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Outubro/2013 CURSO PARA ELABORAÇÃO DE DIAGNÓSTICO ENERGÉTICO EM AQUECIMENTO SOLAR - DEAS Apoio:Parceria: Mauro Lerer Conteúdo Programático do Curso • O que é Diagnóstico Energético em Aquecimento Solar – DEAS? • O potencial de uso da energia solar no Brasil e no mundo; • Formas de uso da energia solar • O impacto do aquecimento de água na matriz energética brasileira • Estrutura de projetos de aquecimento solar; • Demanda de água quente / uso racional de água • Captação da energia solar / tecnologias / posicionamento • Armazenamento de água quente • Aquecimento auxiliar • Distribuição para consumo • Funcionamento de sistemas de aquecimento solar (SAS) com e sem bombeamento; • Certificações brasileiras; • Retorno de investimento; • Uso básico dos softwares Dimensol e Retscreen; • Check-list com itens importantes que devem ser considerados em um projeto de instalação; • Como elaborar o Diagnóstico Energético em Aquecimento Solar 2 O que é Diagnóstico Energético de Aquecimento Solar – DEAS? • O Sebrae apoia o uso de aquecimento solar como medida de eficiência energética proporcionando: • redução do consumo de energia e dos custos associados; • aumento da competitividade. • O DEAS é um documento que analisa, detalha, e informa aos micro e pequenos empresários a viabilidade técnico- econômica para instalação de um sistema de aquecimento solar (SAS) de água • É elaborado por um consultor credenciado pelo SEBRAE • Permite ao empresário tomar a decisão de adotar a(s) solução(ões) proposta(s), com base no: − valor e tempo de retorno do investimento; − local e características da instalação / infra-estrutura necessária; − benefício proporcionado pela solução. O Sebraetec subsidia 80% do custo da contratação 3 Estrutura do DEAS 1. Capa 2. Resumo executivo 3. Introdução 4. Aquecimento atual 5. Demanda de água quente 6. Captação da energia solar 7. Armazenamento da Água quente 8. Distribuição da água quente 9. Aquecimento complementar 10. Investimento 11.Retorno do investimento 12.Estudos complementares, Incertezas 13.Conclusões e recomendações 14.Anexos 4 A Força da Energia Solar Energia limpa, gratuita, abundante e infinita 5 Mapa Solarimétrico Irradiação solar global kWh/m² ano No Brasil, 1 m² recebe, em média, 150kWh de energia solar por mês 6 Formas de Aproveitamento Energia Fotovoltaica Energia Térmica Água Ar Usina termossolar Resfriamento eletricidade eletricidade Aquecimento 7 • Conversão da radiação eletromagnética solar em energia térmica, para aquecimento de fluidos de trabalho: – Água, ar, fluido térmico (trocador de calor) • Para que aconteça, faz-se necessário: – coletar o calor � coletor solar – Armazenar o fluido aquecido � reservatório térmico - RT • No Brasil, a maioria dos SAS são para aquecimento de água O que é aquecimento solar? 8 Componentes de um sistema de aquecimento solar (SAS) coletores Reservatório térmico Apoio 9 Impacto do aquecimento no consumo de água residencial na matriz energética brasileira Consumo de eletricidade em chuveiros elétricos residenciais 5,71% da energia elétrica consumida no Brasil Fonte: Balanço Energético Nacional 2013 - EPE10 Aquecimento de água na rede hoteleira 11 A demanda de energia elétrica em um dia típico 12 Causa: Chuveiro elétrico Solução: Aquecimento solar Fases do projeto Demanda Captação Armazenamento Distribuição Retorno Financeiro Aquecimento Auxiliar 13 Cálculo da demanda banho / torneira • tempo por dia [min] x vazão [l/min] • ∆ temperatura � kWh por dia �Comparar com conta de gas/energia se houver 4 6 8 12 20 30 chuveiro elétrico torneira de pia ducha higiênica chuveiro econômico, anti-vandalismo aquecedor a gás comum torneira pressurizada ducha de luxo ducha de conforto cano sem chuveiro, pressurizado ducha de luxo, pressurizada Reduzir consumo antes de instalar aquecimento solar! Vazão de água l/min 14 NBR 15.569: banho 3 a 15 litros/minuto Uso racional da água • Vazão – Realidade em academias, clubes e empresas: 20 a 30 litros/minuto • Controle de vazão – Registro de pressão – Regulador de vazão • Chuveiros anti-vandalismo • Temporizador • Monocomando 15 Uso racional da água aerador regulador de vazão rabicho regulador de vazão ou regulador de vazãocabeça cano sensor de aproximação botão 16 Demanda – tabela da antiga NB 128 ocupação? vazão? ? sazonalidade? banhos por dia? A antiga norma NB 128 recebeu a denominação NBR 7198 (Projeto e execucao Instal agua quente). A tabela não consta mais da norma. 17 • Medir sempre é a melhor opção, mas nem sempre é viável e precisa-se recorrer à estimativa. • Tempo médio conforme norma brasileira para instalação de sistemas de aquecimento solar de água (NBR 15569): – banhos: 10 minutos – pias em lavatórios ou duchas higiênicas: 2 minutos. • Este valor deve ser multiplicado pela vazão do ponto de consumo. • Um método simples para medir a vazão é cronometrar o tempo que um recipiente demora para encher. • A tabela abaixo vale para um pote de 2 litros (ex. sorvete): Como medir a vazão Tempo até encher 4 segundos 6 segundos 10 segundos 15 segundos 30 segundos Vazão 30 l/min 20 l/min 12 l/min 8 l/min 4 l/min 18 NBR 15.569: Sistema de aquecimento solar de água em circuito direto - Projeto e instalação Consumo mín. Consumo máx. Ciclo diário (min./pessoa) Temperatura Ducha de banho 3,0 l/min 15,0 l/min 10 39-40 Lavatório 3,0 l/min 4,8 l/min 2 39-40 Ducha higiênica 3,0 l/min 4,8 l/min 2 39-40 Banheira 80 l 440 l Banho 39-40 Pia de cozinha 2,4 l/min 7,2 l/min 3 39-40 Lava-louças (12 p) 20 l 20 l Ciclo de lavagem 39-50 Máq. lava-roupa 90 l 200 l Ciclo de lavagem 39-40 Valores servem como referência, considerando uso racional 19 O hotel P3E possui 8 quartos que comportam até 3 pessoas cada. O empresário deseja água quente a 40º C para: – ducha – 12 l/min – 1 banho por dia – 15 min cada – pia da cozinha – 10 l/min – 2 vezes ao dia – 20 min cada – 1 máquina de lavar roupa - 2 vezes ao dia -150 litros/ciclo, A taxa de ocupação mensal média é de 60% Qual a demanda diária de água quente? Exercício 1 20 Ponto de Consumo Sim Não Vazão Tempo Estimado Frequência Consumo Diário l/min (min) Diária de água quente (l) Ducha Chuveiro elétrico Ducha higiênica Hidromassagem Lavatório Pia da cozinha Máquina de lavar louças Lavanderia Consumo Diário Cálculo do consumo de água quente 21 Ponto de Consumo Sim Não Vazão Tempo Estimado Frequência Consumo Diário l/min (min) Diária de água quente (l) Ducha x 12 15 24 4.320 Chuveiro elétrico x Ducha higiênica x Hidromassagem x Lavatório x Pia da cozinha x 10 20 2 400 Máquina de lavar louças x Lavanderia x 150 2 300 Consumo Diário 5.020 Cálculo do consumo de água quente • ocupação de 60% � demanda diária = 3.012 litros consumo mensal = 150.600 l consumo mensal de 90.360 litros22 Ponto de Consumo Sim Não Vazão Tempo Estimado Frequência Consumo Diário l/min (min) Diária de água quente (l) Ducha x 6 15 24 2.160 Chuveiro elétrico x Ducha higiênica x Hidromassagem x Lavatório x Pia da cozinha x 5 20 2 200 Máquina de lavar louças x Lavanderia x 150 2 300 Consumo Diário 2.660 Cálculo do consumo de água quente considerando uso racional • ocupação de 60% � demanda diária = 1.596 litros consumo mensal de 79.800 l consumo mensal de 47.880 litros23 Demanda Mensal de Energia 24 Com base na demanda mensal de água quente do Hotel P3E, calcule a quantidade de energia necessária para o seu aquecimento, em kWh Considerando: – Temperatura da água aquecida = 40°C – Temperatura água fria = 21°C L(mês) = 1.000 x 48.000 x 4,18 x (40-21) 1.000 3.600 L(mês) = 1.059 kWh/mês L(ano) = 12.708 kWh/ano Exercício - cálculo da energia necessária 25 Fases do projeto Demanda Captação Armazenamento Distribuição Retorno Financeiro Aquecimento Auxiliar 26 Captação da energia solar Análise do local • Área disponível para instalaçãodos coletores • Orientação e inclinação do telhado • Insolação e sombreamento • Estrutura que suporta o peso da instalação 27 Tipos de coletores: abertos • Material: polipropileno, polietileno, borracha (EPDM), PVC • Padrão para piscinas • Eficiente em temperaturas até 55°C • Perdem eficiência em ambiente frio ou com vento • Resistente a granizo e congelamento leve (PP, PE, EDPM) 28 Tipos de coletores: fechados • Modelo tradicional • Materiais: cobre, alumínio e vidro • Norma ABNT NBR 10184 • Sensível à corrosão, granizo, congelamento • Temperatura até 80°C 29 Tipos de coletores: tubos evacuados • Material: tubos duplos de vidro (borossilicato) com vácuo entre eles • Tipo garrafa térmica • Temperatura superior a 100°C • Resistente a granizo • Durabilidade depende da qualidade de vedação e vácuo • Importado Modelo acoplado Modelo com trocador de calor 30 Tipos de coletores x temperaturas de trabalho 0º 10º 20º 30º 40º 50º 60º 70º 80º 90º 100º 110º 120º 130º 140º coletores abertos coletores planos fechados coletores tubos a vácuo piscina banho processos industriais 31 Tipos de coletores Ganhos e Perdas coletor aberto irradiação radiação convecção absorvedor radiação convecção reflexão tubo evacuado vidro duplo coletor fechado absorvedor cobertura tubos isolamento térmico reflexão infra vermelho 32 Eficiências de tipos de coletores aberto FRUL plano fechadoaberto tubo evacuado FR(τατατατα) A eficiência de um coletor é caracterizada por: • FR(τατατατα) = eficiência inicial • FRUL = gradiente da perda ao ambiente fonte: Prof. Samuel Luna de Abreu, CEFET-SC 33 Orientação e inclinação dos coletores solares 34 Orientação ideal: norte ± 30° Nverdadeiro 30°30° verão inverno outono / primavera Latitude + 10° Favorece aquecimento nos meses de inverno • A orientação para instalação do coletor solar ideal é voltada para o Norte Geográfico (também chamado de Norte Verdadeiro) e não para o Norte Magnético que é o indicado pelas bússolas ou GPS. • O norte geográfico varia localmente. • Rio: norte geográfico aprox. 20°para leste do magnético Orientação geográfica N S LO N magnético N geográfico20° 35 Como calcular a inclinação de um telhado? • Medir largura da aba do telhado partindo da base do forro ou laje. • Medir a altura do forro ou laje até a cumeeira. • Dividir a altura pela largura e multiplicar por 100 e assim teremos a inclinação do telhado em %. Exemplo: • Largura da base da água do telhado = 3,40m • Altura do telhado = 1,40m Inclinação ? • Elevação (%) = altura/largura x 100 = 1,40 / 3,40 x 100 = 41% Obs.: Construção civil utiliza porcentagem, geometria solar utiliza graus 36 Graus Elev% Graus Elev% Graus Elev% 1 1,75 16 28,67 31 60,09 2 3,49 17 30,57 32 62,49 3 5,24 18 32,49 33 64,94 4 6,99 19 34,43 34 67,45 5 8,75 20 36,40 35 70,02 6 10,51 21 38,39 36 72,65 7 12,28 22 40,40 37 75,36 8 14,05 23 42,45 38 78,13 9 15,84 24 44,52 39 80,98 10 17,63 25 46,63 40 83,91 11 19,44 26 48,77 41 86,93 12 21,26 27 50,95 42 90,04 13 23,09 28 53,17 43 93,25 14 24,93 29 55,43 44 96,57 15 26,79 30 57,74 45 100,00 Tabela conversão % em graus Elevação de 41% = ? 37 • Smart Tools (Android) e muitos outros – Transferidor – Nível d´água – Trena (precisão!?) Software para smart phones 38 • Temos que observar a distância mínima entre as baterias para que não haja sombreamento. • Podemos obter o valor da distância mínima pela equação: d = h x α Instalação com suporte Latitude (°) 5 0 -5 -10 -15 -20 -25 -30 -35 α 0,541 0,433 0,541 0,659 0,793 0,946 1,126 1,347 1,635 h β L x cos β h = L x sen β d L 39 Exemplo de instalação com suporte Acervo: Agência Energia 40 • Trajeto do sol – Sun Surveyor (Android, iPhone, iPad) – Sun Seeker (iPhone, Android(?)) • Sempre calibrar a bússola primeiro! Software para smart phones 41 • Classificação do Coletor • Classificação pela Produção Mensal Específica Pmen kWh/mês.m², calculada para um dia típico, relativa à área externa do coletor • Quanto melhor a classificação, menor é a área necessária para captar uma determinada quantidade de energia solar • Desvantajoso para tubo a vácuo Programa Brasileiro de Etiquetagem - PBE • Etiquetagem compulsória para equipamento de aquecimento solar a partir de julho de 2014 42 Certificação de Coletores banho / piscina para modelos com classe A Calculado para um dia padrão Serve para comparação entre coletores 43 Tabelas do Inmetro: Coletores http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp O Inmetro está mudando a organização da certificação e da publicação. Por isso não está com todas as tabelas disponíveis no site. 44 Certificação - Ensaios Reservatório • Desempenho térmico • Pressão • Segurança elétrica (boiler) Coletor • Resistência (chuva, pressão, ...) • Desempenho em circulação forçada (bomba) • Aplicação Banho e Piscina Sistema acoplado • Volume • Pressão • Desempenho térmico em termossifão • Segurança elétrica (boiler) As normas brasileiras são adaptações de normas internacionais (EUA, EU). 45 Fases do projeto Demanda Captação Armazenamento Distribuição Retorno Financeiro Aquecimento Auxiliar 46 • Tanque interno: aço inox, cobre, termoplásticos (verifique temperatura e qualidade da água!) • Isolamento térmico: poliuretano, lã de vidro ou de rocha, manta de polietileno expandido • Capa externa protege das intempéries: alumínio, PVC, chapa galvanizada, plásticos. 47 Armazenamento - reservatório térmico Cortesia: Aquecedores Tuma • Baixa pressão (até 3...5 mca) ou alta pressão (típico 40mca) • Com aquecimento elétrico, a gás ou a óleo diesel • Com bomba de calor acoplada • Vertical, horizontal ou em nível (permite esvaziamento parcial) Variações do reservatório térmico Cortesia: Pro-Sol http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp • Somente modelos até 1.000l • Sem classificação por desempenho, apenas informação na tabela do Inmetro Certificação de reservatórios para modelos com baixa perda térmica 49 Dados disponíveis no site do Inmetro http://www.inmetro.gov.br/consumidor/tabelas.asp Perda específica de energia mensal [kWh/mês/l] 50 Formas de circulação em um SAS 51 • Reservatório sempre acima dos coletores • Sistemas pequenos (até 1.500l) ág ua fr ia , p es ad a Reserva- tório térmico ág ua q ue nt e, le ve • Com Controlador Diferencial de Temperatura CDT • Reservatório em nível ou abaixo dos coletores • Sistemas grandes • Piscinas Reserva- tório térmico Circulação natural: gravidade (termossifão) Circulação forçada: bomba Circulação natural - o efeito termossifão • O fluido aquecido, pelo coletor solar, flui devido a diferença de densidade decorrente da variação de sua temperatura • Os coletores precisam ficar abaixo do reservatório térmico • A tubulação de retorno dos coletores ao reservatório terá que ser sempre ascendente e não apresentar pontos de inflexão para evitar a retenção de bolhas de vapor. • Capacidade máxima do reservatório térmico: 1.500 l 52 Diagrama de alturas para sistemas com circulação natural 53 • Hs – Altura do suspiro • Hrr - Altura entre a caixa d’água e o RT • Hcr – Altura entre os coletores e o RT • Dcr – Distância entre os coletores e o RT Exemplos de instalação com a utilização do termossifão 54 • O fluido aquecido pelo coletor solar necessita de uma bomba • É utilizada quando: – A capacidade do reservatório térmico > 1.500 litros, ou – Os coletores ficam acima do RT • O Controlador Diferencial de Temperatura (CDT) liga e desliga a bomba automaticamente usando dois sensores de temperatura: Circulação forçada Sensor quente no início da tubulação de saída dos coletores sensor frio na tubulação que alimenta os coletores, próximo ao reservatório. CDT 55 Exemplo de instalação com sistema forçado • o sifão na tubulação que conduz a água quente do coletor ao RT evita o fluxo reverso para os coletores durante a noite56 Sistema Grande Porte Hotel Golden Ville – Marabá – PA • 8.000 litros • 36 coletores de 2m² • Apoio a gás Cortesia: VALIC 57 Relação: área de coleta x volume aquecido Reservatório térmico • 1 m2 para cada 100 litros de água armazenada – padrão para local com boa insolação Piscina • Área em coletores = aproximadamente a área da piscina • Perda de calor pela área superficial da piscina, para a atmosfera • Cobrir a piscina com manta térmica nas horas sem uso reduz drasticamente o consumo • Temperaturas médias de utilização da piscina: – natação: 28° – clube: 30° – infantil, hidroginástica: 31° 58 Fases do projeto Demanda Captação Armazenamento Distribuição Retorno Financeiro Aquecimento Auxiliar 59 Aquecimento auxiliar Leva em conta • Equipamentos existentes • Disponibilidade de fonte alternativa • Custo 60 Esquema de instalação com apoio a gás Fonte Cumulus 61 Fases do projeto Demanda Captação Armazenamento Distribuição Retorno Financeiro Aquecimento Auxiliar 62 Tubulação até o Ponto de Consumo A tubulação do reservatório térmico até os pontos de consumo devem se em materiais que resistam a temperaturas e pressões indicadas no projeto e devem seguir a norma NBR 15569. Os materiais, hoje, mais utilizados: � Tubos de cobre � Tubos de CPVC � Tubos em PPR Distribuição 63 Isolamento térmico Exemplo: Procel Edifica (Portaria Inmetro 17/2012) 64 Misturadores externos Saída de água misturada Entrada de água fria Entrada de água quente Fonte Termosystem65 Recirculação ou retorno de prumada A recirculação ou retorno de prumada faz-se necessária em residências multi familiares , hotéis ou hospitais e sua finalidade é a de manter toda a tubulação de alimentação dos apartamentos com água quente. 66 Fases do projeto Demanda Captação Armazenamento Distribuição Retorno Financeiro Aquecimento Auxiliar 67 Cálculo da fração solar Carta F (Beckmann et al – 1977) • método matemático que tem o objetivo de avaliar a economia de energia obtida com o uso de uma instalação de SAS. Considera: – eficiência do coletor – dados climáticos – relação entre metragem do coletor e volume armazenado • Modelo empírico Simulação • Simula o sistema solar ao longo de um ano, usando – modelagem do sistema com todos os elementos – dados climáticos – perfil de consumo Objetivo: determinar a parcela percentual de energia fornecida pelo sol do total de energia demandada Fração Solar f [%] = Energia total captada fL Energia necessária Li • É calculada por mês e por ano 68 Carta F: energia captada Área dos coletores Desempenho do coletor Radiação solar no plano dos coletores (orientação, inclinação) Energia específica captada no local da instalação Ht [kWh /m² mês] Energia total captada fL [kWh / mês] Temperatura do ambiente Temperatura da água fria Volume armazenado (por m²) Temperatura do armazenamento Sombreamento 69 • Dados meteorológicos – Poucas estações no Brasil – Dados de outras fontes (NASA, SWERA, sundata) são poucos e pouco precisos � procurar locais parecidos e estimar o resto • Limitações do cálculo – A Carta F calcula por dia – Aumentar o volume armazenado gera sobra para o dia seguinte – Esta sobra não entra no cálculo (� software de simulação) • Aquecimento auxiliar no reservatório (boiler) – A Carta F parte do princípio que o aquecimento solar é pré- aquecimento. – Um RT que mantém a água sempre quente aproveita uma faixa pior do coletor e reduz a fração solar significativamente Limitações da Carta F 70 • http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas – Mapas com temperaturas e horas de insolação, base para Dimensol • http://www.apolo11.com/latlon.php – Latitude e longitude de cidades brasileiras • http://eosweb.larc.nasa.gov/sse/RETScreen/ – Dados de diversas fontes utilizados no software RetScreen • http://www.cresesb.cepel.br/sundata/ – Irradiação solar para certos municípios brasileiros – Não correspondem diretamente com os dados no Dimensol Dados meteorológicos 71 • Cadastrar projeto RetScreen – Mini-Manual 72 • Completar a planilha de modelo energético RetScreen – Mini-Manual 73 Se propuser temperatura e volume diferente, mantenha a mesma produção de energia sem aquecimento solar com aquecimento solar custo do sistema Volume, temperatura e custos Havíamos calculado manualmente 12.708 kWh/ano Irradiação Norte = 180° (padrão para sistemas solares) 74 Equipamento sugestão do RetScreen, RT em relação à área dos coletores Circulação forçada: Calcula o custo com energia Dados Inmetro Fração solar 75 Redução do consumo de energia Fonte de energia para aquecimento complementar. Para gás, escolha a unidade da venda (kg ou m³) Consumo com sistema solar Consumo sem sistema solar 76 Viabilidade financeira no RetScreen 77 A ferramenta Responde a seguinte pergunta O projeto é viável se ... Retorno simples Quando terei meu dinheiro investido de volta? Retorno chega antes do fim da vida útil. Retorno descontado Eu posso investir meu dinheiro agora em aquecimento solar ou numa aplicação financeira, onde renderia juros. Quando vou chegar ao ponto de equilíbrio? Retorno chega antes do fim da vida útil. Taxa Interna de Retorno TIR Vendo o investimento como aplicação financeira, quantos seriam os juros pagos? TIR > taxa de comparação (ex. poupança) Valor Presente Líquido VPL Se eu transportar todos os ganhos e investimentos ao longo da vida útil para hoje, quanto vale o sistema? VPL positivo Ferramentas de avaliação financeira 78 • No local – Sun surveyor – Sun seeker • Avaliação qualitativa – Google SketchUp – Geo-referenciado Análise de sombreamento 79 Exemplo do Hotel P3E 1. Cadastrar no software Dimensol as demandas levantados no exercício anterior considerando estar localizado em Vassouras – RJ, e utilizando coletor com certificado classe A, genérico, com 2 m2 Dimensol – PUC Minas – Eletrobras Mini Manual 80 2. Cadastrar parâmetros da radiação: coletores voltados para o norte (por convenção = 180º), inclinação de 25 º � calcular Dimensol – Mini Manual 81 3. Cadastrar demanda � calcular Dimensol – Mini Manual 82 4. Cadastrar parâmetros da carta F � calcular – Volume, temperatura da demanda e do set-up (reservatório) Dimensol – Mini Manual Li é a energia necessária; havíamos calculado manualmente 12.708 kWh/ano Fração solar 83 Volume dimensionado considerando temperatura de banho = temperatura set up 5. Simular volumes menores para atender a demanda – Transferir Li (MJ) para campo Controle – serve de referência Dimensol – Mini Manual 1. Duplo ckick no mouse, transfere o valor. 84 2. Copia e cola para fixar o valor no campo Dimensol – Mini Manual Aumento da temperatura de setup permite reduzir o volume de água armazenada Fração solar 85 Manter o mais próximo possível de 100% 5. Simular volumes menores para atender a demanda – Aumentar set up e reduzir volume, buscando 100% no campo Li/controle Checklist do Projeto 86 Demanda Captação Armazenamento estrutura circulação estética distância da demanda área ensolarada estrutura orientação e inclinação l / dia ou l / ciclo sazonalidade uso durante o dia expansão? Distribuição tubulação pressão estética Retorno Financeiro aquecimento atual praticidade opções DEAS - passo a passo de elaboraração 1. Capa 2. Resumo executivo 3. Introdução 4. Aquecimento atual 5. Demanda de água quente 6. Captação da energia solar 7. Armazenamento da Água quente 8. Distribuição da água quente 9. Aquecimento complementar 10. Investimento 11.Expectativa de retorno 12.Estudos complementares, Incertezas 13.Conclusões e recomendações 14.Anexos 87 Capa 88 Resumo executivo É um texto obrigatório que deve abrir o DEAS • Sintetiza as informações relevantes do DEAS para a tomada de decisão: − caracteísticas do sistema proposto − análise técnica com alternativas tecnológicas;− viabilidade econômica (valores de economia, custos estimados e cálculo econômico simplificado), etc ... • Informa a possibilidade de outra consultoria subsidiada em 80%, desde que haja disponibilidade orçamentária e obediência às regras, para : − contratação de consultor para elaborar Projeto Executivo para acompanhamento da execução do projeto; − dirimir dúvidas e auxiliar na solução de imprevistos durante o processo de aquisição de equipamentos eficientes e instalação. Obs.: o consultor que elabora o projeto pode vir a ser o executor • Não faz parte do escopo do Projeto Executivo: − compra e/ou fornecimento de equipamentos − fornecimento de mão-de-obra − detalhamento de projeto − desenhos, as-built − pagamento de licenças, impostos ou taxas, etc89 Introdução Primeira seção do texto, que define brevemente os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração. Devem ser descritas características específicas contidas no diagnóstico, como, por exemplo, limitações físicas estruturais, estética do estabelecimento ... Havendo necessidade de instalação de mais de um sistema de aquecimento solar independente, por exemplo, num hotel que demande água quente para piscina, cozinha, chalés com hidromassagem, chalés sem hidromassagem ..., o estudo deve ser repetido para cada unidade ou aplicação. Obs.: o valor do DEAS varia de acordo com a demanda de serviço; instalação de sistemas independentes demandam estudos independentes. 90 Situação Atual • Descrever a forma atual de aquecer a água, diferenciado por unidade ou aplicação. • Visita técnica ao local e entrevista com o cliente: • para que é utilizada água quente? • planos de expansão ou mudanças • necessidades específicas • tipo de aquecimento existente • temperatura da água de trabalho • frequência de uso e sazonalidade • anotações e registros fotográficos • Se for possível, listar consumo da energia gasta para aquecimento de água durante os últimos 12 meses. Se não for possível determinar este valor com precisão, apresentar estimativa para poder justificar a solução proposta. 91 • A demanda de água quente deve ser: – medida ou calculada com base nas normas, ou em – medições no local ou em estimativas por método reconhecido. – diferenciada por unidade ou aplicação, descrevendo sempre a quantidade de água consumida por dia, os dias de consumo por semana, o horário da demanda e a sazonalidade. • O dimensionamento da demanda diária de água quente é feito baseado em: – Normas de Instalações Prediais de Água Quente, como NB128, NBR 7198, NBR 15569, NBR 5256; – Pesquisa de hábitos dos usuários potenciais; – Observação, sensibilidade , experiência e bom senso. • Podem ser incluídas medidas para reduzir o consumo de água quente. • Não serão aceitos valores médios ou de fonte própria do consultor. Todas essas referências devem constar nos anexos do relatório. Demanda diária de água quente 92 Captação da energia solar Descrever a captação da energia solar, incluindo: • área • tecnologia • desempenho do coletor • orientação geográfica • inclinação • sombreamento As áreas devem ser apresentadas com: • registro fotográfico • plantas da construção (sempre que possível) • Imagem de satélite (ex. Google map/earth) • outras informações relacionadas Relatar questões estruturais relacionadas (peso, carga de vento) e eventual necessidade de estudos adicionais. 93 Descrever • Pressão de entrada da água fria - alta ou baixa (mca) • volume • disposição física • qual temperatura • localização • o circuito primário entre coletores e armazenamento • forma da circulação (natural ou forçada) Relatar questões estruturais relacionadas (peso) e eventual necessidade de estudos adicionais 94 Armazenamento da água quente Descrever como distribuir a água quente até o ponto de consumo. − existência de tubulação de água quente − necessidade de obra − cliente aceita tubulação aparente 95 Distribuição da água quente • Descrever de que forma acontecerá o aquecimento complementar, detalhando a instalação do aparelho e o custo por kWh, com informação da fonte. 96 Aquecimento complementar • Relatar a estimativa do custo de todas as instalações para colocar o sistema proposto para funcionar. – base para RT – base para coletores – circulação, recirculação – integração com aquecimento auxiliar – instalação hidráulica até pontos de consumo • Se houver proposta de alternativas, estas devem ser comparadas. 97 Investimento • Descrever o cálculo da fração solar, com todos os parâmetros e a metodologia empregada (software, norma etc.). • Calcular o retorno do investimento, podendo conter: – o retorno simples – o retorno descontado – a taxa interna de retorno – o valor presente líquido. • Se houver proposta de alternativas, estas devem ser comparadas. 98 Expectativa de retorno • Descrever estudos complementares necessários ou recomendados – estudos estruturais ou similar – aquisição de aquecedor – ... • Descrever incertezas que podem afetar a solução proposta ou o cálculo apresentado – falta de informação quanto a: − taxa de ocupação em um hotel − quantidade de refeições servidas − ... 99 Estudos complementares, incertezas 100 Conclusões e recomendações • Conclusões – Informações contidas no resumo executivo, com maior detalhamento • Recomendações – Oportunidade de redução de demanada de água quente e/ou fria • Os anexos trazem informações adicionais ao conteúdo do relatório, e deve apresentar alguns itens, tais como: – especificações técnicas – memória de cálculo – medições realizadas – catálogos de fabricantes – registro fotográfico – formulário “aspectos arquitetônicos e aquecimento solar” (conforme modelo existente) – entre outros. 101 Anexos Contato Apoio:Parceria:
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