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Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
Ciências Humanas e 
suas Tecnologias
Este é o último fascículo da área de 
Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
Nele, vamos reforçar as competências 3 
e 6, constituídas, respectivamente, pe-
las habilidades de 11 a 15, e de 26 a 30.
A competência da área 3 visa a 
Ciências Humanas e 
suas Tecnologias
Este é o último fascículo da área de 
Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
Nele, vamos reforçar as competências 3 
e 6, constituídas, respectivamente, pe-
las habilidades de 11 a 15, e de 26 a 30.
A competência da área 3 visa a 
I 3
Ciências Humanas e suas Tecnologias
Este é o último fascículo da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Nele, vamos reforçar as competências 3 e 6, constituí-
das, respectivamente, pelas habilidades de 11 a 15, e de 26 a 30.
A competência da área 3 visa a compreensão da produção e do papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, 
associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. Suas habilidades esperam que o candidato identifique 
registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço; analise o papel da justiça como instituição na organização das 
sociedades; avalie a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa 
pelo poder; compare diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de 
natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas; e avalie criticamente conflitos culturais, 
sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
A competência da área 6 trata da compreensão da sociedade e da natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes 
contextos históricos e geográficos. Suas habilidades têm por objetivo identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos 
meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem; analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, 
levando em consideração aspectos históricos e/ou geográficos; relacionar o uso das tecnologias com os impactos socioambientais 
em diferentes contextos histórico-geográficos; reconhecer a função dos rec ursos naturais na produção do espaço geográfico, 
relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas; e avaliar as relações entre preservação e degradação da vida 
no planeta nas diferentes escalas.
No próximo fascículo, serão tratadas questões relativas à área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Bons estudos!
4 
COMPETÊNCIA DA ÁREA 3:
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, 
políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos 
e movimentos sociais.
HABILIDADE 11:
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no es-
paço.
H
11
C
3
1. Nos anos 1930, chegava ao fim o bando de Lampião, o mais célebre dos 
cangaceiros, bandoleiros que saqueavam o sertão da República Velha. O 
Cangaço é fruto da miséria e do abandono social, que dominavam as regiões 
mais remotas do país, de controle político e econômico dos coronéis.
 Neste período, o surgimento de movimentos sociais estava ligado à estrutura
a) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e 
regional.
b) estagnada, como resultante de uma crise na exportação da cafeicultura, 
justificando, assim, a violência no campo.
c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma 
produtiva típica, pautada no modelo plantation.
d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo 
exército e pela polícia.
e) igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda, sendo, 
portanto, o Cangaço, um movimento de bandidos no sertão.
2. Observe as imagens a seguir.
 Elas foram extraídas do documentário “O Grande Camarada”, produzido pela 
TV estatal norte-coreana. O homem que aparece em destaque nos quadros 
à esquerda, ao lado do ditador Kim Jong-um, é seu tio, Jang Song-thaek, tido 
como a segunda autoridade mais poderosa do regime de Pyongyang. Acusado 
dos crimes de traição e corrupção, Jang foi julgado e executado por um tribunal 
militar norte-coreano. Nos quadros à direita, o tio do ditador Kim Jong-um não 
aparece, pois as imagens foram editadas de forma a apagá-lo do documentário, 
depois que ele caiu em desgraça. Essa situação remete à prática 
a) da solução final, empregada pelo governo de Hitler na Alemanha nazista.
b) do culto ao líder, estimulada por Benito Mussolini na Itália fascista.
c) d a r e v o l u ç ã o c u l t u r a l , d e s e n c a d e a d a p o r M a o 
Tsé-Tung na China.
d) do macarthismo, cultivada durante a presidência de Harry Truman nos 
EUA.
e) dos expurgos políticos, adotada por Joseph Stalin na antiga URSS.
3. Analise o texto a seguir.
 Pela comparação dos significados de duas palavras gregas, mythos e logos, 
percebe-se o sentido da transição da mitologia para a filosofia. Os mitos 
eram a explicação para a realidade que os gregos antigos possuíam. A 
palavra mythos não tinha, originalmente, o significado de lenda ou fábula 
que tem hoje para nós. Aos poucos, na Grécia Antiga, a palavra mythos 
vai perdendo seu sentido de explicação da realidade e outra palavra vem 
tomar o seu lugar: o logos. É quando o logos passa a assumir esse sentido 
de explicação da realidade que mythos passa a significar fábula, marca 
dos velhos poetas. Assim, a oposição mythos/logos é também a oposição 
fantasia/razão. A filosofia e a história, que apontam para o verdadeiro, 
passam então a se opor ao mito.
MATTAR, João. Introdução à Filosofia. São Paulo: 
Pearson, 2010. (adaptado)
 Com base no texto e na relação entre a Filosofia e o pensamento mitológico, 
assinale a alternativa correta.
a) Considerando os aspectos que envolvem a natureza do conhecimento, 
filosofia e mitologia são saberes muito semelhantes, a ponto de se afirmar 
que um não existe sem o outro.
b) Por se tratar de um saber relacionado às lendas antigas gregas, a mitologia 
tornou-se sinônimo de conhecimento falso, enganoso e supersticioso. 
Dessa forma, não deve ser levada a sério pelos estudos filosóficos.
c) A filosofia baseia-se essencialmente em reflexões racionais e explicações 
lógicas. Por isso, é o único conhecimento verdadeiro sobre a realidade.
d) Na Grécia Antiga, a valorização do pensar filosófico, baseado em princí-
pios racionais, significou o distanciamento das explicações mitológicas, 
amparadas em fatos sobrenaturais e conclusões mágicas.
e) A diferença entre o mythos e o logos pode ser atribuída a uma questão 
cronológica. Enquanto o mythos era mais antigo e, por isso, relacionado a 
outro modelo social, o logos era condizente com o 
5 
Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
HABILIDADE 12:
Analisar o papel da justiça como instituição na organização das 
sociedades.
H
12
C
3
estágio de evolução social dos gregos.
4. O ser humano africano aprendeu a domesticar gado e a cultivar alimentos. Isso 
ocorreu, primeiramente, no vale do Nilo e na África subsaariana. Após o ano 
3000 a.C., aproximadamente, boas raças de gado, aclimatadas às condições 
africanas, foram gradualmente levadas para o sul por uma variedade de povos 
criadores de gado. [...] pouco a pouco esse gado continuou a se alastrar para 
o sul, à medida que mais e mais povos aprendiam a lidar com ele e a utilizá-
lo, até que, há cerca de mil anos, se tornou comum na ponta meridional do 
continente.
DAVIDSON, Basil. A descoberta do passado de África. Lisboa: Sá da Costa, 1981.
 A ênfase do texto constrói o realismo da origem do povo africano no tocante,
a) à fixação do povo na terra, com a prática da domesticação do gado em 
várias áreas diferentes.
b) à necessidade de fuga da terra devido às altas temperaturas, sendo difícil 
a criação de gado na África subsaariana.
c) à incapacidade da montagem de aldeias na África antes de 3 000 a.C., 
ficando essaprática confinada às áreas asiáticas.
d) à facilidade na criação de gado em todas as áreas africanas, tendo iniciado 
essa prática na ponta meridional do continente.
e) à importação do modelo de criação de gado dos povos asiáticos, como 
mesopotâmicos e hebreus.
5. Pachacutec reorganizou também a estrutura econômica e política da chefia, 
transformando-a num Estado centralizado e estratificado, e reconstruiu Cuzco, 
que deixou de ser uma cidade de cabanas de madeira e colmo para vir a ser a 
urbe que tanto impressionou os espanhóis e tornou famosa a arquitetura.
 São lendárias as suas muralhas construídas sem cimento, compostas por 
enormes pedras cortadas de modo irregular, mas tão ajustadas umas às outras 
que a lâmina de uma faca não consegue penetrar entre elas.
Civilizações pré-colombianas. Rio de Janeiro: Edições 
Del Prado. (Grandes impérios e civilizações). 
 Os textos identificam registros de um grupo social em seu estado de formação, 
no qual o povo e a sua estrutura podem ser identificados como
a) povo asteca, que construiu uma das maiores cidades organizadas da América, 
hoje Cidade do México, utilizando estudos matemáticos ainda hoje 
desconhecidos.
b) povo sumeriano, que, além da escrita e dos estudos regulares, desenvolveu 
cidades perfeitas ao sul da região do atual Iraque, exemplos para os demais 
povos, como os persas que por lá passaram.
c) povo tupi-guarani, que, em áreas centrais da América do Sul, tiveram líderes 
que montaram estados centralizados e desenvolvidos amplamente na sua 
estrutura urbana.
d) povo inca, que teve ampla organização urbana, com belas construções de 
cidades, erguidas em sua maioria com grandes blocos de pedras talhadas, 
algumas delas preservadas até hoje. 
e) povo chibcha, de origem maia, desenvolvido ao norte da Cidade do México, 
onde construíram excelentes cidades, todas em pedra com recortes 
caracterizando os seus deuses.
6. “Portanto, condenam ao réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o 
Tiradentes, a que seja conduzido pelas ruas públicas ao lugar da forca, e nela 
morra morte natural para sempre e que, depois de morto, lhe seja cortada a 
cabeça e levada à Villa Rica, onde, no lugar mais público dela, será pregada 
em poste alto, até que o tempo a consuma, e o seu corpo será dividido em 
quatro quartos e pregados em postes, até que o tempo também os consuma; 
declaram o réu infame, e seus filhos e netos, e a casa em que vivia em Villa Rica 
será arrasada e salgada, para que nunca mais no chão edifique e, no mesmo 
chão se levantará um padrão, pelo qual se conserve em memória a infâmia 
deste abominável réu”.
 O fragmento anterior é parte da sentença judicial proferida contra Joaquim 
José da Silva Xavier, o Tiradentes, que o condenou à morte de forma cruel e 
impiedosa em 1792. A participação do réu em um movimento emancipacionista 
e o rigor da sentença a ele imposta estão explicitados em qual das alternativas 
a seguir?
a) Tiradentes foi um dos principais líderes da Revolta dos Búzios e o rigor da 
sentença deve ser entendido à luz do temor das elites quanto à eclosão 
de novos movimentos com a participação maciça de negros e mulatos.
b) A execução de Tiradentes, participante da Conjuração dos Alfaiates, 
tinha como objetivo enfraquecer o movimento, que ainda continuava a 
organizar atos de rebelião contra o poder colonial.
c) A dura sentença imposta a Tiradentes, por sua participação na Inconfidência 
Mineira, era uma estratégia do governo colonial para desestimular novos 
movimentos emancipacionistas.
d) Tiradentes foi o principal líder da Confederação do Equador, e a rigorosa 
sentença por ele recebida visava desencorajar que os líderes que 
permaneceram livres organizassem novas revoltas contra o domínio 
lusitano sobre o Brasil.
e) O movimento do qual Tiradentes participou foi a Revolta de Vila Rica, e sua 
cruel execução era uma forma de as autoridades coloniais desestimularem 
novas rebeliões à política tributária sobre a região mineradora.
7. Celebrado a 4 de setembro de 1479, na vila Alentejana de Alcáçovas, e ratificado 
em 6 de Março de 1480, na antiga capital Visigótica de Toledo, o Tratado de 
Alcáçovas-Toledo pôs fim ao conflito ibérico, que se desenrolara entre 1475 e 
1479, devido à disputa da sucessão do Reino de Castela.
 [...]
 De fato, este foi o primeiro tratado a incluir disposições que definiam não só 
as relações entre os reinos na Península, como também reconheciam zonas 
de influência nos espaços extra-europeus, que os reinos ibéricos vinham 
explorando no decorrer das décadas anteriores.
Disponível em: <http://tinyurl.com/qd88s52>.
 O tratado exposto tinha como finalidade
a) anexar as terras americanas ao reino da Espanha, garantindo que todas 
as terras e rotas encontradas após 100 léguas a oeste da ilha 
6 
Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
de Cabo Verde, uma linha imaginária vertical, seriam da Espanha, e todo o 
périplo africano seria dos portugueses.
b) resolver querelas entre os reinos de Portugal e Espanha, em especial os limites 
ultramarinos das duas nações, garantindo uma linha imaginária no sentido 
horizontal nas imediações das Ilhas Canárias, que ficariam sob posse da 
Espanha, e as rotas e conquistas ao sul da linha para os portugueses.
c) garantir o domínio do reino de Castela aos portugueses, ficando assim 
determinado que todas as conquistas territoriais e marítimas seriam do 
reino de Portugal, garantindo uma forte hegemonia lusitana sobre as 
terras recém-descobertas da América.
d) pôr fim à querela das investiduras na Europa, em especial entre as 
nações ibéricas que questionavam a autoridade do Papa na região, 
garantindo à Igreja Católica amplos poderes de colonizar e catequizar 
os habitantes das novas terras conquistadas no além-mar.
e) promover a liberdade de culto religioso dos povos visigodos, oprimidos 
desde a conquista mulçumana na região Ibérica, bem como estabelecer a 
supremacia portuguesa na conquista das terras ultramarinas, garantindo 
a chegada dos lusitanos às terras indianas pelo périplo africano.
HABILIDADE 13:
Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para 
mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H
13
C
3
8. Na noite de 4 de abril [de 1968], o pastor Martin Luther King, de 39 anos, [...] 
havia terminado de escrever um sermão para um ato religioso, marcado para 
o dia seguinte, e conversava descontraidamente com o pastor Jesse Jackson 
na sacada de seu quarto, no hotel Loraine, em Memphis, Tennessee. No sermão, 
ele diria: “Só desejo fazer a vontade de Deus. E ele me permitiu chegar ao topo 
da montanha, e eu olhei ao redor e vi a terra prometida. Talvez não chegue lá 
com vocês. Mas quero que vocês saibam, esta noite, que nós, como um povo, 
chegaremos à terra prometida.” De repente ouviu--se o estampido de um tiro 
de fuzil. Luther King caiu, mortalmente ferido no lado direito do rosto. O tiro 
fora disparado por um fanático segregacionista e fugitivo da prisão chamado 
James Earl Ray.
ZAPPA, Regina; SOTO, Ernesto. 1968: eles só queriam mudar o mundo. Rio de Janeiro: 
Jorge Zahar, 2008. p. 99.
 O assassinato de Martin Luther King por James Earl Ray, em 1968, foi um ato 
de retaliação à militância do pastor, durante as décadas de 1950 e 1960, num 
importante movimento político que resultou
a) na abolição da escravidão negra.
b) na conquista do sufrágio feminino.
c) na eliminação do voto censitário.
d) na conquista dos direitos civis dos negros.
e) no fim da rivalidade entre nortistas e sulistas.
9. O Rio Grande é a sentinela do Brasil, que olha vigilante para o Rio da Prata. 
Merece, pois, maior consideração e respeito. Não pode e nem deve ser oprimido 
pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador 
de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, pelo nosso progresso, 
pela nossa dignidade, ou nos separaremos do centro e com a espada na mão 
saberemos morrer com honra,ou viver com liberdade.
OLIVEIRA, Roberson. As Rebeliões Regenciais. (Trecho da carta de Bento Gonçalves ao 
regente Feijó)
 Tendo o texto como base, indica-se como objetivo da Revolta Farroupilha
a) a garantia de uma ampla mudança na política brasileira, criando o federalismo 
e a autonomia das províncias, colocando o Rio Grande como centro político 
do Brasil.
b) a criação de uma política pelo progresso da Região Sul, ampliando a 
liberdade política e econômica e estabelecendo no Rio Grande o comando 
do Exército Brasileiro.
c) a garantia do controle das regiões do Rio da Prata para os políticos rio-
grandenses, passando o controle da Cisplatina para o governador do Rio 
Grande.
d) o d e s e j o d o s r e v o l t o s o s d e m a i o r a u t o n o m i a p o l í t i c a 
e econômica, bem como maior respeito e maiores investimentos do 
império na política rio-grandense.
e) a ampliação da federalização do Estado brasileiro, aumentando a confiança 
imperial no ideal de progresso e controle militar do Rio Grande sobre o 
Uruguai e a Argentina.a) a garantia de uma ampla mudança na política 
brasileira, criando o federalismo e a autonomia das províncias, colocando 
o Rio Grande como centro político do Brasil.
HABILIDADE 14:
Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e 
interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfi-
ca acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H
14
C
3
10. Meu chapéu de lado
 Tamanco arrastando
 Lenço no pescoço 
 Navalha no bolso
 Eu passo gingando
 Provoco e desafio
 Eu tenho orgulho 
 Em ser tão vadio
“Lenço no pescoço”, letra de Wilson Batista, 1933.
 Quem trabalha é quem tem razão
 Eu digo e não tenho medo de errar
 O bonde São Januário
 Leva mais um operário
 Sou eu que vou trabalhar
 “O Bonde São Januário”, letra de Wilson Batista , 1940.
 “Lenço no pescoço” (1933) e “O Bonde São Januário” (1940) são composições 
de Wilson Batista. Em 1933, o Brasil encontrava-se sob o Governo Provisório 
de Getulio Vargas e, em 1940, sob o Estado Novo, a ditadura varguista. 
 Analisando as letras das canções, pode-se inferir que
a) apesar do estabelecimento de um regime ditatorial a partir de 1937, o 
governo de Vargas garantiu liberdade de pensamento e expressão aos 
artistas e intelectuais.
b) por meio do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), o Estado 
Novo exerceu censura e controle sobre a produção cultural da época.
c) enquanto a letra da primeira canção exalta a malandragem, a letra da 
segunda música enaltece o trabalho, o que contrariava a orientação da 
ditadura varguista.
7 
Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
d) o estabelecimento do Estado Novo trouxe um relaxamento na prática do 
governo varguista de controlar e censurar a produção cultural.
e) a preocupação com o avanço do socialismo levou o Estado Novo a 
condenar composições que enalteciam a figura do trabalhador.
11. Caminhando e cantando,
 E seguindo a canção
 Somos todos iguais,
 Braços dados ou não.
 Nas escolas, nas ruas,
 Campos e construções,
 Caminhando e cantando,
 E seguindo a canção.
“Pra não dizer que não falei das flores”, letra de Geraldo Vandré.
 Eu te amo, meu Brasil, eu te amo.
 Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil.
 Eu te amo, meu Brasil, eu te amo.
 Ninguém segura a juventude do Brasil.
“Eu te amo, meu Brasil”, letra de Dom e Ravel.
 Composições de uma mesma época, essas duas músicas representam a 
polarização ideológica que se estabeleceu na sociedade brasileira quanto ao 
regime militar. Ao se comparar as duas letras, depreende-se que
a) a canção de Vandré se transformou em um verdadeiro “hino” de protesto 
de diversos setores da sociedade contra a ditadura militar.
b) Dom e Ravel compuseram uma canção neutra, que acabou sendo 
apropriada por setores de esquerda como música de inspiração.
c) “Pra não dizer que não falei das flores” é apenas uma canção romântica, 
desprovida de politização, que ajudou Vandré a se tornar um cantor 
popular.
d) a esquerda se identificou com as palavras de “Eu te amo, meu Brasil”, pois 
refletia a bandeira nacionalista levantada pela mesma.
e) a crítica à ditadura militar, expressa na primeira canção, apresenta-se plena 
na segunda composição, dada a exaltação do nacionalismo ufanista.
12. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. De Getúlio a Getúlio: o Brasil de Dutra e 
Vargas, 1945 a 1954.
 Nesta crise de confiança e autoridade, o problema que se encontra no 
pensamento de todos é o da presidência da República. Vamos focá-lo de frente, 
sem paixão e sem subterfúgios.
 Será que o Senhor Getúlio Vargas dispõe de força e autoridade para se 
manter na Presidência da República como um chefe de Estado, sem tornar-se 
prisioneiro de qualquer chefe pretoriano ou sem enfraquecer-se como uma 
sombra? Não se enquadra na forma de um regime um presidente da República 
desfigurado ou um governo omitido no vácuo do poder. O Senhor Getúlio 
Vargas já não conserva, pessoalmente, nem a força do governo, que ele próprio 
está transferindo para outras mãos, nem o princípio da autoridade, que se diluiu 
e esfacelou no desenvolvimento da crise.
Jornal carioca Correio da Manhã, 9 ago. 1954. 
In. DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. 
De Getúlio a Getúlio: o Brasil de Dutra e Vargas, 1945 a 1954.
 A representação expressa na imagem e no texto permite concluir que
a) o momento vivido reporta à saída do Brasil da Segunda Guerra Mundial, 
mostrando, na imagem, que Vargas não queria sair e apoiava o movimento 
queremista. O texto, de cunho mais legalista, exigia a saída de Vargas por 
acreditar no resgate da democracia após a vitória dos aliados na guerra.
b) se trata da crise vivida por Vargas em 1954, após o atentado na Rua 
Toneleiros ao jornalista Carlos Lacerda, que culminou na morte do major 
Rubens Vaz. Alguns meios de comunicação, como visto no texto, pediam 
a renúncia de Vargas, embora ele não a aceitasse, como visto na imagem, 
por afirmar inocência no atentado.
c) a imagem expressa o momento da Revolução Constitucionalista de 1932, 
quando Vargas bateu de frente com tropas paulistas insatisfeitas com o 
Executivo Federal, enquanto o texto expressa a insatisfação dos jornais com 
o descaso e autoritarismo como Vargas vinha tratando o poder central.
d) a imagem evoca o autoritarismo quase monárquico de Vargas, admitindo 
a ideia de mandar no Estado, sem nenhuma referência de democracia, e o 
texto corrobora com a ideia de Vargas, afirmando que o poder republicano 
está desfigurado, abrindo mais espaço para uma nova monarquia no Brasil.
e) Vargas vivia um momento de total repulsa do povo, representado, na 
imagem, pela cadeira que sobrava para o pequeno político, anão da 
diplomacia brasileira, sem força nem para controlar os jornais que pediam 
sua retirada após as eleições de 1954 nas quais Carlos Lacerda saiu 
vitorioso.
13. Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu um crescimento acelerado da economia, 
comandado pelo ministro da Fazenda Delfim Netto, era o “Milagre Econômico”. 
Avalie a imagem e o texto e assinale a alternativa correta.
 Disponível em: <http://tinyurl.com/qb5h88f>.
 Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos e Sociais 
(DIEESE), dez anos de política salarial, mostra que em 1965 eram necessárias 
87 horas e 20 minutos mensais para o trabalhador adquirir o alimento mínimo 
estabelecido por lei. Já em 1974, ele precisava trabalhar 157 horas e 59 minutos 
para obter os mesmos alimentos.
 Por isso mesmo, em 1975, um manifesto da oposição metalúrgica de São Paulo 
afirmava: “Para nós, operários, milagre é conseguir sobreviver com os baixos 
salários que recebemos”.
PAES, Maria Helena Simões. Em nome da segurança nacional: do golpe de 64 ao início 
da abertura. (História em documentos). São Paulo: Atual Editora, 1995.
a) A imagem e o texto mostram realidades bem distintas do mesmo país. Na 
imagem, são apresentadosjovens com acesso a automóveis, e no texto é 
abordada a dura realidade do operário brasileiro.
b) A imagem complementa o texto, pois a busca pela felicidade e pela 
liberdade caracterizada pelo automóvel fazia as pessoas trabalharem mais.
c) O texto passa a ideia do que a imprensa e o governo demonstravam do 
Brasil, enquanto a imagem mostra a visão de grupos de esquerda que 
promoviam apenas o lazer e não o trabalho.
d) A imagem passa a ideia que o Brasil está em crescimento, produzindo 
automóveis para todas as classes sociais, já o texto tenta boicotar o real 
crescimento do país.
e) A indústria passava a lucrar mais com a venda de automóveis e, ao se 
automatizar, demitia muitos funcionários, causando descontentamentos 
expressos no texto.
14. Protestos na Ucrânia
 A onda de manifestações na Ucrânia teve início depois que o governo desistiu 
de assinar, em 21 de novembro de 2013, um acordo de livre-comércio e 
associação política com a União Europeia, alegando que decidiu buscar relações 
comerciais mais próximas com a Rússia. [...] Em 24 de novembro, milhares de 
ucranianos favoráveis à adesão à União Europeia tornaram às ruas de Kiev para 
exigir que o presidente voltasse atrás na decisão e retomasse negociações com 
o bloco. Manifestantes tentaram romper o cordão policial em frente à sede 
do governo e atiraram pedras contra a polícia, que respondeu com golpes de 
cassetete e bombas de gás.
PRESIDENTE Ucraniano promulga leis para evitar manifestações. G1, São Paulo, 18 jan. 
2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/>. Acesso em: 18 mar. 2014. (adaptado)
 O processo desencadeado na Ucrânia está ligado a questões históricas, culturais 
e econômicas, as quais pode-se inferir que
a) a Ucrânia conseguiu manter-se distante do regime da União Soviética 
durante a Guerra Fria e, nesse momento, vê-se dependente do regime 
russo, o que a afasta de suas raízes culturalmente ocidentais.
b) os protestos devem ser compreendidos no âmbito étnico-cultural, no 
qual uma parcela significativa da população pró-ocidental reivindica 
melhorias econômicas e democracia, apoiando a decisão do presidente 
Viktor Yanukovich.
c) a forte dependência comercial da Ucrânia à Rússia, onde grande parte de 
seus produtos tem destino, e principalmente a questão do gás fornecido 
pela Rússia, foram usados por Moscou para boicotar o Acordo UE – Ucrânia, 
sendo o estopim para os protestos ucranianos.
d) os protestos iniciados na Ucrânia em 2013 têm as mesmas motivações da 
chamada Revolução Laranja de 2004, que tinha Yulia Timoshenko como 
figura importante da chamada “revolução pró-ocidente”, que acabou 
chegando à presidência do país e acabou se corrompendo junto aos russos.
e) o desmantelamento da antiga URSS, em 1991, provocou uma série de 
protestos anti-Moscou, o que acentuou os problemas étnico-nacionalistas 
8 
Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
HABILIDADE 15:
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econô-
micos ou ambientais ao longo da história.
H
15
C
3
na Ucrânia, onde a população do leste do país, de tradições ocidentais, é 
obrigada a se submeter aos valores culturais do oeste, de predominância 
russa, que é contrária ao acordo com a União Europeia.
15. Refletir, hoje, sobre as cidades no Brasil significa pensá-las enquanto 
materialização do processo de “urbanização dependente”, em que as 
contradições emergem de modo mais gritante, e a acumulação da riqueza, que 
caminha pari passu com a miséria, leva a um tipo de reinvindicação diferenciada, 
se comparada àquelas emergentes nos países ditos desenvolvidos.
Carlos, 2001, p. 32.
 Ao analisar a questão urbana no Brasil, verifica-se que
a) o processo de urbanização no Brasil se deu de forma rápida e desordenada, 
consolidando espaços periféricos-marginais, com deficiência de 
transportes e saneamento básico.
b) a segregação socioespacial presente nas cidades brasileiras representa 
um processo voluntário, ordenado e constituído por segmentos sociais 
democráticos.
c) o Estatuto da Cidade, sancionado pelo ex-presidente Fernando Henrique 
Cardoso, é um instrumento de apoio técnico-social de ajuda aos prefeitos 
no crescimento ordenado das cidades e uma forma de impedir a 
especulação imobiliária.
d) a constituição da rede urbana brasileira consolida um processo de 
democratização de serviços públicos, garantindo um equidade urbana-
rural no que concerne aos aspectos educacionais e sanitários.
e) à semelhança de grandes centros urbanos de países do norte, verifica-se 
no Brasil uma rede urbana complexa e desenvolvida com setores sociais 
e econômicos estruturados e modernos.
16. 
HABILIDADE 26:
Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios 
físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H
26
C
6
COMPETÊNCIA DA ÁREA 6:
Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no 
espaço em diferentes contextos históricos e geográficos.
9 
Recife | 31 de agosto de 2015 | segunda-feiraRecife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
HABILIDADE 27:
Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio 
físico, levando em consideração aspectos históricos e/ou geográ-
ficos.
H
27
C
6
Desmatamento na Amazônia Legal. Disponível em: <http://tinyurl.com/msp6uet.>. 
Acesso em: 20 ago. 2011.
 O ritmo de desmatamento na Amazônia Legal diminuiu no mês de junho 
de 2011, segundo levantamento feito pela organização ambiental brasileira 
Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia). O relatório 
elaborado pela ONG, a partir de imagens de satélite, apontou desmatamento 
de 99 km² no bioma em junho de 2011, uma redução de 42% no comparativo 
com junho de 2010. No acumulado entre agosto de 2010 e junho de 2011, o 
desmatamento foi de 1 534 km², aumento de 15% em relação a agosto de 
2009 e junho de 2010. O estado de Mato Grosso foi responsável por derrubar 
38% desse total e é líder no ranking do desmatamento, seguido do Pará (25%) 
e de Rondônia (21%).
Disponível em: <http://tinyurl.com/lwtys47>. Acesso em: 
20 ago. 2011. (adaptado)
 De acordo com as informações do mapa e do texto,
a) foram desmatados 1 534 km2 na Amazônia Legal nos últimos dois anos.
b) não houve aumento do desmatamento no último ano na Amazônia Legal.
c) três estados brasileiros responderam por 84% do desmatamento na 
Amazônia Legal, entre agosto de 2010 e junho de 2011.
d) o estado do Amapá apresenta alta taxa de desmatamento em comparação 
aos demais estados da Amazônia Legal.
e) o desmatamento na Amazônia Legal, em junho de 2010, foi de 140 km2, 
comparando-se o índice de junho de 2011 ao índice de junho de 2010.
17. Leia a seguir o trecho de uma reportagem da revista Superinteressante.
 [...]
Quem criou o problema fomos nós e nada mais justo do que encontrar-
mos uma solução para, pelo menos, minimizá-lo. Foi o que fez o pesquisador 
José Rodolpho Martins e sua equipe, ao desenvolver a CPA – Camada Porosa 
de Asfalto.
A invenção do profissional, que trabalha no Departamento de Hidráulica 
da USP – Universidade de São Paulo, é simples: um pavimento com pequenos 
vãos, que não afetam a qualidade do asfalto, capazes de absorver a água da 
chuva e armazená-la, entre uma camada e outra de pavimento.
Em algumas horas, toda a água da chuva é “chupada” por um sistema 
de drenagem, instalado no momento da pavimentação, que encaminha o 
recurso para as galerias pluviais.
 [...]
 O texto trata de um problema urbano muito comum em grandes cidades 
brasileiras e do mundo, que seria(m)
a) o chorume. 
b) as ilhas de calor. 
c) a poluição visual.
d) as inversões térmicas.
e) as enchentes urbanas.
e) as enchentes urbanas.
18. Subindo morros, margeando córregos ou penduradas em palafitas, as favelas 
fazem parte da paisagem de um terço dos municípios do país, abrigando mais 
de 11 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE). Com o declínio do mercado negreiro, ex-escravos e outras 
parcelas da população acabaram se fixandoem fundos de vale e encostas 
de morros, que, por estarem dentro da cidade, ficavam mais próximos do 
mercado de trabalho. Com o desenvolvimento da economia brasileira durante 
o século 20, esses espaços também foram sendo ocupados pouco a pouco, 
pelas pessoas que saíam do campo em busca de melhores condições nos 
centros urbanos, mas que não podiam pagar para morar nas áreas nobres. 
O tempo fez crescer o número de favelas no Brasil sem que, no entanto, o 
Estado oferecesse a infraestrutura apropriada – com acesso a saneamento 
básico e segurança, por exemplo. A população se organizou.
Disponível em: <http://tinyurl.com/m5uql2>. Acesso em: 9 fev. 2004.
 Segundo o geógrafo Milton Santos, o espaço geográfico somente surge de-
pois de o território ser usado, modificado ou transformado pelas sociedades 
humanas. Ou quando estas imprimem na paisagem as marcas de sua atuação 
e organização social. Assim, o espaço das favelas representa um
a) espaço de produção culturalmente homogêneo e estruturalmente isolado, 
em face à histórica marginalização social imposta por uma elite.
b) espaço segregado econômica e culturalmente, miserável, subjugado aos 
espaços elitizados por uma minoria etnicamente branca.
c) espaço da violência urbana e social que se autoexcluiu da sociedade como 
forma de preservação de uma identidade cultural.
d) espaço caracterizado por condições precárias de sobrevivência, mas que se 
apresentam multiculturais, onde grandes movimentos de manifestações 
populares emergiam como o samba e o funk.
e) espaço de constituição recente, que remonta à primeira década do século 
XXI, onde existem problemas sociais, econômicos e estruturais, mas que 
funcionam como inspiração para o desenvolvimento de manifestações 
culturais.
19. No século XXI, a participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Nordeste no 
PIB brasileiro vem aumentando paulatinamente, o que indica que a região 
passa por um ciclo de crescimento econômico. Os principais fatores respon-
sáveis por esse fenômeno são
a) investimentos de grandes empresas em empreendimentos voltados 
para a promoção de economias solidárias e para o desenvolvimento de 
atividades de pequenos produtores agroextrativistas.
b) investimentos públicos em infraestrutura, concessões estatais de créditos 
e incentivos fiscais a empresas, e o aumento do consumo da população 
mais pobre, que passa a ter acesso ao crédito.
c) investimentos de bancos privados em grandes obras de infraestrutura 
direcionadas para a transposição do Rio São Francisco e para a melhoria 
dos sistemas de transporte rodoviário e ferroviário da região.
d) investimentos de bancos estrangeiros em empreendimentos voltados 
para a aquisição de grandes extensões de terras e para a instalação de 
rede hoteleira nas áreas litorâneas da região. 
e) investimentos de bancos privados em infraestrutura para o desenvolvi-
mento de atividades de pequenos produtores agroextrativistas.
20. Só o Piauí abriga um volume de águas subterrâneas quatro vezes maior que a 
Baía de Guanabara. Mas os projetos para aproveitá-las estão engavetados. Nos 
últimos vinte anos, o geólogo João Alberto Bottura, pesquisador da seção de 
Águas Subterrâneas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas paulista, trabalhou 
em cerca de vinte projetos de estudos de águas subterrâneas no Nordeste e 
um para extrair água no deserto do Saara. Mas, enquanto seu trabalho para 
Muammar Khadafi está ajudando a transformar o deserto líbio em um pomar, 
os estudos feitos no Brasil continuam dormindo placidamente nos arquivos 
e prateleiras dos vários órgãos públicos que os encomendaram. “O Nordeste 
tem pesquisas e conhecimentos suficientes para otimizar o uso dos recursos 
hídricos 
10 
Recife | 31 de agosto de 2015 | segunda-feiraRecife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
disponíveis”, afirma Bottura.
Disponível em: <http://tinyurl.com/avmbt7d>. 
Acesso em 2 mar. 2013.
 A leitura do texto, sobre a realidade nordestina, permite inferir que
a) o agravamento da seca no Nordeste é cíclico, e as pesquisas federais 
revelam que o problema limita-se à irregularidade das chuvas e vem sendo 
reduzido ano a ano.
b) no início do século, os problemas relacionados à seca eram muito graves, 
pois não havia ainda a ajuda governamental, e a concentração das terras 
era muito grande.
c) a perpetuação do problema da falta de água no Nordeste tem a dupla 
finalidade de preservar o clientelismo e mascarar um grande problema 
da região que é a má distribuição das terras, sendo essencialmente uma 
questão política.
d) o número crescente de áreas irrigadas tem permitido, hoje, evitar o êxodo 
forçado do sertanejo, como acontecia com maior frequência no início do 
século.
e) atualmente o problema das secas é enfrentado com muito mais seriedade 
que no início do século, sendo prova disso a distribuição de cestas básicas 
e a perfuração de poços nas zonas mais afetadas.
21. Shale gas e suas perspectivas no Brasil e no mundo
Existem três tipos de gás não convencional no mundo – Tight Gas, Shale 
Gas e Coal Bed Methane (CBM) –, mas apenas um deles acabou dominando 
as atenções: o Shale, que foi tropicalizado em terras tupiniquins como “Gás 
de Xisto”.
Diferentemente do petróleo convencional, explorado em rochas porosas, 
o Shale fica escondido dentro de pequenas bolhas em rochas sólidas, porém 
fortemente laminadas, que somente podem ser extraídas por meio do fra-
turamento hidráulico dessas rochas, feito por meio de pressão hidrostática.
Disponível em: <http://www.robertomoraes.com.br>. (adaptado)
 
 Analisando os impactos da exploração do shale gas, pode-se verificar que
a) ocorre uma inviabilidade econômica em sua exploração a curto e médio 
prazo.
b) de acordo com ambientalistas, a exploração do gás não apresenta riscos 
à sociedade.
c) pode ocasionar uma mudança geopolítica colocando os países emergen-
tes como grandes potências globais.
d) pode contaminar lençóis freáticos e provocar sismos.
e) são considerados limpos e renováveis e, portanto, tidos como solução para 
a substituição do petróleo e redução das emissões de carbono.
22. Em relatório divulgado na sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014, a Organização 
Meteorológica Mundial (WMO, na sigla em inglês) citou o Brasil na lista de 
eventos climáticos extremos ocorridos em algumas partes do mundo desde 
dezembro no ano passado e nos dois primeiros meses deste ano.
 O órgão destacou a onda de calor prolongada no país. No texto, a WMO diz 
que partes do Brasil tiveram o janeiro mais quente da história. Além do Brasil, 
onde alguns estados da Região Nordeste tiveram o pior período de estiagem 
dos últimos 50 anos, o órgão recorda o período de calor incomum registra-
do na Argentina, na Austrália e na África do Sul. A WMO ressalta ainda que 
grande parte dos Estados Unidos sofre com ondas de frio e nevascas durante 
o inverno, enquanto o estado da Califórnia enfrenta seca. Além disso, cita as 
fortes chuvas que provocaram inundações no Reino Unido.
Disponível em: <http://tinyurl.com/nqvjljv>. Acesso em: 15 fev. 2014.
 Nos últimos anos, um dos temas ambientais de maior destaque está no debate 
sobre o aquecimento do planeta Terra e nas mudanças climáticas globais 
que ocasionam desastres naturais. Sobre as discussões que permeiam esse 
assunto, pode-se inferir que
a) os relatórios do IPCC, composto por um grupo de pesquisadores que vem 
analisando o impacto das ações antrópicas sobre o clima, é considerado 
preciso e respeitado por toda comunidade científica mundial de forma 
unânime.
b) o aumento da temperatura média do planeta está intimamente ligado às 
atividades exclusivamente humanas, que desde a Revolução Industrial vem 
ocasionando a emissão de gases de efeito estufa em uma escala reduzida, 
desequilibrando a atmosfera da Terra.
c) o aquecimento global tem, como principal causa, a poluição atmosférica, 
esta camada de poluentes facilita a dispersão do calor, o resultado é o 
aumento da temperatura de centros urbanos se comparados à periferia.
d) o aumentodo nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no 
mundo, está provocando o derretimento das calotas polares. Ao aumentar 
o nível das águas dos oceanos, pode ocorrer, futuramente, a submersão 
de muitas cidades litorâneas.
e) o buraco na camada de ozônio, provocado pela poluição de metais pe-
sados liberados pela queima de combustíveis fósseis, é outro elemento 
que tem contribuído para o aquecimento global.
23. A Unesco divulgou que o efeito estufa está ameaçando patrimônios da hu-
manidade como o Monte Everest, no Nepal, a geleira Waterton, na fronteira 
Estados Unidos-Canadá, a grande barreira de corais na Austrália e o Parque 
Nacional de Huascaran no Peru.
BBC Brasil.
 Segundo os ambientalistas, tais monumentos naturais estão ameaçados
a) pelas queimadas e pelo uso do cloro e flúor como combustíveis pelos 
transportes de veículos.
b) pelo CO
2
, CO e O
3
 usados pelos homens nos combates aos grandes incên-
dios florestais na Europa e nos EUA.
c) pela queda de temperatura das águas do Oceano Pacífico, no efeito El 
Niño.
d) pelo aumento da temperatura das águas dos oceanos, no efeito La Niña.
e) pelo aumento da temperatura ambiente e acidifi cação dos oceanos.
24. O desmatamento da Amazônia Legal diminuiu 24% no período de 1o agosto 
de 2013 e 31 de maio de 2014 em comparação com o mesmo período anterior, 
de agosto de 2012 a maio de 2013. A avaliação é do Instituto Nacional de 
Pesquisas Espaciais (Inpe), a partir do sistema Deter, que detecta desmates 
em tempo real com a ajuda de satélites.
Portal G1 notícias, 20 jun. 2014.
 As atividades econômicas na Região Amazônica, particularmente a pecuária 
e o cultivo de soja, são responsáveis pela redução de enormes áreas de flo-
restas. 
 Dentre as consequências advindas desse processo, pode-se inferir que
a) houve redução da biodiversidade, pois muitas espécies, ainda desconhe-
cidas, desaparecerão.
b) houve redução da vazão dos grandes rios da região, devido ao acúmulo 
de madeira no seu curso.
11 
Recife | 31 de agosto de 2015 | segunda-feiraRecife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
HABILIDADE 30:
Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no pla-
neta nas diferentes escalas.
H
30
C
6
27. A definição de desenvolvimento sustentável mais usualmente utilizada é a que 
procura atender às necessidades atuais sem comprometer a capacidade 
das gerações futuras. O mundo assiste a um questionamento crescente de 
paradigmas estabelecidos na economia e também na cultura política. A crise 
ambiental no planeta, quando traduzida na mudança climática, é uma ameaça 
real ao pleno desenvolvimento das potencialidades dos países. 
 O Brasil está em uma posição privilegiada para enfrentar os enormes desafios 
que se acumulam. Abriga elementos fundamentais para o desenvolvimento: 
parte significativa da biodiversidade e da água doce existentes no planeta; 
grande extensão de terras cultiváveis; diversidade étnica e cultural e rica 
variedade de reservas naturais. 
 O campo do desenvolvimento sustentável pode ser dividido em três 
componentes: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade econômica e 
sustentabilidade sociopolítica.
 Nesse contexto, o desenvolvimento sustentável pressupõe
a) a preservação do equilíbrio global e do valor das reservas de capital natural, 
o que não justifica a desaceleração do desenvolvimento econômico e 
político de uma sociedade.
b) a redefinição de critérios e instrumentos de avaliação de custo-benefício 
que reflitam os efeitos socioeconômicos e os valores reais do consumo e 
da preservação.
c) o reconhecimento de que, apesar de os recursos naturais serem ilimitados, 
deve ser traçado um novo modelo de desenvolvimento econômico para 
a humanidade.
d) a redução do consumo das reservas naturais com a consequente 
estagnação do desenvolvimento econômico e tecnológico.
e) a distribuição homogênea das reservas naturais entre as nações e as 
regiões em nível global e regional.
c) houve redução da erosão do solo, graças ao aumento da produtividade 
agrícola da região.
d) houve aumento do número de espécies na região, pois a pecuária e a soja 
atraem novos seres vivos para a área.
e) houve aumento da intensidade das chuvas que caem na região, gerando 
grandes alagamentos.
25. Um dos maiores projetos de exploração mineral da Vale no mundo, o S11D, 
na Serra Sul de Carajás, será implantado até 2015 em Canaã dos Carajás (PA). 
O escoamento de minério passará de 110 milhões de toneladas por ano, para 
220 milhões de toneladas no primeiro ano da efetivação da mina, com pre-
visão de crescimento para 280 milhões nos próximos cinco a dez anos. Sem 
debater o projeto por inteiro junto à sociedade e comunidades impactadas, 
a Vale já começa a expansão da Estrada de Ferro de Carajás nos municípios 
maranhenses de Itapecuru Mirim, Anajatuba, Alto Alegre do Pindaré, Nova 
Vida, Bom Jesus das Selvas, Açailândia, Cidelândia e na cidade paraense de 
Marabá.
 A exploração mineral vem dinamizando a exploração econômica da 
Amazônia há pelo menos meio século. Analisando as transformações do 
espaço amazônico a partir da exploração mineral, verifica-se corretamente 
que 
a) permitiu a integração efetiva da Amazônia em relação às outras regiões, 
ocorrendo um grande desenvolvimento industrial no setor de bens de 
capital.
b) foi desenvolvido a partir do princípio de sustentabilidade econômica, 
isento de quaisquer problemas ambientais.
c) impediu o desenvolvimento de programas agropecuários ao longo da 
estrada de ferro, contribuindo para a ampliação de latifúndios improdu-
tivos.
d) assegurou a evolução social da população da região Norte implantando 
um polo de alta tecnologia e tornando-se o maior produtor de aço do 
país.
e) elevou o PIB regional, atraindo capitais no setor agropecuário e industrial, 
onde a estrada de ferro Carajás-Maranhão se torna o eixo desenvolvimen-
tista regional.
26. Assim como toda exploração de recurso natural, a atividade de mineração 
provoca impactos no meio ambiente seja no que diz respeito à exploração 
de áreas naturais ou mesmo na geração de resíduos.
 Segundo CPRM (2002), os principais problemas oriundos da mineração 
podem ser englobados em cinco categorias: poluição da água, poluição do 
ar, poluição sonora, subsidência do terreno (desgaste), incêndios causados 
pelo carvão e rejeitos radioativos.
 A seguir, serão exibidas algumas das consequências de atividades de explo-
ração mineral em diversas regiões do Brasil onde são destacados os impactos 
ambientais gerados durante o processo de exploração e disposição de seus 
resíduos.
 Entre as diferentes consequências de atividades de exploração mineral exi-
bidas, aquelas que se mostram exibidas nas imagens A e D correspondem, 
respectivamente,
a) à poluição do ar e aos rejeitos radioativos.
b) a incêndios causados pelo carvão e à poluição das águas.
c) à poluição sonora e à subsidência do terreno (desgaste).
HABILIDADE 29: Reconhecer a função dos recursos naturais 
na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as 
mudanças provocadas pelas ações humanas.
H
30
C
29
d) à poluição da água e à subsidência do terreno (desgaste).
e) a incêndios causados pelo carvão e aos rejeitos radioativos.
12 
Recife | 31 de agosto de 2015 | segunda-feiraRecife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
1. A 2. E 3. D 4. A 5. D
6. C 7. B 8. D 9. D 10. B
11. A 12. B 13. A 14. C 15. A
16. C 17. E 18. D 19. B 20. C
21. D 22. D 23. E 24. A 25. E 
26. D 27. B
Gabarito
Resoluções
01 A
 Durante o Período Regencial, surgiu o coronelismo institucional, uma vez 
que os postos militares foram colocados à venda pelo governo da regência 
entre 1831 e 1842, o que permitiu que os proprietários de terra e os providos 
de recursos necessários comprassem os títulos de tenente, capitão, major, 
tenente-coronel e, o mais importante de todos, coronel da Guarda Nacional. 
Assim, como a estrutura agrária, a estrutura política no Nordeste continuou 
com os coronéis, que controlavam a sociedademantendo grande dispari-
dade socioeconômica, ocasionando reações violentas como a dos canga-
ceiros.
02 E
 Uma das práticas da ditadura stalinista era a de apagar de fotos e registros ofi -
ciais a imagem de pessoas que foram vítimas dos expurgos políticos (elimina-
ção física dos supostos inimigos do regime soviético). Leon Trotsky foi, sem 
dúvida, o que mais teve sua imagem removida de fotos ofi ciais por ordem de 
Stalin. Dessa forma, a ditadura stalinista reescrevia a história de acordo com seus 
interesses particulares.
03 D
 A passagem do pensamento mitológico para o filosófico está relacio-
nada ao desenvolvimento social da Grécia Antiga por meio do uso da 
escrita, da moeda e das trocas comerciais dos gregos com outros povos. 
Esses acontecimentos históricos favoreceram o desenvolvimento da 
reflexão racional, que contribuiu para a consequente desvalorização 
do mito enquanto conhecimento explicativo dos fenômenos naturais e 
sociais.
04 A
 O texto explora a ideia da criação do gado por vários povos africanos. 
Sabe-se que a revolução do neolítico traz, como elementos fi xadores do ser 
humano à terra, a domesticação de animais e o desenvolvimento da agricul-
tura, logo, a alternativa A se coloca perfeitamente integrada ao enunciado, 
trazendo o gado como elemento propulsor da fi xação do ser humano à 
terra.
05 D
 O texto aborda o povo inca, bem representado pelas construções em pedra, 
ainda hoje vistas em monumentos como o Machu Picchu. O texto deixa 
clara a ideia da civilização ao abordar a cidade de Cuzco, sendo assim a 
única civilização ainda presente, que foi formada a partir dessa cidade.
06 C
 A justiça colonial condenou Joaquim José da Silva Xavier à morte por sua 
participação no movimento conhecido como Inconfi dência Mineira, cujo 
principal objetivo era o de romper o domínio colonial português sobre 
o Brasil. A sentença, além de punir o réu, tinha por objetivo desencorajar 
possíveis novos movimentos emancipacionistas.
07 B
 O tratado, além de pôr fi m à guerra sucessória do trono de Castela, represen-
tou uma primeira divisão do espaço ultramarino em esferas de infl uência, 
antevendo o Tratado de Tordesilhas de 1494, mas também uma formaliza-
ção do programa expansionista português, criando condições para o seu 
desenvolvimento durante o reinado de D. João II.
08 D
 O pastor Martin Luther King destacou-se na história dos EUA no século XX, 
por sua militância no Movimento dos Direitos Civis, que garantiu aos negros 
norte-americanos signifi cativas conquistas políticas e sociais, como a elimi-
nação das leis segregacionistas que vigoravam em vários estados da fede-
ração.
09 D
 Os rio-grandenses defendiam o federalismo, logo, maior autonomia política 
e econômica, bem como mais liberdade de escolha e participação política 
nacional. O movimento garantiu uma ampla participação de vários setores 
sociais e econômicos, possibilitando uma maior hegemonia do Rio Grande 
na região.
10 B
 Ao analisar as letras das músicas de Wilson Batista, percebe-se uma guinada 
ideológica: na primeira composição, a fi gura do malandro é enaltecida; na 
segunda, datada de 1940, quando a ditadura de Vargas, por meio do DIP 
(Departamento de Imprensa e Propaganda), censurava e controlava a pro-
dução cultural, o trabalho é valorizado, contrastando com a glorifi cação da 
malandragem na composição de 1933.
11 A
 A canção de Geraldo Vandré era uma verdadeira conclamação de união da 
sociedade contra o regime militar brasileiro. A composição de Dom e Ravel, que 
ecoou pelo país durante o tempo em que se alardeava o “milagre brasileiro” e se 
comemorava os bons resultados do futebol, foi rotulada como símbolo de um 
governo militar que comemorava a vitória para si próprio.
12 B
 Vargas vivia um dos mais delicados momentos de sua trajetória política, 
quando, em um atentado na Rua Toneleiros, o major Rubens Vaz foi assassi-
nado em uma tentativa de homicídio a um inimigo político de Vargas, Carlos 
Lacerda. Vargas se viu envolvido em uma trama que colocava como man-
dante seu chefe da guarda pessoal, Gregório Fortunato. Mesmo atestando 
inocência, a cada dia as provas o envolviam mais, e os jornais pediam sua 
renúncia como solução para a crise. Vargas não renunciou e saiu da presi-
dência morto ao se suicidar.
 
13 A
 A imagem tenta vincular o crescimento econômico do Brasil com a compra 
de um automóvel, dando a ideia de juventude atrelada à novidade do 
mercado, propondo que qualquer jovem poderia possuir um automóvel. 
No entanto, o texto, amplamente esclarecedor, demonstra a realidade 
econômica e trabalhista do Brasil, evidenciando uma face que o governo da 
época não queria demonstrar.
Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
14 C
 Por séculos, a Ucrânia foi dominada por Moscou, e muitos russos entendem 
que o vizinho do leste ainda é vital para seus interesses. A Ucrânia está em 
uma longa disputa com Moscou sobre o custo do gás russo. Além disso, no 
leste do país – onde se fala russo – muitas empresas dependem das vendas 
para a Rússia. Yanukovych (presidente ucraniano) ainda tem uma grande 
base de apoio no leste da Ucrânia, onde ocorreram manifestações promovi-
das por seus aliados.
 Para analistas, a decisão do governo de suspender as negociações pela 
entrada na UE se deve diretamente à forte pressão da Rússia. A Rússia ado-
tou medidas, como inspeções demoradas nas fronteiras e o banimento de 
doces ucranianos, além de ter ameaçado com várias outras medidas de 
impacto econômico.
15 A
 A urbanização da sociedade aconteceu de forma desigual em todo o 
mundo. Os países considerados centrais assistiram primeiramente aos seus 
processos de urbanização, apesar de outras civilizações antigas também 
apresentarem o seu espaço urbano. Com o processo de colonização e o 
consequente subdesenvolvimento, a urbanização dos países periféricos 
consolidou-se apenas em meados do século XX, fruto da industrialização 
tardia desses países. O fato é que os distintos processos de urbanização 
estão diretamente ligados à industrialização e todos eles apresentam pro-
blemas, tanto de caráter social quanto ambiental.
 Dentre os problemas socias urbanos, merece destaque a questão da segre-
gação urbana, fruto da concentração de renda no espaço das cidades e da 
falta de planejamento público que vise à promoção de políticas de controle 
ao crescimento desordenado das cidades. A especulação imobiliária favo-
rece ao encarecimento dos locais mais próximos dos grandes centros, tor-
nando-os inacessíveis à grande massa populacional. Além disso, à medida 
que as cidades crescem, áreas que antes eram baratas e de fácil acesso tor-
nam-se mais caras, o que contribui para que a grande maioria da população 
pobre busque por moradias em regiões ainda mais distantes.
 Essas pessoas sofrem com as grandes distâncias entre os locais de resi-
dência e os centros comerciais ou locais onde trabalham, uma vez que a 
esmagadora maioria dos habitantes que sofre com esse processo são tra-
balhadores com baixos salários. Incluem-se a isso as precárias condições de 
transporte público e a péssima infraestrutura dessas zonas segregadas, que 
às vezes não contam com saneamento básico ou asfalto e apresentam ele-
vados índices de violência.
16 C
 Analisando o desmatamento da Amazônia, verifica-se um arco represen-
tado a partir do Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso, Amazônia, Rondô-
nia e Acre. O que torna mais grave o processo de degradação é o fato de 
grandes áreas degradadas serem improdutivas. Somando-se as áreas de 
desmatamentos realizados em Mato Grosso, Pará e Rondônia, verifica-se um 
percentual em torno de 84%. 
17 E
 São inundações que ocorrem nas cidades, e que, mesmo sendo fenôme-
nos naturais, terminam sendo agravados pela ação antrópica. As principais 
causas são: a construção de cidades em vales, a impermeabilização dos 
solos (asfalto), o assoreamento dos rios e o entupimento de esgotos.
18 D
 É importante que osestudantes também percebam que a favela não é um 
espaço isolado e caracterizado apenas por problemas socioeconômicos e 
de infraestrutura. Por ser um ambiente multicultural, com pessoas vindas 
de diferentes lugares do país, esses espaços se tornaram condensadores de 
cultura.
19 B
 A região Nordeste apresenta um expressivo crescimento do PIB devido aos 
investimentos industriais movidos pelos incentivos fiscais estaduais, mão 
de obra barata e crescimento do mercado consumidor local. Destacam-se 
setores industriais como: roupas, calçados, construção naval, petroquímica 
e automóveis. A região também apresenta crescimento no turismo, servi-
ços, comércio, agricultura irrigada e carcinicultura.
20 C
 A seca é o resultado da interação de vários fatores, alguns externos à região 
(como o processo de circulação dos ventos e as correntes marinhas, que se 
relacionam com o movimento atmosférico, impedindo a formação de chu-
vas em determinados locais), e outros internos (como a vegetação pouco 
robusta, a topografia e a alta refletividade do solo). A seca é um fenômeno 
ecológico que se manifesta na redução da produção agropecuária, provoca 
uma crise social e se transforma em um problema político. Na verdade, o pro-
blema principal do Nordeste é de ordem social e tem origem não na escas-
sez ou na falta de chuvas, mas na desigual distribuição da terra e da renda 
gerada na região. Ao transformar a seca na grande culpada pelos males nor-
destinos, cria-se o chamando “mito da seca”.
21 D
 Muito tem se falado sobre o Shale Gas e suas implicações na matriz ener-
gética do país mais poderoso do mundo. Uma suposta revolução que esta-
ria no horizonte vem sendo alardeada, e a geopolítica global seria afetada 
drasticamente. Assim, a região do Oriente Médio, considerada um caldei-
rão de pólvora devido à presença de petróleo, perderia grande prestígio. 
O Shale tem suas resistências e incertezas, desde os riscos ambientais já 
conhecidos (poluição de lençóis freáticos, uso intensivo de água no pro-
cesso de fratura, liberação de metano na atmosfera), passando pelas incer-
tezas técnicas como o atípico decréscimo de produção de cada poço (que 
pode chegar a 40% ao ano), até a grande complexidade do processo de 
fracking, tecnologia com histórico de aplicação em larga escala apenas por 
empresas americanas.
22 D
 O aquecimento global, fenômeno caracterizado pelas alterações climáti-
cas e o aumento da temperatura média do planeta, por fatores naturais ou 
antrópicos, já tem desencadeado vários desastres ambientais. As conse-
quências do aquecimento global são diversificadas e complexas, podendo 
gerar danos irreversíveis à humanidade e ao planeta. Uma das consequên-
cias mais notáveis é o degelo e as regiões mais afetadas são o Ártico, a 
Antártida, a Groenlândia e várias cordilheiras. Outras consequências do 
aquecimento global são a desertificação, a alteração do regime das chuvas, 
a intensificação das secas em determinados locais, tempestades, furacões, 
inundações, alterações de ecossistemas, redução da biodiversidade, perda 
de áreas férteis para a agricultura, além da disseminação de doenças como 
a malária, esquistossomose e febre amarela.
23 E
14 
Recife | 02 de setembro de 2015 | quarta-feira
 Em 1997, a Organização das Nações Unidas publicou um relatório titulado 
Painel Intergovernamental de Mudança Climática (IPCC) atribuindo às 
mudanças climáticas provocadas por ação antrópica a responsabilidade 
pela ampliação das áreas desérticas, a acidificação dos bancos de corais, a 
retração das geleiras e a redução da biodiversidade.
24 A
 A retirada da cobertura vegetal no chamado arco do desmatamento ama-
zônico, ocasionada pela soja e gado, vem afetando o equilíbrio do ecossis-
tema global, colocando em risco comunidades nativas e o esgotamento 
de recursos da biota por meio da extinção de espécies de animais e de 
plantas.
25 E
 O Projeto Grande Carajás foi um megaempreendimento econômico, polí-
tico e social que teve início oficial no princípio da década de 1980, ainda 
que se tenha conhecimento de pretensões e de ações econômicas na 
região desde décadas anteriores, quando alguns diagnósticos aponta-
vam a existência de metais na área. O Projeto ocasionou a elevação do 
PIB no setor Primário, com projetos de expansão da soja, mas também no 
setor secundário, onde os municípios de Barcarena e São Luís constituem 
importantes centros de produção de alumínio.
26 D
 A mineração de carvão a céu aberto cria as chamadas lagoas ácidas, por 
meio da intensa poluição das águas; além disso, a exploração do minério 
de ferro desgasta os solos e subsolos, causando a subsidência do terreno.
27 B
 A questão do meio ambiente vem ganhando cada vez mais importância 
na agenda política nacional e internacional. O aquecimento global colocou, 
na ordem do dia, a discussão sobre o futuro da humanidade, trazendo à 
tona a crise ambiental que o mundo enfrenta. Desenvolvimento sustentá-
vel é o modelo que prevê a integração entre economia, sociedade e meio 
ambiente. Em outras palavras, é a noção de que o crescimento econômico 
deve levar em consideração a inclusão social e a proteção ambiental. 
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