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apostila curso tarot marselha- ALESSANDRA

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SAFIRA TERAPIAS NATURAIS E CONSULTORIAS
CURSO 
TARÔ DE MARSELHA
Junho 2020
Mestre Terapeuta Alquímica
ALESSANDRA SAFIRA BARBAS
Introdução
Como pode ser definido o Tarô?
Há inúmeras definições que são atribuídas ao tarô.A definição e a utilização dependerá de cada pessoa ,há pessoas que dizem ser um simples jogo com figuras sem sentido ,para outros um instrumento valioso e apreciado , capaz de permitir que ela amplie consideravelmente suas habilidade intuitivas.
Centenas de autores debruçaram-se sobre essa questão ,mergulhando na historiado tarô ,no seu significado simbólico, nas ligações com outras doutrinas ocultas , como a astrologia,a cabala,a alquimia ,a numerologia e etc...,bem como nas maneiras como ele é utilizado .
Nos dias atuais as pesquisas continuam e gradativamente os adeptos aumentam e se multiplicam, pois os estudiosos idôneos utilizam além da abordagens esotéricas , utilizam as ferramentas da moderna mitologia , da parapsicologia, da simbologia e da psicologia arquetípica .
 O Tarô trata-se de um sistema complexo ,formado por 78 cartas e imagens distintas e entrelaçadas com a capacidade de revelar o funcionamento interno da própria mente e do mundo que o rodeia.
História do Tarô
As origens do Tarot são obscuras. Referências documentadas, tratam da entrada das cartas na Europa, durante o período final do século XIV. Embora existam comprovações anteriores de jogos de cartas no Oriente, nenhuma narração aponta para as lâminas do Tarot.Referências documentadas, tratam da entrada das cartas na Europa, durante o período final do século XIV.
No ocultismo ocidental tradicional, o Tarô é reconhecido como a pedra de toque de todo o sistema filosófico chamado hermetismo. É muito difícil descobrir sua verdadeira origem. Os autores ocultistas mais competentes e famosos como Eliphas Levi, P. Christian,Fabre d 'Olivet,Theophrastus Bombastus von Hohen-heim (Looksusus), Oswald Wirth, Papus (Dr. Gerard Encausse) e outros são da opinião de que o verdadeiro simbolismo do Tarô vem do Egito Antigo. Isso é afirmado com ousadia pelo Mestre do Hermetismo, Eliphas Levi, em seu Dogma e Ritual de Alta Magia.
O Tarô Simbólico, representado nos Mistérios de Memphis e Tebas pelos quatro aspectos da Esfinge -Homem, águia, leão e touro-, correspondia aos quatro elementos do mundo antigo [Água, Ar,Fogo e Terra]… Então esses quatro símbolos, com todas as suas analogias, explicam a única palavra oculta em todos os santuários .
O Tarô é verdadeiramente uma máquina filosófica, que separa a mente da divagação, deixando sua iniciativa e liberdade; é a matemática aplicada ao Absoluto, uma aliança do positivo e do ideal, uma loteria de pensamentos tão exatos quanto os números.
Na segunda metade do século XIX, Eliphas Levi foi seguida por uma longa sucessão de ocultistas que aceitaram o Tarô como base de suas pesquisas e escritos. Mas ninguém tinha uma pena tão forte ou uma convicção tão ardente quanto ele.
Papus, em seu livro The Tarot of the Bohemians, um livro clássico sobre o mistério dos Arcanos Maiores e Menores, nos conta em uma lenda que toda a sabedoria de iniciação do Egito Antigo estava registrada nos símbolos das letras do O Tarô como a última tentativa de preservar uma sabedoria para as gerações futuras, e isso foi feito antes que o Egito fosse invadido e destruído pelas hordas que avançavam do rei persa.
Originalmente feitas de metal ou couro forte, essas cartas foram usadas posteriormente como elementos de jogo, conforme sugerido pelos padres egípcios. Pois eles sabiam que o vício humano nunca morreria e, dessa maneira, suas cartas misteriosas eram usadas sem saber pelos bárbaros como um meio de transmissão - através das eras subseqüentes - dos resultados mais sagrados e cultos alcançados pelos bárbaros. sabedoria antiga do Egito.
Muitos ocultistas eminentes escreveram e dirigiram intensa pesquisa sobre a filosofia e o simbolismo do Tarô.,mergulhando na história do tarô e nas suas ligações com outras doutrinas ocultas ,como a astrologia , a cabala, a alquimia, a numerologia ,etc...bem como nas maneiras como é utilizado para lançar luz sobre o passado , o presente e o futuro.As pesquisas continuam nos dias de hoje e tendem a aumentar pois há grande facilidade em utilizar suas diversidade de abordagens dentre elas a tradicional,moderna mitologia,parapsicologia,simbologia e psicologia arquetípica
Pesquisas de Francisco Petrarca (1304-1374), apontando para pistas em seus poemas que sinalizam os Trunfos do Tarot,porém a primeira referência às cartas foi feita pelo monge alemão Johannes Von Reinfeldem, quando em 1377, escreveu ao clero sobre a chegada de um jogo de cartas em seu país, semelhante ao jogo de xadrez. E após dez anos , o rei de Castela João I, na Espanha, criou um decreto proibindo os jogos de cartas, sem causar problemas necessariamente a seus usuários e essa proibição se estendeu durante anos e anos por vários países como Espanha, França, Itália e Alemanha. Entre 1369 e 1397, fica claro para os historiadores, o aparecimento das cartas na Europa.
Em 1392, é criado o mais antigo Tarot que se tem preservado: o Tarot de Gringonneur, embora suas lâminas não possuam nomes ou números. Pensa-se assim, que os atributos numéricos e nominais, tenham surgido tempos depois através de outros estudiosos e pesquisadores.Também não há nenhuma referência quanto ao termo Tarot. Esse termo, que tem também sua etimologia velada, pode ter se originado das possíveis nomenclaturas que ligam por hipóteses, a origem do Tarot a um determinado povo ou cultura. 
Eis algumas delas:
TAROT - "TAR"- Caminho "RO, ROG ou ROS" - da Vida ou Real (Egípcio segundo Gébelin)
TORAT - livro da lei (Hebreu)
TARES e TAROTTÉ - desenhos no verso das cartas (Europeu)
TAROCCO - antigo jogo de cartas (Europa)
OT TARA - roda da vida (Índia)
Tanto na língua inglesa quanto na língua francesa não há qualquer diferenciação entre as cartas de jogatina e as cartas do Tarot.
Língua Inglesa
TAROT CARDS : cartas de tarô
TAROCK: taroco, um tipo de tarô para jogatina
TAROT READER: leitor de tarô e qualquer tipo de carta
fortune tellers : contador de fortuna, ou cartomante
cards reader : leitor de cartas
playing cards : jogando cartas, ou jogador de baralho ou cartas em jogatina.
Lingua Francesa
cartes à jouer : cartas de jogar
cartes divinatoire : cartas advinhatórias
tarot à jouer : tarô de jogar
tarot divinatoire : tarô divinatório
jouer le tarot : jogar o tarô
consulter le tarot : consultar o tarô
Com a limitada informação sobre o histórico do Tarot, um universo especulativo abriu-se diante dos possíveis criadores do Tarot. Alguns pesquisadores acreditam ser os egípcios, através do deus-homem Toth ser o seu criador; outros apontam para os ciganos, povos nômades do oriente; ainda mesmo os sarracenos, hebreus, templários, atlantes, chineses, extraterrestres, etc. Nota-se que muitas são as possíveis origens, mas nada concreto.
Durante o período do século XV, a Igreja se posiciona pela primeira vez sobre as cartas. Proíbe a utilização das mesmas por sacerdotes, sem explicações contudo. Durante esse século floresceram os termos Trunfo, Tarocchino, Tarocco, Mincchiatti para designar as cartas. Alguns artistas e artesãos surgem com insistência na Itália, Alemanha e França.
Já no período do século XVI, os termos Tares, Tarotté e Tarotiers são utilizados com frequência pelos franceses. Há um frequência do ciclo das cartas principalmente na Itália, Espanha, França e Alemanha. Em 1450 é publicado um livro que faz uma descrição dos Trunfos do Tarot e métodos de advinhação aplicáveis.
O termo Tarot surge, de fato, no século XVII. Durante esse século, o baralho já possuía a estrutura de 78 lâminas (com nomes e números) e a proliferação do objetivo oracular teve uma crescente repercussão durante essa fase. Apesar de todo esse contexto, as referências à origem do baralho só vieram a acontecer no século seguinte. Dentro desse período houve uma divisão do Tarot em Tarot de Jogo e Tarot Divinatório; enquanto o primeiro servia exclusivamenteao entretenimento (sendo utilizado até hoje em campeonatos), o segundo se propunha à revelação do futuro. Surgiu nessa época o famoso Tarot de Marselha que deu origem à muitos outros baralhos marselheses.
No século XVIII, o renomado enciclopedista e historiador francês Antoine Court de Gébelin, publica em seu livro "Le Monde Primitiff", a possível origem do Tarot, que influencia decisivamente futuros pesquisadores. Muito do que temos de herança hoje, nasceu dessa época, trazendo literaturas que definiriam o rumo do Tarot. Apesar do apontamento para uma possível origem do Tarot, Gébelin desenha um baralho que nada traz de simbolismo egípcio.
No século XIX, o Tarot toma novos rumos feitos pelas associações de conhecidos ocultistas como Eteilla, Eliphas Levi, Oswald Wirth, entre outros, estabelecendo relações do Tarot com as letras hebraicas (Kabbalah), astrologia, mitologias, numerologia, enfim com o próprio pensamento da Magia. Surgiram daí, muitas idéias controversas, escolas e linhas de pensamento diversas, enriquecendo a literatura sobre o tema e lançando o nome Tarot ao mundo. Esse fenômeno de final de século estava ligado intimamente ao crescimento de novas ordens esotéricas e o renascimento de outras.
No século XX, o Tarot já tinha grande peso no meio esotérico e ocultista, criando calorosos debates entre os livre-pensadores da época. Desentendimentos históricos, como o de Arthur Edward Waite com Aleister Crowley, favoreceu uma abertura para a criação de novas associações e dinâmica na arte do baralho. Waite ilustra de forma rica os Arcanos Menores do Tarot e Crowley nos presenteia com um hipnótico Tarot ligado à tradição da magia. Com o crescente desenvolvimento da mídia, o tema Tarot invade o mundo e ganha estrada, chegando a muitas classes e pessoas. Com certeza, novos caminhos e propostas estão cada vez mais sendo explorados e descobertos através desse intrigante e infinito tema que é o Tarot.
	A História do tarô de Marselha
A história do tarô de Marselha é diretamente ligado a renascença. Um tarô com as características , estrutura e forma igual ao de Marselha nunca havia aparecido em cultura alguma desde a época renascentista. Nem no Egito antigo temos registro de algo dito como tarô como o te Marselha.
Até meados da década de 50 nos registros históricos, não havia nenhum tarô com símbolos egípcios; foi apenas no século 20 que a editora Kier criou um tarô com símbolos e mitos ligados ao Egito.Entretanto o primeiro tarô que temos acesso no contexto histórico é o de Visconde Sforza.
Marselha foi o maior centro de produção de tarôs, na Europa, nos séculos 17 e 18 – e, por dominar o mercado, seus baralhos fundaram um “estilo” que acabou influenciando os demais fabricantes até em outros países, que os copiavam. Como resultado, praticamente não existiram criações ou variações regionais importante, sobre o tarô, até o aparecimento do baralho Rider-Waite em 1911. Existem hoje diversas edições do “Tarô de Marselha”, que constituem reproduções ou restaurações de baralhos das casas editoras tradicionais.
O antigo Tarô de Marselha - de Nicolas Conver
	
	    Trata-se de reprodução de um baralho que era realmente impresso em Marselha pelo gravador Nicolas Conver, cuja casa editora funcionou de 1760 a 1890.
    As lâminas eram coloridas à mão sobre a impressão inicial do “risco” das figuras.
	
	            
	
	Tarô de Marselha, de Nicolas Conver, que começou a ser impresso em 1760
	
	
	
	
	O Tarô de Marselha - edição Grimaud
	
	    Em 1931, a editora francesa Grimaud passou a editar, sob orientação de Paul Marteau, um jogo de Tarô que reproduzia os valorizados moldes gravados por Nicolas Conver. Tornou-se uma das edições mais divulgadas do Tarô em todo o mundo. Esse é o motivo pelo qual a empresa France Cartes, a única grande fabricante de cartas de jogar que ainda resta na França, continua a editar as mesma versão com a marca original “Grimaud”.
	
	
	
	Tarô de Marselha da Editora Grimaud
	
	
	
	  Assim Paul Marteau apresenta a edição que preparou a partir de 1928: "Este Tarô é o que foi editado em 1761 por Nicolas Conver, mestre fabricante de baralhos em Marselha, que tinha conservado chapas de madeira e o colorido de seus predecessores remotos. É atualmente editado por B. P. Grimaud, que recebeu a sucessão de Conver e pôde assim continuar a impressão do Tarô tradicional sob sua forma original".
	     Esse desenho é também o mais conhecido por nós que compramos baralhos produzidos no Brasil. A editora Pensamento reproduziu de modo limpo e fiel o gravado “Grimaud”, mantendo inclusive os descuidos de Paul Marteau com relação às cores de importantes detalhes. As cores básicas utilizadas nessa versão não são as mais antigas. Uma explicação para a redução do colorido anterior às “chapadas” cores básicas azul, vermelho e amarelo (que são as únicas nesse tarô, além da “cor de carne” e poucas aparições do verde-escuro) é que, em meados do século 19, tornou-se possível imprimir em cores, o que, no caso do tarô, substituiria com vantagem a antiga técnica de imprimir o desenho e colorir cada carta à mão; mas as máquinas da época só eram capazes de imprimir quatro cores... Essa adaptação artificial de cores acabou por se tornar padrão e criou muitos equívocos de interpretação.
    É por essas e outras razões que, nas últimas décadas, começaram a aparecer outras restaurações com a finalidade de devolver mais cores às lâminas e acentuar detalhes que foram negligenciados por Paul Marteau ao preparar as referências para a Editora Grimaud.
	
	
	
	
	
	O Tarô de Marselha – restaurado por Kris Hadar
	
	    Esse belo baralho é o resultado da restauração ou recriação do Tarô de Marselha pelo canadense Kris Hadar, que relata no livreto (em francês), que acompanha a caixa, ter empregado mais de 20 anos pesquisando o tradicional desenho dos baralhos de Marselha, com todos os seus detalhes, para descobrir como cada carta original devia ser. Por isso ele o chama de “O Verdadeiro Tarô de Marselha”. O desenho é muito fiel ao gravado de Nicolas Conver e o autor insiste que não fez nada de pessoal ou sem base em pesquisa, mas uma inovação um tanto estranha, que o folheto não explica, é o “facho de luz” sobre a cabeça de algumas das figuras, como A Papisa, por exemplo.
    As cartas são ricamente coloridas, com cores mais suaves e matizadas – agradáveis aos olhos – do que as versões mais comumente encontradas (a Grimaud, por exemplo), que utilizam menor gama de cores e tons mais fortes. O material das cartas é muito bom; as cartas deslizam bem e o desenho do verso é belíssimo.
	
	
	
	
	
	     Kris Hadar defende que a origem do tarô pode ser encontrada no século 12 na região de Oc ou Provence, no sul da França (por isso a data simbólica 1181 na carta do 2 de Ouros); e que a criação do baralho foi uma maneira encontrada para ocultar e preservar, na forma de cartas de jogar, a cultura e o conhecimento daquela região (onde nasceu a cultura trovadoresca), que a Igreja e os reis de França da época procuraram exterminar por ser “herética”. Considera ainda que o tarô foi “o primeiro livro que permitiu que os analfabetos fossem capazes de refletir e meditar sobre sua salvação eterna e a busca de si mesmos”.
	
	
	
O Tarô de Marselha – restaurado por Jodorowsky e Camoin
	 
	    O mais recente e talvez o mais apreciado trabalho de restauração do Tarô de Marselha foi promovido por Philippe Camoin, herdeiro da Casa Nicolas Conver, uma empresa gráfica da
		cidade francesa de Marselha que imprimiu, a partir de 1760, o jogo que se tornaria célebre como Le Tarot de Marseille. Em seu site www.camoin.com, Philippe diz que “a fábrica Conver se tornou por casamento a Casa Camoin” e continuou a imprimir tarôs e a difundi-los pelo mundo: “mais de um milhão de jogos por ano, no início do século (20)”. Ele não faz nenhuma menção ao fato, mencionado em nossa resenha sobre o baralho Grimaud, de que a editora Grimaud, então sob a direção de Paul Marteau, recebeu em 1928 a sucessão de Conver e passou a imprimiro “Tarô de Marselha” a partir de 1931.
    A iniciativa de Phillippe Camoin teve a valiosa contribuição de Alejandro Jodorowsky, o inquieto e polêmico teatrólogo chileno, interessado também nos assuntos esotéricos e, em particular, no tarô. Foi uma feliz parceria, da qual resultou o efeito complementar de dar visibilidade, em toda a Europa, ao esforço de recuperação da variedade de cores originais das antigas cartas.
    O trabalho de Camoin-Jodorowsky foi concluído e o Tarô de Marselha restaurado passou a ser impresso em 1998, promovendo uma importante revalorização das gravuras clássicas do Tarô. Dado que os símbolos originais do tarô muitas vezes são encobertos nos modernos 
	 
		
	
	
	 
	baralhos inventados e reinventados sob padrões subjetivos, essa iniciativa assume o papel de resgate da simbologia tradicional. 
	O Tarô de Jean Noblet – 1650
 Jean-Claude Flornoy o mestre cartier que restaurou esse baralho impresso em Paris, por volta de 1650. As gravuras originais são as mais antigas que conhecemos no estilo particular que mais tarde seria conhecido como "Tarô de Marselha". Os moldes de gravação de Jean Noblet antecedem em mais de um século os de Nicolas Convert (Marselha, 1760).
	
	
	
	
	    O pequeno tamanho, pouco habitual, deste tarô não afeta seu charme, mesmo com a falta de 5 cartas (do 6 ao 10 de Espadas). Seu fabricante está claramente designado na bandeirola do Dois de Ouros e sobre o medalhão do Dois de Copas: trata-se de Jean Noblet, morador do subúrbio de Saint-Germain, em Paris. A propósito, um certo Jean Noblet, “maître-cartier”, ou seja um “mestre impressor de cartas”, morador de “Saint-Germain-des-Prés, rua Sainte Marguerite, paróquia de Saint-Sulpice”, está citado em dois assentamentos de cartório, no ano de 1659.
	
		 
	
	 
	
	 
	
	 
	
	
	
	
	
	
	
	
	O Mundo (XXI)
Original de 1650, sob guarda da Biblioteca Nacional da França
	
	O Mundo (XXI)
Restaurado pelo autor desta resenha, Jean-Claude Flornoy
	
	Dorso
com motivos hexagonais
e com cruz de malta
	
	
	
	
	    Trata-se de um jogo de 78 cartas, das quais restaram 73, impressas em Paris, em meados do século XVII. Com insígnias italianas e gravuras sobre madeira, coloridas com “pochoir” (moldes recortados), em papel com várias camadas, tamanho 92 x 55 mm.
    O grande erudito D’Allemagne também cita um Jean Noblet em sua lista de impressores de cartas parisienses de 1664.
	
		 
	
	 
	    Não hesitamos, portanto, em datar este jogo de meados do século XVII, o que o torna contemporâneo de Jacques Viéville. O interesse por uma tal datação é que estamos diante de um jogo inteiramente conforme ao modelo do assim chamado “Tarô de Marselha”: ele é o primeiro exemplo conhecido.
    Podemos notar que a Morte (XIII) está com nome.
    O brasão do Carro (VII) traz as iniciais I.N., provavelmente as de Jean Noblet. (Era usual deixar esse tipo de "marca registrada" no brasão da carrugem).
	 
	
	 
	
	    O dorso das cartas é rigorosamente o mesmo empregado por Viéville, também encontrado num tarô parisiense anônimo, dessa mesma época.
	
	
	
	O dedo do mágico
	
	    Com esse detalhe da carta do Mágico (I), não duvidem, já se gastou muito papel e tinta. Por qual razão um mestre tradicional do tarô se permitiria tal coisa?
		 
	
	 
	    1650 é uma data em que, como muitas outras, uma espécie de guerra opôs a fiscalização da época aos impressores de cartas.
    É preciso saber que nessa época as taxas sobre os jogos de cartas representavam uma porcentagem importante do orçamento do Estado, claramente muito maior que o imposto sobre o selo.
    Para melhor vigiar os fabricantes de cartas, eles haviam sido postos
		em casas comuns. Toda a corporação era agrupada num bloco de casas vigiadas por guardas e agentes fiscais. Os trabalhadores eram selecionados e deviam ter um passe. As folhas trabalhadas durante o dia eram numeradas e levadas por um oficial. Os antigos moldes haviam sido apreendidos. Para serem refeitos, não havia muito problema para encontrar gravadores de cartas comuns, porém quando se tratava de gravadores de tarô, a situação era outra.
    Jean Noblet era editor e gravador. Para ele, especialista em tarôs, não havia complicações técnicas, mas deveria passar um ano, talvez mais, para refazer seus moldes de impressão.
    O seu dedo de honra é o sinal.
    Como ele faz uma modificação importante na carta, ele a anuncia pelo curioso título ao pé da carta “LL Bateleur”. O segundo L é o esquadro o mestre, a assinatura pela qual ele diz: “Fiz uma variação, eu sou um mestre e assumo”. Ela faria a mesma coisa com a “Lemperance” (XVII A esperança) e “Lestoille” (XIV A Estrela).
	 
	
	 
	    Esse dedo de honra se dirige a nós, o público. Seria uma mensagem portadora de significado esotérico? Ouso esperar que se dirige ao fisco e que se trata da “linguagem dos pássaros”.
	
	Rostos brancos, mãos brancas
	
	    A razão pela qual os rostos e as mãos são brancas não se tem uma razão específica,tal como se constata no maior parte dos arcanos maiores no tarô de Jean Noblet e no tarô de Jean Dodal. No de Noblet, o Mágico tem o roso branco e, o Louco, cor de carne. No de Dodal é exatamente o oposto.
    Em termos de impressão, o branco não existe; é apenas a cor do papel. Volto, então, à velha formulação que persiste ainda num dos cantares de companheiros: “brancas as lágrimas do Mestre Jacques”. Os rostos são expressão do estado de individuação. Esse estado gera lágrimas e as mãos, pelo seu “fazer”, também são portadoras de lágrimas. Em outros termos, as lágrimas são o resultado da individuação e de seus atos. É o “vale de lágrimas” do Evangelho.
	
		 
		
	
	
	 
	    Em compensação, no tarô de Jean Noblet, a Imperatriz, o Imperador e o Louco têm a particularidade de mãos grandes e pequenas; uma grande mão, esquerda para o Imperador e o Louco, direita para a Imperatriz.
    Trata-se aí da “mão de glória”, bem conhecida nas corporações de ofícios. É a mão da mestria, do saber-fazer: a esquerda para a mestria do emocional; a direita para a mestria da ação.
	 
	
	 
	
	Fases da Vida (adendo)
	
	    Jean-Claude Flornoy sugere uma sequência evolutiva para os arcanos maiores, inspirada na hierarquia das corporações de ofício da Europa, plenamente atuantes no período em que aparece o Tarô e se desenvolvem as técnicas de impressão das cartas. Trata-se de um convite para examinar as cartas sob um novo olhar.
	
		 
	
	 
		Encarnação:
	1  (O Mago)
	Infância:
	2
	3
	4
	5
	Aprendizagem:
	6
	7
	8
	9
	Companheiro:
	10
	11
	12
	13
	Mestria:
	14
	15
	16
	17
	Sabedoria:
	18
	19
	20
	21
	Iluminação:
	O Louco
	
	Galerias de restaurações do Tarô de Marselha
	
		 
	•
			O Tarô de Marselha restaurado por Kris Hadar. O tarólogo canadense apresenta o resultado de seus estudos para recompor as cores e detalhes das cartas: Arcanos Maiores e Menores
	 
	
		 
	•
	O Tarô de Marselha da Ed. Grimaud. A versão mais divulgada no século 20, mas com a redução e simplificação das cores em decorrência do processos tiográficos do século 19: Grimaud
	 
	
		 
	•
	O Tarô de Marselha da Ed. Pensamento. A edição brasileira, cópia da Grimaud. Reproduzimos as 78 gravuras que poderão ser coloridas criativamente: Gravuras em Preto & Branco
	 
	
		 
	•
	O Tarô de Jean Noblet. A iconografia mais antiga conhecida (1650), que antecede em um século as versões que seriam conhecidas como "Tarô de Marselha": Original e restauração
	 
	
Os segredos do Tarô
O Tarô de Marselha foi produzido no século15 e para nós entendermos o tarô devemos entender os símbolos renascentistas e cada arcano possui seus símbolos , expressões, ornamentos, atributo e analogia . Esses aspectos inerentes aos arcanos devem ser bem analisados e estudados para que a leitura seja fiel e precisa.
No momento da leitura devemos observar que:
1-SÍMBOLO
Tudo o que representa, sugere ou substitui alguma coisa ou situação,Figura que representa um ser, objeto ou idéia dentro do tarô e Algo ou alguém que representa certomodo de agir ou alguma atividade descrita no tarô.
 Um símbolo sempre terá 01 ( um ) único significado.
2-EXPRESSÃO
Ação de exprimir, de expressar por imagens e ou símbolos no tarô ,Modo de comunicação próprio ou o gesto demonstram ma condição emocional, espiritual ou moral;Maneira como algo se apresenta e personificação do tarô.
 A expressão do significado de um símbolo comporta vários vocábulos.
Vamos exemplificar usando o arcano O EREMITA
 Significado: alguém que se isola do convívio em busca de sabedoria
 vocábulos :pesquisa, isolamento, paz interior e sabedoria.
3-ORNAMENTO
Ação ou efeito de ornamentar, de colocar ornamentos nos personagens e paisagens do tarô.Tudo o que orna ou serve para ornar, enfeitar, ornamentar o arcano do tarô.
O Ornamento é extremamente importante para que se consiga entender o significado de uma carta de tarô.
Exemplo( o Arcano O EREMITA)
 Ornamento :um homem idoso que leva consigo um manto , um cajado e uma laterna , além dele estar andando a pé em uma caminhada solitária e sempre a pé. 
Não existe um significado do arcano O EREMITA com ele utilizando um meio de transporte , enfim, hoje em dia eles desenham o Arcano Eremita cada um de uma forma porém sempre o personagem a pé.
Nos dias atuais eles desenham o arcano O Eremita de formas variadas, quando a pessoa não se atenta aos primeiros significados do tarô ( todos os elementos originais) ,ela se perde na leitura.
Exemplo – arcano Eremita original
**Mão direita: uma laterna – a lanterna é o símbolo de conhecimento,iluminação adquirida e a mão direita é símbolo de ação, de futuro .O significado da lanterna na mão direita reporta diretamente ao significado da carta.
**Mão esquerda : um cajado – cajado é o símbolo da espiritualidade 
** O caminhar a pé:denomina auto-suficiência.
Observa-se que o ornamento de uma carta é diretamente ligada ao seu significado , e é muito importante também quando analisamos um arcano nós temos que prestar atenção no atributo.
4- ATRIBUTO
O que é próprio, característico do arcano no tarô , particularidadede cada arcano, Característica positiva, As qualidades que transcendem do tarô .É o sentido geral de acordo com o símbolo e com o vocábulo e com os ornamentos.
O atributo da carta EREMITA: denota sabedoria espiritual vinda da jornada solitária esforçada. Este senhor que está sentado desenhado na carta o EREMITA é alguém que já passou por um processo evolutivo da vida. Ele já passou por experiências de dor e de vitória, erros e acertos, subidas e descidas na vida ou seja é o processo de evolução.
O processo terreno é cheio de momentos de glória e de tristeza.Contudo quando o ser humano alcança o equilíbrio, ele possui todos os elementos necessários para uma jornada de autoconhecimento, sendo esse o significado principal do arcano O EREMITA.
5- ANALOGIA
Semelhança entre arcanos , correspondência. Analogias da experiência. Refere-se aos princípios do tarô que direcionam a ligação entre os arcanos e seus símbolos e imagens.Ao observar um arcano podemos fazer várias analogias e elas são muito propícias para que se consiga entender o tarô.
No arcano O EREMITA tem-se várias analogias como:
-alguém que buscar prudência
-algo que se desenrola com lentidão
-uma busca que resultará algo significativo
-progresso a longo prazo
-sabedoria
-desenvolvimento
-revelação de verdades
-serenidade.
****MUITO IMPORTANTE***	
Ao fazer uma analogia de uma carta de tarô pode-se até utilizar astrologia, cabala, mitologia ou numerologia, porém deve-se utilizar a idéia primordial da carta,ou seja , quando emprega-se o tarô na cabala , astrologia , mitologia ou numerologia tem que se entender o significado central da carta para que seja transportado para a técnica complementar em questão.
Exemplo: antes de se entender a cabala e de trazer ao tarô uma leitura cabalística , temos que conseguir entender o significado central primordial da carta e arcano em questão.
Outro fato relevante que acontece é a dificuldade que algumas tem de fazer a leitura do tarô e acabam errando,pois um arcano e ou uma carta pode sofrer várias interpretações dependendo do que se está perguntando e das questões que estão sendo levantadas.
Segundo o arcano O EREMITA podemos ter várias respostas de acordo com as questões diversas , como podemos exemplificar abaixo:
**QUESTÕES MATERIAIS**
Progresso lento, obstáculos superáveis ,ótimos resultados a longo prazo.
** PLANO MENTAL**
Pensamentos positivos,pouca expressão verbal e análise criteriosa.
**SENTIMENTAL **
Afeto,paz, amizade profunda
** ESPIRITUAL **
Busca por iluminação, mediunidade, oração e meditação,
AS CARTAS
O tarô de Marselha é um conjunto de 78 cartas representando figuras humanas , animais, vegetais, objetos e símbolos , que são popularmente conhecidas como cartas ou lâminas contêm também um significado oculto de forma personalizada individualmente ou relacionadas umas aoutras.
Esse tarô é dividido em dois grupos distintos: Os arcanos maiores e os arcanos menores . Os Arcanos maiores possuem 22 cartas numeradas de o a 21.Sendo que em alguns baralhos por superstição não apresentam a carta 13.Já os arcanos menores possuem 56 cartas devidamente identificadas e subdivididas de acordo com os seus naipes : naipe de paus, naipe de espadas, naipe de ouros e naipe de copas. Sendo que cada naipe abrange 14 cartas:1 rei, 1 rainha,1 cavaleiro, 1 valete e cartas numeradas de 1 (ás ) a 10. As cartas de jogar ,que todos utilizam em jogos de brincadeiras e azar derivam deste segundo grupo.
INTERPRETAÇÃO
 As cartas do tarô de Marselha são variadas e cada uma possui seu significado. Os arcanos maiores possuem interpretações mais flexíveis, abrangentes e genéricos, já os arcanos menores possuem interpretações mais 
restritas e particulares.
Uma forma de analisar as cartas,principalmente dos 22 arcanos maiores , é levando em conta seu simbolismo e reações intuitivas que ela desperta no praticante,bem como o seu posicionamento mediante as cartas vizinhas.Esse tipo de análise e leitura dá ao tarô amplitude e profundidade infinitas transformando as em um canal de captação de energia e totalidade.
 Nos dias atuais o tarô é popularmente conhecido e divulgado como um meio de consulta oracular , porém ele não é apenas um jogo adivinhatório , ele é um verdadeiro mergulho nos padrões cósmicos que regem a existência aguardada por todos que se propuserem antes de desvendar o amanhã, lançar um olhar para dentro.
Para uma leitura mais responsável e completa temos que primeiramente abordar três níveis distintos que vamos especificar logo abaixo:
- Nível físico: neste nível é utilizado a interpretação literal da cartas, ou seja, será interpretado o conteúdo gráfico , sem grandes preocupações intuitivas e sem necessidade de muita sensibilidade do intérprete. Trata-se de uma leitura mais superficial e física , voltado mais para solucionar os problemas do nosso dia a dia ( dinheiro, emprego, amores, casamento,filhos, inveja,ciúmes, etc). Essa interpretação tem uma relação direta com o nosso lado material, biológico e racional.É uma forma mais corriqueira de leitura comumente empregada pelos cartomantes e curiosos em geral.
-Nível Mental: neste nível é utilizado para se aprofundar na fronteiras abstratas , a interpretação trabalha com a ação das forças e as leis que regem a natureza , o cosmo. Neste momento a intuição se faz necessária e a leitura se fará mais presente na realidade do consulente ( não havendo mais a interferência do intérprete), voltando ao mundo ao redor do consulente e as grandes tendências do futuro do consulente.As experiências estético-sensoriais vão ocupando os espaços antes preenchidos por sensações unicamente orgânicas. Resumindo , o nível mental é o elo de ligação entre os dois extremos – o material e o espiritual.
-Nível Espiritual : Este nível é o mais profundo , o espiritual , e esse método complementar terá validade se o intérprete se aprofundar em seu caráter eterno do ser e o mundo material não exerce influência na interpretação. As pessoasque tenham transcendido suas limitações materiais , preocupam-se com sua espiritualidade passando a ter um canal aberto com os planos superiores facilitando assim a leitura . E com isso o intérprete tem sua intuição extremamente aguçada , estabelecendo assim conduta idônea de não interferir na leitura e tendo dissernimento do que e como falar as mensagens do tarô ao seu consulente verofocando se deve ou não interferir no crescimento espiritual e energético do mesmo. Neste leitura rompe-se o ego e liberta –se o eu.
 Em cada caso, isto é, em cada um desse níveis , deve-se desfrutar um estudo pormenorizado das cartas, o que pode ser feito em duas etapas : pela análise das cartas e pela análise de todo o conjunto.
ANÁLISE INDIVIDUAL DAS CARTAS 
 
CURSO TARÔ DE MARSELHA Página 16

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