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1 - ABUSO DE AUTORIDADE TIAGO PDF-1

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ABUSO DE AUTORIDADE – Apontamentos e orientações sobre Lei Federal n°13.869, de 5
de setembro de 2019
Organizado por 
Tiago Lustosa Luna de Araújo
Delegado da Polícia Civil de Sergipe
Vacatio Legis
“Vacatio legis” de 120 (cento e vinte) dias. 
Entrada em vigor em 03.01.2020 (?)
Vetos presidenciais:
Derrubados:Art. 3º; art. 9º; inciso III do art. 13; paragrafo único do art. 15; art. 16, art. 20; art. 30;
art. 32; art. 38 e art. 43.
Mantidos: Inciso III do art. 5º; art. 11; art. 14; art. 17; inciso II, § 1º, do art. 22; art. 26; art. 34 e art.
35.
Lei Federal n° 4.898, de 9 de dezembro de 1965 –Lei anterior.
Críticas - Penas brandas (até 06 meses), sem poder dissuasório; tipos penais demasiadamente
abertos, em violação à taxatividade (ex. art. 3º); desatualizada.
Foi revogada, assim como o parágrafo 2° do art. 150 (violação de domicílio qualificada) e o art.
350 (abuso de poder), ambos do Código Penal.
Críticas à nova lei:
Lei permeada de falhas técnicas e omissões. Votada às pressas, sem o devido amadurecimento,
através de debates e audiências públicas.
Violação ao princípio da taxatividade: Expressões abertas como “manifestamente descabida” (art.
9º); “sem justa causa” (art. 20); “meio manifestamente ilícito” (art. 25); “injustificadamente” (art.
30), dentre outras, geram insegurança jurídica.
Inconvencionalidade: Normas que inibem e constrangem a atuação das autoridades no combate à
criminalidade repercutem no “enfraquecimento da independência das instituições que atuam na
prevenção e repressão à corrupção e a violação ao princípio da tutela mínima anticorrupção”. v.
Convenção da ONU de combate à corrupção.
Lei 13.964/2019 – Pacote Anticrime:
Juiz de garantias (art. 3º-A a 3º-F do CPP); 
Acordo de não persecução penal (art. 28-A do CPP);
Cadeia de custódia (art. 158-A a 158-F do CPP);
Audiência de custódia (novo art. 310 do CPP).
Abuso de poder:
“Todo o comportamento (positivo ou negativo) praticado por agente estatal que, de maneira
deliberada, desvie do seu dever de cumprimento do interesse público” (PINHEIRO,
CAVALCANTE, BRANCO, 2019, p. 11).
Sujeito Ativo:
O agente público, servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, que, no
exercício das suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido
atribuído (cf. art. 1º e 2º).
Agente Público: Todo aquele que exercer, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade supracitada (cf. art. 2º, parágrafo 1º).
Obs. A qualidade de agente público se comunica a coautores e partícipes particulares.
Rol exemplificativo (aberto a acréscimos):
I – servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas; 
II – membros do Poder Legislativo; 
III – membros do Poder Executivo; 
IV – membros do Poder Judiciário; 
V – membros do Ministério Público; 
VI – membros dos tribunais ou conselhos de contas.
Sujeito Passivo:
1) Mediato/indireto: O Estado;
2) Imediato/direto: O titular do direito/garantia fundamental lesado (“investigado”, “detento”,
“interno”, “preso”, “apreendido”).
Elemento Subjetivo:
Exige-se “dolo específico” - “finalidade específica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo
ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal” (art. 1º, parágrafo 1º). Ônus
probatório da acusação (difícil).
Obs. O diploma anterior, nesse ponto, era mais rigoroso com o sujeito ativo, pois exigia apenas
um dolo específico tácito de abuso (v. NUCCI, 2015, p. 05).
Importante – A mera divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas não
configura abuso (art. 1º, parágrafo 2º).
Não existe a figura culposa (negligência, imprudência, imperícia).
Competência para julgar:
Justiça Estadual (e Federal a depender do entendimento):
Rito dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/1995): arts. 12, 16, 18, 20, 27, 29, 31, 32,
33, 37, 38, 43.
Rito do art. 513 do Código de Processo Penal: arts. 9, 10, 13, 15, 19, 21, 22, 23, 24, 25,
28, 31, 36.
Justiça Militar:
Abuso de autoridade contra civil ou militar é crime militar, em virtude da Lei 13.491/2017.
Súmula 172 do STJ prejudicada.
Não aplica lei dos Juizados Especiais. Rito do Código de Processo Penal Militar.
Justiça Eleitoral:
Quando conexo ao crime eleitoral.
Ação penal:
 A ação penal é pública incondicionada e subsidiária da pública, com prazo de 6 (seis) meses
contados da data em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia. (art. 3º e
parágrafos).
Efeitos da condenação:
 Constituem efeitos da condenação:
1) a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime (automático. O valor mínimo fixado
na sentença, a requerimento do ofendido);
2) a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública pelo período de 1
(um) a 5 (cinco) anos e
3) a perda do cargo, do mandato ou da função pública.
Efeitos 2 e 3 são condicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso e não são
automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença (art. 4º, I, II e III e parágrafo
único). Obs. Exige-se reincidência específica em crime de abuso de autoridade para aplicação dos
referidos efeitos.
No mesmo sentido, o art. 42 da lei de abuso acrescentou o art. art. 227-A ao ECA (Lei Federal n°
8.069/1990), o qual estabelece que os efeitos da condenação prevista no inciso I do “caput” do art.
92 do Código Penal, para os crimes previstos nos artigos 231, 232, 233, 234 e 235 do Estatuto,
praticados por servidores públicos com abuso de autoridade, serão condicionados à ocorrência de
reincidência, sendo que, conforme o parágrafo único, a perda do cargo, do mandato ou da função,
nesse caso, independerá da pena aplicada na reincidência.
Penas restritivas de direitos:
Possível em substituição às penas privativas de liberdades (art. 5º, I, II e parágrafo único), são
elas:
1) a prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;
2) suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6
(seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens e
Podem essas penas serem aplicadas autônoma ou cumulativamente.
Inciso III. Veto mantido - “a proibição de exercer funções de natureza policial ou militar no
Município em que tiver sido praticado o crime e naquele em que residir ou trabalhar a vítima, pelo
prazo de 1 (um) a 3 (três) anos”.
Responsabilidade civil e administrativa:
O art. 6º da lei de abuso prevê que as penas previstas na Lei em comento serão aplicadas
independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis. 
As notícias de crimes que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade competente
com vistas à apuração (ex. Corregedorias, ouvidorias).
Distinções terminológicas:
Detido x preso:
A Resolução n° 43/173, de 9 de dezembro de 1988, da ONU – Organização das Nações Unidas
(“Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas Sujeitas a Qualquer forma de
Detenção ou Prisão”), distingue a figura do detido e do preso:
a) “Preso” - o sujeito privado da liberdade em consequência de condenação pela prática de
uma infração.
b) “Detido” - a pessoa privada da liberdade, exceto se em consequência de condenação.
Captura x detenção:
Segundo Marcelo de Lima Lessa (2019):
a) “Captura” – Realizada por qualquer do povo e geralmente por agente da autoridade
policial (art. 301 do Código de Processo Penal).
b) “Detenção” – Quando a captura é convertida em detenção por decisão da autoridade
definida na lei a quem cabe a análise da legalidade (delegado, oficial da PM, juiz).
Obs. Estas expressões aparecem de modos distintos na lei de abuso, que não as define, por
vezes confundindo os conceitos. Como proceder: Ante a omissão de definição legal, quando o
texto apenas mencionar o termo “preso”,entendê-lo como gênero “constrição da liberdade”, nele
sendo compreendidos também os termos “capturado” e “detido”. Há entendimento que advoga a
abrangência também das expressões “apreendido” e “interno”, atinentes ao menor de idade, em
determinados crimes (GRECO, CUNHA, 2020, p. 174). Encaramos esta última posição com certa
reserva, pois nos parece analogia in malam partem.
CRIMES EM ESPÉCIE:
“Decretação de medida privativa de liberdade em manifesta desconformidade com as
hipóteses legais”:
Art. 9.Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses
legais: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Paragrafo único (…) - referentes ao juiz.
Anotações:
Direito fundamental protegido: art. 5º LXI da Constituição.
V. também o crime do art. 234 do ECA.
“Medida privativa de liberdade” - prisão em flagrante, temporária, preventiva, definitiva, civil,
apreensão, internação, etc. Obs. A Lei 13.967 de 26.12.2019 extinguiu a prisão disciplinar para as
polícias militares e os corpos de bombeiros militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito
Federal.
Sujeito ativo: autoridade policial, autoridade militar e autoridade judiciária. No sentido de que o
agente policial também comete: GRECO, CUNHA, 2020, p. 86.
O tempo decorrido entre a captura e a detenção, assim como a custódia que antecede a definição
da prisão (na delegacia, cia., batalhão) NÃO configuram abuso.
Veto mantido ao Art. 11 – Incriminava a conduta de e xecutar a captura, prisão ou busca e 
apreensão de pessoa que não esteja em situação de flagrante delito ou sem ordem escrita de
autoridade judiciária, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar,
definidos em lei, ou de condenado ou internado fugitivo.
Veto mantido ao Art. 26 - Incriminava a conduta de induzir ou instigar pessoa a praticar infração
penal com o fim de capturá-la em flagrante delito, fora das hipóteses previstas em lei.
Como proceder:
1) Converter a captura em detenção somente se houver estado de flagrância e fundada
suspeita.
2) Fundamentar, em exame motivado, tanto a detenção – despacho de ratificação - como a
não detenção – despacho anti-flagrante .
“Decretação da condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente
descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo”:
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida
ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa.
Anotações:
Direito fundamental protegido: art. 5º LXI da Constituição.
Condução coercitiva do adolescente – art. 187 do ECA.
“Testemunhas ou investigados recalcitrantes”. Se o ofendido (não mencionado no texto) for
conduzido conforme as citadas condutas, não incide o crime.
ADPF 395 STF: Proibida a condução coercitiva do investigado para interrogatório. Para hipóteses
diversas é possível (ex. reconhecimento, identificação, qualificação).
Duas posições:
a) Apenas o juiz decreta condução coercitiva, devendo o delegado representar pela medida
quando necessária.
b) Delegado e membro do MP também decretam – Analogia aos artigos 201, parágrafo
único; 218 e 260, do Código de Processo Penal.
“Sem prévia intimação de comparecimento ao juízo”: apenas o juiz responde por essa conduta
(princípio da reserva legal). Se o delegado ou promotor determinar a condução nestes termos, não
incide o crime.
Como proceder (adoção da segunda posição):
1) Quando a recusa for direta – ausência – o escrivão certifica nos autos da investigação.
Quando for indireta – se esconde para não ser intimado – os agentes registram em relatório a
constatação.
2) Delegado emite despacho fundamentado e o mandado é expedido.
3) Realizar prévia notificação da pessoa, para proporcionar o comparecimento espontâneo.
“Omissão de comunicação de prisão à autoridade judiciária e outras condutas
equiparadas”:
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no
prazo legal: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
I – deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à
autoridade judiciária que a decretou;
II – deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à
sua família ou à pessoa por ela indicada;
III – deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das testemunhas;
IV – prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover
a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
Anotações:
Direito fundamental protegido: art. 5º LXII da Constituição.
Aplicação dos arts. 231 e 235 do ECA quando se trata do adolescente infrator.
O art. 306 do Código de Processo Penal – ciência imediata ao Juiz e encaminhamento do auto de
prisão em flagrante em 24 horas.
Ausência de comunicação do APF ao Ministério Público e Defensoria (na falta do advogado),
constante no art. 306, parágrafo 1º, do CPP, NÃO gera o crime, apenas consequências
processuais.
“Nota de culpa” - Código de Processo Penal – entrega em até 24 (vinte e quatro) horas após a
realização da constrição (art. 306, parágrafo 2º), ou seja, contadas da captura. 
Obs. NÃO configura abuso omitir os nomes de colaboradores em investigações de crime
organizado, de agentes infiltrados e de testemunhas protegidas nos termos da Lei 9.807/1999.
Deixar de apresentar o preso, em até 24 h depois de o juiz receber o APF, em audiência de
custódia, configura este crime? NÃO. Obs. reza o § 3º do novo art. 310 do CPP: “A autoridade que
deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo
estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão”. 
Como proceder:
1) Comunicação ao Juiz – Obter protocolo da comunicação eletrônica (portal criminal) ou
física (recibo da secretaria do judiciário). Obs. Nas comunicações de prisões preventiva e
temporária, bem como dos alvarás de soltura cumpridos, o portal criminal não emite comprovante
de cumprimento. Obs. 2. A prisão civil é de obrigação do Oficial de Justiça comunicar ao juiz, se
não for cumprida diretamente pela polícia.
2) Comunicação da família – Usar o modelo do PPE - Comunicação de Prisão - Família do
Preso. Ante a impossibilidade e, na hipótese de ser realizada por contato telefônico, certificar.
3) Soltura por Alvará – Registrar também em livro do plantão da unidade policial a soltura
por alvará, cumprido através do portal criminal.
4) Soltura em prisão temporária – salvo prorrogação concedida ou decretação da prisão
preventiva, deve-se emitir alvará de soltura (ou certidão) com data e hora da libertação do detido,
quando esgotado o prazo, além do registro em livro do plantão da unidade policial. Obs. O art. 2º
da Lei Federal n° 7.960/1989 (prisão temporária), alterado pela lei de abuso de autoridade, passa
a prever que o mandado de prisão conterá necessariamente o período de duração da prisão
temporária, bem como o dia em que o preso deverá ser libertado.
“Atos de constrangimento a preso ou detento e condutas equiparadas”:
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência, a:
I – exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;
II – submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;
III – produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à
violência.
Anotações:
V. distinção entre detentos e presos.
Inciso I – Constranger o preso/detento à exposição gratuita e sensacionalista, a sua expressa
revelia (em programas policiais na TV, sites de notícias, grupos de whatsapp, etc). Ex. apresentar
o preso algemado em coletiva de imprensa como um “troféu”, contra sua vontade.
Obs. Filmagens e registros fotográficos involuntários pela imprensa, quando a diligência está em
progresso, em local não controlado, NÃO responsabilizam os agentes públicos pelo crime.
Veto mantido ao art. 14 da lei de abuso – incriminava a conduta de: “Fotografar ou filmar, permitir
que fotografem ou filmem, divulgar ou publicar fotografia ou filmagem de preso, internado,
investigado, indiciado ou vítima, sem seu consentimento ou com autorização obtida mediante
constrangimento ilegal, com o intuito de expor a pessoa a vexame ou execração pública”.
Inciso II – “Execração pública” - ex. Gravar vídeos de presos submetidos a situação vexatória ou
humilhante e compartilhar em redes sociais.
Aplicação do art. 232 do ECA quando se tratar do adolescente infrator.
“Constrangimento não autorizado em lei” - Prisão, contenção por algemas, reconhecimentos,
interrogatórios, conduções em veículos policiais etc. são constrangimentos legais. O que a lei
veda é o constrangimento não autorizado, isto é, obrigar a não fazer o que a lei permite, ou a fazer
o que ela não manda.
“Uso de algemas” - é disciplinado pelo Decreto Federal n° 8.858/2016.
Súmula vinculante 11 do STF - “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado
receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil
e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere,
sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado".
Veto ao artigo 17 da lei de abuso – incriminava a conduta de: “Submeter o preso, internado ou
apreendido ao uso de algemas ou de qualquer outro objeto que lhe restrinja o movimento dos
membros, quando manifestamente não houver resistência à prisão, internação ou apreensão,
ameaça de fuga ou risco à integridade física do próprio preso, internado ou apreendido, da
autoridade ou de terceiro”.
Segundo a Lei Federal nº 8.653/1993, é proibido o transporte de presos em compartimento de
proporções reduzidas, com ventilação deficiente ou ausência de luminosidade (art. 1º).
Inciso III – Constranger preso ou detento a produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro –
princípio da não autoincriminação.
Conflito aparente com o art. 1º, I, a, e § 1º, da Lei 9.455/1997 (Lei de tortura). A lei de abuso se
aplicaria subsidiariamente, em situações menos intensas que a tortura.
Direito ao silêncio, de não participar de atos probatórios (reconstituição, bafômetro) e de não
disposição do corpo (DNA, exame de sangue).
“Concurso de crimes” – abuso + delito resultante da violência (ex. Lesão corporal).
Como proceder:
1) Seguir a Portaria nº 015 de 2018 da SUPCI - Dispõe sobre Conduta de Servidores da
PC/SE no Trato com a Imprensa.
2) Registrar por escrito a recusa e a autorização do detido/preso em participação de atos
probatórios e de disposição do corpo.
“Constranger pessoa impedida de depor a fazê-lo”:
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: Pena – detenção, de 1 (um) a 4
(quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o interrogatório:
I – de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou
II – de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou defensor público, sem a
presença de seu patrono.
Anotações:
Pessoas desobrigadas de depor – art. 207 do Código de Processo Penal (ex. tutores, pastores,
médicos e advogados).
Incisos I e II – “interrogatório”. Não contempla declarações e depoimentos (v. Crime de falso
testemunho).
Como proceder:
1) Constatado que o depoente está desobrigado de depor, certificar a situação. Juntar
também documentos que a demonstrem. O Delegado então dispensará a sua ouvida em
despacho.
2) Informar ao preso, quando da informação de seus direitos, o de ser inquirido assistido
de advogado/defensor durante o interrogatório (novidade. Antes a informação era genérica de
assistência em sentido lato).
3) Invocados pelo investigado (detido ou em liberdade) os seus direitos supracitados, deve-
se interromper o ato e reduzir a termo o obstáculo. Não obsta a lavratura do APF, que segue
sendo confeccionado.
“Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso e condutas equiparadas”:
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura
ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2
(dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede de
procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si
mesmo falsa identidade, cargo ou função.
Anotações:
V. distinção entre captura, detenção e prisão.
Direito fundamental protegido: art. 5º LXIV e LIV da Constituição.
Modo formal ou verbal.
Esquecer de se identificar de pronto NÃO é crime.
“procedimento investigatório de infração penal” - abrange os procedimentos da PC, PF, PM, MP,
etc. Ocorrido em juízo, em procedimento que apura infração disciplinar, em investigação civil de
improbidade, por exemplo, dentre outros, NÃO configura o crime tela.
Como proceder:
1) A nota de culpa atende à demanda em sede APF.
2) Fornecer cópia do interrogatório. Lá está a identificação dos responsáveis pelo ato
(delegado e escrivão).
“Submeter preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo em
caso de flagrante ou, assistido, assim o consentir”:
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se
capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Anotações:
Aparentemente o termo preso abrange também o de detido neste crime. Se está no sentido
técnico (v. distinção entre preso e detido), a proteção só se dirigiria ao privado de liberdade
condenado, enquanto o provisório poderia ser ouvido sem as ditas restrições.
A ausência de menção aos adolescentes apreendidos/internados como sujeitos passivos excluiria
a punição pelo crime (princípio da reserva legal). V. possibilidade de abrangência de adolescentes
apreendidos/internados na terminologia preso.
Investigado/capturado em situação fora da flagrância - pode ser ouvido e liberado. Ex. Ladrão que
foi encontrado dias depois com a res furtiva.
“Interrogatório Policial” - Abrange os procedimentos da PC, PF, PM, etc. Ocorrido em juízo, em
investigação ministerial (PIC), em investigação civil de improbidade, dentre outros, NÃO configura
crime.
“Período de repouso noturno” - Três entendimentos: 
a) Período em que as pessoas ordinariamente dormem, conforme os costumes e
convenções sociais (flexível).
b) Período após as 20 h e antes das 6 h, aplicando norma processual geral do art. 212 do
Código de Processo Civil.
c) Período após as 21 h e antes das 5 h, aplicando o inciso III, § 1º, do art. 21 da lei de
abuso (GRECO, CUNHA, 2020, p. 160)
“Impedimento ou retardamento injustificado de envio de pleito de preso à autoridade
judiciária”:
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária
competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia:
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafoúnico. (…) - referentes ao juiz.
Anotações:
Direito fundamental protegido: art. 5º LXXXIV da Constituição (direito de petição).
Lei de Execução Penal: art. 41, IX.
Abrange os presos em presídios/penitenciárias, bem como os detidos em delegacias ou unidades
detentivas militares.
V. possibilidade de abrangência de adolescentes apreendidos/internados na terminologia preso.
Como proceder:
O responsável de custódia deve submeter o pleito do preso/detido à chefia para que esta a
encaminhe ao juízo das execuções ou juiz competente.
“Impedir, sem justa causa, entrevista pessoal e reservada de preso com seu advogado e
condutas equiparadas”:
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. - referente ao juiz.
Anotações:
Direito fundamental protegido: Art. 5º, LV da Constituição Federal.
Prerrogativa do advogado: art. 7º, III, da Lei Federal 8.906/1994 (EOAB).
 A expressão “preso”, do caput, é usada no sentido lato.
Como proceder:
1) Antes, identificar o advogado. Carteira da OAB ou outros meios idôneos de consulta
(internet). Não identificado, negar o pleito mediante ato documentado.
2) Se não existe sala especial na unidade para entrevistas, destinar algum espaço
adequado improvisado.
“Negativa de acesso aos autos ou de obtenção de cópias”:
Art. 32.Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de
investigaçãopreliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento
investigatóriode infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias,
ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de
diligênciasfuturas, cujo sigilo seja imprescindível: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
anos, e multa.
Anotações:
Prerrogativa do advogado: Art. 7º, inciso XIV, e § 12, da Lei Federal 8.906/1994 (EOAB).
Súmula vinculante 14 do STF: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado
por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.
“Diligências em curso” – Levantamentos, cautelares: ex. Interceptação, buscas, prisões,
sequestros, etc.
“Peças que indiquem realizações de diligências futuras” - ex. Representações que ainda esperam
julgamento.
“Interessado” - Não é o curioso, mas sim, quem faz parte, ativa ou passiva, do apuratório. Pela lei
anterior não era obrigatório.
Procedimentos abrangidos: 1) autos de investigação preliminar (VPI); 2) termo circunstanciado
(TCO); 3) inquérito ou 4) qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou
administrativa (PIC do MP, inquérito civil para apurar ato de improbidade, sindicância/PAD da
corregedoria, etc).
Como proceder:
1) Antes, identificar o advogado. Carteira da OAB ou outros meios idôneos de consulta
(internet). Não identificado, negar o acesso mediante ato documentado. v. ainda o teor do art. 7º, §
10 do EOAB: “Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o
exercício dos direitos de que trata o inciso XIV”.
2) Separar dos autos principais, em autos apartados, as peças que contém as medidas
cautelares pendentes de implementação e encerramento, bem como as que indiquem a realização
de futuras diligências. v. art. 7º, § 11 do EOAB: “No caso previsto no inciso XIV, a autoridade
competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a
diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de
comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências”.
3) Documentar (certidão) o acesso mediante termo a abertura de vistas ao causídico ou ao
interessado.
4) De preferência, fornecer cópia digital do que lhe interessa ou permitir que faça o registro
por seu dispositivo eletrônico.
“Crime inserido no Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (EOAB) de violação a
direitos ou prerrogativas de advogados”.
Veto derrubado – Foi introduzido pelo art. 43 da lei de abuso o art. 7°-B na Lei Federal n°
8.906/1994 (Estatuto da OAB) para prever que constitui crime punido com detenção de 3 (três)
meses a 1 (um) ano e multa, violar direito ou prerrogativa de advogado previstos nos incisos II, III,
IV e V do “caput “do art. 7° da lei, a saber:
a) a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos
de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que
relativas ao exercício da advocacia;
Anotações:
Exceção – Somente mediante ordem judicial pode ser quebrada a inviolabilidade, se houverem
indícios e materialidade de prática de crime pelo advogado, sendo expedindo mandado de busca
e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da OAB
(art. 7º, § 6º do EOAB).
É vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do
advogado averiguado, bem como dos demais instrumentos de trabalho que contenham
informações sobre clientes (art. 7º, § 6º do EOAB), salvo se partícipes ou coautores do mesmo
crime que deu causa à quebra da inviolabilidade (art. 7º, § 7º do EOAB).
Diligências recorrentes – ex. Busca e apreensão e instalação de captação ambiental de áudio e
vídeo – Lei 12.850/2013 (crime organizado).
Como proceder:
1) Se não houver a combinação prévia para execução conjunta imediata, preservar o local
até que o representante da OAB chegue para acompanhar a diligência.
2) Recomenda-se a compartimentação das informações que envolvam detalhes e
identidade do alvo antes de iniciar a operação.
b) comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração,
quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares,
ainda que considerados incomunicáveis;
Como proceder:
1) Antes, identificar o advogado. Carteira da OAB ou outros meios idôneos de consulta
(internet). Não identificado, negar o acesso mediante ato documentado.
2) Em casos de rebelião/balburdia de presos ou ausência excepcional de efetivo mínimo
que assegure a segurança dos que se encontrem na unidade (inclusive do próprio advogado),
estaria justificada a restrição provisória ao acesso (justa causa).
c) ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado
ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais
casos a comunicação expressa à seccional da OAB;
Anotações:
Art. 7º, § 3º do EOAB: “O advogado somente poderá ser preso em flagrante, por motivo de
exercício da profissão, em caso de crime inafiançável, observado o disposto no inciso IV deste
artigo”. Ex. Racismo, tráfico de drogas, terrorismo, etc.
Como proceder:
1) Efetuada a abordagem e realizada a captura, ante o estado flagrancial, comunicar a
OAB e aguardar o representante enviado chegar antes de conduzir para a unidade de destino
(para que este fiscalize todos os atos coercitivos até o destino). O momento de espera sob
custódia não configura abuso.
2) Não havendo motivo ligado ao exercício da advocacia, é dispensada a referida
burocracia e a condução é direta, realizando-se, por exigência da lei, a comunicação expressa à
seccional da OAB.
d) não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de
Estado-Maior, com instalações e comodidades condignas e, na sua falta, em prisão domiciliar.
Anotações:
Sala de Estado-Maior – “Por Estado-Maior se entende o grupo de oficiais que assessoram o
Comandante de uma organização militar (Exército, Marinha, Aeronáutica, Corpo de Bombeiros e
Polícia Militar); assim sendo, “sala de Estado-Maior” é o compartimento de qualquer unidade
militarque, ainda que potencialmente, possa por eles ser utilizado para exercer suas funções. A
distinção que se deve fazer é que, enquanto uma “cela” tem como finalidade típica o
aprisionamento de alguém, por isso, de regra contém grades; uma “sala” apenas ocasionalmente
é destinada para esse fim. (...)” (Reclamação 4.535-8 do STF apud AZEVEDO, 2010, p. 32).
Jurisprudência tem admitido local alternativo, desde que possua condições “condignas” – de
higiene, salubridade, segurança.
Como proceder:
1) Solicitar o delegado, ao representar pela prisão cautelar ou quando do recebimento
direto da ordem privativa de liberdade direcionada ao advogado, a expressa indicação do local
para onde será levado ao ser preso, quando não houver sala de Estado-Maior disponível.
2) Se a prisão for em flagrante delito, comunicar imediatamente ao juízo (por escrito ou
verbalmente) e solicitar-lhe a informação em caráter de urgência.
“Manutenção de presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento e
condutas equiparadas”:
Art. 21. Manterpresos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: Pena –
detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente
na companhia de maior de idade ou em ambiente inadequado, observado o disposto na Lei 8.069,
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).
Anotações:
Direito fundamental protegido: art. 5º XLVIII e XLIX, da Constituição.
 A expressão “preso”, do caput, é usada “lato sensu”, pois deve ser aplicada a qualquer indivíduo
que, mesmo momentaneamente, esteja privado da liberdade (contempla também os capturados e
detidos).
Mulheres – V. art. 82, parágrafo 1º, da Lei de Execuções Penais.
Crianças – Sequer devem ser custodiadas em unidade policial, devendo serem apresentadas ao
Conselho Tutelar competente.
Adolescentes - V. art. 175 e parágrafos da Lei Federal 8.069, de 13 de julho de 1990.
Obs. Não separar crianças/adolescentes de sexos diversos. Não seria abuso, por ausência de
previsão legal. V. possibilidade de abrangência de adolescentes apreendidos/internados na
terminologia preso.
Homem transexual e a mulher transexual – RESOLUÇÃO CONJUNTA 01/2014 do CONSELHO
NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP e CONSELHO NACIONAL DE
COMBATE À DISCRIMINAÇÃO – CNCD/LGBT, estabelece os parâmetros de acolhimento de
LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em privação de liberdade no Brasil. Ex.
travestis e gays privados de liberdade em unidades prisionais masculinas podem optar por
espaços de vivência específicos (art. 3º), assim como transexuais masculinas e femininas devem
ser encaminhadas para as unidades prisionais femininas (art. 4º). 
Como proceder:
Se não houver como separar, custodiar o menor, mulher ou LGBT sob vigilância
aproximada, até que seja providenciada a remoção a outro local.
“Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou a revelia da vontade do ocupante,
em imóvel alheio ou suas dependências e condutas equiparadas”:
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições,sem
determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: Pena – detenção, de 1 (um) a 4
(quatro) anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:
I – coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou
suas dependências;
II - (VETADO);
III – cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21 h (vinte e uma horas) ou antes
das 5 h (cinco horas).
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios
que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre.
Anotações:
Direito fundamental protegido: art. 5º XI, da Constituição.
Exceções - “caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial”.
Invasão sem relação com a função: art. 150 do CPB (invasão domiciliar).
Conceitos de “dia” para efeito de cumprimento de determinação judicial:
a) período compreendido entre o nascer e o pôr do sol, em que a Terra recebe luz solar.
Variável conforme o local (flexível); 
b) entre as 06 da manhã e as 18 horas (rígido).
c) Da nova lei de abuso de autoridade - Entre as 05 da manhã e as 21 da noite (rígido).
Pelo novo critério legal de noite, incide a proibição após as 21 h e antes das 5 h.
Há ainda interpretação que mescla os entendimentos a e b ou b e c, vislumbrando crime apenas
quando a ação ilícita ocorre dentro do período do inciso III, § 1º do art. 22, ao passo que se ocorre
em lapso noturno diverso: ex. entre 18 h e 21 h ou entre o crepúsculo e 21 h, NÃO (GRECO,
CUNHA, 2020, p. 202).
Agente infiltrado e instalação de captação ambiental de áudio e vídeo – Lei 12.850/2013 (crime
organizado).
Inciso II – veto mantido. Incriminava a conduta de quem: “executa mandado de busca e apreensão
em imóvel alheio ou suas dependências, mobilizando veículos, pessoal ou armamentode forma
ostensiva e desproporcional, ou de qualquer modo extrapolando os limites da autorização judicial,
para expor o investigado a situação de vexame”.
Como proceder:
1) Diligenciar munido de formulários de autorização de entrada autorizada para uso
quando o morador consentir a entrada, ou registrar a autorização por outros meios (captação de
áudio, filmagem, etc).
2) Constar hora e minutos exatos nos registros de cumprimento dos mandados cautelares
penais. O estabelecimento de horário determinado para início e fim da ação pela lei torna crucial a
anotação, proporcionando o resguardo dos executores da diligência.
“Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado
de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de
responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade e condutas
equiparadas”:
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado
de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar
criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)
anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de:
I – eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de
diligência;
II – omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações incompletos para desviar o
curso da investigação, da diligência ou do processo.
Anotações:
Novo tipo derivado do crime de fraude processual do Código Penal previsto no art. 347 (onde o
objetivo é o de induzir a erro juiz ou perito). Exige especial fim de agir, “com o fim de eximir-se de
responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade”.
V. cadeia de custódia (art. 158-A a 158-F do CPP) - Lei 13.964/2019 - Pacote Anticrime.
“Constranger funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a
admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, para fins de fraude”:
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição
hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o
fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração.
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Anotações:
Dentre outros, casos de morte em ação policial.
Se a conduta se der em outra instituição de saúde. ex. particular: art. 146 do CPB
(constrangimento ilegal).
Natureza da apuração: administrativa, cível, militar, trabalhista, penal, etc.Possível concurso de crimes com a fraude processual (art. 347 do CPB).
Como proceder:
1) Na dúvida sobre o evento morte, prudente dar socorro, a fim de que, futuramente, não
se alegue eventual omissão. Policial não é médico.
2) Seguir as regras da Portaria nº 003 de 2019 da SUPCI – Procedimentos Internos em
Face de Morte por Intervenção do Agente do Estado.
“Proceder a obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio
manifestamente ilícito”:
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por
meio manifestamente ilícito: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou
fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.
Anotações:
Direito fundamental protegido: Art. 5º, LVI da Constituição.
V. também o teor do art. 157 do Código de Processo Penal.
Investigação (civil, militar, ministerial) ou fiscalização (auditoria fiscal, do trabalho).
“Meio manifestamente ilícito” - casos teratológicos (provas decorrentes de tortura, sequestro, etc).
Acesso a dados em telefones celulares – Dois entendimentos: a) comunicações telefônicas –
somente mediante decisão judicial que autoriza; b) dados – dispensa decisão judicial que autoriza,
permitindo o acesso direto.
O art. 10 da Lei Federal n° 9.296, de 24 de julho de 1996, remodelado pela lei de abuso,
estabelece crime punido com reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, realizar interceptação de
comunicações telefônicas, de informática ou telemática, promover escuta ambiental ou quebrar
segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Como proceder:
1) Preservar as garantias constitucionais, para não contaminar os atos de ilicitude
(interrogatórios, buscas e escutas telefônicas, etc);
2) No caso do acesso ao conteúdo de celulares, representar judicialmente pela busca de
dados. Melhor preservar a prova do que depois perdê-la por nulidade, se impugnada durante o
processo.
“Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de
ilícito funcional ou de infração administrativa”:
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou
administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito
funcional ou de infração administrativa: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e
multa.
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação preliminar sumária,
devidamente justificada.
Anotações:
“Procedimento investigatório de infração penal ou administrativa”: procedimento civil (ex. inquérito
civil para apurar improbidade) está fora da previsão. Falha técnica.
Parágrafo 3º do artigo 5º do Código de Processo Penal: "(...) verificada a procedência das
informações, mandará instaurar inquérito".
A verificação preliminar poderá ser informal, quando executada de modo direto, pessoal e sem
formalidades rígidas (ex. homicídio), ou formal, quando decorrente de abertura de procedimento
formado por atos documentados.
“Sindicância ou investigação preliminar sumária” – Verificação Preliminar de Informação (VPI) -
Instrução Normativa nº 01/2006, da SUPCI. Uso adequado quando há requisição judicial ou
ministerial de uma apuração de uma denúncia anônima.
Disque-Denúncia, denúncias anônimas – Sempre deve haver verificação preliminar, seja informal
ou por VPI. Para GRECO, CUNHA, 2020, p. 248, são aptas a ensejar abertura direta de inquérito,
assim como as notícias de imprensa.
Como proceder:
1) Para a realização da verificação preliminar, duas opções de executá-la são possíveis: 1)
abertura de VPI; 2) Ordem de missão emitida no bojo do BO no PPE.
2) Sendo o fato atípico ou o levantamento preliminar acuse a inexistência do fato ou falta
de indícios mínimos necessários, arquivar a notícia-crime (o que é diferente de arquivar o
inquérito, conduta proibida pelo estatuto processual), mediante decisão exarada na VPI ou por
despacho no BO.
“Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente”:
Art. 30.Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa
fundamentada ou contra quem sabe inocente: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Anotações:
Conflito aparente com o crime do art. 339 do CPB (denunciação caluniosa).
“Persecução penal” - comporta a soma da investigação e do processo (ação penal). Persecução
civil e administrativa – conferir as leis e normas que as regulam.
“Justa causa” - Segundo GRECO, CUNHA, 2020, p. 263: “aquele mínimo de suporte fático, aquele
início de prova (mesmo que indiciária) capaz de justificar a oferta da persecução...”. Definir de
forma exata a expressão no processo penal é uma tarefa difícil, não havendo consenso entre
doutrina e jurisprudência.
“Divulgação de gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do
investigado ou acusado”:
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda
produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado
ou acusado: Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Anotações:
Filmagens – mídias, HD, fitas...
Quando se tratar de comunicações telefônicas/telemáticas, subsidiário em relação ao art. 10 da
Lei Federal n° 9.296, de 24 de julho de 1996. Ex. vazar áudio de interceptação, áudios de
aplicativos (a exemplo do whatsapp). 
Concurso com o crime do art. 218-C do CPB, quando o conteúdo envolver cena de sexo, nudez
ou pornografia envolvendo a vítima.
“Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo,
com o fim de prejudicar interesse de investigado”:
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com
o fim de prejudicar interesse de investigado: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos,
e multa.
Anotações:
Conduta comissiva – Difere de “omissão de informação relevante”, motivo pelo qual a sonegação
de dados de interesse da investigação – ato omissivo e não comissivo – não configura crime.
Difere também da “denunciação caluniosa” (art. 339 do CPB).
“Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado
ou fiscalizado e condutas equiparadas”:
Art. 31.Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado
ou fiscalizado: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para execução ou conclusão de
procedimento, o estende de forma imotivada, procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do
fiscalizado.
Anotações:
Estender em benefício (ex. para provocar a prescrição) NÃO configura o crime, melhor se
adequando à prevaricação (art. 319 do CPB).
Dolo específico - “injustificadamente”.
A negligência (culpa) pode ser punida pela via disciplinar, caso haja infração correspondente, mas
NÃO pelo crime em tela.
Prazos do CPP e leis extravagantes.
V. art. 3-B, § 2º, do CPP: “Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante
representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a
duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for
concluída, a prisão será imediatamente relaxada”.
Como proceder:
1) Adotar a prática dos pedidos de dilação, consignando as diligências faltantes para a
elucidação dos fatos e as providências imprescindíveis a garantir suas realizaçõesdentro do
prazo solicitado.
2) Justificar as adversidades em concreto que impedem a conclusão em prazo razoável.
Evitar “chavões” e frases genéricas;
3) Monitorar e acompanhar o andamento das investigações para que não sejam
esquecidas.
4) V. Portaria nº 017 de 2017 da SUPCI – Cumprimento de Cotas e Solicitação de dilação
de prazo dos Ips.
“Exigência de informação ou cumprimento de obrigação sem amparo legal e conduta
equiparada”:
Art. 33.Exigirinformação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer,
sem expresso amparo legal: Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou função pública ou invoca a
condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégioindevido.
Anotações:
Difere do crime de constrangimento ilegal por não exigir violência ou grave ameaça para a
configuração.
Exigir informação (informe, dado, parecer, esclarecimento, explicação etc). Ex. pressionar um
transeunte a dizer onde fica o endereço de alguém para poder intimá-lo;
Exigir cumprimento de obrigação (ação, encargo, exercício, tarefa etc), inclusive o dever de fazer
(atuar) ou de não fazer (omitir-se), sem expresso amparo legal. Ex. obrigar uma pessoa lavar a
viatura, a deixar de frequentar determinado local, etc;
“Carteirada” - Se utilizar de cargo ou função pública ou invocar a condição de agente público para
se eximir de obrigação legal (ex. para não ser autuado por infração de trânsito) ou para obter
vantagem ou privilégio indevido (ex. para entrar sem pagar em shows e cinemas). 
Obs. No caso de cortesias, NÃO configura crime solicitar o gozo do “brinde” a que faz jus por sua
situação funcional. Também NÃO há crime quando se prevalece da condição pessoal (filho de…,
melhor amigo do..., etc). 
Ingresso armado em estabelecimento vigiado e entrega de arma e munição para guarda em
cofres – depende dos regulamentos do Estado.
“Antecipar atribuição de culpa antes da conclusão de apuração ou acusação”:
Art. 38.Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede
social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação: Pena –
detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Anotações:
Direito de imagem do investigado.
Atribuir culpa em sentido estrito, ou seja, o “status” decorrente da incontestável prática de um ato
delituoso.
 Antes de concluídas as apurações (inquérito policial ou outro procedimento investigatório penal) e
formalizada a acusação (pela denúncia – petição inicial acusatória do Ministério Público perante o
órgão judiciário competente).
Como proceder:
1) Classificar o suspeito como “investigado” ou “indiciado”, a depender do momento em
que houver o pronunciamento. Evitar, em informes à imprensa, expressões como “acusado” ou
“culpado”.
2) Limitar-se o porta-voz, quando indagado pelos meios de comunicação, a divulgar
exclusivamente informações cujo conhecimento pelo público seja de manifesto interesse policial;
que não causem prejuízo às investigações e que não afetem a intimidade, a honra, ou a imagem
das pessoas envolvidas.
Outros crimes vetados (vetos mantidos):
“Art. 34. Deixar de corrigir, de ofício ou mediante provocação, com competência para fazê-lo, erro
relevante que sabe existir em processo ou procedimento: Pena – detenção, de 3 (três) a 6 (seis)
meses, e multa.”
“Art. 35. Coibir, dificultar ou impedir, por qualquer meio, sem justa causa, a reunião, a associação
ou o agrupamento pacífico de pessoas para fim legítimo: Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1
(um) ano, e multa.”
Bibliografia:
AZEVEDO, Flávio Olímpio de. Comentários ao Estatuto da advocacia. 2. ed. rev. e ampl. - Rio
de Janeiro: Elsevier, 2010.
GRECO, Rogério; CUNHA, Rogério Sanches. Abuso de autoridade. Lei 13.869/2019
comentada artigo por artigo. Salvador: Juspodivm, 2020.
LESSA, Marcelo de Lima. Padrões sugeridos de conduta policial diante da nova lei de abuso
de autoridade. 2019.
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais Comentadas vol.1. 9. ed. rev.,
atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015.
PINHEIRO, Igor Pereira; CAVALCANTE, André Clark Nunes; BRANCO, Emerson Castelo. Nova
Lei do abuso de autoridade comentada artigo por artigo. - São Paulo: JH Mizuno, 2020.
	Lei 13.964/2019 – Pacote Anticrime:

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