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Curso Online de Direito Constitucional para Auditor-Fiscal do Trabalho

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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO
PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO
Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1
Aula 7
5. Organização dos Poderes do Estado. Poder judiciário
I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS ------------------------------------------- 3
II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)------------------------------------------------ 39
III. DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF) -------------------------------------------------------- 51
IV. DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ)-------------------------------------------------- 76
V. DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E JUÍZES FEDERAIS -------------------- 89
VI. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS ---------------------------------------------------------107
VII. DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS ------------------------------------------------------119
VIII. QUESTÕES DA AULA --------------------------------------------------------------------------------------------123
IX. GABARITO ------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 146
X. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ---------------------------------------------------------------------------148
Olá futuros Auditores-Fiscais do Trabalho!
Prontos para o SEU salário de R$ 13.067,00?
Na aula de hoje, estudaremos a seguinte parte do seu edital: 5. Organização 
dos Poderes do Estado. Poder judiciário
Esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a
maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas 
interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje 
serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais 
transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você 
já vá se acostumando com a letra da CF.
Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que 
você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 
173 questões comentadas!
Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a 
matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, 
pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão.
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Na aula de hoje, teremos APENAS 56 páginas de conteúdo (teoria). O 
restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS 
esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o 
número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e 
agradável!
Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente 
repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro 
que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento.
Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email
robertoconstitucional@gmail.com.
Vamos então à nossa aula!
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I. DO PODER JUDICIÁRIO – DISPOSIÇÕES GERAIS
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, você deve se lembrar do princípio da
separação dos poderes, previsto no art. 2º da Constituição. Vamos revisar:
Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos 
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Esse princípio é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos 
de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Além disso, 
tais poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si.
Ainda relembrando: o Brasil é um Estado Democrático de direito, ou seja, o
Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que 
obedecer às leis (de direito). Pois bem, a independência do Poder 
Judiciário é a base do Estado de Direito, uma vez que ele efetua o controle 
dos atos dos outros poderes e faz com que a Constituição seja efetivamente 
cumprida, tanto pelo Estado quanto pelos particulares.
A nossa Constituição trouxe ainda uma série de direitos fundamentais 
ligados ao Poder Judiciário, como o Princípio da unicidade de jurisdição (art. 
5º XXXV), o princípio do juiz natural (art. 5º XXXVII), a duração razoável do 
processo (art. 5º, LXXVIII), o Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII), a presunção 
da inocência (art. 5º, LVII), dentre outros.
2. SISTEMAS DE JULGAMENTO DE CONFLITOS
Observe que existem dois sistemas diferentes em relação a quem tem a 
competência para realizar o julgamento dos conflitos. O sistema inglês,
adotado pelo Brasil, é o sistema que prevê a unicidade de jurisdição.
Dessa forma, somente o Poder Judiciário tem a capacidade de fazer a 
coisa julgada e os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados 
definitivamente nesse âmbito.
Observe bem que um particular pode exigir seus direitos em âmbito 
administrativo, exercendo, por exemplo, seu direito de petição. No entanto, as 
decisões proferidas pelo Estado em âmbito administrativo poderão ser 
reformadas pelo Poder Judiciário. Assim, somente o Judiciário faz coisa 
julgada.
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O outro sistema de resolução de conflitos é o sistema francês, também 
chamado de contencioso administrativo. Nesse modelo, existem duas 
jurisdições: a comum, feita pelo Poder Judiciário e a administrativa, feita em 
âmbito administrativo. Nesse modelo, as decisões proferidas em âmbito 
administrativo possuem força de coisa julgada administrativa.
Lembre-se: o modelo adotado pelo Brasil é o modelo inglês, onde 
somente o Judiciário faz coisa julgada.
3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO 
O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma função típica e
também funções atípicas. A função típica do Judiciário é a função 
jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às controvérsias a ele 
submetidas.
Por outro lado, o Judiciário exerce, como funções atípicas, a função 
administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando 
administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a função 
legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias aplicáveis no seu 
âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos Internos).
Esquematizando:
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PODER JUDICIÁRIO
Observações Gerais
O Poder Judiciário independente é a base do Estado de Direito
Vários direitos fundamentais são - Princípio da unicidade de jurisdição (art. 5º XXXV)
relacionados ao Poder Judiciário - Princípio do Juiz Natural (art. 5º XXXVII)
- Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII)
- Presunção da inocência (art. 5º, LVII)
- Duração razoável do processo (art. 5º, LXXVIII)
- Outros
Sistema - Inglês - Adotado pelo Brasil
- Unicidade de jurisdição
- Os conflitos administrativos NÃO podem ser julgados definitivamente 
em âmbito administrativo.
- Francês ou contencioso administrativo: Há coisa julgada administrativa
Funções do - Típica - Função jurisdicional (ou de julgamento)
Judiciário - Dizer e aplicar o Direito às controvérsias a ele submetidas
- Atípica -Administrativa: Quando administra seus bens, serviços e pessoal, 
realiza licitações etc.
- Legislativa - Quando produz normas gerais, aplicáveis no seu 
âmbito
- Ex: Regimentos Internos dos Tribunais 
(equiparam-se às Leis Ordinárias)
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4. ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
O art. 92 da Constituição Federal estabelece quais são os órgãos do Poder 
Judiciário. Observe:
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I - o Supremo Tribunal Federal;
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunalde Justiça;
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - os Tribunais e Juízes Militares;
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Antes de explicar como funciona a estrutura do Judiciário, observe-a
atentamente e depois, na medida em que eu for explicando, retorne ao quadro 
a seguir e visualize bem onde está cada órgão. 
- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
que não possui competências jurisdicionais.
No topo do Poder Judiciário, está o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é o 
“Guardião da Constituição” e é ele quem possui a última palavra no que se 
refere à interpretação constitucional. (volte agora e localize o STF no 
organograma).
Supremo Tribunal Federal -
STF
Superior Tribunal de 
Justiça - STJ
Tribunal de Justiça 
Estadual - TJEst
Juiz Estadual, do 
DF e Territórios
Tribunal Regional 
Federal - TRF
Juiz Federal
Tribunal Superior 
Eleitoral - TSE
Tribunal Regional 
Eleitoral - TRE
Juízes e Juntas 
Eleitorais
Tribunal Superior do 
Trabalho - TST
Tribunal Regional do 
Trabalho - TRT
Juiz do Trabalho
Superior Tribunal Militar -
STM
Juízes Militares1º grau
2º grau
Tribunais 
Superiores
Tribunais de 
Superposição
Tribunais de 
Convergência
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Logo abaixo do STF, estão os quatro Tribunais Superiores: Superior Tribunal 
de Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). (volte agora e localize os 
Tribunais Superiores no organograma).
O Poder Judiciário, para fins didáticos, se divide em duas esferas: federal e
estadual. A esfera federal possui competências expressamente
enumeradas na Constituição, enquanto as competências da esfera estadual
são residuais.
A esfera federal se subdivide ainda em justiça comum, que julga as causas 
consideradas ordinárias, e justiça especializada, que julga as causas relativas 
à justiça do trabalho, eleitoral e militar.
Na esfera federal, existem os chamados Tribunais de Superposição. Esses 
Tribunais são aqueles onde, embora não pertençam a nenhuma justiça,
suas decisões se sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos 
inferiores (tanto da justiça comum quanto da especializada). O Brasil possui 
dois tribunais de superposição: o STF, que julga questões relativas à 
Constituição Federal, e o STJ, que julga questões relativas às leis,
assegurando a uniformização na interpretação da legislação federal. 
Importante lembrar que o STJ não realiza o controle abstrato de 
constitucionalidade, realizando somente o controle difuso. (volte agora
ao quadro e identifique os Tribunais de Superposição).
Existem, além dos tribunais de superposição, os Tribunais de Convergência.
Eles possuem esse nome porque as causas processadas pelos juízos inferiores 
convergem para esses Tribunais. Os tribunais de convergência brasileiros são 
os seguintes: Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de 
Justiça (STJ), Tribunal Superior do Trabalho (TST), Tribunal Superior 
Eleitoral (TSE) e o Superior Tribunal Militar (STM). Observe que o STF e
o STJ são, ao mesmo tempo, tribunais de convergência e de 
superposição. (volte agora e observe como os juízos inferiores convergem 
para os juízos superiores: os juízes e tribunais eleitorais convergem para o 
TSE, os juízes e tribunais do trabalho convergem para o TRE, e assim por 
diante).
Passando agora para o degrau mais inferior do organograma (e pulando os 
Tribunais de 2º grau), estão os juízes de primeiro grau ou primeira 
instância. Esses juízes são órgãos singulares (isso mesmo! Um juiz é um 
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ÓRGÃO do Poder Judiciário!) e julgam monocraticamente, ou seja, apenas 
uma pessoa julga. É nos juízes de primeiro grau onde começa a grande 
maioria dos processos do judiciário. Assim, existem os juízes estaduais de 
primeiro grau, os juízes federais de primeiro grau e assim por diante. (volte 
agora e identifique os juízes de primeiro grau).
Logo acima dos juízes de primeiro grau, estão os Tribunais de segundo grau 
ou segunda instância. Esses Tribunais, situados imediatamente acima dos 
juízos singulares, funcionam como instância recursal destes. Assim, caso 
alguém “não fique satisfeito” com a sentença que o juiz de primeiro grau 
proferiu, ele pode recorrer ao tribunal de segunda instância para que sua 
sentença seja reapreciada por este. 
Além de funcionarem como instância recursal, os tribunais também possuem 
competências originárias, ou seja, existem alguns tipos de processo que já 
se iniciam no âmbito do tribunal, jamais passando pelo juiz singular. Portanto, 
os Tribunais possuem competências originárias e recursais. (Volte agora 
e observe os tribunais de segundo grau).
Uma informação que você deve sempre ter em mente é que, diferentemente 
dos juízos singulares, onde apenas uma pessoa julga, todos os tribunais são 
órgãos colegiados, ou seja, existem várias pessoas julgando de maneira 
conjunta.
Os membros dos tribunais possuem nomes diferentes, a depender do tribunal 
que atuam. Os julgadores dos Tribunais de Justiça Estaduais, por exemplo, são 
chamados de desembargadores. Os desembargadores são “juízes que foram 
promovidos” a membros dos Tribunais de Justiça. Já os membros dos Tribunais 
Superiores e do STF são, em regra, chamados de Ministros. Por exemplo, um 
membro do STJ se chama Ministro do STJ, enquanto um membro do STF se 
chama Ministro do STF. 
Voltando à estrutura do Poder Judiciário, existe ainda o Conselho Nacional de 
Justiça (CNJ). Esse órgão não está integrando o organograma acima porque 
ele não possui função jurisdicional, ou seja, o CNJ não pode julgar causas 
no Judiciário (não pode dizer o direito), sendo um órgão eminentemente 
administrativo.
“Mas então para que serve o CNJ?” Esse órgão tem a incumbência de realizar o 
controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do 
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cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Dessa forma, o CNJ é um 
órgão de controle INTERNO do Poder Judiciário (e não de controle 
externo!). 
Lembre-se que o órgão máximo do judiciário brasileiro é o Supremo Tribunal 
Federal e que o CNJ não tem nenhuma competência sobre o STF ou seus 
ministros. Além disso, o CNJ teve sua constitucionalidade questionada e o 
STF entendeu que sua criação não viola a Constituição (ADI 3.367/DF).
Uma derradeira informação importante sobre o CNJ: ele é um órgão do Poder 
Judiciário como um todo e os Estados não podem criar órgãos estaduais 
de controle interno ou externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe 
a súmula 649 do STF:
“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de 
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem 
representantes de outros Poderes ou entidades.”
Por fim, o STF e os Tribunais Superiores possuem jurisdição em todo o 
território nacional (lembre-se que o CNJ não possui jurisdição) e estes e o CNJ 
(STF+Tribunais Superiores+CNJ) têm sede na Capital Federal.
Saindo da esfera federal e indo para a outra esfera: a esfera estadual. Esta 
possui competências não enumeradas expressamente pela Constituição.
Assim, o que não está previsto na CF como federal será de competência 
estadual, sendo, por isso, chamada de residual. Além disso, os Tribunais de 
Justiça Estaduais (TJEst) podem realizar tanto o controle difuso de
constitucionalidade (frente à CF e à Constituição Estadual) quanto o controle 
concentrado de constitucionalidade (somente frente à Constituição Estadual).Deve-se lembrar o fato de que não existe judiciário municipal e que não 
existem mais Tribunais de Alçada, sendo que seus membros passaram a 
integrar os Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas 
a antiguidade e a classe de origem.
Explicando melhor: os Tribunais de Alçada ERAM tribunais de 2ª instância, que 
julgavam processos em grau de recurso e que tinham por finalidade auxiliar o 
Tribunal de Justiça de determinado Estado da Federação no julgamento dos 
processos. Além disso, cada Tribunal de Alçada tinha sua competência própria 
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e delimitada, ou seja, havia um rol de ações que somente aquele Tribunal de 
Alçada poderia julgar.
No entanto, como dito, esses tribunais foram extintos e seus membros 
passaram a fazer parte dos Tribunais de Justiça Estaduais, respeitadas a 
antiguidade e a classe de origem.
Esquematizando:
Estrutura do Poder Judiciário
- Supremo Tribunal Federal (STF)
- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
- Superior Tribunal de Justiça (STJ)
- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;
- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)
- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)
- Tribunais e Juízes Militares 
- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)
- Além desses órgãos, também integra o Poder Judiciário o Conselho Nacional de Justiça – CNJ,
que não possui competências jurisdicionais
Supremo Tribunal Federal -
STF
Superior Tribunal de 
Justiça - STJ
Tribunal de Justiça 
Estadual - TJEst
Juiz Estadual, do 
DF e Territórios
Tribunal Regional 
Federal - TRF
Juiz Federal
Tribunal Superior 
Eleitoral - TSE
Tribunal Regional 
Eleitoral - TRE
Juízes e Juntas 
Eleitorais
Tribunal Superior do 
Trabalho - TST
Tribunal Regional do 
Trabalho - TRT
Juiz do Trabalho
Superior Tribunal Militar -
STM
Juízes Militares
Ó
rg
ão
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Po
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Ju
di
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2)
1º grau
2º grau
Tribunais 
Superiores
Tribunais de 
Superposição
Tribunais de 
Convergência
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- STF
- Tribunais Superiores - STJ
- TST
- TSE
- STM
- CNJ: Não possui jurisdição
- Competências enumeradas expressamente na CF
• Comum
• Especializada - Justiça do Trabalho
- Justiça Eleitoral
- Justiça Militar
• Tribunais de - Embora não pertençam a nenhuma justiça, suas decisões se
Superposição sobrepõem às decisões proferidas pelos órgãos inferiores (tanto 
da justiça comum quanto da especializada)
- STF: questões relativas à CF
- STJ - Questões relativas às leis
- Assegurar a uniformização na interpretação da 
legislação federal
- Não realiza o controle abstrato de constitucionalidade
- Somente realiza o DIFUSO
• Tribunais de - As causas processadas pelos juízos inferiores convergem
Convergência para esses Tribunais
- STF
- STJ
- TST
- TSE
- STM
- Competências residuais
- Os TJ estaduais podem realizar o controle - Difuso (frente à CF e a CEst) 
- Concentrado (só frente a CEst)
- Não existe judiciário municipal
- Não existem mais Tribunais de Alçada: seus membros passaram a integrar os 
Tribunais de Justiça dos respectivos estados-membros, respeitadas a 
antiguidade e a classe de origem
E
sf
er
as
do
Ju
di
ci
ár
io
Federal
Estadual
Tem jurisdição em todo 
o território nacional
Tem sede na Capital Federal
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5. O QUINTO CONSTITUCIONAL E OS ÓRGÃOS ESPECIAIS
Futuros Auditores-Fiscais do Trabalho, ainda quanto à organização e estrutura 
do Poder Judiciário, a Constituição Federal contém duas importantes previsões: 
o quinto constitucional e os órgãos especiais.
a) O QUINTO CONSTITUCIONAL é uma regra que assegura que os 
advogados e os membros do Ministério Público participem da composição 
dos tribunais. Assim, alguns tribunais não são compostos apenas de 
“juízes promovidos” (ou desembargadores, lembra-se?), sendo que um 
quinto dos membros desses órgãos serão advogados ou membros do 
Ministério Público.
Requisitos: para poderem fazer parte da composição dos tribunais pelo 
quinto constitucional, os membros do Ministério Público precisam ter 
mais de 10 anos de carreira e os advogados precisam de notório 
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade.
Tribunais onde se aplica o quinto constitucional: o quinto 
constitucional não se aplica a todos os tribunais, aplicando-se aos 
Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, 
Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.
Procedimento: o procedimento para que um advogado ou membro do 
Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é bem 
simples:
1- Os órgãos representativos das respectivas classes (do MP ou 
da OAB) enviam ao tribunal uma lista sêxtupla.
2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando 
uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.
3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.
b) A outra importante previsão constitucional acerca da estrutura e 
organização do Poder Judiciário é a possibilidade dos tribunais criarem 
um ÓRGÃO ESPECIAL.
Acompanhe o raciocínio:
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1- Um tribunal é a reunião dos seus membros. Por exemplo, o STF é 
a reunião de todos os seus 11 Ministros, o STJ é a reunião de todos os 
seus 33 Ministros, e assim por diante.
2- Quando todos os membros de um tribunal se reúnem ao mesmo 
tempo, eles estarão reunidos em Plenário, também chamado de 
Tribunal Pleno, ou simplesmente Pleno. (Ex: o Pleno do STF é a 
reunião dos seus 11 Ministros, o Pleno do STJ é a reunião dos seus 33 
Ministros etc.).
3- Para facilitar os trabalhos e acelerar a prestação jurisdicional, o 
tribunal pode se subdividir em órgãos fracionários (Câmaras e 
Turmas). Por exemplo, o STF se divide em duas turmas, cada uma 
com cinco Ministros.
Esses órgãos fracionários é que julgam a maioria dos processos, 
ficando a cargo do Pleno apenas as atribuições mais 
importantes.
4- Em tribunais pequenos, como o STF, o Pleno funciona com agilidade. 
Agora imagine o Tribunal de Justiça de São Paulo, que possui mais de 
trezentos desembargadores! Nesse caso, o Plenário é um órgão muito 
grande e pouco ágil. 
Dessa forma, para acelerar ainda mais a atividade jurisdicional e 
administrativa dos tribunais que possuam mais de 25 julgadores,
PODE (facultativo) ser criado um órgão intermediário, entre o Pleno e 
os órgãos fracionários, chamado de ÓRGÃO ESPECIAL. Esse órgão 
especial deverá possuir entre 11 e 25 membros e terá atribuições 
jurisdicionais e também administrativas.
Por fim, metade das vagas nos órgãos especiais serão providas por 
eleição do Tribunal Pleno e a outra metade por antiguidade.
5- Você observou o termo “possibilidade”? Pois bem, a criação dos 
órgãos especiais é facultativa.
6- Observe o organograma abaixo:
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Esquematizando:
- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público 
participem da composição dos Tribunais
- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros 
do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório 
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade
Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das 
respectivas classes
- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice
- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias
- Não vale para os membros dos Tribunaissuperiores (exceto TST). 
Valendo somente para - TST
- TRT
- TRF
- TJEst
Órgão Especial - Facultativo
- Em tribunais com mais de 25 julgadores
- Número de membros do órgão especial - Mín 11
- Máx 25
- Provimento - ½ por antiguidade
- ½ por eleição do tribunal pleno
- Atribuições - Administrativas
- Jurisdicionais
- Delegadas do Tribunal Pleno
Plenário
1ª Câmara 2ª Câmara 1ª Turma 2ª Turma 3ª Turma
Órgão 
Especial
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6. GARANTIAS INSTITUCIONAIS DO PODER JUDICIÁRIO
A Constituição prevê algumas garantias ao Poder Judiciário para preservar sua 
independência funcional. Essas garantias não são privilégios ou benefícios 
exagerados, mas sim prerrogativas que asseguram a necessária independência 
para o exercício de suas funções.
Primeiro, são crimes de responsabilidade do Presidente da República os 
atos que atentem contra o livre exercício do Judiciário (CF, art. 85, II).
Dessa forma, não pode o Presidente da República limitar ou ferir a 
independência do Judiciário, sob pena de cometer crime de responsabilidade.
Segundo, a Constituição Federal proíbe que as garantias do Judiciário 
sejam disciplinadas por medida provisória ou por lei delegada (CF, art. 
62, § 1º, I, "c" + 68, § 1º, I). Esse mecanismo evita que o Presidente da 
República cometa abusos ao regular as garantias do Poder Judiciário. 
Por fim, a CF prevê a autonomia administrativa e financeira do Poder 
Judiciário (art. 99). Por AUTONOMIA FINANCEIRA, entende-se o fato do 
Judiciário elaborar as sua própria proposta orçamentária, obviamente, 
respeitada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Assim, é o próprio 
Judiciário quem decide como e quando gastar os seus recursos, evitando-se a 
interferência dos demais poderes. 
O encaminhamento das propostas orçamentárias deve ser feito:
• Na União: pelos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores, com a 
aprovação dos respectivos tribunais.
• Nos Estados e DFT: pelos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a 
aprovação dos respectivos tribunais.
Se os responsáveis não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias 
dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de 
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na LOA 
vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados conjuntamente com os 
demais poderes na LDO.
Além disso, se as propostas orçamentárias forem encaminhadas em desacordo 
com os limites estipulados na LDO, o Executivo procederá aos ajustes para fins 
de consolidação da proposta orçamentária anual.
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Já a AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é garantida pelo poder que o 
Judiciário tem de se auto-organizar. Dessa forma, os demais poderes não 
podem interferir na organização e estrutura do Poder Judiciário. Assim, a 
Constituição garante que os tribunais podem:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos 
internos, com observância das normas de processo e das garantias 
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento 
dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos
que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional 
respectiva;
c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de 
carreira da respectiva jurisdição;
d) propor a criação de novas varas judiciárias;
e) prover, por concurso de provas, ou de provas e títulos, os cargos
necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos 
juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados;
Ainda como pilar da autonomia administrativa, o Judiciário pode propor que o 
Legislativo elabore leis sobre sua organização. Assim, compete ao STF, aos 
Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo
(art. 96):
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus 
serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a 
fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos 
tribunais inferiores, onde houver;
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
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Garantias Institucionais do Poder Judiciário
iii. Autonomia(CF, art.99)
Financeira Administrativa
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7. ORGANIZAÇÃO DA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO
Além da autonomia administrativa e financeira e das demais garantias 
institucionais, o Poder Judiciário possui também uma forma peculiar de 
organizar a carreira dos membros dos tribunais e dos juízes.
Primeiramente, a Constituição estabelece que o Estatuto da Magistratura
seja uma Lei Complementar de iniciativa do STF e organize a carreira do 
Judiciário. Além disso, a referida lei deverá observar alguns princípios:
Cargo inicial: O cargo inicial de ingresso na carreira do Poder Judiciário 
será o de juiz substituto e deve ser provido mediante concurso 
público de provas e títulos. Além disso, a Ordem dos Advogados do 
Brasil deve participar em todas as fases do concurso e os candidatos 
devem comprovar, para tomarem posse, três anos de atividade 
jurídica. Por fim, ao nomear os aprovados para os cargos de juiz 
substituto, o tribunal deve obedecer rigorosamente à ordem de 
classificação no concurso.
Promoção: Uma vez tomado posse e exercendo a profissão, os juízes 
podem ser promovidos. Assim, a promoção dos juízes será de entrância 
para entrância e alternadamente, por antiguidade e merecimento,
atendidas algumas normas. 
Meu caro Auditor-Fiscal do Trabalho, antes de estudarmos as normas
para promoção dos juízes, vamos a algumas explicações:
Os juízos de primeira instância são divididos em comarcas, que são os 
limites territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de 
primeira instância. As comarcas são escalonadas em entrâncias, assim, 
o juiz de direito toma posse nas entrâncias iniciais e vai progredindo de 
entrância em entrância até chegar à entrância final, que é o último 
degrau da primeira instância (não confundir instância com 
entrância!). Foi isso então que a Constituição quis dizer: o juiz será 
promovido de entrância para entrância: das iniciais até as finais.
Como exemplo, observe esse trecho, retirado do site
www.wikipedia.org.br, explicando como está organizado o Poder 
Judiciário do Estado do Rio grande do Norte:
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Ademais, como critérios de promoção, devem ser observados a 
antiguidade e o merecimento.
o Normas para a promoção:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes 
consecutivas ou 5 alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício 
na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta 
parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais 
requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos 
critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da 
jurisdição e pela frequência e aproveitamento em cursos oficiais 
ou reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar 
o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus 
membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla 
defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver 
autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-
los ao cartório sem o devido despacho ou decisão;
Acesso aos tribunais de segundo grau: Os juízes serão promovidos 
até os tribunais de segunda instância (e se tornarão desembargadores) 
O poder judiciário é uma unidade cuja principal função é avaliar, controlar, executar e 
planejar todos os trabalhos de administração integrantes do sistema.[85] Atualmente o diretor 
geral é Cláudio José Marinho da Lima. A sede está localizada na Praça 7 de setembro, em 
Natal.[85] Representações deste poder estão espalhadas por todo o estado por meio de 
Comarcas, termo jurídico que designa uma divisão territorial específica, que indica os limites 
territoriais da competência de um determinado juiz ou Juízo de primeira instância. No Rio 
Grande do Norte, existem três tipos de comarca: as de primeira, segunda e terceira entrância. 
Dos sessenta e cinco municípios do estado com comarcas, trinta são de primeira entrância
(são eles: Afonso Bezerra, Almino Afonso, Arez, Baraúna, Campo Grande, Cruzeta, 
Extremoz, Florânia, Governador Dix-Sept Rosado, Ipanguaçu, .......), vinte e cinco de 
segunda (instaladas nos municípios de Acari, Alexandria, Angicos, Apodi, Areia Branca, 
Canguaretama, Caraúbas, Goianinha, Jardim do Seridó, Jucurutu, Lajes, Luís Gomes, 
Macaíba, ......) e dez de terceira, este último com comarcas em Assu, Caicó, Ceará-Mirim, 
Currais Novos, João Câmara, Macau, Mossoró, Natal, Nova Cruz e Pau dos Ferros.
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por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou 
única entrância;
Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de 
magistrados: são etapa obrigatória do processo de vitaliciamento
(falaremos sobre o vitaliciamento um pouco mais tarde).
Aposentadoria e pensão: a aposentadoria e pensão dos membros do 
judiciário seguem a regra dos servidores públicos.
Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, 
salvo autorização do tribunal. Isso garante uma melhor prestação do
Judiciário, uma vez que evita que os juízes titulares morem em uma 
comarca e trabalhem em outra (morem em uma cidade e trabalhem em 
outra cidade, por exemplo).
Remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por 
interesse público: deverá ser fundado em decisão por voto da maioria
absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ, assegurada ampla defesa.
Publicidade e motivação das decisões dos tribunais: via de regra, 
todas as decisões do Judiciário, tanto as administrativas quanto as 
jurisdicionais, são fundamentadas e públicas. Assim, todos os 
julgamentos são públicos, podendo ser acompanhados por qualquer 
pessoa. Excepcionalmente, a lei poderá limitar a publicidade para 
preservar o direito à intimidade.
Além disso, as decisões administrativas dos tribunais serão sempre 
motivadas e em sessão pública, sendo que as decisões disciplinares 
são tomadas pela maioria absoluta de seus membros.
Atividade jurisdicional ininterrupta: o Poder Judiciário deve exercer 
sua atividade jurisdicional (de dizer o direito) de forma contínua e sem 
interrupções. Assim, são vedadas férias coletivas nos juízos e 
tribunais de segundo grau e, nos dias em que não houver expediente 
forense normal, devehaver juízes em plantão permanente. Observe que 
essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores! Se aplicando 
somente aos de segundo grau.
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Número de juízes: deve ser proporcional à efetiva demanda judicial e à 
respectiva população. Essa previsão serve para garantir a qualidade e a 
rapidez da prestação jurisdicional.
Delegação aos servidores: os servidores (analistas e técnicos dos 
tribunais) receberão delegação para a prática de atos de administração e 
atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os 
trabalhos, o juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de 
Secretaria, por exemplo) alguns atos sem caráter decisório.
Distribuição de processos: também para garantir a agilidade da 
prestação jurisdicional, a distribuição de processos será imediata, em 
todos os graus de jurisdição. Isso significa que os processos chegarão 
nas mãos dos julgadores assim que derem entrada no tribunal.
Subsídio: o valor máximo do subsídio de qualquer magistrado deve 
sempre respeitar o valor do subsídio dos Ministros do STF (o teto da 
Administração Pública). Além disso, existem algumas “regrinhas”:
o O subsídio dos magistrados é sempre fixado ou alterado por lei 
específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais em cada 
caso;
o É garantida a revisão geral anual dos valores, sempre na mesma 
data e sem distinção de índices;
o É garantida a irredutibilidade dos subsídios, para que o 
Judiciário não sofra pressões dos outros poderes. Deve-se ressaltar 
que essa irredutibilidade é nominal e não real, ou seja, a
irredutibilidade protege somente contra a redução do valor em si, 
não protegendo o “salário do juiz” da inflação, por exemplo.
o Teto do subsídio Ministros dos Tribunais Superiores: 95% 
do subsídio dos Ministros do STF.
o Subsídio dos demais magistrados: deve ser fixado em lei e 
será, no máximo, 95% do subsídio dos Ministros dos 
Tribunais Superiores.
Além disso, os valores dos subsídios serão escalonados, em nível 
federal e estadual, conforme as respectivas categorias da 
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estrutura judiciária nacional, sendo que a diferença entre a 
federal e a estadual será de, no mínimo 5% e no máximo 10%.
Esquematizando:
Organização da carreira do Poder Judiciário
Estatuto da Magistratura: LC de iniciativa do STF
Ingresso na carreira - Cargo inicial: juiz substituto
- Mediante concurso público de provas e títulos
- Participação da OAB em todas as fases
- 3 anos de atividade jurídica
- Obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação
Promoção - De entrância para entrância, 
- Alternadamente, por antiguidade e merecimento
- Atendidas as seguintes normas:
a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 
alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância 
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não 
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do - desempenho 
merecimento - critérios objetivos - produtividade 
- presteza no exercício da jurisdição 
- pela frequência 
- aproveitamento em cursos oficiais ou 
reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo 
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento 
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão;
Acesso aos tribunais de segundo grau: por antiguidade e merecimento, alternadamente, 
apurados na última ou única entrância;
Cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados: são etapa 
obrigatória do processo de vitaliciamento
Aposentadoria e pensão: segue a regra dos servidores públicos
Residência do juiz titular: o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do 
tribunal
Ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: decisão 
por voto da MA - do respectivo tribunal ou
- do CNJ
o Assegurada ampla defesa
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Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas
das decisões - Todos os julgamentos são públicos
- Exceção: A lei poderá limitar a publicidade para preservar o 
direito à intimidade
- Decisões administrativas - Motivadas
dos tribunais - Sessão pública
- As disciplinares são tomadas pela 
MA de seus membros
Atividade jurisdicional - Vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau
ininterrupta - Não se aplica aos Tribunais Superiores!
- Somente aos de segundo grau
- Dias em que não houver expediente forense normal: juízes em 
plantão permanente
Número de juízes: proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população
Delegação aos servidores: os servidores receberão delegação para a prática de atos de 
administração e atos de mero expediente sem caráter decisório
Distribuição de processos: será imediata, em todos os graus de jurisdição
Subsídio - Sempre observado o teto dos Ministros do STF
- Fixado ou alterado por lei específica, observada a iniciativa privativa dos tribunais 
em cada caso
- Revisão geral anual - Sempre na mesma data
- Sem distinção de índices
- Irredutibilidade dos subsídios (Nominal e não real)
- Ministros dos Tribunais Superiores: 95% dos Ministros do STF
- Demais magistrados - Fixado em lei
- No máximo 95% dos Ministros dos Tribunais 
Superiores
- Escalonados, em nível federal e estadual, conforme as 
respectivas categorias da estrutura judiciária nacional
- Diferença entre a federal e a estadual - Mín 5%
- Máx 10%
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8. GARANTIAS DOS MAGISTRADOS
A Constituição prevê ainda três garantias aos membros do poder judiciário: 
vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios.
A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 
anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o seu cargo em 
virtude de sentença judicial transitada em julgado. Assim, nem mesmo 
o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do cargo de 
magistrado que adquiriu a vitaliciedade.
Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o estágio 
probatório e, durante esse período, a perda do cargo dependerá de deliberação 
do tribunal a que o juiz está vinculado.
Outra observação importante é que os Ministros do STF, dos Tribunais 
Superiores e os Magistrados que ingressam nos Tribunais federais ou estaduais 
pela regra do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da
posse, não precisando cumprir o estágio probatório.
Existe uma exceção à vitaliciedade, onde o magistrado pode perder seu 
cargo por uma decisão de um órgão estranho ao judiciário: os Ministros do STF 
e os Conselheiros do CNJ poderão perder seus cargos caso sejam condenados 
pelo Senado Federal nos crime de responsabilidade.
Já a Inamovibilidade assegura que os magistrados somente poderão ser 
removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer 
autoridade). Assim, a regra é que os magistrados somente podem ser 
removidos a pedido e nunca de ofício.
No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção contra a 
vontade do magistrado:
1- Quando houver interesse público, somente pela decisão da maioria 
absoluta do respectivotribunal ou do CNJ e assegurada ampla defesa
(art. 95, II).
2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa, assegurada 
a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).
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Por fim, a irredutibilidade de subsídio garante que os magistrados não 
poderão ter seus “salários” reduzidos e objetiva evitar que a atuação do 
magistrado seja objeto de pressões, advindas da redução remuneratória, 
garantindo a independência para o exercício das funções. Vale lembrar que a
irredutibilidade é nominal e não real.
Esquematizando:
- Adquirida após o cumprimento do estágio probatório de 2 anos
- Durante o estágio - Não há vitaliciedade
probatório - A perda do cargo dependerá de deliberação do 
tribunal a que o juiz está vinculado
a) Vitaliciedade - Uma vez adquirida, magistrado só perderá o seu cargo em virtude de 
sentença judicial transitada em julgado
- Nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a perda do 
cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade
- Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que 
ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto 
constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da POSSE
- Exceção à vitaliciedade: os Ministros do STF e Conselheiros do 
CNJ serão julgados pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade, 
podendo perder seus cargos.
- Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por 
iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer 
autoridade)
• Salvo a) Por interesse público
b) Inamovibilidade - Por decisão - Respectivo tribunal ou 
da MA do - CNJ
- Assegurada ampla defesa
b) determinação do CNJ, a título de sanção 
administrativa, assegurada a ampla defesa
- CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II
c) Irredutibilidade de subsídio: Objetiva evitar que a atuação do magistrado seja objeto de 
pressões, advindas da redução remuneratória, garantindo a independência para o
exercício das funções.
- A irredutibilidade é nominal; não é irredutibilidade real
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9. VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO JUDICIÁRIO
A Constituição Federal, além de estabelecer a estrutura do Poder Judiciário, 
suas garantias e organização da carreira de seus membros, prevê também 
algumas vedações aos membros do Poder Judiciário. Essas vedações têm a 
finalidade de assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura.
As vedações são as seguintes:
i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo 
uma de magistério. Apesar do texto constitucional dizer “uma de 
magistério”, o Supremo decidiu que o magistrados pode exercer mais 
de uma atividade de magistério, desde que haja compatibilidade.
ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em 
processo.
iii. Dedicar-se à atividade político-partidária. O magistrado não pode 
sequer filiar-se a partido político, devendo, afastar-se definitivamente da 
magistratura, mediante aposentadoria ou exoneração, caso decida pela 
atividade político-partidária. (TSE, Resolução Nº 19.978 (25.9.97).
Consulta N° 353 – DF, Relator: Ministro Costa Leite).
iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições,
ressalvadas exceções previstas em lei.
v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,
antes de decorrido três anos do afastamento do cargo. Essa vedação, 
chamada de “quarentena”, evita o tráfico de influência dentro do mesmo 
juízo, impedindo que um magistrado que se aposente atue como 
advogado no juízo ou tribunal do qual se afastou (pelo período de 3 anos 
contado de sua aposentadoria).
Esquematizando:
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- Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura
i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério
- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja 
compatibilidade
ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo
iii. Dedicar-se à atividade político-partidária
- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.
iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas 
exceções previstas em lei
v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido 
três anos do afastamento do cargo
- Evita o tráfico de influência
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EXERCÍCIOS
1. (ESAF/MPU/2004) Para concorrer à vaga de juiz em Tribunal Regional Federal, 
no quinto constitucional, o membro do Ministério Público deverá ter mais de 
dez anos de carreira e ser indicado, pelo seu órgão, em lista sêxtupla, a ser 
encaminhada ao respectivo tribunal.
Certo. O procedimento para que um advogado ou membro do 
Ministério Público entre em um tribunal pelo quinto constitucional é 
bem simples:
1- O órgão representativo da respectiva classe envia ao tribunal 
uma lista sêxtupla.
2- O tribunal escolhe três nomes dessa lista sêxtupla, elaborando 
uma lista tríplice e a envia ao chefe do executivo.
3- O chefe do executivo escolhe um dos três nomes em 20 dias.
2. (ESAF/MPU/2004) Após a vitaliciedade, o juiz só perderá seu cargo por 
deliberação administrativa tomada por maioria qualificada do Pleno do Tribunal 
a que estiver vinculado.
Errado. A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio 
probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, o magistrado só perderá o 
seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Assim, nem mesmo o Conselho Nacional de Justiça poderá declarar a 
perda do cargo de magistrado que adquiriu a vitaliciedade.
3. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo 
vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em 
plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal.
Errado. O artigo 93, XII (vedação das férias coletivas) somente se 
aplica aos juízos e tribunais de segundo grau, não se aplicando aos
tribunais superiores. Assim, não são todos os juízos e tribunais,
estando a questão errada.
4. (ESAF/CGU/2008) A participação em curso oficial ou reconhecido por escola 
nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados constitui etapa 
obrigatória do processo de vitaliciamento do juiz.
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Certo. A exigência está prevista no art. 93, IV da CF. 
5. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Os servidores do Poder Judiciário não poderão 
receber delegação para a prática de atos de administração e atos de mero 
expediente sem caráter decisório, já que a função jurisdicional é indelegável.
Errado. Os servidores (ex: analistas dos tribunais) receberão 
delegação para a prática de atos de administração e atos de mero 
expediente sem caráter decisório. Assim, para agilizar os trabalhos, o 
juiz pode delegar a algumas pessoas (um Diretor de Secretaria, por 
exemplo) alguns atos sem caráter decisório.
6. (ESAF/CGU/2008) As decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e 
em sessão pública, inclusive as disciplinares, que também devem ser tomadas 
pelo voto da maioria absoluta de seus membros.
Certo. É o que prevê o art. 93, X da CF. Vamos revisar:
Publicidade e motivação - Regra - Todas as decisões são fundamentadas
das decisões - Todos os julgamentos são públicos
- Exceção: A lei poderálimitar a publicidade para preservar o 
direito à intimidade
- Decisões administrativas - Motivadas
dos tribunais - Sessão pública
- As disciplinares são tomadas pela 
MA de seus membros
7. (CESPE - 2011 - TJ-PB – Juiz) A Emenda Constitucional n.º 45, que implantou 
a reforma do Poder Judiciário, confirmou o entendimento do CNJ de 
estabelecer férias coletivas para os juízes e membros dos tribunais de segundo 
grau.
Errado. A Constituição estabelece que a prestação jurisdicional será 
ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de 
segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente 
forense normal, juízes em plantão permanente. Importante ressaltar 
que essa regra não se aplica aos Tribunais Superiores.
8. (CESPE/Tecnico/TRE/ES/2011) Constitui função típica do Poder Judiciário a 
função jurisdicional.
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Certo. O Poder Judiciário, assim como os outros poderes, possui uma 
função típica, bem como funções atípicas. A função típica do Judiciário 
é a função jurisdicional, ou seja, de dizer e aplicar o direito às 
controvérsias a ele submetidas.
Por outro lado, o Poder Judiciário também possui funções atípicas: a
função administrativa, quando atua enquanto Administração Pública 
(quando administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações 
etc.) e a função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias 
aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos 
Internos).
9. (ESAF/PGFN/2007) A garantia da inamovibilidade dos Juízes não é absoluta, 
uma vez que é possível a remoção por interesse público, devendo a decisão 
ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do 
Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa.
Certo. A inamovibilidade dos magistrados não é uma garantia 
absoluta, uma vez que realmente pode haver remoção por interesse 
público. Vamos recordar:
- Assegura que os magistrados somente poderão ser removidos por 
iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa de qualquer autoridade)
• Salvo a) Por interesse público
- Por decisão - Respectivo tribunal ou 
da MA do - CNJ
- Assegurada ampla defesa
b) determinação do CNJ, a título de sanção 
administrativa, assegurada a ampla defesa
- CF, art. 103-B, § 4º, III + art. 95, II
10.(CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de 
lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano 
de cargos e salários dos servidores daquele tribunal.
Errado. Os TRTs devem enviar expediente ao TST e este deverá 
encaminhar o Projeto de Lei ao Congresso Nacional, na forma do art. 
99, §2º, I: “§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas 
orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os 
demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. § 2º - O
encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais 
Inamovibilidade
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interessados, compete: I - no âmbito da União, aos Presidentes do 
Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação 
dos respectivos tribunais;”
11.(CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) De acordo com a CF, lei estadual pode criar 
a justiça militar estadual, mediante iniciativa parlamentar.
Errado. A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de 
Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em primeiro grau, pelos 
juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo 
próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos 
Estados em que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes.
12.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Um tribunal, ao elaborar 
seu regimento interno, exerce uma função atípica legislativa.
Certo. O Judiciário exerce, como funções atípicas, a função 
administrativa, quando atua enquanto Administração Pública (quando 
administra seus bens, serviços e pessoal, realiza licitações etc.) e a 
função legislativa, quando produz normas gerais obrigatórias 
aplicáveis no seu âmbito (ex: quando elabora seus Regimentos 
Internos).
13.(ESAF/PGFN/2007) O subsídio mensal dos membros do Judiciário, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer natureza, e ainda as parcelas de caráter 
indenizatório previstas em lei, não poderão exceder o subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
Errado. Não estão incluídas as parcelas de caráter exclusivamente 
indenizatório como é o caso da ajuda de custo, transporte, diárias e 
auxílio-moradia.
14.(CESPE/ Contador /STF/2008) O STF tem jurisdição em todo o território 
nacional.
Certo. Tanto o STF quanto os Tribunais Superiores possuem jurisdição 
em todo o território nacional. Isso significa que eles podem “dizer o 
direito” em todo o território nacional. Existe outra previsão parecida 
na Constituição e que inclui o CNJ: o STF, os Tribunais Superiores e o 
CNJ têm sede na Capital Federal. Mas lembre-se: o CNJ não possui 
jurisdição!
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- STF
- Tribunais Superiores - STJ
- TST
- TSE
- STM
- CNJ: Não possui jurisdição
15.(CESPE/Técnico de Atividade Judiciária/TJ/RJ/2008) O CNJ é órgão do Poder 
Judiciário.
Certo. O artigo 92 da Constituição nos diz quais são os órgãos do Poder 
Judiciário e o CNJ é um deles. No entanto, lembre-se que o CNJ não 
possui função jurisdicional. Vamos revisar os órgãos do Judiciário:
- Supremo Tribunal Federal (STF)
- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
- Superior Tribunal de Justiça (STJ)
- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;
- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)
- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)
- Tribunais e Juízes Militares 
- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)
16.(ESAF/MPU/2004) A inamovibilidade, como garantia do juiz, não admite
exceções.
Errado. A Inamovibilidade assegura que os magistrados somente 
poderão ser removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por 
iniciativa de qualquer autoridade). Assim, a regra é que os 
magistrados somente podem ser removidos a pedido e nunca de ofício.
No entanto, excepcionalmente, existem duas hipóteses de remoção 
contra a vontade do magistrado:
1- Quando houver interesse público e somente pela decisão da 
maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ e assegurada 
ampla defesa (art. 95, II).
2- Determinação do CNJ, a título de sanção administrativa,
assegurada a ampla defesa (art. 103-B, §4º, III).
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território nacional
Tem sede na Capital Federal
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17.(CESPE/Juiz Substituto - TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de 
entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é 
obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas 
em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na 
respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade 
desta, salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por 
outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais 
requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, 
não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão.
Certo. É o que prevê a Constituição em seu art. 93, II. Vamos revisar 
as regras para promoção dos juízes:
Promoção - De entrância para entrância, 
- Alternadamente, por antiguidade e merecimento
- Atendidas as seguintes normas:a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por 3 vezes consecutivas ou 5 
alternadas em lista de merecimento;
b) a promoção por merecimento pressupõe 2 anos de exercício na respectiva entrância 
e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não 
houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago;
c) aferição do - desempenho 
merecimento - critérios objetivos - produtividade 
- presteza no exercício da jurisdição 
- pela frequência 
- aproveitamento em cursos oficiais ou 
reconhecidos de aperfeiçoamento;
d) na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo 
pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento 
próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;
e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além 
do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou 
decisão;
18.(CESPE/Analista/TRT9/2007) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, 
sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, inclusive superiores, 
devendo haver, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes 
em plantão permanente.
Errado. Realmente, a atividade jurisdicional deve ser ininterrupta e são 
vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais DE SEGUNDO GRAU. No 
entanto, essa previsão não se aplica aos tribunais superiores (CF, art. 
93, XII).
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19.(CESPE/Agente de Polícia Civil Substituto/PCRN/2008) Aos juízes é vedado 
exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de 
decorridos três meses do afastamento do cargo, por aposentadoria ou 
exoneração.
Errado. O correto seria “antes de decorridos três ANOS”. Essa vedação 
serve para evitar o tráfico de influência de um magistrado aposentado 
em seu antigo juízo.
20.(CESPE/ACE/TCU/2004) Sendo um tribunal constituído por mais de vinte e 
cinco magistrados, se for criado um órgão especial, a ele poderão ser 
cominadas atribuições tanto administrativas quanto jurisdicionais que sejam de 
competência do tribunal pleno.
Certo. Segundo a CF, em seu artigo 93, XI “nos tribunais com número 
superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão 
especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros,
para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais
delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das 
vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal 
pleno.”
Órgão Especial - Facultativo
- Em tribunais com mais de 25 julgadores
- Número de membros do órgão especial - Mín 11
- Máx 25
- Provimento - ½ por antiguidade
- ½ por eleição do tribunal pleno
- Atribuições - Administrativas
- Jurisdicionais
- Delegadas do Tribunal Pleno
21.(CESPE/Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT 17ª Região/2009) Um quinto 
dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de 
efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com 
mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos 
constitucionais.
Certo. O quinto constitucional não se aplica aos tribunais superiores, 
sendo o TST uma exceção. Assim, essa regra se aplica aos seguintes 
tribunais: Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça Estaduais, 
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Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho.
Vamos revisar:
- Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público 
participem da composição dos Tribunais
- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros 
do MP com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório 
saber jurídico, reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade
Quinto constitucional - Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das 
respectivas classes
- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice
- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias
- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). 
Valendo somente para - TST
- TRT
- TRF
- TJEst
22.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Direito/2008) Um advogado que, em virtude do 
quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça 
estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de 
aguardar dois anos de exercício.
Certo. A vitaliciedade é adquirida após o cumprimento do estágio 
probatório de 2 anos e, uma vez adquirida, magistrado só perderá o 
seu cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
Vale lembrar que os magistrados não possuem vitaliciedade durante o 
estágio probatório e, durante esse período, a perda do cargo 
dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz está vinculado.
Outra observação importante é que, como afirma a questão, os 
Ministros do STF, dos Tribunais Superiores e os Magistrados que 
ingressam nos Tribunais federais ou estaduais pela regra do "quinto 
constitucional" adquirem vitaliciedade no momento da posse, não 
precisando cumprir o estágio probatório.
23.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) Os juízes estão 
submetidos à vedação constitucional da filiação partidária, ainda que estejam 
afastados dos respectivos cargos.
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Errado. A Constituição estabelece que, aos juízes, é vedado dedicar-se 
à atividade político-partidária. No entanto, caso o juiz esteja 
exonerado ou aposentado, a vedação não se aplica.
24.(CESPE/STF/Analista Judiciário/Contabilidade/2008) A criação de cargos de juiz 
da justiça estadual depende de simples resolução do tribunal de justiça.
Errado. A criação ou extinção de cargos de juízes da justiça estadual 
deve ser feita por meio de lei de iniciativa dos Tribunais de Justiça 
Estaduais, conforme artigo 96, II, “b”.
25.(CESPE/OAB-SP exame nº 137/2008) A chamada quarentena para juízes, 
introduzida na CF pela Emenda Constitucional n.º 45/2004, veda ao juiz 
aposentado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria.
Certo. Essa é uma das vedações aos magistrados. Vamos revisar as 
demais:
- Tem por intuito assegurar maior imparcialidade ao exercício da magistratura
i. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério
- Pode exercer mais de uma atividade de magistério, desde que haja 
compatibilidade
ii. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo
iii. Dedicar-se à atividade político-partidária
- Para se filiar a partido político, tem que se aposentar ou pedir exoneração.
iv. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições, ressalvadas 
exceções previstas em lei
v. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorrido 
três anos do afastamento do cargo
- Evita o tráfico de influência
26.(ESAF/CGU/2008) A lei pode limitar a presença, em determinados atos dos 
órgãos do Poder Judiciário, inclusive julgamentos, às próprias partes e a seus 
advogados, ou somente a estes.
Certo. Conforme o art. 93, IX: “todos os julgamentos dos órgãos do 
Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, 
sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em 
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente 
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a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do 
interessadono sigilo não prejudique o interesse público à informação.”
27.(ESAF/AFRFB/2009) São órgãos do Poder Judiciário os Tribunais e Juízes 
Militares, os Tribunais Arbitrais e o Conselho Nacional de Justiça.
Errado. Os Tribunais Arbitrais não pertencem ao Poder Judiciário. 
Vamos revisar os órgãos desse poder:
- Supremo Tribunal Federal (STF)
- Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
- Superior Tribunal de Justiça (STJ)
- Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;
- Tribunais e Juízes do Trabalho (TRTs)
- Tribunais e Juízes Eleitorais (TREs)
- Tribunais e Juízes Militares 
- Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.(TJEst)
28.(CESPE/Juiz Federal/TRF29/2007) De acordo com o STF, não se compreende 
na autonomia dos estados-membros competência constitucional para instituir 
conselho destinado ao controle da atividade administrativa e financeira da 
respectiva justiça.
Certo. O CNJ é um órgão do Poder Judiciário como um todo e os 
Estados não podem criar órgãos estaduais de controle interno ou 
externo do Poder Judiciário (ADI 3.367). Observe a súmula 649 do 
STF:
“É inconstitucional a criação, por Constituição estadual, de órgão de 
controle administrativo do Poder Judiciário do qual participem 
representantes de outros Poderes ou entidades.”
29.(CESPE/Técnico/TJDFT/2008) O Conselho Nacional de Justiça é órgão 
integrante da estrutura do Poder Judiciário, com jurisdição em todo o território 
nacional.
Errado. O Conselho Nacional de Justiça realmente integra o Poder
Judiciário, mas não possui funções jurisdicionais, não tendo, portanto, 
jurisdição no território nacional.
30.(CESPE/Defensor Público/DPE/PI/2009) Pela regra do quinto constitucional, na 
composição dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos estados, do DF e 
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territórios, e dos tribunais do trabalho, um quinto dos seus lugares será 
composto de membros do MP com mais de dez anos de carreira e de 
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez 
anos de efetiva atividade profissional.
Certo. O quinto constitucional é uma regra que assegura que os 
advogados e os membros do Ministério Público participem da 
composição dos tribunais. Mas ele não se aplica a todos os tribunais do 
país, aplicando-se somente aos Tribunais Regionais Federais, Tribunais 
de Justiça Estaduais, Tribunal Superior do Trabalho e Tribunais 
Regionais do Trabalho. Lembre-se do esquema:
Quinto constitucional - Assegura que os advogados e os membros do Ministério Público 
participem da composição dos Tribunais
- 1/5 dos membros do TRFs, dos TJEst, TST e TRTs serão membros do MP 
com mais de 10 anos de carreira ou advogados com notório saber jurídico, 
reputação ilibada e mais de 10 anos de atividade
- Indicados em lista sêxtupla pelos órgãos representativos das respectivas 
classes
- O Tribunal recebe a lista sêxtupla e elabora a lista tríplice
- O Executivo escolhe um (da lista tríplice) em 20 dias
- Não vale para os membros dos Tribunais superiores (exceto TST). Valendo 
somente para - TST
- TRT
- TRF
- TJEst
31.(CESPE/Juiz Federal/TRF28/2007) Dado que o Conselho Nacional de Justiça 
tem estatura constitucional e se destina ao controle administrativo, financeiro 
e disciplinar do Poder Judiciário, todos os seus membros e órgãos, incluindo-se
o STF, a ele estão subordinados.
Errado. O STF não se subordina ao CNJ, sendo que este somente possui 
a competência de realizar o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres 
funcionais dos órgãos abaixo do STF.
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II. DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (CNJ)
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado pela Emenda Constitucional nº 
45/2004 e possui sede na capital federal. O CNJ é um órgão administrativo, ou 
seja, não possui função jurisdicional e compete a ele realizar o controle 
da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cumprimento dos deveres funcionais dos juízes.
O CNJ é um órgão de CONTROLE INTERNO do Judiciário, ainda que possua, 
em sua composição, membros de fora do Poder Judiciário. É isso mesmo que 
você entendeu! Existem membros de fora do Judiciário no CNJ!
Ainda, o CNJ não é órgão da União e sim do Poder Judiciário nacional. Dessa 
forma, as Constituições Estaduais NÃO podem criar órgão de controle 
administrativo do Poder Judiciário do qual participem representantes de outros 
poderes ou entidades (Súmula 649 do STF).
2. COMPOSIÇÃO DO CNJ
O Conselho Nacional de Justiça é composto por 15 membros, para um 
mandato de dois anos, permitida uma recondução. Os membros do CNJ 
são nomeados pelo Presidente da República após aprovação da maioria 
absoluta do Senado Federal e não há limite de idade para que alguém seja 
membro deste Conselho. A composição do CNJ segue o quadro a seguir:
CNJ
Componente Órgão responsável pela indicação
Presidente do STF
STF1desembargador de TJ
1 juiz estadual
1 Ministro do STJ
STJ1 juiz de TRF
1 juiz federal
1 Ministro do TST
TST1 juiz de TRT
1 juiz do trabalho
1 membro do MPU PGR1 membro do MPE
2 advogados Conselho Federal da OAB
2 cidadãos, de notável saber 
jurídico e reputação ilibada
Um pela Câmara e outro pelo 
Senado
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Atenção! Observe que o Conselho Nacional do Ministério Público é composto 
de 14 membros e o CNJ de 15! Esse é um ótimo “peguinha” de prova.
O Presidente do CNJ é o presidente do Supremo Tribunal Federal, que 
será substituído em suas ausências e impedimentos pelo Vice-Presidente do 
mesmo Tribunal. Uma observação importante é que o presidente e o vice-
presidente do STF não precisam ser aprovados pela maioria absoluta do 
Senado Federal, somente os demais membros.
O Ministro do Superior Tribunal de Justiça exercerá a função de 
Ministro-Corregedor e ficará excluído da distribuição de processos no 
Tribunal (STJ), competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas 
pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: 
I receber as reclamações e denúncias relativas aos magistrados e aos 
serviços judiciários;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e de correição 
geral;
III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuições, e 
requisitar servidores de juízos ou tribunais, inclusive nos Estados e 
Distrito Federal e Territórios.
O Procurador-Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da OAB 
devem oficiar junto ao CNJ. Dessa forma, observe que os dois não podem ser 
membros do Conselho Nacional de Justiça, pois devem oficiar junto a ele.
3. FORO DE JULGAMENTO DOS MEMBROS DO CNJ
O foro de julgamento dos membros do CNJ é o Senado Federal no caso de 
crimes de responsabilidade, e, por crimes comuns, não há foro 
privilegiado.
4. AÇÕES CONTRA O CNJ
Compete ao STF julgar as ações contra o CNJ e o CNMP. No entanto, a Corte 
Constitucional somente julga as ações contra as manifestações do colegiado e 
não de seus membros individualmente.
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Ademais, existe uma observação importante acerca desse dispositivo. Olhando 
o art. 102, I, r da CF, temos a impressão que o STF é competente para julgar 
Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, 
nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um 
ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO).
Ainda segundo o STF: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide

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