seria, por exemplo, a gerência funcional não aderir ao método de gestão de projetos, uma baixa qualidade do treinamento realizado internamente, e um atraso na implantação do software. Pós-Universo 18 Também há necessidade de definir quando ocorrerão as entregas do grupo de entregas (linha do tempo), além do custo que a empresa terá para a conclusão do projeto (custos). Surge, nesse caso, o seguinte questionamento: quanto será gasto para concluir esse projeto? Destaco a importância de se distribuir os custos pelos grupos de entregas pré-definidos. Por exemplo: 1) estratégia de implantação (R$ 1 mil); 2) processo de gestão de projeto (R$ 2,5 mil); 3) apresentação do processo (R$ 1,6 mil), 4) aplicação do treinamento (R$ 17 mil), e 5) festa de encerramento (R$ 5 mil). E como se dá a dinâmica dessa metodologia? Como gerente de projeto deve orientar a execução das ações junto de todos os envolvidos? Eis alguns direcionamentos: a ideia da dinâmica é que o gerente de projetos coordene um brainstorming com os membros de sua equipe e com o cliente para que todos construam o plano juntos, tendo, ao mesmo tempo, uma visão conjunta sobre seus objetivos, fases, custos e benefícios. Na metodologia, os participantes preenchem um canvas colocando post-it nos 13 blocos. Para os mais tecnológicos, destaca-se que ainda há possibilidade da utilização de um canvas digital a partir da utilização de um aplicativo mobile, com possibilidade de projeção viatelevisão ou mesmo um projetor. O benefício na utilização dessa ferramenta é que os participantes não precisam, necessariamente, estar na mesma sala. Importante deixar claro que o Project Model Canvas serve para a etapa de iniciação e planejamento de um projeto. O mesmo não deve ser utilizado para o acompanhamento da sua execução. Isto é, o PMC não se presta ao gerenciamento de projetos, mas sim ao planejamento. Fonte: o autor. atenção Pós-Universo 19 Fazendo uma relação direta junto das práticas ágeis (objetivo principal do conteúdo), o PMC pode auxiliar na definição da visão do produto (descrição do futuro desejado pela organização e a ser entregue pelo projeto). Dessa forma, a visão deve estar alinhada com os objetivos estratégicos da empresa. A visão promove condições para motivar, engajar e alinhar as atividades das partes interessadas no projeto. Sua função é manter o objetivo do projeto na mente das partes envolvidas. Por esse motivo, ela deve permanecer estabilizada para garantir o alinhamento com as estratégias e fortalecer a credibilidade junto dos envolvidos Para melhorar a profundidade no conhecimento sobre esse assunto, existe disponível na internet um guia definitivo do Project Model Canvas, com download gratuito. Com esse guia, você saberá como utilizar a metodologia de planejamento de projeto inspirada em conceitos de neurociência, Desing Thinking e na experiência do professor José Finocchio. Dará condições para que você siga o passo a passo ruma a criação e a implementação de seu primeiro PM Canvas, além de possibilitar com que você veja como conceber seus projetos utilizando o PM Canvas App, integrando-o com o Project Builder. O guia está disponível em: <http://www.projectbuilder.com.br/ guia-definitivo-do-pm-canvas> Fonte: o autor (2016). saiba mais Destaca-se que essa metodologia vem se popularizando, gradativamente, no Brasil. Como o PMC tem foco nas atividades atreladas a iniciação e planejamento de um projeto, o gerente do projeto fica com a importante incumbência de decidir sobre a utilização de modelos ágeis de gestão de seus projetos ou se partirá para o emprego de um modelo convencional. Se a decisão partir para a primeira opção, a empresa poderá utilizar junto do Canvas um framework como o SCRUM (por exemplo), pois, isso dará agilidade à execução e entrega do projeto. Com certeza haverá melhoria no tempo de resposta ao cliente a partir de um trabalho de levantamento contínuo de requisitos e entregas incrementais do produto/serviço que está sendo desenvolvido. Pós-Universo 20 A tomada de decisão acerca do caminho a ser seguido é crítica, sendo que a natureza do projeto poderá determinar a melhor trajetória. Caso tenha projetos maiores, com requisitos e escopo mais bem definidos, isso poderá direcionar ao emprego de processos convencionais de gerenciamento. Em contrapartida, os métodos ágeis costumam funcionar de forma mais eficiente em projetos de menor dimensão e com alto grau de incerteza (com possibilidades de mudanças a qualquer momento). Finalizando, perceba que a metodologia Project Model Canvas simplifica e torna o planejamento de projetos mais fluido e colaborativo. Isso são fatores fundamentais para o alcance do sucesso na gestão de projetos. Importante destacar que essa metodologia não possui pré-requisito para sua implantação, podendo ser utilizado em qualquer empresa. Pós-Universo 21 FERRAMENTAS PARA MÉTODOS ÁGEIS Pós-Universo 22 Agora se aborda técnicas e ferramentas que podem ser aplicadas nas metodologias ágeis. É cabível ressaltar que nesse momento serão apresentadas apenas algumas delas, dado o extenso universo de possibilidades que estão presentes no mercado. Uma das técnicas utilizada é o Empathy Map, que permite analisar os seus stakeholders sob o ponto de vista estratégico. Na sequência serão apresentadas algumas das principais ferramentas para gerenciamento de projetos, tais como: Rally, Mingle, Banana Scrum e VersionOne, além da demonstração de duas técnicas ágeis: a técnica de estimativa conhecida como planning poker e a técnica de priorização de backlog. Empathy Map Um Emphaty Map é uma ferramenta de colaboração de equipes e pode ser utilizada para obter conhecimento de seu cliente. Ela surgiu a partir da experiência do usuário no mundo da Web Design, em uma tentativa de criar empatia com seus clientes. O Empathy Map pode representar um grupo de usuários, assim como um segmento de clientes. O Empathy Map foi originalmente criado por Dave Gray e vem ganhando popularidade junto com a comunidade ágil. Essa ferramenta é estruturada de forma simples através da apresentação de um rosto envolvido por seis seções (vide Figura 4), sendo elas: pensa e sente; ouve; vê; fala e faz; dores (fraquezas) e necessidades (ganhos). Figura 4: Mapa de Empatia Fonte: Kayo (online). Pós-Universo 23 Ao centro da Figura 4, você encontrará uma descrição geral do público-alvo a ser trabalhado, contemplando informações relacionadas com o gênero, o perfil demográfico e socioeconômico, entre outras informações que ajudem a definir o cliente de forma mais ampla. Os demais campos informam sobre o cotidiano dessa pessoa, ajudando a explicitar o que ela pensa, sente, vê, escuta, fala e faz, quais são suas principais dores e necessidades. O preenchimento desse mapa pode ser tanto online quanto impresso. Se for impresso, a utilização dos post-its é bem-vinda, facilitando as modificações que podem ocorrer ao longo do tempo. Com base nas perguntas mestres, você deve preencher cada um dos blocos. Nesse caso, você pode riscar, rabiscar, voltar atrás e fazer tudo de novo mais de uma vez. O ideal é você criar um mapa exclusivo para os segmentos mais promissores. Importante destacar que a “empatia” não é o mesmo que “simpatia”. Na verdade, a simpatia trata-se de uma resposta emocional em terceira pessoa. Por sua vez, a empatia é caracterizada como a condição em que uma pessoa se coloca no lugar de outra. Exemplificando essa questão para você, pode-se dizer que a simpatia seria um dos integrantes do time SCRUM (junto ao cliente solicitante do projeto) oferecer uma bebida durante uma troca de informações a respeito do produto que será projetado. Em contrapartida, a empatia seria todo o time SCRUM, aliado a esse mesmo cliente, compreender os seus anseios, e, a partir de trocas de experiências, oferecer um software ideal, isto é, de acordo com a sua solicitação. Esta ferramenta possibilita conhecer profundamente o comportamento, ambiente e fatores psicológicos que influenciam o seu público-alvo a comprar produtos. Se você deseja conhecer profundamente as dores e os sonhos de seu cliente, o Empathy Map é um ótimo ponto de partida. Fonte: o autor. reflita Caso você tenha interesse no Empathy Map, a ferramenta está disponível para download em: <https://taskhunters.wordpress.com/2012/05/08/ faca-o-download-do-mapa-de-empatia/> saiba mais Pós-Universo 24 A partir da realização de tais análises, teremos uma boa compreensão e conhecimento do cliente, com informações atinentes ao seu entorno, comportamentos, preocupações, expectativas e suas decisões. Como consequência, isso permitirá abrir novos caminhos rumo à criatividade, inovação e, certamente, novas oportunidades de negócios. Não se esqueça da necessidade de validação de todas essas suposições a partir dos clientes reais. Mingle Mingle é um software colaborativo que é utilizado por empresas de vários portes no gerenciamento do ciclo de vida de um projeto na sua íntegra, partindo do gerenciamento de arquivos de mensagens, em qualquer tempo e lugar. Esse software tem vários modelos para os métodos ágeis, que pode auxiliar as equipes na preparação e organização do trabalho. Os usuários podem adicionar tipos de cartão personalizados e propriedades para permitir melhor visualização em todos os projetos bem como para as equipes. A melhor área funcional do Mingleé o gerenciamento de tarefas. Em linhas gerais, esse software pode ser considerado como uma ferramenta web baseada no gerenciamento ágil de projetos, colaborando no fornecimento de um ambiente de trabalho para toda a equipe. Trata-se de um software versátil que pode ser modificado de acordo com a equipe, o trabalho e o projeto. Ele fornece um ambiente de trabalho compartilhado comum para toda a equipe com recursos tais como fóruns, cartão de parede, wiki, entre outros. Mingle é um software Agile Project Management da ThoughtWorks. ThoughtWorks foi fundada no início dos anos 90 e tem crescido muito, desde a sua criação, operando atualmente com mais de 2500 funcionários em 12 países com 29 escritórios. ThoughtWorks tem a sua presença na Austrália, Índia, China, Brasil, Reino Unido, África do Sul, EUA, Alemanha e Singapura. Gestão Ágil de Projetos (GAP) Uganda, Canadá e Equador. ThoughtWorks Studios foi lançado como sua divisão de produtos em 2006. A divisão cria, apoia e vende gerenciamento ágil de projetos e desenvolvimento de software e ferramentas de implantação, incluindo Mingle. Fonte: Noorani (online, 2014). saiba mais Pós-Universo 25 Mingle permite gerenciar vários projetos simultaneamente, o que o torna útil quando há necessidade de executar vários projetos que se relacionam mutuamente. Ele fornece visibilidade nos projetos através de recursos, por exemplo, o uso de relatórios. As partes interessadas (stakeholders) têm acesso aos dados em tempo real, de tal forma que eles podem tomar decisões mais rápidas em relação ao projeto. Além disso, ele ainda permite que haja uma verificação da qualidade do software, fornecendo-lhe com um acompanhamento de bugs, bem como de teste de plataforma. Principais características do software Mingle: a. Fornecer colaboração em tempo real em um espaço de trabalho compartilhado, gerenciador de projetos promovendo suporte e visibilidade para as equipes envolvidas, fornece rastreamento preciso de bugs, e permite o controle dos projetos bem como identificação de riscos (rastreamento e relatórios); b. Alguns dos seus principais benefícios incluem a colaboração, a visibilidade e a flexibilidade; c. Condiz com um sistema baseado na web projetado para que as instalações e atualizações possam ser realizadas pelos seus próprios administradores; d. Projetado para empresas de pequeno, médio e grande porte, principalmente, aquelas que estão envolvidas com metodologias ágeis em seus projetos; e. Tem o inglês como suporte principal, mas também é suportado por idiomas em Holandês, Português, Chinês e Espanhol; f. Atende clientes de vários segmentos, tais como: na área de educação, e-business, varejo, saúde, turismo, telecomunicações, entretenimento, entre outros; g. Em termos de preço, o Mingle oferece sessões de aprendizagem e downloads gratuitos, incluindo uma versão gratuita de um ano para até cinco usuários. O preço dos produtos está baseado em um custo por usuário. Fonte: Mingle (online). saiba mais Pós-Universo 26 Banana Scrum Assim como o framework SCRUM, a Banana Scrum é uma ferramenta relativamente simples. Você já tem a percepção de que o SCRUM é um método ágil que tem como princípio básico a integração da equipe em se tratando de uma proximidade física. Entretanto, sabe-se que muitas equipes podem desenvolver um mesmo trabalho estando equidistantes entre si. Por exemplo: cada desenvolvedor pode estar presente em uma cidade diferente, e porque não em países distintos. São as chamadas equipes distribuídas. E agora? Como proceder? Na verdade esse cenário (distância) tem se tornado um tanto quanto comum nas empresas diante da globalização, bem como a facilidade de comunicação que as novas tecnologias disponíveis no mercado acabam proporcionando. É exatamente diante de circunstâncias como essas que a ferramenta Banana Scrum pode ser utilizada na tratativa junto a equipes de uma empresa. Em essência, ela é uma ferramenta baseada na web. Em suma, trata-se de uma ferramenta de gerenciamento de projetos online, sendo de grande utilidade caso se a empresa possuir equipes em vários locais e necessita manter as designações de projeto em um só ambiente. Por sua vez, essa ferramenta pode ser utilizada em reuniões online realizadas diariamente entre os colaboradores da empresa. Isso ocorre em situações no qual o desenvolvedor não pode estar fisicamente presente em um horário pré-determinado. De acordo com Pathak & Saxena (2012), Banana Scrum é uma poderosa ferramenta baseada na internet que inclui recursos, como exemplo, a criação de produto. Com ela a equipe envolvida pode criar e estimar o product backlog, além da criação do calendário de sprint, planejamento das sprints e o monitoramento do progresso em cada sprint. Importante ressaltar que ela não tem como pretensão substituir as interações humanas que ocorrem diariamente na empresa. Condiz com uma ferramenta que deve ser utilizada para destacar onde você está. Lembre-se do manifesto ágil: “Indivíduos e interações sobre processos e ferramentas”. Significa dizer que essa ferramenta deve ser tratada apenas como uma ferramenta: ela nunca deve ser um fim em si mesmo, mas sim um meio. Pós-Universo 27 Acesse o link exclusivo dessa ferramenta, inclusive com a possibilidade de abertura de uma conta. Nele há informações importantes, que compreende desde a apresentação do assunto, algumas notícias da área, características e tutoriais, além dos termos de serviços. Leitura obrigatória para quem tem interesse na obtenção de uma ferramenta online que pode ser utilizada em equipes distribuídas em sua empresa. Disponível em: <www.bananaSCRUM.com> Fonte: o autor. saiba mais VersionOne VersionOne é uma ferramenta de gerenciamento que engloba tudo em se tratando de um projeto ágil, desde o seu início. Serve como apoio para metodologias de desenvolvimento de softwares ágeis, tais como: SCRUM, Kanban, Lean, programação extrema (XP), entre outros. Pode ser utilizada tanto em pequenas equipes quanto em grupo maiores (empresas distribuídas). Trata-se de uma ferramenta que pode ser adequada ao tamanho da empresa, auxiliando-a na busca pelos procedimentos ágeis. De modo resumido, e tendo como referência o seu site, a VersionOne tem uma plataforma ágil de gerenciamento do ciclo de vida que envolve os seguintes itens: a. Gestão Ágil do Portfólio: alinha a estratégia com a execução, fornecendo apoio à decisão para o planejamento e plano de nível portfólio, visualizando e reportando suas iniciativas estratégicas. b. Relatórios Ágeis e Analíticos: oferece gráficos personalizados com o objetivo de promover visibilidade no ciclo de vida de desenvolvimento do software. c. Planejamento Ágil do Produto: o objetivo nesse caso condiz com o simplificar o planejamento de produtos com uma gestão fácil do backlog (alinhamento dos esforços do projeto com as necessidades de negócios). Pós-Universo 28 d. Teste Ágil de Gestão: condiz com o planejamento, execução e testes de aceitação do usuário e documento de regressão com uma visão integrada dos requisitos de negócios, histórias de usuários, casos de teste e resultados. e. Planejamento de Lançamento Ágil: busca prever datas de entrega e escopo com confiança a partir de uma análise de compreensão e comunicação dos trade-offs. f. Gestão de Ideias: VersionOne utiliza um fórum para capturar, colaborando com a priorização de solicitações de recursos de clientes. g. Planejamento da Sprint: permite que os membros da equipe se envolvam em um ambiente colaborativo, provendo capacidade de gerenciamento de economia de tempo e visibilidade. h. Mapa de Gestão Ágil do Produto: está relacionado com a criação de cronogramas de projetos ágeis relacionados e marcos de libertação para garantir o alinhamento entre os objetivos corporativos e as entregas de produtos. i. Rastreamento do Sprint: permite visualizar e acompanhar o progresso do projeto usando umainterface de usuário no quadro ferramenta de rastreamento ágil de VersionOne. j. Ferramenta Colaboração: fornece uma estrutura “end-to-end” de comunicação para ajudar as pessoas a trabalharem em conjunto de forma mais eficaz. De acordo com Robert Holler, CEO da VersionOne (2002, online), a ferramenta está empenhada em fornecer uma plataforma ágil de classe empresarial para ajudar as empresas a acelerarem a entrega de software e aumentar a agilidade dos negócios. Como já mencionado no princípio, desde o envolvimento do cliente para planejamento e acompanhamento para a integração de código fonte, o objetivo da VisionOne é auxiliar as empresas a escalarem suas iniciativas ágeis. Pós-Universo 29 De acordo com a Revista Mundo Project Management, antes de escolher a melhor ferramenta para gerir um projeto, faz-se necessário conhecer seus recursos tecnológicos, limitações, custo, existência (ou não) de um licenciamento, benefícios que a mesma oferece e, por fim, analisar as reais necessidades da implementação dessas ferramentas. Não se pode esquecer que tais ferramentas mudam de acordo com as tendências e novas tecnologias do mercado. Informações disponíveis em: <http://www.mundopm.com.br/default.jsp>. atenção Alguns nomes de ferramentas para Gerenciamento de Projetos livres e/ ou gratuitas: Gantt Project, Achievo, Open Workbench, Faces, TaskJuggler, OpenProj, dotProject, Mingle, ProjectKoach, Buildix, ScrumWorks, VersionOne e Rally. Dentre essas funcionalidades, segue algumas das categorias mais completas e os seus respectivos links de acesso: • Mingle está disponível em: <http://www.thoughtworks.com/mingle/> • VersionOne está disponível em: <http://www.versionone.com/> • Rally está disponível em: https://www.rallydev.com/ Fonte: Pinna (2010, online). saiba mais Pós-Universo 30 TÉCNICA DE PRIORIZAÇÃO DO BACKLOG DO PRODUTO E AS ESTIMATIVAS ÁGEIS Pós-Universo 31 Agora, vamos abordar duas técnicas ágeis. Trata-se da priorização do Backlog do Produto e de três estimativas ágeis, sendo elas: Planning Poker, Story Point e Horas Ideais (a título de curiosidade, existem outras estimativas ágeis, porém, elas não serão apontadas nessa ocasião). Os métodos ágeis dão importância para a identificação do Backlog do Produto, que é uma lista que contém todas as funcionalidades desejadas pelo cliente para um produto. Ele não precisa estar completo no início de um projeto, porém, com o passar do tempo, o mesmo cresce e muda à medida que se aprende mais sobre o produto e seus respectivos usuários. Os métodos ágeis também incentivam que as estimativas sejam realizadas de forma colaborativa, isto é, com o envolvimento e a participação de todos os membros pertencentes à equipe. Busca-se isto para evitar a obtenção de estimativas superestimadas, ou então que seja indicada por apenas um integrante da equipe. Priorização do Backlog do Produto Sendo um artefato do SCRUM, destaco que é no Backlog do Produto que se concentram as necessidades de negócio de um produto que se deseja construir. É importante mencionar que ele não deve se transformar em um depósito de requisitos, onde qualquer item é adicionado e fica por lá durante todo tempo com prioridade baixa. Em um projeto SCRUM, a mudança de rumo pode ocorrer a qualquer momento. Então, o conjunto de funcionalidades para o atendimento ao produto pode variar de prioridade conforme o tempo. É por esse motivo que o Backlog do Produto é um documento vivo que deve ser mantido atualizado e priorizado constantemente. Vide um exemplo destacado na Figura 5. Pós-Universo 32 Backlog do produto ID História Prioridade 01 2 O cliente deve conseguir pesquisar livro por título 4 O cliente deve conseguir comprar um livro escolhido (compra 1 item por vez) 6 O cliente deve conseguir pagar sua compra via boleto bancário 7 O cliente deve conseguir pagar sua compra via cartão de crédito 1 O cliente deve conseguir pesquiasr livros por autor 9 O cliente deve ser notificado por e-mail das etapas de sua compra (pagamento, aprovação correio) 3 O cliente deve conseguir pesquisar livros por editora Prioridade 02 5 O cliente deve conseguir incluir o item em um carrinho de compras Prioridade 03 10 O cliente deve conseguir enviar o feedback de seu atendimento após o recebimento do produto Prioridade 04 8 O cliente deve conseguir rastrear sua encomenda Figura 5: Exemplo de um Backlog do Produto Fonte: Tavares (online). A priorização é definida como a determinação da ordem e da separação daquilo que deve ser feito nesse instante, em relação aquilo que precisa ser feito mais tarde. Esse conceito está também presente no modelo tradicional de gerenciamento de projetos (Waterfall). No que diz respeito ao Gerente do Projeto, a priorização é fundamental, pois as tarefas são realizadas primeiro para agilizar o processo de desenvolvimento e alcançar os objetivos de um projeto. De acordo como Satpathy (2013), no Guia SBOK, o SCRUM faz uso da Priorização Baseada em Valor como um dos princípios fundamentais que impulsiona a estrutura e funcionalidade de todo o framework SCRUM. Isso auxilia os projetos a se beneficiarem através da adaptabilidade e desenvolvimento iterativo do produto ou serviço. Essa priorização é realizada pelo dono do produto (mais conhecido como Product Owner, ou simplesmente, PO), quando ele prioriza as estórias de usuário no Backlog Priorizado do Produto. O Backlog Priorizado do Produto contém uma lista de todos os requisitos necessários para a realização do projeto. Pós-Universo 33 Altamente refinados, requerimentos detalhados e prontos para serem implementados na próxima iteração, EX: user stories de alto nível Product Backlog Alta Baixa Pr io rid ad e Requerimentos mediamente refinados, EX: user stories de médio nível Requerimentos não refinados, EX: Epics user stories Figura 6: Detalhamento do Backlog Fonte: Fábrica... (online). A partir do momento que o PO recebe os requisitos de negócio de seu cliente (e os transforma em estórias de usuário), ele trabalha junto do cliente para compreender quais são os requisitos de negócios que fornecem o maior valor de negócio (no sentido de prioridade mesmo). Significa dizer que o PO precisa entender o que o seu cliente quer (valores) para organizar os itens do backlog (estórias) por grau de importância. Você deve entender que a priorização de um backlog envolve determinar o grau de importância de cada estória de usuário. Os requisitos de alto valor são movidos para o topo do backlog priorizado do produto. O PO deve trabalhar em sintonia com todo o Time SCRUM para entender os riscos e as incertezas do projeto. Nesse sentido, isto deve ser levado em consideração ao priorizar as estórias de usuário em uma abordagem baseada em valor. Segundo Satpathy (2013), no Guia SBOK, a priorização pode ser baseada em uma estimativa subjetiva do valor de negócio projetado, ou de sua rentabilidade, ou pode ainda basear-se em resultados e análises de mercado. Ao priorizar as estórias de usuário no backlog priorizado do produto, esteja ciente da existência de três fatores cruciais, sendo eles: 1. Valor; 2. Risco ou incerteza; 3. Dependências. Pós-Universo 34 DependênciaPrioridadeValor Risco Figura 7: Priorização Baseada em Valor Fonte: Satpathy (2013, p.33), no Guia SBOK. Enfim, posso destacar que a priorização é resultante de entregas cujo objetivo é satisfazer os requisitos do cliente com a intenção de fornecer o maior valor de negócio possível dentro do menor tempo possível. Estimativas Ágeis Nesse item, para facilitar a compreensão, ressalto que o principal ponto é pensar em um objetivo que se deseja atingir. Quando começar o planejamento para atingir um objetivo, pense nas tarefas que precisa completar e no que é necessário em termos de recursos – esforço, tempo, dinheiro. É importante frisar que a estimativa é a base de todos os projetos, seja ele, ágil ou tradicional. A confiabilidade deum cronograma está diretamente ligada às estimativas utilizadas para sua elaboração. Obviamente, que as estimativas não têm por objetivo serem 100% precisas. Na verdade, é exatamente, por isso, que são chamadas de estimativas. Story Point Essa estimativa ágil, também conhecida como Pontos da Estória, além de ser utilizada para estimar o custo, ela também pode ser usada para estimar o tamanho de uma estória de usuário. De acordo com o Satpathy (2013), no Guia SBOK,, essa abordagem atribui um valor de ponto da estória baseado em uma avaliação geral do tamanho de uma Estória de Usuário, sempre considerando o risco, a quantidade de esforço exigido e o nível de complexidade. Pós-Universo 35 Essa avaliação é realizada pelo Time SCRUM e um valor de ponto da estória deverá ser atribuído. A partir do instante que a avaliação é realizada para uma Estória de Usuário do Backlog Priorizado do Produto, o referido Time poderá avaliar as demais Estórias de Usuários relacionadas a essa primeira estória. Massari (2014) condiz com uma métrica utilizada para estimar o esforço de cada um dos requisitos do projeto, com base em uma sequência matemática denominada de Fibonacci. Significa dizer que, para cada Estória do Usuário, a equipe atribui um número da sequência de Fibonacci com atributos há pouco mencionado (risco, esforço e complexidade). Figura 9: Sequência de Fibonacci Fonte: Talk... (2011, online). Pós-Universo 36 Diante dos mistérios da Matemática, destaco que a sequência de Fibonacci é considerada uma das grandes descobertas da história do homem. Trata-se de uma sucessão de números que foi proposta pelo matemático Leonardo de Pisa (também conhecido como Fibonacci) em que apresenta o número 1 como o primeiro e o segundo termo da ordem, onde consequentemente os elementos posteriores são originados pela soma de seus dois antecessores. Com isso, temos a seguinte sequência: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597, 2584, 4181... Fonte: o autor (2016). saiba mais Como exemplo, pode-se utilizar a seguinte situação: para cada Estória do Usuário de menor esforço foi atribuída um Ponto de Estória, significa dizer que uma Estória do Usuário de dois Pontos de Estória equivale ao dobro de esforço do primeiro Ponto de Estória. Ainda segundo Massari (2014), essas estimativas ajudam a resolver 2 problemas, sendo eles: pessoas costumam falhar em predizer o tamanho absoluto dos trabalhos do projeto, e auxiliam nos processos de estimativas complexos. Cada equipe deve ter os seus próprios critérios para a métrica. Significa dizer que não existe uma padronização universal para determinar a equivalência entre a Estória do Usuário e os Pontos da Estória. Fonte: o autor. atenção Planning Poker A técnica Planning Poker (PP), também conhecida como Poker da Estimativa, foi definida pela primeira vez por James Grenning em 2002, e popularizada por Mike Cohn no livro “Agile Estimating and Planning”. Cohn (2013) e Grenning (2002) descrevem o PP como uma técnica de estimativa de tamanho voltada para as metodologias ágeis de desenvolvimento de software. Pós-Universo 37 O PP é uma técnica de estimativa que faz uso do consenso de seus envolvidos para estimar os tamanhos pertinentes às estórias de usuários. Nessa técnica, os membros participantes estimam o esforço das estórias de usuários a partir de um jogo de baralho. No PP, para cada membro do time é entregue algumas cartas de baralho. Cada uma é numerada em uma sequência e os números representam a complexidade do problema, em termos de tempo ou esforço, conforme estimado pelo membro do time. Tais cartas são representadas pelos números 1, 2, 3, 5, 8 e 13 (para estimar estórias pequenas de usuários), e os números 20, 40 e 100 (para estimar épicos). Figura 8: Sequência de Fibonacci Fonte: http://guillaumevincent.com/2010/12/16/Le-double-planning-poker.html Pós-Universo 38 O cliente faz a leitura de cada estória de usuário e esta passa a ser discutida, brevemente. Após essa situação, cada membro da equipe (que terá em mãos o conjunto de cartas anunciado) escolhe sua respectiva carta de estimativa. Após essa identificação, todos os integrantes da equipe mostram suas cartas de forma simultânea. Se a grande maioria (ou todos) selecionarem a mesma carta, significa dizer que a estimativa indicada nessa carta será a estimativa para a estória de usuário. Em contrapartida, se não houver um consenso, os integrantes do time deverão discutir as razões pelas quais selecionaram diferentes cartas. Isto deve ser realizado até se chegar a um consenso. Massari (2014) destaca algumas vantagens dessa técnica de estimativa, sendo: • Estimativa consensual da equipe, evitando estimativas superestimadas; • Evita coerção nas estimativas, pois todos os membros exigem suas estimativas de modo simultâneo; • Discussão entre equipe e cliente sobre os requisitos, o que promove maior entendimento, bem como uma estimativa mais precisa. Importante destacar que após essa discussão, eles escolhem novamente uma carta. Essa sequência continua até que todas as suposições sejam compreendidas, mal- entendidos sejam resolvidos e o consenso ou acordo seja alcançado. O PP defende a maior interação e melhor comunicação entre os envolvidos, facilitando o pensamento de cada participante, o que acaba evitando o pensamento em grupo. Pós-Universo 39 Horas Ideais Existe uma comprovação científica de que, das 8 horas trabalhadas diariamente, aquelas que foram realmente produtivas equivalem a, no máximo, 5 horas. A explicação para isso condiz com o fato de que os colaboradores de uma empresa necessitam de tempo para ler e-mails, atender telefones, interagir com outras pessoas, pausa para um café, entre outras atividades que não estão ligadas diretamente com os trabalhos do projeto. Por esse motivo, não queira dizer que um projeto de 240 horas tem um prazo de duração de 1 mês e meio. Para evitar isso, utilize a métrica das horas ideias para você ser mais assertivo em suas estimativas. Segundo Massari, (2014), horas ideais representam a quantidade de horas que efetivamente será gasta no projeto, descontando as horas gastas em outros tipos de trabalhos (conforme algumas foram elencadas há pouco). A título de exemplo, se levar em consideração um projeto estimado em 160 horas ideais, e, considerando, que a equipe gastará efetivamente o tempo de 4 horas por dia (de fato) no projeto, então, pode-se dizer que a equipe gastará 40 dias para finalizar o projeto. atividades de estudo 1. Sabe-se que traçar objetivos para um projeto é tarefa complicada, pois é necessário ter objetivos ambiciosos, capazes de manter sua organização motivada e em contínuo crescimento. Contudo, não se pode ser ambicioso demais e propor objetivos impossíveis de serem alcançados, a ponto de a equipe deter um sentimento de frustração e derrota. No Project Model Canvas, o objetivo do projeto deve ser estruturado de tal forma que as informações levem em consideração o SMART. Qual das afirmativas abaixo pode ser considerada um objetivo SMART? a) Implantação da metodologia SCRUM na empresa Deltha para promover melhoria na qualidade do software, treinando os colaboradores envolvidos, com um suporte operacional a empresa até 31 de março de 2016, por meio de um investimento na ordem de R$ 55 mil. b) Investimento maciço na implantação do método XP (programação extrema) a partir do envolvimento dos colaboradores de TI, cujo treinamento deverá ocorrer até meados de junho de 2016. c) Busca de uma metodologia ágil na empresa, em um prazo de 4 meses, para promover melhoria na qualidade do software, a partir de treinamento dos colaboradores, com um investimento na ordem de R$ 35 mil. d) Todas as afirmativas acima são consideradas um objetivo SMART. e) Nenhuma afirmativa acima pode ser considerada um objetivo SMART. atividades de estudo 2. A metodologia Project Model Canvaspode ser considerada como uma forma amigável na concepção de um projeto, a partir do envolvimento de pessoas, em que a sua prática proporciona um modelo mental. De acordo com essa metodologia, identifique qual das afirmativas abaixo não condiz com o Project Model Canvas: a) Em sua dinâmica essa metodologia faz com que o gerente de projetos realize um brainstorming com toda a equipe e com o cliente rumo a uma construção do plano de forma unida. b) Os elementos envolvidos nessa metodologia é o canvas (representação visual), as perguntas que são questionadas junto a equipe, e os posts (utilizados para as descrições). c) Entre outras formas, para a criação de um canvas com post-it pode fazer uso de uma folha A1, um post-it grande, uma fita crepe e canetas para as descrições. d) O PMC serve tanto para a etapa de iniciação e planejamento de um projeto, quanto para o acompanhamento da sua execução. e) A primeira etapa do canvas condiz com a sua concepção, no qual cada área condiz com uma função de planejamento específica, agrupada em blocos que respondem às principais questões do projeto. 3. Trata-se de uma ferramenta visual cujo objetivo é de descrever o perfil de uma pessoa, ou então de um grupo de pessoas. Ela permite que seja estruturada uma descrição coerente, e que haja facilidade de compartilhamento com outras pessoas. Via de regra, você se utiliza dessa ferramenta diante da necessidade de documentação ou montagem de uma hipótese de perfil de cliente. Com base nessas afirmações, posso destacar que o tema abordado foi: a) Empathy Map b) Mingle c) Banana Scrum d) VersionOne e) Rally atividades de estudo 4. Trata-se de uma empresa que auxiliou na criação de uma ferramenta de gerenciamento ágil em 2002. A sua missão é simplificar o processo de entrega de software, de tal forma que o seu objetivo é ajudar as organizações a escalarem suas iniciativas ágeis de forma mais rápida, mais fácil e mais inteligente. Com base nesse rápido relato, posso destacar que estou me referindo à: a) Empathy Map b) Mingle c) Banana Scrum d) VersionOne e) Rally 5. Não é difícil perceber que os clientes estão cada vez mais exigentes. A velocidade com que as mudanças ocorrem pode fazer com que a equipe de desenvolvimento se perca diante de inúmeras solicitações, novas funcionalidades, assim como os bugs (defeitos) a serem corrigidos. Logo, fica evidente manter um backlog do produto sempre priorizado, isso facilita muito na definição do que será implementado. Nesse sentido, faz-se a seguinte pergunta: qual das seguintes opções não é um método de priorização reconhecido? a) Com base no valor do negócio. b) Com base na redução do risco. c) Com base na velocidade da iteração. d) Com base no valor de negócio e risco. e) Todas as opções acima não são reconhecidas como método de priorização. atividades de estudo 6. O Planning Poder é uma técnica de estimativa utilizada por equipes ágeis. Ela consiste em obter a estimativa por meio de um jogo de cartas, que, segundo Alves (2012),deve permitir que todos os membros da equipe de desenvolvimento participem colocando a sua visão de complexidade, levando em consideração o fator tempo e esforço para pontuar um cartão e após juntos chegarem a um denominador comum na equipe através de consenso. Qual das seguintes opções é verdadeira sobre esse assunto? a) A estimativa é feita por toda a equipe. b) Ele combina a opinião de especialistas, a analogia e o entendimento do requisito em uma abordagem colaborativa para se estimar. c) A estimativa mais elevada é considerada a estimativa final. d) A equipe de planning poker não deve exceder mais de 12 participantes. e) Todas as opções acima não são verdadeiras. 7. Prestem atenção nas informações que seguem: o Backlog do Produto contém 21 Estória do Usuário (user stories) sendo: dez user stories de três Pontos da Estória (story points), cinco user stories de quatro story points cada e seis user stories de cinco story points cada. A velocidade da equipe é de oito story points por iteração. Quantas iterações são necessárias para concluir o trabalho? a) 21 iterações. b) 18 iterações. c) 15 iterações. d) 10 iterações. e) 05 iterações. resumo Um Modelo de Negócios é caracterizado como um esquema para guiar a empresa na definição e implementação de uma estratégia. Isto é, consiste na descrição dos fatores necessários para um empreendimento criar valor, bem como na definição das relações que ocorrerão entre o mercado e a organização. No que diz respeito ao planejamento de um projeto, destaca-se o Project Model Canvas: uma metodologia para o contexto de gerenciamento de projeto muito simples, sem a necessidade do preenchimento de inúmeros documentos. Ela propõe uma maneira amigável de estruturar um plano de projetos, por meio, de um modelo mental a partir da utilização de um quadro (canvas), além de perguntas fundamentais e uso de post-its. Sendo muito usada pela comunidade ágil, o Empathy Map (ou Mapa da Empatia) é uma ferramenta utilizada na obtenção de conhecimentos dos clientes da empresa. Isso permitirá a abertura de novos caminhos para a criatividade, inovação e novas oportunidades de negócios. Uma ferramenta de gerenciamento de projeto conhecida e pouco procurada é a Mingle. Condiz com uma ferramenta web baseada no gerenciamento ágil de projetos que colabora no fornecimento de um ambiente de trabalho compartilhado comum para toda a equipe. É caracterizado como um software versátil que pode ser modificado de acordo com a equipe, o trabalho e o projeto. Banana Scrum é tratada como uma ferramenta de gerenciamento de projetos online, de grande utilidade para empresas que possuem equipes distribuídas e necessita manter as designações de projeto em um só ambiente. Ela pode ser utilizada em reuniões online realizadas, diariamente, entre os colaboradores das organizações, principalmente, em casos em que o desenvolvedor não está fisicamente presente. A VersionOne é tida como uma ferramenta de gerenciamento que engloba tudo que diz respeito a um projeto ágil, podendo dar suporte desde equipes menores até grupos distribuídos. Ela pode ser utilizada como apoio para metodologias de desenvolvimento de software ágeis. Como também foi abordado, as ferramentas para a gestão ágil de projetos, não podem deixar de apontar a técnica de priorização do Backlog do Produto, quesito muito utilizado junto às metodologias ágeis. Além disso, também houve a exposição de três técnicas de estimativas ágeis, sendo elas: Planning Poker, Story Point e Horas Ideais. material complementar Business Model Generation Ano: 2011 Editora: Alta Books Sinopse: Modelos de negócios provocadores são emblemáticos em nossa geração. Ainda assim, continuam pouco compreendidos, ao mesmo tempo em que transformam a paisagem competitiva nas indústrias. O livro Business Model Generation oferece ferramentas poderosas, simples e testadas para compreender, projetar, retrabalhar e implementar modelos de negócio. referências BORGES, E.; LARA, R.; MAIA, E. H. B.; PADUA, C. I. P. da S; PAULA FILHO, W. P. Synergia-Ágil: O desafio de implantar métodos ágeis em uma organização com processo tradicional maduro. Synergia. Disponível em: <http://www.synergia.dcc.ufmg.br/wp-content/uploads/2014/03/ ODesafioDeImplantarMetodosAgeis.pdf. Acesso em: 20 jan. 2016. CANVAS. Trace. 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