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MOLLUSCA DE IMPORTANCIA MEDICA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS 
CURSO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
Ana Maria Diniz Barbosa 
Henrique Oliveira Martins 
Noara Ferreira de Souza 
Victor Lorran Mendes Pires 
 
 
 
 
 
 
MOLUSCA DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sete Lagoas - MG 
2020 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE SETE LAGOAS 
Ana Maria Diniz Barbosa 
Henrique Oliveira Martins 
Noara Ferreira de Souza 
Victor Lorran Mendes Pires 
 
 
 
 
MOLUSCA DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina Biologia dos 
Invertebrados II, do Centro Universitário de Sete 
Lagoas (Unifemm), como requisito parcial de 
avaliação. 
 
Orientador: Prof. Dr. Rafael Braga da Silva 
 
 
 
 
 
 
Sete Lagoas - MG 
2020 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 3 
2. JUSTIFICATIVA................................................................................. 5 
3. OBJETIVOS........................................................................................ 6 
3.1 OBJETIVO GERAL............................................................................. 6 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................... 6 
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................... 7 
4.1 MOLLUSCA DE IMPORTÂNCIA MÉDICA......................................... 7 
4.2 ESQUISTOSSOMOSE....................................................................... 7 
4.2.1 Agente etiológico e Ciclo Biológico............................................. 8 
4.2.2 Hospedeiro e Reservatório........................................................... 10 
4.1.3 Mecanismo de Transmissão......................................................... 11 
4.1.4 Quadro Clínico e Diagnóstico....................................................... 12 
4.1.5 Tratamento e Prevenção............................................................... 14 
4.3 FASCIOLOSE..................................................................................... 15 
4.3.1 Agente etiológico e Ciclo Biológico............................................. 15 
4.3.2 Hospedeiro e Reservatório........................................................... 16 
4.3.3 Mecanismo de Transmissão......................................................... 17 
4.3.4 Quadro Clínico e Diagnóstico....................................................... 17 
4.3.5 Tratamento e Prevenção............................................................... 19 
4.4 ANGIOSTRONGILÍASE...................................................................... 19 
4.4.1 Agente etiológico e Ciclo Biológico............................................. 20 
4.4.2 Hospedeiro e Reservatório........................................................... 22 
4.4.3 Mecanismo de Transmissão......................................................... 22 
4.4.4 Quadro Clínico e Diagnóstico....................................................... 23 
4.4.5 Tratamento e Prevenção............................................................... 24 
5. CONCLUSÃO...................................................................................... 25 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................... 26 
 
3 
 
1. I 
 
O filo Mollusca (do latim, molluscus = “mole”) abrange um grande número de 
organismos fascinando estudantes e pesquisadores da área devido a grande 
capacidade de adaptação em diversos ambientes, ocupando habitats marinhos, 
terrestres e dulcícolas. A maioria dos moluscos aquática possuem hábitos 
bentônicos quando na fase adulta, ainda que algumas espécies habitem o ambiente 
pelágico. O tamanho dos moluscos é variável de acordo com cada espécie, e seu 
tempo de vida pode durar de 2 meses a 200 anos, sendo os bivalves a classe que 
possui maior longevidade (CASCON e ROCHA-BARREIRA, 2017). A classificação 
do filo Mollusca ainda é motivo de debate no meio científico, sendo distribuída nas 
seguintes classes: Solenogastres, Caudofoveata, Polyplacophora, Monoplacophora, 
Bivalvia, Scaphopoda, Gastropoda e Cephalopoda (CASCON e ROCHA-
BARREIRA, 2017). Entretanto, o presente trabalho dará ênfase apenas à classe 
Gastropoda, tendo em vista que é a classe de maior importância médica no país 
(CARVALHO et al., 2014). 
A classe Gastropoda, é conhecida por englobar espécies de caracóis e 
caramujos bem conhecidas no território brasileiro, apresenta registro fóssil desde o 
Cambriano, sendo conhecidas cerca de 15.000 espécies extintas e mais de 60.000 
viventes, com estimativa de até 100.000 espécies (CASCON e ROCHA-BARREIRA, 
2017), visto que as espécies contam com uma anatomia morfológica bastante 
dinâmica, apresentando cabeça com tentáculos e olhos, pé achatado na superfície 
ventral e concha, que quando se faz presente, é univalve, espiralada e assimétrica 
(CARVALHO. et al. 2014). 
A evolução dos gastrópodes envolveu três inovações estruturais importantes: 
conversão da concha de um escudo protetor em um refúgio posterior, torção 
embrionária e desenvolvimento de uma cabeça (CASCON e ROCHA-BARREIRA, 
2017). Os moluscos em sua fase larval possuem uma torção de 180º da massa 
visceral, sendo considerado um evento evolutivo que trouxe inúmeras vantagens ao 
molusco, como a retração da cabeça, a localização das brânquias e do osfrádio, 
além de um maior dinamismo no movimento do animal (CARVALHO. et al. 2014). 
De acordo com a sistemática clássica, a classe Gastropoda pode ser dividida 
em três subclasses: Prosobranchia, Opisthobranchia e Pulmonata (CARVALHO. et 
al. 2014). As subclasses Pulmonata e Prosobranchia, incluem os caramujos das 
4 
 
espécies: Bimphalaria sp., Achatina fulica e Lymnaea que possuem grande 
relevância médica, visto que podem ser hospedeiros intermediários e/ou definitivos 
de doenças bastante conhecidas e estudadas como a esquistossomose, fasciolose e 
a angiostrongilíase. 
As doenças citadas acima e as espécies de Mollusca serão abordadas com 
mais detalhes ao longo do presente trabalho, considerando a relevância dentro da 
área médica e biológica como um todo, ressaltando a importância dos estudos 
malacológicos para a medicina preventiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
2. JUSTIFICATIVA 
 
As doenças parasitárias associadas a moluscos se expandiram sendo, 
atualmente, um importante problema de saúde pública no país. As principais 
doenças pelo qual os moluscos se encontram relacionados são: esquistossomose, 
fasciolose e angiostrongilíase (BRASIL, 2008). Tendo em vista o que foi dito, é 
necessário maior investimento governamental em pesquisas, e melhorias sanitárias 
em localidade com deficiência de abastecimento e esgotamento sanitário, além do 
controle de qualidade da água e o aperfeiçoamento dos programas de vigilância 
epidemiológica efetivando a redução no quadro de morbimortalidade da população 
(SOUZA, 2012). 
De acordo com dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, 
aproximadamente 1,5 milhões de pessoas vivem em condições de vida precárias e, 
consequentemente, sob o risco de contrair parasitoses (MARCELINO; SANTOS; 
CARIOLANO, 2019). Os estados das regiões Nordeste e Sudeste são os mais 
afetados, tendo a sua ocorrência diretamente ligada à presença dos moluscos 
transmissores, a exemplo da esquistossomose. 
Esta revisão bibliográfica busca fazer um levantamento sobre vigilância e 
controle de moluscos de importância epidemiológica no Brasil, de modo a promover 
medidas de orientação para a população no que se refere à higiene pessoal, preparo 
e higienização dos alimentos, incentivando a educação e o conhecimento biológico 
sobre moluscos hospedeiros de doenças hídricas e alimentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
3. OBJETIVOS 
 
3.1 OBJETIVO GERALApresentar uma revisão bibliográfica, sobre vigilância e controle de Molluscos 
de importância médica no Brasil, de modo a ilustrar o impacto que algumas espécies 
podem causar na vida humana. 
 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
- Identificar as espécies de moluscos de importância epidemiológica; 
- Explicar o funcionamento dos ciclos biológicos das doenças citadas; 
- Apresentar formas de vigilância e controle dos moluscos de importância médica; 
- Indicar formas de tratamento e profilaxia das doenças acometidas por moluscos. 
 
 
 
 
 
7 
 
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
4.1 MOLLUSCA DE IMPORTÂNCIA MÉDICA 
 
Sabe-se que o filo Mollusca abrange um grande número de organismos 
altamente adaptados, ocupando os mais variados habitats. Pela sua grande 
diversidade, existem Mollusca de grande importância médica estudados há anos por 
diversos pesquisadores brasileiros. 
Destacam-se, no Brasil, quatro doenças humanas que apresentam moluscos 
como hospedeiros intermediários, sendo estas: esquistossomose, angiostrongilíase 
e a fasciolose que serão descritas com mais detalhes durante a revisão bibliográfica 
abaixo. 
 
4.2 ESQUISTOSSOMOSE 
 
A esquistossomose se deu origem nas bacias do rio Nilo, na África, e na Ásia 
no rio Yangtzé. Foram relatados ovos de Schistosoma em vísceras de múmias 
egípcias a cerca de 1.250 a.C. conforme comprovado pelo paleontólogo Ruffer, em 
1910. Com o progresso dos meios de transporte, e a ampla acessibilidade ao fluxo 
migratório, a esquistossomose foi dispersa para outros continentes. No Brasil a 
doença se espalhou por meio dos navios negreiros, originários da costa ocidental da 
África, que adentraram no país pelos portos de Recife e Salvador (BRASIL, 2014). 
Devido ao movimento migratório e as precárias condições de saneamento 
básico no país a esquistossomose se expandiu amplamente por todo território 
brasileiro, considerada ainda na atualidade um grave problema de saúde pública, 
ocasionando em um número marcante de formas graves e óbitos (SOUZA, 2011). 
Estima-se que em 2012, cerca de 249 milhões de pessoas em todo o mundo 
necessitaram de tratamento para a esquistossomose, e o grande número de focos 
registrados é na África Subsaariana (WHO, 2013). 
A esquistossomose ainda é um problema de saúde pública pelo fato de ser 
encontradas durante a infecção formas assintomáticas, e clínicas extremamente 
graves, adquirida através do contato com á água contaminada contendo formas 
infectantes do parasita S. mansoni, a transmissão da doença depende da presença 
do homem infectado, excretando ovos do parasita nos copos d’água, e dos 
8 
 
caramujos aquáticos do gênero Bimphalaria, que atuam como hospedeiros 
intermediários, liberando larvas infectantes do verme na água utilizada pelas 
pessoas para uso doméstico, ocupacional e recreativo (BRASIL, 2014). 
Conhecida popularmente como Bilharziose, Xistose, Xistosa, Doença dos 
Caramujos, Barriga d’Agua, Doença de Manson-Piraja da Silva, entre outros 
codinomes, a doença é decorrente da presença de vermes que se alojam e vivem 
nos vasos mesentéricos durante vários anos nas suas formas adultas dióica, 
estando alojados os helmintos, iniciam a oviposição, sendo alguns desses ovos 
expelidos com as fezes, promovendo assim a continuação do ciclo do parasita. Os 
ovos do verme quando não eliminados produzem minúsculos granulomas e nódulos 
cicatriciais nos órgãos em que se depositam, geralmente esse fator acontece nas 
paredes do intestino, ou no fígado, podendo também originar formas ectópicas em 
qualquer órgão ou tecido do corpo (BRASIL, 2014). 
O conjunto de sinais e sintomas apresentados depende da localização, do 
número de ovos do parasita nos diferentes órgãos, das reações do organismo e da 
resposta imunológica do paciente ao tratamento. Na maioria dos casos de infecção 
os efeitos patológicos mais importantes são observados na fase crônica da doença, 
quando pode haver comprometimento hepático e consequentemente hipertensão 
portal, já na forma inicial pode haver como consequências graves a paraplegia ou 
morte (BRASIL, 2014). 
A complexidade da transmissão da esquistossomose depende de várias 
ações preventivas como: I) diagnóstico precoce e tratamento adequado; II) vigilância 
e controle dos hospedeiros intermediários; III) ações educativas de saúde; IV) 
saneamento básico para mudança dos ambientes associados a transmissão da 
doença. Deste modo, o controle duradouro e sustentável da esquistossomose 
depende da execução de políticas públicas que melhorem as condições de vida da 
população (BRASIL, 2014). 
 
 4.2.1 AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO BIOLÓGICO 
 
Os agentes causadores da esquistossomose são platelmintos, da classe dos 
trematódeos, da família Schistosomatidae, que apresentam sexos separados, com 
nítido dimorfismo sexual. O S. mansoni é habitualmente hospedeiro das vênulas 
9 
 
tributarias do sistema porta, particularmente das veias mesentéricas superiores e 
inferiores, do plexo hemorroidário e mesmo da porção intra-hepática da veia porta 
(BRASIL, 2014). No interior desses vasos, se encontra o macho e a fêmea 
acasalados, onde a fêmea se encontra alojada no canal ginecóforo do macho, e 
normalmente esses vermes realizam migrações dentro do mesmo vaso sanguíneo, 
ou de um vaso para outro, através de anastomoses (BRASIL, 2014). 
O macho mede cerca de 6 - 12 mm de comprimento e possui forma achatada, 
mas devido ao enrolamento ventral de suas bordas corporais para formar o canal 
ginecóforo, adquire uma forma cilíndrica. A fêmea é mais fina que o macho, 
possuindo um comprimento cerca de duas vezes maior (15 mm) e a sua forma e 
cilíndrica, com as extremidades afiladas. Tendo-se instalado no canal ginecóforo do 
macho, é facilmente fecundada e iniciando a postura dos ovos no interior das 
vênulas da submucosa intestinal (BRASIL, 2014). 
Os ovos possuem formato oval, apresentando na sua parte mais larga uma 
espicula lateral voltado para trás, possuindo o embrião ainda em formação. Depois 
de decorridos 6-7 dias o miracídio torna-se maduro. O tempo de vida dos ovos 
maduros nos tecidos é cerca de 20 dias, caso não ocorra à evacuação haverá a 
morte do miracídio. Os ovos necessitam de contato direto com a água para dar 
continuidade ao ciclo, depois que a água penetra no ovo, o miracídio busca o 
caramujo hospedeiro intermediário (BRASIL, 2014). 
O miracídio representa a primeira fase larvária do S. mansoni, é um 
organismo alongado, revestido de epitélio ciliado e provido de um cone de 
penetração anterior. Vive durante curto período na água, entre a eclosão do ovo e a 
penetração no hospedeiro intermediário. Graças ao movimento ciliar, o miracídio 
consegue nadar, algo que ocasiona na queima aeróbica das reservas nutritivas, pois 
não se alimenta durante esse período de vida livre (REY, 2008). 
A penetração do parasito no interior do molusco ocorre devido à atividade de 
substâncias histológicas que são secretadas por suas glândulas cefálicas, em 
seguida há a perda da mobilidade, transformando-se em esporocisto primário, cujas 
células germinativas se multiplicam e dão origem a esporocistos secundários. Após 
quatro a sete semanas da infecção, o molusco começa a liberar cercárias (BRASIL, 
2014). 
10 
 
A liberação das cercárias e influenciada pela luz solar e temperatura da água, 
apresentando uma cauda bifurcada o que utiliza na infecção do hospedeiro 
definitivo, seja ele o homem ou qualquer vertebrado suscetível (BRASIL, 2014). 
Ao penetrar ativamente na pele do homem, por meio de ação combinada da 
secreção lítica das glândulas anteriores e dos movimentos vibratórios, sobretudo da 
cauda, é produzida uma irritação de intensidade variável de pessoa para pessoa, 
devido a causas alérgicas (urticária e exsudato pápulo-eritematoso em alguns 
casos) (BRASIL, 2014). 
Uma vez nos tecidos do hospedeiro definitivo, as cercárias perdem a cauda e 
se transformam em esquistôssomulos.Estes caem na circulação sanguínea ou 
linfática, atingem a circulação venosa, vão ao coração e aos pulmões, onde 
permanecem algum tempo e podem causar certas alterações mórbidas. Retornam 
posteriormente ao coração, de onde são lançados através das artérias aos pontos 
mais diversos do organismo, sendo o fígado o órgão preferencial de localização do 
parasita. No fígado, estas formas jovens se diferenciam sexualmente e crescem 
alimentando de sangue. Ainda imaturos, os parasitas migram para a veia porta, se 
dirigindo em seguida para as tributarias mesentéricas, onde completam sua 
evolução. Dias após a penetração das cercarias, após a migração dos 
esquistossomos para as veias mesentéricas, é iniciado o acasalamento (BRASIL, 
2014). 
4.2.2 HOSPEDEIRO E RESERVATÓRIO 
 
A infecção natural por Schistosoma mansoni foi observada em alguns 
animais, como roedores (Nectomys squamipes), marsupiais (Didelphis marsupialis) e 
ruminantes. Entretanto, o homem e o hospedeiro definitivo de maior importância 
epidemiológica (BRASIL, 2014). 
Os hospedeiros intermediários do S. mansoni no Brasil são da família 
Planorbidae, gastrópodes pulmonados límnicos que habitam coleções hídricas 
lênticas (BRASIL, 2014). Dentro dessa família o gênero Biomphalaria possui grande 
destaque por incluir três espécies que são infectadas por S. mansoni: Biomphalaria 
glabrata; Biomphalaria tenagophila; Biomphalaria straminea (REY, 2008). 
Biomphalaria glabrata é a principal espécie de molusco que transmite a 
esquistossomíase mansônica, nas Américas. Biomphalaria straminea e a espécie 
11 
 
mais adaptada às variações climáticas, sendo encontrada em quase todas as bacias 
hidrográficas do país. Biomphalaria tenagophila tem importância epidemiológica nos 
estados da região Sul e Sudeste (BRASIL, 2014). 
São moluscos providos de concha espiralada, sem opérculo, a cabeça traz 
um só par de tentáculos não invagináveis, tegumento é liso, são hermafroditas mais 
também a predominância de fecundação cruzada (REY, 2008). São ovíparos e a 
postura de ovos é realiza durante a noite, sendo os ovos colocados em cápsulas 
transparentes sobre diferentes substratos submersos. Esses moluscos sobreviveram 
a diversas pressões ambientais e ocupam atualmente grandes extensões territoriais 
(BRASIL, 2014). 
A presença de vegetação vertical ou flutuante e indispensável para a 
alimentação, abrigo, e o suporte para as desovas. Entre os mecanismos de 
dispersão dos moluscos estão o transporte das desovas ou mesmo de moluscos 
através de aves, peixes e plantas aquáticas. A retirada de areia das margens de 
corpos d’água com moluscos e as cheias provocadas pelas chuvas são também 
mecanismos de dispersão (BRASIL, 2014). 
Em resposta as condições desfavoráveis do ambiente, como mudanças 
drásticas de temperatura, inundações ou secas em coleção hídrica, fizeram com que 
esses moluscos desenvolvessem mecanismos de sobrevivência e escape, tais 
como: anidrobiose, enterramento, diapausa e aquiescência (BRASIL, 2014). 
Os moluscos sobrevivem no meio natural geralmente por um ano. Quando 
infectados pelas formas jovens do S. mansoni (miracídios), tem o seu tempo de vida 
encurtada, devido à infecção parasitária e as lesões causadas nos tecidos pelo 
desenvolvimento das larvas até a liberação das cercárias (BRASIL, 2014). 
4.2.3 MECANISMOS DE TRANSMISSÃO 
 
A esquistossomose é doença de veiculação hídrica, a transmissão ocorre 
quando as pessoas entram em contato com água contaminada, onde existe 
cercárias livres (BRASIL, 2014). A seguir estão os elementos envolvidos na cadeia 
de transmissão: 
 Agente etiológico: Schistosoma mansoni (REY, 2008); 
 Hospedeiro definitivo: homem; 
12 
 
 Hospedeiros intermediários: caramujos de água doce – Biomphalaria sp. 
(REY, 2008); 
 Fonte da infecção: hospedeiros definitivos, eliminando ovos de S. 
mansoni; 
 Via de eliminação: fezes; 
 Contaminação dos hospedeiros intermediários: água contaminada com 
larvas de S. mansoni, na fase denominada miracídio; 
 Forma infectante do hospedeiro intermediário: miracídio; 
 Forma infectante do hospedeiro: cercária; 
 Contaminação dos hospedeiros definitivos: água contendo cercárias; 
 Porta de entrada: pele e mucosa dos hospedeiros definitivos. 
 
4.2.4 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO 
 
Fase Inicial 
 
A penetração das cercárias pode acompanhar exantema, prurido e outras 
manifestações alérgicas no local. Algumas horas depois, pode se observar a 
infiltração de polimorfonucleares ao redor dos parasitas e nas proximidades dos 
vasos, mais tarde o aparecimento de linfócitos e macrófagos. A reação mantém de 
2-3 dias e regride, desaparecendo por último os elementos mononucleares. Esses 
casos são mais intensos durante reinfecções ou em pessoas hipersensíveis (REY, 
2008). 
Formas Agudas 
 
a) Assintomática 
O primeiro contato com o hospedeiro intermediário pode correr durante a 
infância. Na maioria dos portadores, a esquistossomose e assintomática podendo 
passar de forma despercebida, sendo confundida com outras doenças. É 
diagnosticada por meio de exames laboratoriais, podendo ser apresento no sangue 
do paciente alteração no número de eosinófilos, ou em exames de fezes a detecção 
de ovos de S. mansoni (BRASIL, 2014). 
 
13 
 
b) Sintomática 
Após a infecção alguns pacientes queixam-se de manifestações pruriginosas 
na pele, de duração geralmente transitória, que passa de forma espontânea. Esta 
manifestação é denominada como dermatite cercáriana, e acontece devido à morte 
de cercárias que penetraram na pele, semelhantes a picadas de inseto e eczema de 
contato. O diagnóstico e difícil, pois os sintomas são inespecíficos. Sendo importante 
a comunicação com o paciente para saber se ele tenha se dirigido a alguma 
localidade onde tenha tido contato com água, e o auxílio de exames laboratoriais 
(BRASIL, 2014). 
Os sintomas surgem cerca de 3-4 semanas após a contaminação incluem: 
linfodenopatia, mal-estar, febre, hiporexia, tosse seca, sudorese, dores musculares, 
dor na região do fígado ou do intestino, diarreia, cefaleia e prostração, entre outros. 
Há um aumento da intensidade dos sintomas entre a 5-6 semana, o doente 
apresenta-se abatido, com hepatomegalia e esplenomegalia dolorosas, taquicardia e 
hipotensão arterial. O exame laboratorial demostra eosinofilia elevado associado ao 
aumento do número de parasitos e o agravamento da infecção (BRASIL, 2014). 
O diagnóstico clínico só é confirmado depois de 45 dias, quando se certifica 
ovos do verme nas fezes, ou quando a biopsia hepática revela o característico 
granuloma esquistossomótico na fase necrótico-exsudativa. As provas de função 
hepática (fosfatase alcalina, gama glutamil transferase e transaminases) encontram-
se elevadas no soro. O ultrassom do abdômen mostra hepatoesplenomegalia 
inespecífica e a presença de linfonodos periportais sugestivos. Quando tratada 
nessa fase pode-se ter recuperação da doença sem danos graves ao paciente 
(BRASIL, 2014). 
 
 Fase Tardia 
 
c) Formas crônicas 
Os indivíduos que evoluem das formas agudas para as formas crônicas 
geralmente apresentam modulação satisfatória do granuloma. Causando o 
agravamento da doença e podendo afetar vários órgãos, levando a quadros clínicos 
como (BRASIL, 2014): 
 
 
14 
 
 hepatointestinal; 
 hepática: fibrose periportal sem esplenomegalia; 
 hepatosplênica: fibrose periportal com esplenomegalia; 
 formas complicadas: 
i. vasculopulmonar; 
ii. glomerulopatia; 
iii. neurológica; 
iv. outras localizações: olho, pele, urogenital etc.; 
v. pseudoneoplásica; 
vi. doença linfo proliferativa. 
 
Como a esquistossomose em suas diversas formas clínicas se assemelha a 
outras doenças, a confirmação do diagnóstico só pode ser feita por meio de exames 
laboratoriais. A história do paciente mais o fato de haver vívido em região 
reconhecidamente endêmica orientam o diagnóstico. Porém, apenas ostestes de 
laboratório podem confirmar se e caso de esquistossomose (BRASIL, 2014). 
 
4.2.5 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
 
O tratamento da esquistossomose não sendo casos graves, consiste na 
utilização de medicamentos específicos para a cura da infecção, como por exemplo, 
o Praziquantel, entre outros remédios antiparasitários que auxiliam na eliminação do 
verme. Casos mais graves, entretanto, precisam de internação e até cirurgias 
(BRASIL, 2014). 
O diagnóstico precoce é fundamental. No princípio a esquistossomose não 
provoca tanto estragos, mas com o passar do tempo vai abalando diferentes órgãos 
podendo provocar graves sequelas ou falecimento (TENORIO e PINHEIRO, 2019). 
A prevenção da esquistossomose consiste em evitar o contato com água 
contaminada onde existem caramujos hospedeiros intermediários que podem estar 
infectados. O controle da esquistossomose é baseado no tratamento coletivo de 
comunidades de risco, acesso à água potável e saneamento básico, educação em 
saúde e controle de caramujos corpos d’água (BRASIL, 2020). 
15 
 
 
4.3 FASCIOLOSE 
 
A Fasciolose é uma zoonose causada pelo parasito Fasciola hepatica 
(LINNAEUS, 1758), que apresenta uma ampla distribuição geográfica, sendo 
popularmente conhecido como “baratinha do fígado” ou “saguaipé”, tendo grande 
importância veterinária, haja vista que pode causar grandes perdas econômicas 
(SERRA e FREIRE, 1999). Os estados brasileiros com maior número de casos são: 
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de 
Janeiro e Goiás. 
Nas Américas, a Fasciolose é uma doença hepática causada por um 
trematódeo parasito de herbívoros frequente em certas zonas de pecuária, gerando 
um grande número na queda de produção e qualidade do leite, perda de peso 
acelerada do animal, queda na fertilidade, atraso no crescimento e aumento na 
mortalidade tornando o gado inviável para o comércio e uso. Além disso, pode ser 
encontrada em ovinos, bovinos, caprinos, suínos e em alguns animais silvestres, 
sendo o ser humano um hospedeiro acidental do parasito (REY, 2008). 
 
4.3.1 AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO BIOLÓGICO 
 
Os parasitas causadores da Fasciolose são platelmintos da classe 
trematódea. O verme adulto tem um aspecto foliáceo, medindo cerca de 3 cm de 
comprimento por 1,5 cm de largura de cor pardo-acinzentado. Possui uma ventosa 
oral da qual se segue uma faringe curta, com ramos cecais (um de cada lado) até a 
extremidade posterior. Abaixo da ventosa oral, vê-se a ventosa ventral ou acetábulo 
e junto da estrutura, nota-se a abertura do poro genital. Esse parasito é 
hermafrodita, possuindo as seguintes características: aparelho genital feminino - um 
ovário (ramificado), oótipo, útero e glândulas vitelinas (essas são extremamente 
ramificadas, ocupando as partes laterais e posterior do parasito), e aparelho genital 
masculino - dois testículos (muito ramificados), canal eferente, canal deferente e 
bolsa do cirro (órgão copulador). O tegumento apresenta-se coberto por espinhos 
recorrentes disseminados na porção anterior do helminto (NEVES, 2003). 
O ciclo biológico é do tipo heteroxênico por necessitar do hospedeiro 
intermediário que é o molusco Lymnaea. Na fase adulta, depositam seus ovos na 
16 
 
bile que será carregada para o intestino, de onde serão levados até as fezes e iram 
ser eliminados junto com elas. Quando encontram condições favoráveis de 
temperatura (25°C – 30°C), umidade e ausência de putrefação no ambiente externo, 
acabam por dar origem a um miracídio que dentro do ovo possui uma longevidade 
de até nove meses, mas as condições precisam estar adequadas, haja vista que se 
forem condições adversas morrerá rapidamente. A eclosão do ovo se dá quando o 
mesmo entra em contato com a água e é estimulado pela luz solar. Com esses 
fatores, o miracídio sai ativamente do ovo, levantando o opérculo e passando pelo 
orifício deixado e, em seguida, o muco que os moluscos Lymnaea produzem, atrai o 
miracídio, que nada em direção a ele penetrando o molusco. Em média entra 3 a 5 
miracídios no molusco que formaram esporocistos que originaram de 5 a 8 rédias 
que podem dar origem a rédias de segunda geração se as condições do meio em 
que estão se encontrarem adversas (NEVES, 2003). 
No decorrer de 30 a 40 dias, a temperatura deve-se manter entre 26°C, onde 
essas rédias irão dar origem as cercarias que serão liberadas, em média, 6 a 8 
cercarias do molusco, durante um tempo de 3 meses. A cercaria mede 900 micras, 
possuindo uma calda única. 
O homem (ou animal) infecta-se ao beber água ou comer verdura com 
metacercárias. Com a ingestão elas desencistam-se no intestino delgado, perfuram 
a parede e caem na cavidade peritoneal, perfurando a capsula hepática e começam 
a migrar para o parênquima hepático e em um período de 2 meses elas já estão nos 
ductos biliares onde iram depositar seus ovos e o ciclo irá se iniciar todo novamente 
(NEVES, 2003). Os hospedeiros intermediários da Fasciola hepatica no Brasil são 
os moluscos Lymnaea são moluscos gastrópodes pulmonata de porte grande a 
pequeno, respiração pulmonar, conchas em formato cônico, enroladas em hélices, 
não apresentam opérculo e com a abertura voltada para a direita. Seus hábitats 
podem ser tanto lagoas, riachos, e rios tranquilos bem como também pântanos e 
terrenos sedimentares recobertos por gramíneas como regiões artificiais que se 
mantem com água e eles apresentam hábitos anfíbios. 
 
4.3.2 HOSPEDEIRO E RESERVATÓRIO 
 
Os hospedeiros intermediários da Fasciola hepatica no Brasil são os 
moluscos do gênero Lymnaea são moluscos gastrópodes pulmonata com porte 
17 
 
grande a pequeno, sua respiração e pulmonar, suas conchas possuem formato 
cônico, enroladas em hélices, não apresentam opérculo e com a abertura voltada 
para a direita. Seus hábitats podem ser tanto lagoas, riachos, e rios tranquilos bem 
como também pântanos e terrenos sedimentares recobertos por gramíneas como 
regiões artificiais que se mantem com água e eles apresentam hábitos anfíbios. 
 
4.3.3 MECANISMO DE TRANSMISSÃO 
 
Ocorre nos humanos e nos animais através de ingestão de água e verduras 
contaminadas com metacercárias. 
 Agente etiológico: Fasciola hepática; 
 Hospedeiro definitivo: ruminantes, e alguns animais silvestres e 
acidentalmente o homem; 
 Hospedeiros intermediários: caramujos de água doce do gênero 
Lymnaea; 
 Fonte da infecção: hospedeiros definitivos, eliminando ovos de Fasciola 
hepatica; 
 Via de eliminação: fezes; 
 Contaminação dos hospedeiros intermediários: água contaminada com 
miracídios; 
 Forma infectante do hospedeiro intermediário: miracídio; 
 Forma infectante do hospedeiro definitivo: metacercárias; 
 Contaminação dos hospedeiros definitivos: água e alimentos contendo 
metacercárias; 
 Porta de entrada: mucosa do intestino dos hospedeiros definitivos. 
 
4.3.4 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO 
 
a) Fase aguda: 
Nessa fase pouco se suspeita de ser Fasciolíase, a não ser por conta de 
algum surto epidêmicos da doença, podendo durar de 3 a 4 meses. Mas os sintomas 
mais comuns são: 
 Aumento doloroso do fígado 
18 
 
 Febre 
 Acentuada 18osinofília 
 Dores abdominais 
 Diarréia 
 Hepatomegalia 
 Leucocitose 
 Anemia 
 Hipergamaglobulinemia 
 
b) Fase crônica: 
Por ser um longo período que o contaminado apresenta sintomas da fase 
aguda pode acabar por simular doenças como angiocolites, colecistites, calculose ou 
outros quadros: 
 Dores abdominais 
 Febre alta 
 Emagrecimento 
 Constipação intestinal 
 Anorexia 
 Dispepsia 
 Ictéricia 
 Colclitíase 
 Hepatomegalia 
 Esplenomegalia 
 Urticaria 
 Eosinofilia 
 Infecção biliar supera juntada 
 Inflamação 
 Edema 
 Disfagia 
 Dispnésia 
 Afonia 
 Asfixia 
 
19 
 
Pode ser feito a pesquisa de ovos nas fezes ou na bile, mas por ser uma 
quantidade pequena acaba por resultar em negativo,mas o diagnostico sorológico 
oferece maior segurança sendo os mais indicados intradermorreação, 
imunofluorescência, reação de fixação do complemento e ELISA, mesmo não 
possuir sensibilidade muito elevada e cruzar com esquistossomose e hidatidose. 
 
4.3.5 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
 
Para prevenir e necessário a destruição do caramujo com moluscoides como 
sulfato de cobre, drenagem de pastagens úmidas e alagadas, flutuação ou variação 
periódica e controlada do nível da água de açudes e represas, criação do molusco 
Solicitoides sp. que, sendo predador de formas jovens do Lymnaea, poderá ser um 
auxiliar valioso como controlador biológico do hospedeiro intermediário. O uso de 
solução aquosa do látex da coroa de cristo (Euphorbia splendens), na proporção de 
12mgll foi testado em valas de irrigação, matando 95% dos caramujos sem matar 
peixes e anfíbios. 
Recomenda-se não beber água de alagadiços ou córregos, não plantar agrião 
em área que possa ser contaminada por fezes de ruminantes e não consumir agrião 
proveniente de zonas em que essa helmintose animal tiver prevalência alta. 
O tratamento mais indicado para animais e os rafoxanide, clorzulon + 
ivermectina e albendazol, com resultados razoáveis e o triclabendazol que apresenta 
os melhores resultados. Devem ser isolados do pasto úmido por meio de cercas 
(NEVES, 2003). No caso dos humanos deve ser feito tratamento com cuidado pelo 
fato de que certas drogas podem complicar as coisas por causa de sua toxicidade e 
os medicamentos em uso nos dias atuais são o Bithionol, Deidroemetina e o 
Albendazol, tendo em consideração que seus efeitos colaterais graves ainda estão 
em estudo. 
 
4.4 ANGIOSTRONGILIASE 
 
Apenas duas espécies de nematoides do gênero Angiostrongylus (superfamília 
Metastrongyloides) podem parasitar o homem. Sendo a A. cantonensis conhecida há 
muitos anos, tendo sua ocorrência registrada na região Indo-pacífica, de 
Madagáscar até Honolulu, e do Japão ao norte da Austrália. Sendo essa espécie 
20 
 
causadora de lesões no sistema nervoso central (meningite eosinofílica) (GARCIA, 
2014). 
A espécie A. costaricensis é originaria do continente americano tendo se 
descrito casos da infecção no ser humano do sul dos EUA até o norte da Argentina, 
tendo seu conhecimento relativamente recente, sendo os primeiros casos 
diagnosticados em 1952 e o helminto descrito no ano de 1971 (GARCIA, 2014). As 
manifestações clínicas da doença são localizadas na região abdominal, simulando 
casos de apendicite ou tiflite, pois o parasito se encontra instalado na região dos 
ramos da artéria mesentérica superior, principalmente na artéria ileocecal, onde 
pode ocasionar obstrução e necrose tecidual (REY, 2008). 
 
4.4.1 AGENTE ETIOLÓGICO E CICLO BIOLÓGICO 
 
O Angiostrongylus costaricensis é um verme filiforme, com a extremidade 
cefálica arredondada e provida de três pequenos lábios. Onde se encontra seis 
papilas sensoriais dispostas em dois círculos. A cutícula do parasito é transparente e 
lisa, sendo as extremidades mais espessa e ligeiramente estriada (REY, 2008). 
A fêmea mede em tomo de 32 mm de comprimento, possui esófago 
claviforme e intestino simples, abrindo-se próximo à extremidade posterior, que é 
ligeiramente recurvada ventralmente. Os tubos uterinos, espiralados em tomo de 
todo o intestino, terminam por uma curta vagina e vulva situadas pouco adiante do 
ânus. O macho mede cerca de 20 mm, com tubo digestivo de mesmo tipo e testículo 
longo, cujo canal se abre em uma bolsa copuladora de tamanho médio, provida de 
duas espículas delgadas (REY, 2008). 
O ciclo do A. costaricensis inicia-se nos hospedeiros vertebrados geralmente 
no rato-do-algodão ou outros roedores silvestres, sendo o hospedeiro definitivo do 
parasita (Sigmodon hispidus, na América Central, ou Oligoryzomys nigripes no sul 
do Brasil), os vermes habitam preferentemente as artérias da região ileocecocólica, 
que são ramos da mesentérica superior. Onde depositam seus ovos, que são 
arrastados pelo sangue arterial para a mucosa intestinal, onde tornam-se embrião e 
eclodem. As larvas de primeiro (L1) estádio atravessam à mucosa e caem na luz do 
intestino sendo levadas para o exterior misturado com as fezes do roedor (GARCIA, 
2014). 
21 
 
Quando os moluscos das famílias Veronicellidae e Limacidae e outras 
ingerem tais excrementos de infectam, a partir disso as larvas invadem o tecido 
fibromuscular, onde evoluem e sofrem duas mudas (L1 → L2, no 4° dia, e L2 → L3, 
entre o 11° e o 14° dias). Ao fim de 18 dias já pode ser encontrado larvas infectantes 
maduras, que persistem durante muito tempo no molusco ou vão sendo eliminadas 
com a secreção mucosa (RABELLO, 2012). 
Se a temperatura ambiente baixar, a evolução larvária tornar-se mais lenta, 
podendo criar variações na transmissão em regiões de clima temperado. No meio 
exterior, as larvas sobrevivem cerca de 10 dias, em condições favoráveis de 
temperatura e umidade. O hospedeiro vertebrado (geralmente um roedor), ao comer 
o molusco infectado, contrai a Angiostrongilíase e, depois de um período de 24 dias, 
começa a eliminar larvas, em suas fezes (REY, 2008). 
Também pode-se contrair a infecção por meio da ingestão de vegetais (folhas 
ou frutos) sobre os quais os moluscos deixaram sua secreção mucosa, onde se 
encontram eventualmente as larvas de terceiro (L3) estádio de Angiostrongylus 
(RABELLO, 2012). 
Quando as L3 penetram no hospedeiro vertebrado por via digestiva, invadem 
rapidamente a mucosa intestinal da região ileocecal. Depois de 12 a 24 horas, a 
maioria delas já alcançou as vias linfáticas intestinais e mesentéricas, onde se 
realiza a terceira muda (RABELLO, 2012). A migração das larvas pode seguir as 
seguintes vias (REY, 2008): 
a) através da via linfática podem chegar ao sistema venoso, coração lado direito, 
rede pulmonar, volta ao coração lado esquerdo, e circulação arterial, permitindo 
assim a concentração das larvas nos ramos da artéria mesentérica superior, a partir 
do 18° dia, os helmintos adultos podem ser encontrados no mesentério, intestino 
grosso e pâncreas, iniciando a oviposição (REY, 2008); 
 
b) ou as larvas podem invadir as vênulas da parede intestinal e o sistema porta, 
completando no fígado sua maturação. Ovos e larvas aparecem por volta do 20° dia 
após a infecção (REY, 2008). 
O homem pode ser infectado quando se alimenta de forma descuidada 
pequenos moluscos parasitados (talvez picados, e misturado com a salada), ou 
quando come frutas ou legumes cobertos com o muco dos moluscos hospedeiros 
(RABELLO, 2012). 
22 
 
 
4.4.2 HOSPEDEIRO E RESERVATÓRIO 
 
O A. cantonesis, é um verme cujo ciclo evolutivo ocorre no sistema arterial de 
vertebrados (hospedeiros definitivos) tendo a presença de vermes adultos, enquanto 
que os estágios larvários desenvolvem-se em moluscos (hospedeiro intermediário) 
(OLIVEIRA, 2018). 
A infecção humana ocorre acidentalmente a partir da ingestão direta de 
moluscos ou por contato com o muco desses animais. Este helminto é parasita 
habitual de roedores silvestres e urbanos, onde os vermes adultos evoluem no 
interior das artérias pulmonares (GARCIA, 2014). Esta parasitose era considerada 
exótica há alguns anos, e sua ocorrência recente certamente está ligada a 
mudanças ambientais geradas pela introdução de um potencial vetor o Achatina 
fulica, que é um molusco trazido africano, que foi introduzido no país para servir de 
alimento para o ser humano (OLIVEIRA, 2018). 
Nos hospedeiros definitivos, em especial no ser humano, onde desenvolve 
uma parasitose acidental, a invasão de larvas infectantes de terceiro estágio de A. 
cantonensis no sistema nervoso central, o que geralmente ocasiona a ocorrência de 
meningite eosinofílica (GARCIA, 2014). 
Conhecido por caracol gigante africano (Achatina fulica) é atual o principal 
responsável pela disseminação do Angiostrongylus cantonesis. (GARCIA, 2014).Outras espécies de moluscos podem também ser responsáveis pela contaminação 
como: Subulina octona, Sarasinula marginata, Bradybaena similares (OLIVEIRA, 
2018). 
Deste modo os profissionais de saúde precisam estar atentos para identificar 
novos casos e a população deve adotar medidas de prevenção simples, 
principalmente no contato com os moluscos e na higienização correta dos alimentos 
(OLIVEIRA, 2018). 
 
4.4.3 MECANISMO DE TRANSMISSÃO 
 
A Angiostrongilíase é uma infecção que pode ser causa por larvas de 
nematódeos podendo ocasionar doenças intestinais ou meningite eosinofílica, 
23 
 
dependendo da espécie infectante. A seguir estão os elementos envolvidos na 
cadeia de transmissão (GARCIA, 2014): 
 Agente etiológico: Angiostrongylus cantonensis ou Angiostrongylus 
costaricensis; 
 Hospedeiro definitivo: roedores silvestres, quatis e saguis (vertebrados); 
 Hospedeiros intermediários: moluscos pulmonados terrestres; 
 Fonte da infecção: Comendo os moluscos infectados ou ingerindo 
alimentos contendo o muco dos moluscos hospedeiros; 
 Via de eliminação: fezes; 
 Contaminação dos hospedeiros intermediários: ingerindo fezes, e 
asseguram a evolução da larva até a L3; 
 Forma infectante do hospedeiro intermediário: L3; 
 Forma infectante do hospedeiro: moluscos infectados; 
 Contaminação dos hospedeiros definitivos: alimentos contaminados; 
 Porta de entrada: por via digestiva, pela mucosa intestinal da região 
ileocecal. 
 
4.4.4 QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO 
 
O quadro clínico é muitas vezes agudo, com evolução rápida, no Brasil os 
casos registrados tiveram a duração entre 3 e 30 dias. Em vista da localização dos 
parasitos, a sintomatologia é essencialmente abdominal. Na maioria dos pacientes a 
queixa de dor abdominal difusa ou localizada na fossa ilíaca ou no flanco direito. A 
palpação dessas regiões é dolorosa e pode revelar a presença de massa tumoral no 
quadrante inferior direito do abdome, ocorrendo o mesmo com o toque retal (REY, 
2008). 
A maioria dos pacientes tem febre. Outros sintomas frequentes são astenia, 
anorexia, emagrecimento, náuseas e vómitos, e muitos casos há obstipação, mas 
em alguns surgem diarreias (REY, 2008). 
O hemograma pode ser normal, mas em geral há leucocitose e eosinofília sanguínea 
periférica, em pacientes com localização hepática dos parasitos, o fígado encontra-
se aumentado de volume e a relato de dor referente ao hipocôndrio direito (REY, 
2008). Há casos de necrose tecidual e outros sendo necessária a intervenção 
24 
 
cirúrgica, devido ao aumento da dor ou uma síndrome oclusiva intestinal. Os 
quadros mais sérios e de evolução mais acelerada relatam complicados casos com 
obstrução ou com ulceração, perfuração e peritonite (RABELLO, 2012). 
A Angiostrongilíase pode ser confundida com neoplasias, apendicite, enterite 
regional, tuberculose intestinal ou doença de Crohn. Na infecção humana, nunca se 
conseguiu demonstrar a presença de formas parasitárias (ovos ou larvas) nas fezes 
(REY, 2008). 
A suspeita de diagnóstico é feita em casos de eosinofília alta, estando o 
exame de fezes negativo, em pacientes procedentes de áreas endémicas 
(RABELLO, 2012). Os testes imunológicos empregados para o diagnóstico são a 
aglutinação em partículas de látex e a técnica de ELISA. A confirmação dos casos é 
feita pelo exame anatomopatológico de biópsia ou de peças cirúrgicas (REY, 2008). 
 
4.4.5 TRATAMENTO E PREVENÇÃO 
 
Na maioria dos casos é necessária a intervenção cirúrgica para o tratamento 
da Angiostrongilíase. É até o momento não se conhece nenhum medicamento eficaz 
contra a doença. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas e evitar 
complicações e sequelas no paciente. Algumas medidas podem evitar a 
contaminação como (BRUNA, 2020): 
 Lavar as mãos principalmente antes de mexer com alimentos; 
 Não comer crustáceos ou moluscos crus ou mal cozidos; 
 Lavar bem os alimentos; 
 Proteger as mãos com luvas quando necessário o combate dos 
caramujos. 
 Antes do descarte da concha é necessária a higienização com água 
sanitária. 
 
 
 
 
 
25 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Os moluscos são hospedeiros de parasitos do homem e de animais, sendo 
causadores de doenças como: Schistosoma mansoni, S. haematobium, S. 
japonicum, Clonorchis sinensis, Fasciolopsis buski, Paragonimus westermani, 
Opistorchis tenuicollis e Heterophies heterophies. É perceptível à importância dos 
moluscos como fonte de infecção devido à frequência de endemias parasitárias em 
dirigentes partes do mundo. 
Determinadas doenças possuem áreas mais limitadas e são raras as 
infecções em humanos, mas se não tratada de forma adequada pode causar lesões, 
como o caso da Fasciola hepatica, uma doença mais alarmante para a área 
veterinária por causa dos danos causados em criações de gado. A grande maioria 
dos trematódeos digenéticos tem como hospedeiro um gastrópode, sendo essa 
classe também hospedeiro intermediário para doenças causadas por nematoides 
como Angiostrongylus costaricensis ou A. cantonensis. 
Desse modo, nota-se que são indispensáveis ações preventivas no controle 
de doenças parasitárias como: diagnóstico precoce dos pacientes e tratamento 
adequado, controle e vigilância dos hospedeiros intermediários, ações educativas de 
saúde, associadas ao saneamento básico para mudança dos ambientes endêmicos. 
O controle duradouro e sustentável de várias doenças depende da execução de 
políticas públicas que melhorem as condições de vida da população para que assim 
ocorra a redução do número de casos acometidos por parasitoses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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