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PSICOLOGIA JURÍDICA

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PSICOLOGIA JURÍDICA
· Litígio:
Termo jurídico para designar quando há divergência entre as partes da ação, quando alguma demanda é colocada em juízo. Ocorre o litígio quando há um conflito de interesses, e esta pendência pode ser resolvida com uma ação judicial ou também de forma consensual. Este último são os casos em que o autor da ação e o réu chegam a um acordo sobre os termos que entraram em litígio. Por exemplo, o divórcio litigioso é um processo de separação conjugal em que existem pendências a serem resolvidas, como a determinação da pensão, guarda dos filhos, divisão dos bens, e etc. O litígio conjugal, conhecido também como separação judicial litigiosa acontece quando não existe consenso entre os cônjuges.
PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL
· Inicia-se exatamente no momento em que nossa profissão foi reconhecida, pois uma das atribuições do psicólogo é de emitir pareceres e laudos após minuciosa avaliação.
· Inserção: forma gradual e lenta e sempre a partir de trabalhos voluntários no Tribunal de Justiça, avaliando indivíduos que haviam cometido crimes e com adolescentes infratores.
· A participação do psicólogo nas questões judiciais no Estado de São Paulo começou em 1980, no Tribunal de Justiça do Estado, quando um grupo de voluntários orientava pessoas que lhes eram encaminhadas pelo Serviço Social (apoio a questões familiares) - tendo como objetivo principal sua restruturação e posterior manutenção da criança no lar.
FUNÇÕES DO PSICÓLOGO JURÍDICO
· Avaliação e diagnóstico: 
Em relação às condutas psicológicas dos atores jurídicos.
· Assessoramento: 
Orientar e/ou assessorar como perito - órgãos judiciais em questões próprias
· Intervenção: 
Planejamento e realização de programas de prevenção, tratamento, reabilitação e integração de atores jurídicos na comunidade - no meio penitenciário, tanto individual quanto coletivamente.
· Formação e Educação: 
Treinamento e seleção de profissionais para o trabalho na área, além de informação de conteúdos técnicos úteis à sua atuação.
· Campanhas de Prevenção Social 
Contra a criminalidade em meios de comunicação.
· Pesquisa de relevância Social e Científica
· Vitimologia: 
Orientação e acompanhamento psicológico às vítimas de violência.
· Direito de Família: 
Separação, disputa de guarda, regulamentação de visitas, destituição do poder familiar.
· Direito Civil: 
Interdição, indenização.
· Direito Trabalhista: 
Indenizações.
· Direito Penal
Insanidade mental, estudo sobre progressão de pena.
· Direito da Criança e do Adolescente: 
Adolescentes infratores, medidas socioeducativas.
· Mediação de conflitos
· Carcerária ou Penitenciária: 
Estudos sobre reeducandos, intervenção junto ao preso e sua família além de trabalho com egressos.
· Trabalho interprofissional 
Pelo fato do psicólogo jurídico atuar em instituições (Poder Judiciário e instituições de assistência social), o papel da equipe interprofissional tem como fundamento predominante a interdisciplinariedade. As equipes interprofissionais estão previstas no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - Além de fornecer trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros - tudo sob a imediata subordinação à autoridade judicária.
Seu funcionamento facilita o compartilhamento de informações, respeito às diferenças, melhores oportunidades para planejamento dos serviços, maior eficiência na resolução dos problemas, aumento na motivação e no sentimento de confiança - além da adesão às sentenças do judiciário.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA EM CONTEXTO FORENSE
Modalidade específica de avaliação com características intrínsecas ao seu objeto e objetivo. Chama-se forense se estiver restrita ao ambiente do Fórum. A Psicologia Jurídica é assim chamada porque está relacionada a uma condição mais ampla e diz respeito a tudo que faz interface com o Direito.
· Objeto:
Uma questão a responder.
· Objetivo:
De acordo com a demanda.
Em casos de disputa de guarda, na Vara de Família, recorre-se ao perito psicólogo com o intuito de buscar uma resposta a questões problema de origem e natureza psicológicas, cujo objetivo final é definir o guardião legal de uma criança. 
 A perícia psicológica consiste em um exame que se caracteriza pela investigação e análise dos fatos e pessoas, enfocando os aspectos emocionais e subjetivos das relações entre as pessoas, estabelecendo uma correlação de causa e efeito das circunstâncias e buscando a motivação consciente e inconsciente para a dinâmica da personalidade dos envolvidos (ex.: casal e filhos). É preciso sempre estar atento a toda dinâmica do casal - seus relacionamentos dentro e fora do casamento e a forma como lidam com a própria situação que demandou o litígio.
O trabalho técnico do perito envolve o contato tanto com o cliente quanto com as pessoas que serão avaliadas - a considerar que o cliente neste caso é o juiz (aquele que quer subsídios para sua decisão e faz questionamentos ao perito). Esta leitura, assim como conhecer todos os meandros e detalhes de um processo judicial (tais como prazos, procedimentos, petições e termos) é decisivo para o entendimento da questão legal em jogo - bem como para apreciar toda a dinâmica processual. 
A entrevista psicológica é a técnica por excelência à qual se associa o trabalho do psicólogo. Alguns autores sugerem que a avaliação da família em litígio seja feita por uma equipe interdisciplinar - dado o caráter desgastante da própria atividade pericial. 
· Perito: nomeado pelo juiz segundo critérios de confiança e capacitação. Há limites em seu sigilo.
· Assistente Técnico: Profissional indicado, opcionalmente, pelas partes, na função de consultor para reforçar a argumentação apresentada nos autos.
O PERITO PARCIAL OU ASSISTENTE TÉCNICO
Neste caso o psicólogo pode e deve agir com isenção, conduzindo seu trabalho segundo os referenciais técnicos e éticos de sua área.
Ao atuar para uma das partes tornar-se-á parcial e isto, não quer dizer que o psicólogo irá descuidar-se de fazer tudo conscienciosamente. Dentro da prática pericial, existem alguns assistentes técnicos que imbuídos pela lógica adversarial, pretendem que o seu laudo fique a favor de quem o contratou, não existindo nenhum compromisso com a imparcialidade ou isenção. Estes assistentes, também chamados de “pistoleiros” - são antiéticos ao defender uma das partes ou um determinado resultado, por meio de omissão de dados desfavoráveis. Esta é uma prática incompatível com a obrigação do perito de dizer a verdade.
O profissional perito deve, portanto, simplesmente apresentar as descobertas, opiniões e previsões de forma imparcial e neutra.
Em uma disputa de guarda, explicitar a dinâmica familiar tanto para o juiz quanto para os próprios membros seria a tarefa precípua de uma avaliação psicológica forense.
A avaliação psicológica realizada deve ser traduzida em um relatório que chamamos laudo pericial e juntada nos autos para que o juiz possa se valer de mais esse cabedal teórico e técnico, antes de dar sua sentença sobre o caso. Em outras palavras, o laudo tem como objetivo fornecer subsídios para auxiliar o juiz na decisão judicial.
PAPEL DO PSICÓLOGO NO ENQUADRO JURÍDICO
· A testemunha (factual): 
O psicólogo é convocado não em função de sua formação, de seu conhecimento, mas sim por ter presenciado, visto ou observado algo. Nessa posição o psicólogo se equivale a qualquer outra pessoa que é chamada por ter sido testemunha de um fato, ou seja, sua participação é compulsória, devendo se fazer presente sob pena de desobediência civil.
· Perito imparcial: 
Citando Rovinski (1998), Shine assinala que o profissional quando faz uma perícia deve analisar, descrevendo as habilidades pessoais dos avaliandos, as demandas situacionais e o seu grau de congruência, sem estabelecer o último julgamento ou a conclusão final sobre a competência legal, por exemplo, “a guarda deve permanecer com a mãe”.
· Perito adversarial: 
Esse é o contraponto do Perito Imparcial, é quando o profissional “toma a posição de dar um laudo conclusivo, entendendo-se ‘conclusivo’ no sentido de irao mérito mesmo da ação que está sendo julgada”. No exemplo anterior seria dizer que “a guarda deve permanecer com a mãe”. Procede uma avaliação imparcial, mas com término do processo, ele se coloca ativamente e abertamente do lado do genitor escolhido como mais adequado. Esta é uma posição perigosa, pois a função de julgamento cabe exclusivamente ao juiz.
· Perito “pistoleiro”: 
Esse pode ser confundido com o anterior, mas se refere ao assistente técnico (contratado por uma das partes), que está imbuído pela lógica adversarial, colocando-se a favor de quem o contratou, buscando realçar a “verdade” de quem o contratou, sem nenhum compromisso com a imparcialidade ou isenção.
· Perito parcial: 
Esse é o assistente técnico, mas que trabalha de forma ética (diferenciando-se do “pistoleiro”). É “parcial” na medida em que entrará em contato parcialmente com a matéria de sua avaliação (lembre-se que o assistente técnico não vai refazer o trabalho do perito). De acordo com Shine, “tornar-se-á parcial porque está condicionado àquilo que pode saber por sua experiência. E sua experiência que lhe vem das técnicas de avaliação psicológica se dará sobre parte do problema”.
· Perito Independente:
Intimado pelo juiz, é independente e atua como perito adversarial ou imparcial.
· Perito Parecerista:
Dá seu parecer a respeito do trabalho de outro psicólogo perito, avalia apenas seu relatório, investiga a veracidade e é solicitado pelo juiz.
· Muitas vezes os filhos são usados como instrumentos de vingança e constrangimento, não havendo bom senso que faça apelo ao fim do conflito. É certamente impróprio indagar à criança com quem ela deseja ficar, cuja decisão pode acarretar, num outro momento, grave sentimento de culpa por rejeitar um dos genitores.
· Aa criança deve ser ouvida pelo juiz, o que não pressupõe lhe impor a escolha dos genitores e seguir o que ela sugere. Escutar a criança tem como significado o fato de ela ser membro da família e ter vontade de falar sobre o que se passa com ela.
· É comum a criança se sentir culpada pela separação e daí se sentir um peso para os pais. Por isso, é preciso ficar atento às preferências da criança quanto à guarda e súbitas intenções de mudança. Também é muito comum que a criança faça aliança com que dispõe de sua guarda, o que também deve ser observado.
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
· Art 1º. Esta lei dispõe sobra a proteção integral à criança e ao adolescente.
· Art 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos incompletos, e adolescentes entre doze e dezoito anos de idade.
· Explicação: é importante considerar esta distinção - principalmente quando estamos nos referindo à compreensão de ato. Isto quer dizer que - criança não comete ato infracional e a ela será aplicada medidas de proteção.
·  Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
· Explicação: A sociedade como um todo deve responsabilizar-se por qualquer criança e/ou adolescente que conheça e que esteja sendo alvo de exploração, negligência, violência ou discriminação. Todo e qualquer caso deve ser denunciado junto aos órgãos competentes de proteção a violação de direitos.
· Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. 
· Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
· § 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta.
SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL  
· Alienação: Conotação negativa e sempre coloca o alienado alheio aos acontecimentos e atrelado ao alienador.
· Os pais alienadores mostram instáveis, controladores, ansiosos, agressivos, paranoicos e até perversos.
· O genitor ausente ou alienado privado do contato com o filho tem uma vida marcada pelo estresse advindo de uma luta infrutífera, apresentando frequentemente comportamentos depressivos.  As crianças que vivem sob uma situação de alienação parental – são ansiosas, tem baixo-autoestima, agressivas se estão sempre prontas para se “defender”. 
· Genitor Alienador:
Ele é produto de um sistema ilusório criado por ele mesmo onde todo o seu ser se orienta para a destruição da relação com o outro genitor. Ele não consegue individualizar reconhecer os filhos como seres humanos separados de si mesmo. Deixar os filhos em contato com outro genitor ou mesmo qualquer outra pessoa é para ele como arrancar parte do seu corpo, sendo muito convincente seu desamparo e nas suas descrições quanto mal a que ele foi inflingido e às crianças pelo genitor alienado. 
· Podem apresentar comportamentos psicopático, impulsivo e agressivo injustificado.
· A Síndrome de alienação parental é uma forma de violência psicológica e deixa sequelas irreparáveis – o alienador é o real abusador.
· O alienador precisa de cuidados psicológicos de urgência e até o possível afastamento seu da criança – embora isto custe mais um desamparo para a criança – que também precisa ser cuidada emocionalmente.

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