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Histologia - Exercicio e Revisao

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Histologia – Questoes e Revisão
Luiz Cunha
Os tecidos epiteliais desempenham diversas funções no organismo, dependendo do órgão em que se localizam. Assinale o que for correto sobre os epitélios e suas características.
A) As microvilosidades são projeções móveis da membrana celular do epitélio do sistema respiratório.
B) As glândulas sebáceas são pequenas bolsas constituídas por células epiteliais glandulares.
C) Visto a ausência de glândulas, terminações nervosas, vasos sanguíneos e receptores, o tecido epitelial possui como característica exclusiva a proteção, funcionando como uma barreira protetora contra agentes externos.
D) Nos tecidos epiteliais, não há vasos sanguíneos. Os epitélios estão sempre associados a tecidos conjuntivos, nos quais há vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células epiteliais próximas.
Movimento ciliar permite que partículas sejam impelidas em determinada direção ao longo da superfície do epitélio. Ex:Traquéia
Microvilosidades: estruturas de membrana semelhantes a dedo. Aumentam superfície (absorção). Ex.: intestino delgado, intestino grosso
As glândulas sebáceas são pequenas bolsas constituídas por células epiteliais glandulares
O sebo é uma secreção oleosa, com ácidos graxos, ésteres de cera e esqualeno, junto com os restos das células produtoras. Ele lubrifica a superfície da pele e do pelo, aumentando as características hidrofóbicas da queratina e protegendo o pelo 
Nos tecidos epiteliais, não há vasos sanguíneos. Os epitélios estão sempre associados a tecidos conjuntivos, nos quais há vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células epiteliais próximas.
Nos tecidos epiteliais, não há vasos sanguíneos. Os epitélios estão sempre associados a tecidos conjuntivos, nos quais há vasos sanguíneos que nutrem e oxigenam as células epiteliais próximas.
Terminações nervosas livres, em forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se paralelamente à derme. Elas devem servir como mecanorreceptores e nociceptores (receptores para dor). 
Com relação ao tecido epitelial, considere as afirmativas abaixo:
A) O epitélio de revestimento do tipo prismático com microvilosidades é comum aos órgãos relacionados com a absorção, como o intestino delgado.
B) As glândulas merócrinas, formadas pelo epitélio glandular, são aquelas que apresentam um ciclo secretor completo, ou seja, elaboram, armazenam e eliminam apenas a secreção.
C) O epitélio pavimentoso estratificado queratinizado apresenta uma única camada de células e recobre a superfície corporal dos mamíferos.
D) As células epiteliais recebem a sua nutrição a partir do tecido conjuntivo subjacente, uma vez que o tecido epitelial é avascular.
E) Denominamos glândulas endócrinas aquelas que lançam parte de seus produtos de secreção na corrente sanguínea e parte em cavidades ou na superfície do corpo.
O epitélio de revestimento do tipo prismático com microvilosidades é comum aos órgãos relacionados com a absorção, como o intestino delgado.
Se as células de um epitélio simples forem colunares (prismáticas ou cilíndricas), epitélio simples colunar (prismático ou cilíndrico), como o dos intestinos 
A presença da especialização da superfície apical e de outras células no epitélio também é mencionada. Assim, por exemplo, nos intestinos, o epitélio é simples colunar com microvilos e células caliciformes 
As glândulas merócrinas, formadas pelo epitélio glandular, são aquelas que apresentam um ciclo secretor completo, ou seja, elaboram, armazenam e eliminam apenas a secreção.
Glándula apócrina: perda parcial do citoplasma 
Glándula holócrina: perda total 
Glándula merócrina: sem lesão celular
O epitélio pavimentoso estratificado queratinizado apresenta uma única camada de células e recobre a superfície corporal dos mamíferos.
Pavimentoso: achatadas e têm forma poligonal (lajotas)
Estratificado: possui mais de uma camada de células epiteliais ou múltiplos folhetos.
As células epiteliais recebem a sua nutrição a partir do tecido conjuntivo subjacente, uma vez que o tecido epitelial é avascular.
Os epitélios não são vascularizados (com exceção de um epitélio estratificado na orelha interna), e sua nutrição é feita por difusão a partir dos vasos sanguíneos que correm no tecido conjuntivo 
Denominamos glândulas endócrinas aquelas que lançam parte de seus produtos de secreção na corrente sanguínea e parte em cavidades ou na superfície do corpo.
Hipófise (adeno e neuro)
Tireóide e Paratieróide
Adrenal
Ilhota de Langerhans (porção endócrina do pâncreas) 
Parte do ovário e testículos
Glândulas endócrinas
Um agrupamento de células diferenciadas e especializadas na execução de uma função biológica denomina-se tecido, que são classificados em tecido epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso. São os tecidos que constituem os órgãos e estes constituem os sistemas. Os sistemas por sua vez, comandam as atividades vitais nos seres vivos.
Nesse contexto, é INCORRETO afirmar que o tecido epitelial
A) constitui-se de dois tipos básicos: o primeiro, de revestimento ou protetor e o segundo, glandular ou secretor.
B) é formado por células justapostas, geralmente poliédricas, e apresenta escassez de substâncias intercelulares, tendo como principal função revestir e proteger as superfícies do organismo.
C) apresenta elevada quantidade de substância intercelular e suas células possuem formas e funções bastante variadas com diversas especializações.
D) pode ser classificado quanto ao número de camadas e ao formato das células, tais como: pavimentoso simples e estratificado, cúbico simples e estratificado e prismático simples.
E) é identificado no revestimento da traqueia e dos brônquios como pseudo-estratificado e no revestimento interno da bexiga como estratificado de transição.
constitui-se de dois tipos básicos: o primeiro, de revestimento ou protetor e o segundo, glandular ou secretor.
Revestimento (derme e cavidades)
Absorção (intestino)
Excreção (tubulos RENAIS)
Secreçao (glandulas)
Sensorial e germinativa
É formado por células justapostas, geralmente poliédricas, e apresenta escassez de substâncias intercelulares, tendo como principal função revestir e proteger as superfícies do organismo.
Apresenta elevada quantidade de substância intercelular e suas células possuem formas e funções bastante variadas com diversas especializações
Substância intercelular ou Meio Intercelular é uma matriz orgânica que preenche o espaço entre as células nos tecidos vivos.
Junções celulares são especializações da membrana plasmática nas faces laterais das células que selam o espaço intercelular, promovem a coesão ou possibilitam a passagem de substâncias de uma célula para outra. São ainda especializações da superfície basal das células que permitem a adesão à matriz extracelular subjacente. 
Pode ser classificado quanto ao número de camadas e ao formato das células, tais como: pavimentoso simples e estratificado, cúbico simples e estratificado e prismático simples.
formato cilíndrico, com núcleo oval e basal, simples
É identificado no revestimento da traqueia e dos brônquios como pseudo-estratificado e no revestimento interno da bexiga como estratificado de transição.
Cartilagem hialina → possui uma concentração moderada de fibras colágenas, sendo a mais comum estrutura cartilaginosa encontrada no corpo. Constitui vários arcabouços do organismo, entre eles: a parede do septo nasal, revestimento da traquéia e regiões articulares dos ossos, 
Saudade que fala né?
TATIANA MONTANARI 
 
174 
 
Associados aos folículos pilosos, em virtude da 
sua origem, há as glândulas sebáceas. Elas são 
abundantes no couro cabeludo e ausentes na palma 
das mãos e na planta dos pés. Situam-se na derme. 
São glândulas exócrinas alveolares ramificadas 
holócrinas. Possuem um ducto curto, de epitélio 
estratificado pavimentoso, que desemboca no folículo 
piloso (Figura 11.6). Em algumas áreas do corpo, sem 
pelos, as glândulas sebáceas abrem-se diretamente na 
superfícieepidérmica.86,87,88,89 
O sebo é uma secreção oleosa, com ácidos graxos, 
ésteres de cera e esqualeno, junto com os restos das 
células produtoras. Ele lubrifica a superfície da pele e 
do pelo, aumentando as características hidrofóbicas da 
queratina e protegendo o pelo.90,91,92 
As glândulas sudoríparas estão distribuídas pela 
superfície corporal, excetuando-se os lábios, o clitóris, 
os pequenos lábios, a glande e a superfície interna do 
prepúcio. Elas são abundantes nas regiões palmar e 
plantar. A porção secretora situa-se profundamente na 
derme ou na parte superior da hipoderme. São 
glândulas exócrinas tubulares simples enoveladas 
merócrinas (ou écrinas) (Figuras 11.1 e 11.6).93,94 
A porção secretora é constituída pelas células 
escuras, produtoras de glicoproteínas, e pelas células 
claras, com características de células transportadoras 
de íons e responsáveis pela secreção aquosa do suor. 
Ao redor da porção secretora, há células mioepiteliais. 
O ducto abre-se na crista epidérmica, de onde a 
glândula se originou, e tem trajeto tortuoso (Figura 
11.1). Seu diâmetro é menor que a porção secretora. O 
epitélio é estratificado cúbico, com células menores e 
mais escuras que as células da porção secretora. Elas 
reabsorvem a maior parte dos íons e excretam 
substâncias, como ureia e ácido lático.95,96 
O suor é uma solução aquosa, hipotônica, com pH 
neutro ou levemente ácido, contendo íons de sódio, 
potássio e cloro, ureia, ácido úrico e amônia. Além da 
função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a 
temperatura corporal pelo resfriamento em 
consequência da evaporação do suor.97,98 
 
 
86 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 106-107, 344-345. 
87 GENESER. Op. cit., pp. 142, 145, 363-364. 
88 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 192-194, 594-595. 
89 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 371, 373, 377. 
90 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 192-194, 594. 
91 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 370-371. 
92 STRAUSS & MATOLTSY. Op. cit., pp. 507-509. 
93 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342-343. 
94 GENESER. Op. cit., pp. 145, 365. 
95 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342-343. 
96 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 517-520, 528-531. 
97 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 371. 
98 ROSS & PAWLINA. Op. cit., p. 517. 
 
Figura 11.6 - Corte de couro cabeludo, onde são 
observados o pelo (P) no folículo piloso (FP), as glândulas 
sebáceas (Se) e as glândulas sudoríparas (Su). HE. Objetiva 
de 4x (55x). 
 
As glândulas sudoríparas odoríferas são 
encontradas nas axilas, nas aréolas mamárias e na 
região anogenital. Estão localizadas profundamente na 
derme ou na região superior da hipoderme. São 
glândulas exócrinas tubulares simples ou ramificadas 
enoveladas apócrinas (atualmente há controvérsia, na 
literatura, se são apócrinas, merócrinas ou apresentam 
ambos modos de secreção).99,100 
A porção secretora tem luz ampla, é constituída 
por células cúbicas, com a porção apical em cúpula e 
é circundada por células mioepiteliais. O ducto é 
relativamente reto, de epitélio estratificado cúbico e se 
abre no folículo piloso, acima do ducto da glândula 
sebácea.101,102 
 
99 GENESER. Op. cit., pp. 141, 364-365. 
100 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 254. 
101 KÜHNEL, W. Atlas de Citologia, Histologia e Anatomia microscópica 
para teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. pp. 82-
83, 360-363. 
102 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 374. 
Tatiana Montanari 
TATIANA MONTANARI 174 
 
Associados aos folículos pilosos, em virtude da sua origem, há as glândulas sebáceas. Elas são abundantes no couro cabeludo e ausentes na palma das mãos e na planta dos pés. Situam-se na derme. 
São glândulas exócrinas alveolares ramificadas 
holócrinas. Possuem um ducto curto, de epitélio 
estratificado pavimentoso, que desemboca no folículo 
piloso (Figura 11.6). Em algumas áreas do corpo, sem 
pelos, as glândulas sebáceas abrem-se diretamente na 
superfície epidérmica.
86,87,88,89 
 
O sebo é uma secreção oleosa, com ácidos graxos, 
ésteres de cera e esqualeno, junto com os restos das 
células produtoras. Ele lubrifica a superfície da pele e 
do pelo, aumentando as características hidrofóbicas da 
queratina e protegendo o pelo.
90,91,92 
As glândulas sudoríparas estão distribuídas pela 
superfície corporal, excetuando-se os lábios, o clitóris, 
os pequenos lábios, a glande e a superfície interna do 
prepúcio. Elas são abundantes nas regiões palmar e 
plantar. A porção secretora situa-se profundamente na 
derme ou na parte superior da hipoderme. São 
glândulas exócrinas tubulares simples enoveladas 
merócrinas (ou écrinas) (Figuras 11.1 e 11.6).
93,94 
 
A porção secretora é constituída pelas células 
escuras, produtoras de glicoproteínas, e pelas células 
claras, com características de células transportadoras 
de íons e responsáveis pela secreção aquosa do suor. 
Ao redor da porção secretora, há células mioepiteliais.
 
O ducto abre-se na crista epidérmica, de onde a 
glândula se originou, e tem trajeto tortuoso (Figura 
11.1). Seu diâmetro é menor que a porção secretora. O 
epitélio é estratificado cúbico, com células menores e 
mais escuras que as células da porção secretora. Elas 
reabsorvem a maior parte dos íons e excretam 
substâncias, como ureia e ácido lático.
95,96 
O suor é uma solução aquosa, hipotônica, com pH 
neutro ou levemente ácido, contendo íons de sódio, 
potássio e cloro, ureia, ácido úrico e amônia. Além da 
função excretora, as glândulas sudoríparas regulam a 
temperatura corporal pelo resfriamento em 
consequência da evaporação do suor.
97,98
 
 
 
86
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 106-107, 344-345. 
87
 GENESER. Op. cit., pp. 142, 145, 363-364. 
88
 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 192-194, 594-595. 
89
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 371, 373, 377. 
90
 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 192-194, 594. 
91
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 370-371. 
92
 STRAUSS & MATOLTSY. Op. cit., pp. 507-509. 
93
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342-343. 
94
 GENESER. Op. cit., pp. 145, 365. 
95
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342-343. 
96
 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 517-520, 528-531. 
97
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 371. 
98
 ROSS & PAWLINA. Op. cit., p. 517. 
 
Figura 11.6 - Corte de couro cabeludo, onde são 
observados o pelo (P) no folículo piloso (FP), as glândulas 
sebáceas (Se) e as glândulas sudoríparas (Su). HE. Objetiva 
de 4x (55x). 
 
As glândulas sudoríparas odoríferas são 
encontradas nas axilas, nas aréolas mamárias e na 
região anogenital. Estão localizadas profundamente na 
derme ou na região superior da hipoderme. São 
glândulas exócrinas tubulares simples ou ramificadas 
enoveladas apócrinas (atualmente há controvérsia, na 
literatura, se são apócrinas, merócrinas ou apresentam 
ambos modos de secreção).
99,100
 
A porção secretora tem luz ampla, é constituída 
por células cúbicas, com a porção apical em cúpula e 
é circundada por células mioepiteliais. O ducto é 
relativamente reto, de epitélio estratificado cúbico e se 
abre no folículo piloso, acima do ducto da glândula 
sebácea.
101,102
 
 
99
 GENESER. Op. cit., pp. 141, 364-365. 
100
 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 254. 
101
 KÜHNEL, W. Atlas de Citologia, Histologia e Anatomia microscópica 
para teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991. pp. 82-
83, 360-363. 
102
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 374. 
Tatiana Montanari 
TATIANA MONTANARI 
 
172 
 
mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em 
forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se 
paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas 
devem servir como mecanorreceptores e nociceptores 
(receptores para dor).60 
As terminações nervosas encapsuladas estão 
envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. São 
os corpúsculos de Meissner, os corpúsculos de Pacini, 
os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais deKrause.61,62 
Os corpúsculos de Meissner estão nas papilas 
dérmicas de áreas sem pelos, como os lábios, os 
mamilos, os dedos, a palma das mãos e a planta dos 
pés. São estruturas alongadas, constituídas por 
axônios envoltos pelas células de Schwann, dispostos 
em espiral e contidos em uma cápsula de fibroblastos 
modificados, contínuos ao endoneuro da fibra nervosa 
(Figura 11.2). São mecanorreceptores especializados 
em responder a pequenas deformações da epiderme.63, 
64,65 
 
 
Figura 11.2 - Corte de pele grossa, onde é possível 
observar os estratos basal (B), espinhoso (E), granuloso (G) 
e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, 
com corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x 
(275x). 
 
60 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 603-604. 
61 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
62 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 512-514. 
63 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
64 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 604. 
65 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 375-377. 
 
Figura 11.3 - Epiderme da pele fina, onde são visíveis um 
melanócito ( ) e a melanina colocada nas células-tronco 
do estrato basal (B). No estrato espinhoso (E), as pontes 
intercelulares entre os queratinócitos são perceptíveis, e 
uma célula de Langerhans é apontada. Esse estrato, o 
estrato granuloso (G) e o estrato córneo (C) apresentam 
uma pequena espessura. HE. Objetiva de 100x (1.373x). 
 
 
Figura 11.4 - Derme reticular, de tecido conjuntivo denso 
não modelado. Os feixes de fibras colágenas em diferentes 
direções resistem à tração e consequentemente dão firmeza 
à pele. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
Os corpúsculos de Pacini situam-se na derme 
profunda e na hipoderme. Estão, por exemplo, nos 
dedos, na palma das mãos e na planta dos pés. São 
esféricos ou ovais, com um axônio central e lamelas 
concêntricas de células de Schwann e, mais 
externamente, de fibroblastos modificados, contínuos 
ao endoneuro. Nos cortes histológicos, lembram uma 
cebola cortada (Figura 11.5). São mecanorreceptores, 
detectam pressão e vibrações.66,67,68 
 
66 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342, 520. 
Tatiana Montanari 
Tatiana Montanari 
T. Montanari 
TATIANA MONTANARI 172 
 
mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em 
forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se 
paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas 
devem servir como mecanorreceptores e nociceptores 
(receptores para dor).
60
 
As terminações nervosas encapsuladas estão 
envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. São 
os corpúsculos de Meissner, os corpúsculos de Pacini, 
os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais de 
Krause.
61,62
 
Os corpúsculos de Meissner estão nas papilas 
dérmicas de áreas sem pelos, como os lábios, os 
mamilos, os dedos, a palma das mãos e a planta dos 
pés. São estruturas alongadas, constituídas por 
axônios envoltos pelas células de Schwann, dispostos 
em espiral e contidos em uma cápsula de fibroblastos 
modificados, contínuos ao endoneuro da fibra nervosa 
(Figura 11.2). São mecanorreceptores especializados 
em responder a pequenas deformações da epiderme.
63, 
64,65
 
 
 
Figura 11.2 - Corte de pele grossa, onde é possível 
observar os estratos basal (B), espinhoso (E), granuloso (G) 
e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, 
com corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x 
(275x). 
 
60
 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 603-604. 
61
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
62
 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 512-514. 
63
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
64
 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 604. 
65
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 375-377. 
 
Figura 11.3 - Epiderme da pele fina, onde são visíveis um 
melanócito ( ) e a melanina colocada nas células-tronco 
do estrato basal (B). No estrato espinhoso (E), as pontes 
intercelulares entre os queratinócitos são perceptíveis, e 
uma célula de Langerhans é apontada. Esse estrato, o 
estrato granuloso (G) e o estrato córneo (C) apresentam 
uma pequena espessura. HE. Objetiva de 100x (1.373x). 
 
 
Figura 11.4 - Derme reticular, de tecido conjuntivo denso 
não modelado. Os feixes de fibras colágenas em diferentes 
direções resistem à tração e consequentemente dão firmeza 
à pele. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
Os corpúsculos de Pacini situam-se na derme 
profunda e na hipoderme. Estão, por exemplo, nos 
dedos, na palma das mãos e na planta dos pés. São 
esféricos ou ovais, com um axônio central e lamelas 
concêntricas de células de Schwann e, mais 
externamente, de fibroblastos modificados, contínuos 
ao endoneuro. Nos cortes histológicos, lembram uma 
cebola cortada (Figura 11.5). São mecanorreceptores, 
detectam pressão e vibrações.
66,67,68 
 
66
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342, 520. 
Tatiana Montanari 
Tatiana Montanari 
T. Montanari 
HISTOLOGIA 
 
41 
 
e, conforme a sua carga elétrica, podem conferir uma 
coloração basófila ou eosinófila a essa região (Figuras 
2.23 e 2.24);110,111 
 
 
Figura 2.24 - Representação da célula serosa do pâncreas. 
Baseado em Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia 
básica: texto e atlas. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. pp. 34, 84. 
 
– síntese de glicoproteínas, como a célula caliciforme 
dos intestinos (Figura 2.3) e do sistema respiratório 
(Figura 2.7) e a célula mucosa das glândulas salivares 
(Figura 2.18). A síntese proteica e o início da 
glicosilação ocorrem no retículo endoplasmático 
rugoso, e o restante da glicosilação e o 
empacotamento das glicoproteínas em vesículas, no 
Golgi. Portanto, essas duas organelas são as mais 
desenvolvidas. Os grânulos de secreção comprimem o 
núcleo na base da célula. Geralmente esse material se 
dissolve na rotina histológica, e o citoplasma aparece 
palidamente corado e vacuolizado nos cortes com HE 
(Figuras 2.3, 2.7 e 2.18).112 Entretanto com o PAS, ele 
fica em vermelho ou magenta (Figura 2.25); 
– síntese de lipídios, como as células da suprarrenal 
(ou adrenal) (Figuras 2.22 e 2.26). Elas têm muito 
retículo endoplasmático liso, já que é nessa organela 
que ocorre a síntese dos hormônios esteroides, e 
mitocôndrias, que, além de possuírem enzimas 
envolvidas na síntese, fornecem energia para o 
processo. A abundância dessas organelas 
membranosas torna o citoplasma eosinófilo. Muitas 
gotículas de lipídios com os precursores desses 
 
110 Ibid. p. 82. 
111 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 42-44. 
112 Ibid. pp. 42-43, 45, 297. 
hormônios estão presentes, conferindo um aspecto 
vacuolizado ao citoplasma visto ao microscópio de luz 
(Figuras 2.22 e 2.26);113,114 
 
 
Figura 2.25 - Células caliciformes no intestino delgado 
coradas pelo PAS, devido à presença de glicoproteínas. 
PAS/H. Objetiva de 40x. 
 
 
Figura 2.26 - Células da suprarrenal, cujo citoplasma 
eosinófilo se deve à riqueza em retículo endoplasmático 
liso e mitocôndrias para a síntese de hormônios esteroides. 
A vacuolização é resultado da perda das gotículas lipídicas 
no processamento histológico. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
– transporte de íons, como as células dos túbulos 
renais (Figuras 2.6 e 2.27). A superfície apical da 
célula é bastante permeável à água, aos eletrólitos e às 
pequenas moléculas, e a superfície basolateral 
apresenta invaginações que aumentam a superfície 
para a localização de proteínas que transportam íons, 
como o Na+, para fora da célula.115 As zônulas de 
oclusão entre as células evitam o retorno dos íons 
bombeados. Há muitas mitocôndrias entre as 
invaginações para o fornecimento de energia porque 
esse transporte é ativo (Figura 2.6).116 A presença 
 
113 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 86-87.114 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 48. 
115 HADLER & SILVEIRA. Op. cit., p. 12. 
116 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 81. 
T. Montanari 
T. Montanari 
HISTOLOGIA 41 
 
e, conforme a sua carga elétrica, podem conferir uma coloração basófila ou eosinófila a essa região (Figuras 2.23 e 2.24);110,111 
Figura 2.24 - Representação da célula serosa do pâncreas. 
Baseado em Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia 
básica: texto e atlas. 12.ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. pp. 34, 84. 
 
– síntese de glicoproteínas, como a célula caliciforme 
dos intestinos (Figura 2.3) e do sistema respiratório 
(Figura 2.7) e a célula mucosa das glândulas salivares 
(Figura 2.18). A síntese proteica e o início da 
glicosilação ocorrem no retículo endoplasmático 
rugoso, e o restante da glicosilação e o 
empacotamento das glicoproteínas em vesículas, no 
Golgi. Portanto, essas duas organelas são as mais 
desenvolvidas. Os grânulos de secreção comprimem o 
núcleo na base da célula. Geralmente esse material se 
dissolve na rotina histológica, e o citoplasma aparece 
palidamente corado e vacuolizado nos cortes com HE 
(Figuras 2.3, 2.7 e 2.18).
112
 Entretanto com o PAS, ele 
fica em vermelho ou magenta (Figura 2.25); 
– síntese de lipídios, como as células da suprarrenal 
(ou adrenal) (Figuras 2.22 e 2.26). Elas têm muito 
retículo endoplasmático liso, já que é nessa organela 
que ocorre a síntese dos hormônios esteroides, e 
mitocôndrias, que, além de possuírem enzimas 
envolvidas na síntese, fornecem energia para o 
processo. A abundância dessas organelas 
membranosas torna o citoplasma eosinófilo. Muitas 
gotículas de lipídios com os precursores desses 
 
110
 Ibid. p. 82. 
111
 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 42-44. 
112
 Ibid. pp. 42-43, 45, 297. 
hormônios estão presentes, conferindo um aspecto vacuolizado ao citoplasma visto ao microscópio de luz (Figuras 2.22 e 2.26);113,114 
Figura 2.25 - Células caliciformes no intestino delgado 
coradas pelo PAS, devido à presença de glicoproteínas. 
PAS/H. Objetiva de 40x. 
 
 
Figura 2.26 - Células da suprarrenal, cujo citoplasma 
eosinófilo se deve à riqueza em retículo endoplasmático 
liso e mitocôndrias para a síntese de hormônios esteroides. 
A vacuolização é resultado da perda das gotículas lipídicas 
no processamento histológico. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
– transporte de íons, como as células dos túbulos 
renais (Figuras 2.6 e 2.27). A superfície apical da 
célula é bastante permeável à água, aos eletrólitos e às 
pequenas moléculas, e a superfície basolateral 
apresenta invaginações que aumentam a superfície 
para a localização de proteínas que transportam íons, 
como o Na
+
, para fora da célula.
115
 As zônulas de 
oclusão entre as células evitam o retorno dos íons 
bombeados. Há muitas mitocôndrias entre as 
invaginações para o fornecimento de energia porque 
esse transporte é ativo (Figura 2.6).
116
 A presença 
 
113
 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 86-87. 
114
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 48. 
115
 HADLER & SILVEIRA. Op. cit., p. 12. 
116
 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 81. 
T. Montanari 
T. Montanari 
HISTOLOGIA 
 
31 
 
Apesar disso, esses capilares são mais permeáveis às 
proteínas plasmáticas que os capilares normais, devido à 
diminuição na síntese de proteoglicanas.25,26 
 
As células adiposas, as células de Schwann (células 
do sistema nervoso periférico) e as células musculares 
também apresentam lâmina basal. Como essas células 
não possuem uma superfície basal, alguns autores 
denominam a lâmina basal de lâmina externa.27 
 
5 � ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE DAS CÉLULAS 
EPITELIAIS 
 
As superfícies apical ou basolateral de muitas 
células epiteliais são modificadas para o melhor 
desempenho da sua função. 
 
5.1 � Microvilos (ou microvilosidades) 
 
Os microvilos (do latim villus, tufo de pelos) são 
evaginações da superfície apical da célula que 
aumentam a superfície de absorção. Eles medem 50 a 
100nm de diâmetro e 1 a 3Pm de comprimento. 
Pequenos microvilos são encontrados na superfície da 
maioria das células, mas são mais desenvolvidos nas 
células absortivas, como as dos túbulos renais e as do 
intestino delgado (Figura 2.3), onde são digitiformes e 
possuem filamentos de actina que lhe dão sustentação 
(Figura 2.4).28,29,30 
 
 
Figura 2.3 - Fotomicrografia de células colunares e de 
células caliciformes ( ) no intestino. M - microvilos. HE. 
Objetiva de 100x (1.373x). 
 
 
25 HADLER & SILVEIRA. Op. cit., p. 66. 
26 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 295. 
27 Ibid. pp. 60-61, 68, 71, 79-80, 99. 
28 HAM, A. W.; CORMACK, D. H. Histologia. 8.ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1983. pp. 106, 147, 179. 
29 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 43-44. 
30 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 115-118. 
 
Figura 2.4 - Microvilos observados ao microscópio 
eletrônico de transmissão. G - glicocálix. 13.500x. Cortesia 
de Maria Cristina Faccioni-Heuser e Matilde Achaval 
Elena, UFRGS. 
 
Os filamentos de actina estão conectados entre si 
pelas proteínas fimbrina, vilina, fascina e espina e à 
membrana plasmática pela miosina I e pela calmodulina. 
Ao entrarem no citoplasma, são estabilizados pela malha 
de filamentos de actina e espectrina da trama terminal e 
por filamentos intermediários de citoqueratina.31,32 
 
5.2 � Estereocílios 
 
Sua denominação está relacionada ao fato de 
serem imóveis (do grego stereo, fixos). São 
microvilos longos, com 100 a 150nm de diâmetro e 
até 120µm de comprimento. Assim como os 
microvilos, possuem filamentos de actina no interior, 
mas podem ser ramificados. Aumentam a superfície 
de absorção, como aqueles do trato reprodutor 
masculino, a exemplo do epidídimo (Figura 2.5), ou 
são mecanorreceptores sensoriais, como aqueles das 
células pilosas da orelha interna.33,34,35 
 
Os filamentos de actina são ligados uns aos outros 
pela fimbrina e à membrana plasmática pela ezrina. Eles 
são ancorados à trama terminal pela ∞-actinina. Nos 
estereocílios das células pilosas auditivas, não há ezrina 
e ∞-actinina, e os filamentos de actina são ligados por 
espina.36 
 
 
31 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 93. 
32 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 116-117. 
33 GENESER. Op. cit., p. 137. 
34 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 28. 
35 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 117-120, 949-950. 
36 Ibid. pp. 117, 119. 
T. Montanari 
TATIANA MONTANARI 
 
172 
 
mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em 
forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se 
paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas 
devem servir como mecanorreceptores e nociceptores 
(receptores para dor).60 
As terminações nervosas encapsuladas estão 
envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. São 
os corpúsculos de Meissner, os corpúsculos de Pacini, 
os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais de 
Krause.61,62 
Os corpúsculos de Meissner estão nas papilas 
dérmicas de áreas sem pelos, como os lábios, os 
mamilos, os dedos, a palma das mãos e a planta dos 
pés. São estruturas alongadas, constituídas por 
axônios envoltos pelas células de Schwann, dispostos 
em espiral e contidos em uma cápsula de fibroblastos 
modificados, contínuos ao endoneuro da fibra nervosa 
(Figura 11.2). São mecanorreceptores especializados 
em responder a pequenas deformações da epiderme.63, 
64,65 
 
 
Figura 11.2 - Corte de pele grossa, onde é possível 
observar os estratos basal (B), espinhoso (E), granuloso (G) 
e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, 
com corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x 
(275x). 
 
60 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 603-604. 
61 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
62 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 512-514. 
63 GARTNER & HIATT.Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
64 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 604. 
65 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 375-377. 
 
Figura 11.3 - Epiderme da pele fina, onde são visíveis um 
melanócito ( ) e a melanina colocada nas células-tronco 
do estrato basal (B). No estrato espinhoso (E), as pontes 
intercelulares entre os queratinócitos são perceptíveis, e 
uma célula de Langerhans é apontada. Esse estrato, o 
estrato granuloso (G) e o estrato córneo (C) apresentam 
uma pequena espessura. HE. Objetiva de 100x (1.373x). 
 
 
Figura 11.4 - Derme reticular, de tecido conjuntivo denso 
não modelado. Os feixes de fibras colágenas em diferentes 
direções resistem à tração e consequentemente dão firmeza 
à pele. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
Os corpúsculos de Pacini situam-se na derme 
profunda e na hipoderme. Estão, por exemplo, nos 
dedos, na palma das mãos e na planta dos pés. São 
esféricos ou ovais, com um axônio central e lamelas 
concêntricas de células de Schwann e, mais 
externamente, de fibroblastos modificados, contínuos 
ao endoneuro. Nos cortes histológicos, lembram uma 
cebola cortada (Figura 11.5). São mecanorreceptores, 
detectam pressão e vibrações.66,67,68 
 
66 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342, 520. 
Tatiana Montanari 
Tatiana Montanari 
T. Montanari 
TATIANA MONTANARI 172 
 
mecanorreceptores. Terminações nervosas livres, em forma de bulbo e com trajeto tortuoso, situam-se paralelamente à junção dermo-epidérmica. Elas devem servir como mecanorreceptores e nociceptores (receptores para dor).60 As terminações nervosas encapsuladas estão envolvidas por uma cápsula de tecido conjuntivo. São os corpúsculos de Meissner, os corpúsculos de Pacini, os corpúsculos de Ruffini e os bulbos terminais de Krause.61,62 Os corpúsculos de Meissner estão nas papilas dérmicas de áreas sem pelos, como os lábios, os mamilos, os dedos, a palma das mãos e a planta dos pés. São estruturas alongadas, constituídas por axônios envoltos pelas células de Schwann, dispostos em espiral e contidos em uma cápsula de fibroblastos modificados, contínuos ao endoneuro da fibra nervosa (Figura 11.2). São mecanorreceptores especializados em responder a pequenas deformações da epiderme.63, 64,65 
Figura 11.2 - Corte de pele grossa, onde é possível 
observar os estratos basal (B), espinhoso (E), granuloso (G) 
e córneo (C) e a derme papilar, de tecido conjuntivo frouxo, 
com corpúsculos de Meissner ( ). HE. Objetiva de 20x 
(275x). 
 
60
 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 603-604. 
61
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
62
 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 512-514. 
63
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 340-341, 519-520. 
64
 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 604. 
65
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 375-377. 
 Figura 11.3 - Epiderme da pele fina, onde são visíveis um melanócito ( ) e a melanina colocada nas células-tronco 
do estrato basal (B). No estrato espinhoso (E), as pontes 
intercelulares entre os queratinócitos são perceptíveis, e 
uma célula de Langerhans é apontada. Esse estrato, o 
estrato granuloso (G) e o estrato córneo (C) apresentam 
uma pequena espessura. HE. Objetiva de 100x (1.373x). 
 
 
Figura 11.4 - Derme reticular, de tecido conjuntivo denso 
não modelado. Os feixes de fibras colágenas em diferentes 
direções resistem à tração e consequentemente dão firmeza 
à pele. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
Os corpúsculos de Pacini situam-se na derme 
profunda e na hipoderme. Estão, por exemplo, nos 
dedos, na palma das mãos e na planta dos pés. São 
esféricos ou ovais, com um axônio central e lamelas 
concêntricas de células de Schwann e, mais 
externamente, de fibroblastos modificados, contínuos 
ao endoneuro. Nos cortes histológicos, lembram uma 
cebola cortada (Figura 11.5). São mecanorreceptores, 
detectam pressão e vibrações.
66,67,68 
 
66
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 342, 520. 
Tatiana Montanari 
Tatiana Montanari T. Montanari 
TATIANA MONTANARI 
38 
 
 
Figura 2.17 - O epitélio do couro cabeludo invagina-se, 
formando os folículos pilosos ( ), onde se origina o pelo; 
as glândulas sebáceas, que são glândulas exócrinas 
alveolares ramificadas holócrinas ( ), e as glândulas 
sudoríparas, que são glândulas exócrinas tubulares simples 
enoveladas ( ). HE. Objetiva de 4x (55x). 
 
Em torno das glândulas exócrinas, entre as células 
epiteliais e a lâmina basal, há as células mioepiteliais 
(Figura 2.19). Elas são estreladas ou fusiformes, e os 
prolongamentos se unem por desmossomos. Possuem 
filamentos de actina e moléculas de miosina, que 
promovem a sua contração e assim a compressão da 
glândula e a expulsão da secreção. Há filamentos 
intermediários de citoqueratina, o que confirma a 
origem epitelial, e de desmina, presentes também nas 
células musculares.104,105 
 
104 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 85-86. 
105 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 82. 
 
Figura 2.18 - A glândula submandibular apresenta células 
mucosas e serosas. As células mucosas arranjam-se em uma 
forma tubular ( ), enquanto as células serosas arranjam-se 
em forma arredondada ( ). A porção secretora mucosa 
ramifica-se. É uma glândula tubuloacinosa ramificada 
seromucosa. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
 
Figura 2.19 - Célula mioepitelial ( ) em torno da glândula 
uterina de camundonga. Objetiva de 100x. 
 
 
 
T. Montanari 
T. Montanari 
TATIANA MONTANARI 38 
 
 
Figura 2.17 - O epitélio do couro cabeludo invagina-se, 
formando os folículos pilosos ( ), onde se origina o pelo; 
as glândulas sebáceas, que são glândulas exócrinas 
alveolares ramificadas holócrinas ( ), e as glândulas 
sudoríparas, que são glândulas exócrinas tubulares simples 
enoveladas ( ). HE. Objetiva de 4x (55x). 
 
Em torno das glândulas exócrinas, entre as células 
epiteliais e a lâmina basal, há as células mioepiteliais 
(Figura 2.19). Elas são estreladas ou fusiformes, e os 
prolongamentos se unem por desmossomos. Possuem 
filamentos de actina e moléculas de miosina, que 
promovem a sua contração e assim a compressão da 
glândula e a expulsão da secreção. Há filamentos 
intermediários de citoqueratina, o que confirma a 
origem epitelial, e de desmina, presentes também nas 
células musculares.
104,105
 
 
104
 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 85-86. 
105
 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 82. 
 
Figura 2.18 - A glândula submandibular apresenta células 
mucosas e serosas. As células mucosas arranjam-se em uma 
forma tubular ( ), enquanto as células serosas arranjam-se 
em forma arredondada ( ). A porção secretora mucosa 
ramifica-se. É uma glândula tubuloacinosa ramificada 
seromucosa. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
 
Figura 2.19 - Célula mioepitelial ( ) em torno da glândula 
uterina de camundonga. Objetiva de 100x. 
 
 
 
T. Montanari 
T. Montanari 
TATIANA MONTANARI 
120 
 
São aglomerados de tecido linfoide nodular sob o 
epitélio da cavidade oral e da faringe, parcialmente 
encapsulados, que protegem o organismo contra a 
entrada de antígenos junto com o ar ou com os 
alimentos. Como resposta de defesa, há a proliferação 
dos linfócitos B e a sua diferenciação em plasmócitos, 
os quais produzem imunoglobulinas.14,15 
As tonsilas linguais, situadas no terço posterior da 
língua, são numerosas e com pequeno diâmetro. São 
recobertas por epitélio estratificado pavimentoso, que 
forma uma cripta em cada tonsila. Ductos de 
glândulas salivares mucosas drenam para a base das 
criptas.16,17 
Há um par de tonsilas palatinas entre a cavidade 
oral e a faringe. Elas possuem uma forma de 
amêndoa, com 1,0 a 2,5cm de diâmetro. O epitélio 
estratificado pavimentoso invagina-se, resultando em 
10 a 20 criptas. A infiltração linfocitária pode 
dificultar o reconhecimentodo epitélio. Subjacente ao 
tecido linfoide nodular, há a cápsula de tecido 
conjuntivo denso não modelado (Figuras 7.2 e 7.3). 
Externamente, próximo à base dessas tonsilas, há 
glândulas mucosas.18,19 
 
Podem se acumular células epiteliais descamadas, 
linfócitos e bactérias nas criptas. Nas amigdalites, esses 
acúmulos aparecem como pontos purulentos.20 
 
A tonsila faríngea é única e localiza-se no teto da 
porção nasal da faringe. Apresenta epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado, embora áreas de 
epitélio estratificado pavimentoso possam ocorrer. 
Não tem criptas, mas pregas rasas, as dobras, onde 
desembocam os ductos de glândulas seromucosas. A 
cápsula é mais fina que a das tonsilas palatinas.21 
 
A tonsila faríngea inflamada e hipertrofiada é 
chamada adenoides.22,23 
 
 
 
14 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 276-277. 
15 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 203. 
16 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 308. 
17 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 277-278. 
18 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 307-308. 
19 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 203-204. 
20 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 277. 
21 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 308. 
22 Ibid. 
23 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 203. 
 
Figura 7.2 - Tonsila palatina, onde podem ser observadas 
as criptas de epitélio estraficado pavimentoso, o tecido 
linfoide subjacente com nódulos linfáticos e a cápsula de 
tecido conjuntivo (TC). HE. Objetiva de 4x (55x). 
 
 
Figura 7.3 - Epitélio estratificado pavimentoso da tonsila 
palatina infiltrado por linfócitos ( ). HE. Objetiva de 
40x (550x). 
 
 
T. Montanari 
T. Montanari 
TC 
TATIANA MONTANARI 120 
 
São aglomerados de tecido linfoide nodular sob o epitélio da cavidade oral e da faringe, parcialmente encapsulados, que protegem o organismo contra a entrada de antígenos junto com o ar ou com os alimentos. Como resposta de defesa, há a proliferação dos linfócitos B e a sua diferenciação em plasmócitos, os quais produzem imunoglobulinas.14,15 As tonsilas linguais, situadas no terço posterior da língua, são numerosas e com pequeno diâmetro. São recobertas por epitélio estratificado pavimentoso, que forma uma cripta em cada tonsila. Ductos de glândulas salivares mucosas drenam para a base das criptas.16,17 Há um par de tonsilas palatinas entre a cavidade oral e a faringe. Elas possuem uma forma de amêndoa, com 1,0 a 2,5cm de diâmetro. O epitélio estratificado pavimentoso invagina-se, resultando em 10 a 20 criptas. A infiltração linfocitária pode dificultar o reconhecimento do epitélio. Subjacente ao tecido linfoide nodular, há a cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado (Figuras 7.2 e 7.3). Externamente, próximo à base dessas tonsilas, há glândulas mucosas.18,19 Podem se acumular células epiteliais descamadas, linfócitos e bactérias nas criptas. Nas amigdalites, esses acúmulos aparecem como pontos purulentos.
20
 
 
A tonsila faríngea é única e localiza-se no teto da 
porção nasal da faringe. Apresenta epitélio 
pseudoestratificado colunar ciliado, embora áreas de 
epitélio estratificado pavimentoso possam ocorrer. 
Não tem criptas, mas pregas rasas, as dobras, onde 
desembocam os ductos de glândulas seromucosas. A 
cápsula é mais fina que a das tonsilas palatinas.
21
 
 
A tonsila faríngea inflamada e hipertrofiada é 
chamada adenoides.
22,23
 
 
 
 
14
 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 276-277. 
15
 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 203. 
16
 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 308. 
17
 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., pp. 277-278. 
18
 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 307-308. 
19
 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., pp. 203-204. 
20
 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 277. 
21
 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 308. 
22
 Ibid. 
23
 OVALLE & NAHIRNEY. Op. cit., p. 203. 
 Figura 7.2 - Tonsila palatina, onde podem ser observadas as criptas de epitélio estraficado pavimentoso, o tecido linfoide subjacente com nódulos linfáticos e a cápsula de tecido conjuntivo (TC). HE. Objetiva de 4x (55x). 
Figura 7.3 - Epitélio estratificado pavimentoso da tonsila 
palatina infiltrado por linfócitos ( ). HE. Objetiva de 
40x (550x). 
 
 
T. Montanari T. Montanari 
TC 
TATIANA MONTANARI 
154 
 
 
Figura 9.4 - Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
com células caliciformes da traqueia. As partículas inaladas 
são capturadas pelo muco das células caliciformes ( ), e 
esse muco é deslocado pelos cílios ( ) em direção à 
faringe. HE. Objetiva de 40x (550x). 
 
2.5 � Brônquios 
 
A traqueia bifurca-se nos brônquios primários (ou 
principais), que, ao entrarem nos pulmões, ramificam-
se em três brônquios secundários (ou lobares) no 
pulmão direito e dois no esquerdo: um para cada lobo 
pulmonar. Eles se ramificam nos brônquios terciários 
(ou segmentares): 10 deles no pulmão direito e oito no 
pulmão esquerdo.48,49 
O epitélio é pseudoestratificado colunar ciliado 
com células caliciformes. No tecido conjuntivo 
subjacente, há glândulas seromucosas, e as células de 
defesa podem se acumular em nódulos linfáticos. Nos 
brônquios extrapulmonares, assim como na traqueia, a 
cartilagem hialina é em forma de C, e o músculo liso 
está localizado posteriormente, entre as extremidades 
da cartilagem. Nos brônquios intrapulmonares, a 
cartilagem é irregular, o que faz com que, no corte 
histológico, sejam visualizados pedaços de cartilagem, 
e o músculo liso está disposto internamente à 
cartilagem (Figuras 9.5 e 9.6). 50,51,52 
Além de transportar o ar, a árvore brônquica 
aquece-o pela presença de vasos sanguíneos na sua 
proximidade, umidifica-o pela secreção serosa das 
glândulas e limpa-no através do muco das células 
caliciformes e das glândulas e o movimento dos 
cílios.53 
 
 
 
48 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 173. 
49 ROSS & PAWLINA. Op. cit., pp. 688-689. 
50 GENESER. Op. cit., p. 430. 
51 HAM & CORMACK. Op. cit., pp. 691-692. 
52 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 173-175. 
53 Ibid. pp. 166, 175. 
 
Figura 9.5 - Brônquio intrapulmonar. HE. Objetiva de 4x 
(55x). 
 
 
Figura 9.6 - Aumento maior do brônquio, mostrando: o 
epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com células 
caliciformes, glândulas (G) no conjuntivo subjacente, o 
músculo liso e a cartilagem hialina. HE. Objetiva de 10x. 
 
2.6 � Bronquíolos 
 
A ramificação dos brônquios terciários resulta nos 
bronquíolos (primários).54 Cada bronquíolo ramifica-
se geralmente em cinco a sete bronquíolos terminais.55 
Cada um destes origina, por sua vez, dois bronquíolos 
respiratórios.56 Distalmente há uma simplificação das 
 
54 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 361-362. 
55 HAM & CORMACK. Op. cit., p. 695. 
56 SOROKIN. Op. cit., p. 669. 
G 
Tatiana Montanari Tatiana Montanari 
Tatiana Montanari 
HISTOLOGIA 
153 
 
As pregas vocais também se movimentam graças 
ao músculo estriado esquelético: o músculo vocal, que 
se liga aos músculos intrínsecos da laringe. E há 
ainda, entre o epitélio e o músculo vocal, o ligamento 
vocal, de tecido elástico, contribuindo para a sua 
ação.38 
 
2.4 � Traqueia 
 
É um tubo com 10 a 12cm de comprimento e 2 a 
3cm de diâmetro.39,40 
É revestida por epitélio pseudoestratificado 
colunar ciliado com células caliciformes. O tecido 
conjuntivo subjacente é ricamente vascularizado, o 
que umidifica e aquece o ar. Tem glândulas mucosas e 
seromucosas, e a secreção das células caliciformes e 
das glândulas forma um tubo mucoso, que é deslocado 
em direção à faringe pelo batimento ciliar, retirando 
as partículas inspiradas (Figuras 9.2 a 9.4). Os cílios 
não alcançam a camada de muco, porque interposto 
entre eles há o fluido seroso.41,42 
A traqueia apresenta 16 a 20 peças de cartilagem 
hialina (Figuras 9.2 a 9.3) em C, com as extremidades 
unidas por músculo liso. Os anéis cartilaginosos 
evitamo colapso da parede. A contração do músculo 
diminui a luz, aumentando a velocidade do fluxo de 
ar, o que é importante para expulsar partículas 
estranhas no reflexo da tosse.43,44 
A traqueia é envolvida pela adventícia (Figura 
9.3): tecido conjuntivo frouxo, rico em células 
adiposas, comum aos órgãos vizinhos, como o 
esôfago e a tireoide.45,46,47 
 
 
 
37 ROSS & PAWLINA. Op. cit., p. 682. 
38 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 170-172. 
39 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 358. 
40 LOWE & ANDERSON. Op. cit., pp. 172-173. 
41 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 355, 358-360. 
42 JUNQUEIRA & CARNEIRO. Op. cit., p. 338. 
43 GARTNER & HIATT. Op. cit., pp. 358, 360. 
44 SOROKIN. Op. cit., pp. 655, 657. 
45 GARTNER & HIATT. Op. cit., p. 360. 
46 LOWE & ANDERSON. Op. cit., p. 173. 
47 SOROKIN. Op. cit., p. 658. 
 
Figura 9.2 - Corte da traqueia, mostrando o muco sobre a 
superfície luminal, o epitélio pseudoestratificado colunar 
ciliado com células caliciformes, o tecido conjuntivo com 
muitos vasos sanguíneos e células adiposas e a cartilagem 
hialina. HE. Objetiva de 10x (137x). 
 
 
Figura 9.3 - Fotomicrografia da traqueia, onde são 
visualizados: o epitélio pseudoestratificado colunar ciliado 
com células caliciformes; o tecido conjuntivo com 
glândulas seromucosas; a cartilagem hialina com 
pericôndrio bem desenvolvido na face externa (P), e a 
adventícia (A). Tricrômico de Masson. Objetiva de 10x. 
 
 
 
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P 
Tatiana Montanari 
Tatiana Montanari, UNICAMP

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