Buscar

ESTUDO SOBRE ATAQUE DE CLORETO AO CONCRETO ARMADO PIC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

* diana02limarocha@gmail.com – Bacharelado em Engenharia Civil pela Instituição de Ensino UNIS-MG 
** leonardomelo57@outlook.com - Bacharelado em Engenharia Civil pela Instituição de Ensino UNIS-MG 
*** liliandafonsecasantos@yahoo.com.br - Bacharelado em Engenharia Civil pela Instituição de Ensino UNIS-
MG 
**** sabrinamendes900@yahoo.com.br - Bacharelado em Engenharia Civil pela Instituição de Ensino UNIS-
MG 
***** thaynabibi@hotmail.com - Bacharelado em Engenharia Civil pela Instituição de Ensino UNIS-MG 
****** Ivan.franklin@unis.edu.br 
******* yago.cruz@unis.edu.br 
PROJETO INTERDISCIPLINAR DE CURSO: ESTUDO SOBRE ATAQUE DE 
CLORETOS AO CONCRETO ARMADO 
 
 Diana de Lima Teixeira* 
 Leonardo Melo Figueiredo ** 
 Lilian da Fonseca Santos*** 
 Sabrina Godoy Rodrigues**** 
 Thayna Bianca Dias Azevedo***** 
 Orientadores: Ivan Franklin Júnior****** 
 Yago Petrim Cruz******* 
 
RESUMO 
A corrosão é um processo de deterioração de um material por ação química, O processo 
ocorre com a reação de cloretos presente no ambiente, fazendo com que as armaduras sejam 
corroídas gradativamente quebrando a camada pacificadora do concreto. A agressividade 
Ambiental consiste como fator de segurança, sendo divididas em quatro classes, fraca, 
moderada, forte e muito forte, definidas por região. Em áreas litorâneas sendo ela a mais forte. 
Com a variação de água cimento em cada classe de agressividade, realizamos um procedimento 
experimental para comprovar que a relação água/cimento e as classes de agressividade 
ambiental estão relacionadas e seu estudo é primordial para a determinação da profundidade de 
cobrimento de armaduras. 
Palavra-chave: Concreto, penetração de cloreto, agressividade ambiental. 
 
 
 
mailto:diana02limarocha@gmail.com
mailto:leonardomelo57@outlook.com
mailto:liliandafonsecasantos@yahoo.com.br
mailto:sabrinamendes900@yahoo.com.br
mailto:thaynabibi@hotmail.com
mailto:Ivan.franklin@unis.edu.br
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
Em dias atuais a necessidade de investimentos e pesquisas relacionadas ao uso concreto 
cresceu demasiadamente, devido ao crescimento populacional e a necessidade de expansão da 
infraestrutura urbana . O concreto depois da água (H2O) é hoje o segundo material mais 
utilizado no mundo (METHA & MONTEIRO, 1994). Em seu estudo busca-se o aprimoramento 
da trabalhabilidade, durabilidade, maior resistência mecânica e resistência agentes patológicos 
causados pela corrosão das armaduras como ataque de cloretos, sulfatos dentre outros. O que 
nos leva ao um precoce envelhecimento e deterioração das estruturas. 
A resistência mecânica e a resistência a compressão foram por muito tempo fatores 
relevantes e decisivos para um concreto de boa qualidade. Entretanto, no século XX começou 
a apresentar manifestações patológicas de grandes intensidades e incidência, e sempre com 
elevados custos de recuperação (HELENE, 1993). Com o avanço dos estudos constatou-se que 
a durabilidade está relacionada as propriedades do material, seu processo de fabricação e a sua 
exposição ao longo do tempo em um determinado ambiente. 
A relação água/cimento é um dos fatores que exerce grande influência na penetração de 
cloretos por determinar características como porosidade, capacidade de absorção e 
permeabilidade da pasta de cimento hidratada (LOPES, 1999). Quanto maior a relação 
água/cimento, maior será a porosidade e permeabilidade de um concreto e, a princípio, maior 
será a penetração de cloretos. A temperatura também é um parâmetro muito importante na 
penetração de cloretos, pois afeta a velocidade das reações químicas (REPETTE, 1997). E a 
idade é um dos principais fatores que influenciam o ingresso dos cloretos no concreto, pois com 
a evolução da hidratação a porosidade vai diminuindo e os vazios vão sendo gradativamente 
preenchidos pelos compostos, que se formam no decorrer do tempo (NEVILLE, 1997). 
Uma boa compactação, tempo de cura, escolha do tipo de material e uma relação 
agua/cimento adequados, garantem ao concreto maior resistência e durabilidade contra a 
penetração de cloretos. 
Referenciando o brasil com sua considerável costa marítima, fica inevitável o contato e 
possível contaminação por esse íon agressivo as estruturas, deste modo as industrias buscam 
utilizar concretos cada vez mais densos e impermeáveis investindo em ensaios e pesquisas 
para uma boa concretagem e na eficiência de produtos de reparos e proteção, aplicados como 
3 
 
tratamento superficial contra novos ataques já que tais reparos exigem um auto custo financeiro 
e diversos transtornos ao usuário dentre outros fatores. 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Corrosão da Armadura por Ataque de Íons de Cloreto 
 Gentil (2003) descreve corrosão como “a deterioração de um material, geralmente 
metálico, por ação química ou eletroquímica do meio ambiente aliada ou não a esforços 
mecânicos”. Fazendo uma análise sobre o estudo do ataque de cloretos no concreto armado, as 
partes estruturais suscetíveis a esse ataque serão o concreto e a armadura, porém a parte 
danificada que merece uma maior atenção é a armadura. 
 De forma geral, especificamente, em relação a armadura do concreto armado, pode-se 
definir corrosão da armadura como um processo eletroquímico que tem como consequência a 
deterioração do aço causando perda de funcionalidade. 
 Para que o processo corrosivo ocorra, é necessário que (BOHNI, 2005): 
➢ Haja uma diferença de potencial ente dois pontos da armadura, possibilitando o fluxo 
de elétrons; 
➢ O concreto esteja úmido garantindo a existência de um eletrólito; 
➢ O oxigênio esteja presente, possibilitando a relação catódica; 
➢ Ocorra o rompimento da camada passivadora da armadura, podendo ser pela ação de 
íons cloreto ou pela carbonatação do concreto. 
As reações básicas no íon cloreto se dá tanto no concreto como no aço. No concreto o 
íon cloreto (Cl¯) reage com a água (H2O) e produz ácido clorídrico (HCl) mais oxigênio (O²), 
o íon clorídrico vai ser responsável por abaixar o pH do concreto e quebrar a camada 
passivadora do aço. Em seguida, vai ser estabelecida uma reação do íon cloreto (2Cl¯) com o 
íon de ferro (Fe⁺⁺), gerando o cloreto ferroso (FeCl2) que por ser muito instável vai reagir com 
a hidroxila (2HO) e formar o hidróxido de ferro (Fe(HO)2) somando-se ao íon cloreto 
novamente (2Cl¯). O íon de cloreto iniciará a mesma reação novamente até formar um ciclo 
repetido e corroer o aço em um único ponto. (ANDRADE, 2016) 
 Concreto: { Cl¯ + H2O = HCl + O² 
 
 
4 
 
 
 Aço: {2Cl¯ + Fe⁺⁺= FeCl2 
 { FeCl2 + 2HO = Fe(HO)2 + 2Cl¯ 
 
 
 A despassivação pode acontecer também através da carbonatação, que pela ação do gás 
carbônico da atmosfera, penetra por difusão e reage com os hidróxidos alcalinos da solução dos 
poros do concreto, reduzindo seu pH. A despassivação deletéria só ocorre de maneira 
significativa em ambientes de umidade relativa abaixo de 98% e acima de 60%, ou em 
ambientes sujeitos a ciclos de secagem e molhagem, possibilitando a instalação de corrosão. 
(HELENE, 1997). 
 De acordo com Andrade (2016) é importante ressaltar que a carbonatação em si, não 
corroe, ela se torna apenas um veículo de corrosão. Devido a essa ação, é possível diferenciar 
visivelmente a carbonatação de um ataque por cloreto, como a carbonatação ocorre de maneira 
generalizada, ela se espalha por uma grande superfície da armadura, e o ataque de cloretos se 
concentra em um único ponto formando os pites, conforme a imagem a seguir: 
 
 Figura 1: corrosão por carbonatação e por ataque de cloretosFonte: (PESSÔA) 
 
2.2 Classes Agressividade Ambiental 
A agressividade ambiental é um fator contribuinte para a danificação estrutural de uma 
obra, as mesmas devem conter uma certa durabilidade onde fatores podem contribuir para a 
danificação. É importante conhecermos esses fatores de danificação para um melhor 
planejamento e execução da obra. 
5 
 
A NBR 6118 em seu item 5.1.2.3 define "Durabilidade - Consiste na capacidade da 
estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do 
projeto estrutural e pelo contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto.” 
Devida a estas circunstâncias, devemos averiguar as condições ambientais como fator de risco. 
As ações químicas e físicas exercem sobre a obra de maneira direta, independente da 
circunstância mecânica e/ou estrutural. 
 O responsável pelo projeto estrutural deve em primeira instância averiguar as 
particularidades do ambiente onde será localizada a obra. Após esse procedimento com o 
auxílio da tabela de classes de agressividade ambiental (CCA) deve-se classificar o fator 
agressividade do ambiente. 
 
Tabela 01: Classes de agressividade ambiental 
Classe de 
agressividade 
ambiental 
 
Agressividade 
Classificação geral 
do tipo de ambiente 
para efeito de projeto 
Risco de 
deterioração da 
estrutura 
I Fraca 
Rural 
Insignificante 
Submersa 
II Moderada Urbana Pequeno 
III Forte 
Marinha 
Grande 
Industrial 
IV 
Muito Forte 
Industrial 
Elevado 
Respingos de maré 
Fonte: (NBR 6118, 2009) 
 
Esta análise é fator fundamental na concepção do projeto, pois assim podemos definir os 
valores mínimos que devemos respeitar na envoltura da armadura, e as características mínimas 
de resistências que devem ser adquiridas. 
Os cloretos são encontrados em maior intensidade em áreas litorâneas, podendo ser até 
40 vezes maior do que em áreas rurais, dessa maneira o ambiente caracteriza-se com fator 
elevado de risco de deteriorizar estabelecendo um profundo preparado para execução da obra. 
6 
 
Com os fatores estabelecidos é de responsabilidade do autor da obra seguir as indicações 
de segurança de acordo com a NBR 6118, podemos analisar que em cada tipo de estrutura e 
componente á uma classe de agressividade, nos definindo os cobrimentos mínimos para uma 
boa impermeabilidade. 
 
Tabela 02: Correspondência entre a classe de agressividade ambiental e o cobrimento nominal para ∆c = 10mm 
 
Tipo de 
estrutura 
 
Componente 
ou elemento 
Classe de agressividade ambiental 
I II III IV 
Cobrimento nominal 
mm 
Concreto 
armado 
Laje 20 25 35 45 
Viga/pilar 25 30 
40 50 
Elementos 
estruturais 
em contato 
com o solo 
30 40 50 
Concreto 
protendido 
Laje 25 30 40 50 
Viga/pilar 30 35 45 55 
Fonte: (NBR 6118, 2009) 
 
2.3 Relação fator água/cimento 
 
A relação água/cimento é a mistura de água e cimento, suas funções está ligada 
diretamente a resistência, durabilidade e impermeabilidade. Essas funções podem ser 
comprometidas se mistura inicial não for bem realizadas, fatores como a porosidade e a 
permeabilidade podem ser pertinentes para uma boa mistura. 
A qualidade do concreto está diretamente associada com o fator agua/cimento, conforme 
a classe de agressividade e o tipo de elemento estrutural, aplicamos a relação ideal para 
adquirirmos os fatores de resistência e impermeabilidade predefinidos como podemos observar 
na tabela abaixo: 
 
7 
 
Tabela 03: Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto 
Concreto 
Tipo 
Classe de agressividade 
I II III IV 
Relação 
água/cimento 
em massa 
CA ≤ 0,65 ≤ 0,6 ≤ 0,55 ≤ 0,45 
CP ≤ 0,6 ≤ 0,55 ≤ 0,5 ≤ 0,45 
Classe de 
concreto 
(ABNT NBR 
8953) 
CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40 
CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40 
Fonte: (ABNT 6118, 2009) 
 
2.4 Concentração de cloretos 
 
Para uma boa mistura devemos levar em consideração a qualidade e propriedades 
químicas da água, os fatores principais a serem analisados são os cloretos, sulfatos, álcalis e a 
contaminação prejudicial. 
Podemos observar na tabela abaixo os limites para os cloretos de acordo segundo sua 
usabilidade final. 
 
Tabela 04: Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto 
Uso Final 
Teor máximo de cloreto 
mg/L 
Procedimento de ensaio 
Concreto protendido ou 
graute 
500 
 
ABNT NBR 15900-6 Concreto armado 1000 
Concreto simples (sem 
armadura) 
4500 
Fonte: (ABNT 6118, 2009) 
 
Os agregados com reativos álcalis, devem ser combinados com ensaios normatizados 
pela ABNT NBR15900-onde a quantidade de Na Cl não deve exceder a 1.500mg/L. 
8 
 
Os cloretos podem ser encontrados em diversos ambientes, e com isso atingindo diversas 
categorias construtivas, a maior concentração existente é nas áreas litorâneas isso não define 
que não conseguimos encontrar em outros ambientes, podemos encontrar em áreas urbanas e 
rurais, em solos e até mesmo na atmosfera, em razão disso que utilizamos as classes de riscos 
ambientais. 
 
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 Neste item descreve-se a metodologia usada nos procedimentos experimentais para a 
confecção dos corpos de prova, o processo usado para simular uma alta classe de agressividade 
ambiental e os resultados encontrados a partir de experimentos químicos. 
 A confecção dos corpos de prova teve como elemento alterado a relação água/cimento, 
nos proporcionando três traços (rico, básico e pobre) para usarmos como parâmetro 
comparativo. 
3.1 Caracterização do Material 
3.1.1 Aglomerante 
 O aglomerante utilizado foi o cimento Portland CPV-ARI, optamos por essa classe pois 
a agilidade na cura dos corpos de prova era um fator indispensável na situação onde nós nos 
encontrávamos. A determinação da massa específica foi dada a partir da NBR NM 23, na qual 
se faz uso do frasco Le Chatelier, onde adicionamos uma amostra de cimento e uma 
determinada quantidade de líquido que não reaja com o cimento, usamos querosene, e a 
alteração no volume do líquido foi a base para os resultados. A resistência do cimento foi 
previamente disposta da NBR 5733, na qual se estabelece um limite inferior para os 7 dias de 
idade. 
 O resultado obtido foi uma massa específica de 2,62 kg/dm³. 
3.1.2 Agregado Miúdo 
 O agregado miúdo escolhido foi a areia média seca de rio. A massa específica da areia 
a ser utilizada foi obtida por auxílio do método NBR 9776, no qual se utiliza a amostra de areia, 
a quantidade estabelecida de água e o frasco Chapman, que assim como o método usado para o 
cimento, o resultado é obtido através do deslocamento de volume total. O seu módulo de finura 
foi dado através dos ensaios de granulometria consultado na NBR NM 248, classificando deste 
9 
 
modo a dimensões dos grãos considerados e gerando uma curva granulométrica na qual não foi 
necessária uma correção. 
 Dos resultados obtidos, constatamos uma massa específica para a areia utilizada de 
2,617 kg/dm³ e um módulo de finura de 1,85. 
3.1.3 Agregado Graúdo 
 O agregado graúdo escolhido foi a brita 01. Sua massa específica foi obtida através do 
método da balança hidrostática especificada pela NBR NM 53. Seu diâmetro máximo 
característico foi obtido pelo ensaio de granulometria da NBR NM 248, e consideramos um 
diâmetro igual ou imediatamente inferior a 5%. A NBR NM 45 nos auxiliou para a 
determinação da massa unitária da brita, que com o auxílio de uma balança, recipiente 
retangular provido de alças e uma haste de adensamento nos deu a massa unitária que inclui o 
volume de vazios e poros permeáveis. 
 A massa específica da brita resultou em 2,89 kg/dm³, seu diâmetro máximo 
característico manteve o esperado de 19mm e obtivemos uma massa unitária de 1,47 kg/dm³. 
3.2 Dosagem dos Concretos 
 A partir dos resultados obtidos, o cálculo de dosagem para determinação do traço básico 
foi normalizado pelo método ACI/ABCP. Foram empregadas três relações água/cimentocom 
o intuito de se obter diferentes níveis de porosidade nos concretos moldados. Esta variação no 
fator água/cimento possibilita uma comparação do desempenho dos concretos frente a 
penetração de íons cloreto no processo de corrosão. 
 Todos os corpos de prova foram confeccionados nas dimensões de 10x20cm com a 
mesma faixa de trabalhabilidade de 100±20mm determinados através de ensaios de abatimento 
do tronco de cone normalizado pela NBR NM67. A condição A-B-C determinada foi a A, 
obtendo-se um desvio padrão de 4, considerado rigoroso. As consultas feitas pelo método 
ACI/ABCP resultaram em um Fck de 20 Mpa que através do ábaco denominado curva de 
Abrams estabelecemos uma relação água/cimento de 0,523. Os cálculos de consumo de material 
manteve a mesma linha de cálculo do método e os resultados obtidos estão constados na tabela 
abaixo: 
 
 
10 
 
Tabela 05: Volume e consumo de cada material para o traço em massa final: 
Material Volume (m³) Consumo (kg/m³) 
Cimento - 391,97 
Areia 0,25 664,02 
Brita 0,77 1131,9 
Água - 205 
Fonte: Os autores 
O traço em massa final obtido foi de 1: 1,69: 2,89: 0,523. Considerando um volume de 
18 corpos de prova, seis para cada tipo de traço, obtivemos um volume total de 9,425 dm³. A 
primeira determinação de quantidade de material foi de: 
Tabela 06: Traço base em massa. 
Massa de cimento (kg) 3,69 
Massa de areia (kg) 6,26 
Massa da brita (kg) 10,67 
Massa de água (l) 1,93 
 Fonte: Os autores 
 Foram necessárias duas correções, nas duas a quantidade prevista de água foi 
insuficiente e as quantidades de materiais acrescentadas foram de: 
Tabela 07: Correções feitas à partir do traço base em massa: 
1º Correção 2º Correção 
Adição de brita (kg) 1,05 Adição de brita (kg) 0,1 
Adição de água (l) 0,5 Adição de água (l) 0,05 
Fonte: Os autores 
Por fim, determinamos o traço básico adequado, e consequentemente podemos obter o 
traço pobre e rico: 
 
 
 
11 
 
 Tabela 08: Traços obtidos: 
Traço básico 1 1,56 2,17 0,475 
Traço rico 1 1,02 1,71 0,37 
Traço pobre 1 2,1 2,63 0,58 
 Fonte: Os autores 
3.3 Moldagem e cura dos corpos de prova 
Nenhuma correção para o concreto de traço rico e pobre foram necessárias, e o 
procedimento para a moldagem e cura dos corpos de prova foram normatizadas pela NBR 5738. 
Após 24 horas dentro do molde, os corpos de prova foram desmoldados e colocados em um 
tanque de água por 7 dias para promover uma cura adequada, que manteve a hidratação do 
cimento. 
3.4 Repouso em Solução de NaCl 
 Após esse período, os corpos de prova ficaram submersos 9 dias em uma solução de 
NaCl de 32% de concentração, essa concentração considerada máxima foi usada para que em 
poucos dias tivéssemos bons resultados. A água do mar de todo o mundo tem uma salinidade 
próxima de 35 (3,5% em massa, se considerarmos apenas os sais dissolvidos, mas a salinidade 
não tem unidades), o que significa que, para cada litro de água do mar há 35 gramas de sais 
dissolvidos, cuja maior parte é cloreto de sódio (sua fórmula é NaCl). No nosso experimento, 
utilizamos uma quantidade de 320 gramas por litro de água, bem acima do elemento que 
queremos simular, a água do mar, mas para simular de forma fiel, teríamos que usar a 
concentração da água do mar em um intervalo de dias muito longo e muito superior ao tempo 
decorrente de fase de construção do projeto interdisciplinar de curso. Contudo, a medida 
adotada teve o intuito de acelerar o processo, uma vez que o desgaste de estruturas pelos cloretos 
é algo gradativo em uma escala em relação a uma escala de tempo. 
3.5 Ensaio de Compressão Diametral 
 Para uma precisa verificação da penetração dos cloretos, é necessário romper a seção 
transversal dos corpos de prova ao meio, de tal forma que sua estrutura interna seja regular para 
realizar medição. Para tal feito, foi preciso realizar o ensaio de resistência à tração por 
compressão diametral de corpos de prova cilíndricos pela NBR 7222. 
12 
 
 Os corpos de prova foram posicionados na máquina de compressão em posição 
horizontal, de modo que toda sua seção longitudinal estava posicionada sobre uma geratriz, 
entre o corpo de prova e a prensa, foi necessário duas placas de aço e um material semelhante 
a borracha para distribuir os esforços de maneira uniforme ao longo de toda seção. Os esforços 
foram aplicados gradativamente até o surgimento da primeira rachadura, após isso, eles se 
partiam em duas metades e eram liberados para os demais testes. Dentre os 18 corpos de prova 
testados, a variação de carga para seu rompimento variou muito entre 9Tf e 14Tf, não havendo 
nenhuma comparação lógica a se fazer em relação aos diferentes traços. 
3.6 Aspersão de Nitrato de Prata 
 Para medir a profundida de penetração dos íons de cloreto no concreto foi usado o 
método colorímetro por aspersão de nitrato de prata (AgNO3), sendo ele um método de fácil 
aplicação e baixo custo. Quando a solução de nitrato de prata é aspergida na superfície do 
concreto, ocorre uma reação fotoquímica (Figura 02). Onde há presença de cloretos livres 
ocorre a formação de um precipitado branco de cloreto de prata. Na região sem cloretos ou com 
cloretos combinados, há formação de um precipitado marrom, o óxido de prata. Porém como a 
frente de penetração de cloretos não é regular, isto pode mascarar as medidas de profundidade 
de ingresso dos cloretos. No caso em que os cloretos estão inseridos na matriz do concreto, a 
visualização pode tornar-se um pouco mais difícil. (Meck & Sirivivatnanon, 2003; França, 
2011; Mota, 2011) 
Figura 02: Reação fotoquímica causada pelo nitrato de prata. 
 
 Fonte: Os autores 
 
Como a penetração de cloretos não é uniforme, a NT BUILD 492 (2000) recomenda 
realizar sete medidas a cada 10 mm, sendo o resultado a média entre todas elas (Figura 03). No 
caso de impossibilidade de leitura pela presença de agregados, deve-se alterar o ponto de 
medição ou ignorar esta profundidade se houver outras cinco válidas. 
13 
 
Figura 03: Ilustração de procedimento de medição 
 
 Fonte; (NT BUILD 492, 2000) 
 
Obedecendo ao método, foi feita sete medições de 10 em 10mm ao logo de toda a 
extensão dos corpos de prova, com o auxílio de um paquímetro digital e cada face teve sua 
profundidade média de penetração conforme a imagem abaixo: 
Figura 04: Respectivamente traço pobre, básico e rico. E o grau de NaCl. 
 
 Fonte: Os autores 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
Como cada corpo de prova teve sua sessão transversal rompida em duas partes, o total 
de extremidades para cada traço seria de 48, considerado oito extremidades para cada corpo de 
prova, multiplicando pela quantidade de seis para cada traço. Porém considerando as perdas no 
14 
 
momento do rompimento, nós adotamos 37 extremidades para cada traço. Sendo assim, a tabela 
abaixo traz o valor médio de cada extremidade em relação aos três traços adotados, como 
devemos definir apenas um valor padrão por traço, calculamos a média e os resultados obtidos 
foram os seguintes: 
Tabela 09: Resultados das medições médias de cada fase em relação a cada traço 
Traço Pobre (mm) Traço Básico (mm) Traço Rico (mm) 
12,34 16,5 17,55 19,94 14,58 20,08 8,04 11,67 8,68 
13,54 16,16 24,93 18,66 15,62 25,08 10,76 14,04 8,02 
13,55 17,95 14,4 15,82 14,95 14,6 8 10,08 12,67 
18,07 16,6 23,07 16,75 20,72 11,78 10,29 10,01 17,53 
25,35 16,8 23,94 11,46 14,66 14,01 7,51 12,42 17,44 
22,25 16,07 30,54 17,68 18,49 13,78 8,55 13 10,56 
22,25 24,93 27,69 14,95 13,41 15,1 10,27 5,01 9,01 
14,09 18,8 12,24 13,25 17,15 18,61 11,12 12,67 10,1 
29,41 14,5 31,01 12,2 12,85 16,98 10,04 9,83 7,64 
18,03 18,34 17,23 11,24 11,41 11,09 10,15 9,61 8,42 
17,58 18,05 17,24 13,86 12,81 18,84 11,58 7,17 9,12 
13,72 24,88 - 13,78 8,88 - 8,5 6,92 - 
28,71 25,43 - 16,93 14,03 - 9,96 7,28 - 
Média Aritmética (mm) Média Aritmética (mm) Média Aritmética (mm) 
19,83 15,29 10,1Desvio Padrão (mm) Desvio Padrão (mm) Desvio Padrão (mm) 
6,17 3,6 2,89 
Fonte: Os autores 
Nota-se que os resultados esperados foram alcançados. O traço básico recomendado 
para ser usado em zonas com risco de agressividade moderada, onde o risco de corrosão é 
pequeno teve uma profundidade de penetração mediano aos demais. O traço rico, mais poroso 
15 
 
e adequado a zonas de agressividade fraca, onde o risco de corrosão é insignificante teve uma 
profundidade de penetração alta, enquanto o traço pobre que é menos poroso e mais resistente 
sendo adequado para zonas de agressividade muito forte teve seu resultado esperado com uma 
profundidade de penetração bem inferior ao outros. 
Tabela 10: Comparação entre e relação água/cimento, penetração e grau de agressividade 
Traços Relação 
água/cimento 
Profundidade de 
Penetração (mm) 
Classes de 
Agressividade (a/c) 
Básico 0,47 15,29 Aprox.: ≤ 0,55 
Pobre 0,57 19,83 Aprox.: ≤ 0,65 
Rico 0,37 10,1 Aprox.: ≤ 0,45 
Fonte: Os autores 
O desvio padrão muito usado em probabilidade, nos serviu como fonte de análise em 
relação a variação do grau de penetração em relação as faces dos corpos de prova. Esse fator 
pode ter sido causado pela mistura não uniforme dos materiais na betoneira, ou no processo de 
moldagem dos corpos de prova. Pois já excluindo o desvio padrão frequente, alguns corpos de 
prova apresentaram medidas muito distintas uma das outras. 
Foi observado também que o agregado graúdo serve como veículo para a penetração de 
cloretos em traços pobres, pois foi observado que em alguns corpos de prova o grau de 
penetração de cloretos extrapolava a média e se diferenciava dos demais. A única justificativa 
plausível para este fenômeno é fato de que a insuficiência de ligante formava uma matriz 
incapaz de estabelecer um perfeito empacotamento dos grãos. 
Figura 05: Variação da profundidade de penetração de cloretos. 
 
 Fonte: Os autores 
 
5 CONCLUSÃO 
 Em virtude dos dados mencionados, concluímos com o experimento que quanto maior 
a relação água cimento, mais poroso será nosso concreto e maior será a profundidade de 
16 
 
penetração de cloretos, contudo, a área de cobrimento das armaduras deve mais grossa, 
garantindo uma ausência de problemas patológicos em estruturas de concreto. 
Por fim, aprendemos que a realização de procedimentos práticos é uma forma muito 
dinâmica de aprender e que a exatidão nos ensaios feitos em laboratório são indispensáveis 
para bons resultados finais. 
 
ABSTRACT 
Corrosion is a process of deterioration of a material by chemical action. The process 
occurs with the reaction of chlorides present in the environment, causing the reinforcements 
to be corroded gradually breaking the pacification layer of the concrete. Environmental 
aggressiveness consists of a safety factor, divided into four classes, weak, moderate, strong 
and very strong, defined by region. In coastal areas being the strongest. With the variation of 
water cement in each class of aggressiveness, we performed an experimental procedure to 
prove that the relation water / cement and environmental aggression classes are related and its 
study is primordial for the determination of the depth of armor cover. 
Keywords: Concrete, chloride penetration, environmental aggressiveness. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, Silvio. Ataque do cloreto no concreto – SA Soluções de Engenharia. 
Disponível em: <http://sasolucoes.com.br/ataque-do-cloreto-no-concreto/>. Acesso em: 01 de 
Abril de 2018. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 248: Agregados – 
Determinação da composição granulométrica. Rio de Janeiro, 6p. 2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9776: Agregados – 
Determinação da massa especifica de agregados miúdos por meio do frasco Chapman. Rio 
de Janeiro, 3p. 1987. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 53: Agregado graúdo 
– Determinação de massa específica aparente e absorção de água. Rio de Janeiro, 8p. 2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 45: Agregados – 
Determinação da massa unitária e do volume de vazios. Rio de Janeiro, 8p. 2006. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7222: Argamassa e 
Concreto – Determinação de resistência à atração por compressão diametral de corpos de 
prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 3p. 1994 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 23: Cimento Portland 
e outros materiais em pó - Determinação de massa específica. Rio de Janeiro, 11p. 2000. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto – 
Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 8p. 1998. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto – 
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 9p. 2015 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5733: Cimento Portland 
de alta resistência inicial. Rio de Janeiro, 5p. 1991. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de Estrutura 
de Concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 256p. 2009. 
BOHNI, H. Corrosion in reinforced concrete structures. Cambridge: Woodhead, 2005. 
GENTIL, Vicente. Corrosão. 6 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. 
http://sasolucoes.com.br/ataque-do-cloreto-no-concreto/
18 
 
HELENE, P. R. L. Contribuição ao estudo da corrosão em armaduras de concreto 
armado. 1993. 231 f. Tese (Livre Docência em Engenharia Civil) - Escola Politécnica da 
Universidade de São Paulo, São Paulo. 
HELENE, P. R. L.; TERZIAN, Paulo. Manual de dosagem e controle de concreto. 1 ed. São 
Paulo: Pini, 1992. 
LOPES, A.N.M. Avaliação Comparativa de Concretos com e sem Sílica Ativa para 
Resistências entre 50 e 60 MPa. 1999. 170f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de 
Tecnologia, Universidade de Brasília, Brasília. 
Meck, E.; Sirivivatnanon V. Field indicator of chloride penetration depth. Cement and 
Concrete Research, v.33, p.1113-1117. 
MHETA, P.K., MONTEIRO , P.J.M. Concreto: Estrutura, propriedades e materiais. 2 ed. São 
Paulo: Editora Pini, 1994. 
NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. 2.ed. São Paulo: PINI, 1997. 
NORDTEST METHOD. NT BUILD 492: Concrete, mortar and cement -based repair 
materials: Chloride migration coefficient from non-steady-state migration experiments. 
Espoo, 8p. 1999. 
PESSÔA, Patrícia. Tipos de corrosão de armaduras e fatores que os 
provocam. Disponível em: 
<http://www.geocities.ws/poapessoa/Mestrado/CD_Web/Fotos/Figuras.htm>. Acesso em: 01 
de Abril de 2018. 
REPETTE, W.L. Modelo de previsão de vida útil de revestimento de proteção da superfície 
do concreto em meios de elevada agressividade. 1997. Tese (Doutorado). Escola Politécnica 
da Universidade de São Paulo, São Paulo. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS). Salinidade do 
Ambiente Marinho. Disponível em: 
<http://mdmat.mat.ufrgs.br/acqua/Textos/concentracao.htm>. Acesso em: 20 de Junho de 
2018.

Outros materiais