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ALUNOS (AS): PAULO RICARDODE SENA FERNANDES UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CAMPUS DE GURUPI CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL GURUPI JUNHO/2020 MÉTODOS DE INVENTÁRIO FLORESTAL Inventario florestal é o ramo da ciência floresta que visa avaliar as variáveis qualitativas e quantitativas da floresta suas inter-relações. INTRODUÇÃO MÉTODO DE INVENTÁRIO FLORESTAL MARTINS (1991) MÉTODO DE ÁREA FIXA E VARÍAVEL MÉTODO DE ÁREA FIXA FORMAS Retangulares Quadráticas Circulares De acordo com Schreuder et al. (1992). TAMANHO DAS PARCELAS Alemanha, 100 a 500 m²; Canadá, 800 a 1000 m²; Estados Unidos, 800 m²; Inglaterra, 400 m²; Japão, 500 a 2000 m². No Brasil, inúmeros trabalhos utilizam parcelas circulares ou retangulares entre 300 e 600m² , para florestas plantadas, e parcelas retangulares entre 1000 e 2500 m² , para florestas ineqüiâneas. MÉTODO DE ÁREA FIXA Rossi (1994) Péllico Netto e Brena (1997) Husch et al., (1982) MÉTODO DE ÁREA FIXA DESVANTAGENS VANTAGENS Sanqueta et al. (2009) Praticidade e simplicidade no lançamento das parcelas em campo; Manutenção de alta correlação entre duas ou mais medições sucessivas para inventários contínuos; Maior custo de instalação e manutenção dos limites da parcela; Se comparado a outros métodos, a um maior número de árvores a ser medida na unidade. MÉTODO DE ÁREA FIXA Retangulares Péllico Netto e Brena (1993) Nash e Rogers (1975), citados por Silva (1980) MÉTODO DE ÁREA FIXA Nash e Rogers (1975), citados por Silva (1980) Quadráticas HUSCH (1971). DAUBENMIRE (1968), citado por ZILLER (1992). MÉTODO DE ÁREA FIXA Nash e Rogers (1975), citados por Silva (1980 Vantagens: Centro da unidade amostrai define o perímetro. Número de árvores de bordadura é mínimo. BRYAN (1956), citado por SOARES (1980). Circulares FÓRMULAS DO MÉTODO DE ÁREA FIXA Área da parcela circular: Área da parcela quadrática: Área da parcela retangular: Área transversal individual: Volume estimado: EXEMPLO: ÁREA RETANGULAR DE MATA NATIVA ÁRVORES DAP H VOLUME (m³) g (m²) 1 8,25 6,2 0,023199975 0,005346 2 8,75 3,2 0,013469579 0,006013 3 6 6 0,01187522 0,002827 4 9,35 6,1 0,029318448 0,006866 5 6 6,5 0,012864822 0,002827 6 16 10,7 0,150595385 0,020106 7 14,1 6,1 0,066673919 0,015615 8 9,4 5,9 0,028661284 0,00694 9 M M 0 0 TOTAL - - 0,336658631 0,06654 Área da parcela : 22,5 X 10 = 225 m² Árvores/há = 8 x 10000/225= 355,55 árvores Volume p/ha = ∑volumes x10.000/ 225=14,96m³/ha G m²/ha = ∑g x10.000/ 225= 2,95 m²/ha MÉTODO DE ÁREA VARÍAVEL Cottan & Curtis (1949, 1956): Métodos de Prodan e Bitterlich. MÉTODO DE PRODAN CLASSIFICAÇÃO PRODAN (PÉLLICO NETO; BRENA, 1997). Configuração de uma unidade amostral de área variável onde o raio circular é determinado pela distância entre o centro da unidade amostral (ponto) e a sexta arvore mais próxima. MÉTODO DE PRODAN VANTAGENS Prático e de fácil operacionalidade no campo; Dado o tamanho da unidade é possível levantar várias unidades amostrais; Com uma rede de pontos distribuídos dentro do povoamento pode-se conseguir uma visão mais abrangente do mesmo; Não ocorrem erros de demarcação de unidades de amostra; Diminui o efeito de borda. Péllico Netto e Brena (1997): MÉTODO DE PRODAN DESVANTAGENS Péllico Netto e Brena (1997): Os estimadores podem gerar tendências quando as árvores estão muito agrupadas ou muito espalhadas no povoamento; Devido ao pequeno tamanho da unidade amostral não há como obter bons estimadores para variáveis de manejo florestal, como altura dominante e mortalidade. FÓRMULAS DE PRODAN Distância máxima: Número de árvores por hectare: Área Basal por hectare: Volume por hectare: MÉTODO DE BITTERLICH CLASSIFICAÇÃO BITTERLICH Couto (1990): Walter Bitterlich idealizador do método. Objetivo: Obter estimativas da área basal por hectare sem medir o diâmetro e sem lançar parcelas fixas. MÉTODO DE BITTERLICH Campos (1993), citado por Soares et al. (2011) : Inventou uma barra 1 m de comprimento tendo em uma de suas extremidades uma placa em forma de “U” 2 cm de abertura. MÉTODO DE BITTERLICH Relascópio de espelho Este aparelho permite a obtenção, além da área basal, de outras variáveis como altura, diâmetros ao longo do fuste, distâncias horizontais e declividade do terreno. (SOARES et al., 2011). FÓRMULAS DE BITTERLICH Constante: Distância crítica em metros: Área Basal em m² por hectare: Área transversal: FÓRMULAS DE BITTERLICH Número de árvores por hectare: Equação do volume estimado: Volume por hectare: Área máxima: FÓRMULAS DE BITTERLICH Os dados abaixo foram obtidos por meio de um inventario, empregando-se o método de Bitterlich com K = 5. A partir destes dados, responda: PARCELA ÁRVORE D H 1 1 17,5 24,7 2 18,5 25,4 3 17,7 23,8 4* 15,2 21,3 5 16,1 22,5 Tabela 1: Dados do Ponto de Bitterlich a) Qual é a área basal b) Qual é o número de árvores? c) Qual é o volume? d) Qual é o volume por árvore? Se necessário, use as seguinte equação: B0 = 0,000026 B1 = 0,01273 Onde * é a distancia do centro da parcela á arvore, sendo de 3,65m. Primeiramente deve-se saber se a árvore é contada. Pela fórmula da distancia critica R*, para saber se a árvore será contada: = 0,02323 m² = 215,23 arv./ha a) Qual é a área basal? b) Qual é o número de árvores? m²/ha Calcula-se a altura das árvores pelo modelo hipsométrico. = 0,18394 c) Qual é o volume? Calcula-se o volume por arvore (m³/ha) através do volume obtido pela equação multiplicando pelo número de árvores por ha de cada árvore. d) Qual é o volume por árvore? REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COTTAM, G. ; CURTIS, J.T. A Method for Making Rapid Surveys of Woodlands by Means of Randomly Selected Trees. Ecology, 30:101-104, 1949. COTTAM, G.; CURTIS, J.T. The use of distance measures in phytosociological sampling. Ecology, Durham, v.37, n.3, p. 451-460, 1956. COUTO, H. T. Z.; BASTOS, N. L. M.;LACERDA, J. S. A amostragem por pontos na estimativa da altura de árvores dominantes e número de árvores por hectares em povoamentos de Eucalyptus saligna. IPEF, Piracicaba, n.43/44, p.50-53, jan./dez.1990. HUSCH, B. Planing a forest inventory. 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Aplicação de diferentes métodos de análise para determinação de padrão espacial de espécies arbóreas da floresta tropical úmida de terra firme. 1994. 109f. Dissertação (Mestrado em Manejo Florestal) – Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Manaus, 1994. SANQUETTA, C. R.; CORTE, A.P.D.; RODRIGUES, A.L.; WATZLAWICK, L.F. Inventários Florestais: planejamento e execução. 2ª Ed. - Curitiba: Multi-Graphic. Gráfica Editora. 2009.316 p. SCHREUDER, H. T. Sampling methodsfor multiresourçe forest inventory. New York. Hans T. Schreuder. Thimothy G. Gregory, Geofrey B. Wood. Ill, 1992. SILVA, J. N. M. Eficiência de diversos tamanhos e formas de unidades de amostras aplicadas em inventário florestal na Região do Baixo Tapajós. Curitiba, 1980. 83 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) - Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. SOARES, C. P. B.; PAULA NETO, F. de.; SOUZA, A. L. de. Dendrometria e inventário florestal. Viçosa, MG. 2 ed., Ed. da UFV, 2011. SOARES, V. 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