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CA PÍT ULO GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA NO BRASIL 12 CA PÍT ULO R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 1 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES A necessidade social da infraestrutura • Transportes e energia: elementos básicos da infraestrutura econômica de um território. • Desafios de logística: planejamento e controle do fluxo e do armazenamento de matérias- -primas e produtos. • “Gargalos”: um impedimento à expansão ou ao desenvolvimento de alguma atividade econômica. Trecho da rodovia Régis Bittencourt em Miracatu (SP, 2014). D EL FI M M A R TI N S/ PU LS A R IM A G EN S R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 2 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Infraestrutura energética do Brasil • O consumo de energia está diretamente relacionado ao nível de desenvolvimento econômico de um país. • No Brasil, a evolução da oferta de energia acompanhou o desenvolvimento do parque industrial e da urbanização. Brasil: oferta interna de energia — 2014 Derivados da cana Petróleo e derivados Gás natural Carvão mineral e coque Urânio (U2O8) Outras renováveis Outras não renováveis Hidráulica Lenha e carvão vegetal 15,7% 39,4% 13,5% 5,7% 11,5% 8,1% 4.2% 0,6% 1,3% ER IC SO N G U IL H ER M E LU C IA N O Fonte: MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Balanço energético nacional 2015. p. 24. Disponível em: <http://mod.lk/zcmw6>. Acesso em: mar. 2017. PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Energia hidrelétrica • Grande potencial e vantagem comparativa do Brasil: ÿ Predomínio de climas equatoriais e tropicais propicia médias pluviométricas elevadas. ÿ Morfologia do relevo, com grandes declives acidentados. Participação da hidreletricidade na produção total de energia elétrica em países selecionados (2014) País (%) País (%) 1. Noruega 96,0 7. França 12,2 2. Venezuela 68,3 8. Índia 10,2 3. Brasil 63,2 9. Japão 8,4 4. Canadá 58,3 10. Estados Unidos 6,5 5. China 18,7 Outros países 15,6 6. Rússia 16,7 Mundo 16,7 Fonte: INTERNATIONAL ENERGY AGENCY. Key world energy statistics 2016. p. 19. Disponível em: <http://mod.lk/ 0pe5l>. Acesso em: mar. 2017. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 4 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Energia hidrelétrica • Vantagens ÿ Fonte renovável. ÿ Não poluente. • Problemas ÿ Necessidade de extensas redes de transmissão (custo e segurança). ÿ Impactos ambientais e sociais: submersão de grandes áreas florestadas e prejuízos para comunidades que habitam a área dos reservatórios. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 5 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Bacias hidrográficas e usinas hidrelétricas instaladas • As bacias hidrográficas dos rios Amazonas, Paraná e Tocantins são aquelas que apresentam o maior potencial hidrelétrico no país. Energia hidrelétrica A Usina Binacional de Itaipu (Brasil e Paraguai) situa-se em Foz do lguaçu (PR). A energia é compartilhada pelos dois países, ficando o Brasil com a maior parte. (Foto de 2015.) O salto de Sete Quedas, em Guaíra (PR), era o maior do mundo em volume de água. Desapareceu com a formação do lago da Usina de Itaipu. (Foto de 1982.) C H R IS TI A N R IZ ZI F O TO A R EN A JO A O U R B A N /O LH A R IM A G EM R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 6 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Energia termelétrica • Região Sul: carvão mineral – insuficiente para a demanda brasileira. • Região Norte (Manaus): óleo diesel e gás natural. • Mais recentemente, região Sudeste: gás natural (gasoduto Brasil-Bolívia). Energia termonuclear • Angra dos Reis (RJ): acordo Brasil-Alemanha, três usinas. Usina nuclear de Angra I e Angra II, em Angra dos Reis (RJ, 2013). R IC A R D O A ZO U R Y/ PU LS A R IM A G EN S R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 7 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Petróleo e biocombustíveis • Aumento da produção com a Petrobras na Bacia de Campos, a partir dos anos 1970 (crise do petróleo). • O Brasil é praticamente autossuficiente em petróleo, embora não consiga refinar todo o produto internamente (gargalo): ainda importa gasolina e querosene. O pré-sal • Área sedimentar (do litoral do Espírito Santo ao de Santa Catarina); reservas entre 5 mil e 6 mil metros de profundidade. Problema: alto custo de exploração. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 8 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES A camada pré-sal PA U LO M A N ZI Plataforma Oceano Camada pós-sal Nesta região se encontra a maior parte das reservas brasileiras de petróleo e gás. Camada de sal Camada pré-sal Camada profunda onde se encontra o petróleo a ser extraído. O petróleo fica armazenado nos poros das rochas. Riser 2 mil metros 3 mil metros 4 mil metros 5 mil metros 6 mil metros Fonte: APOLO 11. A camada pré-sal e os desafios da extração do petróleo. Disponível em: <http://mod.lk/ttq7f>. Acesso em: mar. 2017. PA U LO M A N ZI PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Proálcool e etanol • Programa Nacional do Álcool (Proálcool), em 1975. • 90% dos automóveis no Brasil são flex-fuel (movidos tanto a gasolina como a álcool). • O Centro-Sul é responsável por 90% da produção nacional; São Paulo responde por 60%. • O Brasil é o segundo produtor mundial de etanol, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. As exportações são cada vez mais expressivas. Biodiesel • Combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, como óleos vegetais, que substituiu o óleo diesel usado como combustível em caminhões, ônibus, caminhonetes, carros e em motores de máquinas. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 10 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Energia eólica • Boas condições dos nossos ventos, em particular na Região Nordeste, onde apresentam velocidade compatível à geração de energia e são unidirecionais e estáveis. • Em 2015, a participação da geração eólica na produção de eletricidade no Brasil atingiu 3%. Energia solar • A maior parte do território brasileiro localiza-se próxima da linha do Equador, não havendo grandes variações na duração solar do dia, o que favorece o uso da energia solar. • Já existem diversos projetos que visam ao aproveitamento da energia solar no Brasil por meio de sistemas fotovoltaicos de geração de eletricidade. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 11 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Infraestrutura de transportes no Brasil • Em um país com as dimensões do Brasil, a integração do território é uma questão relevante. • Predomínio rodoviário – equívoco estratégico para beneficiar indústria automobilística. • Investimentos na modalidade rodoviária possui relação com o crescimento da indústria automobilística de capital estrangeiro. Rodoviário 15 litros Ferroviário 6 litros Consumo de combustível para o transporte de 1.000 T por uma distância de 1 km Hidroviário 4 litros ER IC SO N G U IL H ER M E LU C IA N O Consumo de combustíveis Fonte: ANTAQ. Situação atual da hidrovia Tietê- -Paraná. Disponível em: <http://mod.lk/lst1a>. Acesso em: mar. 2017. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 12 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES O transporterodoviário • Assimetrias: prioridade às regiões de maior concentração industrial. • Desvantagens: custo (combustíveis e manutenção de rodovias), poluição (combustíveis fósseis), quantidade transportada menor. • Adequação maior a pequenas e médias distâncias (ferrovias – longas distâncias). O transporte ferroviário • Adequado ao transporte de cargas em longas distâncias (Europa, Rússia, Estados Unidos). • No Brasil, apenas um terço das cargas é transportado por ferrovias (minério de ferro, soja). • Sistema privatizado nos anos 1990. Investimento estatal retorna a partir de 2003. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 13 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES O transporte hidroviário • Brasil: extensa rede fluvial, porém a utilização é pequena. • Rios de planície: Paraná, Paraguai, Madeira, Amazonas. • Rios de planalto, declives no relevo (cachoeiras), barragens para hidrelétricas: problemas para utilização. Sistema portuário • Transporte marítimo cada vez mais relevante: mudanças tecnológicas – aumento do tamanho e da velocidade dos navios, invenção do contêiner. • O Porto de Santos é responsável por 60% do embarque e desembarque de mercadorias. Concentração industrial no Sudeste. • Problemas: necessidade de ampliação da profundidade das áreas de navegação e falta de integração intermodal. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 14 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES O transporte aeroviário M ilh õ es d e p as sa g ei ro s p ag o s 20 40 60 80 100 120 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 117,8 54,0 59,7 63,5 69,7 85,5 100,0 117,2 110,0107,6 +118% Doméstico Internacional Transporte aeroviário: evolução da quantidade de passageiros pagos transportados — 2006-2015 A D IL SO N S EC C O Fonte: ANAC. Anuário do transporte aéreo 2015. p. 80. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 15 7/3/17 4:14 PM PARTE 2 CAPÍTULO 12 Infraestrutura e logística no Brasil GEOGRAFIA: CONTEXTOS E REDES Redes de informação • O setor de telecomunicações foi uma das atividades mais diretamente afetadas pela Revolução Técnico-Científico-Informacional. • As redes informacionais são vitais para a interligação do território. • Os estados mais industrializados e que apresentam maior população urbana são os principais eixos de difusão e comunicação do país. • Expansão da telefonia a partir da privatização nos anos 1990. • Em 2013, cerca de 86 milhões de brasileiros tinham acesso à internet, ou seja, 43% da população do país. R3-VDG-SP-AULA-P02-C12-M17.indd 16 7/3/17 4:14 PM
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