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07/08/2019 - Apresentação da disciplina/ Introdução ao estudo das aves • Solicitação de estágio • Doenças nas Aves e Doenças em suínos • Necropsia • Métodos de vacinação das aves • Ministério da Agricultura • Postagem individual de APS - identificação dos autores, seguir o tema proposto, 1 semana para postagem, entrega se encerra antes do início de aula. Mencionar fontes, autores, pesquisa de artigos científicos de 2009 para frente. • Pensar em artigo científico publicado, além do diploma de graduação. Podemos solicitar ajuda de médicos veterinários, que estejam fora da Universidade. • N2 - 6 questões suínos e 4 questões aves 14/08/2019 - Revisão da anatomia e fisiologia das aves - aula prática (PLA) com modelo anatômico Técnica de necropsia em aves domésticas Cavidade celomática – primeiro órgão: Anatomia das aves – técnica de necropsia das aves. Poedeiras comerciais: destinadas a reprodução – ovo fértil – incubado. Crista e barbela bem desenvolvidas: 1,8 a 2,0 kg/PV. Frangos de corte: animal grande, com carne macia, abate com 42 dias. Necropsia de aves Crista e barbela demoram 18 semanas para crescer. Os frangos de corte não desenvolvem as mesmas. Aves reprodutoras tem porte maior. Cavidade celomática: Galinhas não possuem diafragma (região onde estão presentes todos os órgãos). Abrindo essa região repartindo o osso do peito vemos primeiro o fígado com coloração vinho escuro; depois ocorre a visualização de um órgão muscular chamado moela (um dos dois estômagos da ave junto ao pró-ventrículo que também é avaliado), esôfago e papo. Tem intestino (duodeno, jejuno, íleo – duas alças de ceco e cloaca. Vemos os anéis traqueais que se comunicam com os pulmões. O pulmão tem coloração rosa claro, está aderido as costelas e é rígido, por isso os sacos aéreos têm a função de forçar a passagem do ar pelos pulmões, são eles que inflam e desinflam. No total, as aves possuem 9 sacos aéreos distribuídos por todo corpo. A retirada dos pulmões da carcaça é bem complicada, pois este está firmemente aderido as costelas, então para uma melhor avaliação é necessário soltar com os dedos e depois cortar a base para retirar o órgão. Ovários têm coloração amarelada já que produz as gemas do ovo, presença de 2 ovidutos que formam a casca do ovo em si. O ovo é produzido no lado esquerdo já que o lado direito entra em atrofia. Acima do ovário, aderidos a coluna temos os rins com formato comprido/alongado – seu volume é avaliado ainda dentro da carcaça e após remover os outros órgãos, os rins também acabam sendo retirados. A NECROPSIA é feita dentro da própria granja e procura alterações nos órgãos daquele animal. É feita sempre em decúbito dorsal. Normalmente possuem algumas variações, como por exemplo, a depenagem da ave que é opcional. Uma alternativa é molhar as penas para evitar que essas se soltem e voem pelo ambiente. Basicamente serão necessárias pinça e tesoura. Trabalhamos com decúbito dorsal para ser feita a retirada dos conjuntos de órgãos para sua respectiva avaliação. Sempre fazemos uma avaliação externa: olhos, narinas e cavidade oral em busca de secreções e problemas respiratórios. Avaliamos também as penas em busca de ectoparasitas (carrapatos ou piolhos) ou escoriações. A avaliação da cloaca também é feita, assim como os coxins plantares em busca de erosão ou deformação de articulação que indica erro de manejo ou doença. É feito o corte da pele seguido pelo deslocamento da articulação coxofemoral para a avaliação da cabeça do fêmur. Abrimos a pele do animal até a região abaixo do bico para expor a traqueia, esôfago entre outros órgãos; após essa exposição, avaliamos os vasos linfáticos na região cervical. Na cavidade celomática: cortamos as cartilagens para rebater o osso do peito (que pode ser totalmente retirado). O fígado é retirado junto com o pró-ventrículo, moela, alças intestinais e baço. O esôfago é aberto para avaliação de mucosas e vai até a região de papo. O baço tem formato redondo, com coloração similar ao fígado. O intestino deve ser aberto também para procurar eimeria que acomete todos os segmentos. Avaliar a Bursa de Fabricius em busca de doenças imunossupressoras. O conjunto dos ovários e ovidutos estão logo abaixo do conjunto TGI. Apenas o lado esquerdo é avaliado já que o direito atrofia. Os rins, que ficam aderidos a parte dorsal das aves, é comprido e tem coloração de fígado, se houver alguma alteração fisiológica, este estará aumentado e tem seus canalículos cheios de cavidades (gerados por doenças infecciosas). O nervo ciático está na região das coxas dos animais (cordinha branca que deve ser avaliada em ambos os lados ao mesmo tempo). A doença de Marek, que tem sua vacinação obrigatória anualmente, é o motivo dessa avaliação. Os nervos devem estar simétricos. Se assimétricos e um lado mais espesso que o outro é sinal positivo para doença de Marek. Necropsia: decúbito dorsal Região abaixo do peito; Cavidade celomática (não separa o tórax); 1º órgão – fígado exuberante. Sistema digestório: Sistema Respiratório: Sistema reprodutor: Fisiologia do trato respiratório das aves Comparativo entre mamíferos e aves: ✓ Siringe – orgão fonador – diferentes sons; ✓ Pulmões – rígidos; ✓ Diafragma (não possuem diafragma – cavidade celomática); ✓ Sacos aéreos – nomenclaturas com base nas localizações (inspiração e expiração, sem capacidade de trocas gasosas, mobilidade) ✓ Alvéolos x capilares aéreos (análogos em função aos alvéolos pulmonares) – estruturas diferentes; ✓ Ossos pneumáticos – maior leveza a carcaça das aves. Aerosaculite É a inflamação dos sacos aéreos. Pode ter causas bem diferentes: ácaros aspergilose, candidíase, micoplasma (doença respiratória crônica – DRC). O diagnóstico correto só pode ser dado por exames laboratoriais. Sintomas: Respiração pesada e difícil; qualquer exercício provoca um aceleramento dos batimentos cardíacos. O rabo acompanha a respiração, movimentando-se para cima e para baixo. A respiração é ruidosa. A doença pode tornar-se crônica, com os sintomas desaparecendo temporariamente, mas, voltando em seguida. Tratamento: Deve-se descobrir a causa e tratar com os medicamentos apropriados para o combate a cada agente infeccioso. Alguns autores sugerem como medicamento o Trissulfin pela sua larga aplicação. Fonte: Animais de estimação – Pássaros – JBIG Fino e transparente: saco aéreo normal. Micoplasmose: depósito de fibrina e conteúdo caseoso (aerosaculite). Trocas gasosas em contra corrente: Mamíferos Aves: estruturas chamadas capilares aéreos. Mecanismo de contra-corrente: trocas gasosas ocorrem em velocidade muito maior. Ar passa em uma direção oposta ao sangue. Eficiência grande em aves migratórias. Inspiração e Expiração: Inspiração 1 – inalação do ar atmosférico – infla saco aéreo caudal, não solta o ar (saco aéreo caudal); Expiração 1 – ar sai dos sacos aéreos caudais, são pressionados para os pulmões, ocorre a troca gasosa (saco aéreo caudal – pulmões); Inspiração 2 – ar sai dos pulmões, infla o saco aéreo cranial (pulmões – saco aéreo cranial); Expiração 2 – ar sai do saco aéreo cranial e segue para o ambiente externo (saco aéreo cranial – ambiente externo). ATENÇÃO: ✓ Anestesia inalatória – cálculo de volume anestésico; ✓ Contenção da ave: pegar na canela/asa; não comprimir o peito do animal – ele não conseguirá inflar e desinflar os sacos aéreos; ✓ Estresse térmico, abre o bico, ofegação por alguns minutos – desenvolvimento da alcalose respiratória – diminuição da deposição de cálcio nos ovos – correlação direta: ovos com cascamole ou sem casca. (Alcalose respiratória – queda de Ca+=ovos moles). *Granja de poedeiras comerciais – excesso de temperatura no ambiente, doença infecciosa, deficiência nutricional. Caso clínico: Calopsita - Animal prostrado, sem comer direito há 7 dias, aumento/inchaço da região de cabeça e ventre do animal. Trauma? Ave mansa, alimentação a base frutas e grãos, criada solta, só vai para a gaiola para dormir, ave piou alto e caiu da gaiola (bateu a cabeça na quina da mesa). Presença de líquido subcutâneo – hipótese: rompimento do saco aéreo cervical. Sem cirurgia, não existe sutura de saco aéreo, acompanhamento com tratamento paliativo. Animal terá fragilidade no sistema respiratório, porém, conseguirá sobreviver mesmo com rompimento de saco aéreo cervical/ o saco aéreo será inutilizado. Fisiologia do sistema reprodutor das aves Castração de galos – objetivo: diminuição de testosterona circulante, animal inicia o comportamento de fêmea, pode chocar os ovos das galinhas. A fêmea continua botando ovos. Cores das cascas de ovos comerciais: Codornas, Perdiz, Galinha d´Angola, Faisão, Galinhas “Caipiras” – região da glândula da casca. ✓ Presença de pigmentos; ✓ Codorna fêmea – produção individual – todas as manchas iguais (impressão digital). 1 – Infundíbulo – produção da gema – 30 minutos; 2 – Magno – 70% albúmen – tempo de passagem: 3 horas 3 – Intersecção do magno – ístimo 4 – ístimo – 30 % albumen – 1h30. 5 – Cloaca (vagina) – cutícula impermeabilizante – 18/22h 21/08/2019 - Medidas gerais de biosseguridade em granjas comerciais Biossegurança x Biosseguridade A biossegurança previne que pessoas não se firam em um certo ambiente, usando equipamentos e etc – foco no ser humano. A biosseguridade tem o foco da manutenção da saúde/sanidade do animal. Método de prevenção de doenças. Se houver qualquer alteração na saúde dos animais há disseminação de doenças nas pessoas. O objetivo é atingir o potencial zootécnico máximo. Quando um animal de produção fica doente este deve ser medicado com o antibiótico correto, dependente da bactéria agressora, e após sua cura esperar o período de carência das drogas, que é o tempo que o corpo dele demora para eliminar aquele fármaco do organismo. Seja lá qual for a doença o plantel sairá prejudicado o que varia é o quanto. Os métodos de biosseguridade dependem da genética, da nutrição e do manejo. O manejo envolve o controle de doenças, conforto ambiental, programação reprodutiva e as instalações. Alguns alimentos como o milho e a castanhas podem conter micotoxinas que afetam as pessoas (observar o carregamento íntegro). As normas são mais rígidas nas aves de elite, isso ocorre, pois, estes animais possuem a genética muito mais apurada. Quanto mais alta a pirâmide mais rigoroso o método. Objetivo das medidas de segurança de biosseguridade: impedir a entrada de patógenos na granja, identificar e manter os patógenos sob controle, tentar impedir a saída dos patógenos da propriedade, evitar doenças fúngicas, virais ou bacterianas. 1º objetivo: impedir a entrada de patógenos na propriedade, exemplos: utilização de EPI´s, higienização e controle da entrada dos veículos (rodolúvio) – arco de aspersão com desfinfetante e funcionários (pedilúvio) – banho e troca de roupas, barreira vegetal – quebra de disseminação de antígenos pelo ar, isolamento geográfico – mão de obra adequada, qualidade de água e ingredientes da ração (cuidado com micotoxinas), quarentena dos animais. 2º objetivo: identificar e manter os patógenos sob controle: quarentenário (suínos reprodutores, distância de 500 metros mínima), vacinação, limpeza, lavagem e desinfecção – vaiío sanitário de 7 dias (redução da carga de contaminantes), vassoura de fogo, pintura com cal branca, sorologias laboratoriais (órgãos, soro sanguíneo). 3º objetivo: tentar impedir a saída de patógenos da granja: barreira vegetal, tratamento adequado de dejetos – suínos (biodigestor), destino adequado das carcaças (compostagem em casos de morte não infecciosa, fossa, incineração e valas), isolamento geográfico – longe dos centros urbanos, controle de pragas como: roedores (leptospirose), insetos, besouros (armazenamento correto da ração, armadilhas e ratoeiras, raticidas). *os roedores circularão a noite. Rodolúvio Vassoura de fogo Biodigestor Exemplo/pirâmide - AVES: Ex.: bisavós leves – poedeiras (ovos vermelhos: + pesadas). Bisavós pesadas – corte. Trabalhar com maior biosseguridade no topo da pirâmide – estas aves são extremamente relevantes. 28/08/2019 - Vacinação e sorologia aplicada à avicultura Objetivo das vacinas: prevenção de doenças. As vacinas dependem do local de alojamento do animal, realidade da granja, realidade dos animais, vacinação somente de doenças existentes no país, sorologia de 1 dia, entre outros fatores. Tipos de vacinas: 1- Vacina viva atenuada: agente infeccioso com elevada patogenicidade/agressivo, animal travará contato com o agente agressivo e ficará doente. Sinais: manifestações clínicas e índices zootécnicos baixos. Epítopo antigênico: parte imunogênica específica de um determinado tipo de patógeno. O antígeno é obtido através de um indivíduo infectado, atenuado por passagens sucessivas em meios de cultura, redução da agressividade e poder infeccioso (ex.: SPF/Specific Pathogen Free – ovo embrionado, aves criadas em ambientes esterilizados e Cultivo Celular – possibilidade de manter células vivas em um ambiente que não seja o corpo originário das mesmas, através de um conjunto de técnicas que envolvem soluções preparadas com nutrientes, fatores de crescimento, temperatura controlada e outros pontos mais específicos para cada cultura). O epítopo antigênico continua igual/material genético intacto, ele mantém a capacidade de se multiplicar no organismo e induz uma resposta imunitária adequada. Usada para bronquite, por exemplo, e recebem o nome de H-52 e H-120. 2- Vacina inativada: tentativa de melhorar a segurança das vacinas vivas; amostra de antígeno de alta patogenicidade passa por um processo de inativação ocasionando destruição do material genético (formalina – solução aquosa de formaldeído, diluída em 45% ou radiação), o matando. Essa vacina deve ser associada com um potencializador do sistema imunológico. A resposta imune à vacina inativada é principalmente humoral, com pouca ou nenhuma imunidade celular. Esses adjuvantes podem apresentar reações locais em alguns animais. Ex.: vacina antirrábica (animal protegido por 1 – 2,5 anos). 3- Vacinas recombinantes ou vetorizadas: agentes de alta patogenicidade + vetor apatogênico - 100% seguras, não colocação do patógeno agressivo diretamente no corpo do animal. Resposta imunológica: é retirado um segmento do genoma do patógeno (epítopo antigênico) e transferido para o vetor, fenômeno chamado de transfecção de genes, assim o patógeno produzido será semelhante (vetor com cara de patógeno), porém, mais fraco fazendo o corpo reagir àquilo. *o vetor não causa a doença clínica no animal, ex.: Recombitek. As vacinas vivas atenuadas possuem resposta rápida, diminuindo sua potência aos poucos e no fim gerando células de memória. As vacinas inativadas possuem demora para reagir (soroconversão), porém, quando acontece é muito alto e duradouro, ao final da resposta produz células de memória também. Considerando que os frangos serão abatidos em 42 dias, as vacinas usadas neles são as vacinas vivas atenuadas. Para proteção imediata dos animais é usada as vacinas vivas atenuadas e seu reforço a vacina inativada. Métodos de vacinação: Massal – vacinação em quantidade alta de animais, tempo menor, pouca mão de obra; desvantagem: sem controle rígido/eficiência, quanto atingiu de proteção nos animais; Individual– controle melhor de imunização; desvantagem: caro, tempo maior. Em frangos de corte o método é em massa. A vacinação in-ovo ocorre em massa. Doença de Marek (vacina viva atenuada) - (in-ovo: massal, subcutânea do pescoço: individual). Não in-ovo/subcutânea no pescoço: vacinação no pintinho de um dia, que ocorre em método individual. O diluente é de cor vermelha. Vacinação em spray: contra coccídeas - eimeria, lançamento de jato em vários pintinhos ao mesmo tempo, sendo um método de massa. O conteúdo é absorvido via nasal, oral ou ocular – mais fácil. Para não perder a chance de um só pintinho não absorver pode ser usado uma estufa. Spray – coccidea/eimeria. Métodos de vacinação a campo: 1 gota na via ocular, nasal ou oral (usada contra a doença de Newcastle, método individual, vivas atenuadas). É usada um frasco de vacina para dois de diluidores azuis. A coloração prova que a aplicação deu certo. Se aplicada na via ocular, a ponta da língua ficará azulada. Via membrana da asa: usada contra a doença bouba aviaria - pox vírus (pernilongos, a vacina mimetizará o que acontece no bioma) ou encefalomielite aviaria, vacina viva atenuada. Essa vacinação envolve o método individual. Para eficiência de vacinação: notar se foi formado um nódulo. Vacinação injetável: usada contra a doença de gumboro, vacina inativada, é escolhido o musculo da coxa ou do peito. Na coxa, nunca aplicar em dobras. No peito o erro pode ser quanto a localização. Vacinação – método de aspersão: vivas atenuadas, método massal. É feita uma pulverização na cabeça das aves. Realizar nas horas frescas do dia pela necessidade de tudo precisar ficar fechado, sem vento – ventilador fechado. A eficiência da vacina é vista pela coloração azulada através de tabletes das aves ou pelo papel de controle (tipo post-it), o ideal é ver a coloração em concentração e dispersão equilibradas. Vacinação via água de bebida: H2O + leite em pó desnatado para neutralizar o cloro + vacina viva atenuada + corante azul. Para não ter tanto cloro é fechado o dosador de cloro 24 horas antes da vacinação e aberto 24 horas após. Para fazer as aves beberem o líquido azulado em 1 hora, deve ser feito um jejum hídrico não podendo ultrapassar 2 horas. A água não pode ser bebida rapidamente pois indica que elas estão com muita sede, sendo assim, as aves maiores impedirão as menores de tomarem. E elas não podem demorar muito tempo para tomar o líquido, pois, a vacina ficará ineficiente. Vacinação em gel verde: – coccidiose: viva atenuada. Ideal: consumir em até 2 horas. Marek – viva atenuada (in ovo, individual); Coccídea/Eimeria (spray) – viva atenuada (massal); New Castle – viva atenuada (individual); Bouba Aviária (pox vírus) – viva atenuada (individual); Gumboro – viva inativada (individual). 04/09/2019 - Teórica - P1.1 (Unidades 1, 2, 3, 4) – Grupo 11/09/2019 - Principais enfermidades bacterianas das aves I PNSA – Programa Nacional de Sanidade Agrícola Não tem potencial zoonótico: Micoplasmose. Tem potencial zoonótico: Salmonelose, New Castle, Influenza Aviária. 1. Mycoplasma gallisepticum (MG) *agente mais importante + bactérias (principalmente E. coli) Doença Crônica Respiratória (DCR) das Galinhas Sinusite Infecciosa dos Perus Doença Crônica Respiratória Complicada (DCR complicada em galinhas e perus) – bactérias (principalmente E. coli). 2. Mycoplasma meleagridis (MM) Aerossaculite Infecciosa dos perus Dificuldade em toda a estrutura dos sacos aéreos, não ventilação. 3. Mycoplasma synoviae (MS) Sinovite Infecciosa das Galinhas e Perus Problemas locomotores, as vezes tem doença respiratória associada. 4. Mycoplasma iowae (MI) Galinhas e Perus Baixa relevância, não incluído nas normas do PNSA. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA • Condenação de carcaças em abatedouro; • Redução da postura. Ovos bicados “pipped embryos”; • Redução do ganho de peso; • Redução da eclodibilidade e aumento da mortalidade embrionária; • Refugagem; • Piora na conversão alimentar; • Alto custo da medicação. Mycoplasma gallisepticum (MG) *agente mais importante + bactérias (principalmente E. coli) Doença Crônica Respiratória (DCR) Sinais clínicos respiratórios: Pescoço esticado; Nem sempre a secreção estará tão evidente, muitas vezes a ave terá placas de ração aderidas à face; Exsudato catarral; Tosse, espirro – muito espaçado (mais importante); Protusão da língua; Crista e barbela murchas, animal prostrado; Edema de face, lacrimejamento, olhos semicerrados; Febre (ex.: 43°C) – temperatura normal de um galináceo – 41°C. Coleta de material, fazer antibiograma, utilização de SWAB; Soro sanguíneo – punção de veia na asa (3 - 5 ml, sem anticoagulante), separação de sangue e plasma no tubo de ensaio. Doença de notificação compulsória: muitas vezes, tem-se que acionar o MAPA. Doença Crônica Respiratória Complicada Sinais clínicos respiratórios: Lacrimejamento, placas de ração, edema de face, muito agressivo nos animais, manifestações clínicas respiratórias, aves prostradas; Obstrução da traqueia; Tampões caseosos em lúmen traqueal; Agente bacteriano complicador; Necropsia: pulmões avermelhados – hiperemia, hemorragia pulmonar, saco aéreo espesso (aerossaculite) e opaco, fígado com coloração esbranquiçada, grossa camada de fibrina – peri hepatite (agente complicador envolvido), alças intestinais: espuma, líquido amarelado. Mycoplasma meleagridis (MM) Aerossaculite Infecciosa dos perus Sinais e Lesões Macroscópicas: Sinais respiratórios; Queda do desempenho zootécnico; Aerossaculite; Queda na eclodibilidade dos ovos. Mycoplasma synoviae (MS) Sinovite Infecciosa das Galinhas e Perus Sinais e Lesões Macroscópicas: Sinais respiratórios brandos ou ausentes; Inflamação nas articulações – mais importante sinal clínico; Animal com muita dor; Perda de peso; As aves ficarão deitadas (decúbito esternal) – pressão do músculo do peito, lesão no peito; “calo no peito” – catarro (gelatinosos, amarelado, esverdeado. Grande problema de abate: condenação da carcaça, não necessariamente há presença de bactérias. calo no peito ave em decúbito esternal Suspeita de doenças do PNSA/PNSS – notificação ao MAPA – veterinário do MAPA – 24H, granja. Secretária da Agricultura que atende o município vigente. - OU + Diagnóstico diferencial /qual a doença? Comunicação para a Granja Médico Veterinário oficial do MAPA MAPA OIE – Organização Internacional da Saúde Granja Amostras Laboratório credenciado ao MAPA (5 a 7 dias) Interdição preventiva (não tem certeza se existe a doença). Interdição com base em laudo laboratorial Amostras: sangue, pele, gema, clara. Sacrifício dos animais/ Sanitário - valas sanitárias dentro da própria granja. Laboratório: Amostras, avaliação de amostras suspeitas (inoculação) - Specific Pathogen Free (SPF), incubação/selante com esmalte incolor na casca, até o OEG – cultivo de ovos embrionados de galinha. Ovoscopia (ave viva ou não) – vivo: vasta vascularização; morto: sem vascularização (morte entre 5 a 7 dias após a inoculação); Nascimento com 50 dias. OEG - embrião oriundo de amostra demicoplasma: indução ao nanismo, hepatomegalia, esplenomegalia, edema generalizado. Cultivo de bactéria: PCR – não muito utilizado para rotina. Tratamento: Não existe. Elite Bisavós Avós Matrizes – MS em galináceos – tratamento com antibióticos (5 a 7 dias) – suspender certificação – cultura e antibiograma. Base (poedeiras e frangos) MS – galináceos – tratamento; MS – perus – sacrifício. Incubatório Pintinhos eclodidos Ovos bicados “pipped embryos” Ovos inteiros Mortalidade embrionária entre 19 a 21 dias Micoplasma: colher os ovos bicados Micoplasma enfraquecendo os pintinhos 18/09/2019 - Principais enfermidades bacterianas das aves II/ Estudos de Caso (APS 1 – Pulorose aviária) Salmonelose – doença com potencial zoonótico. Doenças das aves de notificação obrigatória: A- Salmonelose; B- Micoplasmose; C- Doença de Newcastle; D- Influenza aviária. 1. Cite os nomes das salmonelas mais importantes para a saúde das aves e outras para a saúde do ser humano. Pulorose: Salmonella Pullorum (sem potencial zoonótico); Tifo: S. Gallinarum (sem potencial zoonótico); Paratifo: demais Salmonellas (principalmente S. Typhimurium e S. Enteritidis) – qualquer tifo aviário que não seja Pullorum ou Gallinarum; possuem potencial zoonótico. 2. Qual a relevância das salmonelas para as aves e para a saúde pública? A salmonelose é uma das principais zoonoses para a saúde pública em todo o mundo, exteriorizando-se por suas características de endemicidade, alta morbidade e, sobretudo, pela dificuldade da adoção de medida no seu controle. Além da importância das medidas preventivas para evitar o risco de infecção da salmonelose na população humana, o controle desta doença é de grande interesse para a economia dos países em que ocorrem esses surtos. Ave transmite bactéria para outra ou ave que transmite a bactéria para o ovo. 3. Quais salmonelas são imóveis? Dois sorotipos são imóveis: S. Gallinarum e a S. Pullorum, que causam respectivamente tifo aviário e pulorose. Sorotipos móveis: incluem-se infecções causadas por Salmonella entérica, subespécie entérica, tipo paratíficas, excluindo a S. Enteridis e a S. Typhimurium. 4. Quais alimentos de origem aviária poderiam transmitir as bactérias para os humanos? Carnes de galináceos e ovos. 5. Como prevenir a doença nas aves? A melhor forma de controle à salmonela é a prevenção da entrada e/ou reintrodução da bactéria. As principais normas de biosseguridade empregadas no controle da infecção de um lote são as corretas medidas de limpeza, desinfecção, higiene e vazio sanitário, bem como o controle de pássaros, roedores, moscas e a eliminação de aves ou lotes infectados. Controles microbiológico de matérias-primas de origem animal nas rações; da água e cama aviária contaminados; cuidados com dejetos e águas residuais e com veículos, são medidas que auxiliam no controle. 6. Cite os tipos de vacinas disponíveis no mercado. Vacina viva inativada (9R) e bacterinas (bactérias mortas ou atenuadas que se administra por injeção subcutânea, intramuscular ou intradérmica, aplicadas para prevenção). A vacina contra salmonela tem baixo custo e pode ser alternativa para proteger setor de aves, porém, a aplicação ainda é vista com desconfiança por produtores; especialistas da área recomendam intensificar fiscalização e conscientização sobre prevenção e programas de biosseguridade. 7. Qual a proposta do estudo do prof. Ângelo Berchieri Jr.? Controle de Salmonella em granjas avícolas e Biosseguridade em Granjas avícolas (escritório PNSA-MAPA para assuntos sobre Salmonella em granjas avícolas). 8. Contra quais salmonelas a vacina imunizaria as aves? S. Enteritidis, S. Gallinarum, S. Pullorum. PULOROSE - AVES JOVENS SINAIS CLÍNICOS: ✓ Diarréia branco-amarelada (chama atenção, mas não é exclusiva, pode ser apresentada em Gumboro); ✓ Respiração modificada; ✓ Material branco ao redor da cloaca; ✓ Pico de mortalidade entre 2-3 semanas de vida (pode matar 100% dos animais). Necropsia em Salmoneloses: *alteração de coloração no fígado (enegrecido), presença de capa de fibrina (perihepatite e pericardite), hepatomegalia, nódulos de coloração branco-amarelada, alterações no coração, folículos ovarianos degenerados e com presença de bactérias, oclusão do infundíbulo, postura intra-abdominal. TIFO – AVES JOVENS E ADULTAS SINAIS CLÍNICOS: ✓ Diarreia branco-esverdeada; ✓ Aves prostradas; ✓ Problemas reprodutivos; ✓ Mortalidade significativa gradualmente (não morrem todas as aves de uma única vez, 50% do plantel). S. Gallinarum: única transmitida de forma horizontal, todas as outras são transmitidas via oral fecal (forma vertical). Não tem ave infectada vinda do ovo. Ovo: mortalidade embrionária e morte rápida dos pintinhos recém-nascidos, cegueira. Nas aves adultas ocorre inapetência, diarreia (não comum mortalidade). DIAGNÓSTICO GERAL DAS SALMONELOSES ✓ ELISA (não distingue pulorose e tifo); ✓ Soroaglutinação rápida em placa (sangue total); ✓ Bacteriologia (baço, fígado, coração, ovário, conteúdo cecal e saco da gema); ✓ Swabs de caixas. Prevenção e Controle ✓ Exclusão competitiva; ✓ Vacinação. PROGRAMA DE CONTROLE DE SALMONELLA EM AVES (BRASIL) Instr. normativa - MAPA - novembro/2003 Avós, bisavós e linhas puras: + para S. Gallinarum, Pullorum, Enteritidis ou Typhimurium = sacrifício/abate do núcleo e eliminação todos os ovos. Matrizes: +para S. Gallinarum ou Pullorum - sacrifício/abate do núcleo e eliminação todos os ovos. +para S. Enteritidis ou Typhimurium (menos agressiva, pode ser feito tratamento) = cancelamento certificação de livre e considerado controlado somente quando da obtenção de resultados negativos e reforço de medidas de biosseguridade. PROGRAMA NACIONAL DE SANIDADE AVÍCOLA – PNSA: presença de fezes de animais que foram abatidos e enviados para valas/fazer higienização do ambiente. Não podemos simplesmente vender a cama como adubo orgânico, deveremos fazer primeiramente o processo fermentativo chamado de enleiramento (elaboração do feno que consiste na junção do material que formará o feno). *enrolar em plástico preto. Enleiramento: temperatura alta em 15 dias. - OU + Diagnóstico diferencial /qual a doença? Comunicação para a Granja Médico Veterinário oficial do MAPA Granja Amostras: sangue, pele, gema, clara. Laboratório credenciado ao MAPA (5 a 7 dias) Interdição preventiva (não tem certeza se existe a doença). Amostras: Teste de triagem, qualitativo: Soroaglutinação Rápida em Placa – SAR (a campo ou em laboratório): 1 gota de sangue total, placa de vidro, antígeno purificado para cada tipo de Salmonella. Se houver aglutinação: positivo, sem aglutinação: negativo. Bacteriologia: colheita do baço, fígado e coração, conteúdo cecal; em adultas: ovários. Cultivo e identificação de Salmonellas. 2 potes: 1 para saco da gema, ceco (cuidado com estas estruturas). 1 para baço, fígado e coração. SWAB de fundo de caixa: colheita do mecônio. PREVENÇÃO: Exclusão competitiva: ingestão de microrganismos benéficos (probióticos) em lúmen intestinal, se não houver sítio de ligação para a Salmonella, a bactéria será eliminada. MAPA OIE – Organização Internacional da Saúde Interdição com base em laudo laboratorial Sacrifício dos animais/ Sanitário - valas sanitárias dentro da própria granja.Vacina viva inativada (9R)/bacterinas (bactérias mortas ou atenuadas que se administra por injeção subcutânea, intramuscular ou intradérmica, aplicadas para prevenção S. Enteritidis, S. Gallinarum, S. Pullorum. Escolha de antibiótico: S. Enteritidis ou Typhimurium fazer cultura antibiograma para identificação do melhor antibiótico – alto custo. 25/09/2019 - Principais enfermidades metabólicas das aves Síndrome Ascitica e Síndrome da Morte Súbita Frangos de corte Os frangos de corte são machos e fêmeas, com 2,6 a 2,8 kg/PV, abatidos aos 42 dias. O peito e a coxa são os cortes mais valorizados. Síndromes respiratórias metabólicas: Mecanismo fisiopatológico da síndrome ascitica: perda de líquido vascular, sai do ambiente intra para o extra, o sangue ficará mais viscoso, aumento de hematócrito, aumento de eritrócitos por mm3 de sangue, aumento de hemoglobina e hipertrofia de átrio e ventrículo direito. Aves que tem ascite possuem dilatação ventrícula direita e flacidez do músculo cardíaco. Os fatores predisponentes podem levar tanto a ascite (caráter crônico) quando a síndrome da morte súbita (caráter agudo), as duas síndromes possuem os mesmos fatores. Mecanismo de morte súbita: acaba quando aumenta a frequência cardíaca causando fragilidade na aorta, esta se rompe. Coágulos de sangue próximos ao coração. Animal precisa estar com toda a musculatura nutrida e oxigenada. Dar prioridade a maturação total do sistema cardiorrespiratório. Fatores predisponentes: 1) Linhagem (linhagem A X B - cresce e ganha peso em maior ou menor velocidade); Linhagem a qual o animal pertence (alta taxa de crescimento), dar prioridade para linhagens que crescem menos em maior tempo. 2) Sexo (macho X fêmea); Lotes de fêmeas e lotes de machos: o macho é mais predisposto, pois ganha mais peso nas primeiras semanas de vida; 3) Altitude (serra X mar); Altitude: onde as aves serão alojadas, montanha, mar – ar rarefeito; 4) Ração (farelada X peletizada); Ração de alta energia peletizada, alto nível de Na+ - alto teor de gordura, mais energética, mais O2 para a digestão do alimento. 5) Época do ano (verão X inverno); Estação do ano – verão x inverno – os animais comem mais no inverno. 6) Doenças pulmonares: predisposição para patologias. *manejo: programa de iluminação para frangos de corte. Toda carcaça de corte que chegar com presença de líquido ascitico será condenada. O líquido fica viscoso e amarelado em contato com a atmosfera. Destino da carcaça: compostagem. Manifestações clínicas: dificuldade respiratória, dispneia, cianose de crista e barbela, líquido comprimindo os sacos aéreos. Aumento de frequência cardíaca e débito cardíaco (aumento de consumo de O2) – hipertensão pulmonar. Ave com ascite: Não come normalmente, vesícula acumulada com os sais biliares (grande e dilatada). Palpação do peito, presença de flutuação de líquido. Abrindo a carcaça: líquido gelatinoso com coloração amarelada, dilatação cardíaca direita, fígado com coloração avermelhada, ruptura da artéria aorta. Morte com o peito em decúbito esternal (osso esterno apoiado ao chão). Síndrome da Morte Súbita: morte, após piar muito alto. 30s a 1 minuto. Não tem congestão pulmonar, nem alterações no fígado. Sistema digestório: moela com alimento. Ruptura de artéria aorta. Produtor novato: cuidados para que não se desenvolva ascite ou síndrome da morte súbita nos animais. Prevenção e controle: Eliminar os fatores predisponentes. Micotoxicoses em Avicultura Aflatoxinas: Diminuem o desenvolvimento corporal dos animais; Carregamento de milho deve ser monitorado, em época de entre safra; Presença de fungos: época não favorável. Utilização de adsorvente de micotoxina (custo); Grupos: Sem aflatoxina/sem adsorvente (grupo controle); Com aflatoxina; Com aflatoxina/com adsorvente. Hepatomegalia: tumores em fígado, esteatose hepática e comprometimento renal. Ocratoxinas: Sequestro de carotenoides, síndrome da ave pálida – patas, bico e pálpebra, febres aquosas; Confusão com aflatoxicose, pois também possui hepatomegalia, lesão hepática e comprometimento renal. Tricotecenos Atinge a região de palato da ave, fenda em coana, presença de úlceras na cavidade oral: não come, porém, tem fome (ração disponível), bica e “toma choque” no bico. Zearalenona Micotoxina com poder estrogênico, aves em maturidade sexual precoce, plumas com sujidades e prolapso de cloaca (tom vermelho, outras aves podem bicar e ocorrer canibalismo) – animais desenvolvem maturidade sexual antecipada. Alcalóides do Ergot: Necrose de crista e extremidades, pálpebras e pés, além da piora da conversão alimentar e mortalidade. • Produzidas pelo fungo Claviceps purpúrea; • Sintomas em aves: necrose de crista, pálpebras e pés, além da mortalidade e piora da conversão alimentar. Controle das micotoxicoses: • Inspecionar os grãos; • Cuidados na estocagem dos ingredientes e ração; • Utilização de adsorventes. 02/10/2019 - Quiz/Estudo de Caso - P1.2 (Unidades 6, 7, 8) 09/10/2019 – Principais enfermidades virais das aves I Influenza Aviária Caracterização da doença: A influenza Aviária (IA) é uma doença contagiosa causada pelo vírus Influenza. Lista A da OIE; Exótica no Brasil; Orthomixovírus tipo A; Sinais respiratórios, reprodutivos e neurológicos; Zoonose; Múltiplos hospedeiros susceptíveis. Suínos: recipiente de mistura para vírus de influenza humanos e aviários. Até agora, das 130 pessoas infectadas, 35 foram à óbito devido a Influenza Aviária na China (H7N9 - 16 tipos de hemaglutinina e 9 tipos de neuraminidase). O alerta e a prevenção são sempre necessários e oportunos, mas o alarmismo junto a população não é uma atitude recomendável. Difusão dos vírus: aves migratórias são reservatórios naturais há milhares de anos, principalmente aquáticas. Modo de difusão: Ave – Humano Informações básicas: vírus de aves, usualmente não infecta humanos; Difusão entre humanos não está confirmada; Aves excretam vírus pelas secreções nasais e oculares e pelas fezes; Contaminação: material fecal, oronasal e ocular. Carne? Não existem evidências da difusão do vírion pela carne cozida. Sinais clínicos: Colheita de material: Animais mortos Baço; fígado, cérebro, traqueia, pulmão, proventrículo, sacos aéreos, swab oro-nasal, tonsilas cecais, intestino. Animais vivos Swab de cloaca; Fezes frescas; Swab de traqueia; Soro sanguíneo. MAPA: Suspeita de doença? comunicar o MAPA/colheita de amostras em animais vivos. Laboratório credenciado de Campinas. OIE... Identificação do agente: Isolamento viral; PCR; Imunohistoquímica; Precipitação em gel de agarose; ELISA. Aves que entram no país, e aves que saem do país de forma ilegal. Aves migratórias – normalmente possuem resultados negativos, se der positivo – não tem muito o que fazer, ocorreu entrada do vírus no país. Pessoas também podem carregar o vírus, não existe controle das pessoas. (na Alemanha existem detectores de temperatura, mas não é totalmente eficiente, pois, é necessário que se barre muitas pessoas para o teste). Transmissão, somente de animais vivos. Cargas virais baixas em animais mortos, como cozinhamos/assamos/fritamos a carne, não ocorre a contaminação. H5, H7 e H9 – mortalidade 100% H5N1, H7N7, H9N2 (alta letalidade) Galináceos (HHN1 e H7N7, zoonose), codornas (H9N2, zoonose), aves aquáticas de vida livre (todos os tipos de Influenza). Em local destinado para produção animal: uma única espécie, ex. corte, poedeiras, codornas, etc. assim, minimiza-se o risco da doença. Máquinas de partículas virais: humano x aves x suínos (cada espécie com um tipo de vírus, podem fazer mistura de partículas virais fazendo mutação do vírus), criação de subsistência. Manifestações: Manifestaçõesneurológicas, aves “pedalando no ar”, opistótono (pescoço esticado e bico para o alto, torcicolo), febre, crista e barbela caída, exsudato caseoso, edemas de face, conjuntivite/lacrimejamento, sem lesão/manifestação patognomônica. Para fechar o diagnóstico: isolamento do agente em laboratório. Sem tratamento específico, fezes e secreções respiratória (tosse, espirro) – contaminação de equipamentos, fômites, água, ar, pessoas (roupas e calçados), liberação de vírus para aves do mesmo ambiente, não existe transmissão vertical do vírus (da reprodutora para o ovo). Necropsia: Esplenomegalia, hemorragia em tonsilas cecais, folículos ovarianos disformes e hemorrágicos. Por que descartar os ovos? Porque possuem contato com a cloaca e ovários. China: autoridades comiam frangos para mostrar à população que não existe a transmissão do vírus desta forma (frango frito). Alemanha – H5N1 (mesmo vírus que circulava entre os galináceos, gatos, focas, ruminantes, equinos, furões, suínos. TV: informação sobre a eutanásia, mostrava as imagens, donos de felinos visualizavam os sintomas e descobriam a doença. Médico Veterinário: genotipagem do vírus (1 semana para a conclusão do diagnóstico, animal morre). Onda de abandono de gatos. Como os gatos se infectam? Gatos são caçadores de aves de vida livre. Granjas industriais atraem animais de vida livre. Rinhas de galo – contato próximo de uma ou duas aves infectadas, frangos vivos vendidos em bancas de rua. Brasil – Mercado Municipal de BH, alas com aves de várias espécies, origens diferentes, idosos que se aposentam e iniciam uma pequena criação de aves de diversas espécies nem sempre monitoradas. Itália – lotes de perus de corte, reprodução de aves de corte – H5N1. Vacinação: Não existe vacina registrada no Brasil. (doença exótica). Se importar vacina inativada, estamos trazendo o vírus para o país. Exterior: Vacinas Inativadas; recombinantes. Prevenção e controle: Medidas gerais de biosseguridade: ex.: insensibilização com CO2 em massa, aves vivas com mortas; sacrifício das sobreviventes e colocação em valas em áreas restritas na propriedade; processo fermentativo com lonas pretas. New Castle Caracterização da doença: Enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia verde brilhante, edema da cabeça. A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da amostra do vírus: APMV tipo I – paramixovírus. Zoonose (só conjuntivite). Os sinais clínicos apresentados são semelhantes a outras doenças infecciosas que causam sintomas digestivos e respiratórios. Os animais acometidos apresentam conjuntivite, secreções nasais, dificuldade para respirar (bico aberto), fezes de coloração esverdeada brilhante (do início ao final da doença), dificuldade de permanecerem em pé, torcicolo e paralisia (opistótono). Necrópsia: Esplenomegalia, hemorragia em tonsilas cecais, folículos ovarianos disformes e hemorrágicos. A principal via de transmissão é a horizontal (de ave para ave), através de aerossóis. O vírus é eliminado na fase de incubação, na fase clínica e na convalescença da doença. O vírus está presente no ar expirado, nas descargas respiratórias, nas fezes, nos ovos de aves doentes e em todas as partes da carcaça. 1 - Velogênico Viscerotrópico: possui alta patogenicidade, levando a altos índices de mortalidade. As lesões mais comuns neste caso são intestinais e respiratórias hemorrágicas. 2 - Velogênico Neurotrópico: são cepas altamente patogênicas que apresenta sintomas respiratórios e nervosos, levando a um índice elevado de mortalidade. Obs: IPIC – superior 0,7 (doença duper agressiva – 1 e 2) Sacrificar o lote. Viscerotrópico mais agressiva que neurotrópico. Essa patogenicidade pode variar de muito alta (amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) a muito baixa (amostra lentogênica). O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus. A DNC é considerada uma doença de distribuição mundial, com áreas onde é endêmica, ou com áreas/países considerados livres da doença. Dependendo da virulência da cepa viral, pode manifestar-se em diferentes graus de severidade, que variam desde uma infecção subclínica, onde os sintomas são inaparentes ou discretos, até uma doença fatal, que aparece repentinamente e resulta em alta mortalidade das aves. Testes de inoculação permitem caracterizar e classificar o vírus da doença de Newcastle em cinco patótipos. Por patótipo entende-se o grau de patogenicidade do vírus e, portanto, severidade da doença causada por determinada cepa do vírus. Cepas altamente patogênicas do VDN pertencem aos patótipos denominados. 3 – Mesogênico Neurotrópico: esse tipo possui um baixo índice de mortalidade e, geralmente, acomete animais jovens. Apresenta sintomatologia respiratória mais branda e, certas vezes, sintomas nervosos. Causa queda na postura de ovos. 4 - Lentogênica ou Vacinal: estas cepas são utilizadas na fabricação de vacinas. Os sintomas apresentados são infecções respiratórias brandas. Quando os valores do IPIC (índice de patogenicidade de uma cepa viral) são inferiores a 0,6 não causam a doença. 5 - Entérica Assintomática: essa cepa ataca o intestino, levando a infecções entéricas. Também está sendo utilizada na fabricação de vacinas. O diagnóstico do vírus pode ser realizado pela inoculação de macerados de órgãos de aves suspeitas em ovos embrionados ou por testes moleculares, como RT-PCR. A confirmação do isolamento viral é feita por testes de inibição da hemaglutinação (HI), que permitem também o diagnóstico diferencial de vírus de influenza aviária. Amostras virais identificadas como Newcastle, isoladas em ovos a partir de surtos em que ocorra a suspeita da doença devem ser então testadas in vivo em pintos, ou caracterizadas por sequenciamento de DNA, para determinar a sua patogenicidade. Sinais clínicos: Colheita de material: Animais mortos Baço; fígado, cérebro, traqueia, pulmão, proventrículo, sacos aéreos, swab oro-nasal, tonsilas cecais, intestino. Animais vivos Swab de cloaca; Fezes frescas; Swab de traqueia; Soro sanguíneo. Não há tratamento. Deve ser feito um controle e prevenção da doença através da vacinação (vacinas vivas atenuadas; a única que não pode ser primovacinação: LASOTA, menos atenuada de todas, destrói cílios traqueais, apresentando tosse e espirro) restrição do acesso de pessoas, aves e seus produtos à granja e medidas sanitárias adequadas (biosseguridade). 16/10/2019 – Principais enfermidades virais das aves II (APS doença de Gumboro) Bouba aviária Doença comum e de fácil diagnóstico por ser de caráter comum nas aves. Agente: Poxvírus aviário: O vírus se dissemina frequente em galináceos, perus, podendo ser encontrado em outras aves menos atípicas (pombos, rolinhas) Obs: Para Canários a doença é letal por obstrução das vias aéreas. Vetor: Culex sp. E Aedes Aegypt sp – mosquitos picadores costumam ser carreadores da doença Qual a relevância para canários? R: criadouros comerciais de canários no interior de SP possuem interesse no tratamento desta doença. Forma de transmissão: Horizontal A. Como uma ave doente pode transmitir o poxvírus para uma ave saudável? R: liberação nas fezes, mas pode ocorrer durante a sazonalidade. B. Qual época do ano é mais comum? R: normalmente durante o verão ocorre um aumento dos casos. C. Qual parte do galináceo o mosquito tem afinidade? R: observar as lesões das picadas, que costumam ser locais sem penas e ocorrem de duas formas: Cutânea: presença de nódulos secos e enegrecidos nas áreas isentas de penas, crista, canelas, barbela, olhos, lateral da face). Diftérica: placas amareladas aderidas ao epitélio respiratório, que obstruem a entrada de ar (óbito por asfixia), firmementeaderidas ao trato digestório (locais onde enxergarmos): cavidade oral e papo. Esse formato de doença é característico de Bouba Aviária, portanto os sintomas não são genéricos e sim específicos para essa doença. Só possível observar durante a necropsia. Obs: Perus não tem penas, por isso todas as áreas são compatíveis para diagnóstico da Bouba Aviária. Tratamento: Doença viral, portanto, não há tratamento, apenas prevenção Prevenção e Controle: 1.Medidas de biosseguridade; 2.Evitar água parada para cortar o ciclo dos vetores; 3.Método de vacinação: via membrana na asa do tipo ATENUADA (método individual), testado a partir da presença de nódulo 7 dias após a vacinação; associação ao controle de vetores. Doença de Marek • 100% das aves industriais são vacinas contra a doença de Marek/ New Castle; importante vacinação • Quem fez a descoberta da doença foi Josef Marek; • Característica da doença: doença oral causada por um herpes vírus; • Grau de mortalidade baixo, mas com alto prejuízo econômico; falha vacinal. Agente: Herpevírus →Causa diversos tumores; →Imunossupressão; →Comum em casos de não vacinação. Sinais clínicos Claudicação unilateral – (mancam de uma pata só), o lado que começa é indiferente (espessamento do nervo ciático); Lateralização do animal e peitoral permanentemente no chão, “abre espacate”; uma das patas pode ficar para o lado; Asa normal ou esticada (paralisia unilateral de asa, uma asa paralela ao corpo e outra encostando no chão); Cegueira: opacidade de íris (cinza azulado) – avaliar o olho cego e o olho normal e irregularidade de pupila; Fácil de identificar a cegueira? R: não, pois em granjas temos muitas, porém, o comportamento normal das aves é fugir, durante a fuga as aves cegas irão colidir em paredes, bebedouros e comedouros. Foliculite: o herpes vírus se multiplica nas células da pena; folículos da pena – inflamado (eliminação de partículas virais, que podem ser inalados). Aspecto repugnante. Evolução clínica Calo no peito; óbito por desidratação levando a agonia; Necropsia: Lesão patognomônica: espessamento unilateral do nervo ciático, que apresentará coloração amarelada e aspecto áspero ao toque, nódulos, hepatomegalia friável (aumento de até 10x em relação ao tamanho normal), massa tumoral na região da ala intestinal, palidez da carne, massa tumoral no pró ventrículo – moela (espessamento de parede). *Alterações com características tumorais, presente no órgão. Esplenomegalia (baço), nódulos tumorais no fígado – hepatomegalia; massa tumoral em alças intestinais. Coloração diferenciada, textura friável. Transmissão • Horizontal (de reprodutora para ovo); • Contágio oral; • Não possui potencial zoonótico. Prevenção e controle Biosseguridade a campo; Vacina viva atenuada: → Aplicada no ovo com 19 dias de incubação (rápido e prático); → Pintinhos com até 1 dia de vida – mesa vacinadora automática (individual de vacinação) e corante azul para identificação ➔ Os incubatórios de poedeiras utilizam o método de 1 dia, pois só vacinam fêmeas. Bronquite Infecciosa das Galinhas → Sigla BIG – característica respiratória de aves jovens → Não tem importância para saúde pública, apenas para criadouros comerciais (não tem potencial zoonótico). Agente: Corona Vírus. Caráter mutagênico Sinais Clínicos Característica respiratória; outras doenças de acordo com a categorização das aves: Jovem: doença respiratória, com edema de face, conjuntivite, bico aberto, placas de ração aderida ao bico; problemas de postura; Poedeiras comerciais adultas: apresentam alterações nos ovos (enrugados/amassados/ casca mole/ sem casca) por encurtamento do oviduto (1/3 do tamanho original); *descarte dos ovos/não manter ovos deformados ao lado dos normais. Clara do ovo parecendo água (liquefeita), menos viscoso e com alteração da qualidade interna. O ovo que compramos em supermercado deve ser normal e fresco (gema fica bem alta e a clara bem condessada perto da gema), a validade e a fabricação as vezes comprometem o frescor, por isso a importância da validade. Frangos de corte com bronquite: nefrite (acúmulo de urato, rim aumentado), fezes esbranquiçadas. → reclamação do reprodutor: “a cama do meu aviário virou lama dentro de 2-3 dias” aumento do volume de urina. Pode ocorrer problemas respiratórios, mas não é comum. Ave adquire bronquite, após a eclosão. Necropsia: Jovens: espessamento de sacos aéreos, aerossaculite com exsudato caseoso – condenação de carcaça. Poedeiras comerciais adultas: ovitudo com encurtamento. Diagnóstico Prova de isolamento viral, ovos SPF (inoculados). Amostra de secreção nasal colhido com swab da traqueia, nanismo e embolamento do embrião. Epidemiologia • Horizontal; • Adquirida após a eclosão; • Transmissão/Contágio: ocorre por secreção nasal (espirro ou tosse). Manter um galpão distante do outro faz com que a doença não se propague tanto no ar e nem atinja outros animais facilmente. Tratamento Não há tratamento por ser de etiologia viral, apenas controle; Adota-se medidas de biosseguridade; Vacinas vivas atenuadas: H120 (mais atenuada): indicada para primovacinação; H52 (menos atenuada): maior residual de patogenicidade, por isso não é recomendada para primovacinações, pois podem causar destruição dos cílios traqueias – reação pós vacinal. Ex: se a ave inalar poeira ela não conseguirá fazer a filtração, pois não terá cílio traqueal, por isso apresentará tosse e com o passar do tempo poderá se tornar colônia de bactéria. Vacinas inativas: Utilizadas para aves que vivem muito tempo nas granjas (poedeiras comerciais ou reprodutoras). Protocolo de Vacinação • 1° dose: H120; • 2° Reforço com H52. Ex: caso o médico veterinário escolha iniciar o protocolo de vacinação com a H52, o animal terá uma reação pós vacinal que desencadeará sintomas clínicos semelhantes à bronquite in Na Para Prova: “Monte um caso clínico clássico de bronquite infecciosa em poedeiras comerciais”. R: em poedeiras comerciais não é comum encontrarmos nefrite. Para poedeiras comerciais são mais comuns problemas no oviduto e nos ovos. Aves jovens possuem mais chances de doenças respiratórias. 23/10/2019 – Introdução ao estudo dos suínos/Principais enfermidades respiratórias dos suínos 30/10/2019 – Teórica - P2.1 (Unidades 10, 11) – Grupo/APS 3 – Rinite atrófica
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