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InformátIca 1 INFORMÁTICA RANIELISON PASSOS InformátIca 2 1. INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA .......................................................................3 1.1 Conceitos iniciais ..........................................................................................................................................3 1.1.1 História ...........................................................................................................................................3 1.1.2 Definição de sistemas de informação ......................................................................................3 1.1.3 Computador ..................................................................................................................................3 2. CLASSIFICAÇÃO DE SOFTWARE ................................................................... 4 2.1 Software Livre ..............................................................................................................................................5 2.1.1 4 Liberdades de software livre ..................................................................................................5 2.1.2 Outros tipos de licença de software livre .............................................................................. 6 2.2 Software Proprietário ................................................................................................................................7 2.2.1 Tipos de licença de software proprietário ..............................................................................8 2.3 Software Gratuito ..................................................................................................................................... 10 2.3.1 Tipos de licença de software gratuito ................................................................................... 10 2.4 Software De Domínio Público ................................................................................................................. 11 3. TIPOS DE SOFTWARE .................................................................................... 11 3.1 Firmware ...................................................................................................................................................... 11 3.1.1 Software embarcado .................................................................................................................. 11 3.2 Bios .............................................................................................................................................................. 11 3.2.1 ETAPAS DE FUNCIONAMENTO DO BIOS .............................................................................. 12 4. HARDWARE .................................................................................................. 13 4.1 Termos Utilizados para Descrever o Hardware ................................................................................... 13 4.1.1 Equipamento .............................................................................................................................. 13 4.1.2 Drive ............................................................................................................................................ 13 4.1.3 Periférico .................................................................................................................................... 14 4.2 Dispositivos de Entrada e Saída ............................................................................................................ 14 4.2.1 Tipos de periféricos .................................................................................................................. 14 3 INFORMÁTICA 1. INTRODUÇÃO A INFORMÁTICA 1.1 Conceitos iniciais Para começarmos o estudo da matéria de Informática é im- portante conhecermos alguns conceitos básico sobre esse assun- to, que será explicado, brevemente, em um resumo histórico sobre a evolução dos sistemas computacionais. O primeiro ponto importante sobre a matéria é bastante in- teressante para ao aluno, ainda que esse assunto não seja relevan- te para o concurso público, essa pequena introdução sobre a ma- téria torna-se uma base solida para posteriormente montarmos o estudo sobre o a Informática. Como estudar essa matéria sem antes compreender o sig- nificado do termo Informática (Informação Automática)? A forma mais simples possível de definir a Informática é que Informática é o estudo dos equipamentos que geram informações de forma automática, isso quer dizer que os equipamentos relacionados a essa matéria possuem capacidade de processamento próprio. Es- sa capacidade de processamento não está atrelada a independên- cia da interação humana, sendo que essas máquinas funcionam e são capazes de processar as informações a partir de uma instrução apresentada pelo usuário ou o operador desse equipamento. 1.1.1 História O sistema computacional, que são é base do estuda da In- formática, começou a ser utilizado por volta do século XVII. Nesse período fora criada uma máquina que recebia uma instrução/in- formação do usuário sobre cálculos e automaticamente retornava ao usuário uma resposta sobre aquela instrução de cálculo, esses equipamentos não funcionavam necessariamente de forma elétri- ca. As máquinas computacionais atuais foram criadas com a evo- lução desse equipamento de cálculos simples, o Ábaco, por isso que denominamos computadores, pois são máquinas capazes de computar/calcular um dado ou instrução apresentada. Ábaco Romano (Fonte: http://www.teinteresasaber.com/2014/07/ sabias-como-y-quien-invento-el-numero.html) A partir do século XVII começou a evolução da informação e do sistema de cálculos, onde as máquinas começaram a reali- zar os processamentos das instruções de forma elétrica e também passaram a possui uma capacidade de realizar cálculos mais com- plexos. Esses equipamentos começaram a ser utilizados como má- quinas de guerras durante a Primeira Guerra Mundial, o que tornou a sua evolução muito mais rápida. Entre os anos de 1930 a 1958, durante o acontecimento da Segunda Guerra Mundial, as máquinas começaram a funcionar através de cálculos binários, inclusão do valor “0” ou “1”, para computar trajetórias e táticas de guerras. Para o aluno compreen- der mais sobre o assunto, indico uma pesquisa rápida na Internet sobre a máquina ENIAC (Electronic Numerical Integrator and Com- puter - Computador e Integrador Numérico Eletrônico). Essa parte da história é muito importante, pois as máquinas atuais continuam funcionando o processamento em binário. Computador ENIAC (Fonte: https://creativephoenixblog.wor- dpress.com/about/) Por fim, a partir do ano de 1981 comeram a fabricação de máquinas computacionais com operação através de Sistemas Operacionais de Interface Gráfica, as quais podemos encontrar até os dias de hoje. 1.1.2 Definição de sistemas de informação As bancas organizadoras de concurso público tendem a confundir o candidato com os termos Sistema de Informações (S.I.) e Informática. Já sabemos que informática é o estudo de equipamentos que são capazes de processar informações. Mas, o que é um Sistema de Informações? Basicamente, é um conjunto de regras e procedimentos específicos estabelecidos (Sistêmico), utilizados para transmissão de informações precisas e oportunas para atender a necessidade de um grupo ou comunidade. Perce- bemos que pela definição básica de Sistema de Informações não é utilizado, necessariamente, um equipamento computacional para essa transmissão de informação, mas assim pode acontece se for necessário. O segundo ponto muito importante para o estudo da Infor- mação é sabermos a definição básica do que venha a ser um Com- putador ou máquina computacional. 1.1.3 Computador Um computador é um instrumento formado (constituído) basicamente por componentes de Hardwares, Softwares e Ca- pacidade de Processamento de informações, realizar cálculos de dados. Veremos adiantea definição básica de cada um desses ele- mentos. Assim como no princípio da informática, os computadores atuais não possuem autonomia própria, isso significa que eles fun- cionam a partir de uma instrução de funcionamento, uma ordem de execução apresentada pelo usuário ou operador da máquina. 4 INFORMÁTICA Até mesmo os robôs, que são computadores superdesenvolvidos, funcionam somente com instruções do usuário, sejam essas ins- truções por comando de voz, manipulação por controle remoto ou instruções de funcionamento pré-programadas em uma memória interna desse equipamento. O mesmo acontece com os compu- tadores pessoais, seja notebook, desktop, smartphone, tabletes, que possuem sistemas operacionais, Windows, Android, iOs, mas que funcionam somente com instruções do usuário. Uma observação importante é que pode cair em questões da sua prova à definição de computador como sendo um instru- mento formado por Software e Hardware apenas, omitindo nesse caso o elemento de processamento, visto que o processamento é formado pela união de hardware e software, conforme veremos a seguir. Se a questão apresentar essa definição, apenas Hardware e Software, o item poderá ser assinalado como correto. Vamos compreender agora, em características básicas, o que é cada um desses elementos que forma um computador: HARDWARE O termo em Inglês Hardware é traduzido para o Português co- mo Equipamento. Esse equipamento é considerado a parte física do um computador, isso significa que são todos os componentes que po- demos tocar, apalpar, manusear no mundo físico, como, por exemplo teclado, mouse, monitor de vídeo, placa de rede, placa mãe. Outra definição sobre os Hardwares é que a maioria desses componentes, geralmente são capazes de executar uma instrução do usuário diretamente em linguagem de máquina. LINGUAGEM DE MÁQUINA Antes de avançarmos para o próximo assunto, precisamos fazer uma observação sobre o que é a Linguagem de Máquina ou Código de Máquina como também é chamada. Em comparação com o mundo natural o ser humano pos- sui uma linguagem para se comunicar e apresentar informações, a linguagem humana, seja linguagem de sinais, falada ou corporal. Pensando no mundo virtual as máquinas também possuem uma linguagem de funcionamento, que é a Linguagem de Máquina. A linguagem de máquina é formada por um nível técnico de funcio- namento diferente, o chamado Baixo Nível, vejamos o que é o bai- xo nível e também fazendo comparação com Alto Nível, para não sermos pegos de surpresa na hora da prova. Linguagem de Baixo Nível: é a linguagem de máquina de funcionamento do processador. Quando inserimos uma instru- ção na máquina o processador receberá essa instrução em uma linguagem compreensível para seu funcionamento, que é o Baixo Nível. Em termos técnicos a banca pode apresentar que Baixo Ní- vel são informações programadas no processador de como esse componente, o processador, deverá funcionar a partir do momen- to que receber uma instrução do usuário e essas informações são programadas diretamente no setor de memória interna do proces- sador, denominado Registradores. São exemplo de linguagem de baixo nível, o Binário e Hexa- decimal, como também a linguagem de programação Assembly. Vejamos agora o que é a linguagem de Alto Nível e para o que é utilizada. Linguagem de Alto Nível: é basicamente a linguagem de programação utilizada para desenvolvimento de programas (soft- wares). Essa linguagem é mais simples para o usuário compreen- der, diferentemente do binário e hexadecimal, por isso que o Alto Nível é a linguagem que mais se aproxima da linguagem humana. Alguns exemplos de linguagem de programação de alto nível: C++, Java, PHP, Pascal... Então compreendemos, até aqui, que os programas de computadores são desenvolvidos em alto nível. Mas, se o proces- sador de uma máquina funciona somente em baixo nível e a ins- truções de um programa, como, por exemplo, Word, Excel, Google Chrome, são apresentadas e programadas em alto nível, como o computador (processador) compreenderá as informações desses programas? Simples. Quando um programa ou comando do usuá- rio é executado em Alto Nível, entrará em “cena” o Compilador, que é uma ferramenta integrada ao Alto Nível que converte, “tra- duz”, as informações da linguagem de Alto Nível para a linguagem de Baixo Nível, fazendo assim com que o processador compreenda a informação corretamente e seja capaz de executar o processa- mento da informação de forma adequada. Cuidado! Pois as questões constantemente apresentam ao candidato a função do Compilador como um “tradutor” da lingua- gem de Baixo Nível para a linguagem de Alto Nível, o que é contrá- rio da sua função real. SOFTWARE O termo em Inglês Software é traduzindo para o Português como Programa. Os programas do são considerados a parte lógi- ca do computador, são os componentes que não existem fisica- mente, mas existem de forma virtual, diferentemente do Hardwa- re que é a parte física do computador. O termo técnico mais apropriado para definição de um Software é: “uma sequência de instruções lógicas, comandos de programação, já programadas no computador para executar uma determinada informação ou instrução. Como exemplos de progra- mas nós temos Sistema Operacional, que é o principal programa existente no computador, Navegadores de Internet, Editores de Textos e Planilhas, dentre outros. PROCESSAMENTO Por fim o processamento, que é a parte do computador responsável por receber instruções ou executar instruções já pro- gramadas e calcular essas instruções, processar os dados. A Parte do processamento envolve durante o seu funcionamento os com- ponentes de Hardware e Software, sendo o Processador (CPU) o equipamento de Hardware utilizado na parte do processamento, enquanto que o responsável por receber a informação e/ou apre- sentar ao usuário a resposta de um processamento é o programa, “equipamento” de Software. 2. CLASSIFICAÇÃO DE SOFTWARE Em termos técnico podemos dizer que o conceito de clas- sificação de software está atrelado ao tipo de licença empregada a um software quando ele é registrado. Esse conceito é associa- do a uma forma de registrar um programa, como se fosse de uma obra literária ou musical, por exemplo, mas que nesse caso é vol- tado para softwares (programas de computador). Em termo mais 5 INFORMÁTICA simples podemos dizer que Classificação de Software é a “patente de registro” empregada a um programa de computador. Quando se desenvolve um programa de computador são gerados vários códigos de programação para se chegar no pro- duto final, que é um software. E quando se deseja registrar um programa será registrado em nome do autor os códigos de pro- gramação gerados para criar esse programa e qual é a finalidade dessa obra em específico, se é um editor de texto, um jogo sim- ples, um navegador de internet, por exemplo. Trazendo para um caso prático, imagine que você acabou de desenvolver um softwa- re e precisa registrar esse programa em seu nome ou no nome da sua empresa, para requerer seus direitos sobre essa obra quando necessário garantir sua propriedade intelectual, sendo isso garan- tido por lei. Então para isso acontecer você deve ir até uma agência específica, que desempenha esse papel, e apresentar seus códi- gos de programa do software para registrar o programa conforme sua necessidade. Uma observação muito importante é que um de- senvolvedor de software não é obrigado a registrar um programa em seu nome ou em nome da sua empresa, podendo fazer uso do programa a qualquer momento ou compartilhá-lo na web livre- mente, mas não será possível requerer seus direitos sobre aquela obra quando for necessário. Existem vários tipos específicos de classificação de um programa, podendo um software ser registrado para aquisição de forma gratuita ou comercializada e também é possível regis- trar um software para que os seus códigos fontes, códigos de programação, sejam disponibilizados ou não para quemfaz uso do programa. Para cada tipo de registro existe um nome técnico descrito na informática, são eles: Software Livre e Software Pro- prietário, que são os principais tipos de classificação de software e também os tipos que mais aparecem em provas de concurso; e Software Gratuito, Comercial e Software em Domínio Público, que são formas de classificação existente que não são tão frequentes em provas de concurso. Para cada tipo de classificação e software existem regras específicas que geralmente são apresentadas para o candidato em questões. Vejamos agora especificamente cada um dos tipos de classificação de software. 2.1 Software Livre O tipo de classificação de Software Livre é muito confundi- do pelos alunos, pois associam os programas assim registrados a uma forma gratuita de aquisição, em outras palavras, programas classificados como Software Livre são sempre gratuitos, cuidado pois isso não é verdade, pode ou não ser gratuito. A principal ca- racterística de um Software Livre diz respeito à propriedade do código fonte, códigos de programação, onde estes códigos não estarão disponíveis somente para o desenvolvedor do programa ou para a empresa fabricante. Software Livre tem como principal característica os códigos fontes estarem disponíveis para os usuá- rios que adquirirem o programa. Outra característica muito importante e que devemos ter muito cuidado é que os programas registrados como Software Livre podem ser disponibilizados de forma gratuita ou da forma comercializada. Quem deverá impor essa condição de aquisição ao software é o fabri- cante do programa, isso significa que não é uma regra os programas classificados com livre serem adquiridos de forma gratuita. Devido ao fato de termos acesso aos códigos de programa- ção de um software livre, podemos dizer então que esse tipo de classificação de software é caracterizado pela possibilidade de estudarmos os códigos fontes quando necessário, pois se temos acesso aos códigos fontes do programa isso se torna possível. Outra característica, que também está relacionada ao fato de ter- mos acesso aos códigos fontes, é a possibilidade de adaptar esse Software para as nossas necessidades, pois se temos acesso aos códigos de programação, então podemos alterá-lo ou adaptá-lo, e se não soubermos programar, então contratamos um serviço par- ticular para realizar essas ações. Quando alteramos um código fonte original, incluindo ou excluindo alguma informação, então criamos uma nova versão a partir do programa original. Mas, devemos observar que no con- ceito de classificação de Software Livre não utilizamos o termo “nova versão” e sim “distribuição”, ou seja, quando alteramos um programa já existente acabamos criando uma distribuição especí- fica. Então é corretor afirmar que a classificação de software livre permite a livre distribuição, ou seja, é possível criarmos “versões” a partir do programa original, como já mencionado. Nesse ponto do material devo alertá-los a tomarem muito cuidado com as associações que banca pode fazer com tipo de li- cença de Software Livre. Geralmente, são apresentadas questões afirmando que o software livre promove a inclusão digital, o que é um erro. Inclusão digital é um processo global, como se fosse uma norma internacional, que garante o acesso de toda a popula- ção mundial a tecnologia da informação. Em termos mais simples, essa norma estabelece que não as pessoas de todo o mundo não podem ser privadas de acessarem recursos computacionais, co- mo, por exemplo, computadores e a Internet. A classificação de software livre garante o acesso ao código fonte de um software e não o acesso a computadores e a Internet, então se a banca apre- sentar ao candidato a informação que Software Livre promove a inclusão digital a questão estará errada. Os programas registrados como Software Livre são “contro- lados” por uma fundação que se dedica a eliminação das restrições de códigos sobre os programas e promove o desenvolvimento de softwares com a classificação de distribuição livre. Essa fundação é a Free Software Foundation (FSF), que em Português significa Funda- ção para o Software Livre. A FSF apoia integralmente os projetos da GNU, que é, basicamente, outra fundação que se dedica a criação de programas de classificação Livre, como por exemplo o sistema ope- racional Linux. Em termos mais simples, podemos dizer que tanto a FSF (Free Software Foundation) quanto a GNU são fundações que se dedicam aos registros e controles de softwares livres. Quando um programa for registrado como Software Livre ele precisará passar pelo crivo de 4 características básicas que irão defini-lo como software livre e que o acompanharam durante sua utilização pelos usuários. Essas características são chamadas de 4 liberdades de software, criadas pela FSF e que acompanham os programas de software livre. Vejamos agora as principais caracte- rísticas das 4 liberdades de software. 2.1.1 4 Liberdades de software livre Essas características serão aplicadas aos programas classi- ficados como software livre. 6 INFORMÁTICA Liberdade número 0, ou também conhecida como primei- ra execução de liberdade, é caracterizada pela possibilidade do usuário de um software classificado como livre executar o pro- grama para qualquer finalidade desejada. Isso quer dizer que o usuário de um software livre poderá executar um programa para atos lícitos e também ilícitos, não sendo responsabilizado judicial- mente pelo criador do programa por desvio de uso do software. Por exemplo, você adquire sistema operacional Linux e através desse programa invade computadores pela internet ou sistemas bancários para cometer crimes no ciberespaço. Você não poderá ser acionado judicialmente pela fabricante Linux por ter usado um programa que é um sistema operacional para cometer crimes, mas poderá ser acionado pela empresa que teve o sistema invadido. Então, cuidado com as questões que restringem a utilização de um software livre. Liberdade número 1, ou também conhecida como segunda execução de liberdade, é caracterizada pela possibilidade do usuá- rio de um software classificado como livre estudar os códigos fontes do programa para compreender como ele funciona e também adap- tar um código fonte para as suas necessidades. Por exemplo, você adquire, para sua empresa, um programa que realiza cadastros de clientes, com nome, sexo e idade, mas você precisa cadastrar tam- bém endereços e isso não está incluso nos códigos originais do pro- grama adquirido. Então, você pode poderá modificar o programa original incluindo essa nova função para atender as necessidades da sua empresa e não poderá ser acionado judicialmente por alterar o programa original. Lembrando que software livre tem o código fon- te aberto e essa liberdade é apenas uma confirmação de que adap- tar e estudar o código fonte não serão ações ilícitas. Liberdade número 2, ou também conhecida como tercei- ra execução de liberdade, é caracterizada pela possibilidade do usuário de um software classificado como livre redistribuir cópias, ou seja, compartilhar os programas e os códigos fontes sem pro- blema algum, de modo que você possa ajudar ao seu próximo. Por exemplo, você utiliza a suíte de escritório LibreOffice para editar textos e planilhas e pode repassar para seus amigos esses apli- cativos sem problema algum. Essa característica é uma afirmação e que software livre promove a distribuição de software e não a inclusão digital, como visto anteriormente. Liberdade número 3, ou também conhecida como quar- ta execução de liberdade, é caracterizada pela possibilidade do usuário de um software classificado como livre melhorar, adaptar, o software e compartilhar com o público essas melhorias realiza- das. O que difere a segunda e a terceira liberdade da quarta é que essa liberdade afirma a possibilidade de compartilhar as melhorias para todo o público e não apenas para o uso de quem aperfeiçoou, como na segunda liberdade, além da possibilidadede distribuir os códigos melhorados ao público e não apenas os códigos originais como descrito na terceira liberdade. 2.1.2 Outros tipos de licença de software livre Ao classificar um software como livre poderão ser inclusas outras possibilidades de registro aos softwares. Essas caracte- rísticas adicionais não são obrigatórias durante o registro do pro- grama, sendo facultativo ao proprietário do software adicioná-las ou não. Para compreendermos melhor essas características de classificação adicional, vamos a uma situação hipotética com to- das as características apresentadas até agora. Você desenvolveu, programou, um software editor de texto e precisa registrá-lo como Software livre, para requerer seus di- reitos sobre essa obra. Para isso, você foi até a fundação FSF (Free Software Foundation) para concretizar o registro do programa. Durante o registro o programa você será informado de que seu produto terá o crivo das 4 liberdades de software, podendo ser estudado, modificado, compartilhado e executado para qualquer finalidade. Antes de finalizar o registro do seu produto o atenden- te irá questioná-lo se você deseja registrar outras características adicionais ao seu produto. Então o atendente lhe apresentará os registros BSD, LGPL, OSD, Lesser e X-mit, sendo facultativo suas inclusões no registro do software. Vejamos agora as principais características desses tipos de licenças adicionais. Licença BSD (Berkeley Software Distribution): esse tipo de licença, se for inclusa, durante o registro de um software, permite que outros usuários tomem posse do código fonte para adapta- ções, característica essa já estabelecida nas 4 liberdades e reafir- mada na licença BSD, o que torna esse sistema, basicamente, de domínio público. Outra característica muito importante desse tipo de licença é que após incorporar novos códigos ao programa ori- ginal, adaptá-lo, serão permitidas a comercialização dessa nova “versão” do programa e também registrar esse novo programa como software proprietário. Mas cuidado com as questões de pro- va, pois só é possível comercializar e registrar como proprietário as melhorias aplicadas, ou seja, apenas os códigos inclusos ao soft- ware e não a parte do programa já existente. Independentemente de qualquer situação, a licença BSD protege a autoria dos códigos originais e implica que os novos programas gerados deverão apre- sentar o nome do autor da versão original. GNU GPL (ou LGPL): esse tipo de licença foi estabelecido pe- la “fundação” GNU e prevê, basicamente, os mesmos direitos das 4 liberdades de um software livre. Outras informações importan- tes são que, nesse caso, o usuário que adquirir um programa assim registrado também poderá melhorar o programa, comercializar e tornar proprietária essas melhorias realizadas. Além de outras características que diferenciam a licença GPL da BSD, a caracterís- ticas mais abordada é que a licença GPL implica que os códigos ori- ginais devam acompanhar o novo programa, mesmo se esse novo software for classificado como um tipo de licença proprietária. GNU Lesser: é outra licença de software livre criada pela GNU e aprovada pela FSF. Essa licença de software livre não concede li- vremente a possibilidade de alterar seus códigos originais, devendo o usuário usar os códigos de um software Lesser para incorporar outros códigos também já existentes em bibliotecas. Outro ponto importante é que empresas desenvolvedoras de software proprie- tário poderão incluir programas Lesser em softwares proprietário já existentes. A grande diferença entre a licença Lesser com a GPL, por exemplo, é que os novos programas que utilizam parte de códigos Lesser deverão ter seus códigos fontes liberado. Obs. 01: Esse tipo de licença, geralmente, aparece em pro- vas de concurso atrelada a palavra “Biblioteca”, onde a banca faz referência desse tipo e classificação com uma biblioteca de códi- gos já existentes. 7 INFORMÁTICA Licença OSD (Open Source Definition): o tipo de licença OSD, em Português Definição do Software Livre, é a “única” con- siderada um tipo de licença CopyLeft, exigindo necessariamente que os novos programas criados, a partir de um software regis- trado como licença OSD, deverão conceder no produto final as mesmas liberdades preservadas na versão que foi modificada. Por exemplo, você editou os códigos fontes de um programa re- gistrado como GPL e que também é OSD, então seu programa final modificado deverá conceder exatamente os tipos de liberdades GPL e OSD, pois assim afirma a licença CopyLeft. Não precisamos de muitas informações sobre esse tipo de licença, pois serão des- necessárias nesse momento, devemos apenas saber que não são todos os tipos de licença geradas pela FSF e pela GNU que estabe- lecem o padrão CopyLeft, apenas a licença OSD garante isso. Licença MIT (X-mit): é considerada uma licença Totalmente Permissiva e essa frase sempre acompanha esse tipo de licença para defini-la. Esse tipo de licença apresenta característica pare- cidas com a BSD, GLP, como, por exemplo, livre manipulação do código, livre distribuição, possibilidade de comercializar as melho- rias, tornar os códigos melhorados de registro proprietário, dentre outras. GNU AGPL (Affero General Public License): a licença Affero GPL, tipo especifico de licença GPL, é voltada especificamente pa- ra aplicações WEB. Esse tipo específico de licença é relativamente nova e sua principal atividade é determinar todas as caracterís- ticas da licença GPL em programas utilizados via nuvem, Cloud Computing. Por exemplo, quando utilizado um Webmail, como o Gmail ou Outlook através de um navegador de internet, para aces- sar as mensagens recebidos, podemos abrir um arquivo e texto em anexo diretamente no navegador, sem que necessariamente tenhamos instalados no computador o leitor de texto Word ou Writer, por exemplo. A licença do tipo Affero é voltada especifica- mente para programas operados nesse tipo de serviço em nuvem, o sistema de serviços SaaS (Software As A Service), Software co- mo Serviço, como veremos em outro momento. 2.2 Software Proprietário A forma de classificação de Software do tipo Proprietária é muito confundida pelos alunos como sendo o tipo de classificação dada a programas que devem ser pagos durante a aquisição, ou em outras palavras, os alunos confundem que programas classifi- cados como Software Proprietário são sempre programas comer- cializáveis, pagos. Cuidado, pois isso não é verdade, os programas assim registrados podem ou não ser comercializáveis, assim como no tipo de classificação Software Livre, visto anteriormente. Quem deverá impor essa condição de aquisição ao software é o fabrican- te do programa, isso quer dizer que não é uma regra dos progra- mas classificados com Proprietário serem adquiridos sempre pela forma comercializada, pagos. Para compreendermos a principal característica de um Software Proprietário, primeiramente, devemos fazer uma com- paração entre a classificação de Software Livre e a classificação de Software Proprietário. Até aqui já sabemos que ambos os ti- pos de classificação podem conter programas que são pagos ou gratuitos, mas a principal característica desses tipos de classifi- cação está relacionada ao código fonte do programa, os códigos de programação. Um programa classificado como Software Livre, como já visto outrora, não possui a propriedade do código fonte restrita, onde estes códigos não estarão disponíveis e restritos somente para o desenvolvedor do programa ou para a empresa fabricante. Isso quer dizer que, Software Livre tem como principal característica os códigos fontes, códigos de programação, esta- rem disponíveis para os usuários que adquirirem o programa, dife- rentemente da classificação do tipo Proprietária, onde os códigos fontes não estarão disponíveis para o usuário final do programa, ficando restritos, os códigos fontes, aos criadores do programa ou da empresa desenvolvedora. Uma informação muito importanteque devemos ter cuida- do ao respondermos questões, é que os programas registrados como Proprietário não apresentam a possibilidade de o usuário final adaptar o Software para as suas necessidades, pois se não temos acesso aos códigos de programação, então não é possível alterá-lo ou adaptá-lo. Isso implica diretamente em uma caracte- rística do software proprietário, que, diferentemente do Software Livre, não possui livre distribuição, ou seja, não é possível ao usuá- rio final criar uma versão do programa original. A última característica importante sobre os programas re- gistrados como software Proprietário é que eles não podem ser utilizados para qualquer finalidade, assim como acontece com os programas registrados ao tipo Software Livre, pois a classifica- ção de Software do tipo Proprietária implica aos usuários o dever de concordar com os termos de uso do programa utilizado. Essa mensagem é encontrada geralmente durante a instalação do pro- grama no computador do usuário, onde é apresentado um texto contendo todas as regras de uso do software. O problema é que a maioria dos usuários não leem as informações ali apresentadas, clicando diretamente na caixa de seleção “Aceito os termos e de- claração de uso do software” e pressionando posteriormente o botão “próximo”, para continuar com a instalação do programa. Essa ação não é indicada, pois nos termos e declaração de uso é que encontramos todas as informações sobre as limitações e fun- cionalidades do programa. Existem muitas outras informações relacionadas ao tipo de registro Software Proprietário, mas que não precisamos conhecê- -las nesse momento, pois são extremamente desnecessárias para o nosso estudo. Também não é necessário saber todo o passo a passo para registrar um programa como Proprietário, mas de- vemos saber que existem tipos específicos de registro para um programa proprietário. Basicamente, no momento em que regis- tramos um programa como Proprietário devemos adicionar a esse registro um tipo especifico de licença para uso desse programa, ou em outras palavras, devemos registrar qual é o tipo específico do programa que está classificado como Proprietário, se é um pro- grama complemente finalizado pela empresa ou se ele ainda está em desenvolvimento e fora criado uma versão para testes, se é um programa adquirido juntamente com equipamentos físicos, entre outros tipos. Vejamos agora qual são os principais tipos de licença para Software Proprietário que podem ser cobradas em provas de concurso público. 8 INFORMÁTICA 2.2.1 Tipos de licença de software proprietário 2.2.1.1 FULL A licença do tipo Full, que traduzindo para o Português sig- nifica completa, é o tipo de classificação dada aos programas já desenvolvidos pelas empresas e que podem ser atualizados cons- tantemente por elas, mas com a observação de que sua versão fi- nal já está pronta para o usuário utilizar. Esse tipo específico de classificação é considerado a versão mais completa de registro de um Software Proprietário e é caracte- rizado pelo fato de que o desenvolvedor do programa ou a empresa fabricante não poderá restringir o usuário de acessar os recursos pa- ra o uso do programa e também não poderá restringir os conteúdos do programa durante a instalação ou utilização. Por exemplo, você usuário acabou de instalar em seu computador um programa editor de texto classificado como Full e vamos supor que esse programa foi desenvolvido para realizar 5 ações, alterar o tamanho da fonte, adi- cionar cor no texto, adicionar negrito, adicionar itálico e imprimir o texto. Como esse programa é registrado como Full, todas as pessoas que adquirirem esse programa, inclusive você, deverão ter acesso total as 5 funções realizadas pelo programa, mas cuidado, uma coi- sa é ter acesso total aos recursos oferecidos pelo programa e outra coisa é ter acesso aos códigos de programação, código fonte. Essa informação é totalmente relevante pois é isso que a banca costuma cobrar em provas, afirmando que os programas classificados como Full não impedem o usuário de acessar o código fonte do programa, o que é um erro já que Software Proprietário restringe o acesso ao código fonte dos programas. Por fim, podemos dizer que esse tipo de licença geralmente é comercializado pelos fabricantes, mas cuidado, a palavra geral- mente não significa sempre e se abanca afirmar em questões de prova que a versão de licença do tipo Full sempre será comercia- lizado isso está errado, visto que software proprietário pode ser ou não comercializado, não é, necessariamente, uma regra para a aquisição do programa. 2.2.1.2 OEM A sigla OEM é proveniente do termo em Inglês Original Equi- pment Manufacturer, que traduzido para o português significa Equipado Originalmente de Fábrica. Esse termo já descreve a prin- cipal característica desse tipo de licença, pois programas registra- dos com a licença OEM são integrados em equipamentos físicos durante a sua fabricação para operacionalizar corretamente esses dispositivos a que fora acoplado. Essa versão de classificação pode ser utilizada para várias finalidades, como, por exemplo, operar uma central multimídia de um carro, operar uma smartTV, eletrodomésticos e também é muito comum instalar programas OEM em equipamentos de rede de computadores. Por exemplo, quando um usuário adquire um equipamento de rede do tipo roteador de internet, esse equipa- mento de rede já dispõe de um programa interno que dará funcio- nalidades para que o roteador seja corretamente executado. Esse programa foi instalado no equipamento durante a fabricação do roteador e a sua funcionalidade será voltada para o funcionamen- to do roteador apenas. Podemos dizer que em alguns casos espe- cíficos a classificação do tipo OEM é relacionada a um Firmware, ou seja, é um programa Sistema Operacional embarcado ao har- dware, como já vimos anteriormente sobre os Firmwares. Nesse ponto devemos ter muito cuidado com as possíveis pegadinhas das questões de provas, pois nem todo programa OEM é neces- sariamente um tipo de firmware, mas alguns programas OEM são tipos de Firmwares. Outra informação muito importante para o nosso estudo é que os programas assim registrados, licença OEM, também pos- suem uma versão completa do sistema, ou seja, programas OEM herdam as características do tipo de licença Full, que é considera- da como a versão final de um programa e que não pode conter res- trições em relação ao uso do software nem restringir o conteúdo para o usuário após a aquisição. 2.2.1.3 SHAREWARE O termo shareware é a união das palavras em Inglês SHARE, que traduzida para o português significa compartilhar, e WARE que é um acrônimo relacionado a Software, que traduzido para o português significa Programa, então a união do termo em Inglês SHAREWARE quando traduzido para o português significa, basi- camente, programa compartilhado. A principal característica desse tipo de licença é que o de- senvolvedor do programa ou a empresa fabricante, detentora dos diretos sobre o código, compartilha a versão FULL, versão final e completa, do programa de maneira gratuita e temporariamente. Isso é feito como uma forma de apresentar para o usuário a efi- ciência do programa desenvolvido ou para que o usuário utilize o programa durante um tempo, o prazo gratuito estabelecido, para analisar se esse determinado programa atenderá suas necessida- des de uso. Mas cuidado não confundir a versão Shareware com o tipo de licença Demo, que veremos a seguir. Não existe uma regra estabelecida para aplicação do período gratuito que os programas assim registrados devem operar, mas geralmente essa licença gratuita não passa de 45 dias, mas esse prazo não é uma regra, como citado anteriormente. Por exemplo, você usuário precisa de um programa antivírus para que esse programa realize uma var- redura no computador a procura de Malwares e após isso apague essas pragas maliciosas encontradas, para isso você instalou em sua máquina o programa “AntivirusALFACON”que é registrado sobre a licença Shareware. Esse programa estará disponível pa- ra realizar todas suas ações programadas, versão Full, durante o prazo de 30 dias, sendo que após esse prazo o usuário deverá pagar a importância de R$100,00 para migrar o programa para a licença Full, que é versão completa de utilização do software anti- vírus. Após passado o prazo de 45 dias e se não for migrado para a plataforma Full o programa ainda estará funcionando, mas serão bloqueadas algumas funções, como, por exemplo, irá realizar as varreduras a procura dos Malwares, mas não irá apaga-las quando forem encontradas, para que isso aconteça o usuário deverá mi- grar para a plataforma Full, pagando a importância de R$100,00. Nesse exemplo R$100,00 foi a quantia em dinheiro estabelecida para migração da plataforma, mas esse valor é variável de acordo com a fabricante. Uma observação muito importante sobre esse tipo de regis- tro de licença é que a versão Shareware não bloqueia totalmente o programa assim registrado após passado o prazo de uso gratuito 9 INFORMÁTICA estabelecido, o programa terá algumas limitações em relação ao uso e também de conteúdo, mas o programa não será bloqueado completamente como acontece na a versão de licença Trial, que ve- remos a seguir. 2.2.1.4 TRIAL A licença Trial é muito parecido com a versão de licença Shareware, pois as duas possuem a caracteriza de disponibilizar o programa na versão Full, versão completa, gratuitamente por um tempo de uso já estipulado, mas com a diferença da ação realizada após vencer o prazo de uso do programa. A banca geralmente questiona sobre o conceito básico da versão Trial, que é a característica similar a Shareware, liberação do programa Full por um prazo de uso gratuito, e isso seria o sufi- ciente para resolver essas questões básicas. Mas, algumas ques- tões exigem um “peso” maior no conhecimento do candidato, que é a diferença entre a versão Shareware e a versão Trial. Como já vimos anteriormente, após passado o prazo de uso da versão Shareware o programa não será bloqueado completamente, ainda serão executadas algumas ações simples de funcionamento, mas alguns conteúdos do programa e uso serão restritos ao usuário. Diferentemente da versão Trial, que bloqueia completamente o uso do programa e o usuário não terá a acesso a qualquer tipo de serviços prestado pelo programa registrado como Trial. Assim como na versão Shareware, a versão Trial também não possui uma regra estabelecida para aplicação do período gratuito que os programas assim registrados devem operar, mas geralmente essa licença gratuita não passa de 45 dias, mas esse prazo não é uma regra estabelecida, como citado anteriormente. Após passado esse prazo de uso gratuito o programa apresentará para o usuário uma mensagem informando que ele deverá migrar o programa da versão Trial para a versão Full, onde, geralmente, ele deverá pagar uma importância em dinheiro para que essa mi- gração de plataformas aconteça. Vamos analisar o mesmo exemplo apresentado na versão Shareware. Supondo que você usuário precisa de um programa antivírus para que esse programa realize uma varredura no compu- tador a procura de Malwares e após isso apague essas pragas mali- ciosas encontradas, para isso você instalou em sua máquina o pro- grama “AntivirusALFACON” que é registrado sobre a licença Trial. Esse programa estará disponível para realizar todas suas ações pro- gramadas, versão Full, durante o prazo de 30 dias, sendo que após esse prazo o usuário deverá pagar a importância de R$100,00 para migrar o programa para a licença Full, que é versão completa de uti- lização do software antivírus. Após passado o prazo de 45 dias e se não for migrado para a plataforma Full o programa não terá mais funcionalidades, pois serão bloqueadas todas as funções de uso do programa, ou seja, ele não irá realizar as varreduras a procura dos Malwares e também não irá apagá-las quando forem encontradas, para que isso aconteça o usuário deverá migrar para a plataforma Full, pagando a importância de R$100,00, como exigido nesse exemplo para migração de plataforma. 2.2.1.5 DEMO A licença do tipo DEMO é um acrônimo da palavra em In- glês Demonstration, que traduzindo para o Português significa Demonstração, e que possui características muito simples, mas que geralmente são confundidas pelo aluno durante a resolução de questões com outros tipos de licença de software. A principal característica desse tipo de licença é que o criador do programa assim registrado ou a empresa detentora dos códigos libera o pro- grama já desenvolvido em partes, ou seja, nesse caso não será ins- talada na máquina do usuário a versão Full gratuita e temporária, como acontece com as versões Shareware e Trial, será instalada uma versão resumida do programa Full de forma gratuita e sem prazo de funcionamento estabelecido para o uso do programa. Por exemplo, você usuário precisa de um programa antiví- rus para que esse programa realize uma varredura no computador a procura de Malwares e após isso apague essas pragas maliciosas encontradas, para isso você instalou em sua máquina o programa “AntivirusALFACON” que é registrado sobre a licença Demo. Esse programa estará disponível para realizar somente a ação de realizar varreduras a procura de pragas maliciosas, sendo que o usuário não terá a possibilidade de apagar esses Malwares encontrados, pois a versão Demo é apenas uma demonstração do que o programa po- derá fazer. Para que o usuário consiga apagar os programas malicio- sos encontrados pelo antivírus deverá migrar deverá migrar para a plataforma Full, pagando a importância de R$100,00, como exigido nesse exemplo para migração de plataforma. No exemplo anterior podemos perceber que não existe um prazo de uso do programa, o que diferencia a versão Demo das licenças Shareware e Trial que operam na versão Full durante um prazo de uso estabelecido. Por exemplo, daqui 10 anos o progra- ma antivírus instalado, como citado no exemplo anterior, será utili- zado apenas para realizar varreduras a procura de Malwares e não irá apagar essas pragas maliciosas. As empresas desenvolvedoras de programas utilizam esse tipo de licença de software para causar o interesse no cliente e até mesmo para que ele não adquira um produto que não irá satisfa- zer suas necessidades. 2.2.1.6 BETA Dentre os tipos de licença de Software Proprietário a ver- são Beta é a mais básica, pois esse tipo de licença é atribuído a um programa que ainda não foi completamente finalizado, ou seja, é um registro feito a programas ainda em desenvolvimento, mas que por algumas circunstâncias a empresa desenvolvedora deseja liberar essa parte do programa já desenvolvida para seus clientes. Todos os tipos de licenças apresentadas anteriormente, Full, OEM, Shareware, DEMO, Trial, possuem a versão final do software já pro- gramada, o que é diferente da versão Beta, pois o programa ainda não foi completamente desenvolvido, não possui versão Full. Esse tipo de classificação é atribuído a um software que ainda está em fase de teste e termino de programação, mas que fora liberado em partes pelas empresas para que seus clientes, usuários do programa, utilizem essas partes do software já pro- gramadas para que as empresas recebam feedback sobre como está sendo o uso do programa, se os clientes estão gostando ou não, se o software atende as necessidades do usuário e até mesmo informar as empresas sobre os erros que possam ocorrer durante o uso do programa. 10 INFORMÁTICA Não podemos confundir a versão de licença Beta com a versão do tipo Demo, pois elas são parecidas em algumas carac- terísticas, mas que não podem ser consideradas o mesmo tipo de licença. As duas versões são utilizadas para registrar partes de um programa, mas com a diferença de que a versão Demo é feita para registrar partes de um programa já finalizado e a licença Beta é o registro de partes de um programa que ainda está em desenvolvi-mento final, sendo nesse último caso impossível adquirir a versão Full, porque ela ainda não existe até o momento. 2.3 Software Gratuito A classificação de Software de registro Gratuito é plicada a programas, softwares, que serão distribuídos pelas fabricantes gratuitamente, ou seja, o usuário não precisará pagar qualquer ti- po de importante em valores para adquirir o produto de software assim registrado. Isso implica também que em nenhum momento a fabricante do software deverá impor cobranças em dinheiro, Ro- yalties, ou qualquer forma de participação em lucros pelo progra- ma desenvolvido por ela. Os programas registrados como um dos tipos de licença de Software Gratuito podem ser registrados também como Software Livre ou Software Proprietário, não existe uma regra de restrição sobre registro afirmando que um programa poderá conter apenas uma classificação de software, ou livre, ou proprietário, ou gra- tuito, ou comercial, por exemplo. Então podemos dizer que um programa poderá ser classificado como Software Livre e também receber o registro de um do tipos de Software Gratuito ao mesmo tempo, como também poderá ser registrado como Software Pro- prietário e Gratuito ao mesmo tempo, mas para que um programa registado como Software Livre, por exemplo, seja disponibilizado gratuitamente ele não precisa, necessariamente, ser registrado como um dos tipos de Software Gratuito, pois a classificação de Software Livre já possibilita essa forma de aquisição de software, gratuito ou comercializável, sendo que o mesmo vale para Softwa- res registrados como Proprietário. Por exemplo, o sistema opera- cional Linux é um Software Livre que é adquirido de forma gratui- ta, mas esse sistema operacional não possui, necessariamente, o registro de Software Gratuito Freeware ou Adware, sendo apenas um Software Livre disponibilizado gratuitamente pela fabricante, o mesmo vale para sistemas registrados como proprietário. Um cuidado que devemos tomar nesse ponto do material é que as bancas, tendenciosamente, querem confundir os can- didatos afirmando que Software Gratuito é necessariamente um Software em Domínio Público, o que é um erro, pois Software em Domínio Público é diferente de Software Gratuito, como vermos posteriormente ainda nesse material. Vejamos agora quis são os tipos de licença para software gratuito que mais são cobradas em concurso públicos. 2.3.1 Tipos de licença de software gratuito 2.3.1.1 FREEWARE A licença Freeware é caracteriza pela forma de aquisição totalmente gratuita, ou seja, um programa já finalizado que é re- gistrado como Freeware deverá ser disponibilizado pela fabrican- te sem qualquer cobrança de valor para a aquisição por parte do usuário. Esse tipo de licença é, na esmagadora maioria das vezes, relacionado aos programas registrado como Software Proprie- tário, então essa deverá ser nossa linha de raciocínio na hora de resolvermos as questões de prova. Uma informação muito importante sobre esse tipo de licen- ça de Software Livre é que, os programas assim registrados não perderão suas propriedades de registro, como, por exemplo, o programa registrado como Software Proprietário de versão Full, ainda terá seu código fonte restrito ao público e o autor do progra- ma continuará sendo o proprietário legal desse software. Ou seja, a licença de Software Gratuito Freeware manterá a propriedade legal de quem desenvolveu o programa de computador, mas com a diferença de que esse software será disponibilizado pela forma gratuita de aquisição por parte do usuário. ADWARE Esse nome Adware aparece também como um tipo de Malware, que é uma praga maliciosos utilizada para exibir pro- pagandas e capturar informações de pesquisas do usuário, mas o Adware também pode ser considerado uma forma de registro de Software Gratuito. Quando for assim relacionado a banca deixa claro para o candidato no enunciado da questão qual será o assun- to cobrado, se é o Malware do tipo Adware ou se é a classificação de Software Gratuito do tipo Adware, ainda que nas duas situa- ções possíveis de ser cobrado ele será relacionado a propagandas, publicidades ou anúncios. A classificação de Software Gratuito do tipo Adware é ca- racterizada, principalmente, pela forma de aquisição totalmente gratuita, ou seja, um programa já finalizado que é registrado como Adware deverá ser disponibilizado pela fabricante sem qualquer cobrança de valor para a aquisição por parte do usuário. Outra característica que marca esse tipo de classificação é fato de que programas assim registrado apresentam para o usuário, geral- mente durante o uso do programa, variadas propagandas e pu- blicidades, que acabam se tornando incômodo e inúteis para o usuário. Isso acontece pelo fato de que a empresa fabricante do programa precisa manter seus custos sobre o software e como ele é disponibilizado para o usuário gratuitamente, a forma com que a empresa fabricante consegue custear o desenvolvimento do pro- grama é com as publicidade e propagandas apresentadas para o usuário. Por exemplo, provavelmente você já baixou no seu celular smartphone ou no seu computador algum jogo gratuitamente e que provavelmente durante a utilização desse jogo é apresentado várias propagandas e publicidades, isso quer dizer que esse jogo, que é um tipo de software, foi registrado como Software Gratuito do tipo Adware. Outra informação importante e que as bancas geralmente gostam de apresentar em provas de concurso é que só será pos- sível retirar essas propagandas apresentadas durante o uso de um programa registrado como Adware se o usuário adquirir uma outra versão de software que é registrado sem essa condição de apresentação de propagandas e publicidade. Mas, para isso acon- tecer, na maioria das vezes, o usuário deverá pagar uma quantia em dinheiro estabelecida pela fabricante para que seja migrado a plataforma do programa de Software Adware para uma outra versão do programa registrado que seja utilizado sem as apresen- tações de propagandas e publicidades durante o uso do software. 11 INFORMÁTICA 2.4 Software De Domínio Público Um programa classificado como Software em Domínio Público significa que o programa não possui mais os direitos sobre a autoria do fabricante do software, ou seja, o autor do produto de software não poderá mais impor ou reclamar seus direitos sobre o programa desen- volvido. Isso não quer dizer que o programa não possui mais autoria, o que o Software em Domínio Público estabelece é que o autor do soft- ware não possui total controle sobre sua obra. Tanto os programas classificados como Software Livre quan- to Software Proprietário podem ser classificados como Software em Domínio Público, isso acontece porque passado algum tempo, como previstos nas leis de cada país, a proteção dos direitos do autor e es- te software se perde e o produtos de software passa e se tornar de bem comum, ou seja, com o passar dos anos um programa perde os direitos de autoria, como mencionado no início desse tópico. Uma informação extremamente importante é que de acordo com a Lei 9610/98, uma obra entra em domínio público após 70 anos da mor- te do autor ou quando este não deixa herdeiros, mas dificilmente a banca colocará essa informação em prova. Geralmente as questões afirmam que programas assim classificados não possuem autores ou que o programa não é pro- tegido por qualquer direito de uso, o que é uma afirma falsa, pois os programas em domínio público ainda possuem autoria, mas são considerados Softwares não protegido por copyright, ou seja, po- dem ser utilizados para modificações simples, compartilhamento, distribuição, entre outras ações. 3. TIPOS DE SOFTWARE 3.1 Firmware Um Firmware, dentre vários, é um dos tipos de programa de computador que possuem funções específicas. O termo técni- co mais utilizado para descrevê-lo e muito utilizado pelas bancas organizadoras de concurso é “um conjunto de instruções lógicas programas permanentemente em um hardware, durantea fabri- cação deste”. Outra forma de descrever um Firmware, em palavras mais simples de o usuário compreender, é “um Software (progra- ma) integrado a um HARDWARE no momento da fabricação”. Os Firmwares, geralmente, são programas de computado- res instalados em equipamentos eletrônicos, como, por exemplo, uma impressa jato de tinta que contém um programa interno que executa o correto funcionamento da impressora, como também uma calculadora científica, que possui um sistema de programa interno responsável por operar logicamente o equipamento. O Firmware é armazenado permanentemente em um chip de memória durante a fabricação do equipamento ao qual o chip será anexado. Geralmente são utilizados chips de memórias do tipo ROM para armazenar o programa Firmware. Como as memó- rias do tipo ROM (Read Only Memory) permite ao usuário somente a leitura do seu conteúdo, esses chips de memória não suportam gravações adicionais de conteúdo, somente o material lógico que fora inserido durante a fabricação. Um assunto pouco abordado em concurso, mas que faz ex- trema diferença no conhecimento do Firmware é que, para esse software inerente a um hardware (Firmware) ser executar faz-se necessário acionar o Hardware em que o programa está aplicado, por isso dizemos que o Firmware é executado em nível do hardware. Como o firmware é armazenado em uma memória somente de leitura (ROM), devemos tomar cuidado com as questões, pois esse tipo de memória nos possibilita apenas a leitura da informa- ção ali gravada e não suporta novas gravações, mas podemos utilizar ferramentas específicas para atualização de um firmware. Cuidado, pois essas novas atualizações ou melhorias realizadas no Firmware serão armazenadas em qualquer outro dispositivo de memória que funcione como auxiliar do Firmware e não na memó- ria ROM desse componente de software. Exemplos de Firmwares utilizados diariamente: Controles- -remotos, calculadoras, HD, teclado, cartão de memória, unidades USB, celulares, BIOS, câmeras digitais, Tv’s... 3.1.1 Software embarcado O Software embarcado, também chamado de Sistema Em- barcado ou Programa Embarcado, é um dispositivo de software que realiza um conjunto de tarefas predefinidas, geralmente com configurações especificadas durante a fabricação. Alguns dispositivos eletrônicos possuem um Sistema Ope- racional próprio ou outros tipos de programas que controlam o funcionamento do equipamento, como, por exemplo, central multimídia de veículos, ar condicionado, catracas e fechaduras eletrônicas, entre outros. Muitas vezes esses dispositivos não pre- cisam estar conectados a um computador externo para que sejam operados, pois os programas internos desses dispositivos são su- ficientes para seu correto funcionamento. Esses programas são chamados de Sistemas Operacionais Embarcados, que são confi- gurados em chips de memória do tipo ROM durante a fabricação do equipamento que o Sistema Operacional opera. Podemos observar que as características do Programa Em- barcado são parecidas com as características de um Firmware, en- tão, as bancas consideram Software Embarcado e Firmware como sendo a mesma coisa. Nesse ponto do material vamos compreender o funciona- mento do Firmware mais cobrado em concurso público, o progra- ma BIOS. 3.2 Bios O programa BIOS (Basic Input/Output System) traduzi- do para o Português como Sistema Básico de Entrada e Saída é o primeiro programa a ser carregado ao iniciar a atividade de um computador, isso significa que quando o usuário iniciar a máquina, apertando o botão de ligar e antes mesmo do sistema operacional entrar em execução, o BIOS será executado dando início as ativi- dades do computador. Esse Firmware, o BIOS, fica gravado em uma memória de armazenamento do tipo ROM, não suportando novas inserções de dados no chip de memória, apenas a leitura dos dados ali gravados, característica herdada do Firmware. O firmware BIOS é dividido em dois subprogramas internos e executado em etapas sequenciais de funcionamento, primei- ramente na etapa do subprograma Setup e depois na etapa do subprograma Post, conforme segue imagem em uma pequena ilustração. 12 INFORMÁTICA Chip BIOS com as divisões de etapas (Fonte: https://www.thin- glink.com/scene/588213830648070144, com adaptações) Então, quando o chip que contém o programa BIOS é exe- cutado, o sistema será iniciado diretamente na etapa do programa de Setup e posteriormente executa a etapa do programa de Post, finalizando assim sua função de execução. Obs. 1: Uma observação muito importante é que o chip de memória ROM que contém o programa BIOS é comumen- te chamado de Chip BIOS, podendo a banca referenciar a execução do dos programas de Setup e Post ao programa BIOS ou ao Chip BIOS. Após a completa execução do BIOS, esse firmware passará o controle de funcionamento do computador para o setor de MBR que inicia o processo de boot do Sistema Operacional. O Setor de MBR (master boot record) é uma das partes criadas em um HD, disco rígido, após a sua formatação, que armazena o programa responsável pelo Boot (inicialização) do Sistema Operacional. Obs. 2: Nesse ponto devemos observar que não será o progra- ma BIOS responsável pela inicialização do SO (Sistemas Operacio- nal). O BIOS somente inicia as atividades do computador e passará o controle de funcionamento para outro componente do computador realizar a tarefa de iniciar o Sistemas Operacional, boot no SO. O que podemos afirmar é que o BIOS é o componente responsável por iniciar as atividades do computador, por isso questões afirmando que BIOS realiza o Boot do Computador estão corretas e questões afirmando que o BIOS realiza o Boot do SO estão erradas. 3.2.1 ETAPAS DE FUNCIONAMENTO DO BIOS O BIOS é dividido em duas etapas de funcionamento e quando for acionada, ela entrará em processo sequencial, deven- do concluir a primeira parte, setup, para que POSTeriomente seja executada a outra, o post. 1º - SETUP (Listagem) É chamada de etapa de configurações do BIOS ou Listagem de configurações. Essas configurações são definidas permanente- mente de fábrica, porém, é permitido ao usuário alterar algumas dessas configurações do Setup, as que forem permitidas pelo sis- tema. Para ficar mais fácil compreendermos o que é o Setup, ima- gine que o Setup é a lista dos itens básicos de Hardware e Software que o seu computador precisa para funcionar corretamente, como, por exemplo, mouse, teclado, processador, memória RAM, siste- mas de boot do SO, entre outros. Após o programa BIOS ser inicia- do corretamente a etapa de Setup irá fazer apenas o carregamento dessa lista de itens básicos e após isso o Setup passará a execução da BIOS para a etapa de Post. Para acessar a tela de configuração do Setup basta que du- rante a inicialização do computador o usuário pressione no teclado a tecla correspondente a essa ação, geralmente F8, F2, F10, delete, dependendo da máquina, e após acessar essa janela de configura- ção será apresentado ao usuário em uma tela cinza, preta ou azul com a escrita das configurações, como segue um exemplo na ima- gem abaixo. Tela de Setup da BIOS (Fonte: https://www.baboo.com.br/tutorial/ setup-do-bios-seu-computador/) Como a etapa de Setup faz parte da BIOS, que é armazena- do em memória ROM, as alterações e/ou atualizações realizadas no Setup serão gravadas em um chip de memória auxiliar da BIOS chamado CMOS. O CMOS (Complementary Metal-Oxide Semi- conductor), Semicondutor de Metal-Óxido Complementar, é um dispositivo de memória do tipo RAM, que geralmente armazena informações importante para o funcionamento do computador, como, por exemplo, data, hora, disco de boot do SO, temperatura do processador, entre outras informações necessárias para o com- putador que precisam estar constantemente atualizadas. Como dispositivos de memória RAM são voláteis (veja a Obs. 3) o CMOS é alimentado por uma bateria física (pilha), interna a placa mãe, para que o Chip não perca as informações atualizadasquando o computador for desconectado da energia elétrica. Parte de uma Placa Mãe (Fonte: https://www.tecmundo.com.br/o- que-e/244-o-que-e-bios-.htm, com adaptações) Obs. 3: Dispositivos voláteis são aqueles equipamentos que precisam de energia elétrica para que as informações gravadas nesses dispositivos não sejam apagadas, pois se houver a falta de energia no dispositivo a informação será automaticamente apagada. 2º - POST (Verificação) Classificada como a etapa de testes de compatibilida- de e confiabilidade das configurações, é nessa etapa que serão 13 INFORMÁTICA conferidas às configurações do computador estabelecida no Se- tup. Após a completa execução do Setup será carregado a etapa de Post, para que então sejam realizados testes de hardware e software para identificação se todos os componentes necessários para o funcionamento da máquina estão conectados e funciona- mento corretamente, como, por exemplo, identificar se o com- putador contem memória RAM, HD, Drive de CD/DVD, Drive de Disquete, sistema de Boot do SO, assegurando a inicialização do sistema. De outra forma mais simples, é a etapa de Post que reali- zará um Checklist dos itens básicos carregado pela etapa do Setup. Se durante a execução do Post algum dos componentes básicos, que devem ser verificados, não esteja funcionando cor- retamente ou não esteja instalado no computador o subprograma Post exibirá uma mensagem para o usuário contendo informações relacionadas a esse problema, como segue em exemplo na ima- gem abaixo. Mensagem de erro exibida durante a verificação dos itens do Setup (Fonte: http://brincanagens.blogspot.com.br/2011/01/tecla- do-nao-encontrado-pressione-f2.html) 4. HARDWARE O Termo Hardware é proveniente do Inglês e a tradução desse termo para o português significa Equipamento. Na Infor- mática consideramos os Hardwares como sendo a parte física dos computadores, isso significa que são os componentes que pode- mos tocar, apalpar, manusear no mundo físico, como, por exemplo teclado, mouse, impressora, monitor de vídeo, placa de rede, pla- ca mãe, dentre outros, mas não são necessariamente os cabos ou fios utilizados para ligação desses dispositivos. Notamos que ao longo do tempo as bancas veem utilizando vários termos diferentes para se referenciar a um Hardware como, por exemplo, equipamento, dispositivo, drive, peça, periférico, componente eletrônico. Sabemos que todos esses termos estão relacionados diretamente a um tipo de Hardware, mas é necessá- rio fazermos algumas observações sobre esses termos apresenta- dos e também diferenciarmos com algumas características parti- culares sobre cada um deles. 4.1 Termos Utilizados para Descrever o Hardware 4.1.1 Equipamento Equipamento é basicamente a palavra mais utilizada no “mundo da Informática” para se referenciar um Hardware, isso porque a palavra Equipamento é necessariamente a tradução para o Português do termo em Inglês Hardware. Além disso essa pa- lavra pode ser substituída por outros termos como, por exemplo, componente eletrônico, parte física ou peça do computador, que ainda assim não teríamos problemas em relação a interpretação da questão pois estariam se referenciando a qualquer tipo de Har- dware, de forma genérica. 4.1.2 Drive O termo Drive é considerado um elemento de Hardware que realiza determinadas tarefas específicas que são programadas diretamente no dispositivo durante a sua fabricação. Geralmente o drive desenvolve as funções de leitura e/ou armazenamento de arquivos, como, por exemplo, o drive leitor de CD/DVD, que, de uma forma mais simples, é a aquela “gaveta” do computador onde colocamos a mídia óptica CD ou DVD para fazermos a leitura e gra- vação dos dados. Outros grandes exemplos são Pen drive, cartões de memória (cartões sd) e Disco rígido (HD), que são dispositivos de armazenamento de dados considerados drives e que também estão relacionados diretamente a leitura e gravação de dados. Outra característica importante sobre os drives é que esses tipos específicos de Hardwares não estão acoplados diretamente na parte central do computador, placa mãe e CPU (processador), mas os drives podem ser facilmente conectados e removidos “do corpo” da máquina, o que traz maior funcionalidade ao computador. Para que possamos visualizar os drives instalados no com- putador, por exemplo, é só abrir a pasta “Meu computador” que ali estão os drives e são representados pelos caminhos de unidade co- mo, por exemplo, unidade “A:”, “C:”, “D:” . Uma observação muito importante é que além dos dispositivos apresentados nos exemplos anteriormente, todas as partições do HD do computador, divisões do disco rígido, passam a ser como se fosse um drive “independen- te”, embora será um único dispositivo físico para armazenamento. Os drives, geralmente, precisam que um programa próprio e especifico seja instalado no computador, para que o Sistema Operacional possa ler e compreender seu correto funcionamen- to na máquina a que fora conectado. Por exemplo, ao conectar o HD externo no computador o Sistema Operacional pesquisará a melhor forma de executar esse dispositivo, sendo que para isso o computador precisará de um programa específico desse Drive, que irá apresentar para o Sistema Operacional como esse HD ex- terno funciona. Esse programa é chamado de Driver e que muitas vezes a banca vem tentando confundir o candidato invertendo os termos, já que o Driver, software, terminado com a letra “R” tem o nome parecido com componente de Hardware Drive, terminado com a letra “E”. Vejamos abaixo as principais características de um programa do tipo Driver. * Driver É classificado como um componente de Software do com- putador e também pode ser apresentado como um programa, que é basicamente a tradução do termo em Inglês Software para o Português. A principal característica desse programa é que ele é instalado diretamente no Sistema Operacional e não diretamen- te no dispositivo, como muitas vezes é apresentado pela banca. Por exemplo, você acabou de comprar uma impressora do mo- delo “Alfacon10” e após retirar essa impressora da caixa, ligar na 14 INFORMÁTICA tomada e conectá-la ao computador, ainda assim não será pos- sível imprimir seus documentos nessa impressora, pois o sistema operacional não veio configurado de fábrica para compreender o correto funcionamento desse equipamento de impressão. Para que seja possível imprimir seus documentos, após realizado todos os passos anteriormente descrito, o Sistema Operacional precisa de um programa específico para compreender como a impressora funciona e deverá ser operada pelo sistema operacional durante a impressão dos documentos. Esse programa específico que é instalado no sistema operacional é denominado Driver e que, por exemplo, para cada impressora fabricada no mundo a empresa precisará desenvolver um programa driver especifico para o sis- tema operacional compreender o correto funcionamento dessas impressoras, independentemente da plataforma do sistema ope- racional, seja Linux, Windows ou Macintosh OS. Outra frase que a banca gosta muito de utilizar em provas de concurso é falar que o Driver “é um Programa de computador responsável por traduzir a comunicação entre o Sistema Operacio- nal e o Hardware para o melhor funcionamento entre eles”. 4.1.3 Periférico O termo periférico é utilizado na Informática para definir o equipamento físico, Hardware, que não faz parte da estrutura cen- tral do computador e que não está acoplado à placa mãe ou ligado diretamente à CPU. Mas, o periférico pode ser conectado facilmen- te ao computador dando funcionalidade a máquina, como, por exemplo, ser utilizado para enviar informações para o computador ou também receber informações do computador. De uma forma mais simples, pense em uma cidade grande que possui o centro da cidade e vários bairros a sua volta, que não fazem parte do centro. As pessoas que não moram no centro e sim nos bairros da cidade são chamadas de periféricas,pois fazem parte da periferia, ou seja, não são do centro, mas que podem ser facilmente conectadas ao centro. Essa mesma informação é válida para o computador, pois periféricos não estão necessariamente no centro do computador, placa mãe ou CPU, mas que podem ser conectadas facilmente a elas, como mencionado no início desse tópico. Os dispositivos periféricos não são itens obrigatórios para o funcionamento do computador, mas são utilizados para facilitar a atividade do usuário em uma máquina. Por exemplo, se não tiver- mos um teclado conectado ao computador ainda assim a máquina poderá ser ligada normalmente e operada por meio de outros dis- positivos, como o mouse ou uma tela Touchscreen, por exemplo. Com essas informações já apresentadas podemos avançar até o ponto de uso, necessariamente, dos periféricos, que são clas- sificados como periféricos de entrada, periféricos de saída ou peri- féricos mistos (híbridos). Lembrando por fim que, o termo periféri- co pode ser substituto pela palavra Dispositivo sem comprometer a interpretação ou o sentido aplicado da questão, visto que são considerados “sinônimos”. 4.2 Dispositivos de Entrada e Saída Os dispositivos de entrada e saída de dados também podem ser apresentados pelas iniciais “E/S” ou “I/O”, que são as iniciais dos termos em inglês Input e Output, que traduzindo para o Por- tuguês significam Entrada e Saída, respectivamente. Para auxiliar na manipulação de um computador, além de outras peças impor- tantes, são utilizados os periféricos, ou dispositivos, que são Har- dwares utilizados que realizam funções de entrada de dados no computador e também periféricos que apresentam os resultados do computador, saída dos dados. Os periféricos são utilizados, basicamente, para interme- diar o processo de comunicação entre o homem e o computador, já que são estes os dispositivos responsáveis tanto por enviar os dados para a máquina quanto para receber uma informação do computador. Por exemplo, em um processo de digitação simples no aplicativo editor de texto Ms-Word, onde o usuário realizará a ENTRADA da informação no computador através de um hardwa- re do tipo teclado, posteriormente o computador seguirá com o processamento dessa informação, que será realizado pelo CPU do computador, nessa parte não haverá interatividade com o usuário, e por fim será feita a apresentação do resultado na tela do monitor, que é considerada a SAÍDA da informação, que são, basicamente, os caracteres digitados no teclado no processo de entrada. Esse processo perfeito de execução é chamado de Arquitetura Sim- plificada, que é basicamente a entrada da informação, poste- riormente o processamento dela e por fim a saída de informação, necessariamente nessa ordem de execução. 4.2.1 Tipos de periféricos 4.2.1.1 Entrada São periféricos utilizados pelo usuário durante a interação com o computador para entrar com as informações na máquina. Dispositivos de entrada de dados são considerados como uso da técnica onde o usuário utiliza um equipamento físico para transmi- tir uma informação de fora, do ambiente externo, para o interior de uma máquina, por exemplo, utilizar um teclado, mouse, scanner de imagens, microfone, webcam, para inserir uma informação no computador. Um cuidado em relação a classificação de dispositivos quanto a entrada ou saída de dados é que dispositivos de entra- da são considerados únicos e exclusivos para entrada de dados no computador e não podem ser classificados em outro momento como dispositivos de saída de dados, por que seria híbrido e não unicamente de entrada de dados. 4.2.1.2 Saída São periféricos utilizados pelo computador durante a intera- ção com o usuário para apresentar informações da máquina, sair com as informações do computador. Dispositivos de saída de dados são considerados como uso da técnica onde o computador utiliza um equipamento físico para transmitir uma informação de dentro, do ambiente interno, para o exterior de uma máquina, por exemplo, utilizar o monitor de vídeo, impressora, projetor multimídia, caixa de som, para sair com uma informação de dentro do computador. Um cuidado em relação a classificação de dispositivos quanto a entrada ou saída de dados é que dispositivos de saída são considerados únicos e exclusivos para saída de dados do com- putador e não podem ser classificados em outro momento como dispositivos de entrada de dados, por que seria híbrido e não uni- camente de saída de dados. 15 INFORMÁTICA Misto (Híbridos) É necessária uma atenção redobrada na hora de responder uma questão sobre os periféricos de entrada e saída de dados, pois existem periféricos que são de entrada e saída ao mesmo tempo, ou seja, são dispositivos de ações mistas ou híbridas. A banca ge- ralmente cobra esse tipo de equipamento misto como sendo de uma função apenas, ou entrada ou saída de dados, e isso é feito para tentar confundir o candidato durante o desenvolvimento da questão. Como dispositivos mistos temos, por exemplo, monitor de imagens touchscreen, impressoras multifuncionais, Pendrive, mídias de DVD/CD, disco rígido, entre outros. Obs. 01: Embora as portas de conexão com os periféricos, por exemplo, porta de comunicação de dados do tipo USB ou por- ta de comunicação HDMI, sejam consideradas apenas barramen- tos simples, a banca afirma que esses tipos de portas também são periféricos de entrada e saída de dados, ou seja, as portas de co- municação USB e HDMI, por exemplo, são consideradas periféricos de entrada e saída de dados, dispositivos híbridos ou mistos. Questões 01. (MS CONCURSOS – 2016) O computador é uma máquina com uma grande capacidade para processamento de informações, tanto em volume de dados quanto na velocidade das operações que realiza sobre esses dados. Basicamente, o computador é organizado em três funções, as quais são: entrada de dados, processamento de dados e saída de dados. De acordo com o texto, marque a alternativa que preenche as lacunas corretamente. ____________ é o nome que se dá para a parte física do computa- dor. É tudo que você pode tocar (mouse, teclado, componentes em geral). ____________ é o nome que se dá a toda parte lógica do compu- tador. a) Software - Programas b) Hardware - Drivers c) Hardware – Software d) Software - Hardware 02. (IESES - 2014) Os drivers são exemplos de: a) Software de sistemas b) Software aplicativos c) Intranet d) Hardware 03. (CESPE – 2019) A distribuição de software livre requer que a este seja anexada uma licença de software livre e a abertura de código. Certo ( ) Errado ( ) 04. (UFMA -2016) O software livre se caracteriza por: a) Ser totalmente gratuito. b) Requerer licença para uso e autorização para distribuição do de- senvolvedor. c) Possuir liberdade de cópia, alteração e distribuição. d) Ser do tipo shareware e) Não poder ser comercializado. 05. (CESPE – 2019) Sob a perspectiva do software livre, software pro- prietário e software comercial são conceitos similares. Certo ( ) Errado ( ) 06. (BIO-RIO – 2013) Considere as seguintes assertivas referentes ao BIOS (Basic Input/Output System) de um microcomputador e seu funcionamento: I. Uma das funções do BIOS é armazenar temporariamente os dados que serão enviados para um periférico de saída. II. O BIOS participa do processamento do microcomputador como uma memória cache auxiliar da CPU. III. O BIOS é um programa de computador executado quando o computador é ligado. Está correto o que se afrma em: a) I, apenas; b) II, apenas; c) III, apenas; d) I e II, apenas; e) I, II e III. 07. (UFCG – 2008) A BIOS é o _____________________ indispen- sável para o funcionamento de um computador. Escolha a alternativa que preenche corretamente a lacuna acima. a) firmware. b) middleware. c) hardware. d) peopleware. e) framework. 08. (MOURA MELO – 2015) Das alternativas abaixo, qual é um dispositi- vo de Entrada e Saída do computador? a) Caixa de Som. b) Web Cam. c) Pen Drjve.
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