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Relatorio de Corantes PDF 23-06-2020

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FACULDADE SALESIANA MARIA AUXILIADORA 
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
 
 
 
 
 
GÂNDARA MARCHIORI 
GLEICY MARINS DE MEDEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEPARAÇÃO DE CORANTES PRESENTES EM 
DOCES COMERCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macaé – RJ 
2020
GÂNDARA MARCHIORI 
GLEICY MARINS DE MEDEIROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEPARAÇÃO DE CORANTES PRESENTES EM 
DOCES COMERCIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório apresentado sob orientação da 
Professora Dra. Cristiane Marinho em 
cumprimento às exigências da Disciplina 
de Físico-química e Química Analítica 
Experimental, na Faculdade Salesiana 
Maria Auxiliadora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macaé - RJ 
2020 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 1: Porcentagem de uso de corantes, no mundo, pelas indústrias de 
alimentos e bebidas..................................................................................................7 
FIGURA 2: Nome dos onzes corantes permitidos no Brasil e suas classificações..8 
FIGURA 3: Papel de filtro cortado em forma sanfonada.........................................12 
FIGURA 4: Corrida cromatográfica..........................................................................13 
FIGURA 5: Papel cromatográfico de corantes presentes nas pastilhas de chocolate 
feito com papel de filtro............................................................................................14 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO................................................................................................5 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................6 
2.1 Corantes em alimentos................................................................................6 
2.2 Corantes artificiais........................................................................................7 
2.3 Legislação......................................................................................................8 
2.4 Corantes artificiais e seus malefícios à saúde...........................................9 
2.5 Cromatografia em papel.............................................................................10 
 
3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................11 
3.1 Materiais.......................................................................................................11 
3.2 Métodos........................................................................................................11 
3.2.1 Confecção do papel cromatográfico..............................................................11 
3.2.2 Extração dos corantes presentes em doces.................................................12 
3.2.3 Separação dos corantes no papel de filtro....................................................12 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................13 
 
5 CONCLUSÃO.................................................................................................16 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A cor é um atributo muito importante, e usualmente, os consumidores 
associam a cor à qualidade do alimento. A indústria alimentícia utiliza amplamente 
corantes para conferir, restaurar ou intensificar a cor dos alimentos e para garantir 
a padronização dos produtos (RODRIGUES, 2015). 
Os corantes naturais geralmente são instáveis e sofrem degradação durante 
o processamneto e armazenammento dos alimentos. O corantes artificiais 
possuem, diversas vantagens em relação aos naturais, entre elas, a maior 
estabilidade (oxigênio, calor, pH), uniformidade, poder corante maior, menor custo 
de obtenção e maior solubilidade em água. Contudo, são relatos vários problemas 
de saúde relacionados ao consumo destes aditivos. 
Os aditivos alimentares causam efeitos à saúde e para avaliar estes 
possíveis defeitos, é de grande importância possuir dados relativos à exposição a 
estas substâncias. Para isso, são necessários três dados essenciais: o consumo do 
alimento, a concentração da substância no alimento e o peso corpóreo (individual 
ou média da população em estudo). 
A variação de cor nos alimentos durante as estações do ano e a 
cosequência de seu processamento e armazenagem muitas vezes fazem a adição 
de cor algo comercialmente vantajoso no intuito de manter a cor esperada ou 
preferida pelo consumidor. Algumas das principais razões para isso incluem: 
compensar a perda de cor devida à luminosidade, ar, excesso de temperatura, 
umidade e condições de armazenagem, afim de realçar cores naturamente 
presentes; Conferir identidade aos alimentos; Proteger flavores e vitaminas dos 
danos causados pela luz; Propósitos decorativos (RODRIGUES, 2015). 
O presente trabalho tem como objetivo realizar uma técnica de análise 
rotineira usada em laboratórios de análise, a cromatografia em papel, para 
separação dos aditivos que são empregados em alimentos, a exemplo dos 
corantes, que estão presentes em doces comerciais. 
 
 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Corantes em alimentos 
 
O fato do ser humano ser atraído por alimentos e bebidas que ostentem 
cores agradáveis é um fenômeno institivo. A cor está ligada a diversos aspectos da 
vida e tem influência em muitas decisões diárias, inclusive aquelas relacionadas 
aos alimentos. Para se ter uma ideia dessa relação, Angelucci et al. afirmam que 
os órgãos dos sentidos do ser humano captam cerca de 87% de suas percepções 
pela visão, 9% pela audição e os 4% restantes por meio do olfato, do paladar e do 
tato (OLIVEIRA, 2014). 
A aceitação do produto alimentício pelo consumidor está diretamente 
associada à sua cor. A cor de um alimento ou de uma bebida é uma das primeiras 
características reconhecidas pelos sentidos dos compradores e consumidores. De 
acordo com Queija et al. (2001), a cor é tão fundamental que é capaz de aumentar 
o prazer de consumir um determinado alimento. Desta forma, a aparência do 
alimento pode exercer efeito estimulante ou inibidor do apetite. A alimentação, além 
de necessária para sobrevivência, é também uma fonte de prazer e satisfação. Por 
esse motivo, o setor alimentício preocupa-se tanto com a aplicação de cores e 
obtenção de alimentos que agradem os olhos do consumidor. 
Embora o consumo de um determinado alimento devesse depender 
principalmente do seu valor nutricional, a sua cor, aroma e textura são fatores que 
influenciam bastante na preferência da compra. Dentre estes fatores, a cor é o 
mais importante fator de escolha, já que a aparência na maioria das vezes 24 é o 
que mais facilmente desperta a atenção do consumidor (OLIVEIRA, 2014). 
Não há publicações sobre o tamanho exato do mercado de corantes 
alimentícios, porém a pressão dos consumidores, as mudanças sociológicas e 
tecnológicas e os avanços da indústria de processamento de alimentos têm 
aumentado o mercado global de corantes. Os derivados de corantes naturais 
tiveram um crescimento significativo, em virtude das melhorias em termos de 
estabilidade e o interesse das indústrias alimentares em atender à crescente 
precepção do consumidor de que “natural é melhor”. 
A Figura 1 apresenta a distribuição do uso de corantes em alimentos e 
bebidas no mundo, mostrando claramente o grande emprego desses aditivos 
sintéticos pelas indústrias de alimentos. 
 
Figura 1: Porcentagem de uso de corantes, no mundo, pelas indústrias de alimentos e 
bebidas. 
 
Fonte: Oliveira, 2014. 
 
2.2 Corantes Artificiais 
 
Na produção industrial de alimentos ainda existem um uso maior de corantes 
artificiais comparado aos corantes naturais. Contudo, eles levantam preocupações 
significativas. Ao longo do século passado, os corantes alimentares foram 
considerados substâncias que conferem maiores riscos à saúde do que qualqueroutra categoria de aditivos alimentares (RODRIGUES, 2015). 
A capacidade de colorir dos corantes artificiais é superior à da maior parte 
dos obtidos de produtos naturais, sendo assim, adicionados aos alimentos em 
pequenas quantidades. Além disso, são mais estáveis, produzem cores mais 
uniformes e se misturam facilmente uns com os outros para dar uma grande 
variedade de tonalidades. Normalmente esses corantes não contem sabor 
desagradável ao contrário de alguns corantes naturais que trazem características 
das matérias primas de origem, como por exemplo, os derivados da beterraba 
(PRADO et. al., 2004). 
A maioria dos corantes artificiais utilizados em alimentos pertencem aos 
seguintes grupos químicos: corantes azóicos, derivados do trifenilmetano, 
indigóides e xantenos, e são descritos a seguir na figura 2 (OLIVEIRA, 2014). 
 
Figura 2: Nome dos onzes corantes permitidos no Brasil e suas classificações. 
 
Fonte: OLIVEIRA, 2014. 
 
2.3 Legislação 
 
Com a utilização cada vez maior de aditivos, os corantes sintéticos, os 
países começaram a estabelecer legislações para controlar seu uso. Assim, 
comitês internacionais, têm sido criados com o intuito de estabelecer 
especificações e critérios para a utilização de aditivos alimentares, incluindo os 
corantes sintéticos (QUEIJA et al., 2001). 
Os aditivos usados mundialmente são identificados pelo Sistema 
Internacional de Numeração de Aditivos Alimentares. Esta identificação foi 
elaborada pelo Comitê do Codex sobre Aditivos Alimentares e Contaminantes de 
Alimentos com o propósito de estabelecer um sistema numérico internacional de 
identificação dos aditivos alimentares pelo INS (International Numbering System) 
como alternativa à declaração do nome específico do aditivo (BRASIL, 2001). 
A Legislação Brasileira define “corante” como a substância ou a mistura de 
substâncias que possuem a propriedade de conferir ou intensificar a coloração de 
alimentos e bebidas (BRASIL, 1978). 
Segundo a legislação brasileira, os corantes são classificados como: 
 
1. Corante orgâncio natural: aquele obtido a partir de vegetal, ou 
eventualmente, de animal, cujo princípio corante tenha sido isolado com 
o emprego de processo tecnológico adequado. 
2. Corante orgânico sintético: aquele obtido por síntese orgânica mediante o 
emprego de processo tecnológico adequado. Dentro dessa classificação 
existem duas subclasses: 
 Corante artificial: é o corante orgânico sintético não encontrado em 
produtos naturais. 
 Corante orgânico sintético idêntico ao natural: é o corante orgânico 
sintético cuja estrutura química é semelhante à do princípio ativo 
isolado de corante orgânico natural. 
3. Corante inorgânico: aquele obtido a partir de substâncias minerais e 
submetido a processos de elaboração e purificação adequados a seu 
emprego em alimento. 
4. Caramelo: o corante natural obtido pelo aquecimento de açúcares à 
temperatura superior ao ponto de fusão. 
5. Caramelo (processo amônia): é o corante orgâncio sintético idêntico ao 
natural obtido pelo processo amônia, desd que o teor de 4-metil, imidazol 
não exceda no mesmo a 200mg/kg. 
 
2.4 Corantes artificiais e seus malefícios a saúde 
 
Há anos, pesquisas têm indicado que alguns aditivos podem estar 
associados à ocorrência de problemas de saúde. Porém, existem diferentes 
opiniões quanto à inocuidade dos diversos corantes artificiais. Desse modo, 
diversos países ou regiões permitem o uso de diferentes corantes e em 
quantidades diferentes, principalmente ao levar em consideração o maior ou menor 
consumo de alimentos com corantes presentes na dieta da população (NINNI, 
2015; PRADO et al., 2003). 
Os aditivos são inofensivos à saúde desde que obedecendo aos percentuais 
máximos estabelecidos pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) 
(2001) e/ou pelo Codex Alimentarius. 
De todos os aditivos utilizados na indústria alimentícia, os corantes são os 
mais genotóxicos. Dentre os corantes “azo”, a tartrazina tem enfoque maior para os 
toxicologistas e alergistas, sendo relacionada com várias reações adversas, 
desenvolvendo urticária, asma, náuseas, eczema, bronquite, renite, 
broncoespasmos e dor de cabeça. No entanto, é um dos corantes mais aplicados 
em alimentos sendo permitido em países como Canadá, Estados Unidos e União 
Européia (FREITAS, 2012). 
Muitos estudos tentam comprovar as reações adversas que os corantes 
artificiais podem causar à saúde. Apesar destes apresentarem os corantes 
artificiais como possíveis causadores de males à saúde, ainda existem poucos 
estudos e contradições. Assim, o monitoramento dos teores de corantes artificiais 
em alimentos tem, continuamente, contribuído para alertar para um consumo 
consciente desses produtos alimentícios (RODRIGUES,2015). 
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), com a 
finalidade de minimizar os riscos à saúde humana, estabelece limites máximos 
permitidos dos aditivos para as diferentes categorias de alimentos. Contudo, a 
utilização de aditivos em alimentos suscita uma série de dúvidas como: se as 
quantidades utilizadas pelas indústrias são adequadas para que o consumo de 
determinado alimento não permita que seja ultrapassada a IDA (Ingestão Diária 
Aceitável), na medida em que, na maioria dos casos, não existe obrigatoriedade 
legal em declarar as quantidades presentes no alimento, mas somente a relação 
dos aditivos utilizados (RODRIGUES, 2015). 
 
2.5 Cromatografia em papel 
 
A cromatografia em papel é uma das técnicas mais simples e que requer 
menos equipamentos para sua realização, sendo muito útil para a separação de 
compostos polares (PERES, 2002). Trata-se de uma técnica de partição líquido–
líquido, no qual um deles está fixado a um suporte sólido. Essa partição baseia-se 
na diferença de solubilidade das substâncias entre duas fases imiscíveis, sendo 
geralmente a água um dos líquidos. O solvente é saturado em água e a partição 
ocorre devido à presença de água na celulose (papel de filtro) (DEGANI et al., 
1998). 
O papel é formado por moléculas de celulose com alta afinidade pela água 
presente na mistura de solvente, mas muito pouca afinidade pela fase orgânica, 
agindo como suporte inerte contendo a fase estacionária aquosa (polar). À medida 
que o solvente contendo o soluto flui através do papel, uma partição deste 
composto ocorre entre a fase móvel orgânica e a fase estacionária. Desta forma, 
parte do soluto deixa o papel e é carregado pela fase móvel. Quando a fase móvel 
alcança uma seção do papel que não possui o soluto, o fenômeno de partição 
ocorre novamente, só que agora o soluto é transferido da fase móvel para a fase 
estacionária. Com o fluxo contínuo de solvente, o efeito desta partição entre as 
fases móvel e estacionária proporciona a transferência do soluto do seu ponto de 
aplicação no papel, para outro ponto localizado a alguma distância do local de 
aplicação no sentido do fluxo de solvente (PERES, 2002). 
De um modo geral, não é possível identificar diretamente os corantes 
artificiais contidos em gêneros alimentícios. Eles devem ser extraídos, purificados e 
concentrados antes da identificação (DEGANI et al., 1998). 
 
 
3 MATERIAS E MÉTODOS 
 
3.1 Materias 
 
 Vasilha plástica; 
 Pincel pequeno com ponta arredondada; 
 Papel de coador de café; 
 Lápis; 
 Borracha; 
 Saco de balas coloridas da marca M&M’S; 
 Secador de cabelo. 
 
3.2 Metodologia 
 
3.2.1 Confecção do papel cromatográfico 
 
Para preparar a plaquinha de cromatografia em papel, se corta um pedaço 
de papel de filtro de café, na forma de um retângulo 8 X 6 cm que caiba em uma 
vasilha retangular, de modo que o papel fique afastado 1 cm das laterais da vasilha 
em ambos os lados, e a 1 cm da borda. Em seguida, marcar com lápis uma linha 
na horizontal que esteja afastada 1,5 cm da base inferior do papel e uma linha na 
horizontal que esteja afastada 0,5cm da base superior. Na plaquinha deve-se fazer 
5 colunas, 2 cm distantes uma da outra, dobrando-se, em seguida, o papel na 
forma de sanfona conforme figura 3. 
 
Figura 3: Papel de filtro cortado em forma sanfonada. 
 
Fonte: Autoria Própria, 2020. 
 
3.2.2 Extração dos corantes presentes em doces 
 
Com o auxílio de um pincel umidecido com água, a cor do doce é removida 
com várias pinceladas. 
 
3.2.3 Separação dos corantes no papel de filtro 
 
Para a aplicação do corante no papel cromatográfico, pintou-se um círculo 
pequeno com as cores removidas no recipiente com o corante conforme figura 3. 
Aplicou-se certa quantidade do corante na linha traçada sobre o papel de filtro. 
Repete-se esse mesmo procedimento com outras cores e em seguida, foi anotado 
com lápis o nome da cor embaixo de cada ponto aplicado. 
Coloca-se a água na vasilha, de modo que seu fundo seja preenchido com 
um pequeno volume (a quantidade de água deve atingir a altura de cerca de 0,5 
cm). Leve o papel com as manchas coloridas à vasilha com a água. O papel deve 
ficar com sua borda inferior mergulhada na água, sem que ela tenha contato com 
as manchas dos corantes. 
 A base do papel deve ser deixada o mais reta possível para que as 
manchas migrem ao mesmo tempo e não se espalhem (Figura 5). Deixe a água 
subir pelo papel. Quando ela chegar próximo ao topo, remova o papel do recipiente 
e deixe-o secar ao ar. 
 
Figura 4: Corrida cromatográfica. 
 
 
 
Fonte: Autoria própria, 2020. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A experimentação de cromatografia em papel foi completamente adaptada 
com materiais de baixo custo e de fácil acesso para ser uma metodologia aplicável 
em escolas que não dispõem de recursos como laboratórios e vidrarias. 
Como descrito no procedimento experimental, utilizou-se filtro de café (de 
papel) como papel cromatográfico e vasilha plástica ao invés dos béqueres. Devido 
a grande solubilidade dos corantes em água, ela foi utilizada como eluente. 
É importante ressaltar que não se deve usar caneta para escrever no papel 
cromatográfico, pois a tinta da caneta é formada por vários pigmentos. Estes em 
contato com o eluente na corrida cromatográfica podem se separar e apresentar 
várias tonalidades de cores. E como o objetivo da prática é a separação dos 
corantes presentes nos doces e não dos pigmentos da caneta, é mais adequado 
nesse caso à utilização de lápis. Há na literatura trabalhos que descrevem a 
separação dos pigmentos presentes em canetas esferográficas e canetas hidrocor 
por cromatografia em papel (OLIVEIRA, 2014). 
De acordo com a figura 5, a cromatografia em papel possibilitou a 
visualização da separação das cores de dois ou mais corantes presentes em um 
único doce. Segundo Oliveira (2014), a facilidade da remoção dos corantes 
presentes nas pastilhas de chocolates, ocorreu porque os corantes, nestes casos, 
estão presentes na camada externa do doce. Com uma simples agitação e 
pinceladas, a camada superficial colorida do doce é facilmente removida. 
 
Figura 5: Papel cromatográfico de corantes presentes nas pastilhas de chocolate feito com 
papel de filtro de café. 
 
 
 
 Fonte: Autoria própria, 2020. 
 
Em algumas tonalidades de cores como a marrom e a vermelha é visível a 
presença de diferentes corantes, porém não se observa sua separação tão 
nitidamente quanto a tonalidade verde. Isso pode ocorrer pelo fato desses corantes 
possuírem estruturas muito parecidas e apresentarem comportamento semelhante 
durante a eluição (RODRIGUES, 2015). 
Com o papel cromatográfico percebeu-se em alguns manchas uma nítida 
separação dos corantes e outros a mistura de cores. Analisando a tonalidade verde 
no papel cromatográfico é visivelmente separada pelos corantes azul e amarelo, 
provavelmente pelo fato desses corantes possuírem afinidades diferentes com o 
eluente e a fase estacionária. De acordo com Oliveira (2014), ao observar a 
migração desses corantes, pode-se afirmar que o corante azul por estar mais 
afastado da base do papel possui mais afinidade com a água (o eluente) e o 
corante amarelo por estar mais próximo ao papel tem mais afinidade com a fase 
estacionária (o papel). 
No momento em que a fase móvel se desloca de maneira ascendente sobre 
o papel, há processos de interações intermoleculares entre os componentes em 
análise, os corantes. Assim, em função das características de cada corante, haverá 
diferenças entre as intensidades dessas interações. Caso a substância que 
caracteriza um determinado corante apresente uma alta polaridade, espera-se que 
interaja mais intensamente com o papel (fase estacionária). Desta forma, a 
migração deste corante ocorrerá mais lentamente se comparada à de um outro que 
apresente uma polaridade menor. Isto ocorre porque a fase estacionária apresenta 
diversos grupos polares que atraem as moléculas polares, dificultando assim sua 
migração na direção da fase móvel (FRACETO, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 CONCLUSÃO 
 
A cromatografia realizada em nosso experimento é uma cromatografia 
planar, na qual correu a separação dos corantes que compõem os doces 
comerciais que foram depositados sobre o papel filtro devido à ação da fase móvel 
(água). Neste experimento podemos ver quais as cores que compõem cada doce, 
mostrando que em determinadas cores são compostas pela mistura de mais de um 
pigmento. Como as substâncias possuem propriedades distintas, algumas são 
arrastadas com mais velocidades e outras com menos. Quanto maior a polaridade 
do corante, menos ele ira subir, e irá interagir mais fortemente com o papel. Quanto 
menor a polaridade do corante, mais ele irá subir ate chegar a uma região 
característica em que ele para, pois menos interações ele fará com o papel. Como 
a maioria dos corantes presentes nos doces são os artifíciais, proporciona maior 
estabilidade nas cores e maior composição delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ANVISA. Legislação/Alimentos. Resolução nº 382, de 05 de agosto de 1999. 
Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/1999/res0382_05_08_1999.html. 
Acesso em: 20 jun. 2020. 
 
DEGANI, A. L.; CASE, Q. L.; VIERA, P. C. Cromatografia um breve ensaio. 
Química Nova na Escola, São Paulo, n. 7, p. 21-25, 1998. Disponível em: 
http://qnint.sbq.org.br/qni/popup_visualizarConceito.php?idConceito=33&semFrame
=1. Acesso em 20 jun. 2020. 
 
FRACETO, L. F. Aplicação da cromatografia em papel na separação de 
corantes em pastilhas de chocolate. Quimica Nova na Escola, 2003. Disponível 
em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc18/A10.PDF. Acesso em 21 jun. 2020. 
 
FREITAS, A. S. Tartrazina: uma revisão das propriedades e análises de 
quantificação . Acta Tecnológica, v. 7, n. 2, p. 65-72, 2012. Disponível em: 
https://portaldeperiodicos.ifma.edu.br/index.php/actatecnologica/article/view/90. 
Acesso em: 19 jun. 2020. 
 
OLIVEIRA, C. A. Cromatografia em papel de corantes presentes em doces: um 
alerta ao consumo excessivo desse aditivo aliada a confecção e distribuição 
de uma história em quadrinho. Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2014. 
Disponível em: https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/6535. Acesso em: 20 jun. 
2020. 
 
PERES, T. B. Noções básicas de cromatografia. Biológico, São Paulo, v. 64, n. 
2, p. 227-229, 2002. Disponível em: 
http://www.biologico.agricultura.sp.gov.br/uploads/docs/bio/v64_2/peres.pdf. 
Acesso em 20 jun. 2020. 
 
https://pantheon.ufrj.br/browse?type=author&value=Oliveira%2C+Camila+Almeida
QUEIJA, C.; QUEIRÓS, M. A.; RODRIGUES, L. M. A cor dos alimentos. Boletim 
da Sociedade Portuguesa de Química, v.80, p.6-11, 2001. 
 
NINNI, K. Alergias, rinite, hiperatividade e tumores são possíveis males da 
exposição aos corantes. Quimica no dia a dia, p. 40-41, 2015. Disponível em: 
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/pagina22/article/viewFile/41281/40030.Acesso em: 19 jun. 2020. 
 
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Nova, v. 27, p. 22-26, 2004. Disponível em: 
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RODRIGUES, P. S. Estudo do uso de corantes artificiais em alimentos e 
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https://lume.ufrgs.br/handle/10183/119766. Acesso em 20 jun. 2020.

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