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PROTOZOÁRIOS EPIDEMIOLOGIA ROTA DE TRANSMISSÃO ESTÁGIO INFECTANTE CICLO BIOLÓGICO ENTAMOEBA HISTOLYTICA PARASITO DO HOMEM Estima-se que mais de 10% da população mundial está infectada, Além de ocorrer em áreas tropicais e subtropicais do mundo, este parasito também existe em climas frios, como Alasca, Rússia e Canadá. Locais onde os dejetos humanos são utilizados como fertilizantes, áreas com saneamento precário, hospitais para doentes mentais, prisões e creches tendem a apresentar maior prevalência de E. histolytica. Este organismo também é prevalente em comunidades de homossexuais, causando frequentemente infecções assintomáticas em homens homossexuais, particularmente em países ocidentais. Pode ocorrer de diversas maneiras. A ingestão do estádio infectante, o cisto, ocorre quando água, alimentos ou as mãos contaminadas são levadas à boca. Além disso, também pode ser transmitida através de certas práticas sexuais sem proteção. Moscas e baratas também podem servir como vetores mecânicos (hospedeiros de transporte responsáveis por carregar parasitos de hospedeiros infectados para não infectados) através da deposição de cistos infectantes em alimentos desprotegidos. Fontes de água inadequadamente tratadas são fontes adicionais de possíveis infecções. Infecção causada por um protozoário que se apresenta em duas formas: CISTO e trofozoíto. amebíase intestinal, colite amebiana, disenteria amebiana, amebíase extraintestinal Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, se transformam em trofozoítos. 1. Alimento contaminado 2. Cisto infectante ingerido 3. Intestino delgado 4. Divisão = 1 cisto – oito trofozoítos móveis 5. Se estabelecem no intestino grosso 6. Reproduzem-se por divisão binária e se alimentam de células vivas do hospedeiro 7. Migração para outros orgãos 8. Eliminados pelas fezes do organismo contaminado ENTAMOEBA HARTMANNI PARASITO DO HOMEM A distribuição geográfica é cosmopolita. A prevalência parece ser semelhante à de E. histolytica nas áreas nas quais foi realizado o diagnóstico específico preciso. A ingestão de cistos infectantes presentes em alimentos e água contaminados é responsável pela transmissão de E. hartmanni. Os meios pelos quais a água e os alimentos se tornam contaminados são semelhantes àqueles de E. histolytica. NÃO É PATOGÊNICA. Possui trofozoítos e cistos Pode evoluir para uma amebíase intestinal Boas práticas de higiene pessoal e boas condições de saneamento, assim como proteção de alimentos contra moscas e baratas, prevenirão a disseminação de E. Hartmann. ENTAMOEBA COLI PARASITO DO HOMEM É encontrada mundialmente. Além de climas quentes, E. coli também ocorre em climas frios, como no Alasca. Áreas geográficas com condições precárias de higiene e práticas sanitárias apresentam maior risco de se tornarem endêmicas para E. coli. É transmitida através da ingestão de cisto infectante presente em alimento/água contaminados CISTO Amebíase intestinal Monoxênico. transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, se transformam em trofozoítos. ENTAMOEBA POLECKI ENCONTRADA EM SÚINOS É encontrada apenas em algumas regiões do mundo, com as maiores prevalências ocorrendo em Papua, Nova Guiné; também já foram relatadas no Sudeste da Ásia, França e Estados Unidos. É interessante notar que todos os casos relatados de E. polecki documentados nos Estados Unidos em 1985 ocorreram em refugiados provenientes do Sudeste da Ásia que se estabeleceram em Rochester, Minnesota. A ingestão do cisto de E. polecki é provavelmente a maior responsável pelo início da infecção. As principais rotas para a transmissão do parasito são de seres humanos para seres humanos e de suínos para seres humanos. NÃO É PATOGÊNICA Prevenida através da melhora da higiene pessoal e práticas sanitárias. Programas educacionais acerca de rotas de transmissão da infecção por E. polecki também são essenciais. Existem dois estágios: O primeiro é como um trofozoíto, um estágio vegetativo que não pode sobreviver no meio ambiente; O segundo é um cisto, onde a transmissão do parasita é possível e fornece proteção a ambientes externos agressivos. A transmissão segue uma rota fecal- oral. Fezes infectadas com cistos maduros são ingeridas onde o cisto amadurece para o trofozoíto no trato gastrointestinal do hospedeiro. A transmissão para o ser humano a partir do consumo de carne de porco é improvável. ENDOLIMAX NANA PARASITO DO HOMEM E ALGUNS PRIMATAS É encontrada principalmente em regiões quentes e úmidas do mundo, assim como em outras áreas nas quais existam condições sanitárias e de higiene precárias. Água ou alimento contaminado por cistos infectantes serve como a principal fonte de transmissão do parasito. NÃO É PATOGÊNICA Ocorre com a ingestão de cistos maduros, encontrados na água não tratada, em frutas contaminadas mal lavadas e qualquer outro utensílio levado a boca, que esteja contaminado pelo cisto. Há uma outra possibilidade onde insetos serviriam como pontes e levariam as amebas para alimentos e outro. IODAMOEBA BUTSCHLII Encontrada ao redor do mundo, e possui uma maior prevalência em regiões tropicais do que em regiões temperadas. A transmissão de I. bütschlii ocorre quando os cistos infectantes são ingeridos em água ou alimento contaminado. A transmissão através da colocação de mãos contaminadas na boca também pode ocorrer. É uma ameba comensal do intestino grosso do homem. Não patogênica A melhoria das práticas de higiene pessoal e sanitárias em áreas subdesenvolvidas, particularmente em regiões de alta prevalência, é crítica para a prevenção de infecções por I. bütschlii. ENTAMOEBA GENGIVALIS PARASITO DA CAVIDADE BUCAL É encontrada em todas as populações que já foram estudadas em busca da presença deste parasito E muito comum no tártaro dentário, e em processos inflamatórios da gengiva. A transmissão ocorre pelo contato direto (beijo, lambeduras) e perdigotos. Não existe estádio de cisto conhecido de E. gingivalis. Não é patogênica Os trofozoítos de E. gingivalis se alimentam de células em processo de desintegração e se multiplicam por fissão binária. Delicados, os trofozoítos não sobrevivem ao contato com o suco gástrico. NAEGLERIA FOWLERI É principalmente encontrada em águas quentes, incluindo lagos, córregos, lagoas e piscinas. A prevalência é maior nos meses de verão. Além das fontes de água, já foram relatados casos relacionados com poeira contaminada. Um desses casos ocorreu na Nigéria, um país de clima quente. A ameba geralmente infecta as pessoas quando a água contaminada entra no corpo através do nariz. Uma vez dentro do organismo, o protozoário viaja para o cérebro onde causa uma doença. MENINGOENCEFALITE AMEBIANA PRIMÁRIA (MAP). Possui um ciclo de vida que compreende os estádios de cisto, trofozoíto ameboide e forma biflagelada. Os trofozoítos ameboides penetram no corpo humano através da mucosa nasal e geralmente migram para o cérebro, causando rápida destruição tecidual. Existe evidência de que inalar água contaminada possa transmitir esta ameba. ESPÉCIES DE ACANTHAMOEBA Já foram relatadas nos Estados Unidos. Infecções do SNC ocorrem principalmente em pacientes imunocomprometidos ou debilitados. Usuários de lentes de contato, particularmente aqueles utilizando lentesgelatinosas, Práticas inadequadas de higiene, especialmente o uso de soluções salinas não estéreis para lavagem, são o principal fator de risco que pode levar a essas infecções. Animais, incluindo coelhos, castores, bovinos, búfalos, cães e ENCEFALITE AMEBIANA GRANULOMATOSA (EAG), CERATITE POR ACANTHAMOEBA Uma via consiste na aspiração ou inalação de organismos. Trofozoítos e cistos penetram através do trato respiratório inferior ou por úlceras na mucosa ou na pele. Estes organismos frequentemente migram por via hematogênica – ou seja, transportados através da corrente sanguínea – e invadem o sistema nervoso As características que diferenciam as amebas incluem tamanho, forma, estrutura nuclear, aparência do citoplasma e inclusões citoplasmáticas. Estas características podem ser mais bem observadas por comparação nos desenhos ao final deste capítulo: trofozoítos e cistos amebianos encontrados nas fezes, e trofozoítos e cistos amebianos extraintestinais. apresentam maior risco de adquirir infecções oculares. perus, já foram encontrados infectados por Acanthamoeba. Assim como em humanos, animais imunocomprometidos parecem contrair infecções fatais do SNC. central (SNC), causando infecções neurológicas graves. A segunda via de infecção consiste na invasão direta da ameba no olho. Dois grupos de indivíduos apresentam maior risco de infecção ocular: os usuários de lentes de contato e aqueles que sofreram trauma na córnea.
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