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TBL: Respiratório EMPIEMA DE BOLSA GUTURAL • O QUE É BOLSA GUTURAL As bolsas guturais são divertículos da tuba auditiva, delimitadas dorsalmente pelo atlas e crânio ventralmente pela faringe. As paredes das bolsas guturais são sobrepostas e formam o septo medial. Cada bolsa é dividida em compartimentos medial e lateral pelo osso estiloióide, que evolui através da face caudo lateral de cada bolsa. Os compartimentos mediais se opõem entre si, na linha média. As paredes laterais de cada bolsa contêm os nervos craniais VII (facial), IX (glossofaríngeo), X (vago), XI (acessório espinal), e XII (hipoglosso), o tronco simpático cranial, a artéria carótida interna, e ramos da artéria carótida externa. A intima relação destes vasos e nervos com a membrana mucosa que reveste as bolsas guturais explica por que epistaxe e disfunções nervosas frequentemente acompanham as moléstias das bolsas guturais. A função da bolsa gutural é desconhecida, apesar de poder assumir um papel no resfriamento do cérebro e na regulação da pressão sanguínea cerebral, deglutição e audição. Cada bolsa gutural de um equino adulto possui um volume aproximadamente de 300 ml. As mais frequentes afecções das bolsas guturais são o empiema da bolsa gutural, que é o acúmulo de material purulento em uma ou em ambas as bolsas. A micose de bolsa gutural, que é a infecção fúngica da parede da bolsa e o timpanismo de bolsa gutural que se refere à distensão gasosa da bolsa gutural. • DEFINIÇÃO As infecções são introduzidas diretamente, através da abertura faríngea, ou por disseminação linfática. O problema é considerado como sendo uma manifestação localizada, crônica, e secundária de infecção respiratória ascendente mais generalizada. O empiema de bolsa gutural pode aparecer como uma infecção secundária, durante ou após o tratamento, do timpanismo de bolsa gutural, sendo uma doença muito importante do trato respiratório superior dos equinos, onde cavalos com infecção por Streptococcus equi devem receber especial atenção, devido ao índice de animais acometidos após a transmissão da doença através da secreção da bolsa gutural de um animal para outro. • SINAIS SINTOMAS Inicialmente, o material purulento é líquido, apesar de apresentar-se viscoso, mas, com o passar do tempo, torna-se denso e agrupado em massas ovoides denominadas condroides. Estes condroides podem ocorrer em número considerável, ou podem estar presentes massas maiores, em número relativamente menor. Ocasionalmente, a inflamação crônica das bolsas resulta em neuropatias relacionadas à disfunção dos nervos glossofaríngeo, vago, facial e simpáticos que se situam no interior do divertículo, ou adjacente a esta estrutura. Os sinais são paralisia facial e síndrome de Horner. O acúmulo de material purulento na bolsa causa uma distensão e interferência mecânica com a deglutição e a respiração. A inflamação da mucosa pode envolver os nervos que passam logo abaixo, resultando em neurite com subsequente disfunção faríngea, além de disfagia. A secreção nasal geralmente é unilateral, como normalmente é na doença, intermitente e de coloração branca e amarelada, normalmente não está associado a hemorragia, apesar de a secreção poder conter manchas de sangue. A doença bilateral, além da neurite resultante e da interferência mecânica com a deglutição e a respiração, pode causar expulsão pelas narinas de material alimentar, disfagia e estertor respiratório. • DIAGNÓSTICO Ocasionalmente, o movimento crepitante dos condroides pode ser audível durante a movimentação da cabeça do animal, e particularmente durante a prática de exercícios. Nas radiografias, o aspecto destas formações irá depender do número de condroides presentes, da extensão com que estas formações ocupam a bolsa, e de sua densidade relativa. Os métodos auxiliares de diagnósticos são radiografia, endoscopia, centese percutânea e aspiração de material da bolsa, através da abertura faríngea. O exame físico e endoscópico, ou projeções radiográficas oblíquas pode ser necessário para a identificação de qual bolsa está envolvida. O exame endoscópico permite a identificação da bolsa afetada, e a avaliação das características do líquido do interior da bolsa. A ausência de líquido ao nível do óstio faríngeo não elimina a possibilidade de empiema das bolsas guturais, especialmente se o líquido se tornou espessado. • DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O diagnóstico diferencial inclui abscedação dos linfonodos retrofaríngeos, timpanismo da bolsa gutural, micose de bolsa gutural, sinusite, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia, obstrução esofágica. • TRATAMENTO Qualquer equino com empiema deve ser isolado e tratado como se houvesse uma infecção pelo Streptococcus equi até que se prove o contrário. As bases do tratamento são a remoção do material purulento, a erradicação das infecções, a redução da inflamação, o alívio da angústia respiratória e o fornecimento de suporte nutricional para os animais gravemente acometidos. A escolha do tratamento clínico ou cirúrgico depende da duração e natureza do empiema. Podendo ser executada por lavagens contínuas da bolsa gutural acometida com o auxílio de um cateter inserido nas narinas, e a escolha do líquido que se prestará para a lavagem é arbitrária, entretanto os líquidos mais utilizados são a solução salina comum, a solução de ringer lactato ou a solução de iodopovidona a 1%. Também podem ser infundidos antibióticos por sete a dez dias (acetilcisteína 20%), administração sistêmica de antibióticos (penicilina G, 20,000UI/Kg, IM a cada 12 horas por cinco a sete dias) e antiinflamatórios não esteróides (flunixina meglumina, 1mg/Kg IV a cada 12 horas) para reduzir a inflamação. Se a resposta a esse tratamento é insatisfatória, ou se as secreções se acumulam e o empiema retorna, deveremos considerar a drenagem cirúrgica da bolsa gutural. A cirurgia sempre está indicada, quando o material se torna espessado, ou se houve a formação de condroides. O tratamento do empiema é complicado pela má drenagem da bolsa afetada, onde pode apenas ser drenada pelo abaixamento da cabeça do animal. A inflamação da mucosa de revestimento pode também resultar numa tumefação do tecido que circunda a abertura faríngea, comprometendo ainda mais a drenagem normal. Para uma boa prevenção os animais com suspeita de secreção nasal purulenta ou não, devem ser isolados dos demais, para que não ocorra transmissão por contato direto com animais sadios. O animal que apresenta secreção proveniente da bolsa gutural mais seroso, quando tratado mais rápido tem-se um bom prognóstico, já aqueles em que a secreção se tornou mais densa (condroides), devido ao tratamento tardio, o prognóstico será reservado, pois em alguns casos o animal terá de ser submetido a uma cirurgia. HEMATOMA ETMOIDAL • DEFINIÇÃO O hematoma etmoidal progressivo (HEP) em equinos trata-se de uma massa não neoplásica, angiomatosa e encapsulada, que se desenvolve no labirinto etmoidal ou a partir dos seios paranasais, mais comumente o maxilar e o esfenopalatino. A etiologia que leva ao desenvolvimento do HEP é desconhecida, entretanto sabe-se que ocorrem hemorragias sucessivas que se iniciam a partir da camada submucosa do trato respiratório superior. A massa cresce lentamente, porém de forma progressiva, causando estiramento e espessamento da camada mucosa que a recobre formando uma pseudo-cápsula fibrosa. Com a evolução da lesão, há destruição do epitélio respiratório local e necrose óssea por compressão. A origem do sangramento determina 4 diferentes formas de HEP, sendo a primeira de origem no seio maxilar (Tipo 1), a segunda de origem no seio esfenopalatino (Tipo 2), a terceira de origem nos próprios cornetos etmoidais (Tipo 3) e a quarta, extremamente rara, de origem em qualquer outra região excluindo as já citadas, como por exemplo o seio frontal (Tipo 4). As lesões de origemno seio maxilar ou esfenopalatino podem preencher completamente o seio acometido e, invadir ou não a cavidade nasal. A lesão de origem nos cornetos etmoidais, usualmente se protrui para o interior da cavidade nasal. • SINAIS SINTOMAS Independentemente da forma, o sinal clínico característico é a epistaxe de forma intermitente e unilateral, que ocorre a partir de ulcerações na superfície da cápsula do HEP. A epistaxe bilateral é descrita para os casos onde a lesão tem origem nos cornetos etmoidais de um dos lados e invade o contralateral. Outros sinais clínicos descritos incluem chacoalhar de cabeça, dispnéia, tosse e expiração de odor fétido. Devido à diminuição da área para passagem do ar pela cavidade nasal do lado acometido, o equino pode apresentar ruído ventilatório anormal que se torna mais pronunciado durante o exercício. Observa-se secreção mucopurulenta em alguns casos e, raramente deformação da face. A distorção facial secundária ao HEP ocorre mais comumente em potros devido ao crescimento ósseo ainda presente. • DIAGNÓSTICO A determinação do diagnóstico se inicia pelo histórico de epistaxe e se conclui por meio de exames de imagem. O exame endoscópico da cavidade nasal permite a visibilização direta da massa no interior da cavidade nasal, localizada no aspecto caudal dos cornetos etmoidais ou, identifica um traço de sangue localizado no meato nasal ou na abertura naso maxilar, proveniente de massas menores ou localizadas nos seios paranasais. Entretanto, o exame endoscópico da cavidade nasal não é capaz de determinar a extensão da lesão. O acometimento dos seios paranasais é verificado por meio de exame radiográfico quando se observa aumento de opacidade caracterizando a presença de tecido mole no interior do seio. Indica-se a realização do exame nas projeções lateral, dorsoventral e latero-dorsal oblíqua a 30o. A tomografia computadorizada também identifica lesões no interior dos seios paranasais, sendo este o único método que permite a identificação precisa dos limites anatômicos da massa determinando sua exata distribuição espacial. A tomografia apresenta a vantagem de formar uma imagem em secção transversal sem a sobreposição de outras estruturas anatômicas, o que ocorre no exame radiográfico. Com imagens de tomografia computadorizada, hematomas etmoidais aparecem como massas de tecido mole bem definidas, homogêneas ou heterogêneas, localizadas nos turbinados etmoidais ou no interior seios paranasais. A desvantagem da tomografia é a necessidade de anestesia geral para sua realização. Caso a radiografia indique acometimento de um dos seios paranasais e a tomografia computadorizada não esteja disponível, o HEP pode ser diagnosticado por meio da realização de trepanação do seio seguida de sinoscopia. Independentemente da localização, o diagnóstico só pode ser confirmado após o exame histopatológico da lesão. • DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL O diagnóstico diferencial do HEP inclui todas as afecções que possam promover epistaxe persistente ou intermitente, tais como lesões por corpos estranhos de estruturas associadas à cavidade nasal, rinite fúngica ou ulcerativa, neoplasias, fraturas de crânio, micose de bolsa gutural, abscessos pulmonares e pleuropneumonia. • TRATAMENTO ✓ EXCISÃO Devido à diminuição progressiva da área para passagem do ar pela cavidade nasal, podendo levar à obstrução unilateral completa, o tratamento conservativo não é indicado. A excisão cirúrgica do HEP com acesso por trepanação dos seios frontal ou maxilar foi o primeiro tratamento proposto, tendo sido realizada por vários anos a remoção de massas com origem no etmoide invadindo a cavidade nasal por acesso através da criação de um “flap” no osso nasal. Para o sucesso do tratamento cirúrgico o tecido de origem do HEP deve ser inteiramente removido. Entretanto, o difícil acesso à origem de massas localizadas no seio esfenopalatino e no labirinto etmoidal podem resultar em excisão incompleta. Ademais, a hemorragia intraoperatória profusa devido ao vasto leito vascular dificultam o procedimento. A excisão cirúrgica em posição quadrupedal se torna ainda mais difícil, havendo a necessidade de anestesia geral para a maioria dos casos. A complicação mais comum após a excisão cirúrgica é a recidiva da lesão. Outras complicações incluem encefalites, deiscência da sutura, periostites e trauma a estruturas relacionadas anatomicamente ao encéfalo lesão cerebral após o procedimento. ✓ CRIOCIRURGIA A remoção do HEP por criocirurgia demonstrou-se efetiva com as vantagens de poder ser realizada por via nasal sob visibilização endoscópica, com o animal em posição quadrupedal e sedado. A técnica propõe a remoção sequencial de pequenos fragmentos da massa após o congelamento com nitrogênio líquido. O risco de hemorragia é mínimo e a origem do HEP é destruída, diminuindo a recorrência da lesão. Entretanto, a criocirurgia não é efetiva na regressão de lesões extensas e há risco de erosão da placa criniforme e consequente dano cerebral. ✓ FOTOABLAÇÃO Outro método de tratamento é fotoablação. O calor do feixe do laser causa coagulação do o tecido lesionado do trato respiratório à temperatura de 60°C e vaporização quando a lesão é aquecida a 100°C. Na cirurgia com uso do laser Nd:YAG, o HEP pode ser acessado via nasal ou através de sinusotomia, dependendo da localização da lesão, apresentando a mesma vantagem da criocirurgia de possibilidade de realização em posição quadrupedal com o animal sob sedação . Há o risco de complicações devido a danos térmicos aos tecidos adjacentes à massa que recebeu disparos do laser e o alto custo do equipamento é fator limitante para o seu uso. A taxa de sucesso foi de 70% em 41 equinos apresentando HEP e tratados por fotoablação com o laser Nd:YAG, não havendo sinais de recidiva. Tanto a crioterapia quanto a irradiação de laser podem ser aplicadas em associação à excisão cirúrgica visando conter a hemorragia e destruir tecido residual do HEP. ✓ ABLAÇÃO QUÍMICA POR INJEÇÃO INTRALESIONAL Injeção seriada de solução de formaldeído a 4% por via transendoscópica. A injeção de formaldeído tem como ação a hidrólise de proteínas, promovendo a desidratação tecidual e coagulação da lesão. A solução deve ser injetada por um cateter de polipropileno com agulha retrátil de 23 GA, inserido pelo canal de biópsia do endoscópio, com o animal em posição quadrupedal e sedado. Recomenda-se o tratamento seriado, respeitando-se o intervalo de 3 a 4 semanas entre as aplicações de formaldeído, até que a lesão desapareça ou se reduza ao ponto de não permitir mais a injeção. O tratamento intralesional com formaldeído tem a vantagem de ser um procedimento relativamente barato e seguro. As complicações são raras e incluem o desenvolvimento de sinusite severa, necrose das conchas nasais e lesão do sistema nervoso central. Independentemente do tratamento proposto, avaliações endoscópicas da cavidade nasal devem ser realizadas a cada 6 meses, visto que a ausência de sinais clínicos não determina a ausência de recidivas da lesão. Além disso, a identificação precoce permite que a lesão seja tratada enquanto é pequena. Mesmo com a abordagem terapêutica adequada, o prognóstico é considerado reservado a desfavorável devido à alta taxa de recidivas, que pode chegar a 44%. Inibidores de angiogênese podem ser efetivos no tratamento da lesão, principalmente ao evitar recidivas após a remoção cirúrgica. HEMIPLEGIA LARINGEANA ESQUERDA NO EQUINO • DIAGNÓSTICO Som respiratório anormal durante o exercício, exame de laringoscopia, e história de intolerância ao exercício foi incluída na base para o diagnóstico. O exame de laringoscopia, de preferência não sedado, é realizado em repouso. Em casos extremos, o exame foi repetido após o exercício. Outras técnicas, para utilização durante o exame endoscópico em repouso, foram descritas para ajudara avaliar o grau de motilidade laringe possível. • TRATAMENTO Recomendado correção cirúrgica de hemiplegia laringiana em cavalos de corrida, sendo a mais indicada uma cordectomia realizada com a ventriculectomia. A aritenoidectomia não é utilizada como um tratamento primário para hemiplegia laríngea, e raramente se considera a traqueotomia. As próteses mais utilizadas foram de Lycra, poliéster entrançado, poliglactina 910, os monofilamentos de poliamida, polipropileno monofilamentar, de arame em aço inoxidável ou de poliéster entrançado e Lycra. As combinações utilizadas tendem a variar e incluído Lycra e poliéster, Vicryl duplo, aço dupla, polipropileno ou poliéster duplo. DESLOCAMENTO DORSAL DO VÉU DO PALATO • DEFINIÇÃO O véu do palato é uma extensão do palato duro que separa a cavidade oral e a cavidade nasal. Forma um selo ou fechamento com a base da epiglote, que é um fragmento de tecido triangular que se eleva para proteger as vias aéreas durante a deglutição, para que o alimento não entre na traqueia e atinja os pulmões. Durante o exercício, o véu do palato se move para baixo e as vias aéreas se abrem para maximizar o espaço para a passagem do ar para os pulmões. Deve- se notar que a epiglote fica firme no véu do palato, mantendo esse selo entre a cavidade oral e nasal e permitindo que o cavalo respire completamente pelo nariz. O DDVP permanente pode ser induzido pelo bloqueio do ramo faríngeo do nervo vago, que atravessa a bolsa gutural (orelha média) do cavalo. • SINAIS SINTOMAS Quando alguns cavalos são exercitados, o véu do palato sobe (dorsalmente) e é colocado no topo da epiglote, ficando fora do lugar e impedindo o fechamento entre a cavidade oral e nasal, quando isso ocorre, o véu do palato acaba obstruindo a abertura em direção à traqueia (laringe), de modo que a quantidade de ar que o cavalo pode receber é reduzida. O véu do palato geralmente ondula e se move para cima e para baixo, como uma vela que flutua no ar; isso produz um ruído como um gorgolejo, que é ouvido principalmente durante a expiração. Também pode parecer que o cavalo está se afogando durante o exercício. Quando isso acontece, o cavalo geralmente perde velocidade e, em alguns casos, praticamente para enquanto luta para obter ar suficiente. O deslocamento intermitente do véu do palato é o mais comum, embora em alguns casos raros um deslocamento mais permanente possa ocorrer. Nestes casos, os cavalos costumam tossir. • DIAGNÓSTICO O deslocamento dorsal permanente do véu do palato é facilmente diagnosticado pelo exame endoscópico do trato respiratório superior com o cavalo em pé. Sua aparência normal é a vista acima, com a epiglote acima do véu do palato. A existência de deslocamento intermitente do véu do palato, mais comum, é geralmente suspeitada pela história do cavalo, que produz um ruído característico de borbulhar durante o exercício e para durante uma corrida. A melhor maneira de confirmar esse problema é a endoscopia convencional, na qual um endoscópio é colocado na panela para ver as vias aéreas quando o cavalo se se o véu do palato se mover durante o exercício e não retornar imediatamente ao seu lugar, um deslocamento dorsal do véu do palato pode ser diagnosticado e é possível começar a tomar medidas para o seu tratamento. • TRATAMENTO A boa condição física é o primeiro aspecto abordado ao enfrentar esse problema, antes de qualquer outra intervenção. O uso de uma banda nasal mexicana para impedir que o cavalo abra a boca e bocados, como bife com trava-línguas ou mordida em Z, tem o objetivo de impedir que o cavalo brinque com a língua durante o exercício, empurrando o véu do palato para fora da boca. site. Qualquer evidência de inflamação da faringe ou trato respiratório superior detectada no exame endoscópico deve ser tratada com os anti-inflamatórios tópicos e orais apropriados. ✓ PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS Muitos procedimentos cirúrgicos diferentes foram usados para tentar corrigir o DDVP. Eles são projetados principalmente para tentar “endurecer” o véu do palato ou epiglote, de textura macia ou para que a vedação entre a epiglote e o véu do palato seja reformada; O cirurgião em questão pode ter suas preferências sobre os procedimentos cirúrgicos de que mais gosta. 1. ENDURECINENTO DO VÉU DO PALATO Tradicionalmente, o "endurecimento" do véu do palato (palatoplastia) é realizado cauterizando os lados bucais ou nasais do véu do palato, o tecido cicatricial se forma na mucosa, criando um tecido menos flexível, mais difícil de deslocar. Uma taxa de sucesso de 60% foi registrada. 2. PASTA DE TEFLON Com relação ao aumento da epiglote, processo em que a pasta de Teflon é injetada no tecido localizado ao redor e abaixo da epiglote para endurecê-la, uma taxa de sucesso de 66% foi registrada nos casos em que a causa do DDVP Foi atribuído a uma epiglote hipoplásica. 3. AVANÇO DA LARINGE – FIXAÇÃO ADIANTE É o tratamento cirúrgico mais difundido atualmente para casos confirmados de DDVP. Envolve fixação permanente da laringe para a frente por meio de duas suturas colocadas em ambos os lados da laringe. A distância entre a epiglote e a abertura da laringe é reduzida, dificultando a colocação do véu do palato acima da epiglote. • CUIDADOS E EVOLUÇÕES POSTERIORES Após a intervenção, os cavalos são geralmente tratados com antibióticos e anti-inflamatórios por um curto período de tempo, combinado com um curto período de descanso de duas a quatro semanas, dependendo do procedimento. Os auxílios de treinamento mencionados acima são frequentemente incluídos nos cuidados, treinamento e carreiras pós-operatórios. A correção desse problema pode ser frustrante e reaparecer mesmo após um período inicial de sucesso. É por isso que é difícil saber a causa exata nos cavalos mais afetados. Após um exame completo do trato respiratório superior em várias condições, o veterinário pode recomendar a opção de tratamento que provavelmente é mais benéfica para o cavalo. CIRURGIA A LASER EM CAVALOS • DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO LASER meios amplificação de luz por emissão estimulada de radiação. Um laser é um dispositivo que gera um intenso raio de luz que pode cortar, selar ou vaporizar tecidos. É diferente da luz que nos rodeia de maneiras diferentes. A diferença mais importante é que a luz do laser consiste em um comprimento de onda, enquanto a luz ao nosso redor é composta de muitos comprimentos de onda diferentes. A luz de um laser é criada por moléculas energizantes para emitir luz em um determinado comprimento de onda. Existem muitos tipos diferentes de lasers, cada um deles operando em um comprimento de onda exclusivo. Três exemplos de lasers populares são dióxido de carbono (CO2), Nd:YAG e o diodo. ✓ LASER DE CO2 O laser de CO2 é um dos lasers mais utilizados em todo o mundo. Opera com um comprimento de onda de 10.600 nm. Quando um laser de CO2 é administrado a um tecido mole, a energia luminosa é absorvida pela água no tecido mole. Isso então aquece o tecido mole e o vaporiza. O laser de CO2 é usado por sua capacidade de evitar danos térmicos ao tecido circundante e por seu corte preciso. ✓ LASER Nd:YAG O laser Nd: YAG (1064 nm) é administrado através de uma pequena fibra de quartzo que permite a sua utilização através de um endoscópio de vídeo. O endoscópio é um tubo longo e flexível com uma câmera no final, que permite ao médico ver em áreas que ele não enxergava de outra forma, por exemplo, em áreas profundas da passagem nasal. Portanto, o laser pode ser transmitido ao longo de uma fibra através de um endoscópio e usado profundamente no interior da passagem nasal (Figura 1). A energia luminosa deste laser é absorvida por dois componentes principais do tecido vivo: melanina, o pigmento escuro da pele e cabelos; e hemoglobina, o pigmento dos glóbulos vermelhos que transportam oxigênio. O laser Nd: YAG é absorvido maisrapidamente pelo tecido do que o laser de CO2, o que resulta em melhor coagulação. ✓ LASER DE DIODO O laser de diodo (comprimento de onda de 980 nm) tornou-se cada vez mais popular na cirurgia de animais de grande porte, pois possui um comprimento de onda muito semelhante ao laser Nd: YAG e, portanto, também pode ser administrado através de uma pequena fibra de quartzo através de um endoscópio de vídeo. A vantagem sobre o laser Nd: YAG é que o laser de diodo é pequeno, portátil e mais eficiente. • DOENÇAS TRATADAS GERALMENTE COM O PROCEDIMENTO ✓ HEMIPLEGIA LARÍNGEA (RONCO) O tratamento cirúrgico mais comum é uma laringoplastia protética ou um procedimento de "amarração". Um tratamento complementar comum é a remoção das cordas vocais verdadeiras e / ou dos vínculos laríngeos que estabilizam a parte inferior da cartilagem aritenóide nas vias aéreas para reduzir o ruído normal e aumentar o diâmetro das vias aéreas para possível melhora no desempenho. Tradicionalmente, essa técnica é realizada através de uma incisão na área da garganta (laringotomia) sob anestesia geral após a “atração”. O laser pode ser usado para executar um procedimento semelhante, mas pode ser alcançado com o cavalo em pé (ou sob anestesia geral) através do endoscópio. Isso evita a necessidade de fazer uma incisão cirúrgica. ✓ ARMADILHA EPIGLÓTICA Uma doença na qual uma parte frouxa do revestimento da garganta se enrola anormalmente na epiglote. É facilmente diagnosticada com uma endoscopia do trato respiratório superior. É uma causa comum de intolerância ao exercício e som respiratório anormal em cavalos de corrida. Ocasionalmente, esta doença pode causar tosse e coriza em cavalos velhos. A correção cirúrgica tradicional envolve dividir o tecido ao meio (divisão axial) com uma lâmina curva ou remoção cirúrgica através de uma incisão na área da garganta (geralmente sob anestesia geral). A divisão do tecido a laser pode ser realizada usando o laser Nd: YAG ou diodo através do endoscópio de vídeo. Essa técnica pode ser realizada em nível ambulatorial (com o paciente sedado e usando anestesia local) com menos complicações cirúrgicas e menos tempo de cicatrização. A nova taxa de aprisionamento também é um pouco menor com o uso de um laser cirúrgico em comparação com uma abordagem cirúrgica tradicional. ✓ GRANULOMAS ARITENÓIDES Essas são áreas de "carne saliente" nas cartilagens aritenóides (retalho da laringe) (aritenóides) que podem causar tosse no cavalo e gerar uma infecção por aritenóides. O laser pode ser usado através do endoscópio para remover (remover) os granulomas. Este procedimento é realizado com o cavalo parado sob sedação e com o uso de anestesia local no local da cirurgia. O uso do laser permite precisão e minimiza o sangramento. ✓ HEMATOMA ETMOIDAL O tratamento consiste na extração da massa e do tecido de origem. Com pequenas massas que surgem da região etmoidal, isso pode ser conseguido injetando formalina na massa, sob sedação, enquanto o cavalo permanece em pé. Pode ser necessário repetir esse processo várias vezes. No caso de grandes massas, pode ser necessário fazer um retalho de osso sinusal sob anestesia geral. A ablação a laser da massa pode ser obtida por meio de um endoscópio com o cavalo em pé. Este procedimento pode ser realizado após a cirurgia com retalho sinusal ou formalina ou por si só em pequenas massas. O uso do laser reduz o sangramento durante a cirurgia e a possibilidade de reaparecimento da massa. ✓ BOLSA GUTURAL TIMPÂNICA OU EMPIEMA A bolsa gutural é exclusiva para o cavalo. É uma bolsa externa cheia de ar na trompa de Eustáquio. A bolsa gutural empiema é uma doença que ocorre quando bolsa gutural preenchido com fluido ou algum tipo de material solidificado purulenta. É extremamente difícil resolver a infecção apenas com uma lavagem e tratamento com antibióticos. O laser pode ser usado para criar uma abertura cirúrgica da área da garganta diretamente no bolso da garganta (fístula salping-faríngea) que permite que o material infeccioso seja drenado passivamente. ✓ DESLOCAMENTO DORSAL DO VÉU DO PALATO O deslocamento dorsal do véu do palato é o deslocamento do véu do palato sobre a epiglote. Isso causa intolerância ao exercício e mostra que os cavalos emitem um ruído respiratório anormal. Várias técnicas com sucesso variável foram descritas para o tratamento do deslocamento dorsal do véu do palato. Uma terapia usada em conjunto com as técnicas cirúrgicas tradicionais é a aplicação de um laser em várias pequenas áreas da borda livre do véu do palato. A teoria que apoia esse tratamento é produzir tecido cicatricial e endurecer a borda do véu do palato para evitar maior deslocamento. O laser também pode ser usado para remover a borda livre do véu do palato (estafiloctomia) sob orientação vídeo endoscópica. ✓ TUMORES E CISTOS DO TRATO RESPIRATÓRIO SUPERIOR Tumores do trato respiratório superior (traqueia, faringe e laringe), bem como cistos na epiglote, faringe e passagens nasais, podem ser tratados com cirurgia a laser. A cirurgia a laser pode ser usada para remover tumores / cistos com trauma mínimo no tecido circundante, menos sangramento e menos reaparecimento em comparação com as abordagens cirúrgicas tradicionais. ✓ CISTOS UTERINOS Os cistos endometriais no interior do útero de uma égua podem ser tratados com cirurgia a laser. Com um histeroscópio ou orientação por vídeo endoscopia, o laser pode ser usado para remover / remover essas estruturas cheias de líquido, evitando trauma no revestimento uterino circundante ou no resto do sistema reprodutivo. Esta cirurgia pode ser realizada com a égua em pé sedada com o uso de anestesia local. ✓ TUMORES DE PELE A maioria das doenças cirúrgicas da pele de grandes animais tem origem neoplásica (câncer). A remoção ou destruição de tecido doente é o objetivo de qualquer terapia. A cirurgia a laser dessas lesões, isoladamente e em conjunto com a quimioterapia, pode diminuir a taxa de recorrência e acelerar a recuperação. A excisão a laser do tecido causa menos inchaço do tecido circundante e menos disseminação das células neoplásicas para as áreas circundantes, em comparação com a excisão com instrumentos de corte. Os tumores cutâneos comuns tratados com cirurgia a laser incluem sarcoides, carcinomas de células escamosas e melanomas. ✓ ENXERTOS DE PELE Os lasers podem ser usados para preparar o leito de uma ferida cicatrizante (tecido de granulação) para um enxerto de pele. Eles podem ser usados para remover o excesso de tecido cicatricial (“carne saliente”) que é frequentemente vista em cavalos e para esterilizar o leito da ferida. O uso do laser também permite menos sangramentos em tecidos altamente vascularizados e menos inchaço em comparação com outros métodos. O laser cria um ambiente ideal para o crescimento de novos tecidos. 1. NEURECTOMIA A neurectomia (remoção de uma seção nervosa) é um tratamento em grandes animais para reduzir a dor derivada de processos patológicos progressivos e debilitantes. A remoção de um pequeno pedaço do nervo que fornece sensibilidade à área dolorosa elimina a sensação de dor que o animal sente. Embora isso não trate a doença, alivia a dor do animal, permitindo uma vida mais confortável. A complicação mais frequente de uma neurectomia é o novo crescimento do nervo ou a formação de um neuroma doloroso (inchaço no final do nervo). O uso de um laser para cortar o nervo sela a extremidade do tecido nervoso, a fim de diminuir a possibilidade de formação de um neuroma. • VANTAGENS → Cirurgia a laser versus cirurgia convencional. o MENOS SANGRAMENTO O laser sela os pequenos vasos sanguíneos durante a cirurgia. o MENOS INCHAÇO Diminuição do sangramento e não esmagando os tecidos, reduz o inchaço no pós-operatório. o MENOR TEMPO DE INTERNAÇÃO Muitos procedimentos podem ser realizados com o cavalo parado sob sedação e, portanto,os cavalos não precisam de anestesia geral. Isso reduz o risco de complicações, além do tempo de internação. o PRECISÃO O laser pode ser controlado com precisão para remover finas camadas de tecido. o MINIMAMENTE INVASIVO O laser pode ser usado através de um endoscópio para permitir o acesso a tecidos profundos no corpo, sem fazer incisões adicionais para permitir o acesso convencional a esses tecidos (garganta ou útero). o MENOS DOR O laser sela as extremidades do nervo enquanto corta, para que o paciente tenha menos dor. o ESTERILIZAÇÃO O laser esteriliza o local cirúrgico (mata bactérias) enquanto corta. o RECUPERAÇÃO MAIS RÁPIDA A menor quantidade de sangramento e inchaço causará uma cicatrização mais rápida dos tecidos. Isso causará um retorno mais rápido à atividade e uso. • DESVANTAGENS → Cirurgia a laser versus cirurgia convencional. Requer treinamento e equipamento especializado, e pode causar danos térmicos excessivos e inchaço dos tecidos adjacentes ou alvo, se não for usado adequadamente. A cirurgia a laser é uma técnica especializada de realização de cirurgia. A grande vantagem da cirurgia a laser em animais de grande porte é que ela permite o acesso do cirurgião a áreas e tecidos profundos, para que ele possa realizar a cirurgia através de uma abordagem minimamente invasiva, com e sem anestesia geral, dependendo da lesão e de sua localização. O resultado e o prognóstico dependem do tipo e localização da lesão tratada. HEMIPLEGIA LARÍNGEA EM CAVALOS • DEFINIÇÃO A hemiplegia laríngea ocorre, especialmente, entre as raças de puro-sangue, mas também afeta outros cavalos esportivos, como cavalos de sangue quente, cavalos de tração, trotadores americanos e 250 km. Geralmente ocorre entre homens altos, geralmente com mais de 15 extensões. Embora a doença não represente risco à vida, existem várias opções cirúrgicas para tratar o cavalo, se mostrar esses sinais e a maioria deles tiver um bom prognóstico para melhorar o desempenho do cavalo. • SINAIS SINTOMAS Comum em cavalos de 3 a 7 anos; intolerância ao exercício que piorou ao longo das semanas ou meses. Ruído clássico de "assobio" ou "ronco" durante o exercício (normalmente, a galope médio ou com atividade mais intensa). É possível que o relincho do cavalo mude, ofegante após o exercício. Os veterinários podem observar atrofia muscular (encolhimento) na área da garganta na altura do estrangulamento. • DIAGNÓSTICO A hemiplegia laríngea possui graus diferentes em uma escala de 1-4; 4 é paralisia completa da cartilagem. A endoscopia com o cavalo em pé pode ser usada para diagnosticar casos de grau 3-4 e alguns casos de grau 2. Endoscopia com o cavalo em um cinto de exercícios de alta velocidade ou exame respiratório dinâmico No terreno, pode ser necessário diagnosticar casos duvidosos em uma endoscopia com o cavalo em pé e pode ser usado para garantir que não haja outros problemas simultâneos no trato respiratório superior que contribuam para a intolerância ao exercício ou ruídos respiratórios. Além disso, um ultrassom laríngeo pode ser usado para avaliar a densidade das fibras musculares da laringe para determinar se sua inervação é adequada. • TRATAMENTO As recomendações de tratamento variam de acordo com a gravidade / grau, raça, idade e uso do cavalo. Existem quatro opções de tratamento, descritas abaixo: laringoplastia protética ("cirurgia de retração"), ventriculectomia +/- cordactomia, aritenoidectomia e enxerto de pedículo neuromuscular. ✓ LARINGOPLASTIA PROTÉTICA É o tratamento mais comum e pode ser realizado com o cavalo em pé e sedado ou com anestesia geral. A cartilagem paralisada é removida para trás e fixada, em uma posição aberta / abduzida através de uma incisão na área da garganta na altura do afogamento. A sutura funciona como uma "prótese" do músculo paralisado. ▪ CUIDADOS O descanso pós-operatório após uma laringoplastia geralmente inclui 30 dias de descanso no estábulo, com uma caminhada com caminhada / grama guiada à mão, seguida de atividade ao ar livre em um pequeno pasto ou exercício leve por 30 dias. O retorno gradual ao exercício geralmente é permitido 45-60 dias após a cirurgia. É muito importante impedir que um cavalo submetido à laringoplastia se exercite até ser aconselhado pelo cirurgião, pois pode aumentar o movimento da sutura e aumentar o risco de falha da laringoplastia. ▪ COMPLICAÇÕES Entre 9-47% dos cavalos experimentam complicações, como tosse, aspiração de traqueia por partículas de alimentos ou sujeira que causam pneumonia, infecção ou deiscência do local da incisão, seroma (acúmulo de líquido sob a incisão), infecção sutura, ruptura da sutura e incapacidade de manter a abdução da cartilagem. A tosse é a complicação mais comum e geralmente é vista imediatamente após a cirurgia, mas apenas 5 a 10% dos cavalos sofrem de tosse crônica. Se a sutura não funcionar (devido a infecção, ruptura ou puxada pela cartilagem), uma segunda laringoplastia pode ser realizada, mas as taxas de sucesso são reduzidas e as chances de falha subsequente aumentam. ✓ VENTRICULECTOMIA / CORDECTOMIA / ARITENOIDECTOMIA ▪ VENTRICULECTOMIA E CORDECTOMIA O ventrículo e as cordas vocais (localizadas sob a cartilagem aritenóide) são removidos para ampliar as vias aéreas; é feito isoladamente ou em conjunto com uma laringoplastia protética. Somente este procedimento pode melhorar o desempenho e reduzir os ruídos respiratórios das raças de tração ou exibir cavalos que não precisam atingir altas velocidades. Eles não requerem nenhuma incisão, porque o endoscópio e o laser são introduzidos na laringe através do nariz. A técnica a laser com o cavalo em pé é ideal para raças de raia, que podem ter dificuldade em se recuperar da anestesia geral. As complicações destes procedimentos são raras e o local em que a laringotomia é praticada geralmente cura sem grandes problemas. Raramente, granulomas (excesso de tecido cicatricial) podem se formar onde o ventrículo / cordão vocal foi removido, mas podem ser tratados com anti-inflamatórios e / ou remoção cirúrgica ou a laser. ▪ ARITENODEICTOMIA Remoção da cartilagem aritenóide paralisada que serve para aumentar a abertura da traqueia. Esse procedimento é ideal para cavalos com os quais a laringoplastia não funcionou ou com infecção de cartilagem aritenóide. Requer anestesia geral e é realizada através de uma incisão na garganta (chamada laringotomia; consulte "Ventriculectomia / cordactomia"). Comparado à laringoplastia protética, existe um maior risco potencial de complicações e o prognóstico de retorno ao nível da competição anterior é reduzido. As complicações são frequentes e podem incluir tosse, dificuldade em engolir e pneumonia por aspiração. ▪ CUIDADOS Cavalos com incisões de laringotomia precisam ter sua intervenção cirúrgica limpa duas vezes por dia. Eles também precisarão descansar no estábulo e caminhar com o guia a pé ou atividades ao ar livre em um pequeno pasto até que o local da cirurgia esteja completamente curado, geralmente após cerca de 30 dias. ✓ ENXERTO PEDICULAR NEUROMUSCULAR Intervenção cirúrgica que reinventa os músculos que controlam a abdução da cartilagem aritenóide. Um nervo (primeiro nervo cervical) é retirado de um dos músculos do pescoço e um buquê desse nervo é colocado no músculo que inerva a cartilagem aritenóide. Cavalos jovens com hemiplegia grau 3 são considerados bons candidatos; os cavalos afetados pela doença no grau 3 responderão à re-preservação mais rapidamente do que aqueles que sofrem do grau 4. A re-preservação leva entre 6 e 12 meses para retornar à funcionalidade. Os cavalos submetidos à laringoplastia anterior sofrem danos nos nervos utilizados neste procedimento, portanto não são candidatos a essa intervenção. ▪ CUIDADOS Os cavalos submetidos a uma intervenção de enxerto de pedículo neuromuscular também precisamdescansar no estábulo após a operação. As recomendações geralmente incluem repouso estável por 2-3 semanas, seguido de atividade ao ar livre em um pequeno pasto por 12 semanas. Então, o retorno gradual ao treinamento pode ser retomado. ▪ COMPLICAÇÕES As complicações são mínimas e podem incluir a formação de seromas, infecções e a incapacidade do músculo de se reinventar. • CUIDADOS E EVOLUÇÕES POSTERIORES O tratamento pós-operatório varia de acordo com a intervenção realizada. Na maioria dos casos, antibióticos, anti-inflamatórios e medicamentos para a garganta são administrados em um nebulizador após a cirurgia. As suturas / grampos podem ser removidos da pele se uma incisão for feita. O período de descanso no estábulo e o tempo necessário para o retorno ao trabalho variam de acordo com as preferências do cirurgião, a intervenção realizada e o grau de hemiplegia laríngea. Dependendo do procedimento realizado, o cirurgião pode exigir testes de verificação. • PROGNÓSTICO O prognóstico depende do nível de desempenho exigido do cavalo e do tratamento cirúrgico seguido. As taxas gerais de sucesso variam entre 50 e 90%; os cavalos de corrida e aqueles com maior demanda por fluxo de ar têm taxas de sucesso um pouco menores, enquanto os cavalos de exposição, de tração e de recreio tendem a ter maiores taxas de sucesso, porque a demanda geral pelas vias aéreas são inferiores comparadas às de um cavalo de corrida. DIAGNOSTICANDO E TRATANDO DOENÇAS DOS SEIOS EQUINOS As cavidades do seio do seu cavalo são complexas: uma variedade de cavernas de diferentes tamanhos e formas repousa logo atrás dos ossos do rosto, cercada por tecidos moles e adjacentes aos molares. Isso torna o diagnóstico e o gerenciamento de doenças do seio equino um desafio para os veterinários. De fato, estima-se que 47% dos cavalos submetidos à cirurgia sinusal desenvolvem algum tipo de complicação pós-operatória. García-López, descreveu as cavidades frontal, conchal, maxilar e esfenopalatina, juntamente com as "comunicações" normais entre elas (como eles estão conectados e drenam um no outro). Ele observou que existem algumas "fendas descoladas" que permitem que os materiais ocultem, e o acesso a essas áreas podem ser difíceis para os veterinários. "Ao abordar cavalos com doença sinusal, é importante saber onde estão as comunicações entre os vários seios", enfatizou García-López. Ele compartilhou vários exemplos de casos de culpados comuns por trás das doenças dos seios dos equinos. • CASO 1: SINUSITE PRIMÁRIA Esse caso começou como uma infecção primária e não secundária a outra causa, como um cisto ou abscesso na raiz do dente. O veterinário reconheceu que a gripe equina e até o herpesvírus- eqüino 4 podem produzir muco suficiente para causar inflamação do revestimento do seio (o que conhecemos como sinusite), que pode bloquear a drenagem normal do muco. Pus com espessamento acumulado nos seios do cavalo, principalmente no seio da concha ventral. "Em termos de gerenciamento, a lavagem (descarga) é fundamental", disse García-López. "Use entre 1 e 3 litros de água estéril com ou sem Betadine ou clorexidina diluída uma ou duas vezes ao dia." • CASO 2: CORRIMENTO NASAL UNILATERAL (UNILATERAL), PARCIALMENTE RESPONSIVO A ANTIBIÓTICOS Nesse caso, um cirurgião executou sinusotomia (incisão no osso que recobre o seio para acessar as cavidades paranasais) sob anestesia geral e identificou um cisto do seio paranasal cheio de líquido com uma “concha”) o cisto, certificando-se de remover o revestimento ou a concha, normalmente resulta em resolução completa. Apesar de ser uma doença sinusal equina relativamente comum, responsável pelo inchaço facial, corrimento nasal e até dispnéia (dificuldade em respirar), a causa subjacente desses cistos permanece desconhecida. "Uma boa quantidade de sangramento ocorre após a remoção desses cistos, e a cavidade nasal precisa ser compactada", disse García-López. "Certifique-se de sair da embalagem pelo nariz, não pelo local da sinusotomia." • CASO 3: CORRIMENTO NASAL UNILATERAL, MAL-CHEIROSO, PURULENTO (CHEIO DE PUS), PARCIALMENTE RESPONSIVO A ANTIBIÓTICOS Um exame oral completo não revelou anormalidades, mas uma tomografia computadorizada mostrou uma massa grande e bem definida causada por um abscesso na raiz do dente. Para gerenciar a sinusite secundária, o veterinário realizou a sinoscopia (usando um endoscópio para examinar visualmente o abscesso) para identificar e remover o abscesso. Além disso, o veterinário removeu o dente afetado e novamente tratou o cavalo com antibióticos. “Esses casos podem ser frustrantes de tratar, porque as paredes do abscesso podem parecer semelhantes à parede sinusal normal e, se você não remover todo o abscesso, ele se repetirá”, observou García-López. • CASO 4: EPISTAXE UNILATERAL Uma tomografia computadorizada identificou um hematoma etmoidal progressivo (uma massa que se expande lentamente no revestimento mucoso de uma estrutura chamada corneto etmoide, localizado na parte traseira da cavidade nasal) que era consistente com os sinais clínicos do cavalo: descarga nasal sangrenta unilateral. "Cuidado com esses casos", disse García-López. “Cerca de 20% dos hematomas etmoides progressivos são na verdade bilaterais (envolvendo os dois lados), mesmo sem sinais clínicos de epistaxe bilateral. Não fique cego pela lesão óbvia, perdendo outras anormalidades.” Novamente, complicações pós-cirúrgicas podem se desenvolver e muitos hematomas etmoides progressivos se repetem.
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