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1 GTEC FEIJÃO Publicação Embrapa GTEC Feijão 2011 A 2017 Volume II REALIZAÇÃO 6 Toneladas www.portalsyngenta.com.br CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA (MINISTÉRIO DA SAÚDE): CRUISER ADVANCED, MERTIN, SCORE FLEXI: CLASSE I - EXTREMAMENTE TÓXICO. BRAVONIL: CLASSE II - ALTAMENTE TÓXICO AMISTAR TOP, VOLIAM FLEXI: CLASSE III - MEDIANAMENTE TÓXICO. CLASSIFICAÇÃO DE PERICULOSIDADE AMBIENTAL (IBAMA): AMISTAR TOP, BRAVONIL, CRUISER ADVANCED, MERTIN, SCORE FLEXI, VOLIAM FLEXI: CLASSE II - MUITO PERIGOSO. RESTRIÇÃO DE USO NO ESTADO DO PARANÁ. CONSULTE A BULA DO PRODUTO. INFORME-SE SOBRE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS. DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E RESTOS DE PRODUTOS. 08 /2 01 8. © S yn g en ta , 20 18 . Íc o ne d o P ro p ó si to e l o g o m ar ca S yn g en ta s ão m ar ca s d e um a C o m p an hi a d o G ru p o S yn g en ta . G TEC FEIJÃ O 6 Toneladas – 2011 a 2017 V olum e II OBSERVAÇÕES: Todas as informações contidas nesta publicação são de inteira responsabilidade dos autores. REALIZAÇÃO PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO 6 Toneladas – Volume II CICLO 2011 a 2017 A crescente demanda mundial de produção de alimentos, aliada ao esgotamento gradativo das áreas de plantio, induz cada vez mais à necessidade de aumento da produção de alimentos em espaços menores. Em consequência, há o requerimento de produtividades crescentes e sustentáveis, inclusive para o feijão, a dieta básica dos brasileiros, rica fonte de proteínas e nutrientes. A evolução tecnológica, baseada em pesquisa e sua aplicação a campo, é imprescindível nesse processo de incremento da produtividade da cultura do feijoeiro com sustentabilidade. Nesse contexto, o GTEC Feijão, formado por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores de órgãos oficiais e privados, consultores e empresas parceiras, vem apoiando a pesquisa, na busca de tecnologias que viabilizem um projeto de 6 toneladas por hectare de feijão no Cerrado brasileiro. O esforço de cada membro e cada centavo investido pelas empresas parceiras tem sido muito importante para a implantação, condução, avaliação dos ensaios até se chegar a esta publicação, que é um instrumento de temas relevantes na busca dessa produtividade almejada. Agradecemos a colaboração de todos, em especial ao produtor de feijão, que é o alvo principal na implementação tecnológica. Temos a convicção de que pesquisa bem-sucedida é aquela efetivamente aplicada ao fim a que se destina. Nilvo Altmann Diretor Técnico do GTEC Feijão PREFÁCIO Foto por Sebastião Araújo 5 INTEGRANTES DO GTEC FEIJÃO Assis Machado – Assisplan Consultoria Carlos Justin Iora – Plantar Consultoria Daniel Medeiros da Silva – Planta Consultoria Durval Lelis Leal – Cristalgrin Consultoria Edgar Pinto – AzulPlan Consultoria Edinaldo Luis Correa – Correa Consultoria Edson Antônio Pina – Agro-Sistemas Consultoria Elmiro Queiroz - Líder Rural Consultoria Frederico Quirino – Planeje Consultoria Guilherme de Oliveira Mesquita – Alfa Projetos e Assessoria Rural Helio O. Dal Bello – Planta Consultoria Hernane Bandeira – Cristalplan Consultoria Jose Aristoteles P Santos – Projetar Consultoria Kayla A Goulart - COOPADF Lafayetti Faria Machado – Agrícola Xingu Nilvo Altmann – Sigma Soluções Agronômicas Olavo Carlos Ribeiro - Planej. & As. Tec. Lageado Paulo Sergio de Castro – AP Agrícola Pedro Bernardes Junior – Cerrado Consultoria e Pesquisa Agrícola Renato Leal Caetano – Completta Consultoria e Assessoria Administrativa Roberto Vitor Inácio – RC Consultoria Rodrigo de Oliveira Lima – SNP Consultoria Rodrigo Pereira dos Santos – Cerrado Consultoria e Pesquisa Agrícola Taurino Alexandrino Loiola – Agro Olimpia Consultoria Tony Yonegura – Agrícola Wehrmann Valter de Moura – Pampa Consultoria Volmir Antônio Fávero – Agro-Sistemas Consultoria Walter Andrade Santana – Agricentro Consultoria Marconi Moreira Borges – Emater, DF Djalma Sousa – Embrapa Cerrados Murillo Lobo – Embrapa Arroz e Feijão Pedro Henrique Sarmento – Embrapa Arroz e Feijão Rafael Souza Nunes – Embrapa Cerrados Fábio Aurélio Dias Martins – EPAMIG, MG Tarcisio Cobucci – Integração Agrícola Luis Antonio Vizeu - MIAC Nedio Tormen – Instituto Pythus Elias Hill – JHS Sementes Carlos Alberto da Silva – Sementes Montesa Reinaldo Miranda - UNB EDITORES Luciene Fróes Camarano de Oliveira Engenheira Agrônoma, Mestre em Agronomia, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Pedro Marques da Silveira Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Márcia Gonzaga de Castro Oliveira Engenheira Agrícola, Mestre em Engenharia Agrícola, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Ana Lúcia Delalibera de Faria Bibliotecária, Mestre em Ciência da Informação, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO AUTORES Adriano Stephan Nascente Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Alexandre Bryan Heinemann Engenheiro Agrônomo, Doutor em Irrigação e Drenagem, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Alisson Fernando Chiorato Engenheiro Agrônomo, Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas. Pesquisador Científico Centro de Grãos e Fibras – IAC, Campinas, SP Augusto Cesar de Oliveira Gonzaga Engenheiro Agrônomo, Mestre em Produção Vegetal, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Bruno Ewerton da Silveira Cardillo Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitotecnia, doutorando em Fitotecnia pela Universidade de São Paulo, Piracicaba, SP Bruno Lima Soares Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo, pós-doutorando em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG FICHA TÉCNICA Cleber Morais Guimarães Engenheiro Agrônomo, Doutor em Biologia Vegetal, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Cínthia Damaceno Reinaldo Bolsista PIBIC/CNPq - IAC Daiana Alves da Silva Engenheira Agrônoma, Doutora em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia Daniel Alves de Paiva Lima Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Integração Agrícola, Goiânia, GO Djalma Martinhão Gomes de Sousa Químico, Mestre em Ciências do Solo, pesquisador da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF Enderson Petrônio de Brito Ferreira Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Fábio Aurélio Dias Martins Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, EPAMIG, Lavras, MG Jander da Silva Neves Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitopatologia, DTM - Desenvolvimento Técnico de Mercado e Marketing da Syngenta, Goiânia, GO João Guilherme Ribeiro Gonçalves Engenheiro Agrônomo, Doutor em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia João Kluthcouski Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF José Antonio de Fátima Esteves Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia/Agricultura. Pesquisador Científico no Centro de Grãos e Fibras do Instituto Agronômico – IAC, Campinas, SP José Geraldo da Silva Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Luiz Antônio Zanão Júnior Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas. Pesquisador do Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, Santa Tereza do Oeste, PR Luís Fernando Stone Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Maria da Conceição Santana Carvalho Engenheira Agrônoma, Doutora em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Massaru Yokoyama Engenheiro Agrônomo, Doutor em Entomologia, pesquisador da Integração Agrícola, Goiânia, GO Messias José Bastos de Andrade Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, Professor ColaboradorVoluntário da Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG Pedro Henrique Lopes Sarmento Engenheiro Agrônomo, Mestre em Economia Aplicada, analista da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Pedro Marques da Silveira Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, Santo Antônio de Goiás, GO Priscila de Oliveira Engenheira Agrônoma, Doutora em Fitotecnia, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Jaguariúna, SP Rafael de Souza Nunes Engenheiro Agrônomo, Doutor em Agronomia, Pesquisador da Embrapa Cerrados, Planaltina, DF Rodrigo Teles Mendes Engenheiro Agrônomo, Mestre em Fitotecnia, DTM - Desenvolvimento Técnico de Mercado e Marketing da Syngenta, Formosa, GO Sérgio Augusto Morais Carbonell Engenheiro Agrônomo, Doutor em Genética e Melhoramento de Plantas. Pesquisador Científico Centro de Grãos e Fibras – IAC, Campinas, SP Tarcísio Cobucci Engenheiro Agrônomo, Doutor em Fitotecnia, pesquisador da Integração Agrícola, Goiânia, GO Foto por Fábio Noleto SUMÁRIO 1. FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Produtividade, absorção e uso do potássio por genótipos de feijoeiro em sistema hidropônico ..............................................................10 Classificação de genótipos de feijoeiro comum eficientes ao uso do fósforo ...........................................................................................14 Inoculação com Rizhobium tropici e formas de aplicação de cobalto e molibdênio no feijoeiro ...............................................................18 Avaliação do desempenho agronômico da ureia na forma pura e em suas composições mistas pastilhadas ..............................................20 Adubação nitrogenada em cobertura no feijoeiro: uso do Clorofilômetro ..............................................................................................22 Avaliação de ureia revestida com polímeros – Polyblen na cultura do feijoeiro ......................................................................................26 Avaliação do efeito do enxofre - Sulfurgran na cultura do feijoeiro .......................................................................................................30 Avaliação da eficiência de adubo fosfato líquido aplicado no solo na cultura do feijão ...........................................................................34 Produtividade do feijoeiro em razão da adubação de cálcio e magnésio no sulco de semeadura .............................................................36 Avaliação de adubos no sulco de plantio na cultura do feijão ................................................................................................................42 2. FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO Desempenho agronômico e economicidade do feijão-comum co-inoculado com Rhizobium e Azospirillum ..........................................46 3. MANEJO FITOSSANITÁRIO Eficiência de Cruiser Advanced no controle de patógenos de solo e sementes de feijão cultivado em diferentes palhadas .......................52 Aplicação de Amistar Top + Bravonil no controle de antracnose no feijoeiro.........................................................................................56 Eficiência de Voliam Flexi no controle de Spodoptera frugiperda na cultura do feijão ................................................................................58 Comparativo de programas de fungicidas no controle do complexo de doenças do feijão ......................................................................60 4. MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA Perda de grãos na colheita mecanizada do feijoeiro ...............................................................................................................................64 5. ECOFISIOLOGIA Impacto da deficiência hídrica para o feijoeiro cultivado nas safras das águas e seca para o Estado de Goiás ............................................70 6. FERTILIZANTES FOLIARES E DEMAIS PRODUTOS Aplicação foliar de monoamônio fosfato e nitrato de cálcio no feijoeiro ...............................................................................................76 Aumento da eficiência de utilização de fósforo do solo em razão de aplicações foliares do nutriente ......................................................78 7. MANEJO DA CULTURA Cultivares de feijoeiro do tipo carioca submetidas a diferentes densidades de semeadura ........................................................................86 Ajustamento agronômico da cultivar de feijão BRS FC104 no período da seca em Santo Antônio de Goiás-GO ....................................... 90 Ajustamento agronômico da cultivar de feijão BRS FC104 no período da seca em São João D’Aliança-GO .........................................96 Ajustamento agronômico da cultivar de feijão BRS FC402 no período da seca em São João D’Aliança-GO .........................................100 Ajustamento agronômico da cultivar de feijão BRS FC104 no inverno em várias localidades com condições diferenciadas de fertilidade do solo ...............................................................................................................................104 Foto do banco Syngenta FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS1 Foto do banco Syngenta 10 Avaliar em sistema hidropônico a produtivi- dade, a absorção e o uso do potássio por genótipos de feijoeiro do banco de germoplasma do Instituto Agronômico-IAC. Local: Instituto Agronômico-IAC/ Centro Experimental Central Época de cultivo em Sistema Hidropônico Fechado: 2015-2016 Solução nutritiva: solução1 modificada, contendo inicialmente 1/10 de sua concentração total com o pH na faixa de 5,5 a 6,5 e condutividade elétrica dentro de cada dose de potássio variando de 1,0 a 2,0 mS cm-1. A solução foi mantida aerada permanentemente. Posteriormente, após um período de 15 dias, as plantas passaram a receber a solução nutritiva completa, apenas com a variação com relação às doses de potássio (K). OBJETIVO: MATERIAL E MÉTODOS:: José Antonio de Fátima Esteves Cínthia Damaceno Reinaldo João Guilherme Ribeiro Gonçalves Daiana Alves da Silva Alisson Fernando Chiorato Sérgio Augusto Morais Carbonell Genótipos: 1- IAC Imperador, 2- IAC Alvorada, 3- BRSMG Majestoso, 4- SER 16, 5 - SEA 5, 6 - FAP-F3-2, 7 - IAC Milênio, 8 – IAC Carioca precoce, 9 - Gen TS 2-7, 10 - Gen TS 3-2, 11 - Gen TS 3-3, 12 - Gen TS 3-7, 13 - Gen TS 3-8, 14 - Gen TS 3-7-1, 15 - Gen TS 4-3, 16 - Gen TS 4-7, 17 - Gen TS 4-8, 18 - Gen TS 4-10, 19 - Gen TS 4-11, 20 - Gen TS 4-12, 21 - Gen TS 7-1. Tratamentos: 4 tratamentos com 6 repetições – quatro doses de potássio (PA 0,5; PB 1,0; PC 2,0 e PD 4,0 mmol L-1). Delineamento experimental: O delineamento experimental utilizado foi de parcelas subdivididas, em esquema fatorial, constando de quatro doses de K e dos 21 genótipos. Avaliações: Os genótipos foram avaliados em dois diferentes estádios de desenvolvimento: pré- floração (Estádio R5) e maturação fisiológica. Foram avaliados na pré-floração os quatro genótipos mais discrepantes de acordo com a absorção e uso do K: EAK; ETK; EUKPA; EUKT; EUKgA e ICK (Tabela 1) e a produtividade na maturação fisiológica. PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO PRODUTIVIDADE, ABSORÇÃO E USO DO POTÁSSIO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS 1HOAGLAND, D. R.; ARNON, D. I. The water culture method for growing plants without soil. Berkeley: California Agricultural Experiment Station, 1950. 32p. POR GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO EM UM SISTEMA HIDROPÔNICO 11 As plantas apresentaram visualmente sintomas característicos de deficiência de K, com amarelecimento nas bordas e clorose marginal nas folhas mais velhas com relação à parcela A, que recebeu a dose de 0,5 mmol L-1 de K e também para alguns genótipos, na parcela com a dose B de 1,0 mmol L-1 (Figura 1). As avaliações quanto a absorção e uso do K pelo feijoeiro foram realizadas com relação aos quatros genótipos mais discrepantesquanto ao melhor e pior desenvolvimento e produção, considerando as parcelas PB e PD (utilizadas como padrões) (Figura 1). A partir desses resultados, foram calculados os parâmetros quanto a absorção e uso do K, descritos na Tabela 1. Os quatro genótipos mais discrepantes com relação a absorção e uso do K (Figura 2) foram: IAC Alvorada (2); BRSMG Majestoso (3); Gen TS 3-7 (12) e Gen TS 7-1 (21), isso mostra a variabilidade existente entre plantas de feijoeiro quanto ao seu desempenho e sua produtividade quando Da esquerda para a direita, vasos contendo plantas de feijoeiro (Estádio R5), respectivamente das parcelas PA, PB, PC e PD. RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 1: VASOS CONTENDO PLANTAS DE FEIJOEIRO analisamos um macronutriente importante como o K. Características como hábito de crescimento, ciclo, porte de planta, entre outras, são fatores que influenciam dire- tamente as questões de nutrição mineral. Esse fato, é de grande importância dentro do melhoramento genético de plantas, pois o K é o segundo nutriente, de forma geral, mais exigido pelas culturas, participa de processos enzimáticos e tem uma atividade importante no controle estomático e na regulação do potencial osmótico celular das plantas. Portanto, o estudo do seu comportamento frente ás avaliações com respeito as diversas caracterís- ticas no melhoramento de plantas, como por exemplo, inerentes ao déficit hídrico, é de suma importância. Pela Tabela 1, todos os parâmetros avaliados, com exceção do ICK, apresentaram diferenças com relação as doses utili- zadas PB = 1,0 e PD = 4,0 mmol L-1, onde apenas com relação a EAK a dose PD foi maior do que a dose PB. Foto do acervo dos autores 12 FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO Genótipos EAKt ETK EUKPA EUKT EUKgAt ICKt Alvorada 68,26a 0,009698a 0,080899a 0,100274a 0.47732a 0,04746ª Majestoso 67,56a 0,009402a 0,062848a 0,082151a 0,04291a 0,04853ª Gen TS 3-7 69,68a 0,009715a 0,066977a 0,082121a 0,26634a 0,03459ª Gen TS 7-1 69,04a 0,007957b 0,057143a 0,06789a 0,45256a 0,07681ª Parcela 1 41,272b 0,00944a 0,096029a 0,11993a 0,56669a 0,06317ª 2 96,009a 0,00894b 0,037905b 0,04618b 0,24597b 0,04052ª por 4 (2, 3, 12, 21) genótipos de Feijoeiro discrepantes cultivados em hidroponia, submetidos a quatro doses de K. Quanto à eficiência no uso do potássio, classificados em quatro categorias: IR, Ineficientes e responsivos; INR, Ineficientes e não responsivos; ER, Eficientes e responsivos; ENR, Eficientes e não responsivos, o eixo das abscissas está representado pelos valores de produtividade (g planta-1) em estresse de K e, o eixo das ordenadas, pelos valores de produtividade (g planta-1) em condições ideais de K, parcelas PB e PD, respectivamente. EAK: Eficiência de absorção do K; ETK: Eficiência de translocação do K; EUKPA: Eficiência e Uso do K na parte aérea; EUKT: Eficiência e uso do K Total; EUKgA: Eficiência e uso do K para produção de massa seca do grão e ICK: Índice de colheita proporcionado pelo K. t = dados transformados para por √x+1 Tabela 1: Figura 2: CÁLCULOS DE EFICIÊNCIA DE ABSORÇÃO E USO DO K DESEMPENHO DOS 21 GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO 20 15 20 25 30 25 12 11 9 16 13 10 1 3 4 19 18 87 2 6 14 5 17 15 20 21 30 PO PB 35 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS (g planta-1) IR ER INR ENR 13 Esse fato, mostra que, mesmo com uma maior quantidade de K disponível no meio, uma dose mais baixa do que a ideal, com relação ao teor do nutriente, pode influenciar os demais parâmetros avaliados, pois, na dose PB, ocorreu maior ETK, EUKPA EUKT e EUKgA. Na comparação entre genótipos, com relação a ETK, o genótipo Gen TS 7-1 diferiu dos demais, sendo classificado como ENR, apresentando-se eficiente na absorção do K, porém com menor eficiência no trans- porte do elemento, portanto, retardando a utilização do nutriente pela planta. Quanto aos demais parâmetros avaliados, não houve diferenças. Com relação à produ- tividade de grãos (Figura 2), os genótipos mais produ- tivos foram BRSMG Majestoso, SER 16, Gen TS 4-10; sendo que, o genótipo BRSMG Majestoso mostrou-se o mais eficiente e responsivo (ER) quanto a absorção e uso do K. O IAC Alvorada foi ineficiente na absorção do K, mas utilizou de forma eficiente o nutriente. O genótipo Gen TS 3-7 foi o que respondeu da pior forma aos tratamentos pois foi ineficiente e não responsivo, quanto a absorção e uso do K. Esses resultados mostram comportamentos distintos dos genótipos com relação ao K, que precisam ser avaliados e ter esses valores de absorção e uso deter- minados para melhor uso do nutriente pelo feijoeiro e para que seja executada uma adubação mais equilibrada e econômica no solo. CONCLUSÃO Uma quantidade menor de K disponível no meio, comparada a um teor considerado adequado para o desenvolvimento das plantas, pode alterar diversos parâ- metros com relação a absorção e uso do K, devendo este fator ser sempre considerado; Os genótipos BRSMG Majestoso, SER 16, Gen TS 4-10 foram os mais produtivos, sendo que o BRSMG Majestoso foi o mais eficiente e responsivo na absorção e uso do K. 14 O objetivo desse trabalho foi estabelecer uma meto- dologia de classificação de genótipos para uso de rotina no Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do Instituto Agronômico-IAC. Para tanto foi realizado um estudo em hidroponia com diferentes concentrações de P visando selecionar a dose ideal para a indução de deficiência nutricional e classificar os genótipos quanto à eficiência de utilização do nutriente. Tratamentos: Solução nutritiva completa diferindo na aplicação da concentração de fósforo nas parcelas, sendo PA: 8,0005 mg L-1 de P; PB: 4,0005 mg L-1 de P; PC: 2,00 05 mg L-1 de P e PD: 0,05 mg L-1 de P. OBJETIVO: MATERIAL E MÉTODOS: Daiana Alves da Silva Alisson Fernando Chiorato José Antonio de Fátima Esteves João Guilherme Ribeiro Gonçalves Sérgio Augusto Morais Carbonell PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO CLASSIFICAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM EFICIENTES AO USO DO FÓSFORO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Delineamento: Parcelas subdivididas (4x20), com seis repetições. Experimento realizado em casa de vegetação em sistema hidropônico fechado (Figura 3). Avaliações: Foram realizadas nos estádios de desenvol- vimento vegetativo (V-4), de pré-florescimento (R-5) e na maturidade fisiológica (R-9). Foram avaliados as seguintes variáveis: Índice de Clorofila (SPAD-502Plus); número de nós e altura de planta; área foliar (Integrador de área LI-3100C, LI-COR); massa seca de folhas, ramos e raízes; teor de P nas folhas; comprimento, área, volume e diâmetro das raízes (WinRHIZO - Regent Instru- ments Inc., Quebec, Canada); componentes de produção e produtividade de grãos. 1. IAC ALVORADA 6. IPR UIRAPURU 11. BRS PONTAL 16. JALO PRECOCE 2. IAC CARIOCA TYBATÃ 7. BAT 477 12. BRS ESTILO 17. G4000 3. IAC DIPLOMATA 8. SEA 5 13. PÉROLA 18. DOR 364 4. IAC FORMOSO 9. CARIOCA COMUM 14. IPR TANGARÁ 19. G2333 5. IAC IMPERADOR 10. IAPAR 81 15. DIAMANTE NEGRO 20. BRS ESPLENDOR Fazenda Santa Elisa (Instituto agronômico) – Campinas – SP. Tabela 2: GENÓTIPOS 15 Os primeiros sintomas de deficiência de fósforo foram observados aos 21 dias após transferência das plântulas para o sistema hidropônico, as plantas da parcela que recebeu a menor dose de P (0,05 mg L-1) apresen- tavam menor porte em relação às plantas das demais parcelas, amarelecimento precoce, início de abscisão e presença de manchas escuras no limbo foliar (Figura 4). Sistema hidropônico fechado utilizado para o cultivo (0,05; 2,00; 4,00 e 8,00 mg L-1 de P) folhas inferiores com coloração verde-pálido e folhas superiores com coloração verde-escuro, sintomas iniciados no terço inferior da planta, presença de pontuações escuras no limbo foliar. RESULTADOS E DISCUSSÃO Figura 3: Figura 4: 20 GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO SUBMETIDOS AOS TRATAMENTOS COM QUATRO DOSES DE P PRIMEIROS SINTOMAS DA DEFICIÊNCIADE P OBSERVADOS Fotos do acervo dos autores Fotos do acervo dos autores 16 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Efeitos significativos foram verificados para o fator dose de fósforo para todas as características avaliadas, ocorrendo reduções no desenvolvimento da planta de acordo com a redução da dose de P aplicada. De forma geral, as análises de variância para todas as características de parte aérea (altura de planta, número de nós, área foliar, massa seca de folhas e ramos) revelaram compor- tamento similar, ou seja, verificou-se a redução na dose aplicada, que resultou na redução das médias dos carac- teres avaliados. Entre os caracteres de parte aérea desta- cou-se a área foliar, sendo verificadas diferenças drásticas entre diferentes parcelas, sendo que as médias das parcelas PD, PC, PB e PA foram de 5514,36; 4043,63; 1656,43 e 298,28 cm2, havendo reduções de 26,00; 69,96 e 94,59% com a redução na dose de P nas parcelas PC, PB e PA. Os genótipos BAT 477, Carioca Comum, IAC-Alvorada, Diamante Negro e IPR Tangará destacaram-se em ambos os tratamentos com as maiores médias da área foliar. A análise foliar para os macronutrientes apresentou valores próximos aos recomendados como adequados na literatura. Em relação ao P, foram verificadas concentra- ções médias de P no tecido foliar nas parcelas PA, PB, PC e PD de respectivamente 1,01; 1,26; 1,75 e 3,58 g kg-1, sendo a concentração de PD próxima à adequada (4-6 g kg-1) e as demais parcelas abaixo da faixa ideal, ou seja, as parcelas que receberam a dose de P restritiva revelaram plantas deficientes, com menor concentração foliar do nutriente. Todas as características do sistema radicular avaliadas, exceto diâmetro de raiz, apresentaram dife- renças significativas para as doses de P aplicadas. Com relação ao desenvolvimento das raízes, foi observado que a diminuição nas doses de fósforo resultou em maior desenvolvimento. No entanto, na menor dose, o desen- volvimento das raízes é comprometido uma vez que o elemento é essencial para fornecer energia para a planta. A parcela PC, que recebeu metade da maior dose de P, foi a que proporcionou maior e melhor desenvolvi- mento das raízes para todas as características avaliadas, exceto para diâmetro médio de raiz, aumentando em 80% a produção de massa seca. Nas avaliações do sistema radicular os genótipos que se destacaram pelo maior desenvolvimento de raiz foram SEA-5, BAT 477, IAC Alvorada, IAPAR 81, IPR Tangará e Diamante Negro. Também foram verificadas diferenças significa- tivas quanto aos componentes de produção e produ- tividade em relação às doses de P, resultando em reduções de acordo com a limitação do P nas parcelas. As reduções quanto às características avaliadas nas parcelas PC, PB e PA em relação à parcela controle PD foram: número de vagens por planta de 16,62; 53,79 e 89,77%; número de sementes por planta de 29,76; 65,67 e 91,97%; número de sementes por vagem de 15,78; 22,89 e 25,45%; para massa de cem sementes de 12,09; 25,11 e 13,95% e para a produtividade de grãos de 39,00; 73,96 e 93,14 5%. As avaliações dos caracteres agronômicos nas dife- rentes parcelas nos permitiu verificar que, com a redução de 50% da dose controle houve a redução de 59,5% da produtividade de grãos e aumento de 64,4% no cresci- mento radicular, sendo portanto a dose da parcela PC selecionada como a dose ideal para indução de estresse de P visando a classificação e seleção dos materiais mais sensíveis ao uso do nutriente. A classificação gráfica dos genótipos (Figura 5) permitiu elencar os genótipos em quatro grupos, sendo: eficientes e responsivos (ER); eficientes e não responsivos (ENR); ineficientes e responsivos (IR) e; ineficientes e não responsivos (INR). Nessa classificação destacaram-se como eficientes e responsivos os genótipos IAPAR 81, Carioca Comum, IAC Carioca Tybatã, IAC Imperador e G2333. 17 20 25 30 35 40 1 2 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 IR ER INR ENR A lto P Baixo P PRODUTIVIDADE (g. planta-1) 30 35 40 45 50 55 60 65 Classificados em quatro categorias: IR. Ineficientes e responsivos; INR. Ineficientes e não responsivos; ER. Eficientes e responsivos; ENR. Eficientes e não responsivos. O eixo das abscissas está representado pelos valores de produtividade em estresse de P e, o eixo das ordenadas, pelos valores de produtividade em condições ideais de P, parcelas PC e PD, respectivamente. Figura 5: DESEMPENHO DOS 20 GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO QUANTO À EFICIÊNCIA NO USO DO FÓSFORO Todas as concentrações com P apresentam dife- renças significativas no desenvolvimento das plantas; A dose de 4,0 mg L-1 de P aplicada na parcela PC foi a mais eficiente na indução do estresse de P para discriminação de cultivares; Os genótipos IAPAR 81, Carioca Comum, IAC Carioca Tybatã, IAC Imperador e G2333 destacaram-se como os mais eficientes e responsivos. CONCLUSÃO: 18 Avaliar a inoculação das sementes com Rizhobium tropici e formas de aplicação de cobalto e molibdênio no feijoeiro. Local: Santa Tereza do Oeste - PR Solo: Latossolo Vermelho Distrófico Cultivar: IPR Tuiuiú Época de plantio: 05/02/2016 Adubação de plantio: 310 kg ha-1 do formulado NPK 08-25-20 Tratamentos: Esquema fatorial 2x2x2: inoculação ou não das sementes com Rhizobium tropici; aplicação ou não do Co e Mo via tratamento de sementes e a aplicação ou não do Co e Mo via foliar em estádio vegetativo V3-V4. Delineamento experimental: blocos ao acaso e 4 repetições Mais informações: Solo com 48 g kg-1 de matéria orgânica, pH H2O = 5,5; V % = 60 % e P = 19 mg dm-3. Nos tratamentos em que o Co e Mo foram aplicados via sementes e foliar, foi utilizado fertilizante líquido com Co (1 %) e Mo (12 %). Nos tratamentos que houve inoculação, as sementes foram inoculadas com estirpes selecionadas de Rhizobium tropici (2 g kg-1 de sementes), instantes antes da semeadura. Foi usado inoculante sólido turfoso com estirpes SEMIA 4080 e concentração de 2 x 109 ufc g-1. O número de grãos por vagem não se diferenciou entre os tratamentos, com média de 6,1 grãos por vagem, característico da cultivar IPR Tuiuiú (Tabela 4). OBJETIVO: MATERIAL E MÉTODOS: RESULTADOS E DISCUSSÃO Luiz Antônio Zanão Júnior PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO INOCULAÇÃO COM RIZHOBIUM TROPICI FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Tratamento Descrição T1 Testemunha T2 Co e Mo via sementes T3 Co e Mo via sementes + inoculante T4 Co e Mo via sementes + Co e Mo via foliar (V3-V4) T5 Inoculante T6 Inoculante + Co e Mo via foliar (V3-V4) T7 Co e Mo via foliar (V3-V4) T8 Co e Mo via sementes + inoculante + Co e Mo via foliar (V3-V4) Tabela 3: DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS E FORMAS DE APLICAÇÃO DE COBALTO E MOLIBDÊNIO NO FEIJOEIRO 19 Tratamentos* Grãos por vagem Vagens por planta Produtividade (kg ha-1) Testemunha 6,1 a 15,1 b 2.716 b Co Mo S + I 6,1 a 16,0 a 3.039 a Co Mo S 6,1 a 15,0 b 2.634 b Co Mo S + Co Mo F 6,1 a 15,0 b 2.760 b I 6,1 a 15,0 b 2.715 b I + Co Mo F 6,0 a 16,1 a 3.056 a Co Mo S + I + Co Mo F 6,2 a 16,5 a 3.086 a Co Mo F 6,0 a 15,1 b 2.700 b Média 6,1 15,5 2838,3 CV% 2,89 2,93 8,72 Tabela 4 PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO IPR Tuiuiú, em função de formas de aplicação de cobalto e molibdênio e inoculação com Rizhobium tropici. Santa Tereza do Oeste - PR, 2017. * Co Mo S = Cobalto e Molibdênio aplicados via tratamento de sementes; I = inoculação das sementes com Rhizobium tropici; Co Mo F = Cobalto e Molibdênio aplicados via foliar quando as plantas estavam em estádio vegetativo V3-V4. Médias seguidas de letras distintas, na coluna, diferem entre si a 5 % pelo teste de Tukey. O número de vagens por planta e a produtividade foram maiores quando houve aplicação do Co e do Mo associada à inoculação das sementes com Rhizobium tropici (Tabela 4). Nesse caso, não houve diferença esta- tística significativa entre a aplicaçãodo Co e Mo via tratamento de sementes, via foliar ou aplicação do Co e Mo via tratamento de sementes mais a aplicação foliar. O que importou foi a associação entre a inoculação das sementes e o fornecimento de Co e Mo para o feijoeiro. A diferença entre a média das maiores produtivi- dade de grãos obtidas (3.060 kg ha-1) com inoculação associada à aplicação de Co e Mo, e a testemunha (2.716 kg ha-1) foi de 344 kg ha-1 (Tabela 4). O elemento benéfico Co e o micronutriente Mo desempenham papel importante na fixação biológica do nitrogênio atmosférico, ou seja, a interação entre a aplicação de Co e Mo e a inoculação das sementes é positiva. A aplicação isolada de Co e Mo sem a inocu- lação das sementes ou vice-versa, não trouxe ganho de produtividade, como observado na Tabela 4. A produtividade média da cultivar IPR Tuiuiú ficou abaixo do potencial produtivo da cultivar que é de 3942 kg ha-1, devido à estiagem que a cultura enfrentou durante seu estádio vegetativo e baixas temperaturas no enchimento de grãos. CONCLUSÃO A associação da aplicação de Co e do Mo (via trata- mento de sementes ou via foliar) com a inoculação das sementes com Rhizobium tropici aumenta a produtividade do feijoeiro. 20 Quantificar o desempenho agronômico da ureia na forma pura e em suas composições mistas pastilhadas. A Tabela 5 mostra a produtividade de grãos de feijão em razão dos tratamentos. A análise estatística mostrou que não houve diferença significativa entre as fontes de nitrogênio na produtividade de grãos. Houve efeito significativo das doses de N. Os dados se ajustaram ao modelo Y= 0,0309x2 + 6,2625x + 2633,5. De acordo com o modelo ajustado, a dose de N para alcançar a produtividade máxima é de 100 kg ha-1 (Figura 6). Local: Fazenda Vargeão – Cristalina-GO Solo: Latossolo vermelho amarelo Cultivar: Pérola Época de plantio: 06/05/2016 Adubação de plantio: 400 kg ha-1 de 5-30-15 Delineamento experimental: blocos ao acaso em arranjo fatorial 5x3+1 (1=controle, 0 de N) com quatro repetições Tratamentos: Fontes e doses de nitrogênio (N) aplicadas em cobertura aos 25 dias após emergência Fontes 1. Ureia pastilhada com sulfato de amônio e enxofre elementar 2. Ureia pastilhada com sulfato de amônio 3. Ureia pastilhada com enxofre elementar 4. Ureia comercial NS (NitroGold) 5. Ureia comum (perolada) Doses 1. 40 kg ha-1 2. 80 kg ha-1 3. 120 kg ha-1 Mais informações: Cultura anterior: milho Avaliação: Produtividade de grãos OBJETIVO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: MATERIAL E MÉTODOS: Pedro Marques da Silveira Pedro Henrique Lopes Sarmento Maria da Conceição Santana Carvalho PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AGRONÔMICO DA UREIA FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Figura 6 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DA CULTIVAR PÉROLA em razão de doses de nitrogênio. Cristalina-GO. Inverno/2016. 0 2,600 2,700 2,800 2,900 3.000 20 40 60 80 y = -0,0309x 2 + 6,2625x + 2633,5 R2 = 0,9519 100 120 140 Doses de N (kg ha-1) Pr od ut iv id ad e de g rã os (k g/ ha ) NA FORMA PURA E EM SUAS COMPOSIÇÕES MISTAS PASTILHADAS 21 Tratamentos Fontes de nitrogênio (N)1 Produtividade de grãos (kg ha-1) Ureia + SA + S0 2.711 a Ureia + SA 2.899 a Ureia +S0 2.912 a Ureia NS (NitroGold) 2.717 a Ureia (perolada) 2.942 a C.V.(%) 10,7 Doses de N 0 2.646 40 2.797 80 2.974 120 2.927 Fonte (F) 0,082 Dose (N) 0,005** F x N 0,128 Tabela 5 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE FEIJÃO EM RAZÃO DE FONTES E DOSES DE NITROGÊNIO. Cristalina-GO. 2016. 1. SA= sulfato de amônio, S0= enxofre elementar; 2 significativo a 1% de probabilidade pelo teste F. Médias na mesma coluna, seguidas por letras iguais, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. **Significativo a 1% de probabilidade. CONCLUSÃO Não houve diferença entre as fontes de nitrogênio aplicadas em cobertura, ureia pastilhada com sulfato de amônio e enxofre elementar, ureia pastilhada com sulfato de amônio, ureia pastilhada com enxofre elementar, ureia comercial NS (NitroGold) e ureia comum (perolada) na produtividade de grãos de feijão. A produtividade máxima de grãos de feijão foi alcançada com a dose de nitrogênio de 100 kg ha-1. 22 Quantificar a adubação nitrogenada no feijoeiro utilizando o Clorofilômetro portátil. A utilização do Clorofilômetro em condições de campo para quantificar o nitrogênio a ser aplicado em cobertura no feijoeiro foi feita do seguinte modo: na lavoura do proprietário já instalada, demarcou-se 5 parcelas de cerca de 30 m2 (6 x 5 m) cada, conforme Figura 7. Isso foi feito logo no início do ciclo da cultura, 12 dias após a emergência (inicio do estádio V3), no dia 18/05/2016. Adubou-se essas cinco parcelas com uma quantidade grande de N em cobertura, de 150 kg ha-1, na forma de ureia, para permitir a concentração máxima de clorofila na folha da planta. O adubo foi aplicado ao lado da planta e incorporado com auxílio de um sacho. Essa área foi chamada área Referência. Doze dias após a criação da área Referência, no estádio V4 do feijoeiro, dia 30/05/2016, fez-se leituras com o Clorofilômetro nas 5 parcelas Referência (Figuras 7 e 8). Realizou-se de 10 a 15 leituras por parcela e foi determinada a média das leituras (SPAD), operação realizada pelo Clorofilômetro. A leitura foi feita no 1º trifólio da planta. Em seguida criou-se 5 parcelas teste, parcelas não adubadas, próximas às parcelas Referência (Figuras 7 e 8) e, de modo semelhante, realizou-se as leituras SPAD nessas parcelas. A Tabela 6 mostra valores SPAD das parcelas Referência e das parcelas teste, por ocasião das leituras. Local: Fazenda Pontinha – Cristalina-GO Cultivar: Pérola Época de plantio: 30/04/2016 Delineamento experimental: inteiramente casualizado Tratamentos: 2 tratamentos com 4 repetições – 150 kg ha-1 de nitrogênio (N) e quantidade de N baseada no Clorofilômetro Mais informações: Solo com 38 g kg-1 de matéria orgânica. Avaliação: produtividade de grãos. OBJETIVO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: MATERIAL E MÉTODOS: Pedro Marques da Silveira Pedro Henrique Lopes Sarmento Augusto Cesar de Oliveira Gonzaga PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO ADUBAÇÃO NITROGENADA EM COBERTURA NO FEIJOEIRO: FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS USO DO CLOROFILÔMETRO 23 Figura 7 Figura 8 DETALHE DA LAVOURA DE FEIJÃO DETALHE DA LAVOURA DE FEIJÃO com as parcelas demarcadas no estádio V3 de desenvolvimento da cultura. com as parcelas demarcadas no estádio V4 de desenvolvimento da cultura. Figura 9 DETALHE DA TOMADA DE LEITURA SPAD com o Clorofilômetro. Tabela 6 VALORES SPAD NAS FOLHAS DO FEIJOEIRO da área Referência e da área teste. Parcela SPAD Área Referência SPAD Área teste 1 54,0 51,6 2 54,4 52,4 3 53,9 48,7 4 53,7 49,4 5 53,0 50,4 Média 53,8 50,5 Fotos do acervo dos autores 24 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Observa-se (Tabela 6) que a média SPAD da área Referência (53,8) é maior que a média da área teste (50,5). A única diferença em termos do sistema de produção entre as áreas Referência e a área teste foi que a Referência recebeu N em cobertura (150 kg ha-1). Assim, entende-se que a diferença de leitura SPAD deveu-se à adubação nitrogenada, que nesse caso foi positiva para a cultura. Determinou-se o Índice de Sufi- ciência de Nitrogênio (ISN) pela equação: ISN (%) = (SPAD áreas não adubadas /SPAD Referência) x 100 ISN (%) = (50,5/53,8) x 100 ISN (%) = 93,8% Plantas bem nutridas de N têm ISN de 95%. Logo após determinar o ISN% de 93,8%, portanto menor que 95%, decidiu-se então pela adubação com N em cobertura na área teste. No caso a diferença entre 93,8 % e 95% é de 1,2%. De acordo com o trabalho de Silveira et al. (2017)1 que trata da quantificação da dose de N que deve ser aplicada em cobertura no feijoeiro baseado no ISN, o qual menciona 15 kg ha-1 de N para cada ponto percentual menor que 95% de ISN, têm-se então: 1,2 x 15= 18 kg ha-1 de N. Nessa condição, essa foi a quantidade de N, 18 kg ha-1, aplicada em cobertura na área teste, imediatamente após a determinação do ISN. Na colheita determinou-se a produtividade de grãos da área Referência e da área teste como também da área do produtor, anexa à área do estudo. A área do produtor recebeu 90 kg ha-1 de N por ocasião da adubação de cobertura. A Tabela 7 mostra a produtividade de grãos dos tratamentos, como também a produtividade da área do produtor. A análise estatística dos resultados mostrou que não houve diferença significativa entre os tratamentos. Assim, a dose de 18 kg ha-1 de N aplicada em cobertura, propor- cionou produtividade de grãos que não diferiu significa- tivamente das produtividades obtidas com as doses 150 e 90 kg ha-1, o que demostra a eficiência da quantificação da quantidade de N a ser aplicado em cobertura no feijoeiro com a utilização do Clorofilômetro. CONCLUSÃO A metodologia da utilização do Clorofilômetro como instrumento a ser empregado na quantificação do nitrogênio em cobertura no feijoeiro foi eficiente em otimizar a quantidade do nutriente a ser aplicado, e é uma ferramenta que pode orientar o produtor da cultura na tomada de decisão sobre essa prática agrícola dentro do seu sistema de produção. Tabela 7 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE FEIJÃO EM RAZÃO DOS TRATAMENTOS. Cristalina-GO. 2016.1 Dose de Nitrogênio (kg ha-1) Produtividade de grãos (kg ha-1) 150 (área Referência) 3.729 a 18 (área Teste) 3.370 a 90 (área Produtor) 3.420 a 1 Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. 1 SILVEIRA, P. M. da; GONZAGA, A. C. de O.; SARMENTO, P. H. L. Passo a passo para o uso do clorofilômetro portátil na quantificação do nitrogênio a ser aplicado em cobertura no feijoeiro. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2017. 4 p. (Embrapa Arroz e Feijão. Comunicado técnico, 236). Foto do acervo dos autores 26 Avaliar a eficiência do Polyblen em comparação ao manejo convencional com N-Ureia na cultura do feijoeiro Local: Unaí - MG e Morrinhos - GO Cultivar: Pérola Época de plantio: maio/2014 Adubação de plantio: Após o plantio foi realizada a lanço a aplicação de 100 kg KCl ha-1 e no sulco 150 kg ha-1 de MAP Delineamento experimental: blocos casualizados, com quatro repetições Mais informações: Avaliações: produtividade de grãos, Índice de eficiência agronômica, massa de 100 grãos, número de grãos por m2. Análise química dos solos: Tabelas 8 e 9 A aplicação dos tratamentos foi realizada em pré- -semeadura. Sementes do cultivar, em Unaí, MG e em Morrinhos, GO, foram semeadas no espaçamento de 50 cm entre linhas e densidade de nove plantas por metro. Na colheita foi realizada avaliação de n° de grãos por m², massa de 100 grãos (g) e produtividade (umidade corrigida para 13%). Foi calculado o Índice de Eficiên- cia Agronômica do N aplicado (IEAN) observado nas fontes avaliadas (Ureia e Polyblen) utilizando a seguinte equação: Observa-se na Tabela 10 que, apesar do efeito não significativo entre os tratamentos, houve um aumento da produtividade do feijão com a aplicação de nitrogênio. O melhor resultado de produtividade (Tabela 10 e Figura 10) e de eficiência agronômica foi com a aplicação de 90 Kg de N ha-1 com a fonte Polyblen. Verifica-se ainda na Tabela 10 que nas menores doses de N (30 e 60 kg ha-1) a fonte com maior IEAN é a ureia e, nas maiores doses (90 e 120), o IEAN é maior para a ureia revestida de polímeros (Polyblen). Nas menores doses de N e com o uso do Polyblen, provavelmente a quantidade de N liberado para o feijão no início de seu desenvolvimento possa ser pequena para atender à cultura. Os dados foram submetidos à análise de variância e teste de médias (Tukey, 5%). OBJETIVO: MATERIAL E MÉTODOS: RESULTADOS E DISCUSSÃO Tarcísio Cobucci Daniel Alves de Lima Paiva PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO AVALIAÇÃO DE UREIA REVESTIDA COM POLÍMEROS FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Trat. Produto kg ha-1 kg ha-1 N 1. Polyblen 40-00-00 75 30 2. Polyblen 40-00-00 150 60 3. Polyblen 40-00-00 225 90 4. Polyblen 40-00-00 300 120 5. Ureia 66,6 30 6. Ureia 133,3 60 7. Ureia 200 90 8. Ureia 266 120 9. Testemunha IEAN = (Produtividade com Nitrogênio - Produtividade sem Nitrogênio) Dose aplicada de Nitrogênio POLYBLEN NA CULTURA DO FEIJOEIRO 27 Tabela 8 Tabela 9 ANÁLISE DE SOLO DA ÁREA EXPERIMENTAL. ANÁLISE DE SOLO DA ÁREA EXPERIMENTAL. Unaí-MG. 2014. Morrinhos-GO. 2014. Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. pH M.O. Ca Mg Al H+Al V S (cm) (água) (g dm-³) (mmolc dm-³) (%) (mg kg-1) 0-20 5,3 2,5 2,8 0,9 0 5,1 49 5,8 K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia mg dm-³ mg dm-³ mg dm-³ g kg-1 120 11,7 0,6 1,4 13,6 24 11,2 51 31 18 pH M.O. Ca Mg Al H+Al V S (cm) (água) (g dm-³) (mmolc dm-³) (%) (mg kg-1) 0-20 4,9 2,2 2,2 0,8 0 6,4 54 6,7 K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia mg dm-³ mg dm-³ mg dm-³ g kg-1 90 6,7 1,5 1,4 17,8 27,6 8,7 30 34 36 28 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS 0 2,000 2,500 3,000 3,500 4,000 4,500 20 40 60 80 100 120 140 kg N ha-1 P ro du tiv id ad e de g rã os (k g ha -1 ) POLIBLEN UREIA UREIA-Y = 2721 + 6,9X R2 = 0,30 POLIBLEN-Y = 2666 + 23,6X - 0,13X2 R2 = 0,44 Figura 10 PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO (KG HA-1) EM FUNÇÃO DE DOSES DE N em diferentes fontes de N. Unaí-MG. 2014. Tabela 10 VALORES MÉDIOS DAS CARACTERÍSTICAS PRODUTIVIDADES DE FEIJÃO (KG HA-1) Eficiência Agronômica do N aplicado (IEAN), Massa de 100 grãos (g) e Número de grãos por m2 em função dos diferentes tratamentos. Unaí-MG. 2014. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tratamento Produtividade Média (kg ha-1) IEAN Massa de 100 grãos (g) Número de grãos por m2 1 2.824 a 13,6 25,3 bc 1.119 a 2 3.064 a 4,2 25,4 abc 1.209 a 3 3.712 a 6,1 26,2 ab 1.420 a 4 3.636 a 11,3 26,3 a 1.380 a 5 2.957 a 7,8 25,3 bc 1.173 a 6 3.071 a 8,7 25,9 abc 1.187 a 7 3.481 a 6,2 25,9 abc 1.344 a 8 3.477 a 8,7 26,1 ab 1.332 a 9 2.699 a 6,5 25,0 c 1.080 a C.V. (%) 13,6 - 1,6 14,4 29 0 2,600 2,800 3,000 3,200 3,400 3,600 3,800 20 40 60 80 100 120 140 UREIA POLIBEN UREIA-Y = 2899 + 4,1X R2 = 0,39 POLIBEN-Y = 2848 + 5,3X R2 = 0,62 kg N ha-1 P ro du tiv id ad e de g rã os (k g ha -1 ) Figura 11 PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO (KG HA-1) EM FUNÇÃO DE DOSES DE N em diferentes fontes de nitrogênio. Morrinhos-GO. 2014. Em Morrinhos, observa-se na Tabela 11 que, apesar do efeito não significativo, houve um aumento do número de grãos por m2 com a aplicação de nitrogênio. O melhor resultado de produtividade (Tabela 11 e Figura 11) e de eficiência agronômica, foi com a aplicação de 90 Tabela 11 VALORES MÉDIOS DAS CARACTERÍSTICAS PRODUTIVIDADES DE FEIJÃO (KG HA-1) Eficiência Agronômica do N aplicado (IEAN), Massa de 100 grãos (g) e Número de grãos por m2 em função dos diferentes tratamentos. Morrinhos-GO. 2014. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tratamento Produtividade Média (kg ha-1) IEAN Massa de 100 grãos (g) Número de grãos por m2 1 3.161 ab 9,5 24,0 cd 1.318 ab 2 3.063 ab 1,2 24,8 abc 1.233 ab 3 3.420 a 6,1 25,1 ab 1.363 a 4 3.445 a 4,7 25,2 ab 1.370 a 5 3.183 ab 15,7 24,4 bcd 1.306 ab 6 3.167 ab 3,8 25,2 ab 1.257 ab 7 3.366 a 5,9 25,5 a 1.322 a 8 3.291 a 5,4 25,8 a 1.278 ab 9 2.767 b - 23,8 d 1.161 b C.V.(%) 5,4 - 1,5 5,1 kg de N ha-1 com a fonte Polyblen, mesmo resultado de Unaí. Verifica-se na Tabela 11 que também nas menores doses de N (30 e 60 kg ha-1) a fonte com maior IEAN é a ureia e nas maiores doses (90 e 120) o IEAN é maior para a ureia revestida de polímeros (Polyblen). CONCLUSÃO As maiores produtividades do feijoeiro foram obtidas com 90 kg de N ha-1. O Polyblen apresentou maior EficiênciaAgronômica em comparação à ureia nas doses de 90 e 120 kg de N ha-1. 30 Avaliar os efeitos do enxofre aplicado via produto Sulfurgran em área total e do Cálcio no sulco de plantio na cultura do feijoeiro. Os solos das áreas experimentais, Latossolo Vermelho Amarelo, apresentavam média fertilidade (Tabelas 12 e 13), sendo muito responsivos à aplicação de S. Em Unaí, MG, observa-se na Tabela 14 que houve um aumento significativo na produtividade do feijoeiro (21%) com a aplicação de S na dose de 54 kg ha-1 com a fonte Sulfurgran. A aplicação do S na forma de Gesso também apresentou aumento da produtividade de 14%, entretanto não foi significativo. Verifica-se na Tabela 15 que houve um maior efeito residual de S no solo com a fonte de Sulfurgran. A massa de 100 grãos e número de grãos por m2 não foram afetados pelos tratamentos (Tabela 14). • Local: Unaí - MG e Morrinhos - GO • Cultivar: Pérola • Época de plantio: maio/2014 • Adubação de plantio: após o plantio foi realizada a lanço a aplicação de 100 kg KCl ha-1 e no sulco 150 kg ha-1 de MAP • Delineamento experimental: blocos casualizados, com quatro repetições Mais informações: a aplicação dos tratamentos foi realizada aos 10 dias antes do plantio. Espaçamento de plantio: 50 cm entre linhas. Densidade de semeadura: 9 plantas por metro. Avaliações: produtividade de grãos, massa de 100 grãos, número de grãos por m2. OBJETIVO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: MATERIAL E MÉTODOS: Tarcísio Cobucci Daniel Alves de Lima Paiva PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO AVALIAÇÃO DO EFEITO DO ENXOFRE FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Trat. Produto kg ha-1 S 1. Sulfurgran Dose 1 27 2. Sulfurgran Dose 2 54 3. Sulfurgran Dose 1+Profol Ca 4l ha -1 no sulco de plantio 27 4. Sulfurgran Dose 2+Profol Ca 4l ha -1 no sulco de plantio 54 5. Gesso Dose 1 27 6. Gesso Dose 2 54 7. Testemunha 0 8. Ureia 120 9. Testemunha SULFURGRAN NA CULTURA DO FEIJOEIRO 31 Tabela 12 Tabela 13 ANÁLISE DE SOLO DA ÁREA EXPERIMENTAL. ANÁLISE DE SOLO DA ÁREA EXPERIMENTAL. Unaí-MG. 2014. Morrinhos-GO. 2014. Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. pH M.O. Ca Mg Al H+Al V S (cm) (água) (g dm-³) (mmolc dm-³) (%) (mg kg-1) 0-20 5,3 2,5 2,8 0,9 0 5,1 49 5,8 K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia mg dm-³ mg dm-³ mg dm-³ g kg-1 120 11,7 0,6 1,4 13,6 24 11,2 510 310 180 pH M.O. Ca Mg Al H+Al V S (cm) (água) (g dm-³) (mmolc dm-³) (%) (mg kg-1) 0-20 4,9 2,2 2,2 0,8 0 6,4 54 6,7 K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia mg dm-³ mg dm-³ mg dm-³ g kg-1 90 6,7 0,7 1,5 17,8 27,6 8,7 300 340 360 32 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Tabela 15 TEORES DE ENXOFRE (S) NO SOLO, ANTES E DEPOIS DO ENSAIO em função dos diferentes tratamentos. Unaí-MG. 2014. Em Morrinhos, GO, observa-se na Tabela 16, mesmo sem efeito significativo, ainda houve um aumento na produtividade do feijoeiro (15%) com a aplicação de S na dose de 54 kg ha-1. Neste trabalho não foi verificada dife- renças entre as fontes de S (Sulfurgran e Gesso). A menor resposta do S pode estar relacionada com a mineralização Tabela 14 VALORES MÉDIOS DAS CARACTERÍSTICAS PRODUTIVIDADES DE FEIJÃO (KG HA-1) Produtividade de feijão (kg ha-1), Número de grãos por m2 e Massa de 100 grãos (g) em função dos diferentes tratamentos. Unaí-MG. 2014. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tratamento Produtividade Média (kg ha-1) IEAN Massa de 100 grãos (g) 1 3.605 ab 1.355 a 25,9 a 2 3.936 a 1.495 a 26,4 a 3 3.652 ab 1.379 a 26,5 a 4 3.916 a 1.442 a 27,2 a 5 3.329 ab 1.256 a 26,5 a 6 3.715 ab 1.402 a 26,6 a 7 3.248 b 1.224 a 26,6 a C.V. (%) 7,4 8,9 3,1 Tratamento Produto Antes Depois 1 Sulfurgran 27 kg sc ha-1 4,5 a 5,1 a 2 Sulfurgran 54 kg sc ha-1 5,4 a 8,1 a 3 Sulfurgran 27 kg sc ha-1+ Profol Ca 4 l ha-1 (sulco) 3,9 a 5,4 a 4 Sulfurgran 54 kg sc ha-1 + Profol Ca 4 l ha-1 (sulco) 4,0 a 7,1 a 5 Gesso 27 kg sc ha-1 5,3 a 6,1 a 6 Gesso 54 kg sc ha-1 4,5 a 6,2 a 7 Testemunha 4,8 a 4,3 a C.V. (%) 16,5 21,5 do sulfato da matéria orgânica, a qual é afetada pela sua relação N/S. Pode haver imobilização de S mineral se as relações N/S forem altas. Em Unaí o plantio do feijão foi realizado após cultura da soja a qual apresenta relação N/S de 17,5 pode ter imobilizado maior quantidade de sulfato, com consequente maior resposta à aplicação de 33 Tabela 17 TEORES DE ENXOFRE (S) NO SOLO, ANTES E DEPOIS DO ENSAIO em função dos diferentes tratamentos. Morrinhos-GO. 2014. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tratamento Produto Antes Depois 1 Sulfurgran 27 kg S ha-1 5,8 a 7,1 a 2 Sulfurgran 54 kg S ha-1 5,5 a 8,5 a 3 Sulfurgran 27 kg S ha-1 +Profol Ca 4 l ha-1(Sulco) 8,3 a 8,4 a 4 Sulfurgran 54 kg S ha-1 + Profol Ca 4 l ha-1(Sulco) 5,7 a 9,0 a 5 Gesso 27 kg S ha-1 7,4 a 7,7 a 6 Gesso 54 kg S ha-1 6,6 a 7,5 a 7 Testemunha 6,7 a 7,1 a C.V. (%) 27,3 35,1 Tabela 16 PRODUTIVIDADE DE FEIJÃO (KG HA-1) EM FUNÇÃO DOS DIFERENTES TRATAMENTOS. Morrinhos-GO. 2014. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Tratamento Produtividade Média (kg ha-1) IEAN Massa de 100 grãos (g) 1 3.150 a 1.298 a 24,3 a 2 3.385 a 1.399 a 24,2 a 3 3.284 a 1.350 a 24,3 a 4 3.393 a 1.401 a 24,2 a 5 3.245 a 1.346 a 24,1 a 6 3.399 a 1.416 a 24,1 a 7 2.964 a 1.242 a 23,9 a CV% 6,1 7,0 3,4 CONCLUSÃO Nos solos estudados a dose de 54 kg ha-1 de enxofre apresenta praticabilidade agronômica para o aumento da produção do feijão. O Sulfurgran apresenta maior poder residual de S quando comparado com o gesso. S. Já em Morrinhos a cultura anterior foi o milho com relação N/S de 13,8, diminuindo portanto a imobili- zação de sulfato, e menor resposta a aplicação de S. Entretanto, no estudo dos teores de S antes e depois do ensaio, ainda foi verificado um maior residual de S pela fonte Sulfurgran (Tabela 17). A massa de 100 grãos e número de grãos por m2 não foram afetados pelos trata- mentos (Tabela 16). 34 Demonstrar a eficiência de adubos líquidos na cultura do feijoeiro. Observa-se na Tabela 19 e na Figura 12 que houve uma resposta linear significativa e positiva da aplicação do produto APP no solo, mostrando efeito responsivo do solo à aplicação de P. Na dose zero de P houve um aumento de 11% da produtividade com a aplicação de Cal Super. Local: Fazenda Nova Era São João da Aliança-GO Solo: Latossolo Vermelho Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa (Tabela 18) Cultivar: Pérola Época de plantio: maio/2014 Adubação de plantio: padrão da fazenda Delineamento experimental: blocos casualizados, com quatro repetições Tratamentos: aplicados no sulco de plantio. Mais informações: Sistema de cultivo: plantio direto após a cultura de milho. Fonte de Cálcio (Ca): Cal Super (43,5% Ca p/v), Fonte de Enxofre (S): Supa S (43% S p/v) Fonte de Fósforo (P): APP (53% P2O5 p/v) Parcela: 4 m x 10m Manejo Fitossanitário: Padrão da Fazenda Avaliações: Produtividade de grãos OBJETIVO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: MATERIAL E MÉTODOS: Tarcísio Cobucci Massaru Yokoyama PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE ADUBO FOSFATO LÍQUIDO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS 1. APP 0 l ha-1 2. APP 75 l ha-1 3. APP 154 l ha-1 4. APP 230 l ha-1 5. APP+ Cal Super 0+1 l ha-1 6. APP+ Cal Super 75+1 l ha-1 7. APP+ Cal Super 154+1 l ha-1 8. APP+ Cal Super 230+1 l ha-1 9. APP+ Cal Super + Enxofre 0+1+1 l ha-1 10. APP+ Cal Super + Enxofre 75+1+1 l ha-1 11. APP+ Cal Super + Enxofre 154+1 +1 l ha-1 12. APP+ Cal Super + Enxofre 230+1+1 l ha-1 0 2,400 2,600 2,800 3,000 3,200 3,400 50 100 150 200 250 APP L/ha P ro du tiv id ad e de g rã os (k g ha-1 ) APP Y = 2549 + 1,66**X R2 = 0,57 APP+Cal super Y = 2814 + 1,73**X R2= 0,64 APP+Cal super+S Y = 2836 + 1,95**X R2= 0,38 Figura 12 PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO (kg ha-1) EM FUNÇÃO DE DOSES DE P LÍQUIDO no solo (APP). São João da Aliança-GO. 2012. APLICADO NO SOLO NA CULTURA DO FEIJÃO 35 Tabela 18 Tabela 19 ANÁLISE DE SOLO DA ÁREA EXPERIMENTAL. PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO (KG HA-1) EM FUNÇÃO DOS DIFERENTES TRATAMENTOS. Unaí-MG. 2014. São João da Aliança-GO. 2012. Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. pH M.O. Ca Mg Al H+Al V M (cm) (água) (g dm-³) (mmolc dm-³) (%) (%) 0-20 5,4 2,1 3,2 1,3 0 57,3 49 - K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia mg dm-³ mg dm-³ mg dm-³ g kg-1 145 12,2 0,5 3,5 18 41 15,1 550 290 160 Tratamento Produtividade média (kg ha-1) Sc ha-1 % APP 0 l ha-1 2.469 d 41,1 100 APP 75 l ha-1 2.795bcd 46,6 113 APP 154 l ha-1 2.803 bcd 46,7 114 APP 230 l ha-1 2.895 abc 48,2 117 APP+Cal Super 0+1 l ha-1 2.737 cd 45,6 111 APP+ Cal Super 75+1 l ha-1 3.065 abc 51,1 124 APP+ Cal Super 154+1 l ha-1 3.073 abc 51,2 125 APP+ Cal Super 230+1 l ha-1 3.182 a 53,0 129 APP+Cal Super+ Enxofre 0+1+1 l ha-1 2.733 cd 45,5 110 APP+ Cal Super+ Enxofre 75+1+1 l ha-1 3.139 ab 52,3 127 APP+ Cal Super+ Enxofre 154+1+1 l ha-1 3.132 ab 52,2 127 APP+ Cal Super+ Enxofre 230+1+1 l ha-1 3.240 a 54,0 131 C.V. (%) 4,9 36 Avaliar o efeito da adição dos fertilizantes Cal Super® e Mag Flo® nos componentes de produção e na produti- vidade do feijoeiro irrigado em cultivo de inverno. Dois experimentos Local: Embrapa Arroz e Feijão - Santo Antônio de Goiás - GO Solo: Latossolo Vermelho Amarelo, distrófico, de textura franco-argilosa Cultivar: Pérola Época de plantio: 26/05/2010 Adubação de plantio: 300 kg ha-1 do formulado 04-30-16 Delineamento experimental: blocos ao acaso, com quatro repetições Tratamentos: Testemunha (controle) Aplicação do produto Cal Super + Mag Flo em cinco doses: 1) 1 l ha-1 + 0,3 l ha-1 2) 2 l ha-1 + 0,6 l ha-1 3) 4 l ha-1 + 1,2 l ha-1 4) 8 l ha-1 + 2,4 l ha-1 5) 16 l ha-1 + 4,8 l ha-1 Mais informações: Os tratamentos receberam também a aplicação de 0,5 kg ha-1 de boro (B) solúvel Área total da parcela: 40 m2, sendo considerada como área útil para a colheita 14,4 m2 Espaçamento de 0,45 m entre linhas Densidade de semeadura: 15 sementes m-1, em Plantio Direto após cultivo de milho No primeiro experimento, todos os produtos foram aplicados sobre o sulco de semeadura e no segundo experimento a aplicação foi realizada dentro do sulco. O volume de calda utilizado foi igual a 200 l ha-1. O feijoeiro recebeu um total de 310 mm de água, sendo a irrigação por meio de autopropelido. Avaliações: o número de vagens por planta, o número de grãos por vagem, a massa de mil grãos e a produtividade (130 g kg-1 de umidade) nos dois experimentos. No primeiro experimento realizou-se ainda a determinação de pH, Al, P, K, Mg e saturação por bases em amostras de solo coletadas nas profundidades de 0 a 10 cm e 10 a 20 cm, localizadas na linha de semeadura e entre linhas. OBJETIVO: MATERIAL E MÉTODOS: Tarcísio Cobucci Daniel Alves de Paiva Lima João Kluthcouski Priscila de Oliveira Adriano Stephan Nascente PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS EM RAZÃO DA ADUBAÇÃO DE CÁLCIO E MAGNÉSIO NO SULCO DE SEMEADURA 37 Em relação à produtividade de grãos e seus componentes, observou-se no experimento 1 que em relação à testemunha o tratamento com 1 l de Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 B sol l ha-1 aumentou em 17% a produtividade do feijoeiro (Tabela 21), apesar do efeito não ser significativo. Já no tratamento com 8 l Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 B sol ha-1 o efeito foi significativo com um aumento de 27% em relação à testemunha. Provavelmente esse resultado pode ser atribuído à maior disponibilidade de P e K (não signi- ficativo) no início do desenvolvimento do feijoeiro devido à aplicação dos adubos líquidos na linha de semeadura. No experimento 2, no qual os tratamentos foram aplicados dentro do sulco de semeadura, obser- vou-se que, apesar de apresentar menores produtivi- dades quando comparado ao experimento 1, também houve um aumento da produtividade do feijoeiro com a aplicação dos tratamentos em relação à testemunha, apesar de não significativo. Quanto à fertilidade do solo, verifica-se na Tabela 21 que houve um efeito significa- tivo da aplicação dos tratamentos na concentração de P no solo. Na linha de semeadura e nas profundidades 0 - 10 e 10 - 20 cm houve um aumento da disponibilidade RESULTADOS E DISCUSSÃO: do P com a aplicação de Cal Super + Mag Flo + B sol. Na entrelinha, como era de se esperar, não foi observado efeito dos tratamentos. Provavelmente a maior disponi- bilidade do P com a aplicação de Cal Super em relação à testemunha pode ser devido à liberação de P fixado ao Al, pois com a aplicação do produto, o Ca pode ter complexado o Al e liberado o P. Essa hipótese pode ser a explicação da diminuição da saturação de Al (Tabela 21). Apesar de não significativo, também houve uma maior disponibilidade de K na linha de plantio com a aplicação dos tratamentos. Na entrelinha não foi observado tal efeito. Não foram observadas alterações na concentração de Ca, Mg, saturação de bases e no pH do solo (Tabela 21). Provavelmente as quantidades de Ca e Mg introduzidas pelos tratamentos foram muito pequenas para uma alteração no solo (poder tampão do solo). O mesmo aconteceu para relação Ca/K, entre- tanto, devido a um aumento (não significativo) de K no solo, observa-se uma tendência de diminuição da relação Ca/K com a aplicação dos tratamentos. Nesta data de coleta de solo, aos 15 dias após a aplicação, os efeitos dos tratamentos somente foram observados na linha de semeadura. Foto por Sebastião Araújo 38 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Tabela 20 COMPARATIVO DE TRATAMENTOS PRIMEIRO EXPERIMENTO – APLICAÇÃO SOBRE O SULCO DE SEMEADURA SEGUNDO EXPERIMENTO – APLICAÇÃO DENTRO DO SULCO DE SEMEADURA Número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 100 grãos e produtividade de grãos de feijão nos dois experimentos, inverno de 2010. Santo Antônio de Goiás-GO1 1 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade Tratamentos Nº vagens m-1 Nº grãos vagem-1 Massa de 100 grãos (g) Produtividade kg ha-1 Sc ha-1 % Testemunha 264 5,27 23,8 3.493 b 58,2 100 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bso l ha-1 300 5,10 25,4 4.091ab 68,2 117 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 283 5,47 23,7 3.857ab 64,3 110 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 297 5,50 24,8 4.053ab 67,6 116 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 322 5,50 25,1 4.445 a 74,1 127 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 339 5,25 25,4 4.348ab 72,5 124 C.V. (%) 15,1 6,6 4,1 9,6 - - Tratamentos Nº vagens m-1 Nº grãos vagem-1 Massa de 100 grãos (g) Produtividade kg ha-1 Sc ha-1 % Testemunha 161b 3,3 26,8 1.999 33,3 100 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 207ab 4,2 27,9 2.221 37,0 111 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 196ab 3,9 27,3 2.525 42,1 126 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 212ab 3,8 28,0 2.227 37,1 111 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 210ab 3,7 27,5 2.177 36,3 109 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 227a 3,6 27,0 2.316 38,6 116 C.V. (%) 13,3 19,3 4,9 10,3 - - 39 Tabela 21 COMPARATIVO DE TRATAMENTOS pH Teor de Al (%) Teor de P (g kg-1) Teores de pH, Al, P, K, relação Ca/K, Mg e saturação por bases solo do experimento 1, aos 15 dias após aplicação, inverno de 2010. Santo Antônio de Goiás-GO1 1 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade Tratamentos Linhade semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 4,9 4,7 4,8 4,9 4,9 4,9 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 5,0 4,8 4,9 5,0 5,0 5,0 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,7 4,6 4,7 4,8 4,8 4,8 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,9 4,7 4,8 4,8 4,9 4,9 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,7 4,7 4,7 4,8 4,8 4,6 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,9 4,6 4,7 5,1 5,0 5,0 C.V. (%) 3,3 3,4 2,6 9,2 3,6 2,9 Tratamentos Linha de semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 3,34a 4,14 3,74a 2,56 2,74 2,65 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,57b 2,47 1,52b 2,33 2,60 2,47 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 1,22b 3,73 2,48ab 3,51 3,56 3,53 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,53b 3,34 1,93ab 2,69 2,62 2,66 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 1,55ab 3,70 2,62ab 2,67 2,60 2,64 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,28b 3,83 2,05ab 2,56 2,83 2,69 C.V. (%) 75,4 44,4 38,0 28,3 23,4 25,2 Tratamentos Linha de semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 66ab 19b 43bc 10 12 11 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 72ab 45a 59ab 10 12 11 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 84a 36ab 60a 10 15 13 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 64b 33ab 48ab 9 12 11 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 72ab 44ab 58ab 11 14 12 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 36c 26ab 31c 8 15 12 C.V. (%) 14,4 36,3 16,5 41,7 54,2 40,7 40 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Tabela 21 COMPARATIVO DE TRATAMENTOS (CONT.) Teor de K (g kg-1) Relação Ca/K Número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 100 grãos e produtividade de grãos de feijão nos dois experimentos, inverno de 2010. Santo Antônio de Goiás-GO1 Tratamentos Linha de semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 174 172 173 167 93 130 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 232 216 224 165 91 128 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 218 170 194 158 107 132 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 243 200 221 165 86 126 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 246 187 216 183 89 136 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 255 160 208 185 96 140 C.V. (%) 21,3 18,0 19,0 20,0 22,1 19,5 Tratamentos Linha de semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 6,41 5,62 6,02 6,17 11,21 8,69 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 5,44 5,08 5,26 7,20 13,44 10,32 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,98 5,27 5,13 6,36 9,49 7,93 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol lha-1 4,86 5,20 5,03 6,12 12,25 9,19 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,68 4,98 4,83 5,51 11,96 8,74 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 4,45 5,45 4,95 6,01 12,33 9,17 C.V. (%) 19,3 19,9 19,5 24,4 19,8 19,0 41 Saturação por bases (%) 1 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade Tratamentos Linha de semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 51,2 42,5ab 46,9 50,9 43,8 47,4 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 56,1 48,7ª 52,4 54,0 52,5 53,2 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 52,5 43,7ab 48,1 48,6 46,2 47,4 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 55,7 46,4ª 51,0 50,7 49,7 50,2 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 54,3 45,1ª 49,7 47,6 43,3 45,4 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 56,1 38,8b 47,5 53,6 47,7 50,7 C.V. (%) 11,7 7,9 7,4 10,4 10,0 9,2 Teor de Mg (cmolc dm-3) Tratamentos Linha de semeadura Entre linhas de semeadura 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm 0-10 cm 10-20 cm 0-20 cm Testemunha 0,77 0,60 0,68 0,80 0,70 0,75 1,0 Cal Super + 0,3 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,87 0,67 0,77 0,90 0,75 0,82 2,0 Cal Super + 0,6 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,67 0,52 0,60 0,70 0,60 0,65 4,0 Cal Super + 1,2 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,85 0,55 0,70 0,72 0,62 0,67 8,0 Cal Super + 2,4 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,70 0,50 0,60 0,67 0,60 0,63 16,0 Cal Super + 4,8 Mag Flo + 0,5 Bsol l ha-1 0,92 0,47 0,70 0,87 0,67 0,77 C.V. (%) 16,5 14,3 12,8 13,8 15,6 12,5 A aplicação de Cal Super + Mag Flo + B solúvel, tanto sobre quanto dentro do sulco, favoreceu o aumento da produção do feijoeiro. O número de vagens por planta foi o componente de produção mais afetado pela adição do fertilizante. CONCLUSÃO: 42 Avaliar os efeitos dos adubos aplicados no sulco de plantio. Neste trabalho observou-se uma resposta significa- tiva à aplicação de Cal Super e de Supabor na produção do feijoeiro (Tabela 23 e Figura 13). No caso de Cal super, novamente o resultado justifica-se pela maior disponibi- lidade de P no sulco de plantio. No caso da resposta ao B pode ser justificado pelo efeito do elemento na divisão celular, o que consequentente aumenta a quantidade de raízes, apesar dos teores inciais no solo estavam acima do recomendado. A mistura dos tratamentos com Ca e B foi o que obteve maior produtividade. Local: Fazenda Guaribas - Unaí-MG Solo: Latossolo Vermelho-Amarelo, distrófico, textura franco-argilosa (Tabela 22) Cultivar: Pérola Época de plantio: maio/ 2012 Delineamento experimental: blocos casualizados com quatro repetições Tratamentos: Fonte de Ca: Cal Super (43,5%Ca p/v), Fonte de Mg: Mag Flo (30,0% Mg p/v) Fonte de B: SupaBor (10,0% B p/v) Mais informações: • Parcela: 4 m x 10m. • Sistema de cultivo: plantio direto após a cultura de milho • Manejo Fitosanitário: Padrão da Fazenda • Avaliação: Produtividade de grãos. OBJETIVO: RESULTADOS E DISCUSSÃO: MATERIAL E MÉTODOS: Tarcísio Cobucci Massaru Yokoyama PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO AVALIAÇÃO DE ADUBOS FERTILIDADE DE SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS Produto Dose Época 1. Testemunha 2. Cal Super 1,0 l ha-1 Sulco plantio 3. Mag Flo 0,3 l ha-1 Sulco plantio 4. Supabor 0,5 l ha-1 Sulco plantio 5. Cal Super+ Mag Flo 1,0+0,3 l ha-1 Sulco plantio 6. Cal Super+ Supabor 1,0+0,5 l ha-1 Sulco plantio 7. Supabor+ Mag Flo 1,0+0,3 l ha-11 Sulco plantio 8. Cal Super+ Mag Flo+ Supabor 1,0+0,3+0,5 l ha-1 Sulco plantio NO SULCO DE PLANTIO NA CULTURA DO FEIJÃO 43 Tabela 22 Tabela 23 Figura 13 ANÁLISE DE SOLO DA ÁREA EXPERIMENTAL. PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO EM FUNÇÃO DOS DIFERENTES TRATAMENTOS. PRODUTIVIDADE DO FEIJOEIRO EM FUNÇÃO DE ADUBOS NO SULCO DE PLANTIO. Unaí-MG. 2012 Unaí-MG. 2012 Unaí-MG. 2012 Extrator: P-Mehlich; B-Água quente; Cu/Fe/Mn/Zn – DTPA. pH M.O. Ca Mg Al H+Al V M (cm) (água) (g dm-³) (mmolc dm-³) (%) (%) 0-20 5,6 36 2,5 1 0,1 5 44 2 K P B Cu Fe Mn Zn Argila Silte Areia mg dm-³ mg dm-³ mg dm-³ g kg-1 194 16,8 1 1,4 21,2 25,3 10,3 510 310 180 1 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste Tukey a 5% de probabilidade Tratamentos Produtividade Média Sc ha-1 % Testemunha 2.948 b 49,1 100 Cal Super 3.600 a 60,0 122 Magflo 2.959 b 49,3 100 Supabor 3.700 a 61,7 126 Cal Super+ Magflo 3.634 a 60,6 123 Cal Super+ Supabor 3.781 a 63,0 128 Supabor+ Magflo 3.228 ab 53,8 110 Cal Super+ Magflo+ Supab 3.250 ab 54,2 110 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 Test Ca Mg B Ca+Mg Ca+B Mg+B Ca+Mg+B Pr od ut iv id ad e Fe ijã o (k g ha -1 ) FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO2 Foto do banco Syngenta 46 Determinar os efeitos da co-inoculação de Rhizobium tropici e Azospirillum brasiliense no desempenho agronômico de feijão-comum. Local: Itaberaí-GO/2013, Goianésia-GO/2014, Santo Antônio de Goiás-GO/2014 e 2015, Unaí-MG/2015, Cristalina-GO/2015, Paracatu- MG/2015 Cultivar: Pérola Adubação de plantio: 300 kg ha-1 de 0–30–10 Delineamento experimental: Blocos casualizados Tratamentos:1. NI= não inoculado e sem N-fertilizante 2. NfT= 20 kg N ha-1 no plantio e 60 kg N ha-1 aos 25 DAE OBJETIVO: MATERIAL E MÉTODOS: Enderson Petrônio de Brito Ferreira PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO DESEMPENHO AGRONÔMICO FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO 3. Rt= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium 4. Rt+Ab1s= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e uma dose de Azospirillum 5. Rt+Ab2s= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e duas doses de Azospirillum 6. Rt+Ab2p= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de duas doses de Azospirillum em V2/V3 7. Rt+Ab3p= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3 Mais informações: Avaliações: produtividade de grãos, receita bruta, receita líquida. Análise química do solo: Tabela 24. Local/ano pH Ca Mg Al H+Al P K MO cmolc dm-³ mg dm-3 g kg-1 Itaberaí/2013 5,8 1,9 0,5 0,0 2,9 15,1 137 31,0 Goianésia/2014 5,3 2,0 1,6 0,1 5,2 23,8 136 34,8 Santo Antônio de Goiás/2014 6,1 1,8 1,4 0,0 0,9 12,1 109 38,3 Unaí/2015 6,1 3,2 1,0 0,0 2,2 63,0 281 44,3 Cristalina/2015 5,7 2,3 1,4 0,0 3,0 45,4 218 44,3 Paracatu/2015 5,7 2,6 1,6 0,0 1,3 39,7 172 25,9 Santo Antônio de Goiás/2015 5,5 0,9 0,7 0,1 2,4 5,5 147 30,1 Tabela 24 PROPRIEDADES QUÍMICAS DOS SOLOS (0–20 cm) antes do plantio. E ECONOMICIDADE DO FEIJÃO- COMUM CO-INOCULADO COM RHIZOBIUM E AZOSPIRILLUM 47 Considerando a média dos sete locais, observou-se uma maior produtividade de grãos (PG) para o trata- mento referente à inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3 (Rt+Ab3p), com 3.288 kg ha-1, resultando em uma PG cerca de 280 e 560 kg ha-1 maior que o tratamento nitrogenado (NfT) e a inoculação somente RESULTADOS E DISCUSSÃO: com Rhizobium tropici (Rt), respectivamente (Figura 14). Essa diferença em favor da inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3 representa um aumento de 11,5% e 26% em comparação com o tratamento nitro- genado e com o tratamento inoculado com Rhizobium tropici, respectivamente. C B C C B B A 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 NI NfT Rt Rt+Ab1s Rt+Ab2s Rt+Ab2p Rt+Ab3p Pr od ut iv id ad e Fe ijã o (k g ha -1 ) Figura 14 PRODUÇÃO DE GRÃOS DE FEIJÃO-COMUM EM FUNÇÃO DOS DIFERENTES TRATAMENTOS. NI= não inoculado e sem N-fertilizante; NfT= 20 kg N ha-1 no plantio e 60 kg N ha-1 aos 25 DAE; Rt= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium; Rt+Ab1s= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e uma dose de Azospirillum; Rt+Ab2s= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e duas doses de Azospirillum; Rt+Ab2p= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de duas doses de Azospirillum em V2/V3; Rt+Ab3p= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3. Os dados representam a média de sete. Letras diferentes indicam diferença estatística pelo teste de Skott-Knott (p≤0.05). 48 PUBLICAÇÃO EMBRAPA GTEC FEIJÃO FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO A análise da viabilidade econômica mostrou que, levando em consideração a equivalência de produto, a receita bruta para o tratamento referente à inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3 (Rt+Ab3p) foi de 52 e 67 sacas de 60 kg ha-1, nos estados de Goiás e Minas Gerais, respectivamente, sendo 7,58% e 15,2% superior ao tratamento nitrogenado. Por outro lado, a receita líquida para o tratamento referente à inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3 (Rt+Ab3p) foi de 25 e 36 sacas de 60 kg ha-1, nos estados de Goiás e Minas Gerais, respectivamente, sendo 29% e 41% superior ao tratamento nitrogenado (Tabela 25). Tabela 25 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DA CO-INOCULAÇÃO DA VARIEDADE PÉROLA cultivada em safra de inverno nos estados de Goiás e Minas Gerais. NI= não inoculado e sem N-fertilizante; NfT= 20 kg N ha-1 no plantio e 60 kg N ha-1 aos 25 DAE; Rt= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium; Rt+Ab1s= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e uma dose de Azospirillum; Rt+Ab2s= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e duas doses de Azospirillum; Rt+Ab2p= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de duas doses de Azospirillum em V2/V3; Rt+Ab3p= inoculação da semente com duas doses de Rhizobium e pulverização de três doses de Azospirillum em V2/V3. Médias na mesma coluna seguidas por letra diferente são significativamente diferentes pelo teste de Skott-Knott (p≤0.05). 1 Média dos municípios do estado de Goiás 2 Média dos municípios do estado de Minas Gerais 3 Baseado nos preços pagos pelos fatores de produção, atualizados pelo Índice Geral de Preços - FGV (Base: abril/2015 = 1,00) e os preços recebidos pelos produtores de feijão comum durante a colheita, atualizados pelo Índice Geral de Preços - FGV (Base: setembro/2015 = 1,00). Goiás1 Minas Gerais2 Tratamento (R$ ha-1) Equivalência em produto (saco de 60 kg) (R$ ha-1) Equivalência em produto (saco de 60 kg) Receita bruta TC 5.102,79 b 39,19 b 6.987,32 b 58,19 b TN 6.461,69 a 48,79 a 7.008,73 b 58,37 b Rt 5.958,08 a 44,97 a 6.760,96 b 56,30 b Rt+Ab1s 5.988,12 a 45,51 a 6.965,44 b 58,01 b Rt+Ab2s 6.414,71 a 48,05 a 7.221,59 b 60,14 b Rt+Ab2p 6.312,19 a 47,27 a 7.577,65 a 63,11 a RT+Ab3p 7.042,80 a 52,49 a 8.077,81 a 67,27 a Receita líquida3 TC 1.673,61 c 12,85 c 3.422,15 b 28,50 b TN 2.536,70 b 19,16 b 3.044,31 b 25,35 b Rt 2.436,33 b 18,39 b 3.194,12 b 26,60 b Rt+Ab1s 2.466,69 b 18,75 b 3.355,74 b 27,95 b Rt+Ab2s 2.826,44 a 21,17 a 3.578,52 b 29,80 b Rt+Ab2p 2.668,11 b 19,98 b 3.857,94 a 32,13 a RT+Ab3p 3.327,12 a 24,80 a 4.297,88 a 35,79 a CONCLUSÃO A co-inoculação do feijão-comum com duas doses Rhizobium tropici na semente e pulverização de três doses de Azospirillum brasilense na fase V2/V3 (RT+Ab3p) proporciona aumento significativo na nodulação, massa de raiz seca e massa de parte aérea seca, resultando em um rendimento de grãos de 3.200 kg ha-1. Isso repre- senta um aumento de produtividade de 11,5% em relação ao tratamento com fertilizante nitrogenado e de 26% em relação ao uso do inoculante contendo somente Rhizobium tropici. A co-inoculação RT+Ab3p proporciona receita líquida de 25 sacas de 60 kg ha-1 em Goiás e de 36 sacas de 60 kg ha-1 em Minas Gerais, sendo 29% e 41%, respectivamente, superior ao tratamento nitrogenado. Foto por Sebastião Araújo Foto do banco Syngenta MANEJO FITOSSANITÁRIO3 52 Avaliar a eficiência do tratamento de sementes de feijão com Cruiser Advanced no controle de Fusarium solani e na podridões radiculares sob o cultivo em dife- rentes palhadas. De modo geral a aplicação de Cruiser Advanced no tratamento de sementes (TS) do feijão promoveu diferenças entre os tratamentos para a maioria dos parâ- metros avaliados. Através da Figura 15, pode-se verificar que a aplicacão de Cruiser Advanced promoveu a dimi- nuição de 1828 propágulos de Fusarium solani/grama de solo na média dos tratamentos quando comparado à testemunha. Observou-se também que a aplicação de Cruiser Advanced no plantio em diferentes palhadas ocorreu diferença entre os tratamentos e a diminuição de propá- gulos de F. solani onde foram utilizados as coberturas com milheto, mix, aveia e na testemunha sem palhada (Figura 16). Local: Fazenda Sol, Planaltina, DF Delineamento experimental: parcelas subdividas, sendo 6 tratamentos nas parcelas e 2 tratamentos nas subparcelas e 3 repetições. Tratamentos: Parcelas - 1. Testemunha; 2. Brachiaria ruzizienses (500 VC ha-1); 3. Aveia branca (Guará 130 kg ha-1); 4. Crotalaria spectabilis (35 kg ha-1); 5. Milheto (30 kg ha-1); 6. Aveia Branca (50 kg) + Milheto (7 kg) + Trigo Mourisco (15 kg) + Nabo forrageiro
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